quinta-feira, 15 de outubro de 2009

JACINTA MARTO proposta como figura inspiradora...

 

In: Agência Ecclesia

 

Santuário de Fátima propõe Jacinta Marto como figura inspiradora

“Reparte com alegria, como a Jacinta” é o tema pastoral para 2010

Para além de se preparar, em ambiente de festa, para a visita do Santo Padre Bento XVI, que coincidirá com o décimo aniversário da beatificação dos videntes Francisco e Jacinta Marto (13 de Maio de 2000), o Santuário de Fátima assinala em 2010 o Centenário do Nascimento de Jacinta Marto.

No próximo ano de 2010 tentaremos estabelecer, dando continuidade aos anos anteriores, uma ligação entre o Décimo MandamentoNão cobiçar as coisas alheias –, e a celebração do Centenário do Nascimento da Beata Jacinta. Procurámos uma formulação de tema positiva, que nos ajudasse a fazer alguma proposta a partir da Escritura, do Catecismo da Igreja Católica, e que, ao mesmo tempo, procurasse captar uma das facetas fundamentais da vida de Jacinta Marto. Por isso, escolhemos como frase–chave, como slogan, Reparte com alegria, como a Jacinta”, anunciou à comunicação social, na peregrinação aniversária de Outubro, o reitor do Santuário de Fátima.

De facto, Jacinta Marto tem esta característica. É aquela criança que está sempre disponível para Deus e sempre disponível para os outros, concretamente na prática dos sacrifícios, da oração e da esmola. Pensamos que a partir desta frase-chave, em cada um dos meses, pode haver uma reflexão, uma catequese, que vai, aos diferentes níveis, fazer importantes apelos sobre a partilha, o amor aos outros, a generosidade, a solidariedade, entre outros”, acrescentou o Padre Virgílio Antunes.

No contexto da celebração deste Centenário, será realizado em Junho, em data e com programa ainda a anunciar, um congresso que terá como ponto de partida a vida e o testemunho de Jacinta Marto.

Também na Peregrinação das Crianças, anualmente a 9 e 10 de Junho, a pequena vidente de Fátima será a figura inspiradora.

Neste âmbito concreto da aposta do Santuário de Fátima na pastoral infantil e juvenil, a instituição propõe-se, a partir de Dezembro de 2009, no terceiro sábado do mês, a realizar um programa específico e especial para as crianças, marcado por momentos de oração e de catequese.

LeopolDina Simões, Sala de Imprensa

Nacional | Santuário de Fátima | 2009-10-15 | 09:38:46 | 2825 Caracteres | Santuário de Fátima

Recolha e transcrição do boletim da Agência Ecclesia

http://ecclesia.pt

TERESA DE JESUS (D'ÁVILA), Santa (e outros) - 15 de Outubro

Teresa de Jesús (de Ávila), Santa
Doutora da Igreja, Outubro 15

Teresa de Jesús (de Ávila), Santa

Teresa de Jesús (de Ávila), Santa

Virgem Carmelita Doutora da Igreja

Martirológio Romano: Memória de santa Teresa de Jesus, virgem e doutora da Igreja, que nascida em Ávila, cidade de Espanha, e agregada à Ordem dos Carmelitas, chegou a ser madre e mestra de uma observância mais estreita, e em seu coração concebeu um plano de crescimento espiritual sob a forma de uma ascensão por graus de alma até Deus, mas por causa da reforma de sua Ordem teve de sofrer dificuldades, que superou com ânimo esforçado, e compôs livros em que mostra uma sólida doutrina e o fruto de sua experiência (1582).
Etimologia: Teresa = Aquela que é esperta na caça, vem do grego


Nascida em Ávila no ano 1515, Teresa de Cepeda e Ahumada empreendeu aos quarenta anos a tarefa de reformar a ordem carmelita segundo sua regra primitiva, guiada por Deus por meio de colóquios místicos, e com a ajuda de São João da Cruz (que por sua vez reformou o ramo masculino de sua Ordem, separando os Carmelitas descalços dos calçados). Se tratou de uma missão quase inverosímil para uma mulher de saúde delicada como a sua: desde o mosteiro de São José, fora das muralhas de Ávila, primeiro convento do Carmelo reformado por ela, partiu, com a carga dos tesouros de seu Castelo interior, em todas as direcções de Espanha e levou a cabo numerosas fundações, suscitando também muitos ressentimentos, até ao ponto que temporariamente se lhe tirou a permissão de traçar outras reformas e de fundar novas casas.
Mestra de místicos e directora de consciências, teve contactos epistolares até com o rei Felipe II de Espanha e com os personagens mais ilustres de seu tempo; mas como mulher prática se ocupava das coisas mínimas do mosteiro e nunca descuidava a parte económica, porque, como ela mesma dizia: “Teresa, sem a graça de Deus, és uma pobre mulher; com a graça de Deus, uma força; com a graça de Deus e muito dinheiro, uma potência”. Por petição do confessor, Teresa escreveu a história de sua vida, um livro de confissões entre os mais sinceros e impressionantes. Na introdução faz esta observação: “Eu houvesse querido que, assim como me hão ordenado escrever meu modo de oração e as graças que me há concedido o Senhor, me houvessem permitido também narrar detalhadamente e com claridade meus grandes pecados. É a história de uma alma que luta apaixonadamente por subir, sem o conseguir, ao princípio”. Por isto, desde o ponto de vista humano, Teresa é uma figura próxima, que se apresenta como criatura de carne e osso, todo o contrário da representação idealista e angélica de Bernini.
Desde a meninice havia manifestado um temperamento exuberante (aos sete anos se escapou de casa para buscar o martírio em África), e uma contrastante tendência à vida mística e à actividade prática, organizativa. Duas vezes adoeceu gravemente. Durante a enfermidade começou a viver algumas experiências místicas que transformaram profundamente sua vida interior, dando-lhe a percepção da presença de Deus e a experiência de fenómenos místicos que ela descreveu mais tarde em seus livros: “O caminho da perfeição”, “Pensamentos sobre o amor de Deus” e “O castelo interior”.
Morreu em Alba de Tormes na noite de 14 de Outubro de 1582, e em 1622 foi proclamada santa. Em 27 de Setembro de 1970 Paulo VI a proclamou doutora da Igreja.

Se queres aprofundar mais a vida de Santa Teresa de Ávila consulta:

  •  

    Gonzálo de Lagos, Beato
    Presbítero Agostinho, Outubro 15

    Gonzálo de Lagos, Beato

    Gonçalo de Lagos, Beato

    Presbítero

    Martirológio Romano: Em Torres Vedras, em Portugal, beato Gonçalo de Lagos, presbítero da Ordem de Eremitas de Santo Agostinho, que se distinguiu por sua dedicação a ensinar os preceitos cristãos às crianças e aos incultos (1422).
    Etimologia: Gonçalo = Aquele que está disposto para lutar, nome de origem latino medieval

  • Nasceu em Lagos (Algarve), no sul de Portugal em 1360. Filho de pescadores, e pescador ele mesmo, até ao dia em que visitando uma igreja agostiniana em Lisboa, sentiu a chamada à vida religiosa. Em 1380, vestiu o hábito agostiniano. Se distinguiu bem cedo pelo amor ao estudo. Grande teólogo, ainda que, por espírito de humildade, apesar de sua indubitável capacidade, chegado ao momento recusou o título de mestre em teologia.
    Ordenado sacerdote, foi muito apreciado tanto como pregador como por seu trabalho pastoral e labor com as almas. Bom orador, lhe encantava dedicar-se a ensinar a religião aos mais humildes, e sobretudo gostava ensinar o catecismo às crianças, aos operários e às pessoas ignorantes.
    Prior dos mais importantes conventos da Província Portuguesa, como o de Lisboa e o de Santarém, não buscava mais que servir com amor os irmãos nos trabalhos mais humildes, o mesmo fazia de porteiro, de enfermeiro que de cozinheiro. Mostrou sempre um grande zelo religioso. Foi exemplar seu espírito de piedade, unido a um profundo sentido ascético. Excelente calígrafo, miniaturista, escreveu vários livros corais, compositor de cânticos sagrados.
    Em 1412, foi eleito Prior do convento de Torres Vedras, não muito longe de Lisboa, onde permanece até ao final de sua vida. Ali continuou sua incansável actividade no campo religioso, social e pedagógico, aliviando o sofrimento dos pobres, que sentiam por ele um grande afecto filial.
    Morreu em 15 de Outubro de 1422 e foi sepultado na igreja conventual de Torres Vedras, chamada de Nossa Senhora da Graça. 
    Já venerado como santo em vida, seu culto se divulgou ainda mais depois de morrer. Sua recordação se mantém todavia hoje muito viva entre seus vizinhos, -que o conhecem como S. Gonçalo-, o invocam como protector da gente do mar e padroeiro da juventude.
    Dou fé dele. Aos primeiros dias do mês de Junho de 2000, um grupo de agostinhos que concluíamos o período de “Formação Permanente”, visitávamos sua cidade natal. Na sua igreja paroquial, numa mesinha, ao fundo à esquerda do templo, estava sua imagem. Ao aproximar-me a observá-la e a rezar, uma senhora me abordou; se alegrou de conhecer a um agostinho e me comentou que era “seu santo”, e que um grupo de senhoras “se entre ajudavam” para cuidar da igreja e mantê-la aberta...
    Suas relíquias se conservam na igreja ex-agostiniana de Nossa Senhora de Graça. O Papa Pío V confirmou seu culto em 1778.

    Aurélia de Estrasburgo, Santa
    Virgem, Outubro 15

    Aurelia de Estrasburgo, Santa

    Aurélia de Estrasburgo, Santa

    Virgem Eremita

    Etimologia: Aurélia = Aquela que brilha como o ouro, vem do latim


  • Foi uma princesa da família de Hugo Capet, que para escapar do matrimónio fugiu para Alsácia e viveu como eremita. Somente o Bispo Wolfgang de Ratisbon sabia que ela estava viva.
    Documentos reais do século X validam a existência de uma igreja dedicada a Aurélia e de uma cripta no dito templo muito venerada pela povoação por guardar suas relíquias, durante a Idade Média e iam pedir sua ajuda em casos de febre. Logo ´depois da reforma protestante a igreja mencionada passou para as mãos dos luteranos, que em 1524 profanaram a tumba da santa e se desfizeram das relíquias, mas sem conseguir eliminar o culto que mantêm vivo até hoje.

    Magdalena de Nagasaki, Santa
    Mártir, Outubro 15

    Magdalena de Nagasaki, Santa

    Magdalena de Nagasaki, Santa

    Virgem E Mártir

    Martirológio Romano: Em Nagasaki, no Japão, santa Magdalena, virgem e mártir, que, no tempo do imperador Yemitsu, foi forte de ânimo tanto em manter a fé como em suportar o suplício da forca durante treze dias (1634).


  • Filha de nobres e ferventes cristãos, nasceu em 1611 nas proximidades da cidade japonesa de Nagasaki. Referem fontes antigas que era uma mulher formosa e de delicada constituição. Por sua fé católica, seus pais e irmãos haviam sido condenados à morte e martirizados quando ela todavia era muito jovem.
    Em 1624, conheceu a dois agostinhos recoletos, os padres Francisco de Jesús e Vicente de Santo António, chegados ao Japão uns meses antes. Atraída pela profunda espiritualidade de ambos os missionários, se consagrou a Deus como “terceira” agostinha recoleta. Desde aquele momento, seu vestido de gala foi o hábito de terceira, e sua maior solicitude a oração, a leitura de livros religiosos e o apostolado.
    Os tempos eram difíceis. A perseguição que surgia contra os cristãos era cada dia mais sistemática e cruel. Magdalena ensinava o catecismo às crianças e pedia esmola aos comerciantes portugueses a favor dos pobres. Em 1629, se refugiou com os padres Francisco e Vicente e várias centenas de cristãos nas montanhas de Nagasaki. Em Novembro daquele mesmo ano, foram capturados os dois missionários, e ela permaneceu escondida, suportando com serena alegria sofrimentos e tristezas. Infundia valor para manter-se firmes na fé, animava a quantos por temor ou debilidade haviam renegado de Cristo, visitava os enfermos, baptizava aos recém nascidos e para todos tinha uma palavra de alento.
    Em vista das frequentes apostasías de cristãos aterrorizados pelas torturas a que eram submetidos e desejosa de unir-se para sempre a Cristo, Magdalena decidiu desafiar aos tiranos. Vestida com seu hábito de terceira, em Setembro de 1634, se apresentou ante os juízes. Levava consigo um pequeno fardo cheio de livros religiosos para rezar e ler no cárcere. Nem as promessas de um matrimónio vantajoso nem as torturas conseguiram dobrar a sua vontade. A primeiros de Outubro, foi submetida ao tormento da “forca” ou “fossa”. Suspensa pelos pés, com a cabeça e o peito introduzidos numa cavidade coberta com tábuas para fazer ainda mais difícil a respiração, a valente jovem invocava durante o martírio os nomes de Jesus e de María, e cantava hinos ao Senhor. Resistiu treze dias neste tormento, até que uma noite uma forte chuva inundou a fossa e a mártir se afogou. Os verdugos queimaram seu corpo e espalharam as cinzas no mar para que os cristãos não conservassem relíquias suas.
    Beatificada em 1981, foi canonizada por João Paulo II em 18 de Outubro de 1987 junto a outros 15 mártires no Japão.

    Sofia (Suia), Santa
    Mártir, Outubro 15

    Sofía (Suia), Santa

    Sofia (Suia), Santa

    Mártir

    Etimologia: Aquela que possui sabedoria. Vem da língua grega

  • Antiga mártir muito venerada em Morgongiori. Segundo uma antiga tradição, Sofia, nasceu em Cagliari em fins do século III dentro de uma antiga família nobre. A seus 15 anos testemunha fervorosamente e com grande coragem sua fé em Cristo. Processada por ser cristã morre mártir nas perseguições de Diocleciano junto com suas companheiras Cecilia e Gina.
    Suas relíquias estão, desde 1526, numa cripta da Catedral de Cagliari, como mostra do grande testemunho de fé na Sardenha.
    Em Morgongiori se celebra uma grande festividade em 15 de Outubro, e para o dia 16 se realiza uma peregrinação, levando a imagem da Santa, e que tem como destino a Igreja Paroquial de Santa María Magdalena, o trajecto dura umas três horas e meia. 
    A imagem da Santa, percorre de mão em mão toda a peregrinação como irmã e companheira na fé, logo, antes de ingressar a seu destino, é adornada com roupa de festa e objectos preciosos. 
    A peregrinação conclui na igreja Paroquial, onde a imagem da virgem e mártir, transportada pelo pároco é colocada num sítio especial para logo se efectuar a Celebração Eucarística com a participação dos alegres peregrinos.

    Tecla de Kitzingen, Santa
    Abadessa, Outubro 15

    Tecla de Kitzingen, Santa

    Tecla de Kitzingen, Santa

    Abadessa

    Martirológio Romano: Em Kitzingen, de Germânia, santa Tecla, abadessa, que, enviada desde Inglaterra para ajudar a são Bonifácio, presidiu primeiro o mosteiro de Ochsenfurt e depois o de Kitzingen (c. 790).
    Etimologia: Tecla = Aquela que é a glória de Deus, vem da língua grega.


  • Santa Tecla, de que o Martirológio Romano faz menção na data de hoje, foi uma das religiosas enviadas por Santa Tetta a Alemanha para ajudar a São Bonifácio na sua empresa de evangelização. Provavelmente, Santa Tecla fez a viagem junto com sua parente, Santa Lioba; em todo o caso, é coisa certa que foi súbdita sua na abadia de Bischofsheim, até que São Bonifácio a nomeou abadessa de Ochsenfurt.
    Quando morreu Santa Hadeloga, fundadora e primeira abadessa do convento de Kitzingen-auf-Main, Santa Tecla foi eleita para suceder-lhe, sem deixar por isso de governar a abadia de Ochsenful. A santa desempenhou esse cargo muitos anos, com grande fervor e espírito religioso.
    Seu nome não figura na lista das abadessas de Kitzingen, mas provavelmente se alude a ela com o apelativo de Heilga, quer dizer, "a santa". Santa Tecla deu grande exemplo de humildade e caridade, não só a suas súbditas, mas a todos os habitantes da região.
    As relíquias da santa e de suas predecessoras, que se achavam na abadia de Kitzingen, foram vergonhosamente profanadas e destruídas durante a Guerra dos Camponeses, no século XVI.

  • Outros Santos e Beatos
    Completando o santoral deste dia, Outubro 15

    São Barses, bispo e confessor

    Em Edesa, cidade de Síria, comemoração de são Barses, bispo, que condenado ao desterro pelo imperador ariano Valente por causa de sua fé católica, teve de morar em longínqua terra e, fatigado ao ter que mudar por três vezes de lugar, faleceu num dia desconhecido do mês de Março (379).


    São Severo, bispo

    Em Tréveris, na Gália Bélgica, são Severo, bispo, que, discípulo de são Lupo de Troyes, acompanhou a são Germán de Auxerre a Bretanha para extirpar a heresia de Pelágio, e também pregou o Evangelho entre os germanos (s. V).

    BEATO NARCISO BASTÉ

    Beato Narciso Basté Basté, religioso presbítero e mártir


    Em Valência, em Espanha, beato Narciso Basté Basté, presbítero da Companhia de Jesus e mártir, que, aceitando com fidelidade as palavras de Cristo, em tempo de perseguição contra a fé, por sua morte passou à vida da glória (1936).

    http://es.catholic.net/santoral

     

    Recolha, transcrição e tradução de António Fonseca

    quarta-feira, 14 de outubro de 2009

    CALIXTO I, Santo (e outros) - 14 de Outubro

    Calixto I, Santo
    XVI Papa, Outubro 14

    Calixto I, Santo

    Calixto I, Santo

    XVI Papa

    Martirológio Romano: São Calixto I, papa e mártir, que, quando era diácono, depois de um desterro na ilha de Sardenha teve a seu cuidado o cemitério da via Ápia que leva seu nome, donde deixou para a posteridade as memórias de mártires, e eleito papa, promoveu a recta doutrina, reconciliou benignamente aos apóstatas, terminando seu intenso pontificado com a glória do martírio. Neste dia se comemora sua sepultura no cemitério de Calepodio, na via Aurélia, em Roma (c. 222).
    Etimologia: Calixto = Aquele de grande beleza, vem do grego

    As catacumbas são uma meta obrigatória para os peregrinos e turistas que vão a Roma. Particularmente célebres e frequentadas são as de São Calixto, que o Papa João XXIII definiu “as más importantes e as mais célebres de Roma”. Ficam perto das também famosas catacumbas de São Sebastião e de Santa Domitila. Compreendem uma área de 400 metros por 300, com quatro pisos sobrepostos; Calcula-se que têm pelo menos 20 kilómetros de corredores.
    Esta obra colossal recorda para sempre a São Calixto, porque foi ele quem se preocupou por sua realização, primeiro como diácono do Papa Ceferino e depois como Papa. Mas este lugar não é precioso só por suas dimensões, mas também pelo grande número e a importância dos mártires que foram “depositados” ali: particularmente célebres são as criptas de Santa Cecilia e a contígua dos Papas Ponciano, Antero, Fabião, etc. Por isso, pode parecer estranho que falte precisamente a de São Calixto que foi quem fez construir essa cripta.
    A tumba de São Calixto se encontra no coração da antiga e genuína Roma: na basílica de Santa María em Trastevere, que foi construída pelo Papa Júlio em meados do século IV, intitulada também de
    São Calixto.
    Calixto
    nasceu em Trastevere na segunda metade do século II, e seu pai era um tal Domicio. Era de humilde condição, mas muito apreciado pelo correligionário o Carpóforo, que lhe confiou a administração de seus bens. Mas algo não correu bem, pois pouco depois o pobre Calixto foi condenado a fazê-lo dar voltas a uma roda de moinho para pagar ao patrão e à comunidade cristã os prejuízos ocasionados. Pouco tempo depois Calixto teve que suportar outra dura condenação, a flagelação e a deportação para a Sardenha, por  acusações dos judeus.
    A comunidade cristã o resgatou, inclusive com a intervenção de Márcia, a concubina de Commodo, e então Calixto colaborou com o Papa Victor e com Ceferino, a quem sucedeu como Papa em 217.
    Sua eleição provocou o cisma de Hipólito, que reprovava a Calixto sua origem servil e sobretudo sua flexibilidade com os pecadores. São Calixto teve também que lutar contra a heresia sabeliana. Morreu “mártir”, não às mãos da autoridade imperial como assegura o Martirológio Romano, mas sim durante uma sublevação popular.

     
    ¿Queres saber mais? Consulta ewtn

    14 de Outubro

    São Calixto
    Papa
    Ano 222

    Senhor: envia-nos teu Espírito Santo que nos volte 
    valentes e perseverantes para mostrarmo-nos bons 
    crentes até ao último momento de nossa vida.

    San Calixto

    Calixto é um nome que em grego quer dizer: "muito formoso".

    Este Pontífice se há feito famoso p'Las Catacumbas de São Calixto, em Roma, que ele organizou (catacumba significa: cova subterrânea). Estas catacumbas são as mais famosas de Roma (segundo dizia João XXIII). Têm 4 pisos sobrepostos, e mais de 20 kilómetros de corredores. Ali se encontram o famoso sepulcro de Santa Cecilia e os sepulcros de muitíssimos mártires dos primeiros séculos.

    Dizem que era um escravo que um tempo esteve condenado a trabalhos forçados nas minas. Recobrada a liberdade se dedicou a estudar a religião de Cristo e a ensiná-la a seus vizinhos. O Papa San Ceferino o nomeou como seu homem de confiança no ano 199 e lhe encomendou a direcção das Catacumbas onde sepultavam aos cristãos. Calixto alargou notavelmente estas catacumbas e as organizou muito bem.

    Ao morrer São Ceferino, o povo de Roma elegeu como Sumo Pontífice a Calixto, como o melhor preparado para isso. Mas se lhe opôs terrivelmente um tal Hipólito, aduzindo como razões para pedir que o destituíssem do Pontificado, a que Calixto afirmava que se um pecador fazia penitências e deixava suas maldades se lhe podia voltar a admitir entre os fieis cristãos católicos, e que a um bispo não se lhe podia destituir por um grave pecado que houvesse cometido, se se arrependia e começava uma vida de conversão e penitência. Calixto sabia ser compreensivo.

    Este Santo Pontífice converteu a muitos romanos ao cristianismo, curou a vários enfermos que padeciam de enfermidades muito graves, e defendeu quanto mais pôde aos crentes perseguidos.

    Nosso santo jejuava dias e semanas e até 40 dias seguidos. Quando os perseguidores o levaram preso por proclamar sua fé em Jesus Cristo, o deixaram num obscuro calabouço, esperando que se desesperasse com fome. Mas depois de uns dias o encontraram muito tranquilo. Lhe perguntaram como conseguia manter-se sereno sem comer nem beber e lhes disse:  "Acostumei o meu corpo a passar dias e semanas sem comer nem beber, e isto por amor a meu amigo Jesus Cristo, assim que já sou capaz de resistir sem desesperar-me".

    Na cadeia conseguiu com suas orações a cura da esposa do carcereiro quando já a pobre mulher estava agonizando. Em acção de graças, o carcereiro e toda sua família se fizeram baptizar por ele.

    Então o chefe pagão de Roma ordenou que o deixassem num poço profundo e que cobrissem a boca do poço com terra e escombros. Todavia em Roma assinalam aos turista o poço de São Calixto, de onde sua alma voou ao céu para receber o prémio prometido por Cristo Jesus aos que o proclamam na terra.

    Román Lysko

    , Beato
    Sacerdote e Mártir, 14 de Outubro

    Román Lysko, Beato

    Román Lysko, Beato

    Mártir Ucraniano

    Martirológio Romano: Em Lviv, de Ucrania, beato Román Lysko, presbítero e mártir, que durante a perseguição contra a fé, seguindo de perto as pegadas de Cristo, por sua graça chegou ao reino celestial (1949).
    Etimologia: Román = Aquele que pertence a Roma, vem do latim


    Nasceu em 14 de agosto de 1914 em Horodok (Lvov). Em 1938 casou-se com Neonila Huniovska. Em 28 de agosto de 1941 foi ordenado sacerdote(*); desenvolveu seu apostolado na  arquiparóquía de Lvov. Durante 1944 foi pároco de Belzets.
    Em 1946, o Governo soviético, que havia anexado essa parte de Polónia ao estalar a segunda guerra mundial, suprimiu a Igreja greco-católica e obrigou a seus bispos, sacerdotes e fieis a passar para a ortodoxia. Os Lysko se refugiaram em seu povo natal, em Horodok.
    Roman seguia exercendo seu ministério pastoral sem criar problemas. Baptizava no pátio de casa e celebrava bodas no bosque, dizia missa nos povos, nas casas dos fieis, com as janelas cerradas, junto a uma mesa com vodka para fazer crer que era uma festa entre amigos, em caso de que irrompessem os agentes da NKVD (a policia secreta de Stalin).
    Sua recusa a passar-se para a Igreja ortodoxa lhe custou a cadeia em Lvov, em que morreu, na idade de 35 anos (1949), por uma "paragem cardíaca", a causa exacta de sua morte se desconhece, alguns prisioneiros testemunharam que foi golpeado brutalmente por seus carcereiros e colocado numa grade incandescente. Segundo outra versão, foi encerrado vivo entre quatro paredes cerradas com cimento.

    Foi beatificado dentro de um grupo de 25 mártires, integrado por:

    Mykolay Charneckyj, bispo, 2 Abril
    Josafat Kocylovskyj, bispo, 17 Novembro
    Symeon Lukac, bispo, 22 agosto
    Basilio Velyckovskyj, bispo, 30 Junho
    Ivan Slezyuk, bispo, 2 Dezembro
    Mykyta Budka, bispo, 28 Setembro
    Gregório (Hryhorij) Lakota, bispo, 5 Novembro
    Gregório (Hryhorij) Khomysyn, bispo, 28 Dezembro
    Leonid Fedorov, Sacerdote, 7 Março
    Mykola Konrad, Sacerdote, 26 Junho
    Andrij Iscak, Sacerdote, 26 Junho
    Román Lysko, Sacerdote, 14 Outubro
    Mykola Cehelskyj, Sacerdote, 25 Maio
    Petro Verhun, Sacerdote, 7 Fevereiro
    Alejandro (Oleksa) Zaryckyj, Sacerdote, 30 Outubro
    Klymentij Septyckyj, Sacerdote, 1 Maio
    Severijan Baranyk, Sacerdote, 28 Junho
    Jakym Senkivskyj, Sacerdote, 28 Junho
    Zynovij (Zenón) Kovalyk, Sacerdote, 30 Junho
    Vidal Vladimir (Vitalij Volodymyr) Bajrak, Sacerdote, 16 Maio
    Ivan Ziatyk, Sacerdote, 17 Maio
    Tarsicia (Olga) Mackiv, Monja, 18 Julho
    Olympia (Olha) Bidà, Suora, 28 Janeiro
    Laurentia (Leukadia) Harasymiv, Monja, 26 agosto
    Volodymyr Pryjma, Laico, 26 Junho


    (as datas indicadas correspondem às de seu martírio)


    (*)   Os varões casados podem ordenar-se nas Igrejas católicas de rito oriental.

     

    Domingo Loricato, Santo
    Eremita, Outubro 14

    Domingo Loricato, Santo

    Domingo Loricato, Santo

    Eremita

    Martirológio Romano: Em São Severino Marche, do Piceno, em Itália, santo Domingo, chamado Loricato, pela couraça de ferro que levava cingida o corpo, presbítero da Ordem Camaldulense, o qual, havendo sido ordenado simoníacamente, se fez monge eremita e, discípulo de são Pedro Damiani, levou uma vida austera e disciplinada (1060).
    Etimologia: Domingo = Aquele que é consagrado ao Senhor, vem do latim


    A severidade com que o jovem Domingo se condenou a fazer penitência por um crime que ele não havia cometido, é uma censura para todos aqueles que, após de ofender a Deus, esperam o perdão, sem pôr as condições da verdadeira penitência. Os pais de Domingo, que ambicionavam para seu filho uma brilhante carreira eclesiástica, deram ao bispo uma pele de cabra para que o ordenasse sacerdote. Quando Domingo se inteirou de isso, concebeu graves escrúpulos sobre sua ordenação e jamais voltou a celebrar a missa nem a exercer os ministérios sacerdotais. Por então havia em Umbría, nas fragosidades dos Apeninos, um santo varão chamado Juan de Montefeltro que se consagrava à vida eremítica com seus dezoito discípulos. Domingo acudiu a ele e lhe rogou que o admitisse na comunidade. Juan de Montefeltro aceitou gostoso. O fervor com que Domingo se entregou à penitência, era a melhor prova da pena que consumia seu coração, Alguns anos depois, em 1042, Domingo se retirou para a ermida de Fonte Avellana, governada então por San Pedro Damião. 
    O abade ficou surpreendido pelo espírito de penitência de Domingo, por mais que estava acostumado aos exemplos de penitência heróica. Domingo vestia uma espécie de cota de malha atava-se com cadeias nos membros, e suas frequentes disciplinas sobrepujavam toda a medida. Se alimentava exclusivamente de pão, ervas e água, em quantidades muito reduzidas, e dormia de joelhos. Vestido com sua couraça de cilício e cheio de cadeias costumava fazer numerosas prostrações ou permanecer com os braços em cruz até que se esgotava sua resistência. O santo praticou esse género de penitências até ao fim de sua vida. Deus o chamou a Si poucos anos depois de que Domingo havia sido nomeado superior da ermida que São Pedro Damião fundou em São Severino. Santo Domingo rezou matinas e laudes com seus monges a última noite de sua vida, e morreu quando estes começavam a cantar prima, em 14 de Outubro de 1060.

    Outros Santos e Beatos
    Completando o santoral deste dia, Outubro 14

    São Lúpulo, mártir


    Na cidade de Capua, na Campania, são Lúpulo, mártir (s. inc.).


    São Fortunato, bispo


    Em Todi, cidade da Umbría, são Fortunato, bispo, que, como relata o papa são Gregório I Magno, demonstrou uma abundante caridade no cuidado dos enfermos (s. V).

    Santa Manequilde, virgem 


    No território de Châlons, em Champagne, da Gália, santa Manequilde, virgem (s. V).


    Santo Jacobo Laigneau de Langellerie, presbítero e mártir

    Em Angers, na França, beato Jacobo Laigneau de Langellerie, presbítero e mártir, que durante la Revolução Francesa foi degolado por ser sacerdote (1794).

     

    SAN GAUDENCIO

    São Gaudêncio, bispo


    Em Rimini, na província de Emilia, são Gaudêncio, bispo, que é venerado como primeiro pastor durante o tempo de perseguição (s. IV).


    SAN DONACIANO

    São Donaciano, bispo


    Na cidade de Brujas, na Gália Bélgica, são Donaciano, bispo de Reims, cujas relíquias se conservam nessa povoação (389).


    SAN VENANCIO

    São Venâncio, bispo

     
    Na cidade de Luni, na Ligúria, comemoração de são Venâncio, bispo, que se ocupou do clero e dos monges, e foi amigo do papa são Gregório I Magno (s. VII).


    SANTA 
ANGADRISMA

    Santa Angadrisma, abadessa


    Em Beauvais, cidade de Neustria, santa Angadrisma, abadessa do mosteiro fundado por são Ebrulfo, chamado Oratório (hoje Oroër) por possuir vários lugares de oração, de modo que se servia a Deus sem interrupção (c. 695).


    BEATA ANA MARÍA ARANDA RIERA

    Beata Ana María Aranda Riera, virgem e mártir

    Na localidade de Picadero de Paterna, na região espanhola de Valência, beata Ana María Aranda Riera, virgem e mártir, que durante a perseguição contra a fé derramou seu sangue por Cristo (1936).


    BEATOS ESTANISLAO MYSAKOWSKI y FRANCISCO ROSLANIEC

     

    Beatos Estanislao Mysakowski e Francisco Roslaniec, presbíteros e mártires

    No campo de concentração de Dachau, perto de Munich, na Baviera, de Alemanha, beatos Estanislao Mysakowski e Francisco Roslaniec, presbíteros e mártires, que durante a guerra, ao ser ocupada Polónia por gente contrária a Deus e aos homens, consumaram seu martírio na câmara de gás (1942).

    http://es.catholic.net/santoral

     

    Recolha, transcrição e tradução por António Fonseca

    Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

    Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

       Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...