• Isidro Lavrador, Santo
Maio 15 Camponês
Isidro Lavrador, Santo
Camponês
A biografia em espanhol, poderá ser consultada através do site http://es.catholic.net/santoral. Aqui optei por transcrever a biografia inserta no livro SANTOS DE CADA DIA de www.jesuitas.pt
Santo Isidro, pobre lavrador por sua condição, nasceu em Madrid, de pais pobres, mas tementes a Deus. Tendo desposado uma virtuosa donzela, chamada Maria, inspirou-lhe bem depressa os seus sentimentos e a sua devoção. O filho, que foi o único fruto deste casamento, ressentiu-se da piedade dos pais. Vendo Santo Isidro as formosas inclinações da mulher, propôs-lhe viverem como irmão e irmã; a isto se comprometeram, por voto.
Obrigado a ganhar, pelo trabalho das mãos, o necessário para o sustento de sua pequena família, pôs-se ao serviço da casa dos Veras de Madrid, obrigando-se a cultivar as terras mediante salário. Levantava-se de madrugada e, antes de ir para o trabalho, dirigia-se em visita a algumas igrejas, onde ouvia todos os dias Missa. Como estava assalariado, fizeram saber ao amo que ele em vez de ir cedo para o trabalho, se punha a visitar igrejas. O amo quis examinar a verdade da denúncia e chegou a saber que o seu rendeiro ia todos os dias rezar a muitas igrejas; julgou pois que a sua fazenda não podia deixar de sentir-se de uma devoção que lhe roubava as primeiras horas do dia. Estando seguro de surpreendê-lo, depois de lhe dar tempo a que chegasse ao campo, apresentou-se lá todo irado, mas ficou muito espantado ao ver de longe duas charruas a seu lado, puxadas a bois brancos. Mas desde que se aproximou, as duas charruas desapareceram. O que vira abonançou-o; cumprimentou graciosamente o lavrador, e em tom afável disse-lhe: «Confessa-me sinceramente, Isidro, de quem eram essas duas charruas que trabalhavam contigo e desapareceram, à minha chegada?» «Não sei, respondeu o santo, que eu tenha outro socorro senão o de Deus; invoco-O no começo do meu trabalho, e nunca O perco de vista durante o dia». O senhor Vera compreendeu o que significava a sua visão, e qual era o merecimento do seu rendeiro; exortou-o a nada alterar em suas práticas de devoção; reconheceu que em toda a região não havia campo melhor cultivado.
Tinha recebido um dom de oração muito sublime, o qual era principalmente contemplação. O seu amor à Santíssima Virgem parecia ter-se antecipado ao uso da razão; a Avé-Maria era a sua prece favorita; não falava da Mãe de Deus senão com entusiasmo. A sua caridade para com os pobres era extrema, e deve considerar.se um milagre a quantidade de esmolas que dava; e Deus fazia muitos milagres para autorizar as suas liberalidades e a sua confiança. Tendo um dia distribuído aos pobres tudo o que tinha, apareceu um, a quem não pôde resolver-se a recusar esmola; sua mulher, tendo buscado por todos os escaninhos, declarou-lhe a impossibilidade em que estavam, de o socorrer. «Tu não tens confiança, torna-lhe o Santo; procura com um pouco mais de fé e acharás que dar de esmola». O acontecimento acreditou a predição; uma abundância miraculosa se lhe deparou subitamente em casa, grande número de pobres foi contemplado; e esta mulher compreendeu quanto a caridade torna a confiança eficaz.
Isidro Lavrador, Santo
Não era somente a favor dos pobres que Deus autorizava a sua caridade; a compaixão pelos animais foi muitas vezes acompanhada de milagres. Indo um dia moer trigo, viu todo o campo coberto de neve e, sobre uma árvore, grande número de aves, prestes a morrerem de fome; impressionou-se muito, espalhou parte do trigo, dizendo com simplicidade e doçura; «Comei avezinhas. Deus dá abundantemente para todos». Um dos amigos, que o acompanhava, riu-se de tal simplicidade, e tomou-a por imbecilidade; mas penitenciou-se logo que viu, ao chegarem ao moinho, que os sacos de Santo Isidro se encontravam mais cheios do que antes de ter espalhado o trigo; o censor transformou-se em panegirista da maravilha.
Santo Isidro passava os dias nesta santa obscuridade, desconhecido dos grandes do mundo, confundido entre os pobres lavradores. Tendo caído doente, previu o dia feliz em que o senhor queria terminar os seus trabalhos. Preparou-se para esta última hora, com novo fervor. Enfim, abrasado no amor de Deus, cheio de virtudes, cumulado de merecimentos, morreu a 15 de Maio de 1170, na idade de cerca de 55 ou 60 anos. Apenas expirou, Deus manifestou a glória do seu servo por grande número de milagres, que tornaram o seu túmulo glorioso e célebre por toda a Espanha; o seu corpo, ficou, todavia, por espaço de quarenta anos, enterrado sem distinção no cemitério da paróquia de Santo André de Madrid. Mas Santo Isidro apareceu em sonhos a um pobre homem que o tinha conhecido e disse-lhe que procedesse por forma a que o seu corpo fosse exumado do cemitério para ser colocado na igreja, em lugar mais decente. Tendo ele, por timidez ou desconfiança, negligenciado a ordem, foi punido com grave enfermidade, de que se não pôde curar, senão no dia da trasladação do santo corpo.
O tempo decorrido desde esta trasladação tendo sido cheio de milagres seus, Paulo V, depois de todas as informações e formalidades ordinárias, resolveu publicar a bula da sua beatificação no ano de 1619. O zelo desenvolvido pelo rei Filipe III para apressar esta beatificação foi em breve recompensado. Voltava ele de Lisboa, quando enfermou em Casarubios dei Monte; os médicos desesperavam de lhe salvar a vida. Todos os remédios eram inúteis; foi preciso recorrer à poderosa intercessão do Santo Lavrador. Enquanto se estava celebrando a Missa em sua honra na igreja de Santo André, pela saúde do rei, um correio trouxe a notícia de que ele estava nos últimos momentos, e tinha já perdido todo o conhecimento. A consternação foi geral; mas a confiança na protecção do santo susteve as lágrimas, sobretudo quando se soube na cidade que, por ordem dos magistrados, se ia levar o caixão do santo ao quarto do rei enfermo. Colocaram o caixão sobre uma espécie de carro magnificamente adornado. O príncipe herdeiro saiu a receber a santa relíquia com toda a corte à entrada do parque, e acompanhou-a até ao quarto do rei, seu pai. O caixão foi colocado numa espécie de trono, junto ao doente. O rei, logo que a santa relíquia entrou no seu quarto, sentiu-se completamente curado.
O Papa Gregório XV, a instâncias de Filipe IV e para dar satisfação aos desejos de toda a Espanha, procedeu solenemente à sua canonização no dia 22 de Março do ano de 1622. Foram juntamente canonizados os santos Inácio de Loyola, Francisco Xavier, Teresa de Ávila e Filipe Néri. Santo isidro é o Padroeiro principal da cidade de Madrid.
Comentários ao autor Jesús Martí Ballester
Se queres saber mais consulta San Isidro
Santo Paulo e Santo André
(mártires 250 ou 251)
Maio 15
Dionísia de Troas, Santa
Mártir
Neste dia, contam as Actas deles (consideradas como dignas de crédito), um tal Nicómaco renegara Cristo, quando Paulo e André, acusados com ele mas conservando-se firmes na fé, tinham sido condenados à morte. Nicómaco saía do tribunal com o seu libellum (certificado de apostasia), quando caiu morto na rua: «Ah!, o mais infeliz dos homens pois, se tivesse continuado mais alguns minutos na terra, não se teria nunca perdido no outro mundo!». Foi Dionísia, jovem de 16 anos, quem assim falou. Deste modo se veio a saber que ela era cristã e houve pagãos que a levaram ao procônsul Optimus, que estava ainda no tribunal. Ela desafiou: «Não tenho medo de ti; tenho um amigo mais poderoso do que tu, o qual me ajudará nas torturas». Optimus prendeu-a imediatamente; mas ela, ouvindo a vozearia do povo, que lapidava Paulo e André, escapou-se e correu para junto dos corpos destes, exclamando: «Quero sofrer como vós para ser feliz convosco no céu». O procônsul mandou-a primeiro torturar; e depois foi-lhe cortada a cabeça. Isto a 15 de Maio de 250 ou 251.
«Assim, acrescentam as Actas, depois de sofrerem os mesmos combates contra o século, o demónio e o procônsul, estes ilustres mártires mereceram, pela Graça de Cristo, as honras da vitória, sendo Dionisia morta à espada, Paulo e André lapidados. passou-se isto em Lâmpsaco nos idos de Maio, sendo imperador Décio (249-251), e sendo proconsul Optimus, e reinando sobre o mundo Nosso Senhor Jesus Cristo. Para Ele a honra, o poder e a glória. Ámen».
Esta é a versão de SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Se quiserem ver estas biografias em espanhol, por favor consultem http://es.catholic.net/santoral
• Dimpna (ou Difna), Santa
Mayo 15 Mártir, padroeira dos enfermos mentais
Dimpna (ou Difna), Santa
Padroeira dos epilépticos e dos enfermos mentais
Etimologicamente significa “ cervo pequeno, veadinho”. Vem da língua irlandesa.
A devoção a Santa Dimpna se fez muito popular por causa das curas de epilépticos e lunáticos com suas relíquias. Desde então é considerada padroeira dos enfermos mentais. No século XIII se construiu em Gheel uma enfermaria para enfermos mentais que hoje em dia é um moderno hospital psiquiátrico. Ali se veneram as relíquias da santa.
Dimpna é filha única de um rei pagão irlandês. Era belíssima e muito parecida a sua mãe. Quando esta morreu o rei viúvo ficou desconsolado até ao ponto de ficar mentalmente perturbado. Seus cortesãos lhe sugeriram que se voltasse a casar. Ele aceitou mas buscava a uma mulher que fosse uma réplica exacta de sua defunta esposa. Não a encontrando, um conselheiro sugeriu-lhe que se case com sua filha que tanto se parecia a sua mãe. Ainda que ao principio o rei tenha recusado a ideia, pelo seu estado de obsessão, terminou por aceitar.
A filha recusou e se manteve firme como uma rocha. "Definitivamente não. Se tivesses algo de decência não me proporias esta união. Sabes que sou cristã. Tu te atas a tuas crenças pagãs. Ao menos permite-me viver segundo minhas próprias convicções"
Ele tratou de a convencer com afagos, pedidos; quando isso não deu resultado, a ameaçou e jurou fazê-la pagar por sua recusa. Dimpna logrou una prorrogação de 40 dias. Nesse tempo foi ter com o Padre Gereberto que a aconselhou guardar sua distância. Depois de pensar melhor, o padre aconselhou-a que fugisse do palácio.
O Padre Gereberto, Dimpna junto com outros cruzaram o mar e chegaram a Antuérpia, na costa de Bélgica. Ficaram no povoado de Gheel, perto de um santuário dedicado a São Martinho de Tours. Por três meses viveu entre eles. Mas o rei por meio de espias logrou conhecer seu paradeiro e foi em pessoa a Gheel.
Tratou uma vez mais de a atrair, com promessas, oferecendo-lhe dinheiro e prestigio. Dimpna sabia que aquela proposta ofendia a Deus. Além disso, com o consentimento do Padre Gereberto, havia feito um voto de virgindade.
Para a isolar de seu apoio moral, o rei mandou matar a Padre Gereberto. Mas Dimpna ainda se manteve firme: "Nada, nada me induzirá a ofender a Jesus Cristo". Enfurecido, o rei mandou a seus vassalos que a matassem. Mas eles, por primeira vez, recusaram obedecer-lhe. Eles conheciam que a princesa era virtuosa e a respeitavam. Não podiam dispor-se a matá-la. Então o rei com sua própria arma cortou a cabeça de sua filha. Dimpna morre mártir aos 15 anos de idade.
Além dos patronatos já assinalados, também é a patrona dos sonâmbulos, das vítimas de incesto e das vítimas de violação.
ORACIÓN
Senhor,
Deus nosso,
Amavelmente adoptaste a Santa Dimpna
como patrona daqueles aflitos
com desordens mentais e nervosas.
Ela é fonte de inspiração
e símbolo do amor para todos que pedem sua intercessão.
Por favor concede, Senhor,
através das orações desta pura e jovem mártir,
alivio e consolo a todos os que sofrem tais provas,
e em especial àqueles pelos que nós oramos.
(Aqui se mencionam os nomes daqueles quem se queira orar).
Nós te suplicamos, Senhor,
ouvir as orações que Santa Dimpna apresenta em nosso nombre.
Concede a todos aqueles,
pelos que nós oramos,
paciência em seus sofrimentos
e resignação ante tua vontade.
Por favor enche-os da esperança,
e concede-lhes o alivio e cura que tanto desejam.
Te pedimos por Cristo nosso Senhor
que sofreu a agonia e Getsemaní.
Ámen.
S. Manços
A referência mais antiga que se conhece é uma doação feita em 1195 por D. Telo Peres ao mosteiro de Villa Nueva de San Mancio (Manços), na diocese de Palência, província eclesiástica de Toledo. A par deste dado, conservam-se duas lendas.
A primeira assevera que Manços, romano, cristão fervoroso ao serviço duma família judia na região de Évora, foi por seus amos maltratado até à morte, em ódio da fé. Enterrado junto dum caminho, apareceu a um viandante, a quem narrou as peripécias do seu martírio. Metido em sepulcro de pedra, mereceu, por seus milagres, que depois lhe erigissem sumptuosa Igreja.
A segunda contada por André de Resende, mantendo a origem romana do mártir, conta que foi discípulo de Cristo, esteve na última ceia e se encontrava no Cenáculo por ocasião da descida do Espírito Santo. Enviado pelos Apóstolos, foi martirizado em Évora, sendo bispo, em tempo do governador Valídio. A fantasia dos hagiógrafos posteriores povoou de pormenores ainda mais inverosímeis a biografia do presumível fundador da cristandade eborense.
A primeira tradição não é anterior aos tempos da reconquista. O seu culto, em Évora, remonta aos fins do século XIII. Em 1592, sendo arcebispo D., Teotónio de Bragança, veio de Villanueva uma relíquia do mártir. É possível que a relação de S. Manços de Villa Nueva com o de Évora date de tempos recuados, talvez do século XIII. www.jesuitas.pt
Http://es.catholic.net/santoral e www.jesuitas.pt
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca