domingo, 12 de abril de 2009

DOMINGO DE PÁSCOA - Missa

Celebração da Missa

Data: 12-04-2009 Dia: Domingo
Semana: Oitava da Páscoa Tempo: Páscoa
Vigília Pascal na Noite Santa BENÇÃO DO FOGO Caríssimos irmãos: Nesta noite santíssima, em que Nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos, dispersos pelo mundo, a reunirem-se em vigília e oração. Vamos comemorar a Páscoa do Senhor, ouvindo a sua palavra e celebrando os seus mistérios, na esperança de participar no seu triunfo sobre a morte e de viver com Ele para sempre junto de Deus. Em seguida, benze-se o fogo: Oremos. Senhor, que por meio do vosso Filho destes aos vossos fiéis a claridade da vossa luz, santificai † este lume novo e concedei-nos que a celebração das festas pascais acenda em nós o desejo do Céu, para merecermos chegar com a alma purificada às festas da luz eterna. PRECÓNIO PASCAL – Forma breve Exulte de alegria a multidão dos Anjos, exultem as assembleias celestes, ressoem hinos de glória, para anunciar o triunfo de tão grande Rei. Rejubile também a terra, inundada por tão grande claridade, porque a luz de Cristo, o Rei eterno, dissipa as trevas de todo o mundo. Alegre-se a Igreja, nossa mãe, adornada com os fulgores de tão grande luz, e ressoem neste templo as aclamações do povo de Deus. [V. O Senhor esteja convosco. R. Ele está no meio de nós]. V. Corações ao alto. R. O nosso coração está em Deus. V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus. R. É nosso dever, é nossa salvação. É verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação proclamar com todo o fervor da alma e toda a nossa voz os louvores de Deus invisível, Pai omnipotente, e do seu Filho Unigénito, Jesus Cristo, nosso Senhor. Ele pagou por nós ao eterno Pai a dívida por Adão contraída e com seu Sangue precioso apagou a condenação do antigo pecado. Celebramos hoje as festas da Páscoa, em que é imolado o verdadeiro Cordeiro, cujo Sangue consagra as portas dos fiéis. Esta é a noite, em que libertastes do cativeiro do Egipto os filhos de Israel, nossos pais, e os fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho. Esta é a noite, em que a coluna de fogo dissipou as trevas do pecado. Esta é a noite, que liberta das trevas do pecado e da corrupção do mundo aqueles que hoje por toda a terra crêem em Cristo, noite que os restitui à graça e os reúne na comunhão dos Santos. Esta é a noite, em que Cristo, quebrando as cadeias da morte, Se levanta glorioso do túmulo. Oh admirável condescendência da vossa graça! Oh incomparável predilecção do vosso amor! Para resgatar o escravo entregastes o Filho. Oh necessário pecado de Adão, que foi destruído pela morte de Cristo! Oh ditosa culpa, que nos mereceu tão grande Redentor! Esta noite santa afugenta os crimes, lava as culpas; restitui a inocência aos pecadores, dá alegria aos tristes. Oh noite ditosa, em que o céu se une à terra, em que o homem se encontra com Deus! Nesta noite de graça, aceitai, Pai santo, este sacrifício vespertino de louvor, que, na oblação deste círio, pelas mãos dos seus ministros Vos apresenta a santa Igreja. Nós Vos pedimos, Senhor, que este círio, consagrado ao vosso nome, arda incessantemente para dissipar as trevas da noite; e, subindo para Vós como suave perfume, junte a sua claridade à das estrelas do céu. Que ele brilhe ainda quando se levantar o astro da manhã, aquele astro que não tem ocaso, Jesus Cristo vosso Filho, que, ressuscitando de entre os mortos, iluminou o género humano com a sua luz e a sua paz e vive glorioso pelos séculos dos séculos. LEITURA I – Forma breve Gen. 1, 1. 26-31a Leitura do Livro do Génesis No princípio, Deus criou o céu e a terra. Disse Deus: «Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre os animais selvagens e sobre todos os répteis que rastejam pela terra». Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus. Ele o criou homem e mulher. Deus abençoou-os, dizendo: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem na terra». Disse Deus: «Dou-vos todas as plantas com semente que existem em toda a superfície da terra, assim como todas as árvores de fruto com semente, para que vos sirvam de alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todos os seres vivos que se movem na terra dou as plantas verdes como alimento». E assim sucedeu. Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia. Assim se completaram o céu e a terra e tudo o que eles contém. Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera e, no sétimo dia, descansou do trabalho que tinha realizado. Palavra do Senhor. Salmo Responsorial (1) Sal. 103(104) 1-2a, 5-6, 10 12, 13-14, 24, 35c Refrão:Enviai, Senhor, o vosso espírito e renovai a face da terra. Repete-se Bendiz, ó minha alma, o Senhor: Senhor, meu Deus, como sois grande! Revestido de esplendor e majestade, envolvido em luz como num manto! Refrão Fundastes a terra sobre alicerces firmes: não oscilará por toda a eternidade. Vós a cobristes com o manto do oceano, por sobre os montes pousavam as águas. Refrão Transformais as fontes em rios que correm entre as montanhas. Nas suas margens habitam as aves do céu; por entre a folhagem fazem ouvir o seu canto. Refrão Com a chuva regais os montes, encheis a terra com o fruto das vossas obras. Fazeis germinar a erva para o gado e as plantas para o homem, que tira o pão da terra. Refrão Como são grandes as vossas obras! Tudo fizestes com sabedoria: a terra está cheia das vossas criaturas. Glória a Deus para sempre! Refrão Salmo Responsorial (2) Sal. 32(33), 4-5, 6-7, 12-13, 20, 22 Refrão: A bondade do Senhor encheu a terra. Repete-se A palavra do Senhor é recta, da fidelidade nascem as suas obras. Ele ama a justiça e a rectidão: a terra está cheia da bondade do Senhor. Refrão A palavra do Senhor criou os céus, e o sopro da sua boca os adornou. Foi Ele quem juntou as águas do mar e distribuiu pela terra os oceanos. Refrão Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus, o povo que Ele escolheu para sua herança. Do céu o Senhor contempla e observa todos os homens. Refrão Nossa alma espera o Senhor: Ele é o nosso amparo e protector. Venha sobre nós a vossa bondade, porque em Vós esperamos, Senhor. Refrão ORAÇÃO Senhor nosso Deus, que de modo admirável criastes o homem e de modo mais admirável o redimistes, dai-nos a graça de resistir às seduções do pecado com a sabedoria do espírito, para merecermos chegar às alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. R. Amen. LEITURA II – Forma breve Gén. 22, 1-2, 9a, 10-13, 15-18 O sacrifício do nosso pai Abraão Leitura do Livro do Génesis Naqueles dias, Deus quis pôr à prova Abraão e chamou-o: «Abraão!». Ele respondeu: «Aqui estou». Deus disse: «Toma o teu filho, o teu único filho, a quem tanto amas, Isaac, e vai à terra de Moriá, onde o oferecerás em holocausto, num dos montes que Eu te indicar». Quando chegaram ao local designado por Deus, Abraão levantou um altar e colocou a lenha sobre ele; depois, estendendo a mão, puxou do cutelo para degolar o filho. Mas o Anjo do Senhor gritou-lhe do alto do Céu: «Abraão, Abraão!». «Aqui estou, Senhor» – respondeu ele. O Anjo prosseguiu: «Não levantes a mão contra o menino, nem lhe faças mal algum. Agora sei que na verdade temes a Deus, uma vez que não Me recusaste o teu filho, o teu filho único». Abraão ergueu os olhos e viu atrás de si um carneiro, preso pelos chifres num silvado. Foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto, em vez do filho. O Anjo do Senhor chamou Abraão, do Céu, pela segunda vez, e disse-lhe: «Por Mim próprio te juro – oráculo do Senhor – já que assim procedeste e não Me recusaste o teu filho, o teu filho único, abençoar-te-ei e abençoarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia que está nas praias do mar, e a tua descendência conquistará as portas das cidades inimigas. Porque obedeceste à Minha voz, na tua descendência serão abençoadas todas as nações da Terra». Palavra do Senhor. Salmo Responsorial Sal. 15(16), 5, 8 9-10,11 Refrão:Defendei-me, Senhor: Vos sois o meu refúgio. Guardai-me, Senhor, porque esperei em Vós. Repete-se Senhor, porção da minha herança e do meu cálice, está nas Vossas mãos o meu destino. O Senhor está sempre na minha presença, com Ele ao meu lado não vacilarei. Refrão Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta, e até o meu corpo descansa tranquilo. Vós não abandonareis a minha alma na mansão dos mortos, nem deixareis o Vosso fiel sofrer a corrupção. Refrão Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida, alegria plena em vossa presença, delícias eternas à vossa direita. Refrão ORAÇÃO Deus de bondade, Pai supremo dos fiéis, que, pela graça da adopção, multiplicais na terra os filhos da promessa e, pelo sacrifício pascal, fizestes do vosso servo Abraão o pai de todas as nações, como tínheis prometido, concedei ao vosso povo a graça de corresponder dignamente ao vosso chamamento. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. R. Amen. LEITURA III Ex. 14, 15 – 15, 1 Por iniciativa e por intervenção de Deus, os hebreus são libertados da escravidão do Egipto e, graças a especial protecção divina, atravessam o Mar Vermelho. A acção libertadora de Deus os faz passar da morte à vida, através desse «baptismo» nas águas do mar, lhes dá uma consciência de povo e lhes abre o caminho para a terra prometida. Esta primeira Páscoa, que foi uma nova criação, é um acontecimento salvífico que anuncia o Baptismo, sacramento da nossa libertação e da nossa «passagem» do pecado à vida da graça. Leitura do Livro do Êxodo Naqueles dias, disse o Senhor a Moisés: «Porque estás a bradar por Mim? Diz aos filhos de Israel que se ponham em marcha. E tu ergue a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel entrem nele a pé enxuto. Entretanto, vou permitir que se endureça o coração dos egípcios, que hão-de perseguir os filhos de Israel. Manifestarei então a minha glória, triunfando do Faraó, de todo o seu exército, dos seus carros e dos seus cavaleiros. Os Egípcios reconhecerão que Eu sou o Senhor, quando Eu manifestar a minha glória, vencendo o Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros». O Anjo de Deus, que seguia à frente do acampamento de Israel, deslocou-se para a retaguarda. A coluna de nuvem que os precedia veio colocar-se atrás do acampamento e postou-se entre o campo dos egípcios e o de Israel. A nuvem era tenebrosa de um lado, e do outro iluminava a noite, de modo que, durante a noite, não se aproximaram uns dos outros. Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o Senhor fustigou o mar, durante a noite, com um forte vento de leste. O mar secou e as águas dividiram-se. Os filhos de Israel penetraram no mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda. Os egípcios foram atrás deles: todos os cavalos do Faraó, os seus carros e cavaleiros os seguiram pelo mar dentro. Na vigília da manhã, o Senhor olhou da coluna de fogo e da nuvem para o acampamento dos egípcios e lançou nele a confusão. Bloqueou as rodas dos carros, que dificilmente se podiam mover. Então, os egípcios disseram: «Fujamos dos israelitas, que o Senhor combate por eles contra os egípcios». O Senhor disse a Moisés: «Estende a mão sobre o mar, e as águas precipitar-se-ão¬¬ sobre os egípcios, sobre os seus carros e os seus cavaleiros». Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar retomou o seu nível normal, quando os egípcios fugiam na sua direcção. E o Senhor precipitou-os no meio do mar. As águas refluíram e submergiram os carros, os cavaleiros e todo o exército do Faraó, que tinham entrado no mar, atrás dos filhos de Israel. Nem um só escapou. Mas os filhos de Israel tinham andado pelo mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda. Nesse dia, o Senhor salvou Israel das mãos dos egípcios, e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar. Viu também o grande poder que o Senhor exercera contra os egípcios, e o povo temeu o Senhor, acreditou n’Ele e em seu servo Moisés. Então Moisés e os filhos de Israel cantaram este hino em honra do Senhor: «Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória, precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro». Palavra do Senhor. Salmo Responsorial Ex. 15, 1-2, 3-4, 5-6, 17-18 (R. 1b) Refrão: Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória. Repete-se Ou: Deus fez maravilhas: o seu nome é Senhor. Repete-se Cantarei ao Senhor, que fez brilhar a sua glória: precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro. O Senhor é a minha força e a minha protecção: a Ele devo a minha liberdade. Refrão Ele é o meu Deus: eu O exalto; Ele é o Deus de meu pai: eu O glorifico. O Senhor é um guerreiro, Omnipotente é ¬o seu nome; Precipitou no mar os carros do faraó e o seu exército. Refrão Os seus melhores combatentes afogaram-se no Mar Vermelho, foram engolidos pelas ondas, caíram como pedra no abismo. A Vossa mão direita, Senhor, revelou a sua força, A Vossa mão direita, Senhor, destroçou o inimigo. Refrão Levareis o vosso povo e o plantareis na vossa montanha, na morada segura que fizestes, Senhor, no santuário que vossas mãos contruíram. O Senhor reinará pelos séculos dos séculos. Refrão ORAÇÃO Senhor nosso Deus, que iluminastes com a luz do Novo Testamento as maravilhas operadas nos tempos antigos, revelando no Mar Vermelho a imagem da fonte baptismal e no povo libertado da escravidão do Egipto os mistérios do povo cristão, fazei que todos os homens, elevados pela fé à dignidade de povo escolhido, se tornem em Cristo nova criação pela graça do vosso Espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. R. Amen. LEITURA IV Is 54, 5-14 Como infeliz é a vida da esposa, repudiada pelo seu marido, assim triste foi o destino do Povo de Deus no exílio. Deus, no entanto, não deixara de amar o Povo que, pelas suas infidelidades, tanto d’Ele se afastara. Por isso, no Seu amor fiel, imenso, misericordioso e redentor, promete contrair com ele uma nova aliança, de tal modo que Jerusalém, símbolo de todo o povo, voltará a refulgir, com novo esplendor. Esta aliança, feita de perdão, deixa-nos antever o que será a Aliança definitiva que Deus, no Seu amor gratuito, estabelecerá com a Igreja, seu novo Povo, a nova Jerusalém nascida do Sacrifício pascal de Cristo. Leitura do Livro de Isaías O teu Criador, Jerusalém, será o teu Esposo, e o seu nome é 'Senhor do Universo'. O teu Redentor será o Santo de Israel, que se chama 'Deus de toda a Terra'. Como à mulher abandonada e de alma aflita, o Senhor volta a chamar-te: 'A esposa da juventude poderá ser repudiada?', – diz o teu Deus –. Por um momento, abandonei-te, mas no meu grande amor volto a chamar-te. Num acesso de ira, escondi de ti a minha face, mas na minha misericórdia eterna, tive compaixão de ti, diz o Senhor, teu Redentor. Comigo sucede como no tempo de Noé, quando jurei que as águas do dilúvio não mais invadiriam a terra. Assim Eu juro não tornar a irritar-Me contra ti, não voltar a ameaçar-te. Ainda que sejam abaladas as montanhas, e vacilem as colinas, a minha misericórdia não te abandonará, a minha aliança de paz não vacilará, diz o Senhor, compadecido de ti. Pobre cidade, batida pela tempestade e desolada, vou assentar as tuas pedras sobre jaspe e o teus alicerces em safiras; vou fazer-te ameias de rubis, portas de cristal e todas as tuas muralhas de pedras preciosas. Todos os teus habitantes serão instruídos pelo Senhor e gozarão de uma grande paz. Serás fundada sobre a justiça, longe da violência, por¬¬que nada terás a temer, longe do pavor, por¬¬que não poderá atingir-te. Palavra do Senhor. Salmo Responsorial Sal. 29(30), 2, 4, 5-6, 11-12a. 13b Refrão: Eu Vos louvarei, Senhor, porque me salvastes. Repete-se Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes e não deixastes que de mim se regozijassem os inimigos. Tirastes a minha alma da mansão dos mortos, vivificastes-me para não descer ao túmulo. Refrão Cantai salmos ao Senhor, vós os seus fiéis, e dai graças ao seu nome santo. A sua ira dura apenas um momento e a sua benevolência a vida inteira. Ao cair da noite vêm as lágrimas, e ao amanhecer volta a alegria. Refrão Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim, Senhor, sede Vós o meu auxílio. Vós convertestes em júbilo o meu pranto: Senhor meu Deus, eu Vos louvarei eternamente. Refrão ORAÇÃO Deus eterno e omnipotente, multiplicai, para glória do vosso nome, a descendência que prometestes aos nossos pais por causa da sua fé e aumentai pela adopção divina os filhos da promessa, de modo que a vossa Igreja possa ver como já se cumpriu o que os santos Patriarcas esperaram e creram. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. R. Amen. Leitura V Is. 55, 1-11 A nova aliança, oferecida por Deus ao Seu Povo (4.ª Leitura) destina-se a todos. Deus, com efeito, quer que todos participem das promessas nela incluídas. Mas para isso, é necessário que o homem tomando consciência da sua fome espiritual e reconhecendo o seu malogro em confiar nos ídolos ou nas suas próprias forças, se volte para a palavra de Deus, oferecida, em banquete de sabedoria, a todos os que desejem saciar-se dela, num conhecimento de fé e de confiante entrega. É o anúncio do banquete messiânico, para o qual todos os homens são chamados, a fim de entrarem em comunhão com Ele, realizando assim, em plenitude, o seu destino humano. Leitura do Livro de Isaías Eis o que diz o Senhor: «Todos vós que tendes sede, vinde à nascente das águas. Vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei. Vinde e comprai, sem dinheiro e sem despesa, vinho e leite. Porque gastais o vosso dinheiro naquilo que não alimenta e o vosso trabalho naquilo que não sacia? Ouvi-Me com atenção e comereis o que é bom; saboreareis manjares suculentos. Prestai-Me ouvidos e vinde a Mim; escutai-Me e vivereis. Firmarei convosco uma aliança eterna, com as graças prometidas a David. Fiz dele um testemunho para os povos, um chefe e um legislador das nações. Chamarás povos que não conhecias; nações que não te conheciam acorrerão a ti, por causa do Senhor teu Deus, do Santo de Israel que te glorificou. Procurai o Senhor enquanto Se pode encontrar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho e o homem perverso os seus pensamentos. Converta-se ao Senhor, que terá compaixão dele, ao nosso Deus, que é generoso em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos são os meus – oráculo do Senhor. Tanto quanto os céus estão acima da terra, assim os meus caminhos estão acima dos vossos e acima dos vossos estão os meus pensamentos. E assim como a chuva e a neve que descem do céu não voltam para lá sem terem regado a terra, sem a haverem fecundado e feito produzir, para que dê a semente ao semeador e o pão para comer, assim a palavra que sai da minha boca não volta sem ter produzido o seu efeito, sem ter cumprido a minha vontade, sem ter realizado a sua missão». Palavra do Senhor. Salmo Responsorial Is. 12, 2-3, 4bde, 5-6 Refrão: Ireis com alegria às fontes da salvação. Repete-se Ou: Das fontes da salvação, saciai-vos na alegria. Repete-se Deus é o meu salvador, tenho confiança e nada temo. O Senhor é a minha força e o meu louvor. É a minha salvação. Refrão Tirareis água, com alegria, das fontes da salvação. Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome, Anunciai aos povos a grandeza das suas obras, proclamai a todos que o seu nome é santo. Refrão Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas, anunciai-as em toda a terra. Entoai cânticos de alegria e exultai, habitantes de Sião, porque é grande no meio de vós o Santo de Israel. Refrão ORAÇÃO Deus eterno e omnipotente, única esperança do mundo, que na palavra dos Profetas anunciastes os mistérios dos tempos presentes, aumentai no vosso povo o desejo dos bens celestes, porque nenhum dos vossos fiéis pode crescer na virtude sem a inspiração da vossa graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. R. Amen. Leitura VI Bar. 3, 9-15, 32 – 4, 4 Dispersos no meio de povos pagãos, que seguiam as mais diversas doutrinas filosóficas, os judeus estavam expostos à tentação de duvidar da superioridade da sua fé. Nessa situação, o profeta lembra que a verdadeira sabedoria se encontra na revelação de Deus, contida na Lei. Sabedoria encarnada do Pai, no meio dos homens, (Jo. 1, 14; Col. 2, 3), será, porém, Jesus, o Filho de Deus que nos manifestará, na loucura e fraqueza da Cruz, a verdadeira sabedoria e todo o poder de Deus (I Co. 1, 23-25), tornando-Se caminho de luz, de paz e de vida para o homem. Leitura do Livro de Baruc Escuta, Israel, os mandamentos da vida; inclina os teus ouvidos para aprenderes a prudência. Porque será, Israel, que te encontras em país inimigo e envelheces em terra estrangeira? Porque te contaminaste com os mortos, foste contado entre os que descem ao sepulcro e abandonaste a fonte da Sabedoria. Se tivesses seguido o caminho de Deus, viverias em paz eternamente. Aprende onde está a prudência, onde está a força e a inteligência, para conheceres também onde se encontra a longevidade e a vida, onde está a luz dos olhos e a paz. Quem descobriu a morada da Sabedoria? Quem penetrou nos seus tesouros? Aquele que tudo sabe conhece-a; descobriu-a com a sua inteligência Aquele que firmou a terra para sempre, enchendo-a de animais quadrúpedes, Aquele que envia a luz e ela vai, que a chama e ela obedece-Lhe tremendo. As estrelas brilham vigilantes nos seus postos cheias de alegria; Ele chama por elas e respondem: «Aqui estamos» e resplandecem alegremente para Aquele que as criou. Este é o nosso Deus, e nenhum outro se Lhe pode comparar. Penetrou todos os caminhos da Sabedoria e mostrou-os a Jacob seu servo, a Israel seu predilecto. Depois, ela apareceu sobre a terra e habitou no meio dos homens. Ela é o livro dos mandamentos de Deus e a lei que permanece eternamente. Os que a seguirem alcançarão a vida, mas aqueles que a abandonarem morrerão. Volta, Jacob e abraça-a, caminha para o esplendor da sua luz. Não cedas a outros a tua glória, nem os teus privilégios a uma nação estrangeira. Felizes de nós, Israel, porque nos foi revelado o que agrada a Deus. Palavra do Senhor. Salmo Responsorial Sal. 18(19), 8, 9, 10, 11 Refrão: Senhor, Vós tendes palavras de vida eterna. Repete-se A lei do Senhor é perfeita, ela reconforta a alma; as ordens do Senhor são firmes, dão sabedoria aos simples. Refrão Os preceitos do Senhor são rectos e alegram o coração; os mandamentos do Senhor são claros e iluminam os olhos. Refrão O temor do Senhor é puro e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros, todos eles são rectos. Refrão São mais preciosos que o ouro, O ouro mais fino; são mais doces que o mel, o puro mel dos favos. Refrão ORAÇÃO Senhor nosso Deus, que fazeis crescer continuamente a vossa Igreja chamando para ela todos os povos, defendei com a vossa protecção os que purificais nas águas do Baptismo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. R. Amen. Leitura VII Ez. 36, 16-33 Com os seus pecados de idolatria e de homicídio, o Povo de Deus profanara o Seu nome, merecendo, por isso, o castigo de ser disperso entre povos pagãos. Contudo, nem mesmo na provação ele soube voltar-se para o Senhor e glorificar o Seu nome. Pelo contrário, a sua vida e o seu destino levavam os pagãos a dizer: «O Deus de Israel não será um Deus impotente para salvar Seu Povo?» Por isso, sem que o Povo o merecesse, Deus reconduzi-lo-á à sua terra, de novo tornada fértil, recriando-o, mediante uma transformação interior tão profunda que os mesmos corações de pedra se tornarão corações de carne. Será, porém, na nova economia, que, com a Páscoa de Cristo, se realizará plenamente essa transformação. Com o perdão do pecado e a efusão do Espírito Santo, o homem receberá um coração filial, podendo repetir, cada dia: «Pai nosso» (Mt. 6, 9). Leitura da profecia de Ezequiel A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: «Filho do homem, quando os da casa de Israel habitavam na sua terra, mancharam-na com o seu proceder e as suas obras. Fiz-lhes então sentir a minha indignação, por causa do sangue que haviam derramado no país e dos ídolos com que o tinham profanado. Dispersei-os entre as nações, espalhei-os entre os outros povos; julguei-os segundo o seu proceder e as suas obras. Em todas as nações para onde foram, profanaram o meu santo nome; e por isso se dizia deles: 'São o povo do Senhor: tiveram de deixar a sua terra'. Quis então salvar a honra do meu santo nome, que a casa de Israel profanara entre as nações para onde tinha ido. Por isso, diz à casa de Israel: Assim fala o Senhor Deus: Não faço isto por causa de vós, israelitas, mas por causa do meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes. Manifestarei a santidade do meu grande nome, profanado por vós entre as nações para onde fostes. E as nações reconhecerão que Eu sou o Senhor – oráculo do Senhor Deus – quando a seus olhos Eu manifestar a minha santidade, a vosso respeito. Então retirar-vos-ei de entre as nações, reunir-vos-ei de todos os países, para vos restabelecer na vossa terra. Derramarei sobre vós água pura e ficareis limpos de todas as imundícies; e purificar-vos-ei de todos os falsos deuses. Dar-vos-ei um coração novo e infundirei em vós um espírito novo. Arrancarei do vosso peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne. Infundirei em vós o meu espírito e farei que vivais segundo os meus preceitos, que observeis e ponhais em prática as minhas leis. Habitareis na terra que dei a vossos pais; sereis o meu povo e Eu serei o vosso Deus». Palavra do Senhor. Salmo Responsorial Sal. 41(42), 2-3.5bed; 42(43), 3-4 Refrão: Como suspira o veado pelas torrentes das águas, assim minha alma suspira por Vós, Senhor. Ou: Como o veado em busca das águas, Assim, ó Deus, a minha alma vos deseja. Repete-se Como suspira o veado pelas correntes das águas, assim minha alma suspira por Vós, Senhor. Minha alma tem sede de Deus, do Deus Vivo: Quando irei contemplar a face de Deus? Refrão A minha alma estremece ao recordar quando passava em cortejo para o templo do Senhor, entre as vozes de louvor e de alegria da multidão em festa. Refrão Enviai a vossa luz e verdade: sejam elas o meu guia e me conduzam à vossa montanha santa e ao vosso santuário. Refrão E eu irei ao altar de Deus, a Deus que é a minha alegria. Ao som da cítara Vos louvarei, Senhor, meu Deus. Refrão ORAÇÃO Senhor nosso Deus, que nos instruís com as páginas do Antigo e do Novo Testamento para celebrarmos o mistério pascal, abri os nossos corações para compreendermos a vossa misericórdia, a fim de que, ao recebermos os dons presentes, se confirme em nós a esperança dos bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus na unidade do Espírito Santo. Epístola Rom. 6, 3-11 A justificação vem de Deus, por meio da fé em Jesus Cristo o Qual, com a Sua Morte, destruiu a escravidão do pecado e da morte, em que o homem vivia, comunicando aos resgatados a própria vida divina. Mas, para que os homens recebam a eficácia da Morte e Ressurreição de Jesus, é necessário que se insiram no Seu Mistério Pascal. Ora o Baptismo é o Sacramento que nos une à Morte de Cristo para nos fazer viver com Ele a nova vida, que «não morre mais». Comunicando aos baptizados os frutos da Paixão e da Ressurreição o Baptismo não é, porém, uma simples aplicação do Mistério Pascal: é a sua realização actual em cada um de nós. Leitura da Epístola do apóstolo S. Paulo aos Romanos Irmãos: Todos nós que fomos baptizados em Jesus Cristo fomos baptizados na sua morte. Fomos sepultados com Ele pelo Baptismo na sua morte, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. Se, na verdade, estamos totalmente unidos a Cristo pela semelhança da sua morte, também o estaremos pela semelhança da sua ressurreição. Bem sabemos que o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, para que fosse destruído o corpo do pecado e não mais fôssemos escravos dele. Quem morreu está livre do pecado. Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos, sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não pode morrer; a morte já não tem domínio sobre Ele. Porque na morte que sofreu, Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre; Mas a sua vida é uma vida para Deus. Assim vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus. Palavra do Senhor. Aclamação AO EVANGELHO Sal. 117 (118), 1-2, 16ab-17, 22-23 Refrão: Aleluia. Aleluia. Aleluia. Repete-se Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterna a Sua misericórdia. Diga a Casa de Israel: é eterna a Sua misericórdia. Refrão A mão do Senhor fez prodígios, a mão do Senhor foi magnífica. Não morrerei, mas hei-de viver para anunciar as obras do Senhor. Refrão A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular. Tudo isto veio do Senhor: é admirável aos nossos olhos. Refrão EVANGELHO Mc. 16, 1-8 Com os restantes evangelistas, Marcos não deixa de sublinhar a circunstância de a Ressurreição se ter realizado no primeiro dia da semana, o que mostrava bem a relação profunda entre a primeira e a nova criação, que se iniciava. Não deixa também de pôr em relevo que o Ressuscitado é o mesmo Jesus de Nazaré, que fora crucificado. E não deixa de ser significativo o lugar privilegiado, ocupado por Pedro no seu relato, como afinal no dos outros evangelistas (cfr. I Cor. 15, 5; Lc. 24, 12-34; Jo. 20, 3-10; Act. 2, 14-36; etc.). Como igualmente significativa é a tomada de consciência por parte das «mulheres» acerca da sua missão de portadoras da Boa Notícia junto dos Discípulos e de Pedro, o Apóstolo que estava encarregado de confirmar a fé dos irmãos. Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Marcos Depois de passar o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para irem embalsamar Jesus. E no primeiro dia da semana, partindo muito cedo, chegaram ao sepulcro ao nascer do sol. Diziam umas às outras: «Quem nos irá revolver a pedra da entrada do sepulcro?». Mas, olhando, viram que a pedra já fora revolvida; e era muito grande. Entrando no sepulcro, viram um jovem sentado do lado direito, vestido com uma túnica branca, e ficaram assustadas. Mas ele disse-lhes: «Não vos assusteis. Procurais a Jesus de Nazaré, o Crucificado? Ressuscitou: não está aqui. Vede o lugar onde O tinham depositado. Agora ide dizer aos seus discípulos e a Pedro que Ele vai adiante de vós para a Galileia. Lá O vereis, como vos disse». Palavra da salvação. ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS Aceitai, Senhor, com estas oferendas, as orações dos vossos fiéis e fazei que o sacrifício inaugurado no mistério pascal nos sirva de remédio para a vida eterna. Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Cor 5, 7-8 Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado: celebremos a festa com o pão ázimo da pureza a da verdade. Aleluia. ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO Infundi em nós, Senhor, o vosso espírito de caridade, para que vivam unidos no vosso amor aqueles que saciastes com os sacramentos pascais. Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. www.ecclesia.pt transcrição de António Fonseca

sábado, 11 de abril de 2009

SÁBADO SANTO - VIGILIA PASCAL

Sábado Santo
Jesus está sepultado. É um dia de reflexão e silêncio.
Sábado Santo
Sábado Santo

A Vigilia Pascal

O Sábado santo é um dia de oração junto ao túmulo esperando a ressurreição. É dia de reflexão e silêncio. É a preparação para a celebração da Vigilia Pascal. Pela noite leva-se a cabo a celebração da Vigilia Pascal. Esta celebração tem três partes importantes que terminam com a Liturgia Eucarística:

1. Celebração do fogo novo. 2. Liturgia da Palavra. 3. Liturgia Baptismal.

Era costume, durante os primeiros séculos da Igreja, baptizar pela noite de Sábado Santo, aos que queriam ser cristãos. Eles se preparavam durante os quarenta dias da Quaresma e acompanhados por seus padrinhos, nesse dia apresentavam-se para receber o Baptismo. Também, neste dia os que faziam penitência pública por suas faltas e pecados eram admitidos como membros da assembleia.
Actualmente, a Vigilia Pascal conserva esse sentido e nos permite renovar nossas promessas baptismais e acercar-nos da Igreja com um espírito renovado.

a) Celebração do fogo novo:

Ao iniciar a celebração, o sacerdote apaga todas as luzes da Igreja, acende um fogo novo e com ele o círio pascal, que representa a Jesus. Sobre o círio, marca o ano em letras gregas "Alfa" e "Omega", que significam que Jesus é o princípio e o fim do tempo e que este ano lhe pertence. O sacerdote levará a cabo a bênção do fogo. A seguir faz-se a procissão, na qual se vão acendendo as velas e as luzes da Igreja, o sacerdote canta o Pregão Pascal. O Pregão Pascal é um poema muto antigo (escrito à volta do ano 300) que proclama a Jesus como o fogo novo.

b) Liturgia da Palavra:

Depois da Celebração do fogo novo, segue-se a leitura da Palavra de Deus. É costume ler sete leituras, começando com a Criação até chegar à Ressurreição. Uma das leituras mais importantes é a do livro do Êxodo, em que se relata a passagem do Mar Vermelho, em que Deus salvou os israelitas das tropas egípcias que os perseguiam. Recorda-se que esta noite Deus nos salva por Jesus.

c) Liturgia Baptismal:

Costuma haver baptismos neste dia, mas ainda que os não haja, benze-se a Pia Baptismal ou um recipiente que a represente e recita-se a Ladainha dos Santos. Esta ladainha nos recorda a comunhão de intercessão que existe entre toda a família de Deus. As ladainhas nos permitem unir-nos à oração de toda a Igreja na terra e a Igreja triunfante, dos anjos e santos do Céu. A água benzida é o símbolo que nos recorda o nosso Baptismo. É um símbolo que nos recorda que com a água do baptismo passamos a formar parte da família de Deus.
A todos os que já estamos baptizados, esta litúrgia nos convida a renovar nossas promessas e compromissos baptismais: renunciar a Satanás, a suas seduções e a suas obras. E também, a confirmar nossa entrega a Jesus Cristo.

Sugestões para viver a festa

Há quem costume neste dia acender suas velas do baptismo e levar um círio pascal à igreja ou água benta, para ter em suas casas.
http://es-catholic.net Compilação de António Fonseca

SÁBADO SANTO-11-ABRIL

Maria é a primeira participante de todo o sacrifício Sábado Santo. Tratemos de imitar a María em sua fé, em sua esperança e em seu amor, que a sustêem no meio da prova.
María es la primera partícipe de todo el sacrificio
María es la primera partícipe de todo el sacrificio
Contemplemos o coração da Santíssima Virgem —dorido na paixão—, nas lamentações do profeta Jeremías. O profeta está referindo-se à destruição de Jerusalém, mas nesta poesia, que é a lamentação, há muitos textos que recolhem a dor de uma mãe, a dor de Maria. Como disse o profeta: “Um Deus que rompe os muros e entra na cidade”. Poderia ser interessante tomar este texto desde o capítulo II das lamentações de Jeremías, e ir vendo como se vai desenrolando esta dor no coração da Santíssima Virgem, porque pode surgir em nossa alma uma experiência da dor de Maria, pelo que Deus fez n'Ela, pelo que Deus realizou n'Ela; mas pode dar-nos também uma experiência muito grande de como Maria enfrenta com fé esta dor tão grande que Deus produz em seu coração. Uma dor que a Ela lhe vêm ao ver a seu Filho em tudo o que havia padecido; uma dor que lhe vem ao ver a ingratidão dos discípulos que haviam abandonado a seu Filho; a dor que teve que ter Maria ao considerar a inocência de seu Filho; e sobretudo, a dor que teria que prover à Santíssima Virgem de seu amor tão terno por seu Filho, ferido pelas humilhações dos homens. Maria, em Sábado Santo na noite e domingo na madrugada, é uma mulher que acaba de perder a seu Filho. Todas as fibras de seu ser estão sacudidas pelo que viu nos dias culminantes da paixão. Como impedir a Maria o sofrimento e o pranto, se havia passado por uma dramática experiência cheia de dignidade e de decoro, mas com o coração quebrado. Maria —não o esqueçamos—, é mãe; e nela está presente a força da carne e do sangue e o efeito nobre e humano duma mãe por seu Filho. Esta dor, junto com o facto de que Maria haja vivido tudo o que havia vivido na paixão de seu Filho, mostra seu compromisso de participação total no sacrifício redentor de Cristo. Maria quis participar até o final nos sofrimentos de Jesus; não recusou a espada que havia anunciado Simeão, e aceitou com Cristo o desígnio misterioso de seu Pai. Ela é a primeira participante de todo sacrifício. Maria fica como modelo perfeito de todos aqueles que aceitaram associar-se sem reserva à oração redentora. ¿Que passaria pela mente de nossa Senhora este sábado na noite e domingo na madrugada? Todos as recordações se juntam na mente de Maria: Nazareth, Belém, Egipto, Nazareth de novo, Canaán, Jerusalém. Talvez en seu coração revive a morte de José e a solidão do Filho com a mãe depois da morte de seu esposo...; o dia em que Cristo partiu para a vida pública..., a solidão durante os três últimos anos. Uma solidão que, agora, Sábado Santo, se faz mais negra e pesada. São todas as coisas que Ela conserva em seu coração. E se conservava no coração a seu Filho no templo dizendo-lhe: “¿Acaso não devo estar nas coisas de meu Pai?”. ¡Que haveria em seu coração ao contemplar a seu Filho dizendo: “Pai, em tuas mãos encomendo meu espírito, tudo está consumado”! ¿Como estaría o coração de Maria quando vê que os poucos discípulos que ficam o baixam da cruz, o envolvem em lençois aromáticos, o deixam no sepulcro? Um coração que se vê banhado e iluminado nestes momentos pela única luz que há, que é a de Sexta-feira Santa. Um coração em que a dor e a fé se fundem. Vejamos toda esta dor de alma, todo este mar de fundo que tinva que haber necessáriamente n'Ela. Apenas há vinte e quatro horas que havia morrido seu Filho. ¡Que não sentiria Santíssima Virgem! Junto com esta reflexão, penetremos no gozo de Maria na ressurreição. Tratemos de ver a Cristo que entra na habitação onde está a Santíssima Virgem. O carinho que haveria nos olhos de nosso Senhor, a alegria que haveria em sua alma, a ilusão de poder dizer a sua mãe: “Estou vivo”. O gozo de Maria poderia ser o simples gozo de uma mãe que vê de novo a seu Filho depois de uma tremenda angústia; mas a relação entre Cristo e Maria é muito mais sólida, porque é a relação do Redentor com a primeira redimida, que vê triunfador o que é e sentido de sua existência. Cristo, que chega junto a Maria, enche sua alma de gozo que nasce de ver cumprida a esperança. ¡Como estaria o coração de Maria com a fé iluminada e com a presença de Cristo em sua alma! Se a encarnação, sendo un grandíssimo milagre, fez que Maria entoasse o Magníficat: “Minha alegria que grande é quando exalta minha alma ao Senhor. Quanto se alegra minha alma em Deus meu Salvador, porque olhou a humilhação de sua escrava, e desde agora me dirão ditosa todas as generações, porque o Poderoso fez obras grandes em mim, seu nome é Santo”. ¿Qual seria o novo Magníficat de Maria ao encontrar-se com seu Filho? ¿Qual seria o cântico que aparece pela alegria de ver que o Senhor há cumprido suas promessas, que seus inimigos não puderam com Ele? E porquê não repetir com Maria, junto a Jesus ressuscitado, este Magníficat com um novo sentido. Com o sentido já não simplesmente duma esperança, mas de uma promessa cumprida, duma realidade presente. Eu, que sou testemunha da cena, ¿que devo experimentar?, ¿que em que haver em mim? Deve brotar em mim, portanto, sentimentos de alegria. Alegrar-me com Maria, com uma mãe que se alegra porque seu Filho voltou. ¡Que coração tão duro, tão insensível seria ele que não se alegrasse por isto! Tratemos de imitar a Maria em sua fé, em sua esperança e em seu amor. Fé, esperança e amor que a sustentam no meio da prova; fé, esperança e amor que a fizeramencher-se de Deus. A Santíssima Virgem Maria deve ser para o cristão o modelo mais acabado da nova criatura surgida do poder redentor de Cristo e o testemunho mais eloquente da novidade de vida trazida ao mundo pela ressurreição de Cristo. Tratemos de viver em nossa vida a verdadeira devoção para com a Santíssima Virgem, Mãe amantíssima da Igreja, que consiste especialmente na imitação de suas virtudes, sobretudo de sua fé, esperança e caridade, de sua obediência, de sua humildade e de sua colaboração no plano de Cristo.
  • Perguntas ou comentários ao autor
  • P. Cipriano Sánchez LC http://es-catholic.net recolhido por António Fonseca __________________________

    Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

    Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

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