quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

CARTA AOS COLOSSENSES - S. PAULO - INTRODUÇÃO E CAP. I

Cartas de São Paulo
Carta aos Colossenses
CRISTO, IMAGEM DO DEUS INVISÍVEL
Introdução
Colossos era uma pequena cidade da Ásia Menor, distante 200 km de Éfeso, e próxima de Hierápolis e Laodiceia (4, 13.16). Paulo não a visitou pessoalmente (2,1). As comunidades cristãs de Colossos, Hierápolis e Laodiceia foram fundadas por Epafras, discípulo de Paulo (1,7; 4,13), enquanto este se encontrava em Éfeso (Act 19). Os cristãos de Colossos eram provenientes do paganismo (1,21.27) e costumavam reunir-se nas casas de família, como na de Ninfas (4,15) e na de Arquipo (4,17; Fm 2).
A carta aos Colossenses foi escrita na prisão, provavelmente em Éfeso, entre os anos 55 e 57 (Act 19), talvez na mesma ocasião em que foi escrita a carta aos Filipenses.
Epafras informou Paulo sobre a situação dos cristãos em Colossos (1,8). Os cristãos estavam ameaçados por uma heresia que misturava elementos pagãos, judaicos e cristãos. Os seus seguidores davam muita importância aos poderes angélicos, às forças cósmicas e a outros seres intermediários entre Deus e o homem, que teriam papel importante no destino de cada pessoa. Essas ideias traziam, como consequência, a busca de um conhecimento do mundo fascinante e misterioso que dominava os homens. Ao lado disso, depositava-se confiança numa série de observâncias religiosas que garantiriam a benevolência desses poderes superiores: observância de festas anuais, mensais e sábados, leis alimentares (2,16.21) e ascéticas (2,23), culto aos anjos (2,18) e às forças cósmicas (2,8) etc. Tudo isso comprometia seriamente a pureza da fé cristã.
Paulo mostra então que Cristo é o mediador único e universal entre Deus e o mundo criado; tudo se realiza por meio d’Ele, desde a criação até à salvação e reconciliação de todas as coisas. Deus colocou Jesus Cristo como Cabeça do universo, e os cristãos, que com Ele morreram e ressuscitaram e a Ele permanecem unidos, não devem temer nada e a ninguém: nada mais, tanto na Terra como no Céu, pode aliená-los e escravizá-los. Doravante, o empenho na fé em Cristo é o caminho único para a verdadeira sabedoria e liberdade. Só a renovação em Cristo pode quebrar as barreiras entre os homens, dando origem a novas relações humanas, radicalmente diferentes das que costumam existir na sociedade (3,11).
O problema que Paulo enfrenta em Colossos não é a contraposição entre fé e incredulidade. Trata-se de uma questão que surge dentro da própria Igreja: distinguir entre o verdadeiro e o falso na interpretação da própria fé. E isso não é problema meramente teórico, pois a concepção que se tem da base da fé determina toda a prática da vida cristã.
1
Endereço e saudação
Paulo, Apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus, juntamente com o irmão Timóteo, 2aos cristãos de Colossos, fiéis irmãos em Cristo. Que a graça e a paz de Deus, nosso Pai, estejam convosco.
Agradecimento: a vida cristã
3Damos graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, sempre que rezamos por vós. 4De facto, ouvimos falar da fé que tendes em Jesus Cristo, e do vosso amor por todos os cristãos, 5por causa da esperança daquilo que vos está reservado no céu. Tal esperança já vos foi anunciada pela Palavra da Verdade, o Evangelho, 6que chegou até vós. Assim como o Evangelho dá fruto e cresce no mundo inteiro, o mesmo acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes e conhecestes na verdade a graça de Deus. 7Aprendestes a conhecê-la pela pregação de Épafras, nosso querido companheiro de serviço, que nos substituiu fielmente como ministro de Cristo. 8Foi ele quem nos contou sobre o amor com que o Espírito vos anima.
Pedido: discernimento
9Por essa razão, desde que soubemos disso, rezamos continuamente por vós. Pedimos que Deus vos conceda pleno conhecimento da sua vontade, com toda a sabedoria e discernimento que vêm do Espírito. 10Deste modo, vivereis uma vida digna do Senhor, fazendo tudo o que Ele aprova: dareis fruto em toda a actividade boa e crescereis no conhecimento de Deus, 11fortalecidos em todos os sentidos pelo poder da sua glória. Assim tereis perseverança e paciência a toda a prova. 12Com alegria, dai graças ao Pai, que vos permitiu participar da herança dos cristãos, na luz.
Cristo é o único mediador
13Deus Pai arrancou-nos do poder das trevas e transferiu-nos para o Reino do seu Filho amado, 14no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. 15Ele é a imagem do Deus invisível, o Primogénito, anterior a qualquer criatura;16porque n’Ele foram criadas todas as coisas,tanto as celestes como as terrestres, tanto asvisíveis como as invisíveis:tronos, soberanias, principados e autoridades.Tudo foi criado por meio d’Ele e para Ele.17Ele existe antes de todas as coisas,e tudo n’Ele subsiste.18Ele é também a Cabeça do corpo, que é a Igreja. Ele é o Princípio, o primeiro daqueles que ressuscitam dos mortos, para em tudo ter a primazia. 19Porque Deus, a Plenitude total, quis n’Ele habitar, 20para, por meio d’Ele, reconciliar consigo todas as coisas, tanto as terrestres como as celestes, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz.
Fidelidade ao Evangelho de Cristo
21Antigamente éreis estrangeiros e inimigos de Deus, por causa das obras más que praticáveis e pensáveis. 22Agora, porém, com a morte que Cristo sofreu no seu corpo mortal, Deus reconciliou-vos para vos tornar santos, sem mancha e sem reprovação diante d’Ele.
23Isto tudo, sob a condição de permanecerdes alicerçados e firmes na fé, sem vos deixardes afastar da esperança no Evangelho que ouvistes e que foi anunciado a toda a criatura que vive debaixo do céu. Eu, Paulo, tornei-me ministro desse Evangelho.
O mistério do projecto de Deus
24Agora eu alegro-me de sofrer por vós, pois vou completando na minha carne o que falta aos sofrimentos de Cristo, a favor do seu corpo, que é a Igreja. 25Eu tornei-me ministro da Igreja, quando Deus me confiou este encargo em vosso benefício: anunciar a realização da Palavra de Deus, 26o mistério escondido desde o começo dos tempos e gerações, e que agora é revelado aos cristãos. 27Deus quis manifestar aos cristãos a riqueza gloriosa que este mistério representa para os pagãos, isto é, o facto de que Cristo, a glória esperada, está em vós. 28É a esse Cristo que anunciamos, aconselhando e ensinando a todos com plena sabedoria, para que todos sejam cristãos perfeitos. 29É para isso que me esforço e luto, sustentado pela força de Cristo que age de forma poderosa em mim.
######################### reflexão #########################
[1]1,1-2: O clima da vida cristã deve ser o de uma família, onde todos são irmãos juntamente com Cristo, tendo Deus como Pai.
3-8: A trilogia fé-amor-esperança define a vida cristã na sua base, na sua concretização prática e no seu dinamismo histórico. A vida cristã nasce do compromisso de fé em Jesus Cristo, que significa aceitar a vida e acção de Jesus e continuá-las entre os homens. O amor é a realização prática desse testemunho, através da partilha dos bens e da fraternidade, que concretizam o Reino de Deus no dia a dia da História. A esperança é o dinamismo que nasce do amor, alimentando a vida cristã, voltada para o futuro do Reino de Deus, isto é, para a realização plena da vida. 9-12: Paulo pede o que é mais necessário para a situação em que os Colossenses vivem. A vontade de Deus manifestou-se na vida e acção de Jesus Cristo, e o conhecimento dessa vontade é a sabedoria que leva os cristãos a viver com discernimento crítico diante das situações. Esse discernimento capacita-os, fortalecendo-os para resistir activamente ao que é possível enfrentar e, passivamente, ao que é inevitável suportar.
13-20: Para animar os Colossenses a permanecerem firmes na fé, Paulo cita um hino cristão, provavelmente usado na cerimónia baptismal, que canta a grandeza de Cristo. Paulo serve-se desse hino para criticar qualquer doutrina que apresente como necessárias outras mediações salvíficas, além da de Cristo. Cristo é o único mediador entre Deus e a Criação, e só Ele, através da cruz, é capaz de reconciliar Deus com as criaturas submetidas ao pecado.
13-14: A introdução ao hino mostra como o pecado interferiu na Criação, fazendo com que a obra de Cristo se tornasse redentoramediante uma nova Criação.
15-18: O Deus invisível e inatingível torna-Se visível e acessível em Jesus, o Filho que Se encarnou no Mundo e na História. Jesus é, portanto, o verdadeiro Adão (Gn 1,26s). Existindo antes de qualquer criatura, Ele torna-Se modelo, cabeça e único mediador do Universo criado. No hino primitivo, o termo «corpo» (v. 18) significava «Universo»; com o acréscimo da expressão «que é a Igreja», passou a indicar a comunidade da nova Criação, da qual Cristo é a Cabeça.
18-20: Sendo o primeiro a ressuscitar dos mortos, Cristo é o novo Adão, pois na nova Criação Ele é o Primogénito. Assim, o poder vital de Deus torna-se acessível aos homens através de Cristo, reconduzindo a Criação à paz. A pacificação do Universo está na remissão dos pecados realizada por Cristo na cruz.
21-23: Paulo começa a aplicar o hino à situação dos Colossenses: eles eram pagãos e, remidos por Cristo, passaram a pertencer à nova Criação. Com a condição, porém, de permanecerem fiéis ao Evangelho de Cristo, do qual o Apóstolo é ministro.
24-29: Paulo alegra-se porque o seu sofrimento confirma que ele anuncia o verdadeiro Evangelho (cf. Mc 13,5-10). O cerne da missão do Apóstolo é o mistério do projecto de Deus: Deus quer que também os pagãos participem na redenção realizada através de Cristo. A conversão dos Colossenses, que antes eram pagãos, manifesta visivelmente esse projecto de Deus.
Ver em seguida Capítulo II http://diocese-porto.pt/ http://ecclesia.pt/anopaulino
LOUVADO SEJA DEUS, LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E LOUVADA SUA MÃE MARIA SANTISSIMA,
POR TODOS OS SÉCULOS DOS SÉCULOS.
António Fonseca

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A ESCULTURA DE S. PAULO

No jornal TOTUS TUUS da paróquia da Senhora do Porto, no seu número 13 - Ano 4 - Janeiro 2009 que começou a ser distribuido no passado sábado e que infelizmente não chega a tanta gente como desejariamos, traz vários textos da actualidade que dizem respeito a eventos recentes que sucederam na paróquia da Senhora do Porto e na Comunidade de S. Paulo do Viso, nomeadamente (e entre outros) sobre a Festa de Natal em S. Paulo do Viso, a actuação do Coro Mille Voci na Igreja da Senhora do Porto, actividades do GASP - Grupo de Acólitos da Senhora do Porto, visita do Senhor Bispo do Porto para inaugurar a imagem de S. Paulo nesta Comunidade e uma entrevista com a escultora ANA CARVALHO que projectou e construiu a referida imagem em ferro.

Não vou aqui publicar a referida entrevista, o que me parece não ser de muito bom tom - diga-se de passagem - já que é muito recente e foi feita e muito bem, quanto a mim, pela colaboradora Ana Cristina. Talvez daqui a uns tempos eu me permita efectuar essa transcrição - quem sabe ?

No entanto gostaria de dar a conhecer o Curriculum Vitae colhido directamente por mim, através do site da referida escultora: http://ana@etc.pt
CURRICULUM Formação
Licenciatura em Artes Plásticas – Escultura, Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto em 1997 Actividade Profissional
2006
Esculturas atribuídas no Prémio "Empresa Mais Familiarmente Responsável", Promovido pela Deloitte em Lisboa. Esculturas em bronze com 35 cm de altura e medalhas com 11 cm de diâmetro encomendadas pela Work-Agência de Publicidade, Lda. Projecto "Paisagens de Interior"
2005
Prémios atribuídos na "Investor Relations Awards 2005" promovida pela Deloitte, em Lisboa. Esculturas em bronze com 35cm de altura encomendadas pela Work-Agência de Publicidade, Lda. Escultura em bronze, edição de 25 peças, para a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. 2004Escultura em bronze para o hotel Sheraton, no Porto.
2003/2004
Três esculturas em betão patinado para o restaurante "D. Duarte", no Porto. 2002
Baixo-relevo em bronze para o Edifício “Olimpus” da autoria do Arquitecto Pedro Aroso, em Matosinhos. Animação do espaço reservado à empresa “Praxair” na EMAF 2002, com esculturas em ferro, em Matosinhos. Exposição individual de escultura na "Galeria 4Chats", em Lisboa. Exposição colectiva de escultura em ferro, na Câmara Municipal de Marco de Canaveses. Exposição colectiva de escultura e gravura na "Galeria de Arte da Liga dos Combatentes", no Porto. 2001/2002
Colaboração com o Escultor José Rodrigues nos monumentos ao Futebol Clube do Boavista (Pantera Negra) e ao Carnaval de Ovar. Colaboração com o Escultor Sousa Pereira nos monumentos à Castanha em Cantanhede e aos trabalhadores em Vila do Conde. Exposições colectivas de escultura, gravura, desenho, pintura e fotografia nas Câmaras Municipais de Castelo de Paiva, Murça e Marvão. 2001
Menção honrosa no concurso de arte sacra da Vigararia de Vila Real. Bienal de Artes Plásticas de Vila Verde. I Bienal Internacional de Gravura de Alijó. Participação nas exposições subordinadas ao tema “A vinha e o Vinho”, em Bucelas, organizada pela Câmara Municipal de Loures. 1999/2002
Exposições colectivas de gravura em Alijó, Póvoa de Varzim, Paços de Ferreira, Castelo de Paiva, Porto e Murça. 1998/99
Docente na Escola Secundária de Alijó das disciplinas do 3º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Recorrente Nocturno, exercício da função do cargo de Delegada do 5º Grupo. 1997/98
Docente na Escola Secundária Infante D. Henrique, nas disciplinas do 3º ciclo do ensino básico e no 12º ano do curso de Design Tridimensional, leccionado pela primeira vez naquela escola. 1997
Exposição de Finalistas na Fundação Cupertino de Miranda. IX Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira.
http://ana@etc.pt
LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO PARA SEMPRE
E SUA MÃE MARIA SANTISSIMA
António Fonseca

Resenha histórica

Caros amigos:
Conforme indiquei na minha mensagem anterior, vou agora incluir uma pequena resenha histórica sobre a Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso.
A construção da Igreja desta Comunidade que se encontra integrada na Paróquia da Senhora do Porto, que por sua vez faz parte da autarquia (freguesia) de Ramalde foi iniciada em 1 de Agosto de 1983, a fim de poder dar resposta às necessidades pastorais do Bairro do Viso que vinham sendo exercidas com muito afinco e dedicação, pelo saudoso Padre António Inácio Gomes que havia sido nomeado em 12 de Junho de 1964 Pároco responsável pela criação da Paróquia Experimental da Senhora do Porto pelo Administrador Apostólico da Diocese do Porto, o Bispo D. Florentino de Andrade e Silva,
a qual (Paróquia):
(foi delimitada a norte, pela estrada da Circunvalação Exterior, desde a Via rápida até ao entroncamento com a Avenida Fabril do Norte, a poente, desde o último ponto atrás indicado, na perpendicular à Rua Direita de Pereiró, nesta mesma rua para nordeste até à linha do caminho de ferro (hoje metro) em direcção a Sul até ao km 1,5. Depois a sul em linha recta até à Rua Central de Francos, até ao nº 449 da mesma rua, seguindo o traçado da futura Anular interna, excluindo todas as habitações da travessa da Prelada. A leste será delimitada pelo prolongamento da Via Norte).
Existia na Rua de Requesende uma capela dedicada à Senhora do Porto, que passou a ser a Igreja Paroquial experimental. Entretanto no bairro do Viso que se situa lateralmente junto da linha do metro e até à estrada da Circunvalação, constituiu-se desde sempre, pelas suas características, uma entidade com vida própria dentro da Paróquia, pelo que o Administrador Apostólico D. Florentino ao nomear Pároco desta extensa e populosa comunidade da Senhora do Porto, o saudoso Pde Inácio, responsabilizou-o para que logo que fosse oportuno deveria procurar criar um centro secundário de culto neste local.
Assim em 1967 (14/9) foi escrita uma carta à Câmara Municipal do Porto pela Confraria da Senhora do Porto diligenciando obter apoio para resolver este problema ...
(... sendo um Bairro, nesta primeira fase, com 294 fogos onde vivem cerca de 1 500 crianças ... (...) ... propomo-nos instalar num terreno sito na rua Padre Francisco Rangel, um pavilhão cedido pelo Centro de Caridade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, para que a partir do próximo mês de Outubro, se possa iniciar a celebração da Santa Missa, o ensino da catequese e o funcionamento de toda a acção que compete à Igreja)
Simultaneamente a empresa F. Ramada, conseguiu obter a cedência de pessoal especializado e nos primeiros dias de Outubro - obtido o "SIM" da Câmara iniciou-se a instalação do pavilhão. Em 22/11 foi recebida na Comunidade, uma carta do Pároco na qual era participado que no dia 26 de Novembro, às 11 horas, seria celebrada a 1ª missa no pavilhão-capela pelo Senhor Bispo D. Florentino - um pormenor curioso foi então noticiado pelo já extinto vespertino "Diário do Norte" - que era o seguinte: "cerca de 1 700 crianças dispostas pelas diversas artérias de acesso àquele bairro, aplaudiram à sua passagem, o Sr. D. Florentino que, sorridente, acenava às criancinhas"; e, ainda: "O sr. D. Florentino de Andrade e Silva, visitou a seguir, três carros eléctrticos (aliás, 4), que estão ao lado da capela e que foram adaptados para servir de escola."
Enquanto prosseguiam as actividades conducentes a dotar a Paróquia da Senhora do Porto, duma nova igreja para substituir a capela em que foi iniciada. Estas obras começaram em 1970 e em Maio de 1971 foi inaugurada a cripta e apenas em 2 de Julho de 1977 pôde ser celebrada a 1ª missa na actual Igreja, pelo Bispo D. António Ferreira Gomes. e posteriormente nos anos seguintes, foi-se colocando o Sacrário e o Cristo crucificado, sendo a sagração do altar e a dedicação da Igreja à Senhora do Porto, celebradas por D. Júlio Tavares Rebimbas, em 18/6/1989.
Em Fevereiro de 1980 foi formada uma Comissão com o repto decisivo "Vamos construir a Igreja do Viso". Dessa Comissão inicial constaram Alfredo Tavares de Almeida, António Moreira Estevão, Fernando Ferreira Rodrigues (todos já falecidos) e Gonçalo Manuel Castro, José Maria Correia, Luís Lobo Ferreira e Manuel Alves Ferreira. Formou-se uma outra Comissão para Angariação de fundos em que além dos já citados, integrou também Rosa Costa, António Paixão, Bernardino Chamusca, Carlos Freitas, Alfredo Pereira, Júlio Teixeira, José Nicolau, Arlindo Ribeiro, Bernardino Cruz, Abel Alves, Henrique Rocha, José Caldeira, Manuel Baldaia e Fernando Saraiva.
Em 1983 (1/Agosto) iniciaram-se as obras. Antes porém de se desmontar o pavilhão, e na última celebração que ali teve lugar, o Pde António Inácio Gomes sugeriu aos fiéis que se constituisse padroeiro da Comunidade, São Paulo, o Apóstolo das Nações o que foi aceite unanimemente passando então a existir oficialmente a Comunidade de São Paulo do Viso.
A Direcção Escolar entretanto já havia montado uns pavilhões pré fabricados (em 1970/71, salvo erro) que vieram substituir os eléctricos que existiam à volta da capela. Posteriormente mandou construir a actual Escola Primária (na qual, os meus filhos, fizeram a sua instrução primária). A pedido do Pároco, a Direcção Escolar autorizou a cedência do seu salão principal para ser ali celebrada a Missa ao sábado e domingo, e ministrada a Catequese, desde 1 de Agosto de 1983 até 17 de Março de 1985, data em que foi inaugurada a Igreja pelo Bispo D. Júlio Tavares Rebimbas. Em 18 de Dezembro de 1987, colocou-se Cristo Crucificado nesta Igreja e em 2 de Junho de 1990, foi colocado o Sacrário.
Em 21 de Março de 2004, foi feita a Sagração do Altar e a Dedicação da Igreja a S. Paulo do Viso. Em 2008 por Decreto Diocesano foi nomeada como Igreja Jubilar do Ano Paulino iniciado em 29 de Junho de 2008 e que terminará em 29 de Junho de 2009. Em Novembro de 2008 procedeu-se à remodelação do pavimento do presbitério que passou a ser de madeira, retirando-se a alcatifa que ali existia. Procedeu-se a novo arranjo da iluminação total da nave e do presbitério, tendo-se retirado o tecto falso que estava em condições precárias de segurança, resultando daí melhor visão do altar e do Cristo crucificado para toda a assembleia.
Finalmente, sábado, dia 24 de Janeiro foi colocada e benzida a imagem do nosso Padroeiro, na véspera do dia em que se celebra a Sua Conversão, pelo senhor Bispo do Porto D. Manuel Clemente, conforme comuniquei na mensagem anterior.
Falta agora - e espera-se que seja em breve - inserir a frase
"COMBATI O BOM COMBATE, TERMINEI A CORRIDA"
da 2ª carta de S. Paulo a Timóteo, na cruz-torre à entrada da Igreja, que pretende figurar um livro aberto (Cartas) e a espada, símbolos comuns na iconografia paulina e que o saudoso Padre António Inácio Gomes, tanto desejava fosse ali colocada.
Há ainda um ponto que eu gostaria de salientar. Desde o Administrador Apostólico D. Florentino de Andrade e Silva, que substituiu durante o seu exílio em Espanha, o Senhor D. António Ferreira Gomes, todos os Bispos que estiveram a comandar os destinos da Diocese do Porto, D. Júlio Tavares Rebimbas, D. Armindo Lopes Coelho e D. Manuel Clemente, já visitaram oficialmente a nossa Igreja (e vieram cá sempre para inaugurar e benzer algo de importante). É curiosa - pelo menos para mim - esta coincidência, o que significa apenas que esta Comunidade está viva e bem presente no coração da Igreja Diocesana do Porto.
Além disso também podemos referir - e a título de mais curiosidades - que uma das presenças mais assíduas desde 1964, tem sido a do Bispo emérito de Setúbal, Senhor D. Manuel Martins. Uma outra presença nesta Comunidade, bem mais posterior possivelmente (penso eu, porquanto eu vim viver para cá apenas em 1971) foi a do nosso actual Pároco, Dr. Manuel Correia Fernandes (que, inclusivamente presidiu às celebrações da comunhão dos meus filhos), além do Padre Mário Salgueirinho, (que continua em plena actividade) e do Padre Álvaro Tavares que há alguns anos deixou de poder colaborar por motivos de saúde.

Bem, esta "pequena resenha" já vai muito longa e por isso, por hoje fico-me por aqui.

"LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO PARA SEMPRE

E SUA MÃE MARIA SANTISSIMA"

Actual Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso

António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...