segunda-feira, 3 de maio de 2010

3 DE MAIO DE 2010 - SANTOS DO DIA

 

Santa Cruz
Maio 3   -  Festa

Santa Cruz

Santa Cruz

 

Etimologicamente significa “o mesmo”. Vem da língua latina.
Hoje se celebra em Granada e no mundo o dia da Cruz. Uma preciosa festa popular que arranca desde o dia en que se encontrou a Santa Cruz no ano 326.
Quase todas as festas têm uma origem religiosa. Há alguns que na actualidade as querem converter simplesmente em culturais, abandonando seu fundamento religioso.
Eusébio de Cesareia foi um grande historiador daqueles tempos. Conta em seus livros que o General Constantino não era crente mas tinha muito respeito aos cristãos por sua paz e o bem que faziam em todos os sítios.
Antes de uma dura batalha contra Majencio – chefe de Roma -, teve um sonho em que pôde contemplar uma cruz luminosa e uma voz que lhe dizia: "Com este sinal vencerás"
E sem ter a menor dúvida de seu triunfo, pôs em todos os estandartes e bandeiras a cruz. E arengando às tropas lhes dizia:"Confio em Cristo em quem crê minha mãe Elena".
Ao ganhar a batalha, chegou bem cedo a ser imperador. Decretou o cessar da perseguição aos cristãos e à liberdade religiosa.
Há, além disso, outros escritores célebres como santo Ambrósio e João Crisóstomo que afirmam que Elena foi a Jerusalém em busca da Cruz do Senhor.
Os arqueólogos se empregaram a fundo neste trabalho. Ao cabo de algum tempo, encontraram três cruzes. ¿Qual era a de Jesús? A resposta a deu uma mulher que estava muito enferma. Ao tocar a Cruz, ficou curada.
Elena e o bispo de Jerusalém juntamente com muitos crentes, a levaram em procissão pelas ruas da cidade.
Na raiz destes acontecimentos se implantou esta festa por todo o orbe cristão.
Ultimamente, ao fazer-se a reforma do calendário litúrgico, desapareceu como festa. Mas o povo, sempre simples, a segue celebrando.
Por exemplo em Granada é festa. Desta forma, se mantém viva a tradição.

Festa da Santa Cruz no México
¡Felicidades a quem celebra hoje esta festa!

Comentários ao P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com

Filipe e Santiago o Menor, Santos
Maio 3   -  Apóstolos

Felipe y Santiago el Menor, Santos

Felipe e Santiago o Menor, Santos

Apóstolos

S. FILIPE foi natural de Betsaida, na margem do lago da Galileia. Tinha casa, mulher e três filhas pequenas quando Jesus o chamou para o apostolado com aquele “segue-Me”, que nos deixou S. João no Evangelho. Desde esse momento, Filipe não vive senão para Jesus e para a sua causa.

Logo que vê um amigo seu, chamado Natanael, comunica-lhe a alegre notícia de ter encontrado o Messias. Sente-se tão cheio de autoridade e força de Jesus, que às dificuldades que lhe opõe Natanael não responde senão com estas lacónicas e profundas palavras: Vem e vê. Sabia muito bem Filipe que ouvir e conhecer Jesus era decisivo para as almas de boa vontade. E não se equivocou. Natanael ficou também subjugado pelo Mestre.

S. Filipe volta a aparecer na primeira multiplicação dos pães, junto ao lago da Galileia. O Senhor quere-o provar e pergunta-lhe: «Filipe, como havemos de dar de comer a toda esta gente?» Filipe não pensava no milagre; olhou para os presentes, fez um cálculo e chegou à conclusão de que o salário de 200 operários não bastaria para começar a dar de comer a tanta gente.

Deve ter sido homem simples e bondoso. Na segunda-feira da semana santa, um grupo de gregos queria falar com Jesus e dirigiu-se a Filipe para obter audiência.

No discurso da última ceia intervém ainda S. Filipe com perguntas e respostas de grande ingenuidade. Não sabe ainda que o Filho e o Pai têm a mesma natureza. Quando Jesus pondera tanto as excelências e vantagens da união e conhecimento do Pai, diz-Lhe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta». «Filipe, responde-lhe Jesus, quem Me vê a Mim, vê o Pai».

Depois da Ascensão volta a ouvir-se uma vez o nome de S. Filipe, entre os Apóstolos que esperam a vinda do Espírito Santo.

A seguir desaparece e somente pela tradição sabemos que esteve na Frígia e morreu na sua capital, Hierápolis. Lá se lhe venerava, no século II, o sepulcro, e o de duas filhas que a Deus consagraram a virgindade. A terceira foi enterrada em Éfeso.

A maior parte dos documentos antigos afirma que S. Filipe morreu mártir no tempo de Domiciano (81-96). S. João Crisóstomo diz que o sepulcro de S. Filipe em Hierápolis foi sempre célebre pelos milagres.

S. TIAGO O MENOR, chamado assim pelas estatura ou pela idade, tem um título que o torna credor de especial veneração: é parente do Senhor, segundo a carne.

Nasceu em Caná, perto de Nazaré. Sua mãe, Maria, e seu pai, Cléofas, pertencem à mesma família que S. José. É talvez sobrinho de S. José por parte do pai. Tinha um irmão que se chamava Judas, distinto do traidor. Os dois foram escolhidos para o apostolado. Depois não se fala de S. Tiago, senão para ser dito que o Senhor lhe apareceu nos dias da Ressurreição.

Junto com Nossa Senhora e os outros Apóstolos, espera no cenáculo a vinda do Espírito Santo, que o unge e o consagra para o cargo que vai desempenhar, de primeiro bispo de Jerusalém; isto, ou por eleição dos outros Apóstolos, como diz S. Jerónimo, ou por designação particular do Senhor, como lemos em Santo Epifânio e S. João Crisóstomo.

A sua presença e actividade em Jerusalém foi realmente providencial. S. Paulo considera-o coluna fundamental daquela comunidade, mãe de todas as Igrejas. Judeus e cristãos inclinavam-se diante dele pelo amor que tinha à lei e pela grande austeridade. Todos o consideravam com respeito ao vê-lo passar magro, descalço e extenuado; todos o escutavam reverentes, quando falava de Jesus crucificado como “porta” pela qual se chega até ao Deus Pai.

A sua oração era contínua e fervorosa. era visto no templo, à entrada do Sancta Sanctorum, com o rosto inclinado até ao chão.

O seu zelo ultrapassou a Igreja de Jerusalém. escrever uma carta católica dirigida às “Doze tribos da dispersão”, exortando à perseverança, que é “a coroa da vida”, à resignação na pobreza e à generosidade e caridade na riqueza.

«O irmão de condição humilde glorifique-se na sua exaltação e o rico na sua humilhação, porque ele passará como a flor da erva; porque assim como o Sol desponta com ardor e a erva seca e a sua flor cai, perdendo toda a beleza, assim  murchará também o rico nos seus caminhos».

A fé para S. Tiago é “graça sobrenatural, dom perfeito que desce de cima, do pai das luzes e regenera pela palavra da verdade”, mas não se desenvolve a sua virtude redentora, senão se a “palavra plantada na alma lançar dela todo o lodo do pecado, fazendo germinar frutos de justiça, de paz e de misericórdia”. Diante da corrupção dos grandes do seu povo, sente-se profeta e anuncia-lhes os castigos que hão-de vir sobre Jerusalém: “E agora vós, ó ricos, chorai em altos gritos por causa das desgraças que virão sobre vós. As vossas riquezas estão apodrecidas e os vossos vestidos estão comidos pelas traça. O vosso ouro e a vossa prata enferrujaram-se e a sua ferrugem dará testemunho contra vós: devorará a vossa carne como o fogo. Entesourastes nos últimos dias! O salário dos trabalhadores, que ceifaram os vossos campos, foi defraudado por vós, e clama: e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor dos exércitos. Vivestes na terra rodeados de volúpias e delícias; cevastes os vossos corações para o dia de matança”.

Todas estas previsões se haviam de cumprir muito depressa, no ano 70, quando os exércitos de Tito e Vespasiano rodeassem as muralhas de Jerusalém e a fome corresse por todas as casas e palácios, até ao ponto de algumas mães chegaram a matar os próprios filhos para se alimentarem com as  suas carnes inocentes. Antes, porém, tinha de morrer o profeta. Deus queria coroar-lhe a vida com a vitória dos mártires. No ano 62, por ocasião da morte de Festo, Procurador de Roma, houve um momento de exaltação nacionalista. S. Tiago foi preso pelos judeus e lançado de cima da muralha do templo. Hoje venera-se o seu túmulo na torrente do Cedrão, perto da Basílica da Agonia.  www.jesuitas.pt

 

Ventura de Spello, Santo
Maio 3   -  Confessor

Ventura de Spello, Santo

Ventura de Spello, Santo

Etimologicamente significa “augúrio”. Vem da língua latina.
Quando se voltam a abrir as feridas do passado, ¿te atreverias a perdoar inclusive a aqueles que já não estão nesta terra?
¿Amas só a aqueles que te amam?
Isto o pode fazer qualquer sem necessidade do Evangelho. Rezar por aqueles que te fazem dano não é qualquer coisa.
Foi um confessor do século XIV. É um nome bastante raro no calendário, e procede da Idade Média.
Significa “sorte” e se punha para a desejar ao recém nascido. É mais frequente o nome composto de Boaventura, que o levou o famoso teólogo franciscano de Bagnoreggio.
O mais célebre com este nome viveu na região italiana da Umbría. Morreu mártir em 1250.
É possível que por devoção a este santo, o de hoje, na longínqua Spello, recebesse seu nome.
Spello se levanta sobre o monte Subasio, entre Assis e Foligno.
Era já antiga: onze séculos às suas costas. Aqui nasceu Ventura. Descendia de uma família chamada Spellicci. Todavia segue sua genealogia viva na realidade. Ele não foi franciscano, contra o que se pode pensar.
Estando em Roma, recebeu o hábito dos “Crucíferos”, uma Ordem que suprimiria mais tarde o Papa Alejandro VI.
Ele estudou em Roma, concretamente, no mosteiro da Fontana de Trevi.
Todo o mundo o conhecia porque levava uma grande cruz pendurada ao peito.
Mas nunca explicou que aquela cruz era o símbolo do martírio e do sacrifício.
Como era homem de oração e de trabalho para os demais, fundou na sua cidade um albergue para peregrinos. Morreu no ano 1300.
¡Felicidades a quem leve este nome!

Estanislao Soltys (Kazimierczyk), Beato
Maio 3   -  Sacerdote

Estanislao Soltys (Kazimierczyk), Beato

Estanislao Soltys (Kazimierczyk), Beato

Louis Soltys nasceu em 27 de Setembro de 1433 em Kazimiers (Polónia) no seio de uma família de profundas raízes cristãs, seus pais foram Maciej e Jadwiga Soltys, que lhe providenciaram uma boa educação na fé.
Logo após seus estudos superiores recebeu seus doutorados em teologia e filosofia de Universidade de Jagiello, (Cracóvia, Polónia).
Ingressou na Ordem dos Canónicos Regulares Lateranenses em 1456, dedicando sua vida à Eucaristia e ao cuidado dos enfermos e dos pobres, tomando o nome Estanislao Kazimierczyk.
Como sacerdote foi reconhecido como um grande pregador e confessor. Prior e mestre de noviços no seu mosteiro. Professor de filosofia e teologia. Amigo de São Juan de Kanty.
Tal como sucede a muitos santos, a gente que o conhecia o considerava um santo em vida, enquanto o Padre Estanislao via sua própria vida como uma luta constante por alcançar a santidade.
Ingressou na casa do Pai em 3 de Maio de 1489 na sua povoação natal, Kazimiers.
João Paulo II confirmou seu culto em 18 de Abril de 1993.
Em 19 de Dezembro de 2009 S.S. Bento XVI autorizou a promulgação do decreto que reconhece um milagre atribuído à intercessão do Beato Estanislao, ainda está pendente se indique a data da canonização.

Alexandre I, Santo
Maio 3   -  VI Papa e mártir

Alejandro I, Santo

Alejandro I, Santo

VI Papa

As datas exactas de seu pontificado são objecto de polémica entre os historiadores já que enquanto Duchesne o situa entre 106 e 115, Lightfoot o situa entre 109 e 116.
Existe muito pouca evidência histórica deste pontífice. O historiador da Igreja Eusébio de Cesareia, o cita para dizer que seu pontificado durou dez anos, e Ireneu de Lyon o inclui como um dos doze primeiros papas em sua obra Adversus haereses publicada em 180 D..C.
A tradição diz que instituiu o uso de água benta, a que havia que acrescentar sal, para purificar as casas cristãs, e introduziu na eucaristia o pão ázimo e o vinho misturado com água.
Também se diz que sofreu martírio ao ser decapitado junto a Santo Evêncio e Santo Teódulo, ainda que esta tradição, que data do século V, é objecto de polémica desde que, no século XIX, foram descobertos na via Nomentana, nos arrabaldes de Roma, os restos de três pessoas decapitadas e ainda que num principio se atribuíssem a Alexandre I e a seus dois companheiros de martírio e se trasladaram  para a igreja de Santa Sabina, o corpo que se atribuiu a este Papa parece corresponder a outro santo chamado também Alexandre.
Considerado santo pela Igreja Católica, sua festividade se celebra em 3 de Maio.
Em 115, no final do pontificado de Alexandre I, como bispo de Roma, Ignácio de Antioquia escreve aos romanos exaltando a dignidade da Igreja de Roma.

Eduardo José Rosaz, Beato
Maio 3   -  Bispo

Eduardo José Rosaz, Beato

Eduardo José Rosaz, Beato

De família abastada, veio ao mundo em Susa (Itália), a 15 de Fevereiro de 1830. Recebeu a educação e primeira instrução na casa paterna, dada pelos pais, bons católicos, e por um professor particular. Continuou os estudos em Turim e por último num colégio de Soluzzo. Andando nos 19 anos, tendo falecido os pais e julgando ser chamado para o sacerdócio, entrou no seminário de Susa, mas pouco depois teve de procurar um clima mais benigno para a saúde. Por essa razão foi para a cidade de Nice, na França.

No Sábado Santo de 1854 recebeu a ordem de diácono, e na vigília da festa da Santíssima Trindade foi ordenado sacerdote. Nessa altura, tomou os seguintes propósitos: Promover o bem do povo em todas as coisas; reservar para si os encargos, prescindindo de todos os incómodos; levar por diante com boa vontade o que se refere ao bem da alma ou do corpo dos fieis; estar à disposição, pronta e gratuitamente, dos sacerdotes; exercer qualquer género de apostolado da melhor maneira possível.

Depois da ordenação sacerdotal, entregou-se à acção pastoral em Susa, empregando o tempo em ouvir confissões, pregar a palavra de Deus por meio de missões, tríduos, prática das quarenta horas, bem como ensinar o catecismo às crianças e jovens. Desempenhou , além disso, as funções de capelão das cadeias (1863), reitor do liceu da cidade (1866), director espiritual das irmãs de S. José de Oulx (1869-1871) e reitor do seminário diocesano (1874-78).

Por carta apostólica, assinada em Roma a 15 de Janeiro de 1878, foi elevado a Bispo de Susa. No novo cargo de tamanha responsabilidade, continuou com a vida de oração, meditação, estudo da doutrina sagrada, exercícios espirituais, que fazia todos os anos em particular ou juntamente com o clero da diocese. Pôs particular empenho na formação dos padres e leigos. seis vezes percorreu todas as paróquias da diocese, mesmo as mais afastadas nos montes, com vias de acesso difíceis. Era o bom pastor que não abandonava as ovelhas. Escreveu bastantes cartas pastorais e levou a termo numerosos projectos de apostolado. Favoreceu a impressão de revistas e livros católicos. Lutou denodadamente contra o liberalismo, que se difundia por toda a parte e atacava os direitos da Igreja.

A sua casa estava sempre aberta para todos , sobretudo para os padres que vinham de longe. Não os deixava sair sem partilhar da própria mesa. Nos casos de grandes calamidades, como a cólera-morbo e chuvas torrenciais, era o primeiro a socorrer as vítimas, dando do que era seu e não se envergonhando de pedir esmolas, inclusive em outras dioceses.

Para ajudar as meninas e jovens abandonadas, fundou a Congregação das Irmãs de S. Francisco de Susa, que depois também tomaram conta de pessoas idosas e doentes. No dia 2 de Fevereiro de 1903, ele mesmo aprovou com decreto episcopal, para a diocese de Susa, o seu instituto, e preparou-lhes constituições apropriadas.Seguiu e fielmente S. Francisco de Assis, sobretudo pelo caminho da pobreza e da humildade. Rico por nascimento, viveu sempre pobre. Sobressaiu nele o amor à Sagrada Eucaristia e à Santíssima Virgem. Durante a sua vida teve a alegria e o privilégio de privar da amizade de quatro santos: S. João Baptista Vianney (1786-1859), S. José Cafasso (1811-1860), Santa Maria José Rosselo (1811-1880) e S. João Bosco (1815-1888). Pôde até assistir à morte deste último, que faleceu em Turim no dia 31 de Janeiro, com 73 anos e meio. Com quase essa mesma idade viria a morrer D. Eduardo José Rozaz. de facto, nos começos de 1903, um ataque súbito anunciava-lhe que o seu fim estava próximo. No dia 26 de Abril ainda se demorou com a juventude do liceu de Susa, distribuindo alguns doces. depois disse ao prefeito: «A ti confio estes jovens. É a obra mais bela, mais santa e mais notável que se realiza na vida. Devem fazer-se todos os esforços para a juventude ser cristãmente educada». Este foi o seu testamento.

No dia 2 de Maio pediu o sacramento da Unção e o Sagrado Viático. No dia seguinte de manhã, rodeado de vários sacerdotes, adormeceu no Senhor.

As suas virtudes heróicas foram aprovadas no dia 22 de Março de 1986. Recebeu as honras da beatificação a 14 de Julho de 1991.

AAS 78 81986) 1178-82; 84 (1992) 947-9; DIP 7, 2028.

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Emília Bicchieri, Beata
Maio 3   -  Dominicana

Emilia Bicchieri, Beata

Emília Bicchieri, Beata

A Beata Emília Bicchieri nasceu em Vercelli em 1238.
Havendo perdido a sua mãe a muito tenra idade, se pôs sob a especial protecção da Mãe de Deus.
Não acedeu aos planos de seu pai que a queria casar, e o convenceu para que lhe construísse um convento, o primeiro da ordem regular de terceiras dominicanas, de que se converteu em abadessa com a idade de vinte anos.
Havendo sido eleita prioresa contra sua vontade, governou com tacto e habilidade, teve a sabedoria de não ordenar a ninguém o que ela própria não faria.
Chamava a atenção pela frequência com que comungava (algo não comum nesses dias). Se lhe atribuem muitos êxtases, visões e milagres.
Morreu no dia de seu aniversário natalício, em 3 de Maio, na idade de setenta e cinco anos.
Seu culto foi aprovado em 1769. Suas relíquias são zelosamente custodiadas na Catedral de Berzelli

Juvenal de Narni, Santo
Maio 3   -  bispo

Juvenal de Narni, Santo

Juvenal de Narni, Santo

São Gregório Magno no Diálogo (IV, 12) e na Homiliae in Evangelium, recorda a um Bispo de Narni, de nome Juvenal (Giovenale), qualificando-o de mártir.Mas o Lanzoni observa que este pontífice dá o título de mártir ainda aos bispos que não morreram pela fé. O mesmo Gregório recorda o sepulcro de são Juvenal em Narni. O Martirológio de Floro e de Adone o mencionam com esta indicação: "Natale sancti Juvenalis episcopi et confessoris".
Também existe uma vida de são Juvenal, escrita depois do Século VII, de escasso valor histórico, segundo a qual, era de origem africana e, ordenado pelo Papa Dâmaso, foi o primeiro Bispo de Narni. Sempre segundo esta vida, foi sepultado na porta superior da cidade, sob a via Flaminia, em 7 de Agosto de 376.
Se crê que exercia a medicina antes de ser consagrado bispo de Narni e que salvou esta povoação da invasão dos sármatas fazendo baixar fogo do céu sobre eles.
Os hagiógrafos não lhe dão o título de mártir, mas sim o de confessor. 
O sepulcro de são Juvenal sobre o que foi construído um oratório atribuído a seu sucessor Máximo, foi muito venerado na antiguidade e ainda se conserva na Catedral de Narni. A inscrição não é antiga. O autor da Vida do Papa Virgílio (537-555), no "Liber Pontificalis" fala de um mosteiro que Belisário fundou perto de Orte, dedicando-o a São Juvenal
No século IX, o corpo de são Juvenal foi transportado a Lucca, junto com os dos santos Cásio e Fausta mas em, seguida foi restituída a Narni.
Fossano, diocese pertencente à província de Cuneo, venera a são Juvenal como seu protector, pretendendo que suas relíquias se conservam ali, mas podem ser as de outro santo do mesmo nome.

BEATO RUPERT MAYER

Sacerdote (1876-1945)

Carta do Superior Geral dos Jesuítas, datada de Roma, a 19-1-1987, anunciando a beatificação:

“O P. Rupert Mayer foi um varão extraordinário. O que a outros parecia impossível, conseguiu-o ele com amor verdadeiramente engenhoso. O P. Rupert Mayer foi como um profeta: o que para muitos, no seu tempo, era impenetrável e ambíguo, ele depressa o viu com toda a claridade. Era o P. Mayer homem dotado de grande amor; amor tenaz e  rico de recursos. O seu era um valor agressivo; e não pôs de lado o político. A sua sensibilidade para com a injustiça era incorruptível e impediu que ele estivesse calado. Foi vigoroso defensor dos pobres, amigo deles e inimigo declarado de toda a injustiça. Foi sobretudo no tempo intermédio entre as duas guerras mundiais que esta testemunha critica e valorosa da fé apresentou uma figura profética, que sempre constituiu um repto. Foi este o juízo que dele formaram os seus irmãos jesuitas.

A 5 de Maio do presente ano (1987) beatificará o Papa João Paulo II, em Munique, este irmão nosso, pertencente à Província da Alemanha Superior. Deste modo, satisfaz o Santo Padre o desejo de muitos fieis que, tanto em Munique e na Alemanha, como noutras regiões, se empenharam porque este grande sacerdote e jesuíta alcançasse na Igreja o reconhecimento próprio dos “santos”, nos quais, de maneira particular, nos manifestou Deus a sua obra salvífica neste mundo.

Mas quem  era o P. Rupert Mayer? A sua vida e a sua figura conservam, na actualidade, para nós jesuitas, uma mensagem singularmente viva. É cópia do que as últimas Congregações Gerais para nós formularam como traços típicos da nossa vocação inaciana.

Nascido a 23 de Janeiro de 1876 em Estugarda, no sudoeste da Alemanha, recebeu em 1899 a ordenação sacerdotal. Tendo sido coajdutor duma paróquia, entrou em 1900 no Noviciado da Coimnpoanhia em Felkirch (Áustria). Como então a nossa Ordem esta proibida na Alemanha, teve de fazer os estudos no estrangeiro. Terminados estes, principiou sendo Sócio do Mestre de Noviços e depois durante vários anos, foi missionário popular na Alemanha, Áistria e Suiça. Em 1912 chamaram-no a Munique para tomar o cuidado especial dos “imigrados”. Foi ajudante da fundação duma Congregação de religiosas dedicadas ao cuidado das famílias. Ao desencadear-se a guerra mundial de 1914, ficou sendo capelão militar. Por causa duma grave ferida, perdeu, em fins de 1916, a perna esquerda. E em 1917, estava de novo em Munique, dedicado à pastoral. Exerceu o ministério sacerdotal como pregador e confessor na nossa igreja de S. Miguel, ocupando-se incansavelmente dos mais necessitados. Em 1921 foi nomeado Director da Congregação Mariana de Homens. Em 1925 introduziu os serviços religiosos na estação do caminho de ferro, para os excursionistas dos domingos.

Em, 1937 foi encarcerado e condenado pela primeira vez, e foi-o duas vezes mais em 1938 e em 1939, sendo em seguida confinado no campo de concentração de Oranienburgo, perto de Berlim. Por último, desde 1940, foi-lhe dado como local de prisão domiciliária a Abadia  beneditina de Ettal, na Baviera Superior , até ao fim da guerra, em, Maio de 1945. Voltou então para Munique, onde morreu, enquanto celebrava a Sagrada Eucaristia, no dia de Todos os Santos de 1945..

Este extremo da sua vida sdacerdotal e jesuitica estava cimentado na unidade interior. Da profundidade da sua pessoa brotavam-lhe as convicções , que expressava, imperturbável, nas palavras e nas acções. Estava inmteriormente ancorado em Deus: isto levava-o a discernir os espírito e tornava-po capaz de sair senm condiçoes em defesa dos direitos de Deus e dos homens. A exclamação de S. Paulo “Ai de mim  se não proclamar o Evangelho” (I Cor 9, 16) era também realidade para ele. “Não posso calar-me”, era lema que inspirava o seu compromisso em favor da verdade espezinhada. As suas últimas palavras foram: “O Senhor… o Senhor”. Morreu enquanto pregava, anunciando Aquele em torno de quem  tinha girado toda a sua vida: “Senhor, como quiseres, quando quiseres, o que quiseres e enquanto Tu o quiseres… assim se faça”, esta a sua oraçao favorita.

A entrega em defesa da verdade não se limitou apenas a palavras. Todo o seu falar ia acompanhado por um amor prático do próximo. A vida do P. Rupert Mayer constituiu síntese convincente do anúncio do Evangelho e do compromisso em favor dos pobres e dos oprimidos. Viveu de muitas maneiras “o amor preferencial pelos pobres”. Nos pobres encontrava ele o Senhor em pessoa. Nisto é para nós modelo. E também o é noutro aspecto; na Congregação Mariana formava ele leigos convictos das suas responsabilidades, que foram os seus colaboradores, extraordinariamente activos na propaganda da fé, no compromisso em favor dos perseguidos e na ajuda aos necessitados. A actuação do P. Mayer ensina-nos, além disso, exemplarmente, o esforço constante para acomodar o nosso apostolado às circunstâncias do momento e a empreender novas iniciativas, de acordo com as exigências duma época em mudança.

Na carta que o Santo Padre me entregou em Paray-le-Monial, encarece vivamente diante de nós a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, que tão profundamente está ligada aos Exercícios Espirituais de Santo Inácio. Esta devoção deve unir-nos pessoalmente com Nosso Senhor Jesus Cristo. O P. Rupert Mayer pode abrir-nos os olhos para compreendermos os frutos a brotarem dessa devoção. O seu “conhecimento interno” do Senhor tornou-o capaz de chegar a ser aquilo que foi “em favor dos outros”.

Desejo para todos nós que a betatificação do nosso irmão nos estimule a indagarmos de novo o mistério da nossa vocação de jesuitas e ilumine os traços da mesma, vocação que ele viveu exemplarmente no seu tempo, tempo que se estende até ao nosso.”

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BEATA MARIA LEÓNIA PARADIS

Religiosa (1840-1912)

Beatificada no dia 11 de setembro de 1984, durante a visita de João Paulo II ao Canadá, veio ao mundo a 12 de maio de 1840, na povoação de Santa Margarida de Blairfindie, no estado de Quebeque (Canadá). Baptizada no mesmo dia, deram-lhe os nomes de Alódia Virginia.

Recebeu da mãe a primeira educação cristã, que aperfeiçoou no colégio das religiosas da Congregação de Nossa Senhora de Laprairie. Fez a primeira comunhão aos 12 anos, como era costume naquele tempo. Em 1854 ingressou no noviciado das Marianitas de Santa Cruz, com o nome de Irmã Maria de Santa Leónia. Aos 22 de Agosto de 1857 fez os votos, perante o P. Basilio Moreau, fundador da Congregação. Apesar de não ter uma saúde por aí além, encarregaram-na de cuidar das residências paroquiais em diversas freguesias. Foi, depois para os Estados Unidos da América tomar conta de orfãos e servir de secretára da Superiora do asilo. Permaneceu nesse posto 8 anos.

Quando a Congregação a que pertencia, deixou em França, de cuidar das residências paroquiais, para se dedicar ao ensino, as religiosas dos Estados Unidos separaram-se da casa-mãe e formaram um Instituto autónomo denominado Irmãos de Santa Cruz. A Irmã Leónia aderiu ao novo Instituto por ele conservar o trabalho inicial de auxilio aos párocos. Quando o P. Camilo Lefebvre, fundador do colégio de S. José de Memramcook, pediu-lhe para formar na vida religiosa as jovens que ele havia chamado para cuidar dos diversos serviços da casa, ela para lá partiu com outra Irmã, no dia 22 de Setembro de 1874. Sob a sua direcção o Instituto consolidou-se. Não lhe faltaram oposições, mas em 1880 os membros do capítulo da congregação de Santa Cruz deram-lhe a sua aprovaçao.

Depois de 20 anos na cidade de Memramcook, a casa-mãe e o noviciado mudaram para Sherbrooke, em 1885. No dia 26 de Janeiro do ano seguinte, o Bispo dessa cidade publicou o decreto de erecção canónica. A 2 de Outubro de 1904, a Serva de Deus por instâncias do Prelado, abandonou o hábito da Congregação das Irmãs de Santa Cruz, às quais estava juridicamente ligada, e vestiu o hábito da Congregação que ela mesma havia fundado com o nome de irmãzinhas da Sagrada Família.

No dia 5 de Maio de 1905, por indulto Apostólico de S. Pio X, ficou livre de todas as obrigações para com a Congregação das irmãs de Santa Cruz e pôde assim mais expeditamente aderir às Regras do seu Instituto.

A Serva de Deus, que sempre procurou servir o Senhor com todo o seu coração, custasse o que custasse  - e não foram pequenos  nem poucos os sofrimentos que teve de suportar – viu coroados de êxito, os seus próprios trabalhos. A Congregação contava 635 Irmãs em 40 casas, educadas a auxiliar os Sacerdotes, material e espiritualmente. Podia, pois, partir para os braços do Pai quando Ele quisesse. Assim sucedeu, quase inopinadamente , a 3 de maio de 1912. Deixou vários volumes de escritos que revelam quanto ela procurou viver na presença de Deus e fazer tudo apoiada n’Ele. mas o presente mais valioso que legou às suas Filhas e à Igreja foi o exemplo duma vida santa, que Deus confirmou com milagres que a levaram às honras dos altares.

AAS 59 (1967) 451-3; 73 (1981) 211-14; 77 (1985) 397-403

www.jesuitas.pt

 

http://es.catholic.net /santoral  e  www.jesuitas .pt

 

Recolha, transcrição e tradução destes dois sites acima assinalados, por António Fonseca

domingo, 2 de maio de 2010

http://www.veetle.com/v/4bddca7b521fc

2 DE MAIO DE 2010 - SANTOS DO DIA

Atanásio, Santo
Maio 2   -  Bispo e Doutor da Igreja (373)

Atanasio, Santo

Atanásio, Santo

Bispo e Doutor da Igreja

A vida deste denodado campeão da fé anda intimamente ligada a uma frase do Credo Católico relativa à natureza divina de Jesus. É a afirmação da consubstancialidade do Pai e do Filho.

Santo Atanásio nasceu em Alexandria, em 298, de família distinta; foi educado em casa do bispo, e recebeu a formação literária na escola catequética e a espiritual entre os monges do deserto. Era pequeno de estatura, prodigiosamente inteligente e alimentado de cultura grega. «Este homem extraordinário é, a seguir aos Apóstolos, escreveu Newman, o instrumento principal de que Deus se serviu para fazer conhecer ao mundo a verdade».

Em 325 assiste, como diácono do seu bispo Alexandre, ao Concílio de Niceia, onde foi definida a consubstancialidade do Filho e do Pai, numa frase feliz que, parece, foi proposta pelo bispo espanhol Ósio. Cristo, segundo ela, é homoousios to Patri (grego) ou consubstantialis Pátri (latim). santo Atanásio será o grande defensor e soldado da afirmação.

Cinco vezes foi desterrado da pátria; de 45 anos de episcopado, passou 17 em exílios. mas nunca deu um passo cobarde, e foram muitos os que não desfaleceram na confissão da verdadeira fé, graças ao seu exemplo e exortações. O Cristianismo estava dividido, no seu tempo, em dois bandos principais, diametralmente opostos: os católicos, que aceitavam o Credo de Niceia, e os arianos, discípulos de Ario, que o recusavam. Formaram-se também grupos intermédios: semi-arianos e anti-niceianos. Santo Atanásio foi o representante genuíno, o caudilho valente dos católicos.

Foi nomeado Bispo de Alexandria em 328, quando Eusébio de Nicomédia iniciava a sua luta contra o Concílio de Niceia. Santo Atanásio sai-lhe no encalço, desde o principio, em favor da fé católica; e logo o ímpeto dos arianos se volta concretamente contra ele. Constantino assusta-se e julga que, para manter a paz cristã, é necessário desterrar Atanásio para fora de Alexandria, o qual vem parar, no ano de 335, em Tréveros.

Passados dois anos, com a morte de Constantino (337/338), volta a Alexandria, para emigrar de novo, diante da violenta ocupação das igrejas por parte dos arianos eusebianos, a quem favorecia o imperador Constâncio.sai desterrado em 340 e dirige-se para Roma. Este segundo desterro durou 90 meses e três dias. A 21 de Novembro de 346 pôde voltar à sua diocese, com júbilo do povo fiel. passa agora dez anos relativamente tranquilos, a década áurea da sua vida, quando exerce admirável actividade pastoral e literária, em favor da fé e do governo da sua diocese.Em 356 tem novamente que fugir da Alexandria e oculta-se entre os monges do Egipto, porque um tal Siriano tinha entrado com 5 000 homens na sua catedral e ameaçava dar-lhe a morte. Este terceiro desterro dura seis anos. Dos refúgios inacessíveis do deserto de Nitri continuou a governar a diocese e a instruir o mundo católico com cartas e estudos. escreve aos bispos do Egipto e da Líbia, ao imperador, a Leôncio de Antioquia e aos monges.

Em 362 volta de novo à cidade, entre as aclamações delirantes do povo; mas depressa tem de começar o quarto desterro, porque Julião, o Apóstata, o manda sair de Antioquia e de todo o Egipto. E a nuvenzinha dura cinco meses e três semanas. Ao morrer Julião, a 26 de Julho de 363, pode voltar à sua sé.

Muito pouco tempo tinha passado em Alexandria, quando Valente, que tinha sido associado por seu irmão Valentiniano I no governo, lhe enviou a ordem de exílio pela quinta vez. Ficou escondido nos arrabaldes da cidade. Passados quatro meses, um notário imperial trazia-lhe a revogação do desterro.

E começa o período último da sua vida, desde 1 de Fevereiro de 366 até 2 de Maio de 373, quando morre gloriosamente, estando a luta pela divindade de Cristo a chegar ao fim.

O começo do panegírico que fez S. Gregório Nazianzeno resume todos os louvores deste grande batalhador cristão: «Louvar Atanásio é louvar a virtude mesma. Não celebra a virtude quem narra uma vida que realizou todas as virtudes?».

A paixão por Cristo-Deus explica a sobrenatural energia do atleta incorruptível, as suas lutas e os seus trabalhos, o seu prestigio entre os católicos e as invectivas e calúnias entre os hereges. Santo Atanásio deve considerar-se como um dos mais valentes e fervorosos soldados que teve Cristo, na história da Igreja.  www.jesuitas.pt

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José María Rúbio e Peralta, Santo
Maio 2   -  Apóstolo de Madrid

José María Rubio y Peralta, Santo

José María Rubio y Peralta, Santo

Apóstolo de Madrid

O Padre Rubio nasceu em Dalías, Lameria, em 1864. Em 1876, desejando fazer-se sacerdote, entrou no seminário. Passou oito anos em Granada /1878-1886), para completar os estudos de filosofia, teologia e direito canónico. Em 1886, foi para Madrid. Em Toledo iniciou-se em teologia (1886) e obteve o doutoramento em direito canónico. Ordenado sacerdote em 24 de Setembro de 1887, exercitou o seu ministério, primeiro em Madrid e depois durante dois anos em Chinchón, de onde passou à Estremadura como pároco em 1889; e, finalmente, voltou para Madrid, como professor do Seminário e, mais tarde, como notário da arquidiocese.

José María Rubio y Peralta, Santo

José María Rubio y Peralta, Santo

Já desde há muito tempo que se sentia atraído pela Companhia de Jesus, mas motivos de gratidão para com um velho sacerdote fizeram-no atrasar o cumprimento dos seus desejos. Só em 1906, com 42 anos de idade, pôde entrar no Noviciado, em Granada. Depois de um período relativamente breve de formação religiosa e aprofundamento dos estudos teológicos, regressou a Madrid, em 1911, e ali permanecei até à morte, em 2 de Maio de 1929, no Noviciado de Aranjuez.

A capital espanhola foi o campo do seu trabalho sacerdotal como jesuíta: a sua entrega, espírito sacerdotal e iniciativas apostólicas fizeram que se lhe chamasse o apóstolo de Madrid.O padre Rúbio era o pregador que anunciava a mensagem evangélica não de modo retórico e enfático, mas com uma sensatez e sinceridade que chegavam ao coração; a ele recorriam como ministro da reconciliação e através do qual se experimentava o amor do Bom  Pastor e se recebia uma direcção espiritual, portadora para cada uma das respostas mais ajustadas. Era, pois, um formador de cristãos autênticos através do ministério da confissão que prolongava e aprofundava nos exercícios espirituais inacianos,. dirigindo e forjando apóstolos, cada qual no seu próprio estado de vida.

Era o apóstolo que – ajudado pela colaboração de leigos, homens e mulheres – frequentava os bairros pobres da periferia de Madrid e se aproximava dos abandonados, marginais e indesejados pela sociedade, com tão afável cordialidade que estes infelizes viam nele um amigo a que recorriam,,um amigo que nunca os abandonaria e que faria tudo o humanamente possível por eles. João Paulo II beatificou-o em 6 de Outubro de 1985 e canonizou-o em 4 de Maio de 2003, em Madrid.  www.jesuitas.pt

Ver mais sobre Padre JOSÉ MARIA RÚBIO Y PERALTA, SANTO, em http://es.catholic.net/santoral

 

 

Antonino (Antonio) Pierozzi de Florença, Santo
Mayo 2 Obispo

Antonino (Antonio) Pierozzi de Florencia, Santo

Antonino (Antonio) Pierozzi de Florença, Santo

Arcebispo

Antonio Pierozzi, chamado Antonino por sua pequena estatura, nasceu em 1389, e era filho de um notário florentino. Desde muito jovem entrou para o convento dos Dominicanos, onde foi recebido pelo Beato João Dominici, a quem recitou de memória as Decretais de Gracián, para demonstrar sua preparação cultural, apesar de ser autodidacta. Do ano 1413, ano de sua ordenação sacerdotal, ao ano 1446, quando foi eleito arcebispo de Florença, ocupou vários cargos em sua Ordem: Vigário, Visitador, Prior em Fiesole, em Roma, em Nápoles e em Florença.
A ele se deve o mérito de haver encarregado ao Beato Angélico a tarefa de decorar com frescos o convento de São Marcos em Florença. Entre tanta actividade maravilha o facto de haver tido tempo para escrever numerosas obras, entre as quais merece uma menção particular a Summa moral, definida “uma grande enciclopédia sistemática do pensamento e da prática da vida cristã”. Em todos seus escritos se nota a tendência a descartar as “doutrinas sublimes” para deter se somente no que considerava útil para ele e para os demais.

Antonino (Antonio) Pierozzi de Florencia, Santo

Antonino (Antonio) Pierozzi de Florença, Santo

Era um homem prático, sensível aos problemas sociais de seu tempo, desejoso de dar um significado cristão aos novos fermentos humanísticos. O chamavam engenhosamente “Antonino dos conselhos” por sua extraordinária versatilidade no campo religioso, jurídico, político e económico, que o ocupava diariamente em audiências aos numerosos visitantes de toda classe que iam a apresentar-lhe seus problemas. Quando ficou vacante a sede episcopal de Florença, o Papa Eugénio IV o nomeou arcebispo, parece que por sugestão do Beato Angélico, que nesse momento estava em Roma fazendo uma obra de arte por encargo do Papa. 
O primeiro em maravilhar-se, e inclusive até a assustar-se ante a inesperada nomeação, foi o humilde frade Antonino, que fugiu a esconder-se em Maremma. Sua delicada saúde e os achaques físicos que o acompanharam desde sua juventude, desde que era noviço, não o impediram desenvolver uma actividade prodigiosa. A lombo de mula cavalgava como um humilde frade para visitar todas as paróquias de sua diocese e das sufragáneas de Fiesole, Pistoia e Prato. O povo florentino o amava muito, e ele defendeu seus direitos ainda contra o mesmo Cosimo de Medici, de quem era amigo. Humilde e engenhoso, zeloso e bondoso, o bom pastor se entregou em pleno a sua grei até à véspera de sua morte, em 2 de Maio de 1459. Foi canonizado por Adriano VI em 31 de Maio de 1523.
Em muitos lugares a Santo António de Florença o seguem recordando na data em que aparecia no antigo santoral: em 10 de Maio.

Mafalda de Portugal, Santa
Maio 2   -  Abadessa

Mafalda de Portugal, Santa

Mafalda de Portugal, Santa

Mafalda de Borgonha e de Barcelona

Infanta de Portugal e rainha de Castela. Era filha de Sancho I o Povoador e de sua mulher, Dulce de Barcelona.
Em 1215 contraiu matrimónio com Enrique I de Castela mas a juventude de ambos fez que o matrimónio não se chegasse a consumar. No ano seguinte, o matrimónio foi anulado pelo Papa Inocêncio III. 
À morte de seu pai, Mafalda, segundo as disposições do testamento, tinha que receber o castelo de Seia e a poção restante do termo municipal assim como todas as rendas que aí se produziam. Além disso, se lhe concedia o direito a utilizar o título de rainha.
Isto gerou um conflito com seu irmão Afonso II o Gordo que, desejando um poder centralizado, obstaculizou que sua irmã pudesse receber os títulos e direitos que lhe correspondiam. Afonso temia que algo parecido pudesse suceder com suas outras duas irmãs, Teresa e Sancha, e com os eventuais herdeiros destas, criando um problema de soberania que podia chegar a dividir o país.
Uma boa parte dos nobres portugueses se puseram do lado de Mafalda e suas irmãs, mas terminaram derrotados. À morte de Afonso II, seu filho Sancho II concedeu a suas tias algumas terras e castelos mas fê-las renunciar ao título de princesa-rainha. A paz definitiva chegou em 1223.


VIDA RELIGIOSA

 
Finalmente, tanto Mafalda como suas irmãs Teresa e Sancha fizeram-se monjas cistercienses. Mafalda fundou a Abadia de Arouca. Em 1 de Maio de 1256 faleceu no mosteiro de Rio Tinto, freguesia de Gondomar, concelho do Porto. Ao querer trasladar seu corpo até Arouca encontraram-no incorrupto, o que gerou uma forte devoção para com a infanta portuguesa.
Em 27 de Junho de 1793 foi beatificada pelo Papa Pío VI, acompanhando assim a suas irmãs Teresa e Sancha, declaradas beatas desde princípios do século XVIII. Sua festividade se celebra em 2 de Maio.

Guillermo Tirry, Beato
Maio 2   -  Mártir

Guillermo Tirry, Beato

Guillermo Tirry, Beato

Nascido na cidade de Cork (Irlanda) no seio de uma família de comerciantes profundamente católica, de  que procedia um tio bispo com o mesmo nome, entrou na Ordem de Santo Agostinho, estudando em Valladolid, Paris e Bruxelas. Por obediência às decisões de seus superiores, regressou a Irlanda alguns anos antes do começo do levantamento do Ulster (1641). Em 1646 foi nomeado secretário do Padre provincial Driscoll, e em 1649 prior do convento de Skreen. Após a chegada de Cromwell, que lhe fez impossível o exercício deste oficio, serviu a Fethard (Tipperary) como preceptor, exercendo cultamente o ministério sacerdotal.
Atraiçoado por cinco libras esterlinas, foi capturado enquanto se encontrava revestido com los ornamentos sagrados na manhã de sábado santo de 1654. Por sua vez lhe encontraram alguns escritos em defesa da fé católica. Imediatamente foi conduzido à cadeia de Clonmel, e ainda que se lhe tenha oferecido a liberdade em troca da adesão à doutrina da reforma anglicana, tudo foi inútil. O tribunal o acusou de traição em virtude das normas proclamadas em 6 de Janeiro de 1653 que proibiam aos sacerdotes a permanência no país. Em sua defesa respondeu que nos assuntos temporais reconhecia o governo, mas não nos espirituais, em que seguia o que sua consciência lhe ditava, acatando só as ordens de seus superiores religiosos e do Papa. Depois de alguma indecisão, o tribunal, pressionado pelos militares, o declarou culpável, condenando-o a ser “pendurado pelo pescoço até que lhe chegasse a morte”.
Para a execução Tirry vestiu o hábito agostiniano. No caminho para a colina junto a Fethard em que devia levar-se a efeito a sentença, com uma cadeia nas mãos e uma corda ao pescoço, exortou a multidão reunida a manter sua fé religiosa e sua fidelidade ao Papa. Já no patíbulo, depois de haver perdoado a quem o haviam vendido e haver rezado por eles, pediu perdão de seus pecados, suplicando a absolvição de algum sacerdote, se por casualidade se encontrasse entre o povo que assistia à cena. Supunha que o P. O’Driscoll o estava escutando, como assim era, misturado com o público presente.
Morreu enforcado em 1654, em 2 de Maio segundo o calendário juliano, 12 do gregoriano, seguido na maior parte de Europa.
Foi beatificado por João Paulo II em 27 de Setembro de 1992 junto a outros 16 mártires irlandeses sacrificados entre 1579 e 1654.

Wiborada de San Gallo, Santa
Maio 2   -  Virgem e Mártir

Wiborada de San Gallo, Santa

Wiborada de San Gallo, Santa

Nascida no século IX em Klingna, Aargau. Membro da nobreza Suavia.
Seu irmão Hatto foi sacerdote e preboste da igreja de Santo Magno.
Widoroba
converteu sua casa num hospital para a gente pobre que lhe levava seu irmão. 
Numa peregrinação a Roma, ingressou no mosteiro Beneditino de Santo Gallo, onde trabalhou como encadernadora, ocupando-se de bordar e ornar as telas destinadas a cobrir os numerosos e sumptuosos manuscritos que possuía este mosteiro.
Logo depois de uns anos sua vida anacoreta retirando-se do mosteiro para viver perto de uma igreja que atendia seu irmão.
Famosa por sua austeridade e seu dom de profecia. Uma das profecias mais famosas foi em que se antecipou à invasão húngara a  região, o que permitiu escapar aos monges e religiosas de São Gallo e São Magno, mas ela se negou a abandonar sua cela.
Tão cedo como os bárbaros partiram, Wiborada foi encontrada morta em sua cela, destroçada a cabeça por três golpes de machado e banhada em sangue. Era o ano 926.
Foi canonizada pelo Papa Clemente II no ano 1047, sendo a primeira mulher oficialmente canonizada pelo Vaticano.

Nicolás Hermansson, Beato
Maio 2   -  Bispo

Nicolás Hermansson, Beato

Nicolás Hermansson, Beato

Bispo

Martirológio Romano: Em Linköping, na Suécia, beato Nicolás Hermansson, bispo, o qual, exigente consigo mesmo, se entregou totalmente a sua Igreja e aos pobres, e recebeu a custódia das relíquias de Santa Brígida (1391).
Etimologicamente: Nicolás = Aquele que é vencedor pelo povo, é de origem grego.

Nicolás (Nils) Hermansson foi um destacado bispo e poeta da Suécia medieval, estreitamente associado com  Santa Brígida. Nicolás nasceu em Skanninge (Ostergotland). Cedo na vida decidiu ser um sacerdote. Estudou em Paris e Orleães; em seu retorno a Suécia em 1358 foi canónico em Linköping e Uppsala. Em 1361 era ao mesmo tempo arqui-diácono e vigário geral da antiga e importante diocese de Linköping, a mesma que administrou durante a ausência de seu bispo. Em 1374 foi eleito bispo de Linköping, cargo em que o ratificou o Papa Gregório XI, mas pela oposição do Rei Alberto não pôde tomar posse até 1375.
Nicolás sempre teve uma alta reputação. Severo consigo mesmo, estava totalmente consagrado à Igreja e aos pobres. Activo em seu trabalho pastoral, visitou todas as paróquias de sua diocese, promovendo a dignidade de culto e a moralidade no clero. Era um pregador incansável, sempre acessível ao crente. Visitava frequentemente os mosteiros, sobretudo o que Santa Brígida estava fundando em Vadstena. Foi Nicolás quem presidiu ao enterro de Santa Brígida em Vadstena em 1374 e quem benzeu o mosteiro em 1384. Também ajudou substancialmente em seu processo de canonização que se completou em 1391. Ele era um fiel devoto dos santos suecos; reviveu o culto a Santo Oscar, o apóstolo de Suécia, tinha uma devoção especial por Santo Sigfrido e Santo Botvido (28 Julho). Também era poeta litúrgico, escreveu os hinos para o oficio de Santa Brigida cujas Revelações ele usou como uma chamada ao arrependimento e renovação. Colaborou enquanto foi necessário para resistir à opressão abusiva dos reis, chegando inclusive a excomungar a Alberto e Haakon VI.
Nicolás morreu em 2 de Maio de 1391. A fama de sua santidade se estendeu por toda a Escandinávia, e cedo se começaram a reportar milagres junto de seu túmulo na catedral de Linköping. Estes acontecimentos seriam registados em 1402. Em 1414 todo o episcopado sueco solicitou ao cardeal Baldassare Cosa (o antipapa Juan XXIII) as canonizações de Brinolf de Skara, Ingrid de Skanning, e Nicolás de Linköping. O Concilio de Constança autorizou a abertura do processo da canonização. O processo formal sobre sua vida e milagres foi sustentado em Linköping e Vadstena; é interessante e particular a análise das virtudes de Nicolás e a vida religiosa na Suécia em momentos en que se vivia o Cisma de Ocidente, o mesmo que terminou em 1417 com a eleição de Martinho V quem depôs a seus predecessores cismáticos. O Papa Martinho V confirmou o trabalho da comissão para a canonização de Nicolás, mas o processo nunca se finalizou formalmente. A trasladação solene de suas relíquias teve lugar em Linköping em 1515. Posteriormente em 1523 o bispo autorizou a impressão do Oficio e Missa. Sua festividade era anteriormente em 24 de Julho mas se restaurou recentemente para a data de sua morte: 2 de Maio.
Nicolás não foi canonizado ainda formalmente, seria apropriado orar para que possa dar-se a culminação de seu processo. Seu culto e memória devem ser uma inspiração para a Igreja Católica na Suécia, muito ferida pela reforma protestante e suas consequências, mas que tem experimentado um pequeno mas significativo ressurgir.
¡Felicidades a quem leve este nome!

fonte: Butler’s live of the saints

http://es.catholic.net/santoral  e

www.jesuitas.pt

 

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...