quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Nº 27 - 27 DE JANEIRO DE 2011 - SANTOS DO DIA - 3º ANO

 

Nº 1259

SANTOS ROBERTO DE MOLESME, ALBÉRICO e ESTÊVÃO HARDING

Abades Cistercienses ( 1110, 1119 e 1134)

Roberto de Molesme, nascido perto de Trouyes, França, por 1025, entrou muito jovem no mosteiro beneditino de Moutier-la-Celle. Logo que ou o noviciado, nomearam-no prior. Os beneditinos de Tonnerre quiseram tê-lo por abade, e ele aceitou; mas estavam tão relaxados e eram tão pouco reformáveis que os deixou e voltou a Moutier. Houve eremitas que lhe pediram que os chefiasse, por isso dirigiu-se com eles para a floresta de Molesme, onde, em choupanas de ramagens, à volta duma capelinha, refloresceu por algum tempo a vida dos monges da Tebaida. Em seguida multiplicaram-se as vocações e as dádivas; as choças desapareceram e foram substituídas por um belo mosteiro, cujos habitantes deixaram o trabalho manual e tudo o que pudesse perturbar-lhes o conforto. Não conseguindo fazê-los sair da preguiça, Roberto deixou-os e foi viver na solidão. Mas, tendo a ausência dele estancado a generosidade dos benfeitores, os monges pediram-lhe que retomasse o cargo, pois eles se emendariam. Na verdade, ele retomou-o, mas eles é que não se emendaram. Por isso faziam parte Santo Alberico e Santo Estêvão Harding. Roberto foi com eles para a Borgonha e fixou-se em Cister. Aqui organizou a vida com que sonhava e fundou a abadia que deu origem à ordem cisterciense. Roberto foi o primeiro abade de Cister (1098). Mas veio uma ordem  do Papa mandando-o regressar a Molesme. Viveu ainda alguns anos neste mosteiro e nele morreu nonagenário, em 1110, com a consolação, ao que parece, de ter convertido todos os monges. Alberico foi prior dessa colónia monástica. Mas em seguida esta decaiu, o que levou Albérico a retirar-se com Estêvão e outros dois religiosos. A comunidade de Molesme veio, porém , a arrepender-se, e voltaram, Alberico e Estevão para os mais altos cargos. Insatisfeitos, contudo, vendo tantas exceções à regra, retiraram-se para Cister. Albérico foi abade e Estevão prior. A inovação mais impressionante foi terem, adoptado hábito branco com escapulário preto, resultado duma visado em que Nossa Senhora mostrou querer tomar Cister sob a sua especial proteção. A Santa Sé protegeu o novo instituto, que Albérico muito bem organizou. Resolveu, para a cultura das terras, receber conversos leigos; tinham os mesmos votos e as mesmas vantagens que os religiosos do coro. Albérico veio a falecer com o maior fervor, a 26 de Janeiro de 1109. Estevão Harding nasceu na Inglaterra pelo ano de 1085 e faleceu em Cister (França), em 28 de Março de 1134. Tinha viajados pela Franca e pela Itália e, passando pela Borgonha ao regressar à pátria, encontrou no caminho a abadia de Molesme. Entrou e fez-se monge. Em 1098 saiu de Molesme, com os futuros S. Roberto e S. Alberico e uns outros vinte, para fundar a 100 km de lá um mosteiro mais austero. Assim nasceu Cister, de que veio a ser abade Estevão, por morte de Alberico. Acabava Estevão de tomar posse e Cister ameaçava cair em ruinas, quando lá chegaram S. Bernardo e os seus trinta companheiros (1112); a abadia retomou a vida imediatamente e a reforma cisterciense não tardou em espalhar-se pela Europa inteira. Estevão, escreve um dos seus monges, “era um lindo homem, sempre acessível e de bom humor; todos o amavam”. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

SÃO FELICIANO

Bispo, Mártir  (251)

Entre os valorosos campeões das Religião Cristã que durante a perseguição de Décio sofreram heroicamente o martírio, conta-se Feliciano, Bispo de Foligno, na Itália. Foi consagrado pelo Papa Vítor que, vendo nele um digno sucessor dos Apóstolos, o enviou a pregar o Evangelho a todas as regiões da Hungria. Cumpriu Feliciano zelosamente a sua missão, trabalhando sem cessar e com frutuosos resultados na vinha do Senhor. Exasperados os verdugos, emissários de Décio, martirizaram-no, já em idade avançada, em meados do século III.Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

• Ângela de Mérici, Santa
Virgem e Fundadora

Ángela de Mérici, Santa

Ângela de Mérici, Santa

Fundadora das Irmãs Ursulinas

Martirológio Romano: Santa Ângela Merici, virgem, que vestiu primeiro o hábito da Terceira Ordem de São Francisco e reuniu a várias jovens para as instruir em obras de caridade. Mais tarde, instituiu uma ordem de mulheres, chamada de Santa Úrsula, com a finalidade de viver uma vida de perfeição no mundo e ensinar os caminhos do Senhor às adolescentes. Morreu na cidade de Bréscia, na Lombardia (hoje Itália) (1540). Etimologia: Ângela = Mensageira de Deus, é de origem grega. Nasceu em Itália em 1474 e tem o mérito de haver fundado a primeira comunidade religiosa feminina para educar meninas.  Se criou numa família camponesa muito crente, onde cada noite liam a vida de um Santo, e isto afervorava muito e a entusiasmava pela religião.  Ficou órfã de pai e mãe quando ainda era muito menina e isto a impressionou muitíssimo. Depois durante toda sua vida lhe pediria perdão a Deus por não haver confiado o suficientemente em sua juventude na Providência Divina que a ninguém abandona.  Sua infância é muito sofrida e tem que trabalhar duramente mas isto a faz forte e a volta compreensiva com as meninas pobres que necessitam ajuda para se poder instruir devidamente.  Se faz Terceira Franciscana e sem haver feito senão estudos de primária, chega a ser Conselheira de governadores, bispos, doutores e sacerdotes. É que havia recebido do Espírito Santo o Dom do Conselho, que consiste em saber o que mais convém fazer e evitar em cada ocasião. Vendo que as meninas não tinham quem as educasse e as livrasse de perigos mortais, e que as teorias novas levavam a gente a querer organizar a vida como se Deus não existisse, fundou a Comunidade de Irmãs Ursulinas (em honra a Santa Úrsula, a santa mártir do século IV, que dirigia o grupo de raparigas chamadas "As onze mil virgens", que morreram por defender sua religião e sua castidade).  O que mais a impressionava era que as meninas dos campos e povos que visitava não sabiam nada ou quase nada de religião. Seus pais ou não sabiam ou não queriam ensinar-lhes catecismo. Por isso ela organizou a suas amigas numa associação dedicada a ensinar catecismo em cada bairro e em cada vereda. Ângela era de baixa estatura mas tinha todas as qualidades de líder e de guia para influir nos demais. E além disso tinha muita simpatia e agradabilidade em seu trato. Em Bréscia fundou uma escola e dali se estendeu sua Comunidade de Ursulinas por muitas partes. Um grupo de 28 raparigas muito piedosas veio a viver em casa de Ângela e com elas fundou a Comunidade. Numa visão contemplou um enorme grupo de jovens vestidas de branco que voavam para o céu, e uma voz lhe disse: "Estas são tuas religiosas educadoras".

Ángela de Mérici, Santa

Ângela de Mérici, Santa

A gente considerava a Santa Úrsula como uma grande líder ou guia de mulheres. Por isso Ângela pôs a suas religiosas o nome de Ursulinas. A Comunidade de Ursulinas foi fundada em 1535, e cinco anos depois morreu sua fundadora, Santa Ângela, em 27 de Janeiro de 1540. Foi canonizada em 1807. Um homem lhe perguntou um dia em plena rua: ¿Que conselho me recomenda para me comportar devidamente? E ela lhe respondeu: "Comporte-se cada dia como desejara haver-se comportado quando lhe chegue a hora de morrer e de dar conta a Deus". Suas últimas palavras foram: "Deus meu, eu te amo". Que estas sejam também as palavras que nós digamos não só em tempo de morrer, mas sim muitíssimas vezes durante toda nossa vida.

• Enrique de Ossó e Cervelló, Santo
Sacerdote e Fundador

Enrique de Ossó y Cervelló,  Santo

Enrique de Ossó e Cervelló, Santo

Fundador das Irmãs da Companhia de Santa Teresa de Jesús

Martirológio Romano: Na vila de Gilet, na província de Valência, em Espanha, santo Enrique de Ossó e Cervelló, presbítero, que fundou a no convento dos Irmãos Menores (1896). Em Vinebre, povoação aldeã de Tarragona (Espanha), nasceu Enrique em 16 de Outubro de 1840. Após a morte de sua mãe no ano 1854 foi para o seminário para se fazer sacerdote cumprindo assim um último desejo que ela lhe havia manifestado. Recebeu a ordenação sacerdotal em 21 de Setembro de 1867. Ensinou no seminário de Tortosa até que no ano 1868 a revolução dispersou aos seminaristas. O padre Enrique se refugiou em sua natal Vinebre. No ano seguinte, no meio de grandes dificuldades, reuniu as classes no palácio episcopal e em algumas casas particulares para uma centena de seminaristas que viviam como externos e com cuja ajuda reorganizou a catequese na cidade, No ano 1872 iniciou a publicação da revista Teresiana que se difundiu por França, Bélgica, Portugal e América; em vida do padre Ossó se publicaram 280 números nos que ininterruptamente colaborou com artigos e notas. Em 15 de Outubro de 1873 fundou a congregação Teresiana que era um agrupamento de jovens no seio de cada paróquia com o objecto de renovar o ambiente de indiferença religiosa que se havia estendido entre a população. Apoiado por Teresa Blanch, em 23 de Junho de 1876 fundou em Tarragona a Companhia de Santa Teresa de Jesus com oito co-fundadoras. As religiosas Teresianas, dedicadas à educação, tiveram uma rápida e assombrosa difusão: havendo fundado seu primeiro colégio em Villalonga no ano 1878, para o ano 1881 tinham já nove onde recebiam educação católica mais de mil meninas com o reconhecimento e aplauso das autoridades civis e educativas. Também a arqui-confraria Teresiana fundada por ele teve grande crescimento: de 100,000 em 1882 a 140,000 associadas num só ano.  Enquanto esteve em Roma, de Abril a Agosto de 1894, escreveu um livro de devoção que cedo saiu na imprensa: Sete Moradas no Coração de Jesus. Em fins de Dezembro de 1895  começou exercícios espirituais num convento franciscano. Era meia noite de 27 de Janeiro lhe sobreveio um derrame cerebral. Ainda teve forças para sair do quarto e pedir ajuda. Os franciscanos o encontraram agonizante e pouco depois morreu. Na tarde do dia seguinte foi sepultado no cemitério do mosteiro, acompanhado unicamente dos franciscanos e do pároco de Gilet. Foi beatificado em 14 de Outubro de 1979 e canonizado em 16 de Junho de 1993 pelo papa João Paulo II.

• Jorge Matulaitis-Matulewicz Beato
Bispo e Fundador

Jorge Matulaitis, Beato

Jorge Matulaitis, Beato

Martirológio Romano: Na cidade de Kaunas, na Lituânia, beato Jorge Matulaitis, bispo de Vilna e depois Visitador Apostólico na Lituânia, fundador da Congregação de Clérigos Marianos e da Congregação de Irmãs sob o título da Santíssima Virgem Maria Imaculada (1927). O Beato Matulaitis nasceu em Lugine, Lituânia, em 13 de Abril de 1871, ficou órfão muito menino, ao morrer seu pai em 1874 e sua mãe em 1881. Durante a infância, desenvolveu tuberculose no osso de sua perna, do que sofreu o resto de sua vida. Alcançou seu doutorado em teologia na Universidade de Friburgo, na Suíça. Ensinou Latim e direito canónico no seminário de Kielce. Era o chefe do departamento de sociologia e o vice-reitor da Academia Espiritual de São Petersburgo, onde ensinava teologia dogmática. Era um notável professor, clérigo, diretor espiritual e confessor, mas resignou a seu cargo na academia para trabalhar pela revitalização mariana. Recebeu a ordem sacerdotal em 20 de Novembro de 1898 e então professou como religioso na Congregação Mariana em 1909. Em 14 de Julho de 1911 foi eleito superior geral da Congregação de Padres Marianos. Reformou os Marianos da Imaculada Conceição, mudando suas constituições, seu hábito e sua forma de vida. Malutaitis fundou as Irmãs da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria em Lituânia em 15 de Outubro de 1918 e foi ordenado bispo de Vilnius em 8 de Dezembro do mesmo ano. Matulaitis fundou a Congregação de Serventes de Jesus na Eucaristia em 1924 em Belarus. Também estabeleceu casas religiosas Marianistas em Bielany, Polónia, Marijampolé, Lituânia, Friburgo, Suíça e Chicago. Em 1926, Matulaitis viajou aos Estados Unidos por segunda vez, onde participou num congresso eucarístico. Jurgis Matulaitis lutou vigorosamente para defender os direitos da Igreja e a liberdade do povo. Renunciou a sua sede em 14 de Julho de 1925. Em 1 de Setembro de 1925, o Papa Pío XI o nomeou arcebispo e visitador apostólico em Lituânia. O Vaticano despachou a Matulaitis a Vilnius para completar a concordata com o governo lituano e assim restaurar as relações diplomáticas, coisa que conseguiu Matulaitis pouco antes de morrer de apendicite em 27 de Janeiro de 1927. Em 28 de Junho de 1987 foi beatificado pelo Papa João Paulo II.

• Manfredo Settala, Beato
Sacerdote e Eremita,

Manfredo Settala, Beato

Manfredo Settala, Beato

Martirológio Romano: Em Riva San Vitale (Suíça), povoado próximo a Como (Itália), beato Manfredo Settala, presbítero y eremita (1217).

Pertenceu à antiga família milanesa de los Settala e no fim do século XII foi pároco de Cuassoche que naquele tempo compreendia as atuais paróquias de Cuasso al Piano, Cuasso al Monte, Brusimpiano Porto Ceresio y Besano, na diocese de Milão perto de do ramo sul-ocidental do lago de Lugano. Supremamente chamado à vida eremítica deixou a vida pastoral e afastou-se para alturas de San Giorgio, solitária montanha encaixada entre os braços meridionais de Ceresio. Atraídos pela fama de sua santidade, acudiram implorando conselho e intercessão às povoações das regiões circundantes. Em 1207 acudiram os habitantes de Olgiate Comasco que, aflitos por mortal contágio, consultaram o beato para obter sua salvação e consolo. O santo ermitão os exortou a ir em romaria à tumba de s. Gerardo, que havia morrido há pouco em Monza, (6 de Junho de 1207). Devotamente terminada a piedosa romaria, a enfermidade subitamente desapareceu, e o povo de Olgiate por decisão unânime construíram na localidade uma bonita igreja em honra de são Gerardo,  que se converteu em destino de peregrinações; em 1938 a igreja foi restaurada e redecorada e além disso o povo de Olgiate fez voto perpétuo de acudir comunitariamente cada ano ao sepulcro de são Gerardo para recordar o antigo prodígio. A historiografia manfrediana, baseada sobre antigas tradições e respeitáveis documentos, é rica em prodígios atribuídos à intercessão do santo ermitão. Se sabe, por inequívocos testemunhos, que o beato morreu em 27 de Janeiro de 1217. O corpo do Santo foi enterrado na capela de Riva San Vitale, aos pés do monte San Giorgio. Em 1387, por ordem do bispo de Como, Beltramo da Brossano, os restos do beato foram colocados numa arca de mármore posta na área do altar para que os fieis cristãos o possam brindar uma adequada devoção e reverência. Em 1633, o corpo foi trasladado a numa urna preciosa, a mesma que foi instalada sob a mesa do altar mor, onde é venerado actualmente, lugar a que muitas paróquias da região vão em anual romaria. A festa litúrgica celebra-se em 27 de Janeiro, que em Riva é considerado dia festivo; a festividade se revive no domingo seguinte, com a ingente participação de forasteiros e da apropriada ornamentação das ruas, já que a devoção ao beato é ainda intensa na região. Na véspera da festa ainda se costumava distribuir entre todas as famílias o pão bento. responsável da tradução (para espanhol): Xavier Villalta

• Julião de Le Mans, Santo
  Bispo

Julián de Le Mans, Santo

Julián de Le Mans, Santo

Martirológio Romano: Em Cenomanum (hoje Le Mans), na Gália Lugdunense (hoje França), são Julião, que é considerado como o primeiro bispo desta cidade (s. III). Etimologia: Julián = Aquele que pertence à família Júlia, é de origem latina. No tempo em que escrevia Alban Butler, se conservava na catedral uma relíquia que passava por ser o crânio de São Julián. Dito santo era muito celebrado em Inglaterra, já que seu nome é mencionado neste dia pelo calendário do Saltério de Eadwine, do Colégio da Trindade de Cambridge (anterior ao ano 1170), e todas as dioceses do sul que seguiam o uso saro, celebravam sua festa.   Mas não sabemos praticamente nada sobre a vida de São Julián. As lições do breviário saro o descrevem como um nobre romano que foi o primeiro bispo de Le Mans e o evangelizador dessa região de França. Lhe atribuem também extraordinários milagres. O único que podemos acrescentar é que há provas de que no século VII existia uma capela chamada "basílica Sti Juliani Epis copi", e que São Julián encabeça os catálogos dos bispos de Le Mans. Provavelmente a introdução do culto de São Julián em Inglaterra se deve ao facto de que o rei Enrique II, que havia nascido em Le Mans, parece haver sido batizado na igreja de São Julián da dita cidade e deve ter conservado certa devoção pessoal a seu patrono.

• Devota, Santa
  Virgem e Mártir

Devota, Santa

Devota, Santa

Martirológio Romano: Em Mariana, na ilha de Córsega (hoje França), comemoração de santa Devota, virgem e mártir (c. 300). A princípios do sexto século na Córsega (naqueles tempos província romana), o governador romano Diocleciano fez grande perseguição aos Cristãos. Uma jovem Cristã, Devota, foi presa, encarcerada e torturada. Morreu sem renegar sua fé. Depois de sua morte, o governador da província ordenou queimar seu corpo mas um grupo de cristãos apoderou-se dele e o colocaram sobre um barco que saía para África onde, pensavam, receberia cristã sepultura.  Já às primeiras horas da travessia, uma tormenta estalou. Foi então quando da boca de Devota saiu uma pomba que guiou o barco sem embargo até Mónaco onde varou no vale “des Gaumates” (local da atual igreja de Santa Devota). Era o sexto dia antes das calendas de Fevereiro, o que corresponde aproximadamente à data de 27 de Janeiro. Um oratório assinalou o lugar da tumba. Os fieis, habitantes de Mónaco ou navegantes de passagem, numerosos foram aqueles que vieram a recolher-se e os primeiros milagres tiveram lugar. Não obstante uma noite, um indivíduo roubou as relíquias da Santa com intenção de negociar seus benefícios. O sacrilégio se evitou, pois um grupo de pescadores perseguiu ao ladrão e este foi detido imediatamente. O barco do ladrão foi queimado na praia, em sacrifício expiatório. O culto de Santa Devota fica sempre fervente no Principado. Seu culto vinculado a Mónaco e a seus príncipes, é patente oficialmente em cada igreja do Principado e nas moedas. É a alma protetora da identidade monegasca, cujas relíquias hão sido imploradas em momentos de alegria. Cabe destacar que o primeiro livro escrito em monegasco pelo poeta monegasco Louis Notari se chama “A lenda de Santa Devota” (La leyenda de Santa Devota).

Vitaliano, Santo
LXXVI Papa

Vitaliano, Santo

Vitaliano, Santo

Martirológio Romano: Em Roma, na basílica de São Pedro, sepultura de são Vitaliano, papa, que se preocupou pela salvação dos anglos (672). Se conta que o Papa Vitaliano era originário de Segni, na Campânia, mas não sabemos nada sobre ele, antes de sua eleição ao pontificado, em  657, nem conhecemos sua vida posterior com exceção de seus atos públicos. Seu pontificado se viu turvado pelas tendências monoteístas de dois patriarcas de Constantinopla e do imperador Constante II e seu sucessor. Mais consolador é o quadro das relações do Papa com outras Igrejas, como a de Inglaterra, segundo pode ler-se nos escritos de São Beda.   Sob o reinado deste Papa, São Bento Biscop fez sua primeira visita a Roma. As diferenças entre os bispos celtas e anglo-saxões, sobre a festa da Páscoa e outros pontos, ficaram sanadas no Concílio de Streaneshalch (Whitby). São Vitaliano enviou a Inglaterra a Teodoro de Tarso como bispo de Canterbury, e ao monge africano Santo Adriano, que foi abade de Santo Agostinho. A influência de ambos, na preparação do clero anglo-saxão e no estabelecimento de relações mais estreitas entre a coroa de Inglaterra e a Santa Sede, foi muito grande. São Vitaliano morreu em 672 e foi enterrado na basílica de São Pedro.

• Paulo José Nardini, Beato
Presbítero e Fundador

Pablo José Nardini, Beato

Pablo José Nardini, Beato

Presbítero e Fundador
das Franciscanas Pobres da Sagrada Família

Nasceu em 25 de Julho de 1822 em Germersheim, uma aldeia situada na ribeira de Rhin, de Margarita Lichtenberger e de pai desconhecido, pelo que foi batizado com o apelido de sua mãe, a qual, dado que não tinha trabalho e portanto não podia mantê-lo, o deu em adopção a sua tia, María Bárbara, e a seu marido, Anton Nardini, de origem italiana. Estes esposos o amavam como se fosse seu próprio filho e lhe deram uma boa educação em todos os aspectos. Pablo José, ainda que sempre tenha amado muito a seus pais adoptivos, não esqueceu nunca a sua mãe natural; quando foi nomeado pároco de Pirmasens, a levou para que vivesse com ele na casa paroquial. Desde pequeno foi muito aplicado em seus estudos; se distinguiu entre seus companheiros por sua extraordinária diligência e os excelentes resultados que obtinha.
Terminados seus estudos de secundária, viu cada vez mais claramente que tinha vocação para  o sacerdócio. Por isso, solicitou ao bispo Mons. Johannes von Geissel que lhe permitisse ingressar no seminário de Espira, onde, desde 1841 até 1843, estudou filosofia. Concluídos os estudos de filosofia, o bispo Mons. Nikolaus von Weis o enviou a estudar a teologia na universidade de Munich, em que em 25 de Julho de 1846 conseguiu o título de doutorado "summa cum laude". Em 5 de Junho de 1846, recebeu as ordens menores de mãos de Mons. Carlo Luigi Morichini, arcebispo titular de Nisibis, e no dia seguinte, o sub-diaconado. Logo, de novo em Espira, após concluir seus estudos, em 11 de Agosto do mesmo ano foi ordenado diácono na igreja do seminário. E, por último, em 22 desse mês, foi ordenado sacerdote na catedral de Espira. Nos primeiros anos, desempenhou seu ministério sacerdotal como vigário paroquial em Frankenthal, prefeito do colégio diocesano e  reitor da paróquia de até sua morte, graças a seus dotes humanos e morais extraordinários, deu um esplêndido testemunho de santidade. É digno de destacar o facto de que, animado por um grande zelo, em Junho de 1853 chamou as religiosas do Santíssimo Redentor de Niederborn para que se encarregassem da educação das crianças. A estas religiosas lhes encomendou também que prestassem assistência assídua aos enfermos, sem distinção de classes sociais ou de religião. Sem embargo, o trabalho que deviam realizar superava suas escassas forças; por isso, adoeceram todas e tiveram que voltar a sua casa. O padre Nardini as substituiu com quatro mulheres jovens da Terceira Ordem Franciscana, com as quais fundou, em 2 de Março de 1855, a congregação religiosa das "Franciscanas Pobres", nome que depois se mudou pelo de "Franciscanas Pobres da Sagrada Família". A sua morte, acontecida em 27 de Janeiro de 1862, a Congregação contava já com 220 religiosas e com trinta e cinco casas. Em 1869 a sede central da congregação se trasladou de Pirmasens para Mallersdorf, na Baviera. Seus restos mortais descansam na capela da casa da Congregação em Pirmasens. Foi beatificado em 22 de Outubro de 2006.

• Julián de Sora, Santo
Mártir,

Julián de Sora, Santo

Julián de Sora, Santo

Martirológio Romano: Na cidade de Sora, em Lácio, comemoração de santo Julián, mártir, que, segundo a tradição, padeceu no tempo do imperador Antonino (c. 150)

Julián, jovem oriundo da Dalmácia (região geográfica na costa adriática que pertence actualmente a Croácia e em pequena medida a Montenegro), que, durante a perseguição realizada por Antonino Pío em Itália, foi reconhecido como cristão em Lácio meridional perto de Anagni. Levado a Atina, foi submetido por Flaviano, prefeito da província de Campânia, a muitos tormentos. Enquanto padecia a tortura no potro, se derrubou o templo de Serapis ficando em cacos a estátua do deus. Acusado então de ser mago foi decapitado entre as ruinas daquele mesmo templo. Tal história chega a nós através de um manuscrito italiano de Chioccarelli. Barónio, e nos Annais, assinala o martírio de Julián como ocorrido no ano 175, sob o imperador Marco Aurélio, durante o pontificado de Papa Sotero. Mas o Martirológio Romano coloca o martírio como ocorrido sob o império de Antonino Pío (138 -161). Além disso no Martirológio da Basílica Vaticana, se indica Sora como sede do martírio e acrescenta que nesta cidade se conservam os manuscritos das Atas do mártir. As duas lendas diferem tão só na localidade e em alguns outros detalhes do martírio. Ambas são certamente tardias, cabe ressaltar que nas duas se indica como data do martírio em 27 de Janeiro, dia em que é recordado são Julião de Le Mans. As relíquias do mártir foram achadas no mesmo lugar onde se celebrava sua memória, numa antiga igreja dedicada ao santo em Sora, como fica demonstrado no processo de autentificação de seu anseio, documento que conta com a firma do bispo Giovannelli (1609-32), e que fora entregue à Congregação de Ritos em 15 de abril de 1614. As relíquias foram achadas em 2 de outubro de 1612 e trasladadas, por desejo de Costanza Sforza Boncompagni, para a  igreja do Espírito Santo em 6 de abril de 1614. O bispo Agostino Colaianni (1797 -1814) as fez trasladar de novo levando-as à Igreja  Catedral, onde ainda são veneradas sob o altar dedicado ao santo, enquanto que na parte superior se o vê representado numa imagem talhada em madeira em que é representado com a palma do martírio. Reproduzido com autorização de Santiebeati.it responsável da tradução (para espanhol): Xavier Villalta

 

• Outros Santos e Beatos
  Completando o santoral deste dia

Santo Mário ou Marino, abade

No mosteiro de Bodón, na região de Sisteron, na Gália (hoje França), santo Mário ou Marino, abade (c. 550).

São Teodorico, bispo

Em Tonnerre, cidade de Borgonha (hoje França), trânsito de são Teodorico, bispo de Orleans, que faleceu quando viajava peregrinando a Roma, às tumbas dos apóstolos (1022).

São Gilduino, diácono

Perto da cidade de Chartres, em França, trânsito de são Gilduino, diácono da igreja de Dol, na Bretanha Menor, o qual, designado bispo sendo ainda muito jovem e considerando-se indigno, renunciou a esta honra em presença do papa são Gregório VII e no regresso de Roma caiu enfermo ao chegar a esta região, terminando assim sua peregrinação terrestre (1077).

Beato João, bispo

Na cidade de Thérouanne, também em França, beato Juan, bispo, que, sendo canónico regular, assumiu a sede morinense, a qual governou por mais de trinta anos, resistindo aos simoníacos e fundando oito mosteiros de canónicos e de monges (1130).

São Vitale, presbítero e eremita

Em Riva São Vitale, perto de Como, na Lombardia (hoje Itália), beato Manfredo Settala, presbítero e eremita (1217).

Beata Rosália du Verdier de la Solinière, virgem e mártir

Na região de Anjou, em França, beata Rosália du Verdier de la Solinière, virgem do mosteiro do Calvário da mesma comarca e mártir, a qual, durante a Revolução Francesa, por causa do ódio à religião cristã, foi degolada (1794).

São João María, chamado o “Muzeo” ou “Anciano”, mártir

Perto de Mengo, no Uganda, paixão de são João Maria, apelidado “Muzeo” ou “Anciano” por razão de sua maturidade espiritual, que foi servidor do rei e, feito cristão, no momento da perseguição não quis fugir mas que confessou espontaneamente sua fé ante o primeiro ministro do rei Mwenga, pelo qual foi decapitado, sendo a última vítima daquela perseguição (1887).

 

25900 > Sant' Angela Merici Vergine, fondatrice  - Memoria Facoltativa MR
92244 > Santa Devota Martire in Corsica  MR
91238 > San Domiziano di Melitene Monaco 
38175 > Sant' Enrico de Osso y Cervello Sacerdote  MR
38790 > San Gilduino Diacono di Dol  MR
92089 > Beato Giorgio Matulaitis (o Matulewicz) Arcivescovo  MR
38810 > Beato Giovanni di Warneton Vescovo  MR
38840 > San Giovanni Maria, detto Muzei Martire MR
38800 > San Giuliano Venerato a Sora e Atina  MR
38850 > San Giuliano di Le Mans Vescovo  MR
93939 > Beato Gonzalo Diaz di Amarante Mercedario 
38820 > Beato Manfredo Settala Sacerdote ed eremita  MR
38770 > San Marino (Mario) Abate di Bodon  MR
90474 > Beato Michele Pini Monaco 
92853 > Beato Paolo Giuseppe Nardini Sacerdote, fondatore 
38830 > Beata Rosalia du Verdier de la Soriniere Vergine e martire MR
38780 > San Teodorico di Orleans Vescovo  MR
38750 > San Vitaliano Papa  MR

http://es.catholic.net/santoralwww.santiebeati.it  -  www.jesuitas.pt

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português

por António Fonseca

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Nº 26 - 26 DE JANEIRO DE 2011 - SANTOS DO DIA - 3º ANO

Nº 1258

SÃO TIMÓTEO

Bispo

Timoteo y Tito, Santos

Timóteo e Tito, Santos

S. Timóteo, primeiro Bispo de Éfeso, a quem S. Paulo em muitos lugares das suas cartas chama seu discípulo caríssimo, seu amado filho e seu irmão, era muito provavelmente natural de Listra, na Licaónia, província da Ásia Menor. O pai de Timóteo era gentio, e a mãe, que se chamava Eunice, judia. Tinha abraçado a religião cristã, assim como Lóide, avó de Timóteo. Isto por ocasião da primeira viagem que S. Paulo e S. Barnabé fizeram a Listra. Tanto Eunice como Lóide distinguiam-se muito pelo zelo e piedade. O mesmo Apóstolo S. Paulo dá testemunho da fé de ambas quando escreve: Desejo ver-te para me encher de alegria, trazendo à memória aquela fé que há em ti, não fingida, a qual habitou primeiro, não só em tua avó Lóide, mas também em tua mãe Eunice (2 Tim 1, 4-5). Foi Timóteo educado na fé e na piedade, bem como na ciência das Sagradas Letras, a cujo estudo se entregou desde criança; e tanto nele progrediu que – ao voltar S. Paulo segunda vez a Listra, em companhia de Silas – encontrou Timóteo já homem formado na virtude, e por isso o escolheu para companheiro de peregrinações e trabalhos, na pregação do Evangelho. Começou por fazer que Timóteo fosse circuncidado, não porque entendesse que este rito fosse de utilidade, mas para o habilitar a pregar a fé aos inumeráveis judeus que havia naquela província, os quais, doutro modo, fugiriam dele, tendo-o por infiel. E desde então, embora Timóteo fosse muito jovem ainda, S. Paulo considerou-o sempre como seu companheiro no apostolado, como coadjutor e irmão. A estima em que o tinha, a ternura com que o amava ressalta do elogio com que o Apóstolo fala dele nas suas cartas. escrevendo aos Coríntios, diz S. Paulo: Se aí chegar Timóteo, cuidai que esteja sem temor entre vós, porque trabalha na obra do Senhor assim como eu (2 Cor 26, 10). E no prólogo da Epístola que dirige aos fiéis da cidade de Filipos, iguala-o consigo mesmo, dizendo: Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os Santos em Jesus Cristo, que estão em Filipos. O mesmo repete na Epístola aos Tessalonicenses. E outra vez aos de Filipos: Espero todavia no Senhor Jesus enviar-vos brevemente Timóteo, para que também eu esteja satisfeito, sabendo o que vos diz respeito. Porque não tenho ninguém tão unido de coração comigo e que mostre com sincero afecto cuidado por vós. Realmente todos buscam os seus interesses e não os que pertencem a Jesus Cristo. E como prova disto, sabei que, como um  filho ajuda seu pai, serviu comigo no Evangelho (Fil 2, 19). Finalmente, escrevendo aos Colossenses, começa deste modo: Paulo, Apóstolo de Jesus Cristo por vontade de Deus, e Timóteo, irmão. A primeira viagem que S. Timóteo fez em companhia de S. Paulo foi à Província de Macedónia, onde tomou grande parte nas conversões que ali operou o Senhor por meio do seu Apóstolo. Seguiu-o depois a todas as cidades daquela Província até Bereia, onde S. Paulo o deixou com Silas, considerando-o muito idóneo para trabalhar naquela recente vinha do Senhor e para confirmar os fieis na fé. Achando-se o Apóstolo em Atenas, chamou Timóteo para o ajudar naquela nova messe; porém, tendo notícia de que eram maltratados os cristãos de Tessalónica, enviou-lhes o seu querido discípulo para os fortalecer e preparar para a perseguição que já ameaçava a Igreja. Mais tarde, foi Timóteo encontrar S. Paulo na cidade de Corinto e acompanhou-o em todas as viagens que fez a Jerusalém, Grécia, Macedónia, Acaia, Ásia e Roma, compartilhando, por assim dizer, dos trabalhos que este grande Apóstolo sofria por Jesus Cristo. Se Timóteo tomou tão grande parte nos trabalhos de S. Paulo, não a teve menor nas suas conquistas. Estando o Apóstolo em Roma, enviou-o a visitar diferentes Igrejas particulares, nas quais fez bens imensos pela glória de Jesus Cristo. Regressando a Filipos, foi ali preso pela fé, e pelo mesmo motivo tratado rudemente, o que muito o consolou por se lembrar que sofria por Jesus. Posto em liberdade, foi ter imediatamente com S. Paulo, que se achava em Roma, e em seguida fez com ele outra viagem ao Oriente. Chegados a Éfeso, separaram-se por algum tempo. S. Paulo, conhecendo a grande necessidade que esta Igreja tinha dum pastor que particularmente se encarregasse dos seus destinos, comunicou-lhe a graça episcopal pela imposição das mãos. Tendo o Apóstolo de partir para a Macedónia, ordenou-lhe que se opusesse com todo o vigor à doutrina errónea que alguns procuravam espelhar, que regulasse as orações públicas e vigiasse pelo procedimento de todos os fiéis. A ambos custou muito separarem-se, e somente se resolvera, por compreenderem, que tinham de preferir os interesses da Igreja de Jesus às complacências particulares. Não pôde S. Paulo estar muito tempo sem escrever ao seu amado discípulo. Na carta que lhe mandou, conhece-se a ternura paternal que sempre conservava para com Timóteo. nela acentua as principais obrigações do bispo e as qualidades que devem ter aqueles que houverem de ser escolhidos para o ministério sagrado. Exorta-o a reprimir os falsos doutores que, sob hipócritas aparências e com palavras novas e artificiosas, procuram introduzir doutrinas dissolventes e corromper os costumes. Mostra-lhe os deveres de todos os cristãos em geral, sem distinção de condições ou estados. Quero,  dizia, que a todos se torne familiar a oração e que a saibam fazer a Deus em todo o lugar e tempo; que as mulheres vistam honestamente, adornando-se com pudor e modéstia, e não com cabelos encrespados, ou com  oiro, ou pérolas ou vestidos custosos; que os ricos não sejam soberbos, nem ponham as suas esperanças nas riquezas vãs e perecedoiras, mas sim na bondade de Deus, que nos dá os bens em abundância; que sejam ricos em boas obras, com suas esmolas e liberalidades. Finalmente exorta o seu discípulo a que seja ele mesmo exemplo dos demais fieis, servindo-lhes de modelo com regularidade da vida e a pureza de costumes. Todavia aconselha-o a que modere as suas excessivas penitências e ordena-lhe que beba um pouco de vinho por causa da sua grande fraqueza de estômago e dos achaques de que padecia. Voltando do Oriente, o Apóstolo passou por Éfeso para ver o seu querido discípulo; e quando chegou a Roma escreveu-lhe uma segunda epístola. Não te envergonhes, dizia-lhe, de dar testemunho de Nosso Senhor, nem de mim que estou em prisões pelo seu amor. Anima-o depois a que esteja firme nas contradições e perseguições dos falsos doutores e dos falsos irmãos. Conserva, lhe diz,  com cuidado o depósito da fé, e da sã doutrina que aprendeste de mim. Prega, repreende, roga, admoesta com toda a paciência. Cumpre com diligência o teu ministério e não te desalentem as contradições. Virá tempo em que o prurido de ouvir novidades fará que busque cada um mestres que lhe falem ao seu paladar e desejos. Haverá homens cheios de amor próprio e de vícios que, com aparência de piedade ou com exterioridades de virtude, serão inimigos da religião. Deste número são os que se insinuam nas casas para dogmatizar e introduzir o erro, valendo-se de mulheres carregadas de pecados e arrastadas de diversas paixões, para dar  crédito à sua perversa doutrina. Timóteo não foi somente discípulo de S. Paulo, mas em certo modo se pode dizer que o foi também de S. João, porque, tendo-se retirado para Éfeso o Discípulo Amado, que dali governava todas as Igrejas da Ásia, não o amou menos que S. Paulo e distingui-o dando-lhe uma espécie de inspeção geral sobre as Igrejas Asiáticas. Supõe-se que S. Timóteo foi aquele anjo da Igreja de Éfeso, de quem o mesmo Evangelista fala no seu Apocalipse, louvando-o muito pelo horror com que olhava os hereges, pelo zelo com que trabalha na vinha do Senhor, e pelo muito que havia padecido em promover a glória de Deus. Exorta-o depois a renovar o seu fervor, como S. Paulo o tinha exortado na sua carta a que fizesse reviver a graça que tinha recebido pela imposição das mãos, quando foi ordenado. Depois do desterro de S. João, pouco tempo esteve o Santo Bispo na cadeira episcopal de Éfeso, porque bem cedo se lhe ofereceu ocasião de mostrar o seu zelo, reprimindo as dissoluções brutais que os pagãos cometiam numa das festas chamada Catagógia. Por este motivo, segundo uma tradição muito antiga, foi preso, arrastado pelas ruas da cidade e por último apedrejado e espancado. Os seus discípulos retiraram-no semimorto e, conduzido a um monte próximo, aí consumou o martírio na perseguição de Domiciano ou Nerva. Como fiel depositário dos tesouros que lhe confiara S. Paulo, cumpriu até à morte o conselho do mestre. “Ó Timóteo, guarda o depósito que te confiei”. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

SÃO TITO

Bispo (96)

Timoteo y Tito, Santos

Timoteo e Tito, Santos

A festa de S. Tito entrou no Missal Romano no ano de 1854, no tempo de Pio IX. Sobretudo os Padres Gregos apresentam extraordinárias ponderações sobre a santidade e o zelo deste discípulo predileto do Apóstolo das gentes; e os bizantinos dão-lhe mesmo o título de apóstolo, seguindo S. Paulo que lhe chama “apóstolo das igrejas e glória de Cristo”. A sua basílica da ilha de Creta remonta pelo menos ao século VI. Nada sabemos ao certo sobre a sua origem e lugar de nascimento. Uns dão-no como natural de Creta; S. João Crisóstomo como de Corinto; e as Atas de Tecla, no século II, como de Icónio. Outros julgam que nasceu em Antioquia, pois foi lá que se relacionou com S. Paulo e se converteu à fé. Uma coisa é certa; não judeu: e é provabilíssimo,o que se tenha convertido devido à pregação de S. Paulo, pois este chama-lhe “filho verdadeiro seu, segundo a fé”. Pelo ano de 48 a 50, subiu S. Paulo a Jerusalém para o Concílio e levou Tito; apresentou-o aos Apóstolos e opôs-se energicamente a que fosse circuncidado, como desejavam os cristãos judaizantes. Na terceira viagem apostólica, Tito substitui Silas, cristão de Jerusalém, e segue constantemente S. Paulo nas suas várias missões e fundações. Os dois detiveram-se longamente em Éfeso, e daqui passou Tito a Corinto com uma incumbência difícil. Devia substituir Timóteo, carácter mais suave e ingénuo, pacificar os ânimos dos fieis e organizar a colecta para os pobres de Jerusalém. O zelo, a ponderação e a energia conseguiram a finalidade que S. Paulo se propusera. A paz voltou à Igreja de Corinto e todos ficaram reconhecidos ao missionário. S. Paulo seguira, com verdadeira inquietação, o desempenho de tal incumbência, pois reconhecia quanto era melindrosa. Não ficou sossegado enquanto não conheceu os felizes resultados e deu o ósculo da paz ao discípulo, na Macedónia. Aqui trocaram impressões e Paulo animou-se a destinar Tito para uma segunda viagem a Corinto, onde anunciasse a sua próxima chegada e completasse a recolha das esmolas que devia levar ele próprio a Jerusalém. Já não volta S. Lucas a falar de Tito. Sem as pastorais de S. Paulo perderíamos completamente os vestígios dele, dum dos operários mais notáveis da Igreja primitiva. A carta a Tito, escrita provavelmente da Macedónia depois da viagem à Hispânia, pelo ano de 65, não revela que tenha ficado à frente da Igreja de Creta. São-lhe dadas instruções para que proveja de bons superiores aqueles fieis e saia depressa a caminho do Epiro, onde Paulo conta invernar na cidade de Nicópolis. Tito encontrou dificuldades grandes no seu apostolado, sobretudo por parte dos judeus, sempre inimigos da propagação do Evangelho. Teve de seguir as indicações de S. Paulo e pôr-se a caminho para o Epiro. O mestre e o discípulo encontraram-se na Dalmácia, quando foi escrita a segunda carta a Timóteo. Os factos posteriores relativos a este grande companheiro de S. Paulo, são-nos desconhecidos. Eusébio, Teodoreto e Santo Isidoro dizem-nos que voltou a Creta e continuou evangelizando aquelas gentes até à morte. S. Jerónimo acrescenta que manteve sempre a castidade virginal. Tito deve ter sido o mais idoso e experimentado que Timóteo, o outro companheiro inseparável de S. Paulo. Não sendo judeu, teve mais aceitação entre os cristãos de origem pagã. Filho querido, irmão e precioso colaborador de S,. Paulo, seguiu sempre os caminhos deste, os do Evangelho, os de Cristo.Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.

BEATO MIGUEL KOZAL

Bispo (1893-1943)

Miguel Kozal, Beato

Miguel Kozal, Beato

No dia 14 de Junho de 1987, Sua Santidade o Papa João Paulo II presidiu em Varsóvia ao encerramento do segundo congresso eucarístico. Nesse ato solene elevou às honras dos altares um bispo seu compatriota, que foi sacrificado pelos nazis na última guerra mundial. Trata-se do Servo de Deus, Miguel Kozal, que nasceu em Nowy Folwart (Polónia) a 25 de Setembro de 1893, de família muito piedosa. Depois da ordenação sacerdotal, dedicou-se intensamente ao trabalho pastoral em diversas paróquias e mais tarde à formação espiritual da juventude, como diretor de uma escola secundária. deu mostras do mesmo zelo e empenho quando o mudaram para o seminário de Gniezno, onde leccionou durante doze anos. Em 1939 foi designado pela santa Sé Bispo auxiliar da diocese de Wloclawek. Duas semanas depois da consagração episcopal, deflagrou a guerra mundial e a Polónia foi invadida pelas tropas alemãs. Os chefes nazis, dominados pelo ódio contra a fé católica, fecharam igrejas e colégios, prenderam padres e proibiram todas as publicações religiosas. O novo bispo reagiu, defendendo os direitos da fé. Foi admoestado, perseguido e por fim preso. No cárcere ofereceu generosamente a Deus a própria vida como holocausto pela libertação dos sacerdotes. Quanto sofreu e quanto rezou nos três anos de prisão, é difícil imaginar. Contudo, ele preocupava-se mais com os sofrimentos dos outros do que com os seus. Foi, por assim dizer, o anjo tutelar dos sacerdotes que juntamente com ele penavam nos calabouços nazis. Era grande a sua alegria quando lhe era possível distribuir ocultamente a eucaristia aos presos. Dizia-lhes: “Dou-vos o dom mais precioso, Jesus Eucarístico. Deus está connosco. Deus nunca nos abandona”. O Bispo Miguel Kozak não foi apenas mártir, mas verdadeiro mestre de mártires. Com o seu exemplo e palavras, na sexta-feira da Paixão de 1942, todos os presos puderam conhecer melhor o mistério da dor, todos sentiram, que participavam um pouco nos sofrimentos do Salvador pela salvação dos homens. Com 50 anos não completos, faleceu em Dachau, a 26 de janeiro de 1943, depois de uma injeção letal aplicada por um médico. AAS 79 (1987) 1126-29. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.

• Paula, Santa
  Padroeira das Viúvas

Paula, Santa

Paula, Santa

Martirológio Romano: Em Belém, de Judeia, morte de santa Paula, viúva, a qual pertencia a uma nobre família senatorial e, renunciando a todo, distribuiu seus bens entre os pobres, retirando-se com sua filha, a beata virgem Eustochio, junto ao presépio do Senhor (404). Santa Paula nasceu em 5 de Maio de 347. Por parte de sua mãe, tinha parentesco com os Escipiones, com os Gracos e Paulo Emílio. Seu pai pretendia ser descendente de Agamenón. Paula teve um filho, chamado Toxocio como seu marido e quatro filhas: Blesila, Paulina, Eustochio e RufinaPaula era muito virtuosa como mulher casada e com seu marido edificaram em Roma com seu exemplo. Sem embargo ela tinha seus defeitos, particularmente o de certo amor à vida mundana, o qual era difícil de evitar por sua alta posição social. Ao princípio Paula não se dava conta desta secreta tendência de seu coração, mas a morte de seu esposo, ocorrida quando ela tinha 33 anos, lhe abriu os olhos. Sua pena foi imoderada até ao momento em que sua amiga Santa Marcela, uma viúva romana que assombrava com suas penitências, a persuadiu de que se entregasse totalmente a Deus. A partir de então, Paula viveu na maior austeridade.  Sua comida era muito simples, e não bebia vinho; dormia no chão, sobre um saco; renunciou por completo às diversões e à vida social; e repartiu entre os pobres tudo aquilo que lhe pertencia e evitou o que pudesse distraí-la de suas boas obras.  Numa ocasião ofereceu hospitalidade a Santo Epifânio de Salamis e a São Paulino de Antioquia, quando foram a Roma. Eles apresentaram-na a São Jerónimo, com quem a santa esteve estreitamente associada no serviço de Deus enquanto viveu em Roma, sob o Papa São DâmasoSanta Blesila, a filha mais velha de Santa Paula, morreu subitamente, coisa que fez sofrer muito a piedosa viúva. São Jerónimo, que acabava de voltar de Belém, lhe escreveu uma carta de consolo, em que não deixava de repreendê-la pela pena excessiva que manifestava sem pensar que sua filha havia ido a receber o prémio celestial. Paulina, sua segunda filha, estava casada com São Pamáquio, e morreu sete anos antes que sua mãe. Santa Eustóquio, sua terceira filha, foi sua inseparável companheira. Rufina morreu sendo ainda jovem.  Quanto mais progredia Santa Paula no gosto das coisas divinas, mais insuportável se lhe fazia a tumultuosa vida da cidade. A santa suspirava pelo deserto, e desejava viver numa ermida, sem ter outra coisa em que se ocupar mais que pensar em Deus. Determinou, pois, deixar sua casa, sua família e seus amigos e partir de Roma. Ainda que era a mais amante das mães, as lágrimas de Toxócio e Rufina não lograram desviá-la de seu propósito. Santa Paula embarcou com sua filha Eustóquio, o ano 385; visitou a Santo Epifânio em Chipre, e se reuniu com São Jerónimo e outros peregrinos em Antioquia. Os peregrinos visitaram os Santos Lugares de Palestina e foram ao Egipto a ver os monges e anacoretas do deserto. Um ano mais tarde chegaram a Belém, onde Santa Paula e Santa Eustóquio ficaram sob a direção de São Jerónimo. As duas santas viveram numa choça, até que se acabou de construir o mosteiro para homens e os três mosteiros para mulheres. Estes últimos constituíam propriamente uma só casa, já que as três comunidades se reuniam noite e dia na capela para o ofício divino, e aos domingos na Igreja próxima. A alimentação era escassa e má, os jejuns frequentes e severos. Todas as religiosas exerciam algum ofício e teciam vestidos para si e para os demais. Todos vestiam um hábito idêntico. Nenhum homem podia entrar no recinto dos mosteiros. Paula governava com grande caridade e discrição. Era a primeira a cumprir as regras, e participava, como Eustóquio, nos trabalhos da casa. Se alguma religiosa se mostrava loquaz ou airada, sua penitência consistia em isolar-se da comunidade, colocar-se em última nas filas, orar fora das portas e comer aparte, durante algum tempo. Paula queria que o amor à pobreza se manifestasse também nos edifícios e igrejas, que eram construções baixas e sem nenhum adorno caro. Segundo a santa, era preferível repartir o dinheiro entre os pobres, membros vivos de Cristo. Paládio afirma que Santa Paula se ocupava em atender a São Jerónimo, e foi a este de grande utilidade em seus trabalhos bíblicos, pois seu pai lhe havia ensinado o grego e na Palestina havia aprendido suficiente hebreu para cantar os salmos na língua original. Ademais, São Jerónimo a havia iniciado nas questões exegéticas o bastante para que Paula pudesse seguir com interesse sua desagradável discussão com o bispo João de Jerusalém sobre o origenismo. Os últimos anos da santa se viram ensombrados por esta disputa e pelas preocupações económicas que sua generosidade havia produzido. Toxócio, o filho de Santa Paula, se casou com Leta, a filha de um sacerdote pagão, que era cristã. Ambos foram fieis imitadores da vida de sua mãe e enviaram a sua filha Paula a educar-se em Jerusalém ao cuidado de sua avó. Paula, a jovem, sucedeu a Santa Paula no governo dos mosteiros. São Jerónimo enviou a Leta alguns conselhos para a educação de sua filha, que todos os pais deveriam ler. Deus chamou a si a Santa Paula aos 56 anos de idade. Durante sua última enfermidade, a santa repetia incansavelmente os versos dos salmos que expressavam o desejo de alma de ver a Jerusalém celestial e de unir-se com Deus. Quando perdeu a fala, Santa Paula fazia o sinal da cruz sobre seus lábios. Morreu na paz do senhor, em 26 de Janeiro do ano 404. Santa Paula, roga por nós.

• Albérico, Santo

  Abade

Alberico, Santo

Albérico, Santo

Martirológio Romano: No mosteiro de Cister, na Borgonha (hoje França), santo Albérico, abade, que, sendo monge em Molesmes, foi um dos primeiros religiosos que fundaram o novo mosteiro e, havendo sido eleito abade, dirigiu o cenóbio sobressaindo por seu zelo em procurar a formação de seus monges, como verdadeiro amante da Regra e dos irmãos (1109). Os esforços de Santo Albérico por encontrar um instituto religioso que correspondesse a suas aspirações de grande perfeição arrojam uma luz que nos faz tremular, sobre o temperamento de aço dos monges do século XII. Não sabemos nada da meninice de Albérico. Quando ouvimos falar dele por primeira vez, formava parte de um grupo de sete ermitãos que viviam no bosque de Collan, não longe de Chatillon-sur-Seine. Aí habitava certo abade Roberto, homem de boa família e muito reputado por sua virtude. Apesar de que havia fracassado anteriormente no governo de uma comunidade de monges revoltosos, os ermitãos lograram com certa dificuldade que Roberto aceitasse ser seu superior, e em 1075, emigraram para as cercanias de Molesmes, onde construíram um mosteiro. Roberto era o abade e Albérico o prior. Cedo começaram a chover regalos no mosteiro; a comunidade aumentou, mas o fervor decaiu. Durante certa época, um grupo de monges se rebelou contra a disciplina religiosa. Roberto, desalentado, se retirou do mosteiro. Albérico ocupou seu lugar e intentou restabelecer a ordem; mas os monges o feriram e o encerraram finalmente. Albérico e um inglês chamado Esteban Harding, não podendo já suportar tal estado de coisas, abandonaram também o mosteiro. Provavelmente quando o povo se inteirou da rebelião, as esmolas começaram a escassear e então os rebeldes prometeram emenda. Roberto, Albérico e Esteban retornaram ao mosteiro. Mas cedo reapareceram os sintomas da relaxação, e Albérico parece haver lançado a ideia de partir com um grupo dos mais fervorosos a fundar aparte uma comunidade mais observante. Assim se fez e, em 1098, vinte e um monges se estabeleceram em Cister, um pouco ao sul de Dijon, a uns cem quilómetros de Molesmes. Tais foram os princípios da grande Ordem Cisterciense. Roberto, Albérico e Esteban foram eleitos abade, prior, e sub-prior, respectivamente. Mas pouco depois, São Roberto retornou à comunidade de Molesmes, e Albérico lhe sucedeu no cargo de abade, de maneira que a ele devem atribuir-se com toda probabilidade, algumas das principais características da reforma cisterciense. Se tratava de uma restauração da primitiva observância beneditina, mas com muito mais austeridade. Uma das manifestações externas da mudança foi a adopção do hábito branco, com escapulário negro e capucho, para os monges de coro. Segundo a lenda, esta mudança se deve a um desejo que comunicou a Santíssima Virgem a Santo Albérico numa aparição. Uma modificação mais profunda foi a instituição de uma aula especial de "fratres conversi" ou irmãos leigos, aos que se confiou o trabalho caseiro e, sobretudo, a exploração das granjas distantes do convento. Sem embargo, todos os monges estavam obrigados em alguma forma ao trabalho manual. O coro foi simplificado e abreviado; e se deixou mais tempo para a oração privada. Albérico não governou durante muito tempo, e provavelmente muitos dos rasgos característicos na organização definitiva de Cister se devem a seu sucessor, Santo Esteban. Foi ele quem nos deixou a notícia mais pessoal sobre Santo Albérico, numa exortação que pronunciou com motivo da morte deste, ocorrida em 26 de Janeiro de 1109: "A todos nos afecta igualmente esta grande perda -disse-, e dificilmente poderei consolar-vos eu, que necessito de consolo tanto como vós. Vós haveis perdido a um pai e a um diretor de vossas almas; eu não só perdi a um pai e um guia, mas também a um amigo, a um companheiro de armas, a um valente soldado do Senhor, a quem nosso venerável padre Roberto havia educado com ciência e piedade admiráveis, desde os primeiros dias de nosso instituto monástico... Há ficado entre nós o corpo de nosso amado padre como uma forma de sua presença, e ele nos há levado consigo o céu em seu coração... O guerreiro há triunfado, o atleta há recebido o prémio merecido, o vencedor há ganho sua coroa; dono já do triunfo, pede que também a nós nos seja concedida a palma dos vencedores... Não choremos pelo soldado que descansa já; choremos mais por nós que seguimos em frente de batalha, e transformemos em orações nossas palavras de tristeza, rogando a nosso padre triunfante que não permita que o leão e o feroz inimigo nos derrotem".

• Agustín (Agostinho) Erlandsön, Santo
Bispo,

Agustín Erlandsön, Santo

Agustín Erlandsön, Santo

Martirológio Romano: Na Erlandsön, bispo, que regeu a Igreja que lhe havia sido encomendada como primeiro bispo, procurando seu crescimento e defendendo-a ante os príncipes (1188).

Agustín (Eystein) Erlandssön é conhecido na história medieval da Noruega como um bispo que se esforçou com zelo pelo progresso da Igreja. Pertencia a uma família muito estimada e conhecida na Noruega do século XII, foi capelão da corte do rei Inge "Krokrygg" (Krokygg = o jorobado), que em 1157 o nomeou arcebispo de Nidaros, sendo consagrado algum tempo depois.
Parte de sua existência desenvolveu-se à sombra do trono norueguês daqueles tempos; coroou rei ao jovem Magnus V, filho de Erling Stakke, e manteve boas relações com seus partidários, mas não se pode dizer o mesmo de suas relações com o rei Sverre Sigurdsson (1151-1202) que em 1182 derrubou a Magnus V para ficar com a coroa; este mudou e obrigou-o a viver fora de sua pátria por três anos, até que se reconciliou com o rei Sverre. Neste ponto faz falta indicar sua função de bispo durante o reinado dos filhos do rei Harald IV: Sigur Mund, Inge Krokrygg y Eystein II, que governaram juntos. Foi nesta etapa que se organizou a Igreja norueguesa; em 1152 os referidos reis negociaram um acordo com o Legado Pontifício o Cardeal Niccolò di Albano, erigindo a sede Arcebispal de Nidaros (a cidade actualmente se chama Trondheim), nomeando ao primeiro arcebispo da nova província eclesiástica, que até esse momento pertencia à Arquidiocese de Land.
A igreja preexistente em Nidaros, construída no estilo românico, com uma só nave, pelo rei Olaf Kyrre (1093); resultou ser já muito pequena para as celebrações e querendo Noruega ter uma catedral mais bela, se iniciou a construção de uma nave transversal, obra que não se havia ainda terminado em 1161.  Quando Agustín Erlandssön voltou de seu desterro em 1183, começou uma completa reconstrução da catedral mas em estilo gótico; em 1188 após a morte deste santo bispo, a imponente obra todavia não havia sido concluída. Agustín em seguida foi venerado como santo pelas virtudes de sua vida e pelo zelo que prodigalizou na defesa dos direitos da Igreja ante as prepotências e abusos dos reis e dos chefes feudais.
responsável da tradução em espanhol: Xavier Villalta

• Outros Santos e Beatos
Janeiro 26    -  Completando o santoral deste dia

Otros Santos y Beatos

SAN JENOFONTE Y 
SU FAMILIA

Santos Xenofonte e Maria, João e Arcádio, monges

Em Jerusalém, santos Xenofonte e Maria, com seus filhos João e Arcádio, os quais, renunciando à dignidade senatorial e a todas as posses, abraçaram a vida monástica na Cidade Santa com grande devoção (s. VI).

São Teógenes, mártir

Na cidade de Hipona, na Numídia (hoje Argélia), são Teógenes, mártir, acerca do qual santo Agostinho pregou um sermão (c. 257).

Beata María de la Dive, mártir

Na região de Anjou, em França, beata María de la Dive, mártir, que, sendo viúva, foi degolada por sua fidelidade à Igreja durante a Revolução Francesa (1794).

BEATA MARÍA DE LA DIVE

91529 > Sant' Agostino (Eystein) Erlandsson Arcivescovo  MR
38900 > Sant' Alberico di Citeaux Abate  MR
93941 > Beato Arnaldo de Prades Mercedario 
93940 > Beato Claudio di San Romano Mercedario 
38740 > Beata Maria de la Dive Vedova, martire MR
92092 > Beato Michele (Michal) Kozal Vescovo  MR
38700 > Santa Paola Romana Vedova  MR
38720 > Santi Senofonte, Maria e figli Martiri  MR
38710 > San Teogene di Ippona Martire MR
22450 > San Timoteo Vescovo  - Memoria MR
22475 > Santi Timoteo e Tito Vescovi  - Memoria MR
22500 > San Tito Vescovo  - Memoria MR

  www.santiebeati.itwww.es.catholic. – www,jesuítas.pt

Compilação de

António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...