sábado, 17 de janeiro de 2009

CARTA AOS ROMANOS - CAPÍTULO XV

CAP. XV - RM - 1-13 - CONCLUSÃO - 14-33 e reflexão sobre os versículos 15 Colocar-se ao serviço do outro
1Nós, que somos os fortes, devemos suportar a fraqueza dos fracos, e não procurarmos o que nos agrada. 2Cada um de nós procure agradar ao seu próximo. 3Cristo não procurou agradar a Si mesmo; pelo contrário, como diz a Escritura: «Os insultos daqueles que Te insultam caíram sobre Mim». 4Ora, tudo isto que foi escrito antes de nós, foi escrito para nossa instrução, para que, em virtude da perseverança e consolação que as Escrituras nos dão, conservemos a esperança. 5O Deus da perseverança e da consolação conceda que tenhais os mesmos sentimentos uns com os outros, a exemplo de Jesus Cristo. 6E assim vós, juntos e a uma só voz, dai glória ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
Acolhimento mútuo 7Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo vos acolheu, para a glória de Deus. 8Digo-vos que Cristo Se tornou servidor dos judeus em vista da fidelidade de Deus, a fim de cumprir as promessas feitas aos patriarcas. 9As nações pagãs, porém, dão glória a Deus por causa da misericórdia d’Ele, conforme diz a Escritura: «Por isso eu Te celebrarei entre as nações pagãs e cantarei hinos ao teu Nome». 10A Escritura também diz: «Nações pagãs, alegrai-vos com o povo de Deus». 11E diz ainda: «Nações pagãs todas, louvai ao Senhor, e todos os povos O celebrem». 12E Isaías também diz: «Aparecerá o rebento de Jessé, Aquele que Se levanta para governar as nações pagãs. N’Ele as nações pagãs colocarão a sua esperança». 13Que o Deus da esperança vos encha de completa alegria e paz na fé, para que transbordeis de esperança, pela força do Espírito Santo.
CONCLUSÃO
O sacerdócio de Paulo 14Meus irmãos, também eu estou pessoalmente convencido de que estais cheios de bondade e repletos de todo o conhecimento, para vos corrigirdes uns aos outros. 15Todavia, escrevi-vos, em parte com certa ousadia, para vos reavivar a memória, em vista da graça que me foi concedida por Deus. 16Sou ministro de Jesus Cristo entre os pagãos, e a minha função sagrada é anunciar o Evangelho de Deus, a fim de que os pagãos se tornem oferta aceite e santificada pelo Espírito Santo. 17Tenho, portanto, motivo para me orgulhar em Jesus Cristo a propósito da obra de Deus. 18Eu não ousaria mencionar nada, a não ser o que Cristo fez, através de mim, para levar os pagãos à obediência pela palavra e pela acção, 19mediante o poder dos sinais e prodígios, pelo poder do Espírito de Deus. Assim, desde Jerusalém e seus arredores até à Ilíria, levei a cabo o anúncio do Evangelho de Cristo. 20Fiz questão de anunciar o Evangelho onde o Nome de Cristo ainda não havia sido anunciado, a fim de não construir sobre alicerces que outro havia colocado. 21Deste modo, faço o que a Escritura diz: «Aqueles aos quais não tinha sido anunciado, verão; e os que não tinham ouvido, compreenderão».
Planos de Paulo 22Foi este o motivo que muitas vezes me impediu de vos visitar. 23Mas agora já não tenho tanto campo de acção nestas regiões. E porque há muitos anos tenho grande desejo de vos visitar, 24quando eu for para a Espanha, espero ver-vos por ocasião da minha passagem. Esperotambém receber a vossa ajuda para ir até lá, depois de ter desfrutado um pouco a vossa companhia. 25Agora vou a Jerusalém prestar um serviço aos cristãos. 26A Macedónia e a Acaia resolveram fazer uma colecta em favor dos cristãos pobres da comunidade de Jerusalém. 27Resolveram fazer isso, porque lhes são devedores. De facto, se os pagãos participaram nos bens espirituais dos judeus, têm obrigação de os ajudar nas suas necessidades materiais. 28Quando eu tiver concluído essa tarefa e tiver entregue oficialmente o fruto da colecta, irei para a Espanha, passando por aí. 29Sei que, indo até vós, irei com a plenitude da bênção de Cristo. 30Irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, peço que luteis comigo nas orações que dirigis a Deus em meu favor. 31Rezai para que eu escape dos infiéis que estão na Judeia e para que o meu serviço a favor de Jerusalém seja bem aceite por aquela comunidade. 32Assim, se Deus quiser, poderei visitar-vos com alegria e descansar um pouco aí entre vós. 33Que o Deus da paz esteja com todos vós.
Ámen.
-----------------------------------------reflexão--------------------------------------------- 15,1-6: Os cristãos mais conscientes não devem usar a sua força e prestígio para impor aos outros a própria opinião e conseguir poderes sobre a comunidade. Não foi esse o modo de proceder de Jesus Cristo, que veio para servir e dar a vida. O respeito e o bem do outro é o maior sinal do cristão consciente. 7-13: O acolhimento mútuo no amor é o caminho para que as mentalidades diferentes não quebrem a união da comunidade. Assim fez Cristo, que acolheu judeus e pagãos num só povo. Além disso, a comunidade não deve julgar que o facto de pertencer ao povo de Deus seja privilégio que a separa dos outros; antes, é fonte de responsabilidade, pois a vocação da comunidade é acolher a todos como irmãos, testemunhando assim o projecto divino de reunir todos os homens. 14-21: Paulo fala do seu ministério em termos de sacerdócio. Não um sacerdócio que se realiza junto do altar, mas através da evangelização, que reúne os homens na fé e na solidariedade com o mistério da morte e ressurreição de Cristo. 22-33: A comunidade de Jerusalém era formada por cristãos provenientes do judaísmo. Para Paulo, a colecta material feita pelos pagãos em favor dessa comunidade pobre é sinal visível da unidade da Igreja que reúne, ao mesmo tempo, cristãos vindos do judaísmo e cristãos vindos do paganismo. Além disso, a colecta é a resposta à obrigação assumida anteriormente (cf. Gl 2,10; notas em 2Cor 8-9). 16,1-24: As Igrejas estão unidas entre si, não por laços jurídicos, mas pelas relações entre pessoas que partilham a mesma fé. Há nomes gregos, romanos e judaicos, e até se percebem diferenças de condição social. Deste modo, a lista testemunha a diversidade interna das pessoas reunidas na comunidade cristã de Roma. Ao mesmo tempo, pode-se perceber a diversidade de trabalhos e funções que mantêm viva a comunidade. Note-se a menção de Febe, mulher que é diaconisa. 25-27: O louvor exprime a alegria da Igreja que já vive o tempo em que se realiza o mistério da salvação (cf. nota em Ef 3,1-13). __________________________________________________________________ Meus Caros Amigos e IRMÃOS em CRISTO. Apesar do esforço que fiz, em efectuar a transcrição dos 15 Capítulos da CARTA AOS ROMANOS, de S. PAULO, na medida em que encontro limitado a só escrever com um dedo, da mão direita, devido a ter partido o braço esquerdo no passado Domingo, estou satisfeito e feliz por ter conseguido levar a cabo esta tarefa. Tentarei em seguida, não já hoje, mas dentro de dias, proceder à passagem dos textos relativos às restantes Cartas de S. Paulo, assim Deus me ajude, graças a Deus para sempre. Amén. António Fonseca

CARTA AOS ROMANOS - CAPÍTULO XIV

CAP. XIV - RM - 1-23 e reflexão sobre os versículos 14 Não litigar por coisas secundárias
1Acolhei o fraco na fé sem lhe criticar os escrúpulos. 2Um acredita que pode comer de tudo; outro, sendo fraco, só come legumes. 3Quem come de tudo, não despreze quem não come. E quem não come, não julgue aquele que come, porque Deus acolhe-o assim mesmo. 4Quem és tu para julgar um servo alheio? Se ele fica de pé ou cai, isso é lá com o patrão dele; mas ele ficará de pé, pois o Senhor é poderoso para o sustentar. 5Há quem faça diferença entre um dia e outro, enquanto outro acha que todos os dias são iguais.
Cada qual siga a sua convicção.
6Quem distingue o dia, faz isso em honra do Senhor. Quem come de tudo, fá-lo em honra do Senhor, porque agradece a Deus. E quem não come, não come em honra do Senhor, e também agradece a Deus. 7Porque nenhum de vós vive para si mesmo, e ninguém morre para si mesmo. 8Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que morremos. Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. 9Cristo morreu e voltou à vida para ser o Senhor dos mortos e dos vivos.
Só Deus pode julgar 10Quanto a ti, porque julgas o teu irmão? E porque desprezas o teu irmão? Todos nós devemos comparecer diante do tribunal de Deus.11Porque a Escritura diz: «Por minha vida, diz o Senhor, diante de Mim se dobrará todo o joelho, e toda a língua dará glória a Deus». 12Portanto, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus. 13Deixemos, portanto, de nos julgar uns aos outros. Pelo contrário, preocupai-vos em não ser causa de tropeço ou escândalo para o irmão. 14Sei e estou convencido no Senhor Jesus: nada é impuro por si mesmo. Mas, se alguém acha que alguma coisa é impura, essa coisa torna-se impura para ele.
Não escandalizar o irmão
15Se, por questão de alimento, entristeces o teu irmão, não estás a agir com amor. Portanto, o alimento que comes não seja causa de perdição para aquele por quem Cristo morreu. 16Não deis motivo a que outros falem mal daquilo que para vós é bom. 17O Reino de Deus não é questão de comida ou bebida; é justiça, paz e alegria no Espírito Santo. 18Quem serve a Cristo nessas coisas agrada a Deus e é estimado pelos homens. 19Portanto, busquemos sempre as coisas que trazem paz e edificação mútua. 20Não destruas a obra de Deus por uma questão de comida! Todas as coisas são puras. Mas é mau que um homem coma provocando escândalo. 21É melhor não comer carne, nem beber vinho ou qualquer outra coisa, quando isso é ocasião de tropeço, escândalo e queda para o irmão. 22Guarda para ti, diante de Deus, a convicção que tens. Feliz aquele que não se condena a si mesmo na decisão que toma.. 23Mas quem duvida e assim mesmo toma o alimento é condenado, pois o seu comportamento não provém de uma convicção. E tudo o que não provém de uma convicção é pecado.
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14,1-9: A comunidade cristã, que verdadeiramente tem um objectivo e procura realizá-lo com convicção, não se perde em questões secundárias; estas podem provocar desunião e dispersar as forças necessárias para se atingir a meta proposta. E o principal na vida cristã é viver para Deus, dando testemunho de Jesus Cristo. Nas coisas secundárias, cada um deve agir segundo a sua própria convicção. 10-14: O julgamento humano é parcial e corre sempre o risco de ser injusto. Só Deus pode julgar objectivamente, porque só Ele conhece o íntimo do homem e os seus actos. Diante de Deus, cada um deverá responder por si mesmo. Cada um, portanto, deve aprofundar e esclarecer a própria consciência, vivendo segundo as convicções que tem. 15-23: Cada um deve viver a fé com autenticidade, seguindo a própria consciência e agindo conforme as próprias convicções. O cristão, porém, está inserido no contexto maior da convivência fraterna, onde o amor preside a todos os relacionamentos e impede que um irmão seja motivo de escândalo ou ofensa para o outro. Até as coisas mais lícitas devem ser deixadas de lado, quando entra em jogo o crescimento mútuo em vista do Reino de Deus, Reino que é «justiça, paz e alegria no Espírito Santo» (cf. nota em 1Cor 10,23-11,1)
segue-se o CAPÍTULO XV António Fonseca

CARTA AOS ROMANOS - CAPÍTULO XIII

CAP. XIII - RM - 1-14 e reflexão sobre os versículos 13 A comunidade e a autoridade política
1Submetei-vos todos às autoridades constituídas, pois não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram instituídas por Deus. 2Quem se opõe à autoridade, opõe-se à ordem estabelecida por Deus. Aqueles que se opõem, atraem sobre si a condenação. 3Na verdade, os que governam não devem ser temidos quando se faz o bem, mas quando se faz o mal. Se não queres ter medo da autoridade, faz o bem, e ela te elogiará. 4A autoridade é o instrumento de Deus para teu bem, mas, se praticas o mal, teme, pois não é à toa que a autoridade usa a espada: quando castiga, ela está ao serviço de Deus, para manifestar a sua ira contra o malfeitor. 5Por isso, é preciso submeterse, não só por medo do castigo, mas também por dever de consciência. 6É também por isso que pagais impostos, pois os que têm esse encargo são funcionários de Deus. 7Dai a cada um o que lhe é devido: o imposto e a taxa, a quem deveis imposto e taxa; o temor, a quem deveis temor; a honra, a quem deveis honra.
O amor é o pleno cumprimento da Lei
8Não fiqueis a dever nada a ninguém, a não ser o amor mútuo. Pois, quem ama o próximo cumpriu plenamente a Lei. 9De facto, os mandamentos: não cometerás adultério, não matarás, não roubarás, não cobiçarás, e todos os outros, resumem-se nesta sentença: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo». 10O amor não pratica o mal contra o próximo, pois o amor é o pleno cumprimento da Lei.
A madrugada de um tempo novo 11Comportai- vos desta maneira, principalmente porque conheceis o tempo, e já é hora de acordardes: a nossa salvação está agora mais próxima do que quando começámos a acreditar. 12A noite vai avançada e o dia está próximo. Deixemos, portanto, as obras das trevas e vistamos as armas da luz. 13Vivamos honestamente, como em pleno dia: não em orgias e bebedeiras, prostituição e libertinagem, brigas e ciúmes. 14Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não sigais os desejos dos instintos egoístas.
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13,1-7: Paulo escreve a uma comunidade perseguida pelo poder político, tentada por isso a negar radicalmente a função da autoridade política. O que Paulo diz não deve ser tomado como legitimação de qualquer autoridade política ou forma de sociedade; ele apenas mostra o fundamento, a função e, ao mesmo tempo, o limite de uma autoridade política. A autoridade, por direito, só pertence à natureza de Deus. Só Ele é Senhor e juiz absoluto sobre os homens. A autoridade política encontra o seu fundamento numa participação funcional na autoridade de Deus, em vista do bem comum. A sua função é servir o povo, promovendo a justiça, zelando pelo direito e impedindo os abusos. Os seus limites dependem do seu próprio fundamento e função: a autoridade não pode usurpar o lugar de Deus, pretendendo-se absoluta ou divina; nem pode servir-se a si mesma, oprimindo e explorando o povo. 8-10: Na vida cristã a única tarefa que não tem limites é o amor, espírito com que tudo deve ser feito. Como nos evangelhos, Paulo também vê o amor como a expressão perfeita de toda a Lei. 11-14: Liberto do egoísmo que corrompe a pessoa e a sociedade, o cristão já vive a madrugada de um tempo novo. A vinda de Jesus Cristo dissipa a longa noite da injustiça e do pecado. O cristão deve acordar, preparado para viver e testemunhar o dia da libertação inaugurado por Jesus
SEGUE-SE CAPÍTULO XIV
António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

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