5 DE MARÇO
SEXTA-FEIRA – 2ª SEMANA DA QUARESMA
Mateus 21, 33-43.45
“A pedra desprezada pelos construtores, tornou-se pedra angular……”
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A nossa vida está cheia de coisas.
Belas, apetecíveis.
Já não nos cabem nas mãos.
E por isso enchemos os bolsos.
E procuramos sacos e caixas para guardar tudo aquilo a que damos importância.
E mesmo assim, há muita coisa que fica de fora.
Às vezes, é Jesus e a sua mensagem que não cabe na nossa vida.Ao construirmos a nossa vida, Ele é como uma pedra que se deita fora, sem utilidade nos nossos esquemas.
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Tu és a pedra angular da construção.
Só Tu és essencial para edificar uma vida digna desse nome.
Ajuda-me a colocar-Te no centro da minha vida, das minhas escolhas.
NOTA: Ver nota em 17-Fevereiro-2010
António Fonseca - www.aarfonseca@hotmail.com
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SANTOS DO DIA DE HOJE
5 DE MARÇO DE 2010
• Eusébio Palatino, Santo
Março 5 - Mártir
Eusébio Palatino, Santo
Mártir
É um dos inumeráveis mártires anónimos. Vou a ver se consigo explicar-me. O Martirológio Romano o menciona junto com Pedro, Rústico, Herabo, Mário Palatino e oito companheiros mais de martírio cujos nomes nem sequer se mencionam. Dou-lhe o qualificativo de «anónimo» ou desconhecido por não ter notícia de nenhuma circunstância que nos fale do lugar, tempo ou classe de padecimentos que tanto ele como seus companheiros sofreram pela fé. Só conhecemos seus nomes. Ao mais que podemos chegar -e isto como suposição- é que padeceram por Jesus Cristo em África, pelo relato concordante, ainda que dependentes entre si pelas fontes que utilizam, de hagiógrafos que se inclinam por este provável detalhe.
O Hagiológio lusitano de Pedro Cardoso, a Crónica de Espanha de Martín Carrilho e Moreno Vargas na sua História de Mérida sustentam que sofreram martírio na Bética, num lugar chamado Medellín, perto de Mérida.
Neste caso não se deu passagem à fábula; a imaginação popular não pôde pôr aditamentos posteriores e postiços à figura humana destes heróis cristãos; o génio não soube descrever minuciosamente, como em outros muitos casos, gestas sobre aumentadas com afãs exemplares mas alheios à estrita realidade histórica. Esta influência da fantasia desculpável e bem-intencionada fez muito bem a gerações de leitores e de ouvintes cristãos; muitos se sentiram animados à fidelidade mais estreita á fé e à paciência nos momentos duros. Outro tipo de leitores não correram a mesma sorte; por ter um espírito mais crítico em assuntos históricos, ou por estar imbuídos de uma mentalidade racionalista fechada a todo o sobrenatural, o estilo anteriormente descrito os levou a um afastamento da Igreja em qualquer de suas manifestações e a titularam de arcaica e demasiado crédula. Como sucede em todos os assuntos, há para todos os gostos e nunca serve ao gosto de todos.
Á morte destes mártires, por razões ignotas para nós e que só Deus conhece, não seguiu um culto martirial posterior que mantivesse viva sua memória até ao fim do tempo; nos fica a notícia de sua entrega até à morte e à heroicidade da paciência.
Fazem bem as sociedades cultas em mostrar agradecimento aos heróis –ainda que estes sejam anónimos- que em épocas difíceis foram quem sustiveram a pátria com sua cultura, sua liberdade e as tradições dos maiores que, uma vez passada a situação de crise, logo seguem desfrutando as gerações futuras, cada uma «actual» na sua época. Não se lhes atribuem gestas concretas reconhecidas nem estão avalizados por triunfos pessoais; simplesmente deram sua vida ¿se lhes pode pedir más? Juntos formam uma massa anónima e são os mais e provavelmente os mais importantes. Fizeram possíveis os bens presentes que são sua herança. Provavelmente este seja o lógico e nobre intento das sociedades cultas actuais quando levantam em lugares preferentes monumento ao «Soldado Desconhecido», querendo expressar de algum modo -e deixá-lo testemunhado ás gerações futuras- seu agradecimento.
Eusébio Palatino foi um destes personagens anónimos que soube personalizar a fidelidade a Jesus Cristo e a fortaleza até ao fim com a força dos que entendem valer a pena sua entrega. Meu testemunho agradecido a ele e a seus companheiros anónimos.
• Lúcio I, Santo
Março 5 - XXII Papa
Lúcio I, Santo
XXII Papa
( * ) (POR FAVOR - VER NOTA NO FIM DO POST HOJE EFECTUADO. AF)
Martirológio Romano: Em Roma, na via Ápia, no cemitério de Calixto, sepultura de são Lúcio, papa, sucessor de Cornélio, que sofreu o exílio pela fé de Cristo e foi, em tempos angustiosos, exímio confessor da fé, actuando com moderação e prudência (254).
Etimologicamente: Lúcio = nascido com a primeira luz, é de origem latina.
¡Felicidades a quem leve este nome!
• Cristóbal Macassoli de Milán, Santo
Março 5 - Presbítero Franciscano
Cristóbal Macassoli de Milán, Santo
Presbítero Franciscano
Martirológio Romano: Em Vigevano, em Lombardia, beato Cristóbal Macassoli, presbítero da Ordem de Irmãos Menores, insigne por sua pregação e sua caridade para com os pobres (1485).
Etimologicamente: Cristóbal = Aquele que leva a Cristo consigo, é de origem grega.
Sacerdote da Primeira Ordem (1400‑1485). Aprovou seu culto León XIII em 26 de Julho de 1890.
Cristóbal Macassoli nasceu em Milão em começos do século XV. Transcorreu sua infância na inocência e na bondade, sob os cuidados solícitos de seus pais. Fazia os 20 anos quando se fez franciscano, coando São Bernardino de Siena (1389‑1444) percorria as cidades de Itália pregando incansavelmente o evangelho, e suscitando um profundo câmbio nas almas, com grandiosas conversões, e trabalhava intensamente para voltar a Ordem Franciscana à primitiva observância da regra como a havia ditado e praticado São Francisco de Assis.
Cristóbal, ardendo em amor a Deus e aos irmãos, percorrendo o caminho da virtude, com pureza de coração, com uma viva confiança em Deus, na austera observância da pobreza, se colocou no caminho luminoso de São Bernardino, místico sol do século XV. Ordenado sacerdote, foi insigne por sua pregação e santidade, e por sua entrega generosa e sem medida ao ministério apostólico. Sua fama foi crescendo, já pelas numerosas conversões que obrou, já pelos poderes taumatúrgicos que se lhe atribuíram. Com o exemplo e com a palavra edificou a Igreja de Cristo.
Com o Beato Pacífico Ramati de Cerano fundou o convento de Santa María das Graças em Vigevano, cuja admirável igreja foi construída por Galeazzo Sforza e consagrada em 1476. Ali fixou sua residência depois de uma vida de grande actividade apostólica. Pronto a fama de sua santidade se estendeu tão amplamente, que ainda de partes longínquas chegavam a ele numerosos fieis para pedir sua oração e escutar sua palavra sempre cheia de caridade e compreensão, para que bendissesse aos enfermos e aos meninos. Deus a miúdo glorificou a santidade de seu servo fiel com prodígios.
Morreu em 5 de Março de 1485, aos 85 anos de idade. Seu corpo, rodeado da veneração de seus devotos, foi sepultado na igreja de Santa María das Graças, na capela de São Bernardino. Em 1810 suas relíquias foram trasladadas à catedral de Vigevano. Um antigo testemunho do culto que lhe foi rendido é o quadro do altar de Santa María das Graças de 1653, no qual o Beato é representado junto com São Bernardino ao lado da Virgem. León XIII aprovou seu culto em 25 de Julho de 1890. Não é raro que do Beato Cristóbal de Milán haja tomado Manzoni o nome e a figura do Padre Cristóbal de Pescarenico, na sua novela “Los Novios”.
¡Felicidades a quem leve este nome!
• João José de la Cruz, Santo
Março 5 - Presbítero Franciscano
Juan José de la Cruz, Santo
Presbítero Franciscano
( * ) (POR FAVOR - VER NOTA NO FIM DO POST HOJE EFECTUADO. AF)
Martirológio Romano: Em Nápoles, são Juan José de la Cruz (Carlos) Gaetano, presbítero da Ordem dos Irmãos Menores, que, seguindo as pegadas de são Pedro de Alcântara, restabeleceu a disciplina da Regra em muitos conventos da província de Nápoles.
Este admirável e santíssimo servo de Deus foi canonizado por Gregório XVI junto com Santo Alfonso María de Ligório, São Francisco de Jerónimo, São Pacífico e Santa Verónica de Juliani. Suas sagradas relíquias estão na cidade de Nápoles, na igreja do convento de Sta. Lucía del Monte.
• Adriano (Adrián) de Cesareia, Santo
Março 5 - Mártir
Adriano (Adrián) de Cesarea, Santo
Mártir
Martirológio Romano: Em Cesareia de Palestina, santo Adriano, mártir, que na perseguição sob o imperador Diocleciano, no dia en que ia celebrar-se os festejos da Fortuna dos Cesarienses, por mandato do procurador e por sua fé de Cristo foi arrojado ante um leão e depois degolado a espada (309).
Etimologicamente: Adriano = Adrián = Aquele que vem do mar, é de origem latino.
No sexto ano da perseguição de Diocleciano, sendo Firmiliano governador de Palestina, Adrián e Eubulo (ou Eusébio) foram de Batenea a Cesareia para visitar aos confessores da fé.
Quando os guardas da cidade os interrogaram sobre o motivo de sua viagem, os mártires responderam sem rodeios que haviam ido a visitar aos cristãos.
Imediatamente foram conduzidos ante o governador, que os mandou açoitar e rasgar as carnes com os garfos de ferro, para ser arrojados depois as feras.
Dois dias mais tarde, durante as festas da deusa Fortuna, Adrián foi decapitado, depois de haver sido atacado por um leão.
Eubolo correu a mesma sorte, um ou dois dias depois. O juiz lhe havia prometido a liberdade a este último, com tal de que sacrificasse aos ídolos, mas o santo preferiu a morte.
• Conón o Hortelão, Santo
Março 5 - Mártir
Conón o Hortelão, Santo
Martirologio Romano: Em Pamfilia, são Conón, mártir, hortelão de profissão, que sob o imperador Décio foi obrigado a correr ante um carro com os pés atravessados por cravos e, caindo de joelhos, entregou o espírito enquanto orava (c. 250).
• Jeremias de Valaquia, Beato
Março 5 - Religioso Capuchinho
Jeremias de Valaquia, Beato
Religioso Capuchinho
( * ) (POR FAVOR - VER NOTA NO FIM DO POST HOJE EFECTUADO. AF)
Martirológio Romano: Em Nápoles, da Campânia, beato Jeremias de Valaquia (Juan) Kostistik, o qual, religioso da Ordem dos Irmãos Menores Capuchinhos, com caridade e alegria assistiu incessantemente aos enfermos durante quarenta años (1625).
Etimologicamente: Jeremias = A elevação do Senhor, é de origem hebraica.
JUAN KOSTISTIK
Irmão professo capuchinho, que nasceu no seio de uma família campesina de Roménia e, em sua juventude, emigrou a Nápoles (Itália). As virtudes aprendidas no lar, as desenvolveu durante sua longa vida religiosa no oficio de enfermeiro, em que prodigalizou sua entrega, ternura e amor aos mais débeis e desamparados. O beatificou João Paulo II em 1983, e é o primeiro romeno elevado oficialmente á honra dos altares.
Nasci na Roménia lá pelo ano 1556, e se me tivessem dito em pequeno que terminaria sendo capuchinho, não teria acreditado; entre outras coisas porque não sabia que era isso.
A culpa de tudo a teve minha mãe, que me enchia a cabeça de sonhos contando-me coisas de Itália, onde estavam os bons cristãos e todos os monges eram santos; e além disso estava o papa.
Tão bonito me pintou que aos 18 anos deixei a família e me pus a caminho em busca de algo que intuía mas que não sabia concretizar.
A viagem não foi fácil. Até chegar a encontrar o que pretendia sofri o indizível e fiz de tudo: trabalhar numa fábrica, cavar, guardar animais, servir a um médico e a um farmacêutico. Provei todos os ofícios menos dois: pajem e verdugo.
Depois de três anos de ir deambulando de um sitio a outro cheguei, por fim, a Itália; e qual não seria minha decepção ao comprovar que, de bons cristãos, nada; muito pior que os de minha terra; até ao ponto que pensei em voltar outra vez para casa.
Menos mal que um ancião me fez cair na conta de que não podia generalizar minha primeira má experiência. Me indicou que fosse a Nápoles e ali encontraria esses bons cristãos que estava buscando.
E assim foi; não só encontrei repletas as igrejas, mas também descobri aqueles monges santos de que me falava minha mãe: os capuchinhos.
• Gerásimo, Santo
Março 5 - Eremita
Gerásimo, Santo
Eremita
( * ) (POR FAVOR - VER NOTA NO FIM DO POST HOJE EFECTUADO. AF)
Martirológio Romano: Em Palestina, na ribeira do Jordão, são Gerásimo, anacoreta, que em tempo do imperador Zenón, convertido a fé ortodoxa por obra de santo Eutimio, se entregou a grandes penitências, oferecendo a todos os que sob sua direcção se exercitavam na vida monástica, a norma de uma integérrima disciplina e o modo de sustentar-se (475).
São Gerásimo nasceu em Licia de Ásia Menor, onde abraçou a vida eremítica. Depois passou a Palestina e, durante algum tempo caiu nos erros eutiquianos, mas Santo Eutimio lhe devolveu a verdadeira fé.
Mais tarde, parece que esteve em várias comunidades da Tebaida e finalmente, retornou a Palestina, onde se fez íntimo amigo de São Juan o Silencioso, de São Sabas, de São Teoctisto e de São Atanásio de Jerusalém. Tão numerosos foram seus discípulos, que o santo fundou uma "laura" de sessenta celas, perto do Jordão e um convento para os principiantes. Seus monges guardavam silêncio quase completo, dormiam em leitos de juncos e jamais acendiam fogo dentro das celas, apesar de que as portas tinham que estar sempre abertas.
• Outros Santos e Beatos
Março 5 - Completando santoral deste dia
São Teófilo, bispo
Comemoração de são Teófilo, bispo de Cesareia, em Palestina, que em tempo do imperador Septimio Severo brilhou por sua sabedoria e integridade de vida (195).
São Foca, laico
Em Sinope, no Ponto, são Foca, mártir, lavrador de oficio, que sofreu muitas injúrias pelo nome do Redentor (c. s. IV).
São Kierano, abade e bispo
Em Sahigir, na região de Ossory, em Hibernia (hoje Irlanda), são Kierano, bispo e abade (530).
São Virgílio, bispo
Em Arlés, na Provença, são Virgílio, bispo, que recebeu como hóspedes a santo Agostinho e a seus monges, quando viajavam por Inglaterra por encargo do papa são Gregório I Magno (c. 618).
http://es.catholic.net/santoral
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca
(*) NOTA
Conforme já comuniquei em 3 do corrente mês, por serem muito extensas e isso me dificultar muito a tradução completa de algumas das biografias que vou publicando, a partir daquela data, passam a indicar apenas os dois primeiros parágrafos. Entretanto quem estiver eventualmente interessado em saber a sua descrição deverá procurá-las no site http://es.catholic.net/santoral. Muito obrigado e desculpem esta omissão. António Fonseca