CAROS AMIGOS. SÃO JANUÁRIO, TRÓFIMO, ELIAS, EUSTOQUIO, SENA, MARIANO, GOERICO, TEODORO, POMPOSA, LAMBERTO, CIRIACO, ARNOLFO, MARIA DE CERVELLÓ, AFONSO DE OROZCO, CARLOS HYON SON-MUN, MARIA GUILHERMINA EMILIA DE RODAT, JACINTO HOYEULOS GONZALEZ, FRANCISCA CUALLADÓ BAIXAULI, MARIA DE JESUS LA ILGLESIA Y DE VAVO, 985,157 VISUALIZAÇÕES. Obrigado. Porto 19 de setembro de 2024. ANTONIO FONSECA
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
ECUMENISMO E CASAMENTO É POSSÍVEL…
In: Boletim da Agência Ecclesia
Viver o ecumenismo no casamento
Um pastor presbiteriano e uma catequista católica falam da sua relação e das reacções que suscita
Foi na Universidade Católica Portuguesa que se encontraram, em Lisboa. Pedro Brito, de 36 anos, e Elizabete Francisco, 34, casaram no passado dia 15 de Novembro, depois de seis anos de namoro, numa cerimónia celebrada pelo Pe. Carlos, jesuíta, e pela pastora Eva Michel, presbiteriana. Em comum, o facto de serem cristãos e o amor que os une, num casamento especial: ele é pastor presbiteriano, ela católica, catequista.
Agência ECCLESIA - Nunca foi um problema serem de confissões diferentes?
Pedro - As raízes da minha família sempre foram católicas. Nunca tive nenhum problema com a Igreja Católica. Costumo dizer, a algumas pessoas que estou mais próximo da Elizabete do que de muitas pessoas da minha confissão.
AE - Porquê?
Pedro - Em termos de ideias. O fundamental para nós é Cristo e tudo o que é em torno de Cristo. Tudo o que cerca não é fundamental. Focamo-nos nesse aspecto. Por vezes debatemos questões confessionais, mas mais na perspectiva de cada um compreender a perspectiva do outro. No fundamental estamos muito unidos.
AE - Nas celebrações litúrgicas como se organizam?
Elizabete – Cada um faz a sua oração pessoal. As orações comuns acontecem antes da refeição. Eu sigo sempre um rito católico, geralmente termino as minhas orações com «glória ao Pai» e o Pedro diz sempre «Em nome de Jesus Cristo» e respondemos «Amen». Quando temos visitas nota-se a diferença se é um ou outro a conduzir a oração.
AE - E a celebração de Domingo? O Pedro tem responsabilidades pastorais...
Pedro – Cada um vai à sua Igreja. Sou pastor e tenho os meus serviços. Tenho duas igrejas a meu cargo e a Elizabete frequenta a Igreja Católica.
Elizabete – O mais interessante é que trabalhamos na mesma comunidade. Sou enfermeira e frequento a igreja católica das Alhadas, onde dou também catequese. No início colocavam-se muitas questões: «Então, o pastor deixa ir a sua mulher à Igreja?». Com naturalidade, os rituais continuam como cada um sempre os realizou. Eu sempre o conheci como protestante e ele sempre me conheceu como católica.
Pedro – Por vezes, na igreja onde eu vou, as pessoas perguntam-me pela Elizabete e alguns dizem que ela, como eu sou pastor, deveria ir comigo. Mas eu acho que não há razão nenhuma para ela sair da sua confissão. O ideal era que as duas igrejas se unissem. Como isso ainda não aconteceu temos de respeitar. Acredito que não faltará muito tempo para o Cristianismo encontrar outras formas de união. Isso está já a acontecer em alguns locais da Europa - ser comunidade de Cristo fora das instituições. Não à margem, mantendo as tradições, mas encontrando formas inovadoras.
AE – É possível ver para além da própria identidade institucional?
Elizabete – Existem jovens que se reúnem em Lisboa e são um exemplo real: uma comunidade que se reúne, em que rezam todos juntos. Identificam-se como cristãos que rezam.
Pedro – O Cristianismo tem de passar pela comunidade. Não há cristianismo individualista.
AE - A vossa vivência é um exemplo de que é possível a união?
Elizabete - Há amigos que acham interessante. O nosso dia-a-dia passa para as outras pessoas e nós nem nos apercebemos. Fazemos com simplicidade, tal como os outros casais. A base é o respeito. Não é muito diferente de outros casais.
AE - E os filhos?
Pedro – Essa é a pergunta clássica. Quando dizemos que eu continuo protestante e a Elizabete católica as pessoas compreendem. Mas surge a questão de onde educar os filhos. Nós não sabemos. O que interessa é o que continuamos a fazer. Nós relacionamo-nos bem e a nossa fé não está separada do que somos. A Elizabete surgiu na minha vida porque Deus a pôs na minha vida. Se os filhos chegarem vamos continuar focados no mesmo tipo de relação que temos até agora e que ultrapassa as confissões.
Perguntam-me como pastor que exemplo darei se os meus filhos não forem à minha Igreja ou «Como é que vou ter crianças na escola dominical se os teus filhos vão à catequese?» Se eu souber que na Igreja Católica ensinam melhor a Bíblia e o Evangelho de uma forma mais autêntica e verdadeira, porque não?
AE - Na prática serão eles a escolher quando forem mais velhos?
Elizabete – Não. Tem de haver uma educação desde o início. Desde a concepção ou desde a nascença existe já uma relação dessas pessoas com Deus. Se os pais são crentes, estes vão naturalmente introduzi-la na relação com Deus. O mais importante é desenvolver esta relação. Quanto à confissão, não sei. Vejo tantos que foram educados na Igreja Católica ou Protestante e depois professam outra coisa ou são agnósticos ou ateus. A educação será feita com a presença de Cristo.
AE - A comunidade presbiteriana questiona a vossa relação?
Pedro – Está demasiado enraizado, acho que culturalmente, que o pastor tenha de ter uma mulher que, não sendo oficialmente pastora, o ajude. Na Igreja presbiteriana eu não conheço outro casal que tenha outra pessoa tão empenhada como a Elizabete é na Igreja dela. Eu sempre tive uma postura de relativização perante a instituição. O que é importante é anunciar Cristo e o Evangelho. A Elizabete ajuda-me muitas vezes teologicamente.
Elizabete – Eu sinto-me querida nas comunidades protestantes. Sempre me senti muito acolhida. No colectivo poderão surgir algumas questões, mas penso que mais culturalmente.
Pedro – O nosso testemunho é o amor que nos une aos dois e depois a Deus. A história vai-se fazendo.
AE - Até que ponto a aproximação entre as igrejas cristãs é efectivo?
Pedro - Há de facto um trabalho feito nos últimos anos. Mas o diálogo ecuménico estagnou. As pessoas continuam presas às suas instituições. O objectivo cimeiro do movimento ecuménico é que a unidade fosse visível. E isso não se vislumbra. Penso que seria essencial que o diálogo nas cúpulas tivesse caminho por onde andar e não vejo isso. O movimento ecuménico vai continuar a existir pela base e através da formação de comunidades.
Elizabete – Quando todos participarmos da mesma mesa, aí seremos uma comunidade visível e os entraves serão ultrapassados. Enquanto isso não acontecer, temos ainda um grande caminho para fazer.
Entrevistas | Lígia Silveira | 2010-01-18 | 12:20:13 | 7948 Caracteres | Ecumenismo
Recolha feita através do Boletim da Agência Ecclesia, em 18-01-2010 por António Fonseca
18 de JANEIRO de 2010 – SANTOS DO DIA
SANTOS DO DIA DE HOJE
- 18 DE JANEIRO DE 2010 -
• Prisca ou Priscila, Santa
Janeiro 18 - Mártir
Prisca ou Priscila, Santa
Mártir
Janeiro 18
Etimologicamente significa “antiga”. Vem da língua latina.
Pertence ao primeiro século de nossa era cristã. Também se lhe chama santa Priscila. Desde muito antigo se lhe tributou culto em Roma a esta jovem romana.
No século IX, mediante as escavações arqueológicas, se descobriu e identificou que estava enterrada em Aventine com o nome de Priscila, mulher de Aquila, um judeu cristão.
Isto consta nos Actos dos Apóstolos e na carta de são Paulo aos Romanos: " Saúda a Prisca e a Aquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais para salvar minha vida expuseram sua cabeça".
Existe em Roma a bela igreja de santa Prisca que, por sua vez, se construiu sobre o santuário de Mitra, deus pagão.
Segundo as Actas, escritas no século X, quando falam dela, dizem que era uma rapariga adolescente que levaram ao anfiteatro para a diversão das gentes.
Lançou-se sobre ela um leão e, em lugar de a fazer em pedaços, se deitou a seus pés. Em vista desta situação, a devolveram de novo ao cárcere.
Se diz que uma águia velava, quando a mataram. Seu corpo está enterrado nas Catacumbas de Priscila, onde há na actualidade uma igreja dedicada a seu nome desde o século IV.
No que respeita à arte, os pintores a plasmaram em seus quadros como uma jovem mártir com um leão ou dois, uma espada e uma águia perto dela. Pintores como Farmer, Roeder e Tabor.
O leão domado ou domesticado a seus pés simboliza a queda do paganismo.
Seus restos se veneram em Roma. Um exemplo claro de sacrifício pela fé em Cristo.
¡Felicidades às que levem este nome!
“Não há solidão mais triste e aflita que a de um homem sem amigos, sem os quais o mundo é deserto; o que é incapaz de amizade, mais tem de besta que de homem” ( Francis Bacon).
Comentários ao P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com
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Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca
Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso
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