ErmitañoSan Nicolás de Flüe, mais conhecido como Hermano Klaus, é um santo muito popular na Suiça. Pio XII proclamou-o Patrono dessa nação, e onde se celebra a sua festa em 25 de Setembro. Nasceu en 1417 en Flüe, cerca de Sachseln. Ainda que se sentisse chamado à vida eremIta (aos 16 anos teve a “visão da torre”), teve que aceitar alguns cargos civis (foi corregedor de Sachseln, conselheiro, juiz e deputado) e militares.
En 1445 casou-se com Dorotea Wyss: tiveram cinco filhos e cinco filhas: um deles chegou a ser pároco de Sachseln, e um neto, Conrado Scheuber, morreu em cheiro de santidade.
Por insistência de Matías de Bolsheim y Aimo Amgrund entrou em contacto com os Gottesfreunde (amigos de Deus), um movimento religioso alsaciano. Mas a esposa se opôs sempre aos seus planos de isolamento. Só depois de haver cumprido os 50 anos, en Junho de 1567, pôde partir para Alsácia. Mas o Senhor o queria num lugar muito mais perto das regiões habitadas até então. Por outro lado, ele se envergonhava desta espécie de “fracasso” e se retirou primeiro a Klisterli-Alpa en Melchtal.
Sua vida santa e seu rigoroso jejum (existem testemunhos históricos de que durante um período de 19 anos e meio ele se alimentou só com a Eucaristia) atrairam a curiosidade dos vizinhos. Então resolveu retirar-se a Ranft, un lugar deserto cerca de Flüe. Só saía para ir a Missa e quando a pátria tinha necessidade dele: em 1473 ante a ameaça austríaca, e em 1481 e 1482 quando houve um grande perigo de guerra civil: os bons resultados destas intervenções lhe fizeram ganhar o título de “Pai da Pátria”. Sua oração mais frequente era: “Senhor meu e Deus meu, afasta de mim tudo o que me afaste de ti. Senhor meu e Deus meu, concede-me tudo o que me junte a ti. Senhor meu e Deus meu, livra-me de mim mesmo e concede-me possuir-te só a ti”.
Seus vizinhos, edificados pelo seu testemunho de oração e de penitência (espiaram-no durante todo um mês), construiram-lhe num ermo uma pequena capela, consagrada en 1469. San Nicolás de Flüe morreu aos 70 anos, no día 21 de março de 1487.
En 1501, Enrique Wolflin fez escrever a sua biografía baseada en “feitos confirmados com juramento por testemunhas oculares e auriculares”.
Foi beatificado en 1669 e canonizado por Pio XII |
María Francisca de NápolesNasceu em Nápoles, Italia em 1715. Seu pai era un tecedeiro, homem de terrivel mau génio, e a mãe era uma mulher extraordinariamente piedosa. Desde muito pequenita foi obrigada por seu pai a trabalhar muitas horas cada dia no seu ofício, mas a mamã aproveitava todo o tempo livre para ler-lhe livros piedosos e levá-la ao templo a orar. O pároco, admirado de sua piedade e vendo que sabia de memória o catecismo, admitiu-a aos 8 anos à Primeira Comunhão, e no ano seguinte encarregou-a de preparar várias crianças.
Como era formosa, o papá lhe conseguiu um noivo de classe rica. Mas María Francisca lhe disse que havia prometido a Deus conservar-se solteira e virgem para dedicar-se à vida espiritual e a ajudar a salvar almas. O pai ficou encolerizado e castigou-a severamente; sem embargo, graças às influências e mediação de um padre franciscano, o pai da santa aceitou deixá-la em liberdade para que ela segui-se sua vocação religiosa. Em 8 de Setembro de 1731 recebeu o hábito de Terceira Franciscana e seguiu vivendo en sua casa, mas com comportamentos de religiosa.
Frequentemente enquanto estava em oração entrava en éxtase. A Virgem aparecia-lhe e trazia-lhe mensagens. Depois da morte de sua mãe, a santa decidiu abandonar o seu lugar mudar-se a uma casa cural donde permaneceu os últimos 38 anos de sua vida, sempre em constante oração, penitência e sofrimento oferecendo-os pelas almas do purgatório e pela conversão dos pecadores. .
Pouco depois, apareceram-lhe as cinco chagas ou feridas de Jesus no seu corpo. Sua saúde era muito frágil e as enfermidades lhe faziam sofrer enormemente. Em 6 de outubro de 1791 morreu santamente. E a 29 de Junho de 1867 o Sumo Pontífice Pío IX a declarou santa.
Em alguns sitios se festeja em 6 de Octubre, dia de sua chegada ao Reino de Deus. |
Serapión el Escolástico, Santo |
S. SERAPIÃO de TMUIS
Bispo fr Thmuis
Etimologicamente significa “pertencente à divindade de Serapis”. Vem da língua grega. Este monge egipcio é também conhecido como Serapião de Thmuis. A data da sua morte situa-se mais ou menos entre os anos 365 e 370.
As características que melhor o definem são, sem dúvida, a sua penetrante inteligência e sua eloquência. Graças a elas teve na Igreja um papel relevante. Estudou na célebre escola catequética de Alexandria. Depois se dedicou à vida eremita. Neste campo teve un mestre excepcional, S. António. A nivel intelectual, encontrou em S. Atanásio um amigo sincero. Recorda-o com carinho no seu livro “Vida de S. António". Ao separar-se, deixou-lhe a sua túnica. Foi nomeado bispo de Thmuis no delta do Nilo. Reconheceu-se em seguida pelo seu carácter de dirigente nos assuntos eclesiásticos e pela sua clara e transparente oposição ao Arianismo. É interessante para conhecer a adoração e a fé dos primeiros cristiãos egipcios.Frequentemente repetia esta expressão cheia de conteúdo:"A mente se purifica pelo conhecimento, as paixões espirituais da alma com a caridade e os apetites desordenados com a abstinência e a penitência.." O próprio S. Jerónimo o elegeu como confessor. Pela sua vida pastoral como cabeça da diocese rondava a ideia de escrever um livro magnífico contra os maniqueístas. Defende contra eles a doutrina de que nossoos corpos são instrumentos para o bem ou para o mal. Tudo depende da disposição do coração. Os maniqueístas sustentam que a alma é obra de Deus, mas nossos corpos são do demónio.Também escreveu várias cartas e um livro baseado nos títulos dos Salmos, mas não resta nenhum No ano de 1899 se descobriu o livro mais conhecido sobre os santos, chamado Eucológio. É uma colecção litúrgica de orações que ele mesmo implementou quando era bispo.
Felicidades a quem tenha este nome
Filemón y Donino de Roma, Santos
FILÉMON e DONINO
Mártires
Este jovem Filémon com seu amigo Donino, em tempos de duras e temiveis perseguições, confiando mais em Deus que neles mesmos, dedicaram-se a percorrer Itália.
Que buscavam?
Simplesmente, manifestar a todo o mundo a alegria que lhes dava o Ressuscitado no seu mundo interior.
Não podiam ficar encerrados en si mesmos - o mais fácil – senão que tinham que viver a solidariedade da sua fé.
Iam pregando o Evangelho e baptizando aos infieis que se encontravam em seu caminho, com prévia preparação, claro está.
Dizem seus biógrafos que sua palavra era tão ardente que comoviam as massas de pagãos e infieis.
As dificuldades não tardaram em aparecer. Provinham principalmente dos seguidores dos cultos aos ídolos.
Não aguentavam que dois jovens deixassem os templos pagãos vazios enquanto que nas suas reuniões para celebrar a Palavra de Deus, se enchiam de fieis em Cristo Jesus.
Prenderam-nos e enviaram-nos ao governador. Este, para os ganhar, prometeu-lhes o ouro e o mouro desde que renegassem a Cristo.
Visto que não conseguia seus propósitos, enviaram-nos ao cárcere no qual lhes deram tremendos tormentos. E cansado de sua fama, mandou que lhes cortassem a cabeça tal dia como hoje. Suas vidas se criaram nas “Passio” o teatro para dar a conhecer sua vida. Não há fundamento histórico.
Catalina de Génova, Santa
CATALINA de GÉNOVA
Esposa, Modelo de Cristandade e Mística
Março 21
Santa Catalina de Génova, pertenciou à familia Fieschi, sendo a quinta filha do matrimónio de James Fieschi y Francesca di Negro de Génova. A familia era de muita fama e fortuna durante o século XV, e conta com dois Papas: Inocêncio IV e Adriano V.
Catalina foi conhecida mais tarde no mundo como modelo de conduta, admirada não só pela Igreja Católica mas também por outros baptizados.
Dedicou toda sua vida ao Senhor, entregando-se a Ele desde muito jovem. Desde menina foi muito obediente e em suas atitudes já sobressaíam os desejos pela santidade e penitência. Com tão só oito anos de idade já mostrava uma inclinação particular à penitência, trocando sua cama cómoda e luxuosa pelo duro piso, e sua almofada por um áspero tronco.
Ao cumprir doze anos teve a sua primeira visão do amor de Deus, na qual Jesus compartilhou com ela alguns dos sofrimentos de sua Santa Paixão. Aos treze anos decidiu abraçar a vida religiosa no convento das Irmãs de Nossa Senhora da Graça, onde sua irmã Limbania era já uma Religiosa professa. Falou com o director da Ordem, mas não aceitavam meninas tão jóvens na congregação. Isto causou uma forte ferida no coração de Catalina, mas não perdeu a sua fé no Senhor.
Quando seu pai morreu, pensou-se que era necessário manter o mando político unindo em matrimónio aos filhos do mesmo ramo. Na idade de 16 anos se viu obrigada a casar-se num matrimónio de conveniência. Seu esposo era totalmente oposto a Catalina, ela piedosa e ele, um homem de mundo que não tinha compaixão nem escrúpulos por ninguém, nem por nada. Os primeiros anos de sua vida matrimonial foram muto difíceis.
Catalina, depois de haver aguentado muitas infidelidades de parte de seu esposo, aos cinco anos de casada, se sentiu abandonada de todos e em profunda desolação, inclusive, de Deus. Voltou sua vida à frivolidade, de festa em festa, tratava de buscar um significado a sua vida. Mas isto não a encheu de paz nem de gozo, mas bem desesperada e com depressão.
Sua Conversão
Em 21 de março de 1473, na festa de São Benito, sua irmã Limbania sugeriu-lhe que fosse a um sacerdote confessor, ela consentiu. Se encontrou com um santo confessor por meio do qual o Senhor a encheu de grande fortaleza e de Seu amor incondicional; caiu em éxtase e se sentiu incapaz de confessar seus pecados. Nesse momento o Senhor lhe mostrou toda sua vida como passada numa película; pôde ver a traição que ela havia feito ao amor do Senhor, mas ao mesmo tempo pôde ver através das Sagradas Chagas de Jesus, a grande misericórdia do Senhor por ela e por todos os homens, e o contrastante amor de Deus e o amor do mundo. Isto fê-la repudiar desde esse momento o pecado e o mundo. Esse mesmo dia, estando em sua casa, o Senhor lhe apareceu, todo ensanguentado, carregando a cruz, e lhe mostrou parte de Sua vida e de Seu sofrimento. Ela,cheia do amor do Senhor e triste pelos dez anos que havia desperdiçado não amando o Senhor, decidiu limpar sua vida e assim, começar uma vida nova Nele.
Logo, Nosso Senhor durante outra aparição, fez recostar a cabeça de Catalina em Seu Peito igual que o Apóstolo S. João, dando-lhe a graça de poder ver tudo através de Seus olhos e sentir através de Seu coração trespassado.
Por meio de suas constantes orações, seu esposo se converteu e aceitou viver em celibato perpétuo. Decidiu entrar na Ordem Franciscana Terceira e se mudaram do palácio para uma casa pequena perto do hospital, onde serviam aos enfermos, ajudando-os a morrer em paz. É ali onde seu esposo morre vitima de uma enfermidade contagiosa.
Catalina e a Eucaristía
No día da festa da Anunciação, depois de sua conversão, durante a celebração da Santa Missa, no momento da Comunhão, o Senhor lhe deu um amor ardente pela Eucaristía, e desde esse dia começou a comungar diariamente.
O Senhor convida-a estar con Ele no deserto
Rememorando os 40 dias que Jesus passou no deserto, Catalina não comia nem ingeria bebida alguma durante a Quaresma, alimentando-se únicamente da Eucaristía. Continuou fazendo isto todos os anos durante a Quaresma e Advento. Nunca manifestou debilidade nem dor, excepto quando por alguma razão não podia receber a Eucaristia. O testemunho de que a Eucaristia é Fonte de Vida, se viu sobrenaturalmente manifestado nela.
Sempre mostrou grande reverência e amor pela Eucaristia. Durante a celebração da Santa Missa, seu espírito permanecia sempre recolhido, sobretudo à hora de receber a Sagrada Comunhão, muitas vezes se viu a cair em éxtase, e chorando rogava a Deus para perdoar seus pecados.
Ela comentava que quando recebía a Comunhão sentía que um raio de amor trespassava profundamente seu coração, à semelhança de outros místicos como Santa Teresa de Ávila, São João da Cruz, Santa Gemma Galgani, Santa Verónica Guliani e o Padre Pío. Isto é o dom da transverberação. Seu grande amor por Nosso Senhor na Eucaristia, fazia-a desejá-lo somente e unicamente a Ele.
Sacrificio e mortificação. A Agonía e o Éxtase
Durante os, primeiros quatro anos seguidos à sua conversão, praticou sacrificios e penitências para disciplinar seus sentidos, mort ificando todo desejo da carne. Se absteve de comer carne e todo tipo de frutas. Dormia sobre objectos ponteagudos que cortavam sua pele e lhe causavam sangramento. Praticou uma forte austeridade durante estes anos, mas sempre teve o cuidado do cumprimento diário de seus deveres. Passava largas horas em oração para poder encher-se com o Senhor e permanecer forte nos momentos de tentação.
Como todos os santos, dedicou a sua vida a amar a Deus e ao serviço dos irmãos não buscando sua própria comodidada e desejos.
A penitência que Catalina praticava era muito forte, tanto assim que nosso Senhor numa ocasião lhe ordenou que cessara de praticar essas mortificações e penitências tão severas, ao que ela obedeceu.
Catalina sempre buscou a vida escondida, desejando a vida íntima com o Senhor, mas nunca tomou nenhum dom como merecido, pois sabia que por ela mesma nada bom podia fazer. Em tudo ela via o grande amor de Deus, rogando-lhe que sempre se fizera nela Sua vontade.
Durante uma aparição o Senhor lhe disse: "Nunca digas eu desejo, ou eu não desejo. Nunca digas meu, mas sempre nossos. Nunca te desculpes, mas sim que sempre estás pronta para acusar-te a ti mesma".
Batalha entre o Amor Divino e seu amor próprio.
Catalina descrevia o amor próprio como o ódio próprio, dizia que o amor próprio é o anzol posto pelo diabo para nos fazer cair e a estratégia para trazer o mal ao mundo.
A alma absorvida pelo amor próprio se dirige à total ruína espiritual. Surda e cega para a Verdade, condena o seu ser voluntariamente, abrindo-se caminho ao Purgatório ou à eterna agonia do Inferno. Para ela o amor próprio causa maior morte que a morte de nosso próprio corpo, pois nos separa do Amor Divino, da Verdade e da verdadeira Vontade de Deus. "A melhor maneira de amar ao Senhor de uma forma plena é esquecendo-se de si mesmo", insistia.
Morte de Santa Catalina de Génova
Nove anos antes de sua morte, Catalina sofreu e esteve muito enferma. Nada tirava suas dores e sua condição ia deteriorando-se paulatinamente. Sofreu muito à semelhança de seu Divino Esposo, não havia uma só parte de seu corpo que não tivesse dor. Seu corpo e seu espírito estavam completamente unidos aos sofrimentos da Paixão de Cristo, ainda quando dormía.
Durante o último ano de sua vida, viveu práticamente alimentando-se numa semana do que se come regularmente num día e, ainda que físicamente estava padecendo terrivelmente, sempre mostrou uma especial paz.
Catalina morreu em 14 de Setembro de 1507, día da Exaltação da Cruz. Seu corpo foi enterrado no hospital onde serviu por mas de 40 anos. Quando anos mais tarde se abriu sua tumba, seus vestidos apresentavam sinais de decomposição assim como o ataúde, mas o seu corpo estava intacto, igual ao dia en que havia sido enterrado.
Muitos milagres a partir de sua morte.
Uma amiga de Catalina que estava críticamente enferma, teve uma visão de Catalina no céu, gozando da Luz Divina. Então pediu aos enfermeiros do hospital que a trasladaram e a colocaram junto do corpo de Catalina, e que passaram sobre a parte de seu corpo que estava enfermo, um pedaço de tela do vestido de Catalina, e nesse instante a amiga de Catalina pediu a intercessão da santa e imediatamente foi curada.
Foi Canonizada em 18 de Maio de 1737 pelo Papa Benedicto XIV.
O seu corpo permanece incorrupto na Igreja do hospital onde serviu tantos anos. Seu nome original é Santíssima Annunziata, mas está agregada a Santa Catalina. Originalmente era parte do hospital mas este foi destruido pela guerra enquanto que a Igreja foi prodigiosamente salva. Hoje em día a Igreja é mantida pelos frades franciscanos.
Na actualidade em muitos lugares, é festejada em 15 de Setembro
S. SERAPIÃO de TMUIS
Bispo fr Thmuis
Etimologicamente significa “pertencente à divindade de Serapis”. Vem da língua grega. Este monge egipcio é também conhecido como Serapião de Thmuis. A data da sua morte situa-se mais ou menos entre os anos 365 e 370.
As características que melhor o definem são, sem dúvida, a sua penetrante inteligência e sua eloquência. Graças a elas teve na Igreja um papel relevante. Estudou na célebre escola catequética de Alexandria. Depois se dedicou à vida eremita. Neste campo teve un mestre excepcional, S. António. A nivel intelectual, encontrou em S. Atanásio um amigo sincero. Recorda-o com carinho no seu livro “Vida de S. António". Ao separar-se, deixou-lhe a sua túnica. Foi nomeado bispo de Thmuis no delta do Nilo. Reconheceu-se em seguida pelo seu carácter de dirigente nos assuntos eclesiásticos e pela sua clara e transparente oposição ao Arianismo. É interessante para conhecer a adoração e a fé dos primeiros cristiãos egipcios.Frequentemente repetia esta expressão cheia de conteúdo:"A mente se purifica pelo conhecimento, as paixões espirituais da alma com a caridade e os apetites desordenados com a abstinência e a penitência.." O próprio S. Jerónimo o elegeu como confessor. Pela sua vida pastoral como cabeça da diocese rondava a ideia de escrever um livro magnífico contra os maniqueístas. Defende contra eles a doutrina de que nossoos corpos são instrumentos para o bem ou para o mal. Tudo depende da disposição do coração. Os maniqueístas sustentam que a alma é obra de Deus, mas nossos corpos são do demónio.Também escreveu várias cartas e um livro baseado nos títulos dos Salmos, mas não resta nenhum No ano de 1899 se descobriu o livro mais conhecido sobre os santos, chamado Eucológio. É uma colecção litúrgica de orações que ele mesmo implementou quando era bispo.
FILÉMON e DONINOMártiresEste jovem Filémon com seu amigo Donino, em tempos de duras e temiveis perseguições, confiando mais em Deus que neles mesmos, dedicaram-se a percorrer Itália.
Que buscavam?
Simplesmente, manifestar a todo o mundo a alegria que lhes dava o Ressuscitado no seu mundo interior.
Não podiam ficar encerrados en si mesmos - o mais fácil – senão que tinham que viver a solidariedade da sua fé.
Iam pregando o Evangelho e baptizando aos infieis que se encontravam em seu caminho, com prévia preparação, claro está.
Dizem seus biógrafos que sua palavra era tão ardente que comoviam as massas de pagãos e infieis.
As dificuldades não tardaram em aparecer. Provinham principalmente dos seguidores dos cultos aos ídolos.
Não aguentavam que dois jovens deixassem os templos pagãos vazios enquanto que nas suas reuniões para celebrar a Palavra de Deus, se enchiam de fieis em Cristo Jesus.
Prenderam-nos e enviaram-nos ao governador. Este, para os ganhar, prometeu-lhes o ouro e o mouro desde que renegassem a Cristo.
Visto que não conseguia seus propósitos, enviaram-nos ao cárcere no qual lhes deram tremendos tormentos. E cansado de sua fama, mandou que lhes cortassem a cabeça tal dia como hoje. Suas vidas se criaram nas “Passio” o teatro para dar a conhecer sua vida. Não há fundamento histórico.
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CATALINA de GÉNOVAEsposa, Modelo de Cristandade e Mística Março 21Santa Catalina de Génova, pertenciou à familia Fieschi, sendo a quinta filha do matrimónio de James Fieschi y Francesca di Negro de Génova. A familia era de muita fama e fortuna durante o século XV, e conta com dois Papas: Inocêncio IV e Adriano V.
Catalina foi conhecida mais tarde no mundo como modelo de conduta, admirada não só pela Igreja Católica mas também por outros baptizados.
Dedicou toda sua vida ao Senhor, entregando-se a Ele desde muito jovem. Desde menina foi muito obediente e em suas atitudes já sobressaíam os desejos pela santidade e penitência. Com tão só oito anos de idade já mostrava uma inclinação particular à penitência, trocando sua cama cómoda e luxuosa pelo duro piso, e sua almofada por um áspero tronco.
Ao cumprir doze anos teve a sua primeira visão do amor de Deus, na qual Jesus compartilhou com ela alguns dos sofrimentos de sua Santa Paixão. Aos treze anos decidiu abraçar a vida religiosa no convento das Irmãs de Nossa Senhora da Graça, onde sua irmã Limbania era já uma Religiosa professa. Falou com o director da Ordem, mas não aceitavam meninas tão jóvens na congregação. Isto causou uma forte ferida no coração de Catalina, mas não perdeu a sua fé no Senhor.
Quando seu pai morreu, pensou-se que era necessário manter o mando político unindo em matrimónio aos filhos do mesmo ramo. Na idade de 16 anos se viu obrigada a casar-se num matrimónio de conveniência. Seu esposo era totalmente oposto a Catalina, ela piedosa e ele, um homem de mundo que não tinha compaixão nem escrúpulos por ninguém, nem por nada. Os primeiros anos de sua vida matrimonial foram muto difíceis.
Catalina, depois de haver aguentado muitas infidelidades de parte de seu esposo, aos cinco anos de casada, se sentiu abandonada de todos e em profunda desolação, inclusive, de Deus. Voltou sua vida à frivolidade, de festa em festa, tratava de buscar um significado a sua vida. Mas isto não a encheu de paz nem de gozo, mas bem desesperada e com depressão.
Sua Conversão
Em 21 de março de 1473, na festa de São Benito, sua irmã Limbania sugeriu-lhe que fosse a um sacerdote confessor, ela consentiu. Se encontrou com um santo confessor por meio do qual o Senhor a encheu de grande fortaleza e de Seu amor incondicional; caiu em éxtase e se sentiu incapaz de confessar seus pecados. Nesse momento o Senhor lhe mostrou toda sua vida como passada numa película; pôde ver a traição que ela havia feito ao amor do Senhor, mas ao mesmo tempo pôde ver através das Sagradas Chagas de Jesus, a grande misericórdia do Senhor por ela e por todos os homens, e o contrastante amor de Deus e o amor do mundo. Isto fê-la repudiar desde esse momento o pecado e o mundo. Esse mesmo dia, estando em sua casa, o Senhor lhe apareceu, todo ensanguentado, carregando a cruz, e lhe mostrou parte de Sua vida e de Seu sofrimento. Ela,cheia do amor do Senhor e triste pelos dez anos que havia desperdiçado não amando o Senhor, decidiu limpar sua vida e assim, começar uma vida nova Nele.
Logo, Nosso Senhor durante outra aparição, fez recostar a cabeça de Catalina em Seu Peito igual que o Apóstolo S. João, dando-lhe a graça de poder ver tudo através de Seus olhos e sentir através de Seu coração trespassado.
Por meio de suas constantes orações, seu esposo se converteu e aceitou viver em celibato perpétuo. Decidiu entrar na Ordem Franciscana Terceira e se mudaram do palácio para uma casa pequena perto do hospital, onde serviam aos enfermos, ajudando-os a morrer em paz. É ali onde seu esposo morre vitima de uma enfermidade contagiosa.
Catalina e a Eucaristía
No día da festa da Anunciação, depois de sua conversão, durante a celebração da Santa Missa, no momento da Comunhão, o Senhor lhe deu um amor ardente pela Eucaristía, e desde esse dia começou a comungar diariamente.
O Senhor convida-a estar con Ele no deserto
Rememorando os 40 dias que Jesus passou no deserto, Catalina não comia nem ingeria bebida alguma durante a Quaresma, alimentando-se únicamente da Eucaristía. Continuou fazendo isto todos os anos durante a Quaresma e Advento. Nunca manifestou debilidade nem dor, excepto quando por alguma razão não podia receber a Eucaristia. O testemunho de que a Eucaristia é Fonte de Vida, se viu sobrenaturalmente manifestado nela.
Sempre mostrou grande reverência e amor pela Eucaristia. Durante a celebração da Santa Missa, seu espírito permanecia sempre recolhido, sobretudo à hora de receber a Sagrada Comunhão, muitas vezes se viu a cair em éxtase, e chorando rogava a Deus para perdoar seus pecados.
Ela comentava que quando recebía a Comunhão sentía que um raio de amor trespassava profundamente seu coração, à semelhança de outros místicos como Santa Teresa de Ávila, São João da Cruz, Santa Gemma Galgani, Santa Verónica Guliani e o Padre Pío. Isto é o dom da transverberação. Seu grande amor por Nosso Senhor na Eucaristia, fazia-a desejá-lo somente e unicamente a Ele.
Sacrificio e mortificação. A Agonía e o Éxtase
Durante os, primeiros quatro anos seguidos à sua conversão, praticou sacrificios e penitências para disciplinar seus sentidos, mort ificando todo desejo da carne. Se absteve de comer carne e todo tipo de frutas. Dormia sobre objectos ponteagudos que cortavam sua pele e lhe causavam sangramento. Praticou uma forte austeridade durante estes anos, mas sempre teve o cuidado do cumprimento diário de seus deveres. Passava largas horas em oração para poder encher-se com o Senhor e permanecer forte nos momentos de tentação.
Como todos os santos, dedicou a sua vida a amar a Deus e ao serviço dos irmãos não buscando sua própria comodidada e desejos.
A penitência que Catalina praticava era muito forte, tanto assim que nosso Senhor numa ocasião lhe ordenou que cessara de praticar essas mortificações e penitências tão severas, ao que ela obedeceu.
Catalina sempre buscou a vida escondida, desejando a vida íntima com o Senhor, mas nunca tomou nenhum dom como merecido, pois sabia que por ela mesma nada bom podia fazer. Em tudo ela via o grande amor de Deus, rogando-lhe que sempre se fizera nela Sua vontade.
Durante uma aparição o Senhor lhe disse: "Nunca digas eu desejo, ou eu não desejo. Nunca digas meu, mas sempre nossos. Nunca te desculpes, mas sim que sempre estás pronta para acusar-te a ti mesma".
Batalha entre o Amor Divino e seu amor próprio.
Catalina descrevia o amor próprio como o ódio próprio, dizia que o amor próprio é o anzol posto pelo diabo para nos fazer cair e a estratégia para trazer o mal ao mundo.
A alma absorvida pelo amor próprio se dirige à total ruína espiritual. Surda e cega para a Verdade, condena o seu ser voluntariamente, abrindo-se caminho ao Purgatório ou à eterna agonia do Inferno. Para ela o amor próprio causa maior morte que a morte de nosso próprio corpo, pois nos separa do Amor Divino, da Verdade e da verdadeira Vontade de Deus. "A melhor maneira de amar ao Senhor de uma forma plena é esquecendo-se de si mesmo", insistia.
Morte de Santa Catalina de Génova
Nove anos antes de sua morte, Catalina sofreu e esteve muito enferma. Nada tirava suas dores e sua condição ia deteriorando-se paulatinamente. Sofreu muito à semelhança de seu Divino Esposo, não havia uma só parte de seu corpo que não tivesse dor. Seu corpo e seu espírito estavam completamente unidos aos sofrimentos da Paixão de Cristo, ainda quando dormía.
Durante o último ano de sua vida, viveu práticamente alimentando-se numa semana do que se come regularmente num día e, ainda que físicamente estava padecendo terrivelmente, sempre mostrou uma especial paz.
Catalina morreu em 14 de Setembro de 1507, día da Exaltação da Cruz. Seu corpo foi enterrado no hospital onde serviu por mas de 40 anos. Quando anos mais tarde se abriu sua tumba, seus vestidos apresentavam sinais de decomposição assim como o ataúde, mas o seu corpo estava intacto, igual ao dia en que havia sido enterrado.
Muitos milagres a partir de sua morte.
Uma amiga de Catalina que estava críticamente enferma, teve uma visão de Catalina no céu, gozando da Luz Divina. Então pediu aos enfermeiros do hospital que a trasladaram e a colocaram junto do corpo de Catalina, e que passaram sobre a parte de seu corpo que estava enfermo, um pedaço de tela do vestido de Catalina, e nesse instante a amiga de Catalina pediu a intercessão da santa e imediatamente foi curada.
Foi Canonizada em 18 de Maio de 1737 pelo Papa Benedicto XIV.
O seu corpo permanece incorrupto na Igreja do hospital onde serviu tantos anos. Seu nome original é Santíssima Annunziata, mas está agregada a Santa Catalina. Originalmente era parte do hospital mas este foi destruido pela guerra enquanto que a Igreja foi prodigiosamente salva. Hoje em día a Igreja é mantida pelos frades franciscanos.
Na actualidade em muitos lugares, é festejada em 15 de Setembro |
BENITA CAMBIAGIO FRASSINELOFundadora de la Congregación de las“Hermanas Benedictinas de la Providencia”Ao fazer 20 anos vive uma forte experiência interior que acrescenta nela o amor à oração e a a penitência e, em modo especial, o desejo de abandonar tudo para se consagrar inteiramente a Deus.
Não obstante, casa-se no dia 7 de Fevereiro de 1816 com Juan Bautista Frassinello, um jovem ligur (de Ligúria) que havia imigrado com sua familia para Vigevano.
Esposa – irmã exemplar
O caminho de Benita em busca da vontade de Deus é bastante árduo e difícil; vê-se empurrada por um impulso interior a fazer vida de virgindade, cultivado desde a sua adolescência. Vive dois anos casada, depois dos quais tem la alegria de realizar, nesse estado, o aspecto profundo e sublime da virgindade espiritual. De comum acordo com seu marido, que atraído pela santidade de Benita abraça este ideal, vive a seu lado como irmã. Juntos se ocupam, com grande dedicação, da irmã Maria, gravemente enferma de câncer intestinal, alojada em sua casa.
Benita e Juan experimentam uma maternidade e uma paternidade espirituais sobrenaturais, na fidelidade ao amor esponsal sublimado.
Em 1825, quando morre Maria, Juan Bautista entra na comunidade dos Somascos e Benita nas Ursulinas de Capriolo. Amor esponsal exclusivamente consagrado a Deus.
En 1826 por motivos de saúde Benita volta a Pavia. Curada prodigiosamente por São Jerónimo Emiliani, ocupa-se das raparigas com a aprovação do bispo, mons. Luigi Tosi.
Como necessita ajuda, que seu padre lhe recusa, o Bispo chama de novo a Juan Bautista, o qual deixa o noviciado e regressa ao lado de sua mulher, renovando juntos o voto de castidade perfeita diante do Bispo.
Os dois dedicam-se generosamente ao acolhimento e educação humano-cristã das raparigas pobres e abandonadas.
Educadora
A obra de Benita insere-se na vida social de Pavia num período em que a institução da escola era acolhida como autêntica portadora de bem estar.
É a primeira mulher da cidade e da província que vê esta necessidade e o governo austriaco outorga-lhe o título de “Promotora da Pública Instrucción”.
Ajudada desde o primeiro momento por algumas jóvens voluntárias, às quais dá um regulamento aprovado pela Autoridade Eclesiástica, une ao ensinamento escolar a formação catequística e a formação no trabalho. Do ambiente se serve para transformar as raparigas em “modelos de vida cristã” e assegurar desta maneira a verdadeira formação das familias.
Contemplativa na acção
Sua constante entrega nasce e cresce de fervor eucarístico da contemplação do Crucifixo, porque ela está convencida que só Deus é o seu verdadeiro apoio e protecção.
Na sua vida não faltam experiências místicas que se repetem, particularmente, nas festas litúrgicas sem a distraír de suas obrigações quotidianas.
Por amor às meninas está disposta aos maiores sacrificios: da sua pessoa, de seus bens e até da fama, mostrando assim a incomparável grandeza da “pedagogía do Evangelho”.
Capacidade de desprendimento
A singularidade da obra e o programa educativo de Benita são duramente criticadas pela oposição de pessoas poderosas, que se vêem molestadas nos seus vis interesses, e também pela incomprensão de algumas pessoas do clero.
Em Julho de 1838, Benita cede a sua Institução ao bispo Tosi e, juntamente com o marido e cinco fiéis companheiras, abandona Pavia e dirige-se para Liguria.
Fundadora
Em Ronco Scrivia abre uma escola para as raparigas da vila e funda a Congregação das “Hermanas Benedictinas de la Providencia”, para quem escreve as Regras‑Constituições. Nelas fica expresso o desenvolvimento do carisma de Pavia, ampliando a todas as raparigas e jóvens a educação, a instrução e a formação cristãs, com o seu inconfundivel espírito de ilimitado abandono e confiança na divina Providência, de amor a Deus, através da pobreza e da caridade.
Desenvolvimento da obra
O Instituto das Hnas. Benedictinas de la Providencia desenvolve-se rapidamente. Em 1847 também chega a Voghera. Esta sede, quarenta anos depois da morte de Madre Benita, por obra do bispo diocesano se converte em Instituto independente. Em tais circunstâncias as Irmãs tomam o nome de “Benedictinas de la Divina Providencia” em memória de Benita, sua fundadora.
Em 1851 Benita volta a Pavia, numa zona distinta da primeira fundação, e em 1857 abre uma escola na localidade de Valpolcevera, San Quirico.
Entra no paraíso
Em 21 de Março de 1858, Benita morre santamente em Ronco Scrivia, no dia e hora preditos por ela. Em volta do seu féretro se reúne uma grande multidão de gente como última manifestação de estima e de dor a quem considera como uma “Santa”.
Benita se pode propor como modelo de vida:
– às pessoas consagradas: conformar-se a Cristo no abandono à amorosa e divina Providência;
– aos esposos: total comunhão para uma profunda maternidade e paternidade;
– aos jóvens: Cristo fonte de alegria e ideal de vida;
– aos educadores: prevenir, compreender, abrir horizontes;
– às famílias que atravessam momentos dificeis: aceitar as incomodidades, quando se está obrigado a abandonar la própria terra e a acolher em sua casa os familiares provados pela enfermidade e ajudá-los a morrer serenamente.
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MIGUEL GÓMEZ LOSA, BEATO
Nasceu em Tepatitlán, Jalisco, em 11 de Agosto de 1888.
Filho de camponeses, desde a sua meninice até à sua juventude cuidou de sua mãe, viúva, na modesta aldeia de Paredones; sem embargo, nunca abandonou o desejo de superar-se em ciência e em virtude. Desde sua juventude foi promotor incansável da doutrina social da Igreja.
Junto com seu grande amigo Anacleto González, nas fileiras da Associação Católica da Juventude mexicana, de Guadalajara, encontrou escola e cátedra para a sua formação religiosa e moral, e para as suas ânsias apostólicas.
Saltando mil dificuldades, ingressou na Escola livre de Direito, perseverando nos estudos até concluir a carreira de Direito. Homem intrépido, de convicções, nada lhe arredava em seus propósitos quando estes eram justos, lícitos e devidos. Por defender os direitos dos necessitados, cinquenta e nove vezes foi encarcerado, e muitas vezes golpeado.
Em 1922 contraiu matrimónio com María Guadalupe Sánchez Barragán. Do seu matrimónio nasceram três filhas.
Em 1927, durante a perseguição religiosa contra a Igreja, Miguel se uniu à Liga Defensora da Liberdade religiosa, empregando todos os meios pacíficos permitidos para resistir aos ataques do Estado à liberdade de credo.
Para defender a liberdade e a justiça, aceitou a nomeação de governador de Jalisco, conferido pelos católicos da resistência. Perseguido pelas forças federais, foi morto pelo exército federal, perto de Atotonilco el Alto, Jalisco, em 21 de Março do ano de 1928.
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