quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Nº 3370 ( 3 *) - O PAPADO - 2000 ANOS DE HISTÓRIA - 31 DE JANEIRO DE 2018,

Caros amigos:

NOVO ANO - NOVA VIDA

Hoje, pela graça de Deus, entro na publicação da Biografia do 265º (Wikipédia) Papa da Igreja Católica, ou CCLIV no Livro (O PAPADO - 2000 ANOS DE HISTÓRIA), BENTO XVI e à qual se seguirá a de FRANCISCO, 266º Papa, amanhã dia 3 de FevereiroASSIM DEUS O permita.

Esta publicação como sabem foi iniciada no passado dia 1 de Janeiro, primeiro com a média de publicação de 10 biografias, por dia, mas nos últimos dias (devido à sua extensão) foi reduzido o nº das mesmas. 




AQUI TERMINA A BIOGRAFIA DO PAPA BENTO XVI, 
segundo o Livro O PAPADO -  2000 ANOS DE HISTÓRIA..


Em face disto, vi-me forçado (.. é uma maneira de dizer ...) resolvi recorrer ao texto da Wikipédia (onde recolhi as imagens representativas dos 265 Papas que foram aqui descritos desde o dia 1 de janeiro passado) e transcrever o RESUMO ali publicado, pois a respectiva Biografia é bastante extensa e descritiva não permitindo que - EM TEMPO ÚTIL - ou seja até hoje (dia 2)  eu a possa transcrever totalmente.

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Em consequência a Biografia respeitante ao Papa FRANCISCO será  também recolhida (ou transcrita) através da WIKIPÉDIA, e somente apenas até 31 de Dezembro de 2017. Vamos a ver se o poderei conseguir a tempo de ser publicada no dia 3 de Fevereiro, ou  num dos dias seguintes, ASSIM DEUS O permita





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Nº  3 3 7 0 - (3)




31 DE JANEIRO de 2018


Texto do livro 
O PAPADO - 2000 Anos de História
do Círculo de Leitores - 2009 
e compilado por Mendonça Ferreira 


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BENTO XVI - Papa



Papa desde 18 DE ABRIL DE 2005 

até
28 de Fevereiro de 2013


CCLXIV Papa
I Papa Emérito
265º na Wikipédia


SÍNTESE



Nasceu 16 de Abril de 1927, em Mark am Inn, na diocese de Passau, na Baviera - Alemanha. Chama-se JOSEPH RATZINGER, pertence a uma família de agricultores, a mãe era doméstica e o pai comissário da Polícia, mas demitiu-se por ser Antinazi. Entrou em 1939 para o Seminário de Traunstein e pertenceu à Juventude Hitleriana porque, como diz, era obrigatório para quem estudava. Por ordem militar foi integrado no destacamento antiaéreo Flak, ainda jovem. Mais tarde, em 1944, já em idade militar, tomou parte na Segunda Guerra Mundial alistado no Exército, mas em 1945 desertou, fugindo para uma casa de familia em Traunstein. Pouco depois um destacamento do Exército americano identifica-o como soldado alemão e envia-o para um campo de prisioneiros de guerra, mas foi libertado meses depois e regressou ao seminário. Em 1947 entra no Herzogliches Georgianum, instituto teológico associado à Universidade de Munique, e estuda também Filosofia na Escola Superior de Freising. Foi ordenado sacerdote em 29 de Junho de 1951. Em 1953 doutorou-se em teologia, dedicando a tese de pós-doutoramento à história da teologia. Foi professor de teologia na Universidade de Bona, de 1959 a 1969, e na Universidade de Munster de 1963 a 1966. Regeu a cadeira de Teologia Dogmática na Universidade de Tubingen, em 1966. esteve presente no Concilio Vaticano II, como conselheiro teológico. Em março de 1977 é nomeado por PAULO VI, arcebispo de Munique e o mesmo papa, no Consistório de 27 de Junho de 1977, nomeia-o cardeal, passando a ser bispo de Valletri-Segni e Óstia. A STASI polícia política da antiga República Democrática Alemã (RDA) espiou durante 15 anos o então teólogo alemão JOSEPH RATZINGER hoje BENTO XVI, sendo seguido de perto entre 1974 e 1989, antes da queda do Muro de Berlim. Em 25 de Novembro de 1981, JOÃO PAULO II nomeia-o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, um novo nome dado ao Tribunal da Santa Inquisição. Desde 2002 era decano do Colégio Cardinalicio. Tomou parte nos Conclaves que elegeram JOÃO PAULO I e JOÃO PAULO II. Em 1953 publicou o seu primeiro trabalho. O Povo e a Casa de Deus na Doutrina de Santo Agostinho para a Igreja, e em 1966 publicou o livro-entrevista O Sal da Terra; O Cristianismo e a Igreja Católica no Limiar do III Milénio. Na década de 1970 dirigiu o jornal trimestral teológico Communio, que transformou num dos jornais mais importantes do mundo. No Vaticano, entre os Cardeais, tinha a alcunha de «Cardeal Panzer» (nome dos tanques alemães da Segunda Guerra Mundial) por ser um homem que defendia com mão de ferro a ortodoxia católica.



HISTÓRIA



conclave para eleição do sucessor de JOÃO PAULO II, composto por 115 Cardeais (dois faltaram por doença), reuniu, pela primeira vez, representantes das cinco partes do Mundo, assim distribuídos
Europa, 58, entre os quais Dom JOSÉ POLICARPO, Patriarca de Lisboa e Dom JOSÉ SARAIVA MARTINS, Prefeito da Congregação da Causa dos Santos; América Latina, 20; América do Norte, 14; África, 11; Ásia, 10; Oceania, 2.
Em 18 de Abril de 2005 e pela primeira vez na história da Igreja, a televisão do Vaticano transmitiu as cerimónias preliminares do Conclave, como o juramento dos cardeais eleitores e a entrada na Capela Sistina, com o fechar da porta, levando as imagens e milhões de pessoas em todo o mundo.
Os cardeais iniciaram as votações e cerca das 20 horas (hora de Roma) saiu fumo negro da chaminé da Capela Sistina, significando que ainda não havia Papa, para desilusão de milhares de romanos e peregrinos concentrados na Praça de São Pedro, que olhavam a chaminé.
Ao segundo dia, ao fim da tarde de 19 de Abril de 2005, e ao quarto escrutínio, um dos mais rápidos da história da Igreja, igual ao de JOÃO PAULO I, pois só em 1939 o Papa PIO XII fora eleito após dois dias e três escrutínios., o fumo branco anunciou que havia novo Papa e os sinos da Basilica de São Pedro repicaram em confirmação.
Alguns minutos depois, da janela central da Basilica, o cardeal-chileno JORGE ARTURO MEDINA-ESTEVEZ, na sua qualidade de protodiácono, anunciava a fórmula tradicional «HABEMUS PAPAM», e a seguir pronunciou o nome do eleito JOSEPH RATZINGER, que toma o nome de BENTO XVI.

Surgiu então na varanda o novo Papa, que pronunciou as suas primeiras palavras como Pontifice e Bispo de Roma
«Queridos irmãos e irmãs, depois do grande Papa JOÃO PAULO II, os cardeais escolheram-me a mim, um simples e humilde trabalhador das vinhas do Senhor. O facto de o Senhor saber trabalhar e agir, mesmo com meios insuficientes, consola-me e, acima de tudo, faz-me confiar nas vossas preces. Com a alegria de Cristo ressuscitado, confio no Seu apoio constante. Caminharemos com a ajuda do Senhor, e Maria estará ao nosso lado».
Estava eleito o 265º Papa da Igreja Católica Romana, o único Papa alemão desde VÍTOR II, que foi Pontifice de 1055 a 1057, passado quase um milénio.
A escolha do cardeal JOSEPH RATZINGER surpreendeu muitos católicos, o que não admira depois de um Pontificado dirigido por JOÃO PAULO II, um verdadeiro inovador e um conciliador impensável.
A escolha do nome de BENTO também tem significado e, neste caso, positivo. Um eleito não escolhe o nome por ser mais bonito, escolhe-o porque quer dar a entender que vai seguir numa linha de Pontificado, como JOÃO PAULO I, ao juntar o nome dos dois grandes papas, ou por gratidão, como disse JOÃO PAULO II, referindo-se a JOÃO XXIII e a PAULO VI.
Tomar o nome de BENTO é também uma grande responsabilidade pois BENTO XV (1914-1922), foi um Papa activo que, logo no início do Pontificado, em plena I Guerra Mundial, em  Novembro de 1914, publicou a sua Primeira Enciclica Ad Beatissimi, aludindo aos horrores da guerra e denunciando a falta de compreensão entre os homens, desprezo de autoridade, antagonismo e classes e procura de poder terreno. Promoveu a troca de prisioneiros e conseguiu que milhares de pessoas voltassem aos seus países e aos seus lares.
Ao tomar o nome de BENTO, o novo Papa toma uma grande responsabilidade. É sucessor de JOÃO PAULO II, um papa que tudo fez para unir o mundo e segue-se, em nome, a BENTO XV, um Papa que soube lutar e também procurou contribuir para a união dos povos, paralela à grandeza da Igreja Católica.
O mundo olha o cardeal. RATZINGER, o novo Papa BENTO XVI com olhos benevolentes, olhos confiantes e alguns, muitos, com olhos desconfiados. BENTO XVI tem pela  frente uma missão dificil e complexa, com grandes e importantes desafios, alguns que já vêm do Pontificado anterior, tais como: o aborto e a contracepção, problemas mundiais que preocupam milhões de fiéis, o uso do preservativo, questão muito discutida, com  a sida a aumentar vertiginosamente em todo o mundo, com realce para o continente africano, os escândalos sexuais protagonizados por vários sacerdotes, sobretudo nos Estados Unidos, os direitos das mulheres, que querem ter direitos iguais aos dos homens, podendo aceder ao sacerdócio, a justiça social, a guerra e a paz, os direitos humanos, a questão dos pobres  que alastram assustadoramente no mundo e a convergência com as outras religiões para a união de todas as Igrejas. É muito dificil o trabalho que BENTO XVI tem pela frente.
Quanto a Portugal sabe-se que o novo Papa, tal como JOÃO PAULO II é um devoto de Nossa Senhora de Fátima. Esteve na Cova da Iria em 1996, na peregrinação de Outubro das aparições e visitou a Irmã LÚCIA no Carmelo de Coimbra, o que considerou «um acontecimento muito importante, um encontro que faz impressão».
Em Março de 2001 esteve três dias no Paço Episcopal do Porto, por ter vindo proferir uma Conferência na Universidade Católica.
Na sua primeira aparição pública, em 23 de Abril de 2005, deu uma conferência de imprensa com a presença de 3000 jornalistas de todo o mundo, dizendo:
«A todos vós jornalistas, obrigado pela vossa visita e pelo serviço que fizeram nos últimos dias pela Santa Sé e pela Religião católica.».
Pode ser dito que foi graças ao vosso trabalho que a atenção de todo o mundo tem estado concentrada na Praça de São Pedro e no Palácio Apostólico, no qual se consumiu a existência do meu inesquecível predecessor, e na Capela Sistina, os cardeais me elegeram».
Não se pode deixar de reparar no facto de a sua primeira aparição pública ser feita num encontro com jornalistas.
Sente-se como que a continuação da ideia de JOÃO PAULO II, já que a sua última Carta Apostólica, de 24 de janeiro de 2005, tinha como título Il rapido sviluppo (O rápido desenvolvimento), subordinando-se ao tema «os desafios das comunicações sociais».
Em 20 de Abril de 2005, Sua Santidade BENTO XVI dirigiu a sua primeira mensagem na concelebração eucarística com os cardeais eleitores na Capela Sistina.
No dia 23 de Abril de 2005, pela manhã, frente à Basilica de São Pedro, realizou-se a cerimónia de investidura, conduzida polo cardeal protodiácono JORGE ARTURO MEDINA-ESTÉVEZ, que, em latim, pronunciou: «Abençoado Deus que te escolheu como pastor da Igreja Universal, confiando-te com o sue ministério apostólico. Que brilhes durante longos anos de vida terrena até que, quando chamado pelo Senhor, sejas investido com a imortalidade enquanto entras no reino celestial».
BENTO XVI estava já investido como Bispo de Roma. No dia seguinte, realizou-se a sua primeira entronização como papa da Igreja católica.
Depois da leitura do Evangelho, o Papa recebeu o pálio das mãos do cardeal protodiácono, e o Anel do Pescador, simbolo máximo do Pontificado, foi -lhe entregue pelo cardeal ÂNGELO SOLANO, vice diácono do Colégio Cardinalicio.
Seguiu-se a homilia de BENTO XVI, na qual o novo Papa apelou à união dos cristãos:
«Não temais abrir de par em  par as portas a Cristo», disse, citando as famosas palavras de JOÃO PAULO II. E prosseguiu, apelando aos jovens: «O Pastor traz aos ombros a ovelha tresmalhada, evitando que ela se perca no deserto (...). Muitas pessoas vagueiam pelo deserto. E há muitas formas de deserto: o deserto da pobreza, o deserto da fome e da sede, o deserto do abandono, da saudade e do amor destruido.
Existe também o deserto da obscuridade de Deus, do vazio das almas que não têm consciência da dignidade e do rumo do Homem».
Mais adiante, disse como iria governar a Igreja: «O meu verdadeiro programa de governo é não fazer a minha vontade, não seguir as minhas próprias ideias, mas colocar-me junto com toda a Igreja, à escuta da palavra e da vontade do Senhor e deixar-me conduzir por Ele».
De notar que a presença de casas reais, primeiros-ministros, altas individualidades e representantes de várias religiões, bem como representantes de várias igrejas ortodoxas, protestantes anglicanos e membros da comunidade muçulmana foi um facto de grande relevo no começo deste Pontificado.
Em 25 de Abril o Papa recebeu, na Sala Clementina do Vaticano, os representantes de outras confissões cristãs e religiões, tendo dito: «Asseguro-vos que a Igreja católica pretende continuar a construir pontes de amizade entre os fiéis de outras religiões, com o objectivo de procurar o verdadeiro bem de cada pessoa e de toda a sociedade».
Aludiu ainda ao diálogo que se tem registado entre as diversas religiões, afirmando «(...) que são uma contribuição importante para construir a paz sobre bases sólidas no mundo em que vivemos, marcado por conflitos, pela violência e pela guerra».
Referindo-se às relações entre muçulmanos e cristãos, BENTO XVI concluiu: «Estou particularmente reconhecido pela presença entre nós de membros da comunidade muçulmana e aprecio o progresso do diálogo entre muçulmanos e cristãos, tanto no plano local como internacional».
A actividade pastoral de BENTO XVI foi imediata.
Carta ao prof. ELIO TOAFF rabino-chefe emérito de Roma, por ocasião do seu 90º aniversário (30/4/2005).
Carta ao cardeal CAMILO RUINI, enviado especial ao XXIV Congresso Eucaristico Italiano, em Bari, de 21 a 29 de Maio  (13/5/2005);
Carta por ocasião do 50º aniversário da fundação do CELAM (14/5/2005)
Carta aos bispos espanhóis por ocasião da Peregrinação Nacional ao santuário de Nossa Senhora do Pilar de Saragoça (19/5(2005).
Em 14 de maio de 2005 enviou a Carta apostólica para a Beatificação de duas Servas de Deus: ASCENSION NICOL GOÑI e MARIANNE COPE.
A sua primeira visita apostólica realizou-se a 29 de maio de 2005, a Bari, no Sul de Itália, para o encerramento do XXIV Congresso Eucarístico Nacional, onde prometeu estreitar os laços com a Igreja Ortodoxa.
Ao celebrar a Eucaristia perante duas centenas de milhar de fiéis, BENTO XVI assumiu como compromisso trabalhar em rol da unidade dos cristãos, dizendo durante a homilia: 
«Aqui, em Bari, cidade que protege as relíquias de São NICOLAU DE MIRA e terra de encontro e de diálogo com os irmãos cristãos do Oriente, reafirmo o meu compromisso fundamental de trabalhar com toda a minha energia pela reconstrução da plena e visível unidade de todos os fiéis em Cristo». 
E acrescentou perante a multidão que o escutava: 
«Para unir os cristãos, estou consciente e que as manifestações  de bons sentimentos não chegam. São necessários gestos concretos que penetrem nas almas e comovam as consciências».
Após uma visita de 7 horas e do encerramento do Congresso, BENTO XVI regressou ao Vaticano.

CARTAS APOSTÓLICAS

Para a beatificação de duas Servas de Deus ASCENSION NICOL GOÑI e MARIANNE COPE, em 14 de maio de 2005, escreveu: «Nós, acolhendo o desejo dos Nossos irmãos FERNANDO SEBASTIÁN AGUILLAR, arcebispo de Pamplona e JAMES MICHAEL MOYNIHAN, bispo de Syracuse e de muios outros irmãos no episcopado e de muitos fiéis, depois de ter obtido o parecer da Congregação para a Causa dos Santos, com a Nossa autoridade apostólica concedemos que as veneráveis Servas de Deus  ASCENSION NICOL GOÑI e MARIANNE COPE, de hoje para o futuro sejam chamadas Beatas e que se possa celebrar a sua festa nos lugares e segundo as regras estabelecidas pelo direito, todos os anos: 24 de Fevereiro para  ASCENSION NICOL GOÑI  e 23 de Janeiro para MARIANNE COPE. Em nome do pai e do Filho e do Espírito Santo».
Para a Beatificação dos servos de Deus LADISLAU FINDYSZ, BRONISLAU MARKIEWICZ e INÁCIO KLOPOTWOSKI, em 4 de Junho de 2005.
Para a Beatificação do Servo de Deus CLEMENS AUGUST GRAF VON GALEN, em 9 de Outubro de 2005.
Para a Beatificação dos servos de Deus JOSEP TAPIÉS e seus companheiros e MARIA DE LOS ÂNGELES GINARD MARTÍ em 29 de Outubro de 2005.
Para a Beatificação dos servos de Deus CARLOS DE FOUCALD, MARIA PIA MASTENA e MARIA CRUCIFIXA CÚRCIO, em 13 de Novembro de 2005.
Para a Beatificação de 13 mártires mexicanos em 15 de Novembro de 2005.
Para a Beatificação da Serva de Deus Irmã ELIAS DE SÃO CLEMENTE, em 14 de março de 2006.
Para a Beatificação da Serva de Deus Irmã MARIA DA PAIXÃO em 14 de Maio de 2006.
Para a Beatificação da Serva de Deus RITA AMADA DE JESUS, em 28 de maio de 2006.
Para a Beatificação de 498 Servos de Deus, mártires na Espanha em 26 de Outubro de 2007.

MOTU PRÓPRIO

À Antiga e Venerável Basilica, para a Basilica de São Paulo Extramuros e para o seu conjunto extraterritorial, em 31 de maio de 2005;
Para a aprovação e publicação do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica em 28 de Junho de 2005;
Em Carta Apostólica, sob a forma de Motu proprio, com novas disposições acerca das basílicas de São Francisco e de Santa Maria dos Anjos em Assis, em 9 de Novembro de 2005;
Em Carta Apostólica, sob a forma de Motu proprio, o Santo Padre retoma a norma tradicional sobre a maioria necessária na eleição do Sumo Pontifice, em 11 de Junho de 2007;
Em Carta Apostólica, sob a forma de Motu proprio Summorum Pontificum, sobre a «Liturgia romana à reforma de 1970» em 7 de Julho de 2007;

ENCÍCLICAS

Em 25 de janeiro de 2006, BENTO XVI publicou a sua primeira Enciclica - a 294ª em 250 anos da história da Igreja, sob o título Deus Caritas Est, estruturada em duas partes, uma mais teórica e outra de pendor programático.
A Enciclica começa por unificar os conceitos de Eros (amor entre homem e mulher), sublinhando depois a acção caritativa da Igreja como «uma parte essencial da sua natureza».
A Enciclica fala de Deus «Criador do Céu e da terra, fonte originária de todo o ser» e de «Deus amor, que perdoa e se apaixona pelo seu povo»; chamando a atenção para o amor pelo próximo, escreveu: «Quem negligenciar a atenção ao outro, importando-se apenas em ser piedoso e cumprir os deveres religiosos, está a definhar a relação com Deus».
O Papa apresenta a relação entre o homem e a mulher como o arquétipo  do amor, frisando que «à imagem do Deus monoteísta corresponde o matrimónio monogâmico» e que «só na comunhão com o outro sexo» o homem poderá tornar-se «completo».
Em 30 de Novembro de 2007, dia da festa de Santo ANDRÉ, Apóstolo, BENTO XVI publicou a sua segunda Encíclica Spe Salvi dirigida aos presbiteros e aos diáconos, às pessoas consagradas e a todos os fiéis leigos sobre a esperança cristã. Fala sobre a redenção (a salvação segundo a fé cristã), diz que a fé é esperança cristã; lembra o conceito de vida eterna e a oração como escola da esperança em que Maria é a estrela que nos ilumina o caminho.

VIAGENS EM ITÁLIA

Viagem a Bari em 2005; Santuário de Monopello e a Verona, em 2006; Voigevano e Pavia, Loreto, Valletri e Nápoles em 2007; Savona e Génova, Santa Maria di Leuca e Brindisi e, finalmente, de 28 de Julho a 6 de Agosto  de 2008, o Papa viajou para Bressassone para um curto período de férias que serão interrompidas apenas aos domingos para a celebração do Angelus. Em 7 de Setembro de 2008 visitou Cagliari na Sardenha, onde teve um encontro com os sacerdotes, os seminaristas e a comunidade pontifícia na Faculdade Teológica da Sardenha e um encontro com os jovens na Praça Yenne.

VIAGENS APOSTÓLICAS FORA DE ITÁLIA

De 18 a 21 de Agosto de 2005, a Colónia - Alemanha por ocasião da XX Jornada Mundial, da Juventude;
De 25 a 28 de maio de 2006 à Polónia.
De 8 a 9 de Julho de 2006, a Valência - Espanha no V Encontro Mundial das Famílias.
De 9 a 14 de Setembro de 2006 a Munique - Alemanha, Altotting e Regensburg - Alemanha. Uma citação de MANUEL II Paleólogo, imperador de Bizâncio (1348-1425), feita por BENTO XVI numa conferência proferida na Universidade de Regensburg, onde foi reitor, incendiou o mundo muçulmano.
De 28 de Novembro a 1 de Dezembro de 2006 à Turquia.
A Igreja Ortodoxa tem a sua festa a 30 de Novembro, dia de Santo ANDRÉ, um dos apóstolos, e resolveu convidar para a festa o papa de Roma. Cumprindo a tradição, PAULO VI e JOÃO PAULO II aceitaram o convite e fizeram essa visita. BENTO XVI resolveu também aceitar, mesmo com os protestos e manifestações de parte do povo turco, devido á conferência ocorrida na Alemanha em setembro. Assim deixou Roma em 28 de Novembro e à chegada a Ancara foi recebido à saída do avião pelo Primeiro Ministro TAYYIP ERDOGAN, e por BARTOLOMEU I, patriarca ortodoxo . Depois na sala VIP, BENTO XVI declarou  que «considera o Islão uma religião pacifica e afectuosa». Logo depois foi depor uma coroa de flores no mausoléu de MUSTAFA KEMAL ATATURK o fundador da república turca, e encontrou-se com o presidente turco, AHMED NECDET SEZER.
No segundo dia da visita, BENTO XVI reuniu-se com BARTOLOMEU I, patriarca ortodoxo, com  quem rezou em Istambul. Em Éfeso, o papa celebrou numa missa junto à Casa de Maria, onde se crê que a Mãe de Jesus tenha vivido os seus últimos dias.
Em 30 de Novembro esteve em Istambul visitando a Igreja de santa Sofia (ou AYA SOFYA) convertida em museu em 1934, por MUSTAF KEMAL ATATURK. Foi depois para a Mesquita Azul, mas antes de entrar, respeitando o rito islâmico, descalçou os sapatos. À entrada abençoou uma criança invisual e rezou, de braços cruzados sobre o peito, voltado para Meca, gesto elogiado pelo grande Mufti de Istambul, MUSTAFA CAGRICI.
Depois de JOÃO PAULO II em Damasco, na Síria, em 2001, BENTO XVI foi o segundo Papa a entrar num templo muçulmano,  numa visita que durou vinte minutos. 
O Papa assistiu ainda a uma Missa segundo o rito bizantino e, no final assinou numa declaração conjunta com BARTOLOMEU I, apelando à luta do cristão contra a «secularização e o relativismo e niilismo» que grassa  no  mundo ocidental.
No último dia da visita rezou uma missa no Catedral do Espírito Santo, em Istambul, com a presença de milhares de católicos, e à porta soltou quatro pombas brancas, símbolo da paz.
De 9 a 14 de maio de 2007 visita ao Brasil na V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e Caribe.
De 7 a 9 de Setembro de 2007 visita à Áustria no 85º aniversário da fundação do Santuário de Mariazell.
De 15 a 21 de Abril de 2008, visita aos Estados Unidos da América e Organização das Nações Unidas.
De 12 a 21 de Julho de 2008, visita a Sidney - Austrália na XXIII Jornada Mundial, da Juventude celebrando a santa Missa e Consagração do novo altar com os Bispos australianos, os seminaristas, os noviços e as noviças de St. Mary's Cathedral, em 19 de Julho de 2008.
De 12 a 15 de Setembro, visita a França no 150º Aniversário das Aparições de Lourdes.

FACTOS DO PONTIFICADO

EXCOMUNHÃO  -  Em 26 de Setembro de 2006, o Vaticano anunciou a Excomunhão automática do Arcebispo emérito de Lusaca - Zâmbia, EMANUEL MILINGO e de quatro sacerdotes casados por ele ordenados e ele próprio casou-se e,Nova Iorque, em 2001, com MARIA SUNG, uma coreana que é membro da Seita MOO. O arcebispo disse que não aceitava a excomunhão e a devolvia a Roma, continuando a sua luta pela abolição do celibato dos sacerdotes.

REUNIÃO COM A CÚRIA ROMANA  -  Em 16 de Novembro de 2006, BENTO XVI reuniu com os cardeais da Cúria romana; entre eles Dom JOSÉ SARAIVA MARTINS, para discutir assuntos polémicos: o celibato dos sacerdotes e a readmissão de padres casados. Esta reunião foi provocada pela Excomunhão do arcebispo de Lusaca EMANUEL MILINGO e da sua insistência na abolição do celibato.
Após a reunião que durou três horas, o Vaticano emitiu um comunicado onde diz: 
«O valor da escolha pelo sacerdócio celibatário, em concordância com a tradição católica, foi reafirmado».
Por sua vez o Porta-voz do Vaticano, FREDERICO LOMBARDI, afirmou aos jornalistas que o que está em causa é apenas a Probabilidade de Readmitir sacerdotes que ficaram viúvos, acrescentando que as condições do encontro «não alteram a forma como as regras actuais - o celibato - são aplicadas». Recorde-se que a obrigação do Celibato foi imposta pelo Segundo Concilio de Latrão em 1139.

NOMEAÇÃO DE UM BISPO  - Em 1 de Dezembro de 2006, BENTO XVI nomeou Bispo de São Tomé e Principe, o padre português MANUEL MENDES DOS SANTOS, actual supervisor provincial dos Missionários Claretianos.


NOTA DO AUTOR deste Blogue - ANTÓNIO FONSECA

Segundo o Livro O PAPADO -  2000 ANOS DE HISTÓRIA.

Editado em MARÇO DE 2009



Em face disto, vi-me forçado (.. é uma maneira de dizer ...) resolvi recorrer ao texto da Wikipédia (onde recolhi as imagens representativas dos 265 Papas que foram aqui descritos desde o dia 1 de janeiro passado) e transcrever o RESUMO ali publicado, pois a respectiva Biografia é bastante extensa e descritiva não permitindo que - EM TEMPO ÚTIL - ou seja até hoje (dia 2)  eu a possa transcrever totalmente.


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Bento XVI (em latimBenedictus P.P. XVI), nascido Joseph Aloisius Ratzinger (Marktl am Inn16 de abril de 1927), é Papa Emérito e Romano Pontífice Emérito da Igreja Católica. Foi papa da Igreja Católica e bispo de Roma de 19 de abril de 2005 a 28 de fevereiro de 2013,[2][3] quando oficializou sua abdicação. Desde sua renúncia é Bispo emérito da Diocese de Roma. Foi eleito, no conclave de 2005, o 265º Papa, com a idade de 78 anos e três dias, sendo o sucessor de João Paulo II e tendo sido sucedido por Francisco.
Domina, pelo menos, seis idiomas, entre os quais alemãoitalianofrancêslatiminglêscastelhano e possui conhecimentos de português, ademais lê o grego antigoe o hebraico.[4] É membro de várias academias científicas da Europa como a francesa Académie des sciences morales et politiques e recebeu oito doutorados honoríficos de diferentes universidades, entre elas da Universidade de Navarra, é também cidadão honorário das comunidades de Pentling (1987), Marktl (1997), Traunstein (2006) e Ratisbona (2006). É pianista e tem preferências por Mozart e Bach.[5] É o sexto e talvez o sétimo papa alemão desde Vítor II (segundo a procedência de Estêvão VIII, de quem não se sabe se nasceu em Roma ou na Alemanha) . Em abril de 2005 foi incluído pela revista Time como sendo uma das cem pessoas mais influentes do mundo.[6]
O último papa com este nome foi Bento XV, que esteve no cargo de 1914 a 1922 e pontificou durante a Primeira Guerra Mundial. Ratzinger foi o primeiro Decano do Colégio Cardinalício eleito Papa desde Paulo IV, em 1555, o primeiro cardeal-bispo eleito Papa desde Pio VIII, em 1829, e o primeiro superior da Congregação para a Doutrina da Fé a alcançar o Pontificado, desde Paulo V, em 1605.
Renunciou em 28 de fevereiro de 2013, justificando-se em sua declaração de renúncia que as suas forças, devido à idade avançada, já não lhe permitiam exercer adequadamente o pontificado.







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Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto




Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.

Textos recolhidos

In

O Papado  -  2000 Anos de História 
Ed. Círculo de Leitores - 2009

e

sites: Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, e outros






Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso




Blogue: 
 SÃO PAULO (e Vidas de Santos) http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com


ANTÓNIO FONSECA

Nº 3370 - SÉRIE 2018 (031) - SANTOS DE CADA DIA - 31 DE JANEIRO DE 2018, - 11º ANO

Caros amigos:

Desejo a todos os meus leitores 


Um



FELIZ ANO NOVO DE 2018  



Com a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo
Ámen.






 Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso



B O M   A N O   DE   2 0 1 8 






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26-Agosto-2016




Nº  3 3 7 0

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Série - 2018 - (nº 0 3 1)
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31 de JANEIRO de 2018
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SANTOS DE CADA DIA
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11º   A N O



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão Comemorar e Lembrar 
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos

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João Bosco, Santo



Memória de São JOÃO BOSCO presbitero que, tendo passado uma infância difícil, foi ordenado sacerdote e trabalhou com todas as suas forças na educação dos jovens e adolescentes. Fundou a Sociedade Salesiana e, com o auxílio de Santa MARIA DOMINGAS MAZZARELLO, o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora para a formação da juventude no trabalho e na vida cristã. Neste dia, em Turim, Itália, depois de tantas obras realizadas, partiu piedosamente para a ceia eterna. (1888)


Texto do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:


Como diz PIO XI na bula de canonização, muito difícil é esboçar em poucas linhas esta figura gigantesca. Nasceu em Becchi - Castelnuovo de Asti - Itália, em 1815. No mesmo dia do nascimento foi regenerado com  a água baptismal. Aos dois anos ficou órfão de pai. Felizmente sua mãe, Margarida Occhiena, inteligente e santa mulher, soube educar os dois filhos, JOSÉ e JOÃO e o enteado ANTÓNIO, o melhor que se podia. 
Desde a infância manifestou JOÃO grande vigor de inteligência, apego ao seu próprio juízo, tenacidade nos propósitos, tendência para domínio sobre os outros, ternura de coração, desprendimento e generosidade. Margarida soube cultivar o bom e podar o mau de todas estas inclinações. Primeiro que tudo, fomentou nos filhos a piedade - piedade varonil e profundamente sentida, franca e abertamente praticada. "Deus vê-nos: Deus está em toda a parte; Deus é nosso Pai, nosso Redentor e nosso Juiz, que de tudo nos pedirá conta, que punirá quem desobedeça às suas leis e mandamentos, e premiará com generosidade infinita os que O amam e Lhe obedecem. devemos acostumar-nos a viver sempre na presença de Deus, pois Ele está presente em tudo".
Ensinou-lhes ela a amar e invocar a Virgem Santíssima e o anjo da guarda, e a apreciar devidamente o tesouro que é o tempo.
Depressa se despertou em JOÃOZINHO a sagrada febre do apostolado. Já aos sete anos reunia os companheiros para lhes ensinar a rezar, repetir-lhes o que ouvia nas práticas e o que sua mãe lhe ensinava, harmonizá-los nas suas rixas e dissensões, corrigi-los quando falavam ou procediam mal, jogar com eles e entretê-los "para ajudá-los a serem bons".
JOÃO BOSCO é um dos homens que mais têm "sonhado", isto é, daqueles a quem Deus manifesta em sonhos a sua vontade e lhes diz muitas coisas, como ao JOSÉ bíblico, que precisamente pelos sonhos chegou a ser vice-rei do Egipto; como ao profeta DANIEL; e como ao próprio patriarca São JOSÉ. Aos nove anos teve o primeiro dos seus «grandes sonhos»: sob a alegoria dum grupo de animais ferozes que se transformam  em cordeiros e alguns em pastores, é-lhe indicada a missão no mundo; educar a juventude; transformar, mediante a instrução religiosa, cívica, intelectual e moral, os desobedientes, em bons e aperfeiçoar os bons. É o próprio JESUS quem lhe atribui esta missão e - para poder exercê-la - lhe dá por mãe e mestra Nossa Senhora Auxiliadora. Para cumpri-la deseja ele chegar a Padre.
Mas quantas dificuldades lhe saem ao caminho: pobreza, oposição do seu meio-irmão, enganos, morte do seu principal benfeitor... Mas de todas triunfa com a constância e confiança em Deus.
Embora desejasse ardentemente fazer a primeira comunhão, só aos dez anos - e isso unicamente atendendo à sua grande preparação - ela lhe é concedida. Nessa altura, fez propósitos que foram norma de toda a sua vida.
Antes de poder estudar com regularidade, e durante os primeiros estudos, para ajudar a pagar a pensão, teve de servir como empregado em quintas e cafés, trabalhar de alfaiate, sapateiro, carpinteiro e ferreiro, de doceiro e sacristão; afinal, como quem havia de fundar e dirigir praticamente escolas profissionais  e agrícolas. Em toda a parte continua a exercer apostolado. Entre os companheiros fundou a "Sociedade da Alegria" e uma espécie de academia artístico-literária. E para atrair para os catecismos a meninos e jovens, fez-se hábil atirador, atleta e prestidigitador. Dotado de voz magnífica e ouvido apuradíssimo, cantava e tocava harmónio, piano, violino e alguns outros instrumentos.  Possuindo memória prodigiosa, além das disciplinas dos cursos filosóficos e teológicos, estudou a fundo as literaturas italiana, grega, latina e hebraica e chegou a falar o suficiente de francês e alemão para entender e fazer-se entender. Tudo isto era preparar-se providencialmente para exercer a missão que lhe indicara Jesus desde o primeiro sonho. Estes continuaram a balizar-lhe a vida, ao passo que se ia aproximando o tempo de pôr em execução cada coisa.
Foi ordenado sacerdote em 1841; ficou sendo «Dom Bosco», segundo o costume do clero italiano. Por conselho do seu director, São JOSÉ CAFASSO, seguiu um curso de aperfeiçoamento moral e pastoral, e ao mesmo estudou as condições sociais de Turim. Exercendo o ministério em prisões e hospitais, e reparando no que sucedia pela rua e oficinas, causou-lhe impressão o grandíssimo número de jovens que, abandonados pelos pais ou sendo órfãos, vagabundeavam, constituindo até ameaça social. Decidiu remediar este mal  quanto pudesse. Assim concebeu a ideia de "oratórios festivos" e diários. E, numa sacristia, enquanto se revestia para a Missa, entrou curioso um rapaz de 15 anos - de ofício, pedreiro - e pobrezinho. O sacristão disse-lhe que ajudasse à Missa e, como não sabia, e ralhou-lhe e bateu-lhe. Dom Bosco defendeu-o e, terminada a Missa, demorou-se com ele consolando-o e dirigindo-lhe perguntas a respeito do seu intento. Ignorava mesmo o Pai-Nosso e a Ave-Maria. Convidou-o a ajoelhar-se com ele diante dum quadro da Virgem Maria, e rezar com imenso fervor a Saudação angélica. E. logo a seguir, deu-lhe a primeira aula de catecismo. Convidou-o para o domingo seguinte, e o rapaz veio com outros companheiros. A obra dos oratórios festivos tinha nascido e com ela toda a grandiosa actuação salesiana. Aquela oração dera-lhe graça e fecundidade.
Apareceram-lhe risonhos ofícios na diocese. Mas, não sentindo atracção para nenhum, consultou de novo o seu director espiritual. este conseguiu-lhe que dirigisse um refúgio para meninas. Ao lado começou o Oratório. Mas, por causa do barulho que fazia a rapaziada, cada vez em maior número, teve de escolher abandonar esse local e... encontrou-se na rua com uma grande obra entre mãos;  para mais, sem vintémNossa Senhora confortou-o em sonhos e alguns meios vieram. O Oratório teve vida errante; houve de sair duma praça, dum cemitério abandonado e duns campos. Esta última saída, foi a única vez que os rapazes viram Dom Bosco chorar. Mas apareceu-lhe sobre um prado um grande esplendor e uma igreja com palavras latinas que diziam: «Aqui a minha casa, daqui sairá a minha glória». E, a seguir, outro sonho mostrou-lhe mais claro o futuro e incitou-o a fundar nova congregação religiosa, adaptada às necessidades dos novos tempos.
O proprietário deu-lhe facilidades, apareceram benfeitores e pôde comprar o prado antevisto; construiu uma casa e uma capelinha. Mas, estando só, propôs à mãe que se fixasse junto dele. Ela, que vivia em pobreza mas feliz com o filho JOSÉ e os netos, aceitou vir para Turim ajudar o filho sacerdote. Dez anos veio a estar com ele, tornando-se mãe de muitíssimos órfãos.
Houve escolas para externos e internos, e multiplicaram-se os oratórios. Depois de morrer, a mãe apareceu a JOÃO e mostrou-lhe alguma coisa das delícias do céu.
 O santo levantou uma Igreja para os seus rapazes, dedicando-se a São FRANCISCO DE SALES que tomara como modelo e protector. Visões e sonhos mostraram-lhe que devia fundar uma congregação religiosa, a qual , seguindo os seus métodos, educasse a juventude, sobretudo operária, e harmonizasse entre si as  classes sociais. Os membros da congregação deveriam recrutar-se entre os alunos do Oratório. Assim nasceu a Sociedade Salesiana; as primeiras profissões dentro dela foram em 1859.
Em 1865 foi colocada a primeira pedra do santuário de Maria Auxiliadora em 1867, a última. Tudo devido a auxílios visíveis da Santíssima Virgem. Com o santuário nasceu a Arquiconfraria de Maria Auxiliadora. Depois vieram a congregação das Filhas de Maria Auxiliadora, a Associação dos Antigos Alunos e a Pia União dos Cooperadores Salesianos.
A imprensa deve ao Santo uma multidão de publicações fixas e periódicas; folhas volantes, textos pedagógicos e de propaganda, colecções de clássicos, biblioteca da juventude, biblioteca teatral, música, etc.,. Até fundou uma fábrica de papel, a primeira que existiu no Piemonte. Foi ele próprio grande escritor. E prestou à Igreja enormes serviços encarregando-se de missões junto de autoridades civis.
As Congregações e os Cooperadores espalharam-se por toda a parte. Os seus primeiros missionários foram para a Patagônia e Terra do Fogo.
«O sobrenatural tornara-se natural nele», disse PIO XI. Lia nas consciências, predizia o futuro, com a benção de Maria Auxiliadora curava toda a espécie de doenças e até lhe são atribuídas três ressurreições. Nos últimos anos, edificou a Igreja de São JOÃO EVANGELISTA em Turim e a basílica do Sagrado Coração de Jesus.
Dom BOSCO "é um dos homens que mais trabalharam no mundo" e "um dos que mais amaram a juventude". Deixou aos seus o trabalho e a piedade como lema.
Morreu em Turim, a 31 de Janeiro de 1888PIO XI beatificou-o em 1929 e canonizou.-o em 1934. É patrono do cinema, das escolas de artes e ofícios, dos prestidigitadores, etc..



Pedro Nolasco, Santo



Em Barcelona, Espanha, São PEDRO NOLASCO presbitero que, juntamente com São RAIMUNDO DE PENHAFORTE e JAIME I, rei de Aragão, é considerado fundador da Ordem de Nossa Senhora das Mercês para a Redenção dos Cativos; no tempo do domínio dos infiéis, desenvolveu diligentemente uma grande actividade para estabelecer a paz e libertar os cristãos do jugo da escravidão. (1245)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:


PEDRO, da nobre família NOLASCO, no Languedoc, França, nasceu pelo ano de 1189. Foi educado na casa paterna; tinha quinze anos quando o pai morreu; continuou o jovem sob a tutela da mãe. Esta bem queria que ele se casasse, mas PEDRO declarou desejar prender-se unicamente a Deus. Começou por seguir SIMÃO DE MONTFORT,.general da Cruzada católica contra os albigenses. Na batalha de Muret, ganha por SIMÃOPEDRO DE ARAGÃO encontrou a morte; e o filho JAIME que tinha apenas seis anos, foi aprisionado. Mas SIMÃO teve pena deste príncipe e entregou-o a PEDRO NOLASCO, enviando os dois para Espanha, onde este último devia tratar da educação de JAIME.

PEDRO tinha, nessa altura, 25 anos; inspirou ao seu real aluno piedade para com Deus e a sua Igreja, o amor da justiça e de toda a virtude. Os exemplos que dava confirmaram as lições: vivendo PEDRO longe dos prazeres da corte, entregava-se à oração, à penitência e ao estudo da Sagrada Escritura. Com grande liberalidade para com os pobres, tinha com paixão especial pelos cristãos caídos nas mãos dos infiéis e tomou a resolução de sacrificar os seus bens para ajudar a que fossem libertos. Desde esta época, pôs-se ele sob a direcção de São RAIMUNDO DE PENHAFORTE (ver 7 de Janeiro); este viu-se por vezes obrigado a moderar o zelo do penitente. PEDRO, não satisfeito com dispender os seus bens, fazia peditórios junto dos melhores amigos, a quem reunia numa congregação, cujo fim era remir os cativos. O mundo criticava, mas ele não perdia o ânimo.
Em 1 de Agosto de 1218, dia da festa das Cadeias de São PedroNossa Senhora apareceu-lhe com o título de Nossa Senhora das Mercês para a Redenção dos CativosPEDRO foi logo dar conta desta aparição a RAIMUNDO DE PENHAFORTE, que lhe declarou ter recebido o mesmo favor; pouco depois, vieram a saber que JAIME, o jovem, rei de Aragão, tinha recebido do céu a mesma graça. Depois de alguma resistência, o Bispo de Barcelona concordou em impor o hábito religioso (Túnica e escapulário de cor branca) aos irmãos e em receber-lhes os votos; aos habituais, acrescentaram um quarto: de comprometerem os seus bens e, se necessário, as suas pessoas, na libertação dos prisioneiros.
O rei de Aragão quis que eles trouxessem, por cima do escapulário, o escudo das suas armas, e favoreceu a primeira fundação que tiveram. O número de religiosos depressa aumentou; PEDRO, libertando-se de todas as suas ocupações, entregou-se todo à formação deles.
E fez-lhes ver que deviam, não só resgatar os cativos nos reinos cristãos, mas entrar mesmo nos países infiéis. Como nem todos podiam partir ao mesmo tempo, foi designado um certo número, aos quais, primeiro, foi dado o nome de RedentoresPEDRO foi, em pessoa, nomeado numa primeira eleição; durante as duas primeiras expedições, para os reinos de Valência e de Granada, ocupados pelos Sarracenos, libertaram 400 escravos.
Ao mesmo tempo, pregava aos bárbaros as verdades da nossa santa religião. Os resultados missionários, como também a vida exemplar dos religiosos, tornaram célebre a nova ordem não só na Espanha, mas nos outros países da Europa. O Papa HONÓRIO III (1216-1227) tinha-a aprovado de palavra. Mas PEDRO NOLASCO aproveitou o crédito de RAIMUNDO DE PENHAFORTE para conseguir mais. Viram-se fidalgos de França, Alemanha, Hungria e Inglaterra entrar no Instituto; em 1235, uma bula de GREGÓRIO IX autorizou os religiosos a seguirem a regra de Santo Agostinho; em 1237, um Capítulo Geral decidiu que se admitiriam, mais religiosos de coro, de que cavaleiros. Quando RAIMUNDO DE PENHAFORTE, depois de entrar na ordem de São Domingos, apresentou a sua demissão de mestre-geral, receou ver PEDRO imitar-lhe o exemplo; por isso, escreveu-lhe a dissuadi-lo e a continuar a oferecer os seus serviços no lugar onde a vontade de Deus o tinha colocado. PEDRO cedeu, pelo menos em parte; conseguiu a eleição dum vigário-geral que o ajudasse nas visitas às casas da ordem e noutros cuidados do governo. Vendo-se mais livre, PEDRO aplicou.-se com novo zelo aos mais humildes ministérios da comunidade; tinha gosto sem limites em distribuir esmolas aos pobres à porta do mosteiro, pois, nessa altura, podia dirigir-lhes uma palavra de bondade, exortá-los à paciência e ao amor de Deus. Foi muitas vezes favorecido com visões celestiais em que Nosso Senhor lhe deu a conhecer os progressos da Ordem e a melhor maneira de encaminhar os seus religiosos.
A reputação do santo fundador espalhou-se muito para além das fronteiras de Espanha. São LUÍS, rei de França, manifestou o desejo de o ver. Quando o santo rei fez uma viagem até ao Languedoc, por 1243, PEDRO veio visitá-lo; LUÍS IX recebeu-o com alegria, comunicou-lhe os seus piedosos desígnios para o serviço de Deus e sobretudo para a libertação dos cristãos da Terra Santa; e, por último, convidou-o a acompanhá-lo na cruzada que tinha em preparação.
PEDRO estava já muito idoso e doente; apesar disso, aceitou o convite e fez preparativos, mas veio uma doença incómoda paralisar-lhe o zelo; teve de limitar a cooperação a orações e a troca de cartas. Alguns dias antes da festa de Natal, agravou-se a doença de PEDRO. Na véspera, encontrou-se no seu lugar no coro, sem saber como o tinham trazido; logo que voltou à cela, as convulsões dobraram. Pediu o santo viático; dando-lhe novas forças a sua devoção, pôde, arrastando-se de joelhos, vir ao encontro dos sacramentos dos enfermos, mas caiu de fraqueza, os outros religiosos tiveram de o reconduzir à cama. Depois de receber o Corpo do Salvador, mandou reunir todos os irmãos e disse-lhes: «Tenho de vos pedir duas coisas: uma, que me perdoeis o meu mau exemplo e o meu descuido no governo da Ordem; a outra, que elejais, para o meu lugar um Geral, a fim de eu poder encarar a morte com o mérito da obediência». Foi-lhe concedida esta última satisfação; só teve de pensar em salvar-se, recebeu uma última benção do bispo de Barcelona e, depois de conceder a sua benção a todos os filhos agrupados à volta da sua cama, expirou na noite de Natal (1258).
corpo de PEDRO, enterrado com a simplicidade religiosa que ele mesmo prescrevera, foi, alguns anos mais tarde, levantado da terra por ordem do Sumo Pontífice, e depois exposto à veneração do povo numa capela dedicada ao Santíssimo Sacramento. A fama dos milagres realizados e as instâncias dos Padres da Ordem das Mercês levaram URBANO VIII a canonizar PEDRO NOLASCO em 1628; mas este pontífice limitou o culto unicamente aos membros da mesma Ordem. Em 1664, ALEXANDRE VII mandou inserir o elogio dele no Martirológio Romano e estendeu a festa a toda a Igreja.
PEDRO NOLASCO é o padroeiro da Ordem dos Mercedários; é especialmente honrado em Barcelona. Em Portugal, os Mercedários foram chamados «Mercenários». Entraram no país no séquito de Santa ISABEL, em 1284. Nunca foram entre nós muito numerosos; os Trinitários expandiram-se mais e dedicaram-se igualmente ao resgate dos cativos.



Marcela, Santa




Em, Roma, a comemoração de Santa MARCELA viúva, que, como escreve São JERÓNIMO desprezando a fortuna e a nobreza, se tornou mais nobre pela pobreza e humildade. (410)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:

Nasceu e morreu em Roma. Ficando cedo viúva, foi a primeira grande senhora romana a professar abertamente a religião. Bela, rica, de alta linhagem, muito culta, perfeitamente ao nível de tudo o que Roma encerrava  de mais refinado e erudito, ninguém se atrevia a desconsiderá-la. O palácio que tinha no monte Aventino tornou-se o centro de reunião daquelas que desejavam, como ela própria, seguir os conselhos evangélicos. São JERÓNIMO que a protegera desde os princípios, ensinou neste palácio. Demasiado idosa para seguir as suas amigas MELÂNIA, PAULA e EUSTÓQUIO, que fugiram ao aproximarem-se os bárbaros e se estabeleceram, na Terra Santa, ela estava em Roma quando Alarico e os seus godos aí entraram. Foi espancada terrivelmente, apesar dos 85 anos; pretendiam que ela dissesse onde tinha riquezas; mas estas havia muito que se tinham tornado tesouro dos pobres. Morreu das feridas alguns dias mais tarde.





VITORINO, VÍTOR, NICÉFORO, CLÁUDIO, DIODORO, SERAPIÃO e PAPIAS, Santos


Em Corinto, na Acaia, hoje Grécia, os santos mártires VITORINO, VÍTOR, NICÉFORO, CLÁUDIO, DIODORO, SERAPIÃO e PAPIAS que, no tempo do imperador Décio, como consta, com vários suplícios consumaram o seu martírio. (250)

METRANO, Santo


Comemoração de São METRANO mártir de Alexandria no Egipto que, no tempo do imperador Décio, por se recusar a proferir palavras ímpias, como lhe mandavam os pagãos, foi ferozmente espancado e levado para fora da cidade, onde morreu apedrejado. (249)


CIRO e JOÃO, Santos

  
Também em Alexandria, Egipto, os santos mártires CIRO e JOÃO que, pela fé em Cristo, depois de muitos tormentos, foram decapitados. (séc. IV)
GEMINIANO, Santo



Em Módena, na Emília-Romagna, Itália, São GEMINIANO bispo que conduziu a sua igreja do arianismo à fé ortodoxa. (séc. IV)

ABRAÃO, Santo

Na Pérsia, em território que é hoje no Iraque, a paixão de Santo ABRAÃO bispo de Arbela que no tempo de Sapor, rei da Pérsia, foi degolado porque se recusou a adorar o sol. (345)

JÚLIO, Santo



Em Novara, na Ligúria hoje Piemonte, Itália, São JÚLIO presbitero. (séc. IV)



MAIDOC ou AIDANO, Santo


Em Ferns, na Irlanda, São MAIDOC ou AIDANO bispo que neste lugar fundou um cenóbio e resplandeceu pela sua grande austeridade. (626)

VALDO, Santo


No território de Coutances, na Nêustria, hoje França, São VALDO bispo de Évreux. (séc. VII)

EUSÉBIO, Santo


Em Viktorsberg, perto de Rankweil, na Baviera meridional, hoje na Áustria santo EUSÉBIO que, natural da Irlanda se fez peregrino por Cristo  depois foi monge no mosteiro de São GALO e por fim abraçou a vida ermítica. (884)



LUÍSA (Ludovica) ALBERTÓNI, Beata



Em Roma, a beata LUÍSA (Ludovica) ALBERTÓNI que, tendo educado os filhos na vida cristã, depois da morte do esposo entrou na Ordem Terceira de São Francisco e, no serviço de auxílio aos pobres, passou da riqueza à extrema pobreza. (1533)


FRANCISCO XAVIER MARIA BIÁNCHI, Santo



Em Nápoles, na Campânia, Itália, São FRANCISCO XAVIER MARIA BIÁNCHI presbitero da Ordem dos Clérigos Regrantes de São Paulo que foi dotado de dons místicos e conduziu muitos à vida de graça segundo o Evangelho. (1815)



AGOSTINHO PAK CHONG-WON e 5 companheiros PEDRO HONG PYONG-JU, MARIA YI IN-DOG, MADALENA SON SO-BYOG, ÁGUEDA YI KYONG-I, ÁGUEDA HWON CHIN-I, Santos



Na Coreia, os santos mártires AGOSTINHO PAK CHONG-WON e 5 companheiros PEDRO HONG PYONG-JU, MARIA YI IN-DOG, MADALENA SON SO-BYOG, ÁGUEDA YI KYONG-I, ÁGUEDA HWON CHIN-I que suportando muitos suplícios, com impassível fortaleza professaram a sua fé cristã e glorificaram a Deus morrendo decapitados. (1840)

CANDELÁRIA DE SÃO JOSÉ 
(Susana Paz Castillo Ramirez), Beata



Em Cumaná na Venezuela, a Beata CANDELÁRIA DE SÃO JOSÉ (Susana Paz Castillo Ramirez), virgem que em tempo de turbulência política, económica e social, fundou a Congregação das Religiosas Carmelitas da Terceira Ordem Regular, hoje Religiosas Carmelitas da Madre Candelária, especialmente destinada ao cuidado das crianças e dos indigentes. (1940)


e ainda  ....



MARIA CRISTINA DE SABÓIA, Beata



Da duecento anni si parla della regina Maria Cristina di Savoia, figlia di Vittorio Emanuele I (1759-1824) e di Maria Teresa d’Asburgo Lorena (1773-1832), perché il suo ricordo è ancora molto vivo, testimonianza di un profondo legame che esiste fra lei e il popolo del Sud, che fece suo. Ventiquattro anni appena di vita e tre anni di regno sono stati sufficienti per lasciare un’impronta indelebile nella storia: settentrionale per carattere e abitudini, è tuttora venerata come santa nel Mezzogiorno d’Italia.
Nacque il 14 novembre 1812 a Cagliari, dove Casa Savoia si trovava in esilio, essendo il Piemonte occupato dalle forze napoleoniche. Subito venne consacrata a Maria Santissima. Adolescente, dopo l’abdicazione del padre Vittorio Emanuele I a favore di Carlo Felice (1765-1831), il soggiorno a Nizza, il trasferimento a Moncalieri (dove il padre morì) e dopo una breve sosta a Modena, si stabilì con la madre e la sorella Maria Anna (1803-1884), che diverrà Imperatrice d’Austria, a Palazzo Tursi nella città di Genova. Tutte e tre nel 1825 decisero di recarsi a Roma per l’apertura dell’Anno Santo: la paterna benevolenza di Papa Leone XIII, la solennità delle sacre funzioni, la visita alle numerose chiese, ai tanti monasteri e alle catacombe fecero accrescere d’intensità la fede di Maria Cristina.
Appena ventenne, dopo la morte della madre, lasciò Genova, sola ed affranta, per volere di Re Carlo Alberto (1798-1849), che la invitò a raggiungere Torino. A sorreggerla e confortarla in tanto succedersi di lutti e distacchi, non le rimase che la sua salda e forte fede, così forte che avrebbe desiderato divenire monaca di clausura, ma Carlo Alberto, la Regina Maria Teresa di Toscana (1801-1855) e l’entourage di Corte cercarono di dissuaderla, ricordandole le ragioni di Stato. Infine, il suo direttore spirituale, l’olivetano Giovan Battista Terzi, fece cadere ogni sua resistenza. Scriverà: «Ancora non capisco come io abbia potuto finire, col mio carattere, per cambiare parere e dire di sì; la cosa non si spiega altrimenti che col riconoscervi proprio la volontà di Dio, a cui niente è impossibile». Il 21 novembre 1832 nel Santuario di Nostra Signora dell’Acquasanta, presso Veltri, venne celebrato il matrimonio con Ferdinando II delle Due Sicilie (1810-1859). La Regina decise, in accordo con il Re, che una parte del denaro destinato ai festeggiamenti per le loro nozze fosse utilizzato per donare una dote a 240 spose e per riscattare un buon numero di pegni depositati al Monte di Pietà. 
Il suo credo cattolico non fu un sentimento, ma un fatto di vita: ogni giorno assistette alla Santa Messa; non giunse mai al tramonto senza aver recitato il Rosario; suoi libri quotidiani furono la Bibbia e l’Imitazione di Cristo; partecipò intensamente agli esercizi spirituali; fermò la carrozza, ogni qual volta incontrasse il Santo Viatico per via e si inginocchiò anche quando vi fosse fango… in cappella tenne lungamente lo sguardo sul Tabernacolo per meglio concentrarsi su Colui ch’era padrone del suo cuore. Affidò la protezione della sua esistenza a Maria Santissima e donò il suo abito da sposa al Santuario di Santa Maria delle Grazie a Toledo, dove tuttora si conserva con venerazione. 
Non si occupò del governo dello Stato, ma fu assai benefica la sua influenza sul marito, che con coraggio si oppose alle idee risorgimentali e liberali. «Cristina mi ha educato», soleva dire Ferdinando II, avvezzo all’uso di espressioni talvolta indecenti, ed ella divenne la sua preziosa consigliera, trasformandosi nel suo «Angelo», come egli stesso la chiamava. Benedetto Croce riferisce che Maria Cristina ottenne per molti condannati a morte la grazia e fra questi persino Cesare Rosaròll (1809-1849), il quale cospirò per uccidere Ferdinando II.
Fu donna di intelligenza non comune, colta ed esperta in discipline come la fisica e la classificazione delle pietre preziose. Le eccezionali esperienze mistiche e di estasi arricchirono il suo profondo cammino spirituale. Inoltre la sua umiltà e la sua carità erano immense e conquistarono i napoletani: inviava denaro e biancheria, dava ricovero agli ammalati, un tetto ai diseredati, assegni di mantenimento a giovani in pericolo morale, sosteneva economicamente gli istituti religiosi e i laboratori professionali, togliendo dalla strada gli accattoni. 
L’opera più grande legata al suo nome fu la «Colonia di San Leucio», con una legislazione ed uno statuto propri, dove le famiglie avevano casa, lavoro, una chiesa ed una scuola obbligatoria. L’attività produttiva era basata sulla lavorazione della seta che veniva esportata in tutta Europa.
Il 16 gennaio 1836 nacque Francesco II, l’ultimo Re di Napoli, che verrà detronizzato dalla nefasta e massonica impresa garibaldina. Ma il parto condusse alla morte la giovane Maria Cristina, morte che lei stessa aveva predetto e che accolse con rassegnazione, nella gioia di dare al mondo una nuova creatura di Dio. Era il 31 gennaio e le campane suonarono il mezzogiorno. Maria Cristina, con in braccio il tanto atteso Francesco, giunto dopo tre anni di matrimonio, lo porse al sovrano, affermando: «Tu ne risponderai a Dio e al popolo… e quando sarà grande gli dirai che io muoio per lui». 
Rivestita del manto regale, adagiata nell’urna ricoperta di un cristallo, venne trasportata nella Sala d’Erede per l’esposizione al pubblico. Per tre giorni il popolo sfilò in mesto pellegrinaggio per rivedere per l’ultima volta la «Reginella Santa», come ormai tutti la chiamavano. La salma venne tumulata nella Basilica di Santa Chiara (la stessa che accoglie le spoglie anche di Salvo d’Acquisto), dove si trova tuttora. Subito si verificarono fatti prodigiosi grazie alla sua intercessione. Pio IX nel 1859 firmò il decreto di introduzione della sua causa di beatificazione. Nel 1958 l’autorità ecclesiastica dispose una ricognizione del corpo della Venerabile e, nonostante i danni provocati dal tempo, dall’umidità e dall’incuria, esso risultò intatto.
In seguito alla promulgazione del decreto su un miracolo ottenuto per sua intercessione, autorizzato il 2 maggio 2013, Maria Cristina di Savoia è stata beatificata nella Basilica di Santa Chiara a Napoli il 25 gennaio 2014. La sua memoria liturgica è stata fissata al 31 gennaio, giorno della sua nascita al Cielo.


Autore: Cristina Siccardi





Infanzia e prima educazione

Maria Cristinanacque a Cagliari il 14 novembre 1812, mentre i genitori, Vittorio Emanuele I di Savoia e Maria Teresa d’Asburgo Lorena, erano in esilio. Fu subito consacrata alla Madonna dalla regina sua madre, consacrazione che fu poi rinnovata da Maria Cristina stessa, appena fu in grado d’intendere e volere. 

Nel 1815 le quattro principesse, Maria Beatrice, le gemelle Marianna e Maria Teresa e Maria Cristinaraggiunsero Torinoinsieme alla madre, dove il re aveva fatto ritornoun anno prima, essendo mutate le condizioni politiche. Le principessecrescevano a corte in un ambiente molto religioso, guidate dalla regina e dal padre confessore, l’olivetano Giovan Battista Terzi. Maria Cristina, come le sorelle, si formò una cultura consona ad una principessa, unita a una spiritualità profonda. 



L’esilio a Nizza e la residenza a Genova

Quando ebbe nove anni, suo padre, re Vittorio Emanuele I, dovette rinunciare al trono: dopo un periodo d’esilio a Nizza, si stabilì con tutta la famiglia a Moncalieri, dovemorì dopo tre anni, nel 1824. 

Nei due anni successivi, Maria Cristina partecipò insieme alla madre ed alla sorella Marianna ai riti d’apertura del Giubileo del 1825 a Roma. Al ritorno si stabilì a Genova, riducendo le sue attività alla formazione e alla conduzione della casa. Quand’ebbe vent’anni le morì anche la madre: suo unico conforto rimase padre Terzi. 



Sposa per ragion di Stato

Ritornò a Torino per disposizione del re Carlo Alberto, dove però le incomprensioni in cui si venne a trovare a corte la fecero molto soffrire. Lì sorse in lei il desiderio di diventare suora di clausura, ma il suo direttore spirituale la dissuase: sapeva infatti che Carlo Alberto che l’aveva destinata come sposa al re di Napoli Ferdinando II. Maria Cristina, dunque, lei accettò la richiesta di matrimonio e la ragion di Stato come volontà di Dio.

Il rito religioso avvenne a Genova il 21 novembre 1832, nel santuario di Maria SS. dell’Acqua Santa. Il 26 novembre, gli sposi s’imbarcarono per Napoli, dove giunsero il giorno 30: sotto una pioggia torrenziale, furono accolti da una folla festante ed entusiasta.



Una vita di preghiera e carità

Maria Cristina iniziò il suo regno accanto al ventiduenne Ferdinando, che già regnava da tre anni. A corte leggeva ogni giorno la Bibbia e l’Imitazione di Cristo e la sua religiosità fu ben presto conosciuta nel palazzo e dal popolo. Quando era per strada in carrozzae incontrava un sacerdote con il Viatico per qualche ammalato, faceva fermare la carrozza, scendeva e si inginocchiava a terra, anche nel fango delle strade di allora. Fece in modo che a tutti a cortepotessero partecipare alla Messa nei giorni festivi. 

La carità verso i bisognosi, l’occupò in pieno: si dice che padre Terzi avesse presso di sé un baule pieno di ricevute di chi aveva avuto un beneficio. Provvide, d’accordo con il re, che una parte del denaro destinato ai festeggiamenti per il loro matrimonio, venisse usato per dare una dote a 240 giovani spose e al riscatto di un buon numero di pegni depositati al Monte di Pietà.



L’attesa di un erede

Dopo tre anni di sposa, la mancanza di un figlio che non veniva, faceva molto soffrire Maria Cristina, che pregava incessantemente per questa ragione: finalmente, nel 1835, si accorse di aspettare un bambino. 

Passò gli ultimi mesi di gravidanza nella reggia di Portici per stare più calma, ma aveva una sorta di presentimento. All’avvicinarsi del parto, scriveva alla sorella, duchessa di Lucca: «Questa vecchia va a Napoli per partorire e morire». 



La morte

In effetti, il futuro re Francesco IInacque il 16 gennaio e già il 29 Maria Cristina era morente per complicazioni sopravvenute. Prendendo in braccio il tanto atteso eredee porgendolo al re suo marito, disse: «Tu ne risponderai a Dio e al popolo… e quando sarà grande gli dirai che io muoio per lui».

Il 31 gennaio 1836, in piena comunione con Dio, si addormentò per sempre fra la costernazione generale. Era poco più che ventitreenneed era stata regina per appena tre anni. 
I solenni funerali furono celebrati l’8 febbraio, ma il suo corpo rimase fino al 31 gennaio 1858 nella stanza dei depositi reali, insieme ai resti degli altri esponenti della famiglia dei Borboni. Le autorità ecclesiastiche, a fronte della fama di santità che già in vita aveva circondato la regina Maria Cristina, disposero la ricognizione del corpo e la sua traslazione nella cappella dedicata a san Tommaso Apostolo nella Basilica di Santa Chiara a Napoli.


Il processo di beatificazione

In seguito, anche per via delle grazie che il popolo di Napoli attribuiva alla sua intercessione, per la “Reginella santa” s’iniziarono le pratiche per la beatificazione. Il Cardinale arcivescovo di Napoli, il Venerabile Sisto Riario Sforza, nel 1852 avviò il Processo sulla fama di santità, virtù e miracoli. In seguito, con l’introduzione della Causa a opera del Beato papa Pio IX il 9 luglio 1859, iniziò la fase romana, ossia il Processo apostolico. Il 6 maggio 1937 papa Pio XI firmò il decreto con cui Maria Cristina veniva dichiarata Venerabile.

Tuttavia, negli anni seguenti, la causa subì un rallentamento a causa della seconda guerra mondiale, che causò anche il bombardamento di Napoli e la distruzione della chiesa e del monastero di Santa Chiara. In seguito, fu proclamata la Repubblica in Italia e re Umberto II di Savoia andò in esilio.
Nel 1958, in seguito ai lavori di restauro del complesso di Santa Chiara, fu disposta una ricognizione del corpo della Venerabile: fu trovato intatto e riconoscibile, nonostante il trascorrere del tempo e la situazione d’incuria in cui era stato rinvenuto. A quel punto, Umberto II domandò di riattivare la causa.Uno sviluppo notevole si ebbe con la costituzione dei Convegni di Cultura Maria Cristina, che si resero nuova parte attrice della causa: a quel punto, venne nominato anche un nuovo postulatore.


Il miracolo per la beatificazione

Tra le numerose grazie attribuite all’intercessione della Venerabile Maria Cristina, venne presa in esame dal nuovo postulatore una della quale fu possibile rinvenire la documentazione processuale, conservata nell’Archivio della Postulazione generale dei Frati Minori.

Si trattava dell’asserita guarigione di Maria Vallarino, malata dal giugno 1866, da tumore maligno scirroso al secondo stadio alla mammella destra e tumore incipiente anche alla mammella sinistra. La datrice di lavoro della donna, la marchesa Antonia Carrega, la fece visitare da due specialisti di Genova, che le diedero diagnosi negativa.
Dopo aver rifiutato un’operazione che comunque non avrebbe risolto la situazione, Maria si affidò all’intercessione della regina Maria Cristina: ingerì un frammento di tessuto a lei appartenuto e invocò il Signore: «Gesù, o buon Gesù, glorificate questa vostra Serva». Il male regredì subito e, dopo una settimana, fu dichiarato scomparso. Maria Vallarino morì 39 anni dopo e non ebbe alcuna recidiva.


L’esame del miracolo e la beatificazione

La “Positio super miraculo”, che riportava i documenti dei processi svolti negli anni 1872-1888 presso la Curia di Genova, venne esaminata dai Medici nella Consulta del 29 ottobre 2009, dai Teologi nel Congresso del 26 maggio 2012 e infine dai Cardinali e Vescovi della Congregazione delle Cause dei Santi il 9 aprile 2013. Infine, il 2 maggio 2013, papa Francesco autorizzava la promulgazione del decreto che dichiarava miracolosa e ottenuta per intercessione della Venerabile Maria Cristina di Savoia la guarigione esaminata.

Il rito della beatificazione si è svolto il 25 gennaio 2014 nella Basilica di Santa Chiara a Napoli, presieduto dal cardinal Angelo Amato come delegato del Santo Padre. La memoria liturgica della nuova Beata è stata quindi fissata al 31 gennaio, il giorno esatto della sua nascita al Cielo.



PREGHIERA



O Dio, che hai ornato

Di sollecita e sapiente carità

La beata Maria Cristina,
perché con la sua testimonianzacontribuisse all’edificazione del tuo regno,concedi anche a noi, sul suo esempio,di operare il beneattingendo alla vera ricchezza del tuo amore.Per sua intercessione ottienici la grazia . . .che con fiducia invochiamo.Per Cristo nostro Signore.Amen.


Comunicare notizie di grazie e favori a:

Postulazione della Causa

Via Santa Maria Mediatrice, 25
00165 Romae-mail: postgen@ofm.org


Per informazioni:

Convegni di Cultura Maria Cristina di Savoia

Via Cola Di Rienzo, 217 A - 00192 Roma
Tel. 06 6869740 – e-mail: convegni.f@tiscalinet.it




Autore: Antonio Borrelli ed Emilia Flocchini



Note: Per approfondire:

Cristina Siccardi "«Sono Maria Cristina» La Beata regina delle Due Sicilie, nata Savoia" San Paolo Edizioni




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Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.

Textos recolhidos

In

MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

e

sites: Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, e outros



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