sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

VIAGENS DE S. PAULO

AS TRÊS LONGAS VIAGENS
As etapas da grande aventura missionária de Paulo são conhecidas graças aos testemunhos dos Actos dos Apóstolos, e das Cartas que o Apóstolo escreveu às comunidades por ele fundadas, nas suas três longas viagens, para acompanharem e completarem a sua pregação oral. As três viagens começam e terminam em Antioquia.
Paulo, acompanhado de Barnabé e Marcos, parte para Chipre, cidades de Salamina e Pafos, depois Perga da Panfília (onde Marcos os deixa), Antioquia da Pisídia, Icónio, Listra e Derbe (na actual Turquia). Voltam a Antioquia e depois vão a Jerusalém.
Paulo, acompanhado por Silvano, passa por Derbe, Listra (onde se lhes junta o jovem Timóteo), Icónio e Antioquia. Chegam à Galácia, Tróade (onde se lhes junta Lucas), Neapolis, Filipos, Tessalónica, Bereia, Atenas e Corinto, onde permaneceram dois anos e conheceram o proconsul Galião, no ano 52 d. C. tendo depois voltado a Antioquia.
Paulo partiu de Antioquia com Tito e Timóteo e talvez também com os macedónios Gaio e Aristarco (Act 19,29). Seguiram para Éfeso onde Paulo permaneceu durante três anos (Act 18,23; 21,16), pregando na escola do reitor Tirano em Éfeso. De Éfeso seguem para Laodiceia, Colossos, Gerápoles, Tróade, Macedónia, Antioquia e depois para Jerusalém. (Act 20,3; 21,16).
No fim desta 3.ª viagem, logo que Paulo entra em Jerusalém os seus adversários voltam ao ataque: Paulo é preso (Act 21,27s), comparece diante do Sinédrio e para escapar a uma agressão dos judeus é transferido para Cesareia pelas autoridades romanas. Aqui compareceu diante do procurador Félix. Passados dois anos Paulo apelou para o imperador César (Act 25,11). No Outono do ano 60, Paulo, acompanhado por Lucas, parte para Roma, preso e guardado por um centurião. Depois de terem naufragado em Malta, onde passaram o Inverno, chegaram a Roma na Primavera do ano 61.
António Fonseca

ANO PAULINO - JUBILEU

JUBILEU Papa anuncia Ano Paulino

Foi a 28 de Junho de 2007 que Bento XVI anunciou a celebração de um ano jubilar dedicado ao Apóstolo São Paulo:
“É para mim uma felicidade anunciar oficialmente que ao Apóstolo Paulo dedicaremos um especial Ano jubilar, desde 28 de Junho de 2008 até 29 de Junho de 2009, por ocasião do bimilenário do seu nascimento, inserido pelos historiadores entre os anos 7 e 10 d.C. Este ‘Ano Paulino’ poderá desenvolver-se de modo privilegiado em Roma, onde desde há vinte séculos se conserva sob o altar papal desta Basílica o sarcófago, que segundo o parecer unânime dos peritos e pela incontestada tradição, contém os restos mortais do Apóstolo Paulo.
Na Basílica Papal e na adjacente e homónima Abadia Beneditina, portanto, poderá ter lugar uma série de eventos litúrgicos, culturais e ecuménicos, como também várias iniciativas pastorais e sociais, todas elas inspiradas na espiritualidade paulina.
Além disso, uma especial atenção poderá ser prestada às peregrinações, que de várias partes virão de forma penitencial ao túmulo do Apóstolo para encontrar a renovação espiritual.
Também serão promovidos Congressos de estudos e especiais publicações sobre os textos paulinos, a fim de fazer conhecer cada vez mais a imensa riqueza do ensinamento contido neles, verdadeiro património da humanidade redimida por Cristo.
No mundo inteiro, iniciativas semelhantes poderão ser realizadas nas Dioceses, nos Santuários, nos lugares de culto por parte de Instituições religiosas, de estudo ou de assistência, que têm o nome de São Paulo ou que se inspiram na sua figura e no seu ensinamento.
Enfim, há um aspecto especial que deverá ser cuidado com particular atenção, durante a celebração dos vários momentos do bimilenário paulino: refiro-me à dimensão ecuménica.
O Apóstolo das Nações, particularmente comprometido em levar a Boa Nova a todos os povos, prodigalizou-se totalmente pela unidade e pela concórdia de todos os cristãos. Queira ele guiar-nos e proteger-nos nesta celebração bimilenária, ajudando-nos a progredir na busca humilde e sincera da unidade plena de todos os membros do Corpo místico de Cristo”.
Jubileu
A palavra Jubileu vem do hebraico yobel que significa o carneiro-guia do rebanho; passa depois a indicar o corno do carneiro, o som do corno que anunciava a proximidade de algum acontecimento solene e a festa prevista no livro do Levítico, cap. 25.
Apoiada na tradição bíblica, a Igreja por meio de Bonifácio VIII institui o Jubileu, em 1300.
No século XX, os papas Leão XIII celebra o de 1 900, Pio XI o de 1925 (no final surge a Festa de Cristo Rei), Pio XII o de 1950 e faz a solene proclamação do (dogma da Assunção de Nossa Senhora), Paulo VI o de 1975 para revigorar a Igreja nos caminhos da renovação e da reconciliação preconizados, (dez anos, pelo Vaticano II), e João Paulo II o do Ano 2000 para assinalar o aniversário do nascimento de Jesus Cristo e a passagem do Milénio.
A mensagem do Ano Jubilar torna-se mais acessível por meio dos símbolos que a expressam: a peregrinação ao santuário (expressão da condição humana que busca o Infinito de Deus), a porta de acesso a este santuário onde nos encontramos com Deus (Eu sou a porta - diz Jesus), a bula da indulgência (símbolo do perdão de Deus à humanidade pecadora), a purificação da memória onde se 'arquivam' factos que constituem um contra senso para o cristianismo (e fazem parte do livro da história da Igreja), a caridade que abre o coração às carências dos pobres e marginalizados, a memória dos mártires que, também no século XX, pagaram com o seu sangue a adesão incondicional a Cristo e à Igreja.
Referência especial se deve a Maria, a Mãe de Jesus, que generosamente nos oferece seu Filho para a redenção da humanidade. Daí que se recorra a ela e se visitem os santuários que lhe são especialmente dedicados.
António Fonseca

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

VIDA DE S. PAULO - O CENTRO DE PREGAÇÃO DE PAULO

O CENTRO DE PREGAÇÃO DE PAULO
Jesus Cristo estava sempre diante dos seus olhos e no seu coração. Aplica a Jesus Cristo tudo o que São João, no início do seu Evangelho, aplica ao Logos. Transfere para Cristo todas as qualificações fundamentais do Pentateuco. Assim, para Paulo, Jesus Cristo é vida, luz, sabedoria, salvação, norma de vida, água viva, fonte de graça e de justificação, Criador do Universo, Filho de Deus, que encarnou por obra do Espírito Santo. Passou a ter com Cristo a relação que tinha com o Pentateuco. O credo de Paulo é estar com Cristo, viver com Cristo, entrar em comunhão com Cristo, participar no mistério da sua morte e ressurreição, receber o Espírito Santo, conformar-se a Jesus (cristificar-se), unir-se a Jesus e seguir os seus passos até ao ponto de dar a vida, crer na sua Ressurreição. Nas suas cartas, Paulo afirma que Jesus Cristo está vivo e reconcilia os homens através do Espírito Santo. Cristo traz a salvação ao mundo. A reconciliação dos homens com Deus e entre si é possível e já começou. É através da Igreja que se realiza esta reconciliação.
Pe. João Gomes Filipe, ssp

NOTA:

Como podem verificar efectuei a transcrição completa do texto sobre a Vida de S. Paulo, publicada no site http://ecclesia.pt/anopaulino, texto esse que foi escrito na íntegra por Pde João Gomes Filipe. ssp, atrás mencionado a quem agradeço a sua compreensão. Obrigado e bem haja.

António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...