sábado, 3 de abril de 2010

SÁBADO SANTO - VIGILIA PASCAL - 3 DE ABRIL DE 2010


Celebração da Missa

Data: 03-04-2010
Dia: SÁbado
Semana: Tríduo Pascal
Tempo: Tríduo Pascal
Vigília Pascal na Noite Santa

BENÇÃO DO FOGO


Caríssimos irmãos:
Nesta noite santíssima, em que Nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos, dispersos pelo mundo, a reunirem-se em vigília e oração. Vamos comemorar a Páscoa do Senhor,  ouvindo a sua palavra e celebrando os seus mistérios, na esperança de participar no seu triunfo sobre a morte e de viver com Ele para sempre junto de Deus.
Em seguida, benze-se o fogo:
Oremos


Senhor, que por meio do vosso Filho destes aos vossos fiéis a claridade da vossa luz, santificai † este lume novo e concedei-nos que a celebração das festas pascais acenda em nós o desejo do Céu, para merecermos chegar com a alma purificada às festas da luz eterna.
PRECÓNIO PASCAL – Forma breve


Exulte de alegria a multidão dos Anjos, exultem as assembleias celestes, ressoem hinos de glória, para anunciar o triunfo de tão grande Rei. Rejubile também a terra, inundada por tão grande claridade, porque a luz de Cristo, o Rei eterno, dissipa as trevas de todo o mundo. Alegre-se a Igreja, nossa mãe, adornada com os fulgores de tão grande luz, e ressoem neste templo as aclamações do povo de Deus.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós].
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

É verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação proclamar com todo o fervor da alma e toda a nossa voz os louvores de Deus invisível, Pai omnipotente, e do seu Filho Unigénito, Jesus Cristo, nosso Senhor. Ele pagou por nós ao eterno Pai a dívida por Adão contraída e com seu Sangue precioso  apagou a condenação do antigo pecado. Celebramos hoje as festas da Páscoa, em que é imolado o verdadeiro Cordeiro, cujo Sangue consagra as portas dos fiéis.
Esta é a noite, em que libertastes do cativeiro do Egipto os filhos de Israel, nossos pais, e os fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho.
Esta é a noite,em que a coluna de fogo dissipou as trevas do pecado.
Esta é a noite, que liberta das trevas do pecado e da corrupção do mundo aqueles que hoje por toda a terra crêem em Cristo, noite que os restitui à graça e os reúne na comunhão dos Santos.
Esta é a noite, em que Cristo, quebrando as cadeias da morte, Se levanta glorioso do túmulo. Oh admirável condescendência da vossa graça! Oh incomparável predilecção do vosso amor! Para resgatar o escravo entregastes o Filho. Oh necessário pecado de Adão, que foi destruído pela morte de Cristo! Oh ditosa culpa, que nos mereceu tão grande Redentor! Esta noite santa afugenta os crimes, lava as culpas; restitui a inocência aos pecadores, dá alegria aos tristes.
Oh noite ditosa, em que o céu se une à terra, em que o homem se encontra com Deus! Nesta noite de graça, aceitai, Pai santo, este sacrifício vespertino de louvor, que, na oblação deste círio, pelas mãos dos seus ministros Vos apresenta a santa Igreja.
Nós Vos pedimos, Senhor, que este círio, consagrado ao vosso nome, arda incessantemente para dissipar as trevas da noite; e, subindo para Vós como suave perfume, junte a sua claridade à das estrelas do céu. Que ele brilhe ainda quando se levantar o astro da manhã, aquele astro que não tem ocaso, Jesus Cristo vosso Filho, que, ressuscitando de entre os mortos, iluminou o género humano com a sua luz e a sua paz e vive glorioso pelos séculos dos séculos.

LEITURA I – Forma breve Gen. 1, 1. 26-31a
Leitura do Livro do Génesis


No princípio, Deus criou o céu e a terra. Disse Deus: «Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre os animais selvagens e sobre todos os répteis que rastejam pela terra». Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus. Ele o criou homem e mulher. Deus abençoou-os, dizendo: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem na terra». Disse Deus: «Dou-vos todas as plantas com semente que existem em toda a superfície da terra, assim como todas as árvores de fruto com semente, para que vos sirvam de alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todos os seres vivos que se movem na terra dou as plantas verdes como alimento». E assim sucedeu. Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia. Assim se completaram o céu e a terra e tudo o que eles contém. Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera e, no sétimo dia, descansou do trabalho que tinha realizado.
Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial (1) Sal. 103(104) 1-2a, 5-6, 10 12, 13-14, 24, 35c
Refrão: Enviai, Senhor, o vosso espírito
e renovai a face da terra. Repete-se


Bendiz, ó minha alma, o Senhor:
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Revestido de esplendor e majestade,
envolvido em luz como num manto!
Refrão Fundastes a terra sobre alicerces firmes:
não oscilará por toda a eternidade.
Vós a cobristes com o manto do oceano,
por sobre os montes pousavam as águas. Refrão
Transformais as fontes em rios
que correm entre as montanhas.
Nas suas margens habitam as aves do céu;
por entre a folhagem fazem ouvir o seu canto.
Refrão Com a chuva regais os montes,
encheis a terra com o fruto das vossas obras.
Fazeis germinar a erva para o gado
e as plantas para o homem, que tira o pão da terra.
Refrão
Como são grandes as vossas obras!
Tudo fizestes com sabedoria:
a terra está cheia das vossas criaturas.
Glória a Deus para sempre! Refrão


Salmo Responsorial (2) Sal. 32(33), 4-5, 6-7, 12-13, 20, 22


Refrão: A bondade do Senhor encheu a terra. Repete-se


A palavra do Senhor é recta,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a rectidão:
a terra está cheia da bondade do Senhor. Refrão
A palavra do Senhor criou os céus,
e o sopro da sua boca os adornou.
Foi Ele quem juntou as águas do mar
e distribuiu pela terra os oceanos. Refrão
Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus,
o povo que Ele escolheu para sua herança.
Do céu o Senhor contempla
e observa todos os homens. Refrão
Nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protector.
Venha sobre nós a vossa bondade,
porque em Vós esperamos, Senhor. Refrão


ORAÇÃO


Senhor nosso Deus, que de modo admirável criastes o homem e de modo mais admirável o redimistes, dai-nos a graça de resistir às seduções do pecado com a sabedoria do espírito, para merecermos chegar às alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.


LEITURA II – Forma breve Gén. 22, 1-2, 9a, 10-13, 15-18


O sacrifício do nosso pai Abraão
Leitura do Livro do Génesis


Naqueles dias, Deus quis pôr à prova Abraão e chamou-o: «Abraão!». Ele respondeu: «Aqui estou». Deus disse: «Toma o teu filho, o teu único filho, a quem tanto amas, Isaac, e vai à terra de Moriá, onde o oferecerás em holocausto, num dos montes que Eu te indicar». Quando chegaram ao local designado por Deus, Abraão levantou um altar e colocou a lenha sobre ele; depois, estendendo a mão, puxou do cutelo para degolar o filho. Mas o Anjo do Senhor gritou-lhe do alto do Céu: «Abraão, Abraão!». «Aqui estou, Senhor» – respondeu ele. O Anjo prosseguiu: «Não levantes a mão contra o menino, nem lhe faças mal algum. Agora sei que na verdade temes a Deus, uma vez que não Me recusaste o teu filho, o teu filho único».
Abraão ergueu os olhos e viu atrás de si um carneiro, preso pelos chifres num silvado. Foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto, em vez do filho. O Anjo do Senhor chamou Abraão, do Céu, pela segunda vez, e disse-lhe: «Por Mim próprio te jurooráculo do Senhorjá que assim procedeste e não Me recusaste o teu filho, o teu filho único, abençoar-te-ei e abençoarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia que está nas praias do mar, e a tua descendência conquistará as portas das cidades inimigas. Porque obedeceste à Minha voz, na tua descendência serão abençoadas todas as nações da Terra».
Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial Sal. 15(16), 5, 8 9-10,11

Refrão: Defendei-me, Senhor: Vos sois o meu refúgio.
Guardai-me, Senhor, porque esperei em Vós. Repete-se


Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas Vossas mãos o meu destino.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele ao meu lado não vacilarei. Refrão
Por isso o meu coração se alegra
e a minha alma exulta,
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos,
nem deixareis o Vosso fiel sofrer a corrupção. Refrão
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita. Refrão


ORAÇÃO


Deus de bondade, Pai supremo dos fiéis, que, pela graça da adopção, multiplicais na terra os filhos da promessa e, pelo sacrifício pascal, fizestes do vosso servo Abraão o pai de todas as nações, como tínheis prometido, concedei ao vosso povo a graça de corresponder dignamente ao vosso chamamento. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

LEITURA III Ex. 14, 15 – 15, 1


Por iniciativa e por intervenção de Deus, os hebreus são libertados da escravidão do Egipto e, graças a especial protecção divina, atravessam o Mar Vermelho. A acção libertadora de Deus os faz passar da morte à vida, através desse «baptismo» nas águas do mar, lhes dá uma consciência de povo e lhes abre o caminho para a terra prometida.
Esta primeira Páscoa, que foi uma nova criação, é um acontecimento salvífico que anuncia o Baptismo, sacramento da nossa libertação e da nossa «passagem» do pecado à vida da graça.

Leitura do Livro do Êxodo


Naqueles dias, disse o Senhor a Moisés: «Porque estás a bradar por Mim? Diz aos filhos de Israel que se ponham em marcha. E tu ergue a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel entrem nele a pé enxuto. Entretanto, vou permitir que se endureça o coração dos egípcios, que hão-de perseguir os filhos de Israel. Manifestarei então a minha glória, triunfando do Faraó, de todo o seu exército, dos seus carros e dos seus cavaleiros. Os Egípcios reconhecerão que Eu sou o Senhor, quando Eu manifestar a minha glória, vencendo o Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros». O Anjo de Deus, que seguia à frente do acampamento de Israel, deslocou-se para a retaguarda. A coluna de nuvem que os precedia veio colocar-se atrás do acampamento e postou-se entre o campo dos egípcios e o de Israel. A nuvem era tenebrosa de um lado, e do outro iluminava a noite, de modo que, durante a noite, não se aproximaram uns dos outros. Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o Senhor fustigou o mar, durante a noite, com um forte vento de leste. O mar secou e as águas dividiram-se. Os filhos de Israel penetraram no mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda. Os egípcios foram atrás deles: todos os cavalos do Faraó, os seus carros e cavaleiros os seguiram pelo mar dentro. Na vigília da manhã, o Senhor olhou da coluna de fogo e da nuvem para o acampamento dos egípcios e lançou nele a confusão. Bloqueou as rodas dos carros, que dificilmente se podiam mover. Então, os egípcios disseram: «Fujamos dos israelitas, que o Senhor combate por eles contra os egípcios». O Senhor disse a Moisés: «Estende a mão sobre o mar, e as águas precipitar-se-ão sobre os egípcios, sobre os seus carros e os seus cavaleiros». Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar retomou o seu nível normal, quando os egípcios fugiam na sua direcção. E o Senhor precipitou-os no meio do mar. As águas refluíram e submergiram os carros, os cavaleiros e todo o exército do Faraó, que tinham entrado no mar, atrás dos filhos de Israel. Nem um só escapou. Mas os filhos de Israel tinham andado pelo mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda. Nesse dia, o Senhor salvou Israel das mãos dos egípcios, e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar. Viu também o grande poder que o Senhor exercera contra os egípcios, e o povo temeu o Senhor, acreditou n’Ele e em seu servo Moisés. Então Moisés e os filhos de Israel cantaram este hino em honra do Senhor: «Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória, precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro».
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial Ex. 15, 1-2, 3-4, 5-6, 17-18 (R. 1b)
Refrão: Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória. Repete-se


Ou: Deus fez maravilhas: o seu nome é Senhor. Repete-se


Cantarei ao Senhor, que fez brilhar a sua glória:
precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro.
O Senhor é a minha força e a minha protecção:
a Ele devo a minha liberdade. Refrão
Ele é o meu Deus: eu O exalto;
Ele é o Deus de meu pai: eu O glorifico.
O Senhor é um guerreiro, Omnipotente é ¬o seu nome;
Precipitou no mar os carros do faraó e o seu exército. Refrão
Os seus melhores combatentes afogaram-se
no Mar Vermelho,
foram engolidos pelas ondas,
caíram como pedra no abismo.
A Vossa mão direita, Senhor, revelou a sua força,
A Vossa mão direita, Senhor, destroçou o inimigo.
Refrão
Levareis o vosso povo e o plantareis
na vossa montanha,
na morada segura que fizestes, Senhor,
no santuário que vossas mãos contruíram.
O Senhor reinará pelos séculos dos séculos. Refrão

ORAÇÃO


Senhor nosso Deus, que iluminastes com a luz do Novo Testamento as maravilhas operadas nos tempos antigos, revelando no Mar Vermelho a imagem da fonte baptismal e no povo libertado da escravidão do Egipto os mistérios do povo cristão, fazei que todos os homens, elevados pela fé à dignidade de povo escolhido, se tornem em Cristo nova criação pela graça do vosso Espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.


LEITURA IV Is 54, 5-14


Como infeliz é a vida da esposa, repudiada pelo seu marido, assim triste foi o destino do Povo de Deus no exílio. Deus, no entanto, não deixara de amar o Povo que, pelas suas infidelidades, tanto d’Ele se afastara. Por isso, no Seu amor fiel, imenso, misericordioso e redentor, promete contrair com ele uma nova aliança, de tal modo que Jerusalém, símbolo de todo o povo, voltará a refulgir, com novo esplendor. Esta aliança, feita de perdão, deixa-nos antever o que será a Aliança definitiva que Deus, no Seu amor gratuito, estabelecerá com a Igreja, seu novo Povo, a nova Jerusalém nascida do Sacrifício pascal de Cristo.

Leitura do Livro de Isaías


O teu Criador, Jerusalém, será o teu Esposo, e o seu nome é 'Senhor do Universo'. O teu Redentor será o Santo de Israel, que se chama 'Deus de toda a Terra'. Como à mulher abandonada e de alma aflita, o Senhor volta a chamar-te: 'A esposa da juventude poderá ser repudiada?', – diz o teu Deus –. Por um momento, abandonei-te, mas no meu grande amor volto a chamar-te. Num acesso de ira, escondi de ti a minha face, mas na minha misericórdia eterna, tive compaixão de ti, diz o Senhor, teu Redentor. Comigo sucede como no tempo de Noé, quando jurei que as águas do dilúvio não mais invadiriam a terra. Assim Eu juro não tornar a irritar-Me contra ti, não voltar a ameaçar-te. Ainda que sejam abaladas as montanhas, e vacilem as colinas, a minha misericórdia não te abandonará, a minha aliança de paz não vacilará, diz o Senhor, compadecido de ti. Pobre cidade, batida pela tempestade e desolada, vou assentar as tuas pedras sobre jaspe e o teus alicerces em safiras; vou fazer-te ameias de rubis, portas de cristal e todas as tuas muralhas de pedras preciosas. Todos os teus habitantes serão instruídos pelo Senhor e gozarão de uma grande paz. Serás fundada sobre a justiça, longe da violência, por¬¬que nada terás a temer, longe do pavor, por¬¬que não poderá atingir-te.
Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial Sal. 29(30), 2, 4, 5-6, 11-12a. 13b
Refrão: Eu Vos louvarei, Senhor, porque me salvastes. Repete-se


Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes
e não deixastes que de mim se regozijassem
os inimigos.
Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,
vivificastes-me para não descer ao túmulo.
Refrão Cantai salmos ao Senhor, vós os seus fiéis,
e dai graças ao seu nome santo.
A sua ira dura apenas um momento
e a sua benevolência a vida inteira.
Ao cair da noite vêm as lágrimas,
e ao amanhecer volta a alegria. Refrão
Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim,
Senhor, sede Vós o meu auxílio.
Vós convertestes em júbilo o meu pranto:
Senhor meu Deus, eu Vos louvarei eternamente. Refrão


ORAÇÃO


Deus eterno e omnipotente, multiplicai, para glória do vosso nome, a descendência que prometestes aos nossos pais por causa da sua fé e aumentai pela adopção divina os filhos da promessa, de modo que a vossa Igreja possa ver como já se cumpriu o que os santos Patriarcas esperaram e creram. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.


Leitura V Is. 55, 1-11
A nova aliança, oferecida por Deus ao Seu Povo (4.ª Leitura) destina-se a todos. Deus, com efeito, quer que todos participem das promessas nela incluídas. Mas para isso, é necessário que o homem tomando consciência da sua fome espiritual e reconhecendo o seu malogro em confiar nos ídolos ou nas suas próprias forças, se volte para a palavra de Deus, oferecida, em banquete de sabedoria, a todos os que desejem saciar-se dela, num conhecimento de fé e de confiante entrega. É o anúncio do banquete messiânico, para o qual todos os homens são chamados, a fim de entrarem em comunhão com Ele, realizando assim, em plenitude, o seu destino humano.
Leitura do Livro de Isaías


Eis o que diz o Senhor: «Todos vós que tendes sede, vinde à nascente das águas. Vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei. Vinde e comprai, sem dinheiro e sem despesa, vinho e leite. Porque gastais o vosso dinheiro naquilo que não alimenta e o vosso trabalho naquilo que não sacia? Ouvi-Me com atenção e comereis o que é bom; saboreareis manjares suculentos. Prestai-Me ouvidos e vinde a Mim; escutai-Me e vivereis. Firmarei convosco uma aliança eterna, com as graças prometidas a David. Fiz dele um testemunho para os povos, um chefe e um legislador das nações. Chamarás povos que não conhecias; nações que não te conheciam acorrerão a ti, por causa do Senhor teu Deus, do Santo de Israel que te glorificou. Procurai o Senhor enquanto Se pode encontrar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho e o homem perverso os seus pensamentos. Converta-se ao Senhor, que terá compaixão dele, ao nosso Deus, que é generoso em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos são os meus – oráculo do Senhor. Tanto quanto os céus estão acima da terra, assim os meus caminhos estão acima dos vossos e acima dos vossos estão os meus pensamentos. E assim como a chuva e a neve que descem do céu não voltam para lá sem terem regado a terra, sem a haverem fecundado e feito produzir, para que dê a semente ao semeador e o pão para comer, assim a palavra que sai da minha boca não volta sem ter produzido o seu efeito, sem ter cumprido a minha vontade, sem ter realizado a sua missão».
Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial Is. 12, 2-3, 4bde, 5-6
Refrão: Ireis com alegria às fontes da salvação. Repete-se


Ou: Das fontes da salvação, saciai-vos na alegria.
Repete-se
Deus é o meu salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
É a minha salvação.
Refrão Tirareis água, com alegria, das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome,
Anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo. Refrão
Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a terra.
Entoai cânticos de alegria e exultai,
habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.
Refrão

ORAÇÃO


Deus eterno e omnipotente, única esperança do mundo, que na palavra dos Profetas anunciastes os mistérios dos tempos presentes, aumentai no vosso povo o desejo dos bens celestes, porque nenhum dos vossos fiéis pode crescer na virtude sem a inspiração da vossa graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.


Leitura VI Bar. 3, 9-15, 32 – 4, 4


Dispersos no meio de povos pagãos, que seguiam as mais diversas doutrinas filosóficas, os judeus estavam expostos à tentação de duvidar da superioridade da sua fé. Nessa situação, o profeta lembra que a verdadeira sabedoria se encontra na revelação de Deus, contida na Lei. Sabedoria encarnada do Pai, no meio dos homens, (Jo. 1, 14; Col. 2, 3), será, porém, Jesus, o Filho de Deus que nos manifestará, na loucura e fraqueza da Cruz, a verdadeira sabedoria e todo o poder de Deus (I Co. 1, 23-25), tornando-Se caminho de luz, de paz e de vida para o homem.
Leitura do Livro de Baruc


Escuta, Israel, os mandamentos da vida; inclina os teus ouvidos para aprenderes a prudência. Porque será, Israel, que te encontras em país inimigo e envelheces em terra estrangeira? Porque te contaminaste com os mortos, foste contado entre os que descem ao sepulcro e abandonaste a fonte da Sabedoria. Se tivesses seguido o caminho de Deus, viverias em paz eternamente. Aprende onde está a prudência, onde está a força e a inteligência, para conheceres também onde se encontra a longevidade e a vida, onde está a luz dos olhos e a paz. Quem descobriu a morada da Sabedoria? Quem penetrou nos seus tesouros? Aquele que tudo sabe conhece-a; descobriu-a com a sua inteligência Aquele que firmou a terra para sempre, enchendo-a de animais quadrúpedes, Aquele que envia a luz e ela vai, que a chama e ela obedece-Lhe tremendo. As estrelas brilham vigilantes nos seus postos cheias de alegria; Ele chama por elas e respondem: «Aqui estamos» e resplandecem alegremente para Aquele que as criou. Este é o nosso Deus, e nenhum outro se Lhe pode comparar. Penetrou todos os caminhos da Sabedoria e mostrou-os a Jacob seu servo, a Israel seu predilecto. Depois, ela apareceu sobre a terra e habitou no meio dos homens. Ela é o livro dos mandamentos de Deus e a lei que permanece eternamente. Os que a seguirem alcançarão a vida, mas aqueles que a abandonarem morrerão. Volta, Jacob e abraça-a, caminha para o esplendor da sua luz. Não cedas a outros a tua glória, nem os teus privilégios a uma nação estrangeira. Felizes de nós, Israel, porque nos foi revelado o que agrada a Deus.
Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial Sal. 18(19), 8, 9, 10, 11
Refrão: Senhor, Vós tendes palavras de vida eterna. Repete-se
A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria aos simples.
Refrão Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração;
os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.
Refrão O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos. Refrão
São mais preciosos que o ouro,
O ouro mais fino;
são mais doces que o mel,
o puro mel dos favos. Refrão

ORAÇÃO


Senhor nosso Deus, que fazeis crescer continuamente a vossa Igreja chamando para ela todos os povos, defendei com a vossa protecção os que purificais nas águas do Baptismo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.


Leitura VII Ez. 36, 16-33


Com os seus pecados de idolatria e de homicídio, o Povo de Deus profanara o Seu nome, merecendo, por isso, o castigo de ser disperso entre povos pagãos. Contudo, nem mesmo na provação ele soube voltar-se para o Senhor e glorificar o Seu nome. Pelo contrário, a sua vida e o seu destino levavam os pagãos a dizer:
«O Deus de Israel não será um Deus impotente para salvar Seu Povo?» Por isso, sem que o Povo o merecesse, Deus reconduzi-lo-á à sua terra, de novo tornada fértil, recriando-o, mediante uma transformação interior tão profunda que os mesmos corações de pedra se tornarão corações de carne.
Será, porém, na nova economia, que, com a Páscoa de Cristo, se realizará plenamente essa transformação. Com o perdão do pecado e a efusão do Espírito Santo, o homem receberá um coração filial, podendo repetir, cada dia: «Pai nosso» (Mt. 6, 9).
Leitura da profecia de Ezequiel


A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: «Filho do homem, quando os da casa de Israel habitavam na sua terra, mancharam-na com o seu proceder e as suas obras. Fiz-lhes então sentir a minha indignação, por causa do sangue que haviam derramado no país e dos ídolos com que o tinham profanado. Dispersei-os entre as nações, espalhei-os entre os outros povos; julguei-os segundo o seu proceder e as suas obras. Em todas as nações para onde foram, profanaram o meu santo nome; e por isso se dizia deles: 'São o povo do Senhor: tiveram de deixar a sua terra'. Quis então salvar a honra do meu santo nome, que a casa de Israel profanara entre as nações para onde tinha ido. Por isso, diz à casa de Israel: Assim fala o Senhor Deus: Não faço isto por causa de vós, israelitas, mas por causa do meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes. Manifestarei a santidade do meu grande nome, profanado por vós entre as nações para onde fostes. E as nações reconhecerão que Eu sou o Senhor – oráculo do Senhor Deus – quando a seus olhos Eu manifestar a minha santidade, a vosso respeito. Então retirar-vos-ei de entre as nações, reunir-vos-ei de todos os países, para vos restabelecer na vossa terra. Derramarei sobre vós água pura e ficareis limpos de todas as imundícies; e purificar-vos-ei de todos os falsos deuses. Dar-vos-ei um coração novo e infundirei em vós um espírito novo. Arrancarei do vosso peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne. Infundirei em vós o meu espírito e farei que vivais segundo os meus preceitos, que observeis e ponhais em prática as minhas leis. Habitareis na terra que dei a vossos pais; sereis o meu povo e Eu serei o vosso Deus».
Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial Sal. 41(42), 2-3.5bed; 42(43), 3-4
Refrão: Como suspira o veado pelas torrentes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Ou: Como o veado em busca das águas,
Assim, ó Deus, a minha alma vos deseja.
Repete-se


Como suspira o veado pelas correntes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Minha alma tem sede de Deus, do Deus Vivo:
Quando irei contemplar a face de Deus? Refrão
A minha alma estremece ao recordar
quando passava em cortejo para o templo do Senhor,
entre as vozes de louvor e de alegria
da multidão em festa. Refrão
Enviai a vossa luz e verdade:
sejam elas o meu guia e me conduzam
à vossa montanha santa
e ao vosso santuário.
Refrão E eu irei ao altar de Deus,
a Deus que é a minha alegria.
Ao som da cítara Vos louvarei,
Senhor, meu Deus.
Refrão
ORAÇÃO


Senhor nosso Deus, que nos instruís com as páginas do Antigo e do Novo Testamento para celebrarmos o mistério pascal, abri os nossos corações para compreendermos a vossa misericórdia, a fim de que, ao recebermos os dons presentes, se confirme em nós a esperança dos bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus na unidade do Espírito Santo.
Epístola Rom. 6, 3-11


A justificação vem de Deus, por meio da fé em Jesus Cristo o Qual, com a Sua Morte, destruiu a escravidão do pecado e da morte, em que o homem vivia, comunicando aos resgatados a própria vida divina. Mas, para que os homens recebam a eficácia da Morte e Ressurreição de Jesus, é necessário que se insiram no Seu Mistério Pascal. Ora o Baptismo é o Sacramento que nos une à Morte de Cristo para nos fazer viver com Ele a nova vida, que «não morre mais». Comunicando aos baptizados os frutos da Paixão e da Ressurreição o Baptismo não é, porém, uma simples aplicação do Mistério Pascal: é a sua realização actual em cada um de nós.
Leitura da Epístola do apóstolo S. Paulo aos Romanos


Irmãos: Todos nós que fomos baptizados em Jesus Cristo fomos baptizados na sua morte. Fomos sepultados com Ele pelo Baptismo na sua morte, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. Se, na verdade, estamos totalmente unidos a Cristo pela semelhança da sua morte, também o estaremos pela semelhança da sua ressurreição. Bem sabemos que o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, para que fosse destruído o corpo do pecado e não mais fôssemos escravos dele. Quem morreu está livre do pecado. Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos, sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não pode morrer; a morte já não tem domínio sobre Ele. Porque na morte que sofreu, Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre; Mas a sua vida é uma vida para Deus. Assim vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus.

Palavra do Senhor.


Aclamação AO EVANGELHO Sal. 117 (118), 1-2, 16ab-17, 22-23

Refrão: Aleluia. Aleluia. Aleluia. Repete-se
Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a Sua misericórdia.
Diga a Casa de Israel:
é eterna a Sua misericórdia.
Refrão A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei-de viver
para anunciar as obras do Senhor. Refrão
A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos. Refrão

EVANGELHO Lc. 24, 1-12


É impossível ao homem passar da morte à vida e, por isso é-lhe difícil acreditar que alguém possa ter feito essa passagem. No coração de quem pôde testemunhar a Morte e a Ressurreição de Jesus, como as santas mulheres, que O tinham acompanhado em vida, ficou a lembrança e a saudade d’Aquele que elas tinham visto partir. Por isso, elas correram ao túmulo logo «ao romper da aurora», para continuarem o embalsamamento do corpo de Jesus interrompido pelo repouso do dia sagrado de Sábado. Mas, quando pensavam visitar o túmulo do Morto, os mensageiros celestes anunciam-lhes o Vivo, que já não pode jazer num túmulo. E logo o que poderia parecer um desvario começou a ser causa de «admiração», porque se trata, de facto, da maior das «maravilhas» de Deus.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
No primeiro dia da semana, ao romper da manhã, as mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia foram ao sepulcro, levando os perfumes que tinham preparado. Encontraram a pedra do sepulcro removida e, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus. Estando elas perplexas com o su¬cedido, apareceram-lhes dois homens com vestes res¬¬plandecentes. Ficaram amedrontadas e inclinaram o rosto para o chão, enquanto eles lhes diziam: «Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui: ressuscitou. Lembrai-vos como Ele vos falou, quando ainda estava na Galileia: ‘O Filho do homem tem de ser entregue às mãos dos pecadores, tem de ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia’». Elas lembraram-se então das palavras de Jesus. Voltando do sepulcro, foram contar tudo isto aos Onze, bem como a todos os outros. Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas diziam isto aos Apóstolos. Mas tais palavras pareciam-lhes um desvario e não acreditaram nelas. Entretanto, Pedro pôs-se a caminho e correu ao sepulcro. Debruçando-se, viu apenas as ligaduras e voltou para casa admirado com o que tinha sucedido.
Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS


Aceitai, Senhor, com estas oferendas, as orações dos vossos fiéis e fazei que o sacrifício inaugurado no mistério pascal nos sirva de remédio para a vida eterna. Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Cor 5, 7-8


Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado: celebremos a festa com o pão ázimo da pureza a da verdade.
Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO


Infundi em nós, Senhor, o vosso espírito de caridade, para que vivam unidos no vosso amor aqueles que saciastes com os sacramentos pascais. Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

3 DE ABRIL DE 2010 - REZAR NA QUARESMA e SANTOS DO DIA

3 DE ABRIL

SÁBADO – SÁBADO SANTO

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Hoje não há missa.

A liturgia está vazia.

Sábado Santo é um dia de silêncio, de recolhimento, de espera.

Jesus está morto.

Ele é como o grão lançado à terra e enterrado.

Ele morre mas já germina a vida nova.

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Jesus, nosso irmão e Senhor:

Mesmo no silêncio, na dúvida, no medo, Tu estás presente.

Sustenta a nossa confiança em Ti,

alimenta a nossa esperança.

Não nos deixes presos às nossas trevas.

Mas prepara o nosso coração para acolher a tua luz.

 

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edisal@edisal.salesianos.pt

www.edisal.salesianos.pt

NOTA:  Ver nota em 17-Fevereiro-2010

António Fonseca  -  www.aarfonseca@hotmail.com

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SANTOS DO DIA DE HOJE

3 DE ABRIL DE 2010

Ricardo de Chichester, Santo
Abril 3   -  Bispo

Ricardo de Chichester, Santo

Ricardo de Chichester, Santo

Bispo

Martirológio Romano: Em Chichester, em Inglaterra, são Ricardo, bispo, que, desterrado pelo rei Enrique III e restituído depois na sede, se mostrou generoso em ajudar aos pobres (1235).
Etimologicamente: Ricardo = Aquele que é um líder, é de origem germânico.

Em finais do século XII nasce Ricardo, em Wyche, numa família de trabalhadores do campo. Choca a austeridade e dureza permanente de sua vida com o estilo dos grandes de seu tempo. Os bispos são "lores" e amantes dos cuidados humanos; os monges abundam na prosperidade e no luxo; os nobres são ambiciosos e no trono se aprecia uma corrente fortemente regalada. A classe baixa do povo é pobre e está sumida na ignorância e na superstição. Ricardo é enérgico e intransigente quando se tratam assuntos em que está presente a injustiça, a imoralidade ou a avareza.
Possivelmente esta condição natural nele seja o que o leva a um distanciamento, quando não recusa dos poderosos. O caso é que a austeridade vivida em casa de seus pais -quando foi menino- devia prepará-lo para a missão que havia de desempenhar de adulto.
Marcha a estudar a Oxford onde tem bons mestres franciscanos e dominicanos; e como os recursos não esticam mais, passou fofe e frio. Uma curta estadia em París e volta a Oxford, graduando-se em Artes. Em Bolonha aprende durante sete anos os cânones, fazendo o que hoje chamaríamos a carreira de Direito. Quando volta a Oxford é nomeado Chanceler da Universidade, Chanceler do arcebispado de Canterbury e também de Lincoln, onde estava de bispo seu antigo amigo e professor Grosseteste. Exerce a docência em Orleães por dois anos e ali se ordena sacerdote. 
O Arcebispo de Canterbury o nomeia bispo de Chichester à morte do bispo Ralph Neville. E aqui começa uma etapa de dificuldades maiores e de vigoroso testemunho.

VER MAIS SOBRE A BIOGRAFIA DE SANTO RICARDO CHICHESTER EM HTTP://ES.CATHOLIC.NET/SANTORAL, POR FAVOR, OBRIGADO. António Fonseca


Dorotea de Chopitea, Venerável
Abril 3   -  Cooperadora Salesiana

Dorotea de Chopitea, Venerable

Dorotea de Chopitea, Venerável

Dorotea nasceu em Santiago de Chile, em 5 de Junho de 1816 numa família católica rica, rica em filhos (¡18!) e em bens materiais.
Três anos mais tarde, pouco depois de Chile alcançar sua independência de Espanha, dom Pedro Nolasco Chopitea (seu esposo) levou a sua família a Barcelona. Dorotea era enérgica, vivaz, empreendedora e com um coração de ouro.
Casada com um banqueiro e empresário
Estiveram feliz e fielmente casados durante 50 anos. No final José dizia: “nosso amor cresceu diariamente”. Tiveram seis filhos: Dorotea, Ana María, Isabel, María Luisa, Carmen e Jesuina. A grande preocupação de Dorotea era viver primordialmente para Deus. Ela desenvolveu sua piedade: Missa diária, Comunhão, Rosário. Mas o mais extraordinário de tudo era sua caridade para com os outros, especialmente os pobres. 
Esmoler de Deus
Seu amor aos pobres estava primeiro na sua escala de valores: “Os pobres serão minha primeira preocupação”. Ela era chamada a “esmoler de Deus”. Acompanhou a seu marido em suas muitas viagens e foi recebida por León XIII, que a tratou com grande deferência. Umas 30 fundações foram o resultado de sua caridade e a de seu esposo: jardim de infantes, escolas, hospitais, oficinas… Alguém calculou que o que ela logrou é mais do que hão logrado alguns estados.
Escreve a Don Bosco para fundar uma obra para jovens trabalhadores
Em 20 de Setembro de 1882, quando já era viúva desde havia vários meses, escreveu a Don Bosco: “Queria fundar uma obra para jovens trabalhadores e órfãos nos subúrbios de Barcelona”. Don Bosco aceitou e Dorotea se converteu assim numa Cooperadora Salesiana.
“Nossa mamã de Barcelona” 
O trabalho começou em Sarriá em 1884. Também trabalhou com Don Rinaldi, provincial em Espanha, para instalar outras obras salesianas; o futuro Reitor Mor disse dela: “Muitas vezes a escutei dizendo que levava adiante o mais humilde dos serviços pelos enfermos”. Em Abril-Maio de 1886 Don Bosco se encontrou com a santa benfeitora, sempre disposta a ajudá-lo. Quando Don Bosco morreu, Dona Dorotea iniciou três novas obras, entre as quais o Colégio de Santa Dorotea em Sarriá, encomendado às Filhas de María Auxiliadora, para o qual deu o dinheiro que estava guardando para sua velhice.
Don Bosco a chamava “nossa mamã de Barcelona”. Dorotea, igual que mamã Margarita antes que ela, morreu pobre em 3 de Abril de 1891. Está sepultada em Barcelona – Sarriá 
O processo se iniciou em 4 de Abril de 1927. Declarada Venerável em 9 de Junho de 1983

José o Himnógrafo , Santo
Abril 3   -  Monge e Presbítero

José el Himnógrafo , Santo

José o Himnógrafo , Santo

Monge e Presbítero

Martirológio Romano: Em Constantinopla, são José, por sobrenome “Himnógrafo”, presbítero, que, sendo monge, na perseguição desencadeada pelos iconoclastas foi enviado a Roma para pedir a protecção da Sede Apostólica e, depois de muitos padecimentos, recebeu a custódia dos vasos sagrados da igreja de Santa Sofia (886).
Etimologicamente: José = Aquele a que Deus ajuda, é de origem hebraica

Os cristãos do tempo das catacumbas sacaram seu valor do mais profundo do coração da fé. Submetidos às mais fortes pressões, compreenderam que, para o Evangelho, o sentido da existência era o de “dar sua vida”. 
O Evangelho se situa ante uma eleição. O bem dar sua vida – não alguns fragmentos – mas toda a existência. O bem servir-se a si mesmo e seguir sua própria sombra, entre outras coisas, na busca do prestigio humano.
Era originário de Sicília. Fugiu com sua família a Grécia, ao Peloponeso escapando das invasões árabes Tinha tão só 15 anos.
Dali saiu para Tessalónica e se converteu em monge no mosteiro de Latomos.
Em tempos de  perseguições iconoclastas, o enviaram a Roma ao Papa Gregório IV para que o informasse da situação e assim obter o apoio da Igreja de Ocidente.
Quando ia de caminho, o capturaram uns piratas árabes e o condenaram.
¿Que fazia?
Não parava de cantar sua fé. O Senhor veio em sua ajuda. Uma vez que foi libertado, voltou a Constantinopla.
Foi durante este período quando compôs hinos.
Um dos mais famosos foi o “Paráclito” com oito tons musicais para os dias da semana.
Desta forma, completou os hinos de são João Damasceno para a Ressurreição.
Redigiu igualmente cânones em honra dos santos para que suas cerimónias fossem dignas. Exilado na Crimea por haver injuriado a união escandalosa de um ministro imperial, continuou sua obra. Morreu em 886.
¡Felicidades a quem leve este nome!
Comentários ao P. Felipe Santos:
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Piotr Edward (Pedro Eduardo) Dankowski, Beato
Abril 3   -  Sacerdote Mártir

Piotr Edward (Pedro Eduardo) Dankowski, Beato

Piotr Edward (Pedro Eduardo) Dankowski, Beato

Presbítero e Mártir

Martirologio Romano: Perto de Cracóvia, na Polónia, no campo de concentração de Oswiecin ou Auschwitz, beato Pedro Eduardo Dankowski, presbítero y mártir, que ao ser ocupada militarmente Polónia foi detido por sua confissão cristã e atormentado até consumar o martírio (1942).
Etimologicamente: Eduardo = Aquele que protege a propriedade, é de origem germânico

Sacerdote da Arquidiocese de Kraków.
Nasceu em 21 de Junho de 1908 em Jordanów, Maopolskie (Polónia)
Morreu em 03 de Abril de 1942 em Oœwiêcim (a.k.a. Auschwitz), Maopolskie (Polónia) 
O regime alemão nazi o fez prisioneiro por sua fé, recebendo a tortura e o martírio
Para ver mais sobre os 108 mártires Polacos durante a segunda guerra mundial faz "click" AQUI

Ezequiel Huerta Gutiérrez, Beato
Abril 3   -  Laico Mártir

Ezequiel Huerta Gutiérrez, Beato

Ezequiel Huerta Gutiérrez, Beato

Mártir Laico

Etimologicamente: Ezequiel = Aquele para quem Deus é sua fortaleza, é de origem hebraica.

Nasceu em Magdalena, Jalisco, em 6 de Janeiro de 1876. Esposo e pai exemplar de numerosa família, foi possuidor de uma magnífica e bem cultivada voz de tenor dramático, graças à qual assistia aos ofícios litúrgicos com bastante fulgor y decoro. Muito devoto da sagrada Eucaristía, comungava com frequência. Muito caritativo, compartilhava seus bens entre os necessitados.
Foi preso na manhã de 2 de Abril de 1927; tinha dois irmãos presbíteros, Eduardo e José Refúgio, os quais eram muito respeitados em Guadalajara. Quando foi feito prisioneiro, acabava de visitar a capela ardente onde era velado o cadáver do líder católico Anacleto González Flores. Nos calabouços da Inspecção de Polícia, o torturaram até o fazer perder o conhecimento. Quando voltou a si,  expressou seus lamentos cantando o hino eucarístico: "Que viva meu Cristo, que viva meu Rei". 
Na madrugada do dia seguinte, 3 de Abril, foi trasladado, junto com seu irmão, ao cemitério municipal; se formou o quadro para a execução; havia chegado a hora. Ezequiel disse a seu irmão Salvador: "Lhes perdoamos, ¿verdade?". "Sim, e que nosso sangue sirva para a salvação de muitos", respondeu o interpelado; uma descarga de fuzilaria cortou o diálogo. Muito perto desse lugar, a esposa de Ezequiel escutou os disparos; ignorava quem eram as vítimas; contudo, reuniu a sua numerosa família: "Filhinhos, vamos rezando o rosário, por esses pobres que acabam de fuzilar". 

O grupo dos 9 mártires beatificados por Bento XVI em 20 de Novembro de 2005, é completado por:

1 - Anacleto Gonzalez Flores, Laico, 1 Abril; 2 - José Dionisio Luis Padilla Gómez, Laico, 1 Abril; 3 - Jorge Ramon Vargas González, Laico, 1 Abril; 4 - Ramón Vicente Vargas González, Laico, 1 Abril; 5 - José Luciano Ezequiel Huerta Gutiérrez, Laico, 3 Abril; 6 - José Salvador Huerta Gutiérrez, Laico, 3 Abril; 7 - Miguel Gómez Loza, Laico, 21 Março; 8 - Luis Magaña Servin, Laico, 9 Fevereiro; 9 - José Sanchez Del Rio, Laico, 10 Fevereiro.

 
Nesse mesmo dia se beatificou também a:

 
1 - Andrés Sola Molist, Sacerdote, 25 Abril; 2 - José Trinitad Rangel Montano, Laico, 25 Abril 3 - Leonardo Pérez Larios, Laico, 25 Abril; 4 - Dario Acosta Zurita, Sacerdote, 25 Julho.

 
(as datas indicadas correspondem à de seus martírios).
Reproduzido com autorização de Vatican.va

Salvador Huerta Gutiérrez, Beato
Abril 3   -  Mártir Laico

Salvador Huerta Gutiérrez, Beato

Salvador Huerta Gutiérrez, Beato

Mártir Laico

Etimologicamente: Salvador = Aquele que salva, é de origem latino.

Nasceu em Magdalena, Jalisco, em 18 de Março de 1880. Mecânico por vocação, se dedicou a este oficio, chegando a ser um dos mais competentes de Guadalajara. Devoto de Jesús Sacramentado, participava todos os dias da Eucaristía e adorava, com frequência, o Santíssimo no sacrário. Sua conduta como filho, esposo e pai foi sempre exemplar. Possuía uma particular intuição ante o perigo, a que se enfrentava com singular fortaleza.
Ao começar o ano de 1927 a situação religiosa se tornou impossível para os católicos. Se perseguia sem trégua aos clérigos por serem considerados instigadores da resistência armada. Em 2 de Abril de 1927, consumado o assassinato de Anacleto González e seus três companheiros, acudiu ao cemitério a despedir dos restos do conhecido líder.
De regresso a sua oficina, o esperavam agentes da policia, que valendo-se de um ardil, o prenderam. Na Inspecção geral começou um crudelíssimo tormento; pisaram-lhe os dedos polegares; queriam os verdugos conhecer o paradeiro dos presbíteros Eduardo e José Refugio. Exânime o atiraram para o calabouço.
Nas primeiras horas de 3 de Abril, o conduziram, junto com seu irmão Ezequiel, ao panteão de Mezquitán. Ante o pelotão de fuzilamento, pediu uma vela acesa, iluminando seu peito descoberto disse: "¡Viva Cristo Rei e a Virgem de Guadalupe!; disparem; morro por Deus, que o amo muito". 
Ver grupo dos 9 mártires beatificados por Bento XVI em 20 de Novembro de 2005, na biografia acima publicada de seu irmão EZEQUIEL HUERTA GUTIERREZ.


Reproduzido com autorização de Vatican.va

Sixto I, Santo
Abril 3 VII Papa, Abril 3

Sixto I, Santo

Sixto I, Santo

VII Papa

Martirológio Romano: Em Roma, são Sixto I, papa, que em tempo do imperador Adriano regeu a Igreja Romana, sendo o sexto após o bem-aventurado Pedro (128).
Etimologicamente: Sixto = Aquele que é apressado, é de origem grego.

O Papa São Sixto I (nos documentos mais antigos se usa "Xystus" para os primeiros três papas com esse nome), sucedeu a Santo Alejandro e foi sucedido por Santo Telesforo.
Segundo o “Catálogo Liberiano” de papas, foi a cabeça da Igreja durante o reino de Adrián "a conulatu Nigri et Aproniani usque Vero III et Ambibulo", quer dizer, desde 117 até 126. Em seu “ChroniconEusébio usou um catálogo de papas distinto ao que usou em sua “História ecclesiastica”; em seu “Chronicon” diz que Sixto I ocupou a posição de papa de 114 a 124, enquanto que na sua “Historia” menciona que foi papa de 114 a 128.
Todas as autoridades concordam em que a duração de seu papado foi de cerca de dez anos.
Era Romano por nascimento, e seu pai se chamava Pastor. Segundo o "Liber Pontificalis", passou as três ordenanças seguintes:
1.- que não se permita a ninguém excepto aos sacerdotes tocar os Vasos Sagrados
2.- que os bispos que fossem convocados à Santa Sede, não sejam recebidos por suas dioceses até que apresentem as Cartas Apostólicas
3.- que depois do prefácio na Missa, o sacerdote recite o Sanctus junto com os fieis.
 
O “Catálogo Feliciano” de papas e as várias martirologías o intitulam de mártir.
Foi enterrado no Vaticano junto à tumba de São Pedro, e se diz que suas relíquias foram transferidas a Alatri em 1132, ainda que O Jozzi sustente que todavia estão na Basílica Vaticana. Butler (Vidas de los Santos, 6 de Abril) diz que Clemente X lhe deu algumas de suas relíquias ao Cardeal de Retz, que as pôs na Abadía de São Miguel em Lorraine. 
O Xystus a quem se comemora no Canon da Missa é Xystus II, e não Xystus I.

Luigi Scrosoppi, Santo
Abril 3   -  Fundador

Luigi Scrosoppi, Santo

Luigi Scrosoppi, Santo

Presbítero e Fundador da Congregação de Irmãs da Divina Providência

Martirológio Romano: Em Udine, na região de Veneza, são Luis Scrosoppi, presbítero da Congregação do Oratório, que fundou a Congregação de Irmãs da Divina Providência, para a educação cristã da juventude feminina (1884)
Etimologicamente: Luigi = versão em italiano do nome Luis = Aquele que é famoso na guerra, é de origem germânico

O mais jovem dos três filhos de Domenico Scrosoppi, joalheiro, e Antonia Lazzarini; nasceu em 4 de agosto de 1804 em Udine (Itália). Seu irmão Carlo foi ordenado quando Luigi tinha seis anos, e seu irmão Giovanni vários anos depois. Quando ele tinha 11 anos ou 12 anos, a região em que vivia Luigi foi golpeada pela no rapaz.
Em sua adolescência, sentia o chamado ao sacerdócio, e entrou no mesmo seminário que seu irmão Giovanni. Diácono em 1826; ordenado em 31 de Março de 1827 na catedral em Udine; foi assistido em sua primeira Missa por seus irmãos.
Director da Pía União ao Coração de Jesus Cristo. Ajudava a manejar o centro infantil a seu irmão Carlo como Director Auxiliar do orfanato de Carlo em 1829. o instituto caiu em tempos mais duros que o usual; Luigi, desesperado, saiu às ruas rogando apoio, esta lição de fé cedo deu seus frutos para a escola conseguindo bastante dinheiro para comprar um edifício.
Como havia demasiados órfãos para o espaço disponível, os irmãos decidiram engrandecer a casa; Luigi saiu a pedir materiais de construção e trabalhadores. A obra começou em 1834 com Luigi coordenando, rogando, dirigindo, e trabalhando na construção, os trabalhos se completaram em 1836, a chamaram “Casa para os Despossuídos”. Nesse ano a região sofreu uma epidemia de cólera, e os orfanatos, de novo, estavam cheios.
As necessidades dos órfãos, e o trabalho constante dos irmãos sacerdotes, chamaram a atenção de várias mulheres da área que também estavam trabalhando pelos pobres e abandonados. Entre elas estavam Felicita Calligaris, Rosa Molinis, Caterina Bros, Cristina e Amália Borghese e Orsola Baldasso. Estas mulheres, sob a direcção espiritual de Carlo e Luigi, fundaram o que se volveria na Congregação de Irmãs de Providência para a educação académica básica e destrezas na costura a jovens. Luigi os pôs sob a protecção de São Cayetano. A Congregação recebeu aprovação final em 22 de Setembro de 1871 pelo Papa Pío IX.
Em 1846 Luigi se uniu ao Oratório de São Felipe Neri, uma congregação consagrada à caridade e à aprendizagem; eleito preboste da comunidade em 9 de Novembro de 1856.
Em 4 de Outubro de 1854 inaugurou a Casa de Resgate para as raparigas abandonadas. Em 7 de Março de 1857 abriu a escola e casa para as raparigas surdo mudas, instituição que lamentavelmente tão só sobreviveria 15 anos. Abriu também uma Casa de Providência para as antigas estudantes desempregadas. Ademais trabalhava nos hospitais com os mais enfermos e pacientes mais pobres.
Em seus últimos anos, Luigi teve que combater sentimentos anti-clericais que surgiram ao longo da península italiana durante a unificação; muitas casas e grupos, inclusive o Oratório, foram encerrados, e seus recursos vendidos. Ainda que não tenha podido salvar o Oratório ou as propriedades da paróquia, logrou proteger suas instituições caritativas, e viu a Congregação crescer e estender-se.
Morreu em 3 de Abril de 1884 em Udine,

VER MAIS SOBRE LUIGI SCROSOPPI (SANTO) EM HTTP://ES.CATHOLIC.NET/SANTORAL, POR FAVOR. Obrigado. António Fonseca

Referências: corazones.org

 

Gandolfo ou Gandulfo de Binasco, Beato
Abril 3   -  Presbítero Franciscano

Gandolfo o Gandulfo de Binasco, Beato

Gandolfo ou Gandulfo de Binasco, Beato

Presbítero Franciscano

Martirológio Romano: Em Policio, na Sicília, beato Gandulfo de Binasco Sacchi, presbítero da Ordem de Irmãos Menores, que levou uma vida solitária e austera, e iluminou aquela região com a pregação da palavra de Deus (c. 1260).
Etimologicamente: Gandolfo = Aquele que é um valente guerreiro, é de origem germânico.

Leão XIII aprovou seu culto em 10 de Março de 1881.
Gandolfo nasceu entre finais do século XII e princípios do XIII na província de Milão, diocese de Pavía. Foi educado cristãmente por seus pais, iniciado por seu pai na literatura e na doutrina cristã. Fascinado pelo exemplo da vida e da regra evangélica de São Francisco, seu contemporâneo, com heróica generosidade deixou o mundo, distribuiu entre os pobres suas riquezas e pediu ser admitido na Ordem dos Irmãos Menores. Como autêntico seguidor do seráfico Pobrecillo, se dedicou ao estudo, à oração e à penitência. Sacerdote de Cristo, dedicou toda sua vida ao bem das almas no ministério da pregação e a evangelização. Com os pés descalços e o crucifixo na mão, ao qual chamava sua arma, pregou nas maiores cidades de Itália, com palavra simples e ardente; as conversões foram numerosíssimas. Segundas, Quartas e Sextas jejuava a pão e água. Observava rigorosamente três quaresmas ao ano, a de Páscoa, a do Natal e a chamada dos «Benditos», que começava com a Epifania e durava quarenta dias, seu vestido era uma áspera túnica que lhe cobria seu macilento corpo, mortificado com o cilicio.
Estava intimamente convencido de que o apostolado da palavra só tem eficácia para levar as almas a Cristo e expiar e reparar os pecados da humanidade quando vai acompanhado da oração e penitência. Depois de muitas peregrinações apostólicas chegou a Sicília onde transcorreu a última parte de sua vida penitente. 
Num eremitério solitário perto de Polizzi Generosa, a 98 kilómetros de Palermo, se retirou para se entregar com mais liberdade a uma vida inteiramente celestial, e recrear seu espírito na meditação do paraíso. Frei Pascual, homem virtuoso, foi seu companheiro de oração e solidão.
Várias vezes Gandolfo deixou o eremitério para ir à evangelização. Em 1260 foi convidado a pregar a quaresma em Polizzi Generosa. Foi uma pregação que produziu grandes frutos. Só a interrompeu para visitar e assistir antes da morte a seu fiel seguidor frei Pascual que havia permanecido no eremitério. Na Quarta-feira Santa, enquanto pregava, foi interrompido pelo ruído de uma imprevisto bando de andorinhas que entraram no templo. Em nome do Senhor lhes impôs silêncio e elas calaram-se. No sábado santo o Beato anunciou ao povo de Polizzi que já não voltariam a ouvi-lo pregar. Com efeito, aquele mesmo dia se sentiu mal, recebeu o viático e a unção dos enfermos. Logo tomou entre suas mãos o crucifixo, o beijou repetidamente com profundos gemidos, e expirou serenamente. Era em 3 de Abril de 1260 (*). Glorioso em prodígios, Leão XIII aprovou seu culto em 10 de Março de 1881.

(*) Nota de António Fonseca:

Curiosamente isto aconteceu exactamente há 750 anos… tanto no dia de semana como em Sábado Santo !!! 

  (Louvado seja Deus)

Juan de Penna San Giovanni, Beato
Abril 3   -  Companheiro de São Francisco

Juan de Penna San Giovanni, Beato

Juan de Penna San Giovanni, Beato

Presbítero Franciscano

Martirológio Romano: Em Penna, do Piceno, em Itália, beato Juan, presbítero, um dos primeiros companheiros de são Francisco, sendo enviado à Gália Narbonense, onde ensinou a nova forma de vida evangélica (1275).
Etimologicamente: Juan = Deus é misericórdia, é de origem hebraica.

Pío VII concedeu seu oficio e missa em sua honra em 20 de Novembro de 1806.
Juan, nascido em 1200 em Penna San Giovanni, na província de Macerata, pertence àquela primeira geração franciscana que fez gloriosa a região das Marcas. É comummente contado entre os discípulos de São Francisco sem que se possa precisar suas relações com o santo Fundador. 
O capítulo 45 das Florecillas de São Francisco descreve com vivas cores o candor de sua alma, a vocação franciscana, o longo apostolado em Provença e na sua pátria, as experiências místicas, e as árduas provas a que foi submetido pelo espírito do mal ao final de seus dias.
Juan, de uns quinze anos, foi atraído à nascente família franciscana pela pregação de Frei Felipe, um dos primeiros discípulos enviados por São Francisco a evangelizar as Marcas e vestiu o hábito dos Irmãos Menores no convento de Recanati. Mais tarde chegou a ser sacerdote.
Seu nome está ligado à primeira expedição franciscana a Provença. Entre os trinta irmãos destinados por São Francisco no Capítulo de 1217 à Gália Narbonesa, e sob o mando de Frei João Bonelli de Florença, figura nosso “Frater Joannes de Pinna Picena”. De seu ministério naquela região, que se prolongou por uns vinte e cinco anos, nada de particular nos hão transmitido as fontes. Sabemos que se distinguiu pelo zelo apostólico e pela eloquência de sua palavra, até ser tido como “pregador digno de veneração e admiração”. Junto com os demais religiosos, se dedicou a travar e combater a heresia dos albigenses, que naqueles anos bulia por toda França, e a restaurar os costumes e a concórdia entre as regiões e as facções. Se recorda de modo especial sua caridade na assistência aos leprosos e outros enfermos. Com sua santa vida e actividade contribuiu à primeira difusão do franciscanismo em terras de França.
As Florecillas de São Francisco falam assim dele: “Vivendo em grande honestidade, santidade e exemplaridade, crescendo sempre em virtude e em graça de Deus, era sumamente amado pelos irmãos e pelos seculares”. É provável que haja conhecido a Santo António de Pádua nos anos em que o santo pregou em Limoges e Tolosa e que haja intervindo no capítulo de Arles, célebre pela presença do mesmo santo e de uma aparição de São Francisco aos irmãos.
Depois de vinte e cinco anos de apostolado em Provença, regressou a sua cidade natal, onde transcorreu os últimos trinta anos de sua longa peregrinação terrena, alternando os trabalhos apostólicos com a contemplação das coisas celestiais. Foi avisado por um anjo de que seu caminhar terreno estava a ponto de terminar. Superou os últimos ataques do demónio e morreu serenamente em 3 de Abril de 1271. Tinha 71 años.

Outros Santos e Beatos
Abril 3   -  Completando santoral deste dia

Otros Santos y Beatos

Outros Santos e Beatos

Santos Cresto e Papo, mártires

Em Tomis, em Escitia, santos Cresto e Papo, mártires (c. s. IV).

São Ulpiano, mártir

Em Tiro, de Fenícia, santo Ulpiano, mártir, que, sendo ainda adolescente, durante a perseguição sob o imperador Maximino Daza foi encerrado num odre com uma áspide e um perro e submergido no mar, completando assim seu martírio (306).

São João, bispo

 
Em Nápoles, da Campania, são João, bispo, que durante a Noite Santa de Páscoa, enquanto celebrava os sagrados mistérios, faleceu, e, acompanhado de multidão de fieis e neófitos, foi inumado no dia da solenidade da Ressurreição do Senhor (432).

São Nicetas, abade

No mosteiro de Medicio, em Bitinia, são Nicetas, abade, que, por defender o culto das sagradas imagens, em tempo do imperador Leão o Arménio sofreu cadeia e exílio (824).

Beatos Roberto Middleton, e Turstano Hunt, presbíteros e mártires

Em Lancaster, em Inglaterra, beatos Roberto Middleton, da Companhia de Jesus, e Turstano Hunt, presbíteros e mártires. Este último, ao querer libertar durante o caminho ao primeiro, que era conduzido prisioneiro, ele próprio foi preso e, reinando Isabel I, ambos foram condenados à morte por ser sacerdotes, e por seus tormentos chegaram à direita de Cristo (1601).

 

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca.

Aproveito para chamar a atenção para a NOTA que escrevi na biografia de BEATO GANDOLFO ou GANDULFO DE BINASCO, sobre a coincidência de se passarem hoje exactamente 750 anos após a sua morte.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

SEXTA-FEIRA SANTA

 

Celebração da Missa

Data: 02-04-2010
Dia: Sexta
Semana: Tríduo Pascal
Tempo: Tríduo Pascal
ORAÇÃO
(Não se diz Oremos.)


Lembrai-Vos das vossas misericórdias, Senhor; santificai e protegei sempre os vossos servos, para os quais Jesus Cristo vosso Filho instituiu no Seu Sangue o mistério pascal. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Ou
Deus de infinita misericórdia, que pela paixão de Cristo Nosso Senhor destruístes a morte, herança do antigo pecado transmitida a todo o género humano, fazei que, renovados à imagem do vosso Filho, assim como, pela nossa natureza, levamos a imagem do homem terrestre, levemos também, pela vossa graça, a imagem do homem celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 52, 13 – 53, 12


Escolhido por Deus para libertar da opressão do pecado o Seu Povo, o «Servo» realizará na humilhação e na dor a sua missão de resgate. Rei e profeta, será também consagrado, com a unção do «Servo», para exercer a função sacerdotal de mediador. Pelo sacrifício da sua vida, oferecido a favor dos homens e em sua substituição, reconciliará os homens com Deus. No seu aniquilamento conhecerá a glorificação: o seu sacrifício dará origem a uma humanidade nova.
Apresentando a figura misteriosa do «Servo» é Jesus Cristo que o profeta anuncia. Ele é o «Servo de Deus». Da Sua morte nascerá um novo Povo, a Igreja.

Leitura do Livro de Isaías


Vede como vai prosperar o meu servo: subirá, elevar-se-á, será exaltado. Assim como, à sua vista, muitos se encheram de espanto – tão desfigurado estava o seu rosto que tinha perdido toda a aparência de um ser humano – assim se hão-de encher de assombro muitas nações e, diante dele, os reis ficarão calados, porque hão-de ver o que nunca lhes tinham contado e observar o que nunca tinham ouvido. Quem acreditou no que ouvimos dizer? A quem se revelou o braço do Senhor? O meu servo cresceu diante do Senhor como um rebento, como raiz numa terra árida, sem distinção nem beleza para atrair o nosso olhar, nem aspecto agradável que possa cativar-nos. Desprezado e repelido pelos homens, homem de dores, acostumado ao sofrimento, era como aquele de quem se desvia o rosto, pessoa desprezível e sem valor para nós. Ele suportou as nossas enfermidades e tomou sobre si as nossas dores. Mas nós víamos nele um homem castigado, ferido por Deus e humilhado. Ele foi trespassado por causa das nossas culpas e esmagado por causa das nossas iniquidades. Caiu sobre ele o castigo que nos salva: pelas suas chagas fomos curados. Todos nós, como ovelhas, andávamos errantes, cada qual seguia o seu caminho. E o Senhor fez cair sobre ele as faltas de todos nós. Maltratado, humilhou-se voluntariamente e não abriu a boca. Como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda ante aqueles que a tosquiam, ele não abriu a boca. Foi eliminado por sentença iníqua, mas quem se preocupa com a sua sorte? Foi arrancado da terra dos vivos e ferido de morte pelos pecados do seu povo. Foi-lhe dada sepultura entre os ímpios e um túmulo no meio de malfeitores, embora não tivesse cometido injustiça, nem se tivesse encontrado mentira na sua boca. Aprouve ao Senhor esmagar o seu servo pelo sofrimento. Mas se oferecer a sua vida como sacrifício de expiação, terá uma descendência duradoira, viverá longos dias e a obra do Senhor prosperará em suas mãos. Terminados os sofrimentos, verá a luz e ficará saciado na sua sabedoria. O justo, meu servo, justificará a muitos e tomará sobre si as suas iniquidades. Por isso, Eu lhe darei as multidões como prémio e terá parte nos despojos no meio dos poderosos; porque ele próprio entregou a sua vida à morte e foi contado entre os malfeitores, tomou sobre si as culpas das multidões e intercedeu pelos pecadores.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 30 (31), 2.6.12-13.15-16.17.25 (R. Lc 23, 46)
Refrão: Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito. Repete-se
Em Vós, Senhor, me refugio,
jamais serei confundido,
pela vossa justiça, salvai-me.
Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me. Refrão Tornei-me o escárnio dos meus inimigos,
o desprezo dos meus vizinhos
e o terror dos meus conhecidos:
todos evitam passar por mim.
Esqueceram-me como se fosse um morto,
tornei-me como um objecto abandonado. Refrão
Eu, porém, confio no Senhor:
Disse: «Vós sois o meu Deus,
nas vossas mãos está o meu destino
».
Livrai-me das mãos dos meus inimigos
e de quantos me perseguem. Refrão
Fazei brilhar sobre mim a vossa face,
salvai-me pela vossa bondade.
Tende coragem e animai-vos,
vós todos que esperais no Senhor. Refrão

LEITURA II Hebr 4, 14-16; 5, 7-9


Solidário com o homem, em virtude da natureza humana que assumiu, com todas as limitações e sofrimentos, Jesus Cristo não é apenas o «Homem das dores», apresentado por Isaías. É também o nosso Sumo Sacerdote e o único Mediador entre Deus e os homens. Pelo seu sacrifício de obediência, que o levou à cruz Ele resgatou a humanidade e com a confiança do Pai, restituiu-lhe a misericórdia e a graça. A sua morte foi causa da nossa salvação.
Leitura da Epístola aos Hebreus


Irmãos: Tendo nós um sumo sacerdote que penetrou os Céus, Jesus, Filho de Deus, permaneçamos firmes na profissão da nossa fé. Na verdade, nós não temos um sumo sacerdote incapaz de Se compadecer das nossas fraquezas. Pelo contrário, Ele mesmo foi provado em tudo, à nossa semelhança, excepto no pecado. Vamos, portanto, cheios de confiança, ao trono da graça, a fim de alcançarmos misericórdia e obtermos a graça de um auxílio oportuno. Nos dias da sua vida mortal, Ele dirigiu preces e súplicas, com grandes clamores e lágrimas, Àquele que O podia livrar da morte, e foi atendido por causa da sua piedade. Apesar de ser Filho, aprendeu a obediência no sofrimento. E, tendo atingido a sua plenitude, tornou-Se, para todos os que Lhe obedecem, causa de salvação eterna.
Palavra do Senhor.


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Filip 2, 8-9


Refrão: Glória a Vós, Senhor, Filho do Deus vivo. Repete-se


Cristo obedeceu até à morte e morte de cruz.
Por isso Deus O exaltou e Lhe deu um nome
que está acima de todos os nomes. Refrão

EVANGELHO Jo 18, 1 __ 19, 42
O discípulo predilecto de Jesus foi aquele que, mais de perto, viveu a sua Paixão. No relato que dela nos transmitiu, deixa, sobretudo, transparecer a sua admiração pela maneira como Jesus enfrenta a morte. Não é, na verdade, como um vencido pelo sofrimento que avança para ela. Consciente de que chegara a Sua «Hora», encaminha-Se, livremente e como senhor dos acontecimentos, a cumprir a acção solene, que havia predito e constitui a sua missão. Acompanhando-O no Seu sofrimento, João vê n'Ele o Verbo Encarnado, O Verdadeiro Cordeiro de Deus, cujo Sacrifício redentor se prolongará, sacramentalmente, na Igreja, presente em Maria que junto da Cruz de Jesus e ao lado do Evangelista, se associava à geração da nova humanidade.

N Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João.
Naquele tempo, Jesus saiu com os seus discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia lá um jardim, onde Ele entrou com os seus discípulos. Judas, que O ia entregar, conhecia também o local, porque Jesus Se reunira lá muitas vezes
com os discípulos. Tomando consigo uma companhia de soldados e alguns guardas, enviados pelos príncipes dos sacerdotes e pelos fariseus, Judas chegou ali, com archotes, lanternas e armas. Sabendo Jesus tudo o que Lhe ia acontecer, adiantou-Se e perguntou-lhes:
J «A quem buscais?».
N Eles responderam-Lhe:
R «A Jesus, o Nazareno».
N Jesus disse-lhes:
J «Sou Eu».
N Judas, que O ia entregar, também estava com eles. Quando Jesus lhes disse: «Sou Eu», recuaram e caíram por terra. Jesus perguntou-lhes novamente:
J «A quem buscais?».
N Eles responderam:
R «A Jesus, o Nazareno».
N Disse-lhes Jesus:
J «Já vos disse que sou Eu. Por isso, se é a Mim que buscais, deixai que estes se retirem».
N Assim se cumpriam as palavras que Ele tinha dito: «Daqueles que Me deste, não perdi nenhum». Então, Simão Pedro, que tinha uma espada, desembainhou-a e feriu um servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O servo chamava-se Malco. Mas Jesus disse a Pedro:
J «Mete a tua espada na bainha. Não hei-de beber o cálice que meu Pai Me deu?».
N Então, a companhia de soldados, o oficial e os guardas dos judeus apoderaram-se de Jesus e manietaram-n’O. Levaram-n’O primeiro a Anás, por ser sogro de Caifás,  que era o sumo sacerdote nesse ano. Caifás é que tinha dado o seguinte conselho aos judeus: «Convém que morra um só homem pelo povo». Entretanto, Simão Pedro seguia Jesus com outro discípulo. Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote, enquanto Pedro ficava à porta, do lado de fora.
Então o outro discípulo, conhecido do sumo sacerdote, falou à porteira e levou Pedro para dentro. A porteira disse a Pedro:
R «Tu não és dos discípulos desse homem?».
N Ele respondeu:
R «Não sou».
N Estavam ali presentes os servos e os guardas, que, por causa do frio, tinham acendido um braseiro e se aqueciam. Pedro também se encontrava com eles a aquecer-se. Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
Jesus respondeu-lhe:
J «Falei abertamente ao mundo. Sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reúnem, e não disse nada em segredo. Porque Me interrogas? Pergunta aos que Me ouviram o que lhes disse: eles bem sabem aquilo de que lhes falei».
N A estas palavras, um dos guardas que estava ali presente deu uma bofetada a Jesus e disse-Lhe:
R «É assim que respondes ao sumo sacerdote?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Se falei mal, mostra-Me em quê. Mas, se falei bem, porque Me bates?».
N Então Anás mandou Jesus manietado ao sumo sacerdote Caifás. Simão Pedro continuava ali a aquecer-se. Disseram-lhe então:
R «Tu não és também um dos seus discípulos?».
N Ele negou, dizendo:
R «Não sou».
N Replicou um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha:
R «Então eu não te vi com Ele no jardim?».
N Pedro negou novamente, e logo um galo cantou. Depois, levaram Jesus da residência de Caifás ao Pretório. Era de manhã cedo. Eles não entraram no pretório, para não se contaminarem e assim poderem comer a Páscoa. Pilatos veio cá fora ter com eles e perguntou-lhes:
R «Que acusação trazeis contra este homem?».
N Eles responderam-lhe:
R «Se não fosse malfeitor, não t’O entregávamos».
N Disse-lhes Pilatos:
R «Tomai-O vós próprios, e julgai-O segundo a vossa lei».
N Os judeus responderam:
R «Não nos é permitido dar a morte a ninguém».
N Assim se cumpriam as palavras que Jesus tinha dito, ao indicar de que morte ia morrer. Entretanto, Pilatos entrou novamente no pretório, chamou Jesus e perguntou-Lhe:
R «Tu és o Rei dos judeus?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «É por ti que o dizes, ou foram outros que to disseram de Mim?».
N Disse-Lhe Pilatos:
R «Porventura sou eu judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes é que Te entregaram a Mim. Que fizeste?».
N Jesus respondeu:
J «O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que Eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui».
N Disse-Lhe Pilatos:
R «Então, Tu és Rei?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «É como dizes: sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».
N Disse-Lhe Pilatos:
R «Que é a verdade?».
N Dito isto, saiu novamente para fora e declarou aos judeus:
R «Não encontro neste homem culpa nenhuma. Mas vós estais habituados  a que eu vos solte alguém pela Páscoa. Quereis que vos solte o Rei dos judeus?».
N Eles gritaram de novo:
R «Esse não. Antes Barrabás».
N Barrabás era um salteador. Então Pilatos mandou que levassem Jesus e O açoitassem. Os soldados teceram uma coroa de espinhos, colocaram-Lha na cabeça e envolveram Jesus num manto de púrpura. Depois aproximavam-se d’Ele e diziam:
R «Salve, Rei dos judeus».
N E davam-Lhe bofetadas. Pilatos saiu novamente para fora e disse:
R «Eu vo-l’O trago aqui fora, para saberdes que não encontro n’Ele culpa nenhuma».
N Jesus saiu, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse-lhes:
R «Eis o homem».
N Quando viram Jesus, os príncipes dos sacerdotes e os guardas gritaram:
R «Crucifica-O! Crucifica-O!».
N Disse-lhes Pilatos:
R «Tomai-O vós mesmos e crucificai-O, que eu não encontro n’Ele culpa alguma».
N Responderam-lhe os judeus:
R «Nós temos uma lei e, segundo a nossa lei, deve morrer, porque Se fez Filho de Deus».
N Quando Pilatos ouviu estas palavras, ficou assustado. Voltou a entrar no pretório e perguntou a Jesus:
R «Donde és Tu?».
N Mas Jesus não lhe deu resposta. Disse-Lhe então Pilatos:
R «Não me falas? Não sabes que tenho poder para Te soltar e para Te crucificar?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Nenhum poder terias sobre Mim, se não te fosse dado do alto. Por isso, quem Me entregou a ti tem maior pecado».
N A partir de então, Pilatos procurava libertar Jesus. Mas os judeus gritavam:
R «Se O libertares, não és amigo de César: Todo aquele que se faz rei é contra César».
N Ao ouvir estas palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado «Lagedo», em hebraico «Gabatá».
Era a Preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Disse então aos judeus:
R «Eis o vosso Rei!».
N Mas eles gritaram:
R «À morte, à morte! Crucifica-O!».
N Disse-lhes Pilatos:
R «Hei-de crucificar o vosso Rei?».
N Replicaram-lhe os príncipes dos sacerdotes:
R «Não temos outro rei senão César».
N Entregou-lhes então Jesus, para ser crucificado. E eles apoderaram-se de Jesus. Levando a cruz, Jesus saiu para o chamado Lugar do Calvário, que em hebraico se diz Gólgota. Ali O crucificaram, e com Ele mais dois: um de cada lado e Jesus no meio.
Pilatos escreveu ainda um letreiro e colocou-o no alto da cruz; nele estava escrito: «Jesus, o Nazareno, Rei dos judeus». Muitos judeus leram esse letreiro, porque o lugar onde Jesus tinha sido crucificado  era perto da cidade. Estava escrito em hebraico, grego e latim. Diziam então a Pilatos os príncipes dos sacerdotes dos judeus:
R «Não escrevas: ‘Rei dos judeus’, mas que Ele afirmou: ‘Eu sou o Rei dos judeus’».
N Pilatos retorquiu:
R «O que escrevi está escrito».
N Quando crucificaram Jesus, os soldados tomaram as suas vestes, das quais fizeram quatro lotes, um para cada soldado, e ficaram também com a túnica. A túnica não tinha costura: era tecida de alto a baixo como um todo. Disseram uns aos outros:
R «Não a rasguemos, mas lancemos sortes, para ver de quem será».
N Assim se cumpria a Escritura: «Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sortes sobre a minha túnica». Foi o que fizeram os soldados. Estavam junto à cruz de Jesus sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto, Jesus disse a sua Mãe:
J «Mulher, eis o teu filho».
N Depois disse ao discípulo:
J «Eis a tua Mãe».
N E a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa. Depois, sabendo que tudo estava consumado e para que se cumprisse a Escritura, Jesus disse:
J «Tenho sede».
N Estava ali um vaso cheio de vinagre. Prenderam a uma vara uma esponja embebida em vinagre e levaram-Lha à boca. Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou:
J «Tudo está consumado».
N E, inclinando a cabeça, expirou. (Pausa)
N Por ser a Preparação, e para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado, – era um grande dia aquele sábado – os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro, depois ao outro que tinha sido crucificado com ele. Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas,
mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que viu é que dá testemunho e o seu testemunho é verdadeiro. Ele sabe que diz a verdade,  para que também vós acrediteis. Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: «Nenhum osso Lhe será quebrado». Diz ainda outra passagem da Escritura: «Hão-de olhar para Aquele que trespassaram». Depois disto, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, embora oculto por medo dos judeus, pediu licença a Pilatos para levar o corpo de Jesus. Pilatos permitiu-lho. José veio então tirar o corpo de Jesus. Veio também Nicodemos, aquele que, antes, tinha ido de noite ao encontro de Jesus. Trazia uma mistura de quase cem libras de mirra e aloés. Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em ligaduras juntamente com os perfumes, como é costume sepultar entre os judeus. No local em que Jesus tinha sido crucificado,havia um jardim e, no jardim, um sepulcro novo, no qual ainda ninguém fora sepultado. Foi aí que, por causa da Preparação dos judeus, porque o sepulcro ficava perto, depositaram Jesus.
Palavra da salvação.

ORAÇÃO UNIVERSAL
I. Pela santa Igreja

Oremos, irmãos caríssimos, pela santa Igreja de Deus,
para que o Senhor lhe dê a paz, a confirme na unidade
e a proteja em toda a terra,
e a todos nós conceda uma vida calma e tranquila,
para glória de Deus Pai todo-poderoso.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
Deus eterno e omnipotente, que em Jesus Cristo revelastes a vossa glória a todos os povos da terra, protegei a obra da vossa misericórdia, para que a Igreja, dispersa por todo o mundo, persevere firme na fé para dar testemunho do vosso nome. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
II. Pelo Papa
Oremos pelo nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI,
para que Deus nosso Senhor, que o elevou ao episcopado,
o conserve e defenda na sua Igreja
para governar o povo santo de Deus.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
Deus eterno e omnipotente, que tudo governais com sabedoria, atendei favoravelmente as nossas súplicas e, por vossa bondade, protegei o Pastor que escolhestes para a vossa Igreja, a fim de que o povo cristão, governado por Vós sob a direcção do Sumo Pontífice, progrida sempre na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
III. Por todos os ministros e pelos fiéis
Oremos pelo nosso Bispo D. Manuel Clemente e por todos os bispos, presbíteros e diáconos, pelos que exercem na Igreja algum ministério e por todo o povo de Deus.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
Deus eterno e omnipotente, cujo Espírito santifica e governa todo o corpo da Igreja, ouvi as súplicas que Vos dirigimos por todos os membros da comunidade cristã, e fazei que, ajudados pela vossa graça, todos Vos sirvam com fidelidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
IV. Pelo catecúmenos
Oremos pelos (nossos) catecúmenos,
para que Deus nosso Senhor os ilumine interiormente e lhes abra as portas da sua misericórdia, de modo que, recebendo o perdão de todos os seus pecados pela água regeneradora do Baptismo, sejam incorporados em Jesus Cristo Nosso Senhor.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
Deus eterno e omnipotente, que dais continuamente novos filhos à vossa Igreja, aumentai a fé e a sabedoria dos (nossos) catecúmenos, de modo que, renascendo na fonte baptismal, sejam contados entre os vossos filhos de adopção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
V. Pela unidade dos cristãos
Oremos por todos os nossos irmãos que crêem em Cristo, para que Deus nosso Senhor lhes dê a graça de viverem a verdade em suas obras e os reúna e guarde na unidade da sua Igreja.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
Deus eterno e omnipotente, que reunis os vossos fiéis dispersos e os conservais na unidade, olhai propício para todo o povo de Cristo, para que vivam unidos pela integridade da fé e pelo vínculo da caridade todos aqueles que foram consagrados pelo mesmo Baptismo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
VI. Pelos judeus Oremos pelo povo judeu, para que Deus nosso Senhor, que falou aos seus pais pelos antigos Profetas, o faça progredir no amor do seu nome e na fidelidade à sua aliança.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
Deus eterno e omnipotente, que confiastes as vossas promessas a Abraão e à sua descendência, atendei com bondade as preces da vossa Igreja, para que o povo da primeira aliança alcance a plenitude da redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
VII. Pelos que não crêem em Cristo Oremos pelos que não crêem em Cristo, para que, iluminados pelo Espírito Santo,
possam também eles encontrar o caminho da salvação.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
Deus eterno e omnipotente, concedei aos que não crêem em Cristo que vivam de coração sincero na vossa presença, a fim de encontrarem a verdade, e a nós, vossos filhos, concedei também a graça de entrar profundamente no mistério de Cristo e de o viver fielmente na união da fraterna caridade, para darmos ao mundo o testemunho perfeito do vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
VIII. Pelos que não crêem em Deus
Oremos pelos que não crêem em Deus, para que, pela rectidão e sinceridade da sua vida, cheguem ao conhecimento do verdadeiro Deus.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
Deus eterno e omnipotente, que criastes os homens para que Vos procurem, de modo que só em Vós descanse o seu coração, concedei-lhes que, no meio das suas dificuldades, compreendendo os sinais do vosso amor e o testemunho dos crentes, todos se alegrem de Vos conhecer como único Deus verdadeiro e Pai de todos os homens. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
IX. Pelos governantes Oremos pelos governantes de todas as nações,
para que Deus nosso Senhor dirija a sua mente e o seu coração segundo a sua vontade,
para buscarem sempre a verdadeira paz e a liberdade de todos os povos.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz: Deus eterno e omnipotente, em cujas mãos estão os corações dos homens e os direitos dos povos, assisti os nossos governantes, para que, com o vosso auxílio, se fortaleça em toda a terra a prosperidade das nações, a segurança da paz e a liberdade religiosa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
X. Pelos atribulados
Oremos, irmãos, a Deus Pai todo-poderoso,
para que livre o mundo de todos os erros, afaste as doenças e a fome em toda a terra,
abra as portas das prisões e liberte os oprimidos, proteja os que viajam
e reconduza ao seu lar os emigrantes e os desterrados, dê saúde aos enfermos e a salvação aos moribundos.
Oração em silêncio. Depois o sacerdote diz:
Deus eterno e omnipotente, consolação dos tristes e fortaleza dos que sofrem, ouvi as súplicas dos que Vos invocam nas tribulações, para que todos tenham a alegria de encontrar em suas dificuldades o auxílio da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO


Deus eterno e omnipotente, que nos renovastes pela gloriosa morte e ressurreição de Cristo, confirmai em nós a obra da vossa misericórdia, a fim de que, pela comunhão neste mistério, Vos consagremos toda a nossa vida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ORAÇÃO SOBRE O POVO


Derramai, Senhor, a vossa bênção sobre este povo que celebrou a morte do vosso Filho na esperança da Sua ressurreição; concedei-lhe o perdão e o conforto, aumentai a sua fé e confirmai-o na esperança da salvação eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...