Beda o Venerável, Santo
Maio 25 - Presbítero e Doutor da Igreja
Beda o Venerável, Santo
Presbítero e Doutor da Igreja
Ele mesmo se apresenta assim no epílogo que pôs, três anos antes de morrer, na sua História dos Ingleses: «Eu, Beda, servo de Deus, nasci perto da abadia de Wearmouth, e só tinha sete anos quando fui confiado aos cuidados do abade Bento (S. Bento Biscop). Desde então, passei toda a minha vida no claustro, repartindo o tempo entre o estudo da Sagrada Escritura, a observância regular e a celebração do ofício divino. Toda a minha felicidade estava em estudar, ensinar e escrever. Fiz-me padre aos trinta anos. desde então até agora, que tenho 59, apliquei-me a redigir, para meu uso e para o dos meus irmãos, comentários da Sagrada Escritura, umas vezes tirados da Sagrada Escritura, outras vezes tirados dos Santos padres, e outras concebidas no espírito deles…» Enumerando as suas obras, Beda cita 45, sem contar as cartas que são, por vezes, verdadeiros tratados. Falou de tudo: da ortografia, dos autores clássicos, do trovão, do Sol, dos santos do martirológio que ele dotou de notícias históricas, do calendário «gregoriano» que mais que ninguém ajudou a que fosse adoptado no Ocidente… As suas obras de espiritualidade, de exegese e de teologia estabeleceram a lei nos mosteiros e nas escolas da Igreja latina até à chegada da escolástica. Quanto à sua História inglesa, vai das origens até ao ano de 731, e nenhum historiador dos primeiros séculos da Europa pode prescindir dela. É compilador e vulgarizador incomparável. Foi ele que introduziu o conhecimento dos Padres latinos na Inglaterra. Foi também o primeiro autor a servir-se do inglês nos escritos. Nasceu em 673 e faleceu a 26 de Maio de 735. A morte foi humilde e tranquila, como fora a vida. na véspera ainda, sentado na cama, ditava uma tradução inglesa do Evangelho de S. João. Sendo ele vivo, já os seus textos eram lidos nas igrejas. Ora era necessário anunciá-los, dar-lhes um título, um nome de autor. Para não dizerem simplesmente «de Beda», diziam «do venerável Beda». este adjectivo ainda hoje o juntam,os ao seu nome de baptismo.
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• María Madalena de Pazzi, Santa
Maio 25 Mestra de Noviças
María Magdalena de Pazzi, Santa
Mestra de Noviças
Santa Maria Madalena, da ilustre casa dos Pazzi, nasceu em Florença, Itália, no dia 2 de Abril de 1566, e foi seu nome de baptismo Catarina. Pequenina, agarrava-se à mãe com extraordinário ardor nos dias em que esta voltava a casa, depois de ter comungado. Mas se ela não comungara, a filha não tinha as mesmas expansões. A mãe pergunta-lhe a razão. resposta: a mãe «sabe-me» a Jesus. Dir-se-ia que nasceu com amor ardente para com Jesus e ternura extrema para com a Santíssima Virgem. Deus favoreceu-a com o dom da oração, ainda antes de ter idade para aprender a ler. Passava horas inteiras neste exercício, e quando lhe perguntavam o que fazia em seu oratório, respondia: «Peço a Deus me ensine o que é mister que eu saiba para Lhe agradar». Tinha apenas sete a oito anos, quando o padre Rossi, jesuíta, começou a ouvi-la de confissão. Foi necessário observá-la para lhe interromper os jejuns; toda a solicitude do director e da mãe não conseguia mais do que moderar-lhe as austeridades. O seu desejo, a sua virtude e a sua razão determinaram o confessor a permitir-lhe a comunhão na idade de dez anos. Não sabendo como mostrar-se reconhecida, resolveu consagrar a Deus a sua virgindade; fez voto, e desde então não se considerou senão como esposa sua. Esta nova qualidade despertou-lhe novo desejo dos sofrimentos. Para se tornar agradável ao seu divino Esposo, começou desde a idade de doze anos a deitar-se no chão duro e a macerar o corpo com toda a sorte de austeridades. A vida de Jesus Cristo na cruz inspirava-lhe cada dia alguma nova mortificação. Obteve da família licença de entrar, como pensionista, no mosteiro das religiosas de S. João, em Florença. Teria passado noites inteiras no coro, se não se empregasse alguma severidade para de lá a arrancar. Tornou-se forçoso, no entanto, deixar ela tão doce intimidade, por ocasião do regresso de seus pais a Florença. Tinha apenas quinze anos; a sua virtude – mais ainda do que a fortuna, nascimento ou beleza – tornava-a muito pretendida. Mas todas as solicitações se malograram; declarou aos pais que tinha feito voto de entrar em religião e de não ter nunca outro Esposo além de Jesus Cristo. Seus pais eram muito virtuosos, e a sua vocação muito patente, para que se pusessem obstáculos ao propósito. Deixaram-lhe o convento à escolha; preferiu as Carmelitas, porque todos os dias comungavam. Entrou no convento de Santa Maria dos Anjos no ano de 1582, tendo cerca de 16 anos e meio de idade. Depois de alguns dias de prova, viu-se novamente chamada pelos pais. Foram três meses de rudes combates que teve de sustentar; mas nada pôde abalar a sua resolução; tornou outra vez para o convento, onde deixou o nome de Catarina pelo de Madalena. Por muito louvável que fosse o hábito, que tinha no mundo, de praticar grandes austeridades e passar muitas horas em oração, não deliberou um momento, quando foi necessário sujeitar-se à vida comum das noviças. A devoção, a união íntima com Deus, a pontualidade e mortificação tornaram-na perfeita religiosa em menos de seis meses. Madalena suspirava todos os dias pelo momento em que havia de consumar o seu sacrifício; mas foi mister dilatá-lo, por causa duma enfermidade que a pôs às portas da morte. A sua profissão realizou-se enfim no dia da festa da Santíssima Trindade, com tal devoção e abrasada de tão ardente amor para com Deus, que durante muitas horas esteve arrebatada em êxtase. Viam-na algumas vezes imóvel, os olhos elevados ao céu ou pregados em um crucifixo. Ouvia-se-lhe dizer muitas vezes: «Ó amor! Ó amor! Será possível que sejais conhecido, ó meu divino amor, e não sejais amado?» Algumas vezes, durante estes transportes de amor, corria toda a casa e as alamedas do jardim, com o rosto todo abrasado, dizendo: «Não terei descanso enquanto não encontrar Aquele que é o amado de minha alma… Eu vivo, exclamava outras vezes, eu vivo, mas não sou eu que vivo, é Jesus Cristo que vive em mim».
Parece que Nosso Senhor se comprazia em instruir Ele próprio esta alma pura, em suas íntimas comunicações. tendo voltado um dia a si de um longo êxtase, o confessor e a superiora ordenaram-lhe que lhes dissesse o que Deus lhe tinha feito conhecer durante esse rapto e as instruções que lhe tinha dado; obedeceu: «O meu divino Mestre, disse, ordenou-me conservasse com cuidado e vigilância extrema a pureza do coração e a simplicidade; deu-me tão alta ideia do preço e do mérito da virgindade, que eu não poderia exprimi-lo por palavras». E acrescentou mais umas dez ordens recebidas do Céu». Foi dizer um dia à superiora que o Senhor queria que se não nutrisse senão de pão e água. Não aprovando a superiora esta singularidade, ordenou-lhe que seguisse a vida comum; obedeceu sem réplica, mas foi-lhe impossível reter um só instante qualquer outro alimento e desde essa altura não teve outro, em todo o resto dos seus dias. Mas não foram estas mortificações o que teve de mais árduo a sofrer. Deus quis purificar a sua grande alma no fogo da tribulação e aumentar desta sorte o seu mérito. Entregue por espaço de cinco anos às mais violentas tentações e às mais rudes provas, viu-se como que sujeita a todo o furor dos demónios; debateu-se com um desgosto violento por todos os exercícios de piedade, uma insubordinação geral de todas as paixões, e algumas até muito humilhantes. A graça sustentava-a mas não era sensível em tão triste estado. Viam-na algumas vezes, em extremos de desolação, correr aos oratórios que havia no convento, e derramando lágrimas abraçar estreitamente alguma estátua da Virgem Maria. Exclamava muitas vezes: «Non mori, sed pati, não morrer mas sofrer». Velava noite e dia à cabeceira dos doentes, e prestava-lhes os ofícios mais humilhantes; o seu maior prazer era obedecer mesmo ás irmãs não do coro em seus ofícios. Não é possível levar mais longe a caridade, a mortificação e a humildade, em tudo o que o fazia esta santa. A calma sucedeu à tempestade; Jesus Cristo apareceu-lhe. Daqui por diante não houve mais do que transportes, do que excessos do amor divino: «Amar a Deus e aborrecer-mo-nos a nós mesmos». Eis, dizia ela, em que consiste a perfeição. Nunca houve freira que tivesse ideia mais levantada e mais justa da felicidade deste estado, o mundo ficaria bem depressa deserto. O zelo da salvação das almas consumia-a; todos os dias orava e se penitenciava pela conversão dos pecadores; o tempo do Carnaval era para si a estação das lágrimas; eram dias de martírio. Embora muito jovem ainda e sempre doente, foi encarregada dos principais ofícios da casa; foi durante muito tempo directora das religiosas entradas ainda de pouco, e das noviças, e enfim escolhida por toda a comunidade para superiora. Deus favoreceu-a com os maiores dons sobrenaturais; foi dotada com a prerrogativa dos milagres e da profecia; e, no momento em que S. Luís Gonzaga, da Companhia de Jesus, expirou em Roma, santa Madalena viu durante um êxtase o sublime grau de glória a que fora elevado no céu. As suas dores e enfermidades aumentavam todos os dias, e não se pode compreender como um corpo tão fraco e delicado podia resistir a tantos males. Enfim, esta vítima ditosa, consumida mais pelos ardores do fogo divino do que pelos sofrimentos, entregou o espírito ao Criador e foi gozar da alta recompensa que lhe estava preparada. Foi a 26 de Maio de 1607, tendo a idade de 41 anos, 25 dos quais passados no mosteiro. Foi beatificada em 1626 e incluída no catálogo dos santos no ano de 1669. www.jesuitas.pt
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• Gregorio Vll, Santo
Maio 25 - CLVII Papa
Gregorio Vll, Santo
CLVII Papa
O período que decorre do ano 1073 a 1085, em que S. Gregório governou a Igreja de deus co todo o zelo e dignidade, é o período mais notável da história eclesiástica. São doze anos de heroísmo, de lutas contínuas com que o Santo papa conquistou a liberdade da Igreja e salvou a sociedade da sua ruína iminente. Hildebrando era o seu nome antes de ser elevado ao sólio apostólico; foi secretário do imperador Henrique III, depois monge beneditino do mosteiro de Cluny, em França, onde foi abade, em seguida ocupou o mesmo cargo em Roma, no mosteiro de S. Paulo extra Muros e, ultimamente Cardeal sub diácono e Arcediago da Igreja Romana. Era então crítica a situação da Igreja, em cuja disciplina se havia introduzido alguma relaxação. O poder temporal dispunha a seu bel-prazer dos bispados, das abadias e de todos os benefícios eclesiásticos. A título de padroeiros e fundadores da Igrejas, os príncipes, mormente os imperadores alemães, queriam nomear para elas criaturas suas, que lhes compravam os benefícios em almoeda. O alto clero, na Alemanha, Itália e França, estava às ordens do poder secular. Neste estado de coisas, vários pontífices se sucederam no século XI que sem dúvida se esforçaram por sustentar os direitos da Igreja, conculcados pelos poderes temporais, e rebater os abusos introduzidos no alto clero. Devem comemorar-se S. Leão IX, Vítor II, Estêvão IX, Nicolau II e Alexandre II, que promulgaram cânones vigorosos para manter a liberdade das eleições canónicas. É preciso, contudo, confessar que estes pontífices, apesar de costumes santíssimos e muito zelosos pelo depósito da fé, da moral e da disciplina religiosa, usaram dalguma moderação. Requeria-se mão forte e enérgica, carácter inflexível, que a um zelo eminente unisse uma santidade e ciência profundas. Todas as superiores qualidades possuía o monge Hildebrando, que principiou a manifestar-se durante aqueles cinco pontificados. Foi o braço direito da Igreja, ocupando vários cargos importantes junto do trono apostólico. Todos os negócios mais graves da Igreja eram confiados à sua conhecida prudência e virtude, e todos eram desempenhados com grande talento. devemos afirmar que o bom governo daqueles papas é devido ao santo cardeal Hildebrando.
Morreu no ano de 1703 Alexandre II, e no meio do funeral deste Papa foi proclamado o monge Hildebrando. Recusou tão alta dignidade, mas o tumulto cresceu, e quase à força foi levado à igreja de S. Pedro. Não lhe foi possível resistir à eleição do céu, e tomou o nome de Gregório VII.Vendo o grande corpo da Igreja paralisado na sua marcha por obstáculos materiais, usurpações e oposições dalguns soberanos, resolveu abater com a espada da palavra esta potência bruta, retrógrada e revestida de ferro, que oprimia o campo do Senhor. Ao imperador alemão Henrique III, íntimo amigo de Gregório, havia sucedido seu filho Henrique IV, príncipe infame por seus vícios desregrados, sacrílego, simoniaco, perjuro, patrono de todos os inimigos da Igreja. Para fazer entrar na ordem a sociedade eclesiástica, era preciso arredar tão poderoso obstáculo. S. Gregório admoestou paternalmente o imperador, fazendo-lhe ver os males que trouxe à Igreja e que, sendo cristão ainda que soberano, estava sujeito ao poder do Vigário de Jesus Cristo. O tirano não obedeceu e continuou nos excessos e usurpações escandalosas, chegando a depor o santo pontífice. os povos do império, principalmente os saxónios, rebelaram-se contra Henrique IV. Nestas circunstâncias o papa, como supremo Pastor da Igreja , excomungou o Imperador, declarou-o privado de trono para que fora eleito e chamou-o a Roma para dar conta dos seus crimes. É admirável o valor de S. Gregório VII em tão difícil conjuntura! Henrique, aborrecido dos seus próprios súbditos, pareceu voltar a melhores sentimentos e arrepender-se do mal que havia feito. veio a Itália humilhar-se diante do santo padre, pedindo perdão dos seus pecados. No ano de 1077, apresentou-se em Canossa, à porta do templo, descalço, vestido de alva e com uma corda ao pescoço, para lhe ser levantada a excomunhão. Contudo, a luta não terminou. O imperador, sempre perjuro e sacrílego, voltou à desobediência, a todos os erros e crimes passados. Reunindo em Worms um conciliábulo de cismáticos, opôs contra-bulas às bulas pontifícias. O papa não se atemorizou; continuou a condenar os simoniacos e o seu protector Henrique IV, e foi inexorável com o desregramento do clero. O santo pontífice limpou a Igreja da lepra das investiduras pelo báculo e anel; que se arrogavam os imperadores, e colocou o chefe visível do Catolicismo no seu verdadeiro lugar. Perseguido em Roma pelo tirano da Alemanha, S. Gregório VII viu-se obrigado a retirar para a cidade de Salerno, onde morreu em 25 de Maio de 1086. No meio das calúnias dos seus inimigos, Deus manifestou com prodígios a santidade dele. Com o sinal da cruz extinguiu o incêndio que os soldados de Henrique lançaram à cidade de Roma. Celebrando os santos mistérios, muitas vezes se viu descansar no seu ombro uma cândida pomba com as assas estendidas. S. Gregório VII reuniu vários concílios e com o conselho e aprovação deles é que procedeu. Este procedimento foi nos séculos seguintes aprovado por homens de maior autoridade, como S. Tomás de Aquino, S. Boaventura, Santo Antonino, S. Raimundo de Penha Forte e inumeráveis doutores e teólogos. S. Gregório VII morreu pronunciando estas palavras: Dilexi justitiam et odivi iniquitatem, propterea morior in exilio: Amei a justiça e odiei a iniquidade, por isso morro no exilio. www.jesuitas.pt
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• Madalena Sofía Barat, Santa
Maio 25 - Fundadora
Magdalena Sofia Barat, Santa
Fundadora da Sociedade do Sagrado Coração de Jesús
A fundadora da Sociedade Religiosa de Damas do Sagrado Coração nasceu em Joigny, localidade da Borgonha, França, a 13 de Dezembro de 1779, e morreu em Paris, a 25 de Maio de 1865. Foi solenemente canonizada por Pio XI, em 1925. Filha dum lavrador, que por suas mãos cultivava umas vinhas, seu único património, foi educada sob a direcção do irmão mais velho, Luís Barat, que lhe ensinou latim, grego, história, ciências naturais, matemática e língua espanhola e italiana. Chegou a traduzir correntemente Homero, Virgílio e os escritos dos santos padres. Embora não a ajudasse a constituição física, débil e enfermiça, sobrepôs-se a todas as dificuldades com indomável e activa força de vontade. Não tinha ai da cinco anos e já consagrava a Deus a virgindade, com o propósito de fazer-se religiosa. Repetidas vezes mostrou desejo de vestir o hábito de carmelita descalça. Destruídos e encerrados os claustros na França pela Revolução de 1793, os seus desejos não eram de fácil realização. Luís, seu irmão, foi encarcerado quando Madalena contava 14 anos de idade. A Providência ia temperando a alma de aço da futura fundadora. Restituído à liberdade seu irmão Luís e ordenado sacerdote, fixou-se em Paris e para lá conduziu a irmã, a fim de ela continuar os estudos: isto quando tinha uns vinte anos. Luís contraiu amizade muito íntima com um membro da extinta Companhia de Jesus, o Padre José Varin, que sonhava com fundar um instituto religioso que se dedicasse à formação cristã da juventude feminina. O P. Varin tratou com a irmã de Luís e viu nela o instrumento providencial para a ambicionada fundação. Ele e a irmã dela fizeram-na desistir dos seus propósitos de ser carmelita. – Pensarei nisso – respondeu ao P. Varin, um dia em que este lhe manifestou os desígnios que Deus alimentava sobre ela. – Não há nada que pensar – rematou o Padre – , uma vez que se conhece a vontade de Deus, só fica obedecer. O tom inspirado do Padre fixou para sempre o ânimo da jovem e, a 21 de Novembro de 1800, com três companheiras, consagrou-se a Deus por meio de votos. Assim começou a Sociedade do Sagrado Coração de Jesus, que tomou como fim próprio honrar e glorificar o Divino Coração, e escolhia, por meio, a santificação própria e a salvação das almas, inspirada no fim que Santo Inácio de Loyola tinha indicado para a sua Companhia. Desde então, Madalena Sofia ofereceu-se em holocausto ao Coração de Jesus: «Viver sem padecer é viver sem amar, e viver sem amar é morrer». Em 1801 inaugurava-se, em Amiens, berço da Sociedade do Sagrado Coração, o primeiro colégio para a formação de meninas, á sombra do P. Varin, que tinha aberto antes outro de rapazes, com a ajuda de vários membros da extinta Companhia de Jesus.
As religiosas viviam nas águas furtadas, remendavam a roupa e compunham o calçado no «êxtase de abnegação», como diz S. Francisco de Sales. Alma de todo o colégio era Madalena Sofia, a mais nova de todas as religiosas, pois tinha apenas 23 anos. Eleita Superiora geral pelas irmãs, durante 10 anos não parou, na sua humildade, de trabalhar por que lhe aceitassem a renúncia. Mas «era a vontade de Deus», tinha-lhe dito o P. Varin, e foi Superiora até ao fim da vida. Nas dificuldades do governo, costumava dizer: «Quando tudo nos abandona, tudo abandonemos nas mãos de Deus». E seguiu o seu caminho, firme no Sagrado Coração de Jesus, a quem se tinha consagrado sem reserva; feliz, «pois consagrar o coração a Jesus é consagrá-lo à felicidade»; disposta a desaparecer, se tal convinha, «porque Deus edifica as suas obras sobre o nada»; sem perder nunca o optimismo nas «horas desesperadas, que são as horas de Deus». Em 1804, trasladou-se a madre para Grenoble. Ao entrar no convento de Santa Maria do Alto, saiu-lhe ao encontro uma religiosa que, prostrando-se-lhe aos pés, o beijou. Era a Madre Filipa Duchesne, alma de têmpera apostólica, que devia ser o braço direito da Fundadora e levar o Instituto ao Novo Mundo. de Grenoble foi para Lião e depois para Amiens, onde em 1806 foi eleita Superiora Geral. Infundir o espírito da nova obra e dilatá-la em centenas de casas foi o labor contínuo e eficaz de Madre Barat. Escreveu as Constituições, que submeteu à aprovação das suas filhas, primeiro, e depois à do Sumo Pontífice Leão XIII, que as aprovou a 22 de Dezembro de 1826. Percorre a França em todas as direcções, e do mesmo modo a Suiça e a Itália, para estender a Instituição e atender os necessitados. O talento e o saber, pouco comum, naquele tempo, no seu sexo, a vontade indomável e o coração de mãe, tudo informado pelas mais austeras e profundas virtudes cristãs, granjearam-lhe fama em todas as classes sociais. Falava com nobres e príncipes, sábios, bispos e cardeais. A maior parte das suas fundações foram colégios de ensino para meninas: na França, América do Norte, Itália, Suiça, Bélgica, Argélia, Inglaterra, Irlanda, Holanda, Áustria e Polónia. Em Espanha, abriu as casas de Sarriá (Barcelona), em 1846; Chamartin de la Rosa (Madrid) em 1859; e a de Sevilha, que foi a última aceite. Na América do Sul a de Santiago do Chile, em 1854; a de Talca, em 1859 e a de Havana também em 1859. A 21 de Maio de 1865, estando na casa de Paris, anunciou á comunidade a sua morte próxima, com estas palavras: «Apresso-me a vir hoje, pois na quinta-feira vamos para o céu». Efectivamente, carregada de méritos e trabalhos pela glória do Sagrado Coração de Jesus, beijando o santo Crucifixo, morreu no dia em que predissera, 25 de Maio de 1865, festa da Ascensão do Senhor. O teor da sua vida resume-o numa das cartas mais íntimas: «Sofrer por todos e não fazer sofrer ninguém». Chama à humildade virtude das almas grandes e complemento de quanto falta às pequenas. Se alguém fazia referência aos trabalhos que tinha realizado pela glória do Sagrado Coração de Jesus, respondia: «Fi-lo como menina a quem pegam na mão para escrever na sua pauta». Quando não estava ainda estabelecida a clausura, ia à sua aldeia natal de Joigny e tomava como companheira uma das religiosas mais aristocráticas, a fim de esta ficar a conhecer a pobreza da casa em que nascera. Um grande senhor encontrou-a um dia com a vassoura na mão: «- Que faz, Madre Geral? – Senhor Duque, o que teria feito durante toda a a vida, se tivesse ficado no lugar que me toca». «A Madre Barat é a revelação da humildade», dizia um Bispo. www.jesuitas.pt
• Urbano I, Santo
Maio 25 - Papa e Mártir
Urbano I, Santo
XVII Papa
Santo Urbano, hijo de Ponciano: sucedió a Calixto. Fue varón santísimo de muy amable y dulce conversación, y con el ejemplo de su vida y predicación apostólica convirtió en Roma a nuestra santa fe gran número de ciudadanos y caballeros, y entre ellos fueron Valeriano esposo de Santa Cecilia, y Tiburcio su hermano, a los cuales el Santo Pontífice bautizó y animó para que constantemente muriesen por Jesucristo; a cuya honra y veneración San Urbano consagró la casa de Santa Cecilia y la hizo templo. Escribió una epístola llena de admirable doctrina de la que se coligen algunos decretos.
Daban en aquel tiempo los fieles sus heredades y posesiones para el culto divino y sustento de los ministros de ella y de los pobres. Mandó Urbano que los tales bienes no se pudiesen gastar en otros usos, añadiendo graves penas contra los que usurpasen las cosas eclesiásticas; porque son, dice, ofrendas de los fieles, y rescate de pecados y patrimonio de los pobres. Y porque algunas veces las mismas heredades, bienes y raíces se vendían para socorrer a las necesidades de los pobres. Ordenó que de allí en adelante no se vendiesen, sino que con las rentas de ellas se proveyese las que los ministros de la Iglesia y los pobres necesitaran, quedando siempre en pie la raíz y fuente de donde se pudiesen remediar semejantes necesidades.
Mandó asimismo evitar al excomulgado por el obispo, aunque no fuese de todo punto la sentencia justa; y que de mano del mismo obispo recibiesen los fieles el sacramento de la Confirmación después del bautismo. Fue el primero que usó patenas, cálices y vasos de plata para el uso de la Iglesia y ministerio del sacrosanto Sacrificio de la Misa. Y no sólo cálices y vasos de plata, más de oro y piedras preciosas usaron los Santos en el servicio de la Iglesia, y los fieles las ofrecían al Señor, mostrando en esto su piedad y devoción, reconociendo que lo que los hombres tienen por más precioso debe servir al Señor de todo lo creado, que se los dio.
El desacuerdo que produjo Hipólito en la Iglesia Romana continuó durante el pontificado de Urbano. Hipólito y sus seguidores persistieron en el cisma; fue probablemente durante el reinado de Urbano que Hipólito escribió su "Philosophumena", en donde atacaba severamente al Papa Calixto. Urbano mantuvo la misma actitud adoptada por su predecesor hacia el grupo cismático y su líder. Nada dicen las autoridades históricas sobre que se haya dado algún otro problema durante la vida de la Iglesia Romana de esa era. En el año 222 Alejandro Severo se convierte en emperador romano. Éste favoreció un eclecticismo religioso y protegió asimismo al Cristianismo. Su madre, Julia Mammaea, era amiga del maestro alejandrino Origen, y lo llamó a Antioquia. Hipólito le dedicó a ella su trabajo sobre la Resurrección. El resultado de la opinión favorable que tanto el emperador como su madre tuvieron sobre el Cristianismo, permitió que los cristianos gozaran de una paz completa, aunque su estado legal no fue cambiado. Indudablemente, la Iglesia Romana experimentó unos buenos beneficios como resultado de estas amables intenciones y no se le molestó durante el reinado del emperador (222-235). Incluso, el emperador protegió a los cristianos romanos en una disputa legal sobre la propiedad de un terreno. Cuando ellos quisieron construir una iglesia en un terreno en Roma que era también reclamado por unos taberneros, se llevó el asunto ante la corte imperial, y Severo decidió a favor de los cristianos, declarando que era mejor que en ese lugar se adorara a Dios.
Vivió el Santo Pontífice Urbano en la silla de San Pedro seis años, siete meses y cuatro días, y habiendo padecido y trabajado mucho por la Iglesia del Señor, fue preso por el prefecto Almaquio; y después de azotado cruelmente con plomadas, fue degollado por su órden, y su cuerpo echado a las aves y bestias
Hay dos citas diferentes de los historiadores antiguos sobre la ubicación de la tumba de Urbano de las cuales, sin embargo, solamente una se refiere a un Papa con este nombre. En el Acta de Santa Cecilia y en el "Liber Pontificalis", se dice que el Papa Urbano fue enterrado en la Catacumba de Praetextatus en la Via Appia. Todos los Itinerarios a las tumbas de los mártires romanos del siglo siete, mencionan la tumba de un Urbano en relación con las tumbas de varios mártires enterrados en la Catacumba de Praetextatus. Uno de esos Itinerarios da a este Urbano el título de "Obispo y Confesor." Consecuentemente, desde el siglo cuarto, todas las tradiciones romanas han venerado al Papa de este nombre en el Urbano que se encuentra en la Catacumba de Praetextatus. Sin embargo, excavando una cámara doble en la Catacumba de San Calixto, De Rossi encontró un fragmento de la tapa de un sarcófago que tenía la inscripción OUPBANOCE [piskopos]. Él comprobó también que en la lista elaborada por Sixto III (432-440) sobre mártires y confesores enterrados en la Catacumba de San Calixto, no se encuentra el nombre Urbano. Por lo tanto, este gran arqueólogo De Rossi concluyó que el Urbano enterrado en San Calixto era el Papa, mientras que el santo del mismo nombre enterrado en San Praetextatus era el Obispo de otro lugar que murió en Roma y que fue enterrado en esta catacumba. La mayoría de historiadores está de acuerdo con esta opinión la cual, sin embargo, se basa principalmente en el Acta de Santa Cecilia. Las letras del epitafio mencionado más arriba sobre un Urbano en San Calixto indican un período posterior, en comparación con las letras de los epitafios papales tal como lo prueba la cripta papal. En la lista que preparó Sixto III y que se mencionó más arriba, Urbano no aparece en la sucesión de papas, pero aparece entre los obispos extranjeros que murieron en Roma y que fueron enterrados en San Calixto.
Parece así necesario aceptar el testimonio de que el Papa Urbano fue enterrado en la Catacumba de Praetextatus, mientras que el Urbano que se encuentra en San Calixto es un Obispo de una fecha posterior, proveniente de alguna otra ciudad. Esto reconciliaría las afirmaciones del "Martyrologium Hieronymianum". Con fecha 25 de mayo (VIII kal. Jun.) se encuentra la siguiente nota: "Via nomentana miliario VIII natale Urbani episcopi in cimiterio Praetextati" ("Martyr. Hieronym.", ed. De Rossi-Duchesne, 66). La catacumba de la Via Nomentana, sin embargo, es la que contiene la tumba del Papa Alejandro, mientras que la catacumba de Praetextatus está sobre la Via Appia. Duchesne comprobó que (Lib. Pontif., I, xlvi-xlvii) en la lista de tumbas de los papas, de donde se saca esta nota, falta una línea que originalmente decía la tumba del Papa Alejandro estaba sobre la Via Nomentana, y que la tumba del Papa Urbano en la Via Appia en la Catacumba de Praetextatus. Por lo tanto, el 25 de mayo es la fecha en que Urbano fue enterrado en esta catacumba. El mismo martirologio contiene una larga lista de mártires con fecha 19 de mayo, y esta lista está encabezada por dos romanos mártires, Calocerus y Partenius, quienes fueron enterrados en la Catacumba de San Calixto, incluyendo un Urbano; este Urbano es, aparentemente, el obispo extranjero que se encuentra enterrado en la misma catacumba.
• Agustín Caloca Cortés, Santo
Maio 25 - Sacerdote e Mártir
Agustín Caloca Cortés, Santo
Nació en San Juan Bautista del Teúl, Zac. (Arquidiócesis de Guadalajara), el 5 de mayo de 1898.
Ministro en la parroquia de Totatiche y Prefecto del Seminario Auxiliar establecido en la misma población, para quienes fue un modelo de pureza sacerdotal.
Fue hecho prisionero después de ayudar a escapar a los seminaristas y conducido a la misma prisión en donde se encontraba su párroco el Sr. Cura Magallanes.
Un militar, en atención a su juventud, le ofreció la libertad, pero no aceptó si no la concedían también al señor Cura.
Frente al pelotón encargado de su ejecución, la actitud y las palabras de su párroco lo llenaron de fortaleza y pudo exclamar: «Por Dios vivimos y por Él morimos». Sufrió el martirio el 25 de mayo de 1927 en Colotlán, Jalisco (Diócesis de Zacatecas, Zac.).
Frente al verdugo tuvo la fuerza de confortar a su ministro y compañero de martirio, que lo consoló, diciéndole: «Reanímate, Dios quiere mártires; un momento, Padre, y estaremos en el cielo». Después volviéndose a las tropas exclamó: «Soy y muero inocente y pido a Dios que mi sangre sirva para la paz de mexicanos desunidos».
Fue canonizado por S.S. Juan Pablo II en México, junto a otros 24 mártires méxicanos, el 21 de mayo del 2000.
Os 25 santos canonizados em 21 de Maio de 2000 já foram descritos em 21 do corrente mês, neste blogue. António Fonseca:
• Cristóbal Magallanes, Santo
Maio 25 - Sacerdote e Mártir
VER também MÁRTIRES DE MÉXICO EM 21-MAIO-2010
Cristóbal Magallanes, Santo
• Zenóbio de Florença, Santo
Maio 25 - Bispo
Zenóbio de Florença, Santo
Bispo de Florença
Es uno de los patrones de la ciudad, en la que nació a finales del reinado de Constantino I (fallecido en 337).
Esmeradamente educado por sus padres paganos, pronto sintió la influencia del santo Obispo Teodoro, del cual recibió el bautismo. Consiguió, no sin antes vencer obstinada resistencia, atraer a su padre y a su madre a la fe cristiana. Se convirtió en clérigo y ascendió rápidamente a la dignidad de archidiácono, en la cual su virtud y notables facultades como predicador llamaron la atención de San Ambrosio.
A instancias de éste el Papa Dámaso (366-86) llamó a Zenobio a Roma, donde le empleó en importantes misiones, entre ellas una embajada a Constantinopla.
A la muerte de Dámaso regresó a su ciudad natal, donde retomó su labor apostólica, y a la muerte del titular de la sede Zenobio fue llamado a sucederle, con gran gozo de sus fieles.
Las antiguas leyendas que narran su vida como obispo —entre las que, no obstante, hay muchas interpolaciones de épocas posteriores— son unánimes en la descripción de la santidad de su vida y sus dones sobrenaturales. Se le atribuyen extraordinarios milagros, entre ellos haber devuelto a la vida a diversas personas fallecidas.
Durante su largo episcopado su fervor y su celo como pastor de almas jamás flaqueó. Según cuenta su biógrafo y sucesor en la Silla florentina, Antonio, murió a los 90 años de edad el año 424; pero el mismo Antonio dice que Inocencio I (fallecido en el 417) era en aquel entonces Papa, con lo que no se puede tomar el dato como seguro.
Hay razones para creer que murió precisamente ese año 417, el 25 de mayo, fecha en la que cada año se decora con flores la torre en la que se supone que vivió, cerca del Ponte Vechio. Su cuerpo fue enterrado primero en la basílica de San Lorenzo (consagrada por San Ambrosio en el año 393) y luego trasladado a la iglesia de San Salvador, donde hoy se alza la Catedral. Bajo su altar mayor está el relicario en plata del santo, realizado por Ghiberti hacia 1440 en el mismo estilo que sus famosas puertas de bronce.
Hay una estatua de San Zenobio en San Marco y muchas otras evocaciones de él por toda la ciudad, en la que todavía se venera su nombre y su recuerdo.
SANTA VICENTA MARIA LOPEZ Y VICUÑA
Fundadora (1847-1890)
Foi canonizada neste dias do mês, no Ano Santo de 1975. Paulo VI, ao presidir. dirigindo-se de maneira especial às continuadoras da Congregação, fez da nova Santa o seguinte elogio: «Nasceu nas nobres e cristãs terras de Navarra, no dia 24 de Março de 1847, e morreu já no limiar deste século. Passou uma juventude serena, durante a qual foram maturando nela os frutos duma esmerada educação cristã, na qual o ambiente familiar deixou traços inconfundíveis: a mãe, um tio sacerdote, uma tia religiosa. Nunca será bastante ponderarmos a importância formativa do núcleo familiar; esse labor exemplar, insubstituível, de sementeira e cultivo de conhecimentos e virtudes. E Deus abençoa com predilecção as famílias autenticamente cristãs; são elas, por seu lado, a melhor fonte de vocações para o serviço da Igreja. Na Espanha tendes, a este respeito, uma tradição esplêndida, gloriosa, fecunda. Recordamo-nos disto agora, filhos muito queridos, porque acalentamos, a esperança de que o Ano Santo se distinga também por um despertar das vocações, por um “novo incremento de vocações para os diversos ministérios eclesiais – em primeiro lugar para o de presbiterado – e para a vida religiosa” (Bula Apostolorum Limina, VI). A nossa Santa era ainda muito jovem quando ouviu interiormente o chamamento divino. Não foi uma decisão fácil de realizar. Com simplicidade e doçura, com sacrifício e caridade conseguiu ver-se liberta da perspectiva que lhe oferecia uma vida no mundo, tranquila, cómoda, fagueira. Na festa da Santíssima Trindade de 1876 recebeu o hábito religioso, juntamente com duas companheiras. Assim nasceu a Congregação das religiosas de Maria Imaculada; uma família que tem por missão a santificação pessoal dos seus membros e a ajuda de jovens que trabalham fora dos próprios lares.A essas jovens, frequentemente rodeadas de não pequenas dificuldades e perigos, Vicenta Maria entregou toda a sua vida. Ao colocar na balança o futuro da sua vocação, poderia dizer: “As jovens triunfaram”. E a elas se dedicaria sem reservas, para as fazer encontrar um lar acolhedor , onde lhes viesse ao encontro uma voz amiga, uma palavra alentadora e desinteressada, o calor de um coração; onde descobrissem a imensa riqueza da paz interior; e onde, ao mesmo tempo, aprendessem a promover-se integralmente para se tornarem cada vez mais dignas perante Deus e se realizarem melhor como jovens. De que maravilhosas intuições é capaz quem ama deveras! Que fina pedagogia sabe aplicar quem fala essa linguagem sublime que se aprende no Coração de Cristo! A nossa Santa tinha já uma experiência pessoal neste apostolado especifico. As próprias pessoas da sua família de Madrid a haviam posto em contacto com essa classe trabalhadora tão necessitada. E o desejo de se entregar a Deus fez o resto. Ela mesma sentiu na sua alma a exigência insaciável de renúncia genuína , deliberada, amorosa, que é pedida ao discípulo de Cristo “para glória de Deus mais palpável. Mais pobreza. Mais mortificação das minhas inclinações naturais. Muito perigo de sofrer desprezos”. Quanto a hão-de vituperar! Contínuo esforço, contínuo sacrifício. necessidades da época. São estes precisamente os motivos que a impelem a fazer a fundação, conforme ela mesma deixou escrito (cfr. Escritos da Fundadora).
Apesar da sua morte prematura, aos 43 anos, não sem sofrimentos físicos e sobretudo morais – a Cruz é a companheira inseparável dos Santos! – a Madre Vicuña viu aprovada a sua obra pela santa Sé; tinha já casas distribuídas pela Espanha e ansiava fundar uma em Buenos Aires. A Congregação abria-se, assim, a todos os horizontes da Igreja, como o está hoje, com numerosas comunidades espalhadas pela Europa, Américas, África e Ásia. Recordamos bem quando ela foi beatificada pelo Nosso Venerável Predecessor Pio XII, no anterior Ano Santo. E no presente Ano Santo, que, além de tudo, coincide com o Ano Internacional da Mulher, poderíamos perguntar-nos: “que mensagem traz Santa Vicenta Maria à Igreja e ao mundo do nosso tempo?” Ao iniciarmos o ciclo de beatificações deste Ano Santo, com Maria Eugénia Milleret, dizíamos que “a santidade, buscada em todos os estados de vida, é a promoção mais original e mais convidativa a que podem aspirar e chegar as mulheres”. Santa Vicenta Maria sentiu, imperiosa, a chamada da caridade feita serviço, e logo que a convidava a dirigir a atenção para a Mulher, e sobretudo para a jovem necessitada de cuidados religiosos, de assistência social, da autêntica sublimação cristã, numa palavra, de promoção no sentido mais completo e elevado do termo: uma tarefa que, com as diversas modalidades que os tempos vão apresentando, constitui também uma importante exigência do mundo actual. O carisma da Fundadora te, assim, na nossa época, uma vivência singular. E isto mesmo o que exige de vós, religiosas de Maria Imaculada; um empenho e um compromisso. Um empenho de constante e autêntica renovação (cfr. Perlectae caritatis, 2), fixando o olhar na vossa santa Mãe, para imitardes o seu exemplo de perfeição evangélica (cfr Mt 5, 48), centrada na caridade e alimentada com a adoração eucarística e a devoção à Santíssima Virgem, características salientes da espiritualidade de Vicenta Maria; bem como a sua fidelidade e o seu amor à Igreja; numa palavra, para seguirdes os seus passos na vida espiritual e na vida apostólica. E um compromisso também; o da caridade social, que constitui a herança principal da vossa Fundadora. Em quase cem anos de vida, que bem soube a vossa Congregação empregar esta herança em favor da promoção das jovens, com residências, escolas profissionais, centros sociais e missionários! Dizemo-lo com jubilosa complacência, a vós, queridas Religiosas de Maria Imaculada aqui presentes e a todas as que, não tendo podido vir, dirigem neste momento o seu olhar para esta assembleia eclesial. Ânimo! E sempre avante!!». www.jesuitas.pt
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Recolha, transcrição e tradução parcial de espanhol para português por António Fonseca