quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Nº 6 - 6 DE JANEIRO DE 2011 - SANTOS DO DIA - 3º ANO

 

Nº 1239

EPIFANIA DO SENHOR

(6 de Janeiro “ou no Domingo entre 2 e 8 de Janeiro”)

Os pastores e reis do Oriente visitam a Jesus o Messias, levam-lhe presentes e o adoram com ouro, incenso e mirra.

Epifanía del Señor

Festa da Epifania ou Dia de Reis

Epifania vem duma palavra grega que significa manifestação ou aparição. A partir do século IV, os gregos comemoram, nesta solenidade, o baptismo do Salvador, quando foi revelada a sua filiação divina (“Este é o Meu Filho muito Amado: n’Ele pus o meu enlevo” – Mt 3, 17 e par.), e comemoram também as bodas de Canaã, em que Jesus manifestou publicamente, a primeira vez, o seu poder de operar milagres. Os Latinos, remetendo agora para outros dias o baptismo e as bodas, celebramos hoje a aparição da estrela no Oriente e a viagem dos reis Magos até Belém. Para o evangelista S. Mateus, os Magos vêm a ser homens sábios, zelosos executores de toda a justiça e virtude, curiosos investigadores dos fenómenos celestes e praticamente sinceros da religião e do culto verdadeiro de Deus. Os documentos antigos não nos oferecem outros dados para lhes determinarmos melhor as personalidades. Uma das pinturas do século II, na catacumba romana de Priscila, representa Nossa Senhora vestida como dama romana e os Magos de cabeça descoberta e a andar com os presentes nas mãos, sem que nada indique a nacionalidade ou o carácter real das pessoas. Nesta e noutras catacumbas há grande variedade na representação. Umas vezes usam os Magos túnicas curtas, outras cobrem-se com longas capas ou mantos, ou têm nas cabeças gorros frígios. Se Maria está no centro da cena, eles agrupam-se dos dois lados simetricamente. É frequente, contudo, o número de três, S. José em geral não aparece, a não ser nas pinturas mais tardias, dos séculos IV e V. Os magos com certeza que não eram reis, pois, se o fossem, S. Mateus di-lo-ia, e Herodes tê-los-ia recebido respeitosamente. Desde o século VI são considerados como reis para os adaptar à célebre profecia do Salmo 71: “Os reis de Társis e das ilhas virão com presentes, os reis da Arábia e de Sabá trarão as suas ofertas. Prostrar-se-ão diante dele todos os reis”. A pátria mais provável destes homens é a Arábia, célebre pelo incenso, mirra e também pelo ouro. A estrela que os guio é singularíssima. Anda à frente deles, eclipsa-se ao chegar à capital de Israel e torna a aparecer no princípio do caminho de Belém, passando sobre a casa em que habitava o Menino. A palavra que primeiro evangelista usa aplica-se unicamente a um astro especial, seja ele planeta, estrela, cometa ou outro meteoro celeste. Orígenes, no século III, inclinava-se para um cometa que pôde ser extraordinário, mais provavelmente, pelo menos no seu curso; ou realizar no tempo devido a sua aparição normal com alguma variante sobrenatural na carreira. Outros Padres, e com eles muitos autores modernos, falam dum meteoro móvel e transitório, parecido com a coluna brilhante que orientava os Israelitas pelo deserto. A intervenção divina, em todo este acontecimento, é inegável e manifesta-se mais evidente na atitude dos Magos do que na estrela mesma. Estes Magos eram com certeza gentios, não israelitas, mas sem dúvida adoravam o verdadeiro Deus e, amando a verdade, conheciam também alguma coisa da religião do Antigo Testamento. Eram homens que viviam no plano elevado do espírito, acima do mundo e dos seus apetites grosseiros. Estavam, pois, preparados para ouvir a voz de Deus e reconhecer, em seguida, a sua estrela. Esta mesma altura de ideais deu-lhes valor e energias para se lançarem a uma viagem longa, dirigida a terra estrangeira, viagem cheia de incógnitas e aventuras perigosas. O amor de Deus e da verdade que buscavam, fortalecia-os e alentava-os. Chegam a Jerusalém e não hesitam em perguntar na corte do rei Herodes – sanguinário e ambicioso, velho suspeitoso e ladino – pelo recém-nascido rei dos Judeus. Esta pergunta sobressaltou a corte, o Rei e a cidade inteira. Todos os judeus sabiam que Herodes era Idumeu, rei intruso e ilegítimo, que aos Romanos comprara a coroa; e todos esperavam o legitimo sucessor de David. Herodes foi, sem dúvida, quem mais se impressionou, mas soube dissimular, a fim de melhor levar a efeito os tenebrosos planos de dar a morte ao Menino e aos temerários sábios do Oriente, que vinham á busca dum rei dos Judeus, que não era Herodes nem qualquer dos seus filhos. Os Magos procederam com toda a honradez e simplicidade, fiados na estrela e obedientes também à graça interior que atuava nos seus corações. Na simplicidade de pombas, faltava-lhes a astúcia de serpentes. Mas quem se entrega confiado a Deus não pode equivocar-se, Não pode tropeçar no caminho. Herodes, embora com hipocrisia e duplicidade, informou-os exatamente sobre o lugar em que estava o Menino. Era Belém e para lá se dirigiram os Magos sem temor. Alegraram-se muito vendo de novo o cometa misterioso, que vai diante deles como a luz do Senhor (Iavé).Entram na casa onde está o Menino ainda pequeno, de um ano, ou ano e meio; adoram-No, oferecem-Lhe os dons do incenso, ouro e mirra, e em troca recebem maior luz e mais amor pela verdade. Buscavam um Rei: encontram uma casa pobre, um berço modesto, um menino como os outros, uma mãe jovem e vestida com simplicidade. Os olhos externos não veem, por lado nenhum, a realeza. A fé,  a luz interior do espírito e a ação da graça sobrepõem-se; e eles adoram-No como a rei, provavelmente como a Deus; oferecem-se a Ele, para o seu serviço e despedem-se alegres e confiantes. O anjo de Iavé não os abandona no regresso. Não devem voltar a Jerusalém, porque Herodes pensa, no seu coração, em matá-los. Em sonhos recebem o aviso de que regressem às suas terras do Oriente pelo vale e campo dos Pastores, atravessando o Jordão perto da foz no mar Morto, de maneira que evitem o caminho da capital.- A Missa e o Ofício divino de hoje falam  da Epifania de Cristo aos Magos e das epifanias ou manifestações interiores às almas. Não é, portanto, só a Epifania dos Evangelhos a que hoje celebramos; celebramos também a interior e secreta que se dá em cada crente a quem Jesus Se descobre pela fé,. Ninguém viu Deus em Si, mas Deus revela-Se, de muitas diversas formas, ás almas. Bastam boa vontade e humildade. Felizes os pequenos, os meninos do coração, os puros e limpos, porque eles verão a Deus. A antiga sentença “conhece-te a ti mesmo” tem valor secundário. O importante é conhecer Deus, Cristo, a Epifania de Jesus. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuítas.pt.. Ver também www.santiebeati.i e www.es.catholic.

Origem da Rosca de Reis

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Depois dos Reis adorarem a Jesus, um anjo os avisou de que não regressassem onde estava Herodes e eles regressaram por outro caminho. Herodes ao inteirar-se que havia nascido o Rei que todos esperavam, teve medo de perder seu posto e mandou matar a todos os meninos menores de dois anos entre os quais se encontraria o dito Rei.  A Sagrada Família fugiu para o Egito e o Menino Deus se salvou, outras famílias esconderam aos bebés em vasilhas de farinha e assim não foram vistos e salvaram suas vidas. Desde então, os judeus comiam pão ázimo em 6 de Janeiro em que escondiam um boneco de barro recordando este acontecimento. Os primeiros cristãos tomaram um pouco desta tradição e a misturaram com a história da visita dos Reis Magos para a celebração da Epifania: trocaram o pão ázimo por pão de farinha branca e levedura, cozida em forma de Rosca, adoçando-o com mel e adornando-o com frutos do deserto, como figos, tâmaras e algumas nozes. Para os cristãos, a forma circular da rosca simboliza o amor eterno de Deus, que não tem princípio nem fim. Os confeitos são as distrações do mundo que nos impedem encontrar a Jesus. O bonequito escondido dentro da rosca, simboliza ao Menino Jesus que os reis não encontravam porque a estrela desaparecia. Este costume dos cristãos de Palestina chegou à Europa e posteriormente à América. No México, o que encontra o bonequito da rosca se converte no centro da festa: se lhe põe uma coroa feita de cartão e coberta de papel dourado e se lhe dá a nomeação de “padrinho do Menino Jesus”. O padrinho deverá vestir com roupas novas a imagem do Menino Jesus do nascimento e apresentá-lo na Igreja no dia 2 de Fevereiro, dia da Candelária. Sugestões para viver esta festa · Refletir e responder às seguintes perguntas: ¿que presente vou dar a Jesus este ano que começa?; ¿que posso mudar para ser melhor?; que presentes vou a oferecer a Jesus?; ¿me encontro alegre porque Deus me ama?; ¿tenho é em Deus?; ¿sei viver na pobreza?; ¿sou generoso (com meu tempo, com minha pessoa, com os outros)?; ¿sei perseverar na minha vida espiritual apesar das dificuldades que se me apresentam?; ¿obedeço a Deus com prontidão?

Recomendamos para as crianças, Os Magos de Ángel LLorente M. Consulta também Os Magos de Oriente nem eram reis nem eram três. A epifania do Senhor: A Cidade Iluminada de Jesus Martí Ballester

Reis Magos
Janeiro 6  -  Melchior, Gaspar e Baltasar

Reyes Magos

Magos

Etimologicamente significa” luz, manifestação”. Vem da língua grega. Estás perante a festa mais antiga, inclusive antes que o próprio Natal. O inicio de sua celebração data do século III no Oriente e no Ocidente se adoptou no século IV. Neste dia tem lugar a celebração de três factos memoráveis na história da salvação: adoração dos Reis Magos, o Baptismo de Jesus e o primeiro milagre de Jesus Cristo nas bodas de Canaã, graças ao qual os discípulos acreditaram no Mestre. Os Ocidentais aceitaram a festa no ano 400. Ainda que fale dos Magos, o rei principal é o Menino Jesus. Se diz no inicio da Missa: "Já vem o Senhor do Universo, em suas mãos está a realeza, o poder e o império. O verdadeiro rei a que devemos contemplar é ao pequeno Jesus". O mistério da Epifania o sublinhava Mateus dizendo que os Magos vieram para destacar as profecias que falavam de seu nascimento, e a oferta de ouro, incenso e mirra é o reconhecimento implícito de sua realeza messiânica. Os Magos para os orientais são gente douta; em língua persa, mago significa “sacerdote”. Mas a Bíblia, em geral, chama a estes Magos, Reis estrangeiros. É a festa da santa Epifania de nosso Senhor, Deus e Salvador Jesus Cristo o que, de uma forma simples e admirável, se dá a conhecer aos Magos chegados de Oriente. Sua adoração é a chave deste dia. Deseja a Igreja que a luz de hoje, seja o tema central do crente. Estão bem os presentes que se fazem às crianças e aos mais velhos. Mas o fundamental não deve deixar-se apartado para dar passagem ao mais festivo, alegre e superficial.
¡Felicidades aos Reis Magos e aos que levem os nomes de Melchior, Gaspar e Baltasar! O prazer dos banquetes não há que o medir pela quantidade das viandas mas pela reunião de amigos e a conversação” (Cícero).

• Macário o Escocês, Beato
Abade

Macario el Escocés, Beato

Macário o Escocês, Beato

Martirológio Romano: Em Würzburg, cidade de Franconia (hoje Alemanha), beato Macário, abade, que foi o primeiro superior do mosteiro dos Escoceses desta cidade (1153)

Beneditino desde muito jovem, viajou desde Escócia para a Alemanha, junto com seus companheiros Cristiano e Eugénio, pelo ano 1138 aproximadamente. Segundo Zimmermann, foi prior do mosteiro de Santiago em Ratisbona e dali o abade Dermizio (Dermitius) o enviou a Würzburg junto com onze monges. Está registado que o bispo Embrico (1125-46) consagrou em 1139 a Macário como primeiro abade do mosteiro escocês de S. Santiago, fundado recentemente em Würzburg. As fontes ressaltam sua erudição, vida ascética e descrevem milagres realizados por ele. Morfeu em 1153: o aniversário de sua morte de acordo com Zimmermann foi em 6 de janeiro, ainda que se saiba que em alguns lugares da diocese de Würzburg é celebrado em outras datas (23 ou 24 de Janeiro e 19 de dezembro). Durante a Idade Média, por muito tempo, a tumba do beato estava esquecida; em 1614 se descobriram suas relíquias e solenemente foram depositadas numa urna, no ano seguinte, Macário resultou objeto de grande devoção popular: Era invocado  especialmente para as enfermidades com febres altas. Se diz que junto a sua tumba ocorreram 28 curas milagrosas. Em 1731 se fundou em sua honra a «Irmandade de Macário», enriquecida com indulgências, que deixou de existir depois da Segunda Guerra Mundial. Em 1823 se realizou a trasladação das relíquias, desde o mosteiro, secularizado em 1803, para a capela da Virgem, a mesma que em 1945 foi destruída e que atualmente se encontra já reconstruída.  No Breve Apostólico de 1734 na  Irmandade e noutros testemunhos, a Macário chama-se  "santo". responsável da tradução (para espanhol…): Xavier Villalta

• Carlos Sezze, Santo
Religioso franciscano,

Carlos Sezze, Santo

Carlos Sezze, Santo

Martirológio Romano: Em Roma, são Carlos de Sezze, religioso da Ordem dos Irmãos Menores, o qual desde a infância se viu obrigado a ganhar o pão quotidiano, e convidava a seus companheiros a imitar a Cristo e aos santos. Vestido com o saial franciscano, se entregava largamente à adoração do Santíssimo Sacramento do Altar (1670).
Data de canonização: 12 de abril de 1959 pelo Papa João XXIII.

Alguns escritores modernos chamaram a atenção dos teólogos místicos para este leigo franciscano, antes quase desconhecido por causa de estarem ainda inéditos na sua maior parte seus numerosos escritos, que são quarenta entre tratados e cartas; somente seis, e não certamente os mais importantes, mereceram a honra da imprensa. Nasceu este santo varão em Sezze, formosa vila da província romana, em 22 de outubro de 1613, de pais muito pobres de bens temporais mas muito ricos de virtudes, os quais lhe procuraram unicamente a instrução elementar, que bem cedo teve que interromper para se dedicar à guarda das ovelhas,no qual serviu admiravelmente, como a outro Pascoal Bailão, para o exercício da oração e a leitura de livritos piedosos. Visitava com frequência a igreja dos Frades Menores, não muito longe de sua casa, e ao contemplar nela os toscos quadros dos beatos (hoje canonizados) Salvador de Horta e Pascoal Bailão, leigos espanhóis da referida Ordem, sentia tal entusiasmo que, como escreveu depois, exclamava: «Se eu chego a entrar nesta religião imitarei a estos santos: passarei as noites na igreja e  farei asperíssima penitência». Caiu logo em muito grave enfermidade, que foi causa decisiva de sua vocação religiosa, de modo que aos dezassete anos de idade pediu licença para entrar nos religiosos franciscanos da província de Roma no estado laical, o que conseguiu depois de longa e dura prova, sendo enviado ao convento de Nazzaro, onde vestiu o pobre saial de São Francisco no dia 18 de maio de 1635, começando logo o noviciado. Passado o ano de provação entre rigorosos exercícios de penitência e grandes tribulações espirituais, alguns religiosos professos estavam perplexos em permitir-lhe ou negar-lhe a licença para pronunciar os três votos perpétuos, duvidando que pudesse sustentar o peso da vida regular. Nesta lamentável situação acudiu o devoto jovem à Virgem Santíssima, de quem havia recebido já tantíssimos favores; esta clementíssima Mãe veio sem tardar em seu auxilio, de modo que, desaparecendo aqueles temores, pôde no dia 19 de mão de 1636 consagrar-se para sempre ao Senhor, mudando o nome de Juan Carlos pelo de Carlos de Sezze.
La vida del fervoroso lego después de su profesión fue bastante sencilla, residiendo sucesivamente en los conventos de Morlupo, Ponticelli, Palestrina, Carpineto (patria del futuro papa León XIII), San Pedro in Montorio de Roma (en gran parte edificado por los Reyes Católicos Fernando e Isabel) y San Francisco a Ripa, que conserva el recuerdo de la habitación de San Francisco y donde Carlos de Sezze falleció santamente el día 6 de enero de 1670. Morando en Morlupo tuvo una tremenda visión que lo alentó en el progreso de la vida contemplativa; en Ponticelli dióse enteramente al ejercicio que llamaba «la confianza en Dios» o la pequeñez espiritual, a guisa de un niño descansando en el regazo de su madre y que tanto recomienda el Santo en sus escritos. Bien pronto le cautivó otro ejercicio saludable: rogar todos los días por la propagación de la fe en los países paganos, deseando además derramar en ellos la sangre por Cristo, y al efecto pidió y obtuvo partir como misionero para las Indias de patronato portugués; pero al ir para allá le sobrevino una grave enfermedad, por lo cual fue trasladado a la enfermería de San Francisco a Ripa, llorando amargamente porque no podía acompañar a los que salían destinados a aquellas misiones. En aquel tiempo la provincia romana abrió un convento de retiro en Castelgandolfo, donde los religiosos vivían con extraordinaria austeridad, muy semejante a la de los antiguos anacoretas; allí acudió nuestro Carlos con permiso de los superiores; pero por lo visto el sitio no era muy sano, así es que poco después, esto es, en 1643, hubo que cerrar aquel convento a causa de las enfermedades contraídas por algunos religiosos; por lo cual el siervo de Dios fue trasladado a Carpineto, donde pudo dar pruebas de su heroica caridad durante la terrible epidemia que devastó aquella región. Viósele muchas veces asistiendo a los pobres apestados más peligrosos, sin cuidarse de su propia salud y también cargando sobre sus espaldas a los muertos para darles cristiana sepultura. Dios permitió que, en vez de premio por tanta abnegación y sacrificio, recibiese una pública reprensión y fuese trasladado al convento romano de San Pedro in Montorio para encargarse del oficio de sacristán y, más tarde, del de cuestor de limosnas en la misma capital. Ejercitando este último humilde servicio recibió de Jesús Sacramentado el más estupendo prodigio de su vida, que le mereció el título de «Serafín de la Eucaristía», pues que entrando una mañana en la iglesia de San José «de Capo de Case», situada cerca de la actual plaza de España, y oyendo allí en compañía de algunos fieles y todo absorto en el amor de Jesús el santo sacrificio de la misa, al llegar el acto de la elevación un rayo luminoso partió de la hostia sagrada hiriendo el costado del Santo hasta penetrar su corazón –cuya señal se observa todavía actualmente–, con lo cual cayó el extático lego en un admirable deliquio de amor y dolor, como él mismo refiere en su autobiografía. Desde este momento la vida de fray Carlos fue eminentemente eucarística, de modo que frecuentemente, después de la santa comunión, experimentaba largos coloquios e íntimas comunicaciones con Jesús, a quien tanto recreaba el fervor y sencillez columbina de su siervo. Este fidelísimo hijo del «Pobrecillo de Asís» fue decorado con el don de milagros: numerosísimos enfermos recobraron la salud mediante las oraciones que por ellos elevaba al Señor, a la Virgen Santísima y al entonces Beato Salvador de Horta, taumaturgo catalán, cuya devoción habían propagado por Italia los franciscanos de Cerdeña, en cuya capital había fallecido en 1567, y en este mismo tiempo trabajaba en Roma para su canonización el Beato Buenaventura de Barcelona, lego también fallecido igualmente como su compatriota en tierras italianas. El mismo Carlos de Sezze refiere difusamente unos veinte milagros obrados por él mediante una reliquia del prodigioso franciscano de Horta, que llevaba siempre consigo. Estos milagros, lo mismo que sus excelsas virtudes y maravillosas profecías, hicieron popular en el Lacio el nombre de fray Carlos, de modo que hasta algunos cardenales y papas lo colmaron de obsequios. Predijo el honor del Papado a los purpurados Chigi (Alejandro VII), Rospigliosi (Clemente IX), Alfieri (Clemente X) y Albani (Clemente XI); otros pontífices lo invitaron no pocas veces a su corte para aprovecharse de sus sobrenaturales consejos y espiritual doctrina. Maravilla causa ver en Carlos de Sezze, que solamente había aprendido a leer y escribir, una doctrina mística tan sublime, que algunos escritores modernos la comparan a la de Santa Teresa o de San Juan de la Cruz, proclamándolo uno de los mejores autores de la misma disciplina en el siglo XVII, dotado ciertamente de ciencia infusa. Es verdaderamente un escritor fecundo. No se han conservado todas sus obras, pues sabemos que estando en Carpineto su confesor le mandó quemar un libro de meditaciones, lo cual ejecutó sin resistencia alguna, y otro confesor suyo, el padre Antonio de Aquila, el cual nos ha dado la primera lista de los mismos escritos, asegura que había otros ya entonces perdidos. De todos modos, los que existen actualmente dan derecho a proclamar a San Carlos autor espiritual de grande fecundidad y seguro magisterio. Entre sus obras, estudiadas recientemente con utilísimos detalles por el docto padre Jaime Heerinckz, descuellan por su importancia: Le tre Vie, tratado sobre la vía purgativa, iluminativa y unitiva; Cammino interno dell´anima; Discorsi sopra la vita di N. Signor Gesù Cristo; Sacro Settenario, que, según dice el mismo autor, la seráfica madre Santa Teresa de Jesús se lo dictó textualmente; finalmente la obra más extensa y de mayores vuelos: Le grandezze della misericordia di Dio in un anima diulata dalla grazia divina, que es su autobiografía, compuesta por inspiración divina y por mandato de su confesor. El Santo trabajó en esta última obra desde 1661 hasta 1665, mientras residía en el convento romano de San Pedro in Montorio. Describe en ella su propia vida y sobre todo las gracias que había recibido del Altísimo desde su infancia a la edad de cincuenta y dos años. El libro está dividido en siete partes y en ciento doce capítulos, su materia está saturada de preciosas ideas y descripciones importantes no solamente por lo que se refiere a la vida del autor, sino también y principalmente por la multitud de fenómenos místicos y muy extraordinarios, en esta voluminosa obra descritos, y que pueden ser utilísimos a los cultivadores de la ciencia mística. La doctrina espiritual de este siervo de Dios es siempre sólida y sustancial; y a pesar de que su autor no pudo dedicarse a estudios de alta teología, trata de ella de una manera maravillosa, describiendo sapientemente los grados más elevados de la mística católica, de modo que en este sujeto verificóse de nuevo la verdad de la sentencia evangélica según la cual el Señor esconde los misterios divinos a los sabios del mundo y los revela a los párvulos de espíritu. Murió el Santo en el convento romano de San Francisco a Ripa en la fiesta de los Reyes de 1760, después de pocos días de enfermedad, durante la cual recibió, arrodillado en el suelo, el divino Viático, confortado con una celestial visión del Salvador, de la Virgen Santísima y de muchos ángeles. El papa León XIII lo elevó a los primeros honores de los altares en 1882 y Juan XXIII lo canonizó en el año 1959 juntamente con la barcelonesa Joaquina Vedruna de Más, fundadora de las Carmelitas de la Caridad.  Su sepulcro se venera en la iglesia franciscana de San Francisco a Ripa, pero el corazón incorrupto, con la señal de la cruz impresa en el acto del prodigio eucarístico referido, se conserva en la capilla del convento llamada de San Francisco.

Rita Amada de Jesus (Rita LOPES de Almeida), Beata
Fundadora

Rita Amada de Jesús (Rita López de Almeida), Beata

Rita Amada de Jesus (Rita Lopes de Almeida), Beata

Fundadora do
Instituto de Religiosas de Jesus, Maria e José

Rita Amada de Jesus nasceu em 5 de Março de 1848, num pequeno povoado da paróquia de Ribafeita, Diocese de Viseu, Portugal. Poucos dias depois foi batizada com o nome de Rita Lopes de Almeida. Cresceu num ambiente familiar de muita piedade, onde nas noites se fazia leitura espiritual. Desde sua meninice demonstrou uma devoção especial a Jesus Sacramentado, à Santíssima Virgem e a São José, assim como muito carinho pelo Santo Padre, que  nesse tempo se encontrava em exílio.  A Igreja em Portugal continuava a ser perseguida por parte da Maçonaria, que se apoderou dos bens eclesiásticos, encerrou os Seminários, e Casas de Religiosos. Aos Institutos de Religiosas, proibiu a admissão de Noviças. Bispos e sacerdotes provenientes de famílias de alto nível económico foram objecto também de ataques. Devido a isto não podiam dedicar-se ao seu ministério completamente, já que tinham que se defender. Tudo isto debilitou em parte a Igreja.  Mas esta situação política não apagou a ânsia de uma autêntica vida cristã que a família de Rita experimentava, em especial seus Pais, assim como o desejo de a comunicar aos outros. Neste ambiente familiar Deus suscitou em Rita a vocação missionária, para libertar a juventude do indiferentismo religioso, e fomentar os valores morais, e assim com este apostolado pôde fortalecer a família. Seu zelo apostólico fez dela uma itinerante. Ia de terra em terra e ensinava a orar. Através do Santo Rosário e outras orações desejava despertar nos corações de quem a escutavam, a imitação de Nossa Senhora, Mãe de Deus. Em seu apostolado buscava sempre as pessoas que levavam uma vida imoral, e fazia todo o possível para as resgatar do mal e conduzi-las a Deus. Este estilo radical de apostolado, a fez objecto de ameaças de morte.  À oração uniu a penitência. Para levar a cabo este objectivo, logrou conseguir alguns “instrumentos de mortificação”, em suas visitas às Irmãs Beneditinas do Convento de Jesus a Viseu. Neste tempo, com a ajuda de seu Confessor, pôde discernir que Deus a chamava à Vida Consagrada. Nesta Época não era possível entrar em nenhum Instituto, devido a que as leis maçónicas proibiam a entrada de noviças. Portanto, Rita seguiu no “mundo”, entregue ao apostolado e às práticas de mortificação, com a esperança de poder consagrar-se a Deus no futuro. Durante este tempo recusou pretendentes, alguns deles ricos, pois segundo ela já havia feito sua consagração a Deus no íntimo de seu coração. Sua consagração a Deus a levou à prática frequente da Comunhão Reparadora, que fomentou seu fervor Eucarístico, e à devoção ao Sagrado Coração. Deus fez dela um verdadeiro apóstolo concedendo-lhe uma paixão pela salvação das almas.
Colaborando com o apostolado de Rita, seus pais chegaram a albergar em casa mulheres muito desejosas de conversão. Como aos 20 anos de idade, seu desejo de se consagrar a Deus aumentou consideravelmente. Compartilhou com seus pais este seu grande desejo. Não obstante a fé e vida exemplar cristã de seus pais, eles não aprovaram a sua decisão. Rita não desistiu, ao contrário, continuou nutrindo a esperança de o realizar. E com a idade de 29 anos logrou entrar numa Congregação. Esta congregação era a única que existia em Portugal porque era estrangeira, e se dedicava só a ajudar aos pobres. Mas como o carisma deste Instituto era diverso do tipo de zelo apostólico que ardia em seu coração, Rita não se pôde identificar com ele. O Diretor Espiritual da Comunidade, em quem Rita confiava plenamente, viu que a Vontade de Deus para ela, era: o receber e educar meninas pobres e abandonadas. Rita saiu deste Instituto, de origem francesa, com a idade de 32 anos. De acordo com o Rev. P. Francisco Pereira, S.J. buscou os meios para se preparar e realizar sua futura e urgente missão. Rita era dotada de muitos dons e virtudes e de natureza piedosa, e só desejava cumprir a vontade de Deus. Dócil a seu Diretor Espiritual, logrou vencer os conflitos político e religiosos e fundar um Colégio-Instituto de Jesus, Maria e José, na Paróquia de Ribafeita, com a espiritualidade da Sagrada Família, em 24 de Setembro de 1880. Em breve tempo, este tipo de apostolado se estendeu a outras dioceses de Portugal. Nas dioceses de Viseu, Lamego e Guarda, as autoridades civis trataram sempre de o suprimir. Experimentou dificuldades de carácter económico, assim como com uma religiosa de seu Instituto. Ainda mais, no ano 1910, desencadeou-se uma feroz perseguição contra a Igreja. Todos os Institutos foram suprimidos, suas propriedades foram expropriadas incluindo o Instituto de Madre Rita, que conseguiu refugiar-se em sua terra natal.  É aqui onde pouco a pouco logrou localizar suas religiosas dispersas devido à situação política, e reagrupá-las numa humilde casa de Ribafeita. Desde este lugar, enviou vários grupos delas ao Brasil, que perpetuaram o Carisma da Fundadora. Nesta forma seu Instituto pôde sobreviver. Madre Rita, faleceu em 6 de Janeiro de 1913, em Casalmendinho (Paróquia de Ribafeita), em odor de santidade. Seu funeral, foi presidido pelo Vigário Geral da Diocese, e foi uma ação de graças a Deus pelo dom desta religiosa para a Igreja e ao mundo. Foi beatificada em 28 de Maio de 2006
. Reproduzido com autorização de Vatican.va

• Julián, Basilisa e  7 cavaleiros,

incluindo um sacerdote de nome António, Santos
Mártires

Julián, Basilisa y compañeros, Santos

Julián, Basilisa e companheiros, Santos

Martirológio Romano: Em Antinoe, da Tebaida (hoje Egito), santos Julián e Basilisa, mártires (s. IV). Etimologia: Julián = Aquele que pertence à família Júlia, é de origem latina. Basilisa = aquela que reina, é de origem grega. Nasceu são Julián em Antioquia, de pais cristãos, em fins do século terceiro. Havendo-se desposado com uma honestíssima donzela chamada Basilisa, guardaram os dois, de comum acordo, perfeitíssima continência. Porque no mesmo dia da boda, a que havia concorrido a nobreza da cidade, estando os desposados em seu tálamo, se sentiu no aposento um odor suavíssimo de rosas e açucenas. Ficou maravilhada Basilisa daquela extraordinária fragrância e perguntou a seu esposo, que odor era aquele que sentia e de onde vinha, porque não era tempo de flores. Respondeu Julián: O odor suavíssimo que sentes é de Cristo, amador da castidade, a qual eu de sua parte te prometo, como prometi a Jesus Cristo, se tu consentires comigo e lhe ofereceres também tua virgindade. Respondeu Basilisa que nenhuma coisa lhe era mais agradável que imitar seu exemplo. Pouco depois levou o Senhor para si aos pais de Julián e Basilisa, deixando-os herdeiros de suas fazendas riquíssimas; e eles começaram logo a gastá-las com larga mão em socorrer aos pobres. Consagrou-se ele a instruir na religião cristã aos homens e ela às mulheres em diversas casas. Receavam por este tempo as perseguições de Diocleciano e Maximiano, mas Basilisa pôde livrar-se delas, e acabou sua vida santa e preciosa de morte natural. Seu marido Julián foi quem alcançou a palma de um glorioso martírio. O bárbaro governador Marciano mandou prender ao santo e arrasar sua casa e a Julián o passearam pela cidade carregado de cadeias, e precedido de um pregoeiro que dizia: Assim se hão-de tratar aos inimigos dos deuses e desprezadores das leis imperiais. Encerraram-no depois em obscuro e hediondo calabouço, a onde foram visitá-lo sete cavaleiros cristãos, que, com um sacerdote chamado António, foram também companheiros de seu martírio. Chegado o dia da execução, enquanto o governador, sentado em público tribunal, interrogava a Julián, acertaram a passar por ali uns gentios, que levavam a enterrar a um defunto. Em tom de mofa lhe disseram que ressuscitasse ao morto. Então Julián, em nome de Jesus Cristo, o ressuscitou o que encheu a todos de grande espanto, e mais, quando ouviram que aquele homem ressuscitado, publicamente confessava a Jesus Cristo. Atribuiu o governador tão estupendo sucesso à poderosa magia de Julián, e condenou ao ressuscitado aos mesmos suplícios. Encerraram-nos a todos em umas cubas acesas, mas os condenados saíram delas sem a menor lesão; atiraram-nos depois às feras do anfiteatro, e as feras não ousaram fazer-lhes dano algum. Finalmente, envergonhado o cruel tirano, os fez degolar, e assim entregaram neste dia suas almas puríssimas ao Criador.

André Corsini, Santo
  Bispo

Andrés Corsini, San

André Corsini, Santo

Martirológio Romano: Em Fiesole, cidade da Toscana (hoje Itália), santo Andrés Corsini, bispo, da Ordem dos Carmelitas, que se distinguiu por sua austeridade e pela assídua meditação da Sagrada Escritura. Regeu sabiamente a Igreja que se lhe havia encomendado, repovoou os conventos vazios pela peste, prestou auxilio aos pobres e reconciliou os dissidentes (1373). Andrés, da nobre família florentina de Los Corsini, nasceu em 1301. Antes de nascer, sua mãe disse que havia visto em sonhos a seu filho em figura de um lobo que se transformou logo em cordeiro. Parece que em sua juventude Andrés foi arrogante, ocioso e briguento, mas depois sentiu um chamamento irresistível para a mística paz do Carmelo. Um tio tratou de o fazer voltar a casa com a promessa de um excelente matrimónio. Então respondeu: “¿De que me serviriam esses bens, se não tenho a paz de alma?”. Andrés levava debaixo do hábito um cilicio, que ainda hoje se conserva, e ia de porta em porta pedindo esmola, mesmo nas casas onde antes fazia festa com os amigos. Depois da ordenação sacerdotal foi enviado à universidade de Paris para completar seus estudos. Regressou de Paris robustecido não só culturalmente, mas também no espírito. Seus biógrafos narram que durante a viagem de regresso fez algumas curas prodigiosas. Quando chegou a Florença, a cidade estava invadida pela epidemia de peste descrita por Boccaccio. Foi eleito superior provincial da Ordem em 1348, e dois anos depois foi eleito bispo de Fiesole, pois o anterior havia morrido de peste. Tratou de recusar o cargo, porque se considerava indigno, e por isso se escondeu num ermo longínquo, mas ali foi descoberto por um menino. Andrés interpretou esse episódio como um convite à obediência, e aceitou a nomeação. Dirigiu a diocese de Fiesole durante 24 anos, nem sempre com a mansidão do cordeiro, porque seu rigor ascético e sua total entrega ao ministério pastoral nem sempre agradava aos que não tinham excessivo zelo no serviço do Senhor. Teve grande caridade para com os pobres. De sua obra como pacificador se beneficiaram não só os combativos toscanos, mas também a cidade de Bolonha, a onde o Papa Urbano V o enviou a pôr paz entre os cidadãos, que o premiaram com a cadeia. Morreu em 6 de Janeiro de 1373 e foi enterrado na igreja do Carmo de Florença. Foi canonizado em 1629.

Pedro Tomás, Santo

Bispo

Pedro Tomas, Santo

Pedro Tomás, Santo

Etimologicamente significa “ rocha e gémeo”. Vêm da língua hebraica. Teve um desenvolvimento espiritual estupendo. Graças a ele pôde enfrentar com garantias tudo o que o esperava depois. Sem uma preparação a fundo no religioso, é muito difícil para um crente resolver tudo o que se lhe põe em cima, quando menos o pensa. ¿Que fez este jovem para ser santo? Nada de particular. Soube viver em contínuo contacto com Deus, o eixo que dá vida a toda a pessoa de fé. Foi um mártir do século XIV. Se o nome de Pedro o criou Jesus para designar a primeira “pedra da Igreja”, desde então este nome é dos mais comuns à largura e ao comprimento das distintas línguas. Foi um monge que em seu tempo chegou a ser bispo, arcebispo e patriarca. E se por si isto fosse pouco, também se lhe encomendaram altas e difíceis missões diplomáticas. Veio ao mundo no inicio do século XIII num povo de Perigord. Como jovem de uma densa perseverança, se meteu a carmelita para, desta forma, observar melhor os conselhos evangélicos de celibato, obediência e pobreza. Dadas suas qualidades, se converteu com os anos no Superior Geral da Ordem Carmelita e num dos membros mais qualificados da então Cúria Pontifícia. O Papa Inocêncio IV o enviou a Génova como embaixador para que conseguisse que a paz entre a grandiosa cidade de Milão e a República de Veneza se fizessem realidade. Após este êxito, o Papa o mandou por motivos muito distintos a que trabalhasse pela união entre a igreja ortodoxa e a romana. Tanto foi seu êxito que, à sua volta, o nomearam legado universal para o Oriente e Patriarca de Constantinopla. Foi o Papa Urbano V. O próprio rei de Chipre se lançou a levar a cabo uma cruzada contra os turcos. Ele se uniu a ela com a cruz, em lugar de com a espada. Morreu em Famagusta, Chipre, em 6 de Janeiro de 1366. ¡Felicidades a quem leve este nome!

Juan de Ribera, Santo
  Bispo

Juan de Ribera, Santo

Juan de Ribera, Santo

São João nasceu em Sevilha em 27 de Dezembro de 1532. Seus pais se chamavam Pedro e Teresa, família que se distinguia entre a nobreza por sua generosidade.
Enviaram a Juan a estudar a Salamanca, onde se converteu em discípulo de Vitória e de outros teólogos que brilhavam por sua vez em Trento. Não tinha ainda 30 anos quando foi nomeado pelo Papa Pio IV Bispo de Badajoz, dedicando-se em pleno à santificação de suas ovelhas, enviando missionários por toda a diocese.  Com a idade de 36 anos foi transferido para a sede de Valência, onde cedo advertiu as necessidades desta grande arquidiocese. Ao santo, entre outras coisas, lhe tocou aplicar as reformas de Trento em sua jurisdição, assim como também a catequização dos mouriscos mas com poucos frutos, sendo estes expulsos em 1609 pelo rei Felipe III. Frente a isto, São João foi nomeado vice-rei de Valência; o santo aceitou este cargo a rogos do rei, e Valência desfrutou longos anos de paz e de melhor administração da justiça. San Juan percorreu várias vezes a diocese e entre 1570 e 1610 levou a cabo 2.715 visitas pastorais, e celebrou sete sínodos. Fundou o Colégio de Corpus Christi para a formação do clero e honrar solene ao Santíssimo Sacramento. San Juan de Ribera faleceu em Janeiro de 1611.

Autor: n/a | Fonte: Arquidiocese de Madrid

Tão mal estavam as coisas em sua época que os hereges e os infiéis desfrutavam esperando a pronta dissolução da Igreja. Juan sentiu fervor pelos santos reformadores que o Espírito Santo suscitou, também  nesse tempo, para aliviar as penas de seu povo. Nasce em Sevilha quando era a porta de entrada e saída para o Novo Mundo e pertence à melhor prosápia. Filho de dom Pedro Afán Enríquez de Ribera e Portocarrero, conde dos Molares, duque de Alcalá, Vice-rei de Nápoles e antes de Catalunha. Sua mãe, dona Teresa de los Pinelos, morreu muito cedo. A família, com seus títulos nobres, é conhecida na cidade por sua generosidade e amor aos pobres. Estuda na Universidade de Salamanca quando o Claustro salmanticense vive um período áureo entre as lições de Vitória e os teólogos que têm muito que ver com Trento, porque são tempos nos que a infidelidade e a heresia se combatem com as espadas e com a pluma. Ali termina os estudos e tem cátedra. O papa Pío IV o nomeia bispo de Badajoz, quando ainda não havia cumprido trinta anos; não há que olvidar que é filho do Vice-rei de Nápoles e essas coisas tinham muito peso por aquela altura. Dá começo a suas andanças como prelado enviando seis pregadores com São João de Ávila para preparar as almas à reforma que se postula desde Trento. Por sua parte, não fica quieto: prega com entusiasmo, se põe como um confessor mais no confessionário, visita e atende com os sacramentos aos enfermos e, às vezes, lhe toca dormir sobre sacos de estamenha. E até vende a louça de prata para remediar aos pobres. Escreve normas para a reforma da vida dos bispos, primeiras em Espanha em seu género. Para desgosto dos pacenses, lhes dura pouco este bispo como pastor. Agora é Valência a que desfrutará de seu governo. O há precedido um santo que pôs as metas muito altas. Foi Santo Tomás de Villanueva, o frade que deu uma volta a Valência que por um século não desfrutou da presença de seus bispos. Lá vai João como Arcebispo, depois de haver deixado em Badajoz, repartidos entre os pobres, seus dinheiros, bens  alfaias. Madruga, reza, estuda, recebe a gente sem entraves nem excessos de respeito; é parco na comida, rompe frequentemente os modeles usuais da época, sendo suficiente em ocasiões os figos secos, uvas, ou frutas do tempo. Vai fazendo cópia de livros como intelectual sem remédio. A Missa lhe dura com frequência duas horas... e com lágrimas, depois de despedir ao acólito para estar a gosto com o Senhor depois da consagração e entrar em diálogo íntimo, pessoal e intenso. Soam as disciplinas e guarda os cilícios em lugar recôndito que sempre descobre seu perspicaz assistente. A meta marcada no seu trabalho é pôr em marcha a reforma de Trento. Sofre o problema da abundante mourisca a que não conseguiu converter. Celebrou sete sínodos. As contínuas visitas pastorais são o cume de sua pastoral junto com a atenção a seu clero a que doutrina, anima, corrige ou admoesta, sempre dando-lhe exemplo. Burjasot o viu na sua praça explicando o catecismo às crianças. Em seu próprio palácio monta uma escola para os filhos dos nobres porque afirma que é bispo de todos: ali se formam bem os alunos, se educam, passam à universidade, ajudam nos pontificais; aquilo se parece pela piedade e os bons modos a um seminário e, de facto, saem da instituição cardeais, arcebispos e altos eclesiásticos. Felipe III o faz Vice-rei de Valência e desde então as coisas marcham melhor, sobretudo a recta administração da justiça. Fundou na cidade o Colégio e Seminário de Corpus Christi. E faleceu em seu amado colégio em  6 de Janeiro de 1611. Em Valência se festeja no dia 14 e em Badajoz em 19, ambos em Janeiro. Com homens tão íntegros e apostólicos a Igreja superou o obstáculo de hereges e de infiéis. Não fez São João senão o que é próprio de um bispo, mas fazê-lo naquele tempo foi muito mérito.

BEATO ANDRÉ BESSETE

Confessor (1845-1937)

Andrés (Alfredo) Bessette, Beato

Andrew (Alfredo) Bessette, Beato

Foi um religioso canadiano, pertencente à Congregação de Santa Cruz.. Nasceu no Quebec, em 29 de Novembro de 1846; morreu em Montreal, 6 de Janeiro de 1937.
Seu nome real foi Alfred Bessette. Filho de uma família humilde e profundamente religiosa; seu pai era armador de carretas, sua mãe se dedicava a educar a seus dez filhos. Tinha nove anos de idade quando seu pai faleceu num trágico acidente de trabalho. Três anos mais tarde morre sua mãe. Trabalhou de sapateiro, padeiro, lavrador, ferreiro, e aos vinte e um anos se foi para os Estados Unidos, onde trabalhou em ranchos e moinhos durante três anos. Ingressou na Congregação de Santa Cruz em 1863 e fez seus votos religiosos em 1866. Se destacou não só por sua humildade, mas também por ser visionário (apareceu-lhe São José em 1900), místico e taumaturgo (tinha o dom de sarar doentes). Tantos foram seus milagres atribuídos em vida ao Irmão Andrés, que não foi isento de polémicas e de certos mal-entendidos que o afectaram emocionalmente.  Foi porteiro do convento de Montreal, e foi o gestor da construção da Basílica Oratório de São José, em 1904 e em que atualmente descansam seus restos.  Morreu em Montreal, em 6 de Janeiro de 1937, com a idade de 92 anos, e sua reputação de homem milagroso se estendeu universalmente, sendo beatificado pelo Papa João Paulo II em 23 de Maio de 1982.

SANTA RAFAELA MARIA DO SAGRADO CORAÇÃO

Religiosa (1850-1925)

Rafaela María del Sagrado Corazón, Santa

Rafaela Maria del Sagrado Corazón, Santa

Co-Fundadora das
Escravas do Sagrado Coração de Jesus

Nasceu perto de Córdova, em Espanha, em 1850; faleceu em Roma, a 6 de Janeiro de 1925. Em 1877 fundara em Córdova, com sua irmã Maria del Pilar, as Escravas do Sagrado Coração de Jesus, dedicadas a adorar o Santíssimo Sacramento e a educar crianças. As Escravas espalharam-se rapidamente, e Rafaela dirigiu-as, com Maria del Pilar como ecónoma geral, até 1893. Neste ano, Maria del Pilar mais velha, convenceu-se que a Irmã errava muito na administração económica; fez campanha e as Religiosas Conselheiras declararam a Maria Rafaela incapaz de governar a Congregação; assim, Maria del Pilar substitui-a no cargo; teve, deste modo, o gosto de ser Superiora-geral durante dez anos (1893-1903). estes dez anos e os 22 seguintes passou-os Rafaela a um canto, esquecida e desprezada, mas feliz por não ter senão que dar bom exemplo e entregar-se continuamente à oração e humildade. Mas, depois que ela morreu, as autoridades eclesiásticas compreenderam o que se tinha passado; foi aberto sem detença o processo de beatificação. Pio XII beatificou.-a em 1952 e Paulo VI canonizou-a em 1977. Do livro Santos de cada dia, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic. e www.santiebeati.it

61502 > Sant' Abo di Tiflis Martire 
91842 >
Sant' Andrea Bessette (Alfredo) Religioso  MR
31350 >
Sant' Andrea Corsini Vescovo  MR
36500 >
San Carlo da Sezze Frate laico francescano  MR
20150 >
Epifania del Signore  - Solennità MR
94084 >
Sant’ Erminoldo di Prufening Abate, martire 
94144 >
Beato Federico Prevosto di St-Vaast d'Arras 
36420 >
San Felice di Nantes Vescovo MR
92333 >
San Giovanni de Ribera  MR
91378 >
Santi Giuliano e Basilissa Martire in Tebaide  MR
58150 >
San Guido (Guy) di Auxerre Vescovo 
36410 >
Beato Macario lo Scozzese Abate  MR
92126 >
San Nilammone Anacoreta 
90048 >
San Pier Tommaso Patriarca latino di Costantinopoli  MR
92297 >
Santa Raffaella Maria del Sacro Cuore (Rafaela Porras y Aillón) Fondatrice MR
93701 >
San Raimondo de Blanes Protomartire mercedario 
92192 >
Beata Rita Amata di Gesù (Rita López de Almeida) Fondatrice

www.santiebeati.it  -  www.es.catholic.  -  www.jesuitas.pt

Recolha, transcrição e tradução (de espanhol para português)

de António Fonseca

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Nº 5 - 5 DE JANEIRO DE 2010 - SANTOS DO DIA–3º ANO

 

Nº 1238

SÃO SIMEÃO ESTILISTA

Confessor (392-459)

A Vida de S. Simeão Estilista está cheia de factos tão extraordinários e maravilhosos, que deve ser considerada mais como prodígio para admirar, de que como modelo para imitar. Quis o Senhor mostrar nessa vida o que é capaz de fazer uma alma generosa, quando a anima o seu espírito; e ao mesmo tempo quis confundir o nosso grande desejo de comodidades com uma penitência tão grande e tão autorizada por milagres. S. Simeão, chamado Estilista por ter passado a maior parte da sua vida sobre uma alta coluna (stilos, em grego), nasceu em Sisã, confins da Cicília e da Síria, pelo ano de 392. Passou os primeiros anos a guardar ovelhas. Achando-se na igreja, quanto tinha apenas treze anos, ouviu ler aquelas palavras do Evangelho: Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados; bem-aventurados os puros do coração, porque verão a Deus (Mt 5,5). Perguntando a um santo velho o que elas significavam, este instrui-o sobre a felicidade daqueles que se entregam a uma vida retirada e penitente, tendo sem cessar diante dos olhos a Jesus Cristo crucificado. O menino Simeão imediatamente se retirou opara um deserto próximo, onde passou sete dias inteiros sem comer nem beber, chorando e orando. Depois, foi lançar-se aos pés do abade dum mosteiro vizinho, o qual, movido pelas lágrimas, o recebeu entre os monges. A todos excedeu em jejuns, vigílias e todo o género de austeridades, passando semanas inteiras na mais rigorosa abstinência. Cingiu a cintura com uma corda, a qual apertou tão fortemente, que se lhe introduzia nas carnes ao fim de dez dias. Não se pôde arrancar a corda sem grandes e terríveis dores; e a chaga levou dois meses a cicatrizar-se. Logo que se restabeleceu, o abade despediu-o, com  receio de que este modo de proceder tão singular prejudicasse a uniformidade na disciplina monástica. Retirou-se Simeão para outro deserto não muito distante. passado pouco tempo, o abade ordenou a alguns monges que fossem procurar o Servo de Deus a fim de que voltasse para o mosteiro. Encontraram-no em oração e foi com dificuldade que os acompanhou, pois temia que no mosteiro não lhe permitissem passar uma vida tão austera e penitente como desejava. Três anos esteve o santo nessa casa; não podendo, porém, sofrer as atenções com que o tratavam, obteve finalmente licença para se retirar a outra solidão mais oculta. Aqui esteve três anos como que sepultado em uma choça arruinada, exposto a todos os rigores do tempo. Desejoso de imitar mais perfeitamente o jejum do Salvador do mundo, passou uma quaresma inteira sem comer coisa alguma. Chegado o dia de Páscoa, veio um sacerdote vê-lo, e achando-o quase a expirar, administrou-lhe a sagrada Comunhão. Este divino alimento restituiu-lhe logo todas as forças. Cheio então de confiança no Senhor, que operara esta maravilha, resolveu passar, dali em diante, todas as quaresmas com a mesma prodigiosa abstinência. Assombrosas como eram estas austeridades, o santo considerava-as muito leves, sempre que opunha os olhos em Jesus crucificado. retirando-se para o cimo duma alta montanha, traçou um pequeno círculo, que murou com  pedras, e lá permaneceu muito tempo, sem tecto e sem abrigo, exposto a todas as inclemências das estações. E para tirar a si toda a liberdade de transpor aqueles estreitos limites, prendeu aos pés uma cadeia de ferro. Esta singularidade foi desaprovada por Melécio, virtuoso Bispo de Antioquia. Foi o bastante para que Simeão imediatamente a cortasse, por reconhecer que a verdadeira virtude não se prendia ao próprio sentir. Inutilmente procurava o santo fugir para os montes mais inacessíveis, a fim de viver ignorado. A sua fama espalhou-se tanto, que bem depressa foi cercado por inumerável multidão, atraída pelo odor das virtudes e pelo eco dos milagres. O desejo de fugir da multidão, que lhe interrompia as orações, foi o principal motivo que o levou à estranha resolução de se isolar sobre uma coluna, sendo esta cada vez mais alta. A primeira teve a altura duns 2 metros e meio, a segunda uns 8 e meio, a terceira 14 e meio, e a quarta e última quase 28 metros. Assim conseguiu cada vez maior isolamento. O plano superior desta colunas media só um metro e meio de diâmetro e era circundado por uma espécie de apoio ou parapeito, que cegava à cintura do santo. Não tinha espaço para se deitar, nem, podia tomar qualquer posição que não fosse incómoda; passava a maior parte do dia e da noite de joelhos, ou em pé, ou recostado sobre o parapeito da coluna. Tão extraordinário parecia a todos este género de vida, que se moveram contra o Santo muitas perseguições, Uns falavam com desprezo daquela austeridade singular, outros olhavam-na com indignação, tratando o Santo de impostor; muitos acusavam-no de vaidade e soberba. Até os próprios solitários do Egito, tendo-o pro homem que pretendia fazer-se estimar e deixar fama de si com aquele novo género de vida,estiveram a ponto de o separarem da sua comunidade. Antes, porém, de tal extremo,. pareceu-lhes conveniente experimentá-lo. Com este intuito mandaram um solitário que fosse intimá-lo, por ordem dos superiores, a que imediatamente descesse da coluna e viesse para junto dos outros. Logo que o enviado significou ao santo a ordem dos superiores, ele começou a descer, sem replicar nem dar o mínimo indício de repugnância. Tão pronta obediência desvaneceu inteiramente as dúvidas, e todos ficaram convictos da eminente virtude de Simeão. Ali, como sobre um altar, sacrificava-se a Deus com orações e austeridades sem número; dali pregava duas ou três vezes por dia a penitência e o desprezo do mundo à  multidão numerosíssima que se apinhava em redor da coluna para o ouvir. Persas, Etíopes e muitos outros povos idólatras vinham em bandos pedir-lhe o baptismo depois de o terem visto ou de o terem ouvido falar; e os imperadores cristãos valiam-se da sua intercessão diante de Deus nas necessidades públicas do Estado e da Igreja. Todas estas honras não alteraram em nada a sua humildade. É certo que Deus cuidou sempre de o manter nela por meio de grandes provas, permitindo que Simeão fosse quase continuamente exercitado com violentas tentações. Assegura Teodoreto que a divina Eucaristia, que ele recebia de oito em oito dias, era quase o seu único alimento. No meio duma vida tão extraordinariamente dura, que se podia chamar um martírio continuado ou um milagre de penitência, causava admiração que fosse inalteravelmente afável com a doçura característica da verdadeira piedade. Enfim, sentiu este grande santo que se aproximava o termo da sua peregrinação terrena. Entregou a alma ao Criador pelo ano 460, já com idade avançada. Os despojos mortais de S. Simeão foram conduzidos para Constantinopla. E levantou-se nesta cidade uma igreja magnifica em sua honra. Terminamos citando um autor moderno: “Confessamos que uma vida de tanta austeridade não só está acima do que é ordinário, mas se toma difícil de explicar sem uma intervenção de Deus Nosso Senhor. Passara a era dos mártires, e agora os anacoretas ofereciam nova forma de ser mártir, isto é, testemunha de Jesus… Forma modos de viver que hoje nos parecem extravagantes, porque não se ajustam ao nosso modo de pensar; mas foram de grande exemplaridade naqueles tempos. Deus suscitou a santidade por inúmeros caminhos, segundo as necessidades de cada época”. Antes tinha dito o autor quem as as austeridades do santo se encontram bem provadas historicamente. Do livro Santos de cada dia , de www.jesuitas.pt

SÃO TELÉSFORO

Papa, mártir (136)

Telésforo, Santo

Telésforo, Santo

VIII Papa

Grego de origem, Telésforo ocupa o oitavo lugar da lista dos pontífices romanos. Pelo ano de 126, sucedeu a S. Sisto I, ocupou a Sé de Roma durante dez anos e presenciou as devastações na Igreja devidas à perseguição de Adriano. Eusébio e Santo Ireneu concordam em dizer que morreu mártir. Quanto às disposições que lhe atribui o Líber Pontificalis, como a celebração da missa da meia-noite no Natal, carecem de fundamento sólido; é que, na verdade, os testemunhos sobre a festa do Natal não são anteriores ao século IV; o rito das três missas, nesse dia, na Igreja romana, só mais tarde aparece. Havia, no tempo de Telésforo, divergência no Oriente sobre a celebração da Páscoa; Ireneu observa, a este propósito, que Telésforo manteve as melhores relações com a Ásia Menor. Os carmelitas pretenderam fazer de Telésforo um membro da ordem deles; é bem difícil ver sobre que base histórica se apoia semelhante pretensão. ¡Felicidades a quem leve este nome! “Há triunfado quem uniu o útil o agradável” (Horácio). Comentários ao P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com

SÃO JOÃO NEPOMUCENO NEUMANN

Confessor (1811-1869)

Juan Nepomuceno Neumann, Santo

Juan Nepomuceno Neumann, Santo

Sacerdote Redentorista, Bispo e fundador das Irmãs Terceiras Franciscanas

Juan Nepomuceno Neumann nasceu em 1811 em Prachatitz, então parte do Império Austro-e faleceu em 1860. Foi redentorista. Exercitou o zelo e esgotou cedo as forças trabalhando pelos seus compatriotas de língua alemã imigrados para os Estados Unidos. Natural de Prochatiz (Boémia), morreu como Bispo de Filadélfia (Pensilvânia), depois de construir a Sé, oitenta igrejas e umas cem escolas: tudo isto em oito anos.

BEATA MARIA REPETTO

Religiosa (1807-1890)

María Repetto, Beata

Maria Repetto, Beata

Nasceu em 1 de Novembro de 1807 em Voltaggio, Itália. Filha de um notário, era a mais velha de onze filhos. Sua família era muito religiosa, a ponto de três de suas irmãs se terem feito monjas, e um de seus irmãos foi sacerdote. Uniu-se às Irmãs de Nossa Senhora do Refúgio no Monte Calvário em Génova em 7 de Maio de 1829, fazendo seus votos finais em 1831. Durante muitos anos foi costureira e bordadeira. Quando sua vista começou a falhar tomou o cargo de porteira. Consciente da dignidade do trabalho, e já que necessitava habilidades diplomáticas em sua posição, Soror Maria desenvolveu uma devoção profunda a São José e constantemente lhe pede proteção e guia em suas orações. Repartia pequenas medalhas e imagens de São José, conseguia sarar pondo a imagem em cima da área afectada enquanto orava. Ela não tinha nenhumas posses, pelo que lhe era muito fácil querer aos pobres. Trabalhou desinteressadamente atendendo enfermos durante as epidemias de cólera de 1835 e 1854. Os favores conseguidos por Maria causaram alguns problemas dentro de sua comunidade. Era tal o número de pessoas que se apresentavam cada dia que isto foi visto como uma ruptura da vida religiosa por algumas de suas irmãs, e durante algum tempo Soror Maria foi relegada de sua posição. Ela acreditou que era porque havia pecado de alguma maneira, e passou a maior parte desse tempo em oração. Sem embargo, suas superioras reavaliaram sua decisão, e devolveram a Maria o seu lugar na portaria. Toda a sua vida Maria manteve uma constante comunicação consciente com Jesus ou o Padre enquanto cumpria com seus deveres, até ao final de sua vida ela começou a ouvir respostas e teve visões de sua próxima morada na casa de Deus. Morreu em 6 de Janeiro de 1890 em Génova, Itália. Foi beatificada por João Paulo II em 4 de Outubro de 1981.

BEATO PEDRO BONILLI

Fundador (1841-1935)

Pedro Bonilli, Beato

Pedro Bonilli, Beato

Sacerdote Terceiro Franciscano (1841‑1935).
Fundador das Irmãs da Sagrada Família.

Beatificado por João Paulo II em 24 de Abril de 1988. Este generoso imitador de Cristo Bom Pastor nasceu em São Lorenzo de Trevi (Perusa) em 15 de Março de 1841 e morreu em Espoleto em 5 de Janeiro de 1935.  De família de pequenos proprietários, o primeiro de quatro irmãos. De um ambiente familiar favorável, uma mãe piedosíssima, e logo o influxo iluminado e santo de um sacerdote que no colégio Lucarini de Trevi, lhe serviu de guia espiritual: Dom Ludovico Pieri, chamado também o “Dom Bosco” de Trevi.  Em 1857 sentiu brotar impetuosa a vocação sacerdotal e dom Pieri foi seu anjo guardião. Ordenado presbítero em Terni, estando vacante a diocese de Espoleto, em 19 de Dezembro de 1863, de imediato foi enviado como pároco a Cannaiola, uma região pobre, onde esteve 35 anos exercendo uma pastoral renovadora, valente, incisiva, altamente frutuosa, que culminou em 1887 com a fundação da Congregação das irmãs da Sagrada Família.   A condição religiosa e moral de Cannaiola era singularmente pobre e baixa, marcada pela blasfémia, a libertinagem, o jogo, a embriaguez. Ele se empenhou em alimentar a seu povo com um intenso trabalho de catequese e de instrução religiosa, servindo-se também, como precursor, dos meios de comunicação social de então, (“A imprensa é a arma deste tempo”, dizia) e comprometendo aos laicos em suas iniciativas.  Na família viu o fundamento do renascimento da sociedade e da vida eclesial. “Ser família, dar família, construir família”, foi seu programa.  Em 1898 deixou a Cannaiola ao ser nomeado Canónico da Catedral de Espoleto e Reitor do Seminário, colocando ao serviço dos futuros sacerdotes sua riqueza espiritual e a vasta experiência adquirida nos largos anos de ministério pastoral. Em sua espiritualidade se destaca sua grande contribuição à difusão do culto à Sagrada Família, da qual imitou com verdadeiro espírito franciscano a humildade e a pobreza. Em 5 de Janeiro de 1935 terminou serenamente em Espoleto sua longa vida (95 anos), consagrada ao serviço da formação do clero e a ajuda aos pobres. “Servo bom e fiel, entra no gozo de teu Senhor!”.

  Deogratias, Santo
Bispo

Deogratias, Santo

Deogratias, Santo

Martirológio Romano: Em Cartago, cidade do norte de África (hoje Túnis), são Deogratias (Diosgracias), bispo, que redimiu muitos cativos capturados pelos vândalos, oferecendo-lhes asilo em duas grandes basílicas dotadas de camas e leitos (457/458).. Com o rei dos vândalos Genserico, filho ilegítimo de Godegiselo à frente, os bárbaros passam Hispânia e chegam até África. São arianos e frequentemente qualificados como gente cruel, dura, inclemente e devastadora.  Cartago foi invadida no ano 439 e ali é o lugar geográfico onde tem lugar o nosso relato de hoje. Os novos donos fazem segundo o costume uma limpeza geral entre a gente mais influente no povo; aos nobres não os matam, desterram-nos; os bispos são considerados igualmente como um poder digno de ter em conta na hora de assentar os territórios conquistados e os colocam para além das fronteiras por um pouco; os bens materiais de uns e outros são caçados e passam para outras mãos, porque para algo são as guerras. Já o bispo Quodvultdeus foi metido com outros num navio à deriva e colocados algures no meio do alto mar para morrer sem remédio. Deste modo, estiveram os fieis de Cartago sem pastor por catorze anos.  A rogos do imperador Valentiniano III permitiu Genserico que fosse mandado àqueles cristãos romanos um bispo; se chamava Deogracias e recebeu a consagração no ano 453. Um homem probo, limpo, sábio e santo. Roma era um fruto sumamente apetecido para os bárbaros. Genserico lhe pôs sítio com o seu exército e a toma no ano 455. Cada rincão da Cidade Santa mostra nos catorze dias de saque as consequências da invasão bárbara; se veem incêndios e há destruição por toda a parte. Os tesouros mudam de mão porque são o despojo e uma parte da população é levada cativa a África. Os prisioneiros se distribuem entre os vândalos e os mauritanos naturais do pais produzindo-se em cada caso um drama pessoal: as famílias ficam destruídas, os pais são separados de seus filhos e as esposas estão sem seus maridos. O bispo Deogracias realiza um trabalho humanitário de primeira ordem que é obra de misericórdia nesta conjuntura de emergência. Vende os vasos sagrados de ouro e prata que estão ao serviço do altar para resgatar os cativos pagando seu preço; habilita os templos de são Fausto e são Severo para que sirvam de hospital, asilo e residência onde se possa prestar um socorro imediato aos enfermos e aos mais débeis; ele próprio não se dispensa de atender pessoalmente aos que estão perto com o peso da cruz às suas costas dando-lhes o apoio e consolo que necessitam. Reza e faz; é o que manda a caridade. Em Cartago se apalpa o evidente. Todos veem em Deogracias a um adiantado dos direitos humanos que ainda não se haviam inventado. O fez tão bem ao sussurro da caridade que os invejosos ainda quiseram tirá-lo do meio sem que o bom Deus lhes desse essa oportunidade porque se o levou antes, justamente no ano 456.

Eduardo III O Confessor, Santo
Rei de Inglaterra

Eduardo III el Confesor, Santo

Eduardo III o Confessor, Santo

Martirológio Romano: Em Londres, Inglaterra, Santo Eduardo, o Confessor, sobrenome, que, como rei da Inglaterra, foi muito amado por sua caridade excelente, e trabalhou incansavelmente para manter a paz em seus estados em comunhão com a Sé de Roma (1066). Eduardo, neto de Santo Eduardo chamado o Mártir, nasceu em 1004 em Islip, perto de Oxford. Seu pai era o rei Etelredo II, chamado o Desaconselhado. Sendo ainda menino, teve que empreender o caminho do desterro e viveu de 1014 a 1041 em Normandia com uns familiares de sua mãe. Se diz que fez o voto de ir em peregrinação a Roma se a Divina Providência o levasse de novo á sua pátria. Quando isto sucedeu, Eduardo queria cumprir fielmente o voto, mas o Papa o dispensou. O dinheiro que ia a gastar na viagem o deu os pobres e outra parte do mesmo o dedicou à restauração do mosteiro a oeste de Londres (West minster, hoje Westminster). Apesar dos fracassos políticos de seu governo, Eduardo rei de Inglaterra do 1043 a 1066, deixou uma vivíssima recordação em seu povo. As razões desta veneração, que continuou com os séculos, há que buscá-las não só em algumas medidas sábias administrativas, como a abolição de um pesado imposto militar que agoniava a toda a nação, mas sobretudo em seu temperamento suave e generoso (jamais um desacato ou uma palavra de reprovação ou um gesto de ira nem sequer com os súbditos mais humildes) e em sua vida privada.  Um ano depois de sua coroação se havia casado com a cultíssima Edith Godwin, filha de seu mais terrível adversário barão Godwin de Wessex. Havia sido uma hábil jogada política de seu sogro, pois tinha a esperança de que Eduardo, a quem já chamavam “o Confessor”, lhe confiaria a administração do governo para se dedicar com mais liberdade a suas orações e à meditação. O plano, demasiado subtil, só teve êxito em parte, porque em 1051 o barão foi desterrado e a rainha foi encerrada num convento. Mas só foi um parêntesis, porque o acordo entre Eduardo e a rainha era muito profundo, até ao ponto que, segundo os biógrafos, os dois haviam feito de comum acordo voto de virgindade. A solene inauguração do famoso coro do Mosteiro de Westminster, que ele mesmo havia financiado, teve lugar em 28 de Dezembro de 1065. Mas o rei já estava gravemente enfermo. Morreu em 5 de Janeiro de 1066 e foi enterrado na Igreja da abadia recentemente restaurada. Pronto houve muitas peregrinações à sua tumba. No reconhecimento de 1102 encontraram seu corpo incorrupto e em 17 de Fevereiro de 1161 o Papa Alexandre III o incluiu na lista dos santos. O dia de sua festa coincide com a data em que Santo Tomás Becket trasladou solenemente suas relíquias ao coro da mesma Igreja. Hoje, à distância de quase dez séculos, ainda Inglaterra chama a sua Coroa "de Santo Eduardo".  Não a teve fácil ¿verdade? Recordo agora esse maravilhoso refrão castelhano que diz: "Todos os dias são bons para louvar a Deus".
Se queres aprofundar mais a vida de Eduardo III consulta EWTN

 Genoveva Morales, Santa
Fundadora

Genoveva Torres Morales, Santa

Genoveva Torres Morales, Santa

Fundadora da Congregação das Irmãs do Sagrado Coração de Jesus e dos Santos Anjos

Nascida em Almenara (Castellón) a finais do século XIX, no seio de uma família humilde, com oito anos perde a seus pais e a quatro de seus cinco irmãos. Aos 13 anos sofre a amputação da perna esquerda à altura da coxa, numa operação sem anestesia. A ponto de morrer, Genoveva sobreviverá para se converter numa mulher forte, valente, animosa, capaz de sofrer sem queixa, amorosa, humilde, simples… Com quinze anos ingressa na “casa de Misericórdia” de Valência, onde as Carmelitas da Caridade cuidaram dela. Dez anos de sua vida passará com estas religiosas, tempo durante o que aprofundará sua formação espiritual e sua relação com Deus, até ao ponto de solicitar seu ingresso na Congregação. Ante a negativa, motivada por sua impossibilidade física, Genoveva irá descobrindo o caminho que Deus lhe tem reservado: a fundação de uma congregação que atenda, com amor, a mulheres solitárias, aflitas, dando sentido a sua vida e estimulando sua prática religiosa. Em 1911 se inaugura em Valência a primeira residência da Associação que receberá o nome de Sociedade Angélica do Sagrado Coração, sendo o definitivo Irmãs do Sagrado Coração de Jesus e dos Santos Anjos. Será Saragoça onde instalam a Casa Geral e o Noviciado, em uma hospedaria junto aos pés da Virgem do Pilar e inaugurada em 1941. Apesar do seu coxear, a Madre Genoveva viajará pelas principais cidades espanholas fundando residências, em Madrid, Barcelona, Bilbau, Santander, Pamplona… resolvendo problemas, atendendo a suas filhas… Mulher doente durante toda sua vida, faleceu em Saragoça em 1956. ¿Quais foram as virtudes da Madre Genoveva?  Menina simpática, alegre, trabalhadora. Generosa e desprendida, reparte sua pouca comida com os pobres. Aceita cumprir a vontade de Deus, para lhe agradar. Tem grande capacidade de sofrimento, é grata, de bom carácter, humor e piedade. Os jesuítas, ao longo de sua vida, a ajudaram a aprofundar em sua vida espiritual e a abrir-se à vontade de Deus. Anima a suas filhas a amar muito a Deus para acertar no trato com as senhoras que vivem nas residências da Congregação. O objectivo é que se sintam como em sua própria casa. Madre Genoveva se caracterizará por esse amor, atendendo às residentes mais necessitadas. Sua incapacidade física nunca será impedimento para novas fundações ou para visitar a suas filhas. E, como companhia em suas viagens, uma caixa de sapatos em que guarda uma imagem da Virgem Maria. Sua enfermidade, companheira contínua, nunca arranca uma queixa nela. “¿Quem sou eu? Mais nada que ninguém”:

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Genoveva Torres Morales, Santa

Esta frase da Madre foi uma realidade em sua própria vida, chegando a dormir no chão, ou recusando as homenagens pessoais. Sua grande preocupação são suas filhas, a quem animará e acompanhará sobretudo durante as épocas difíceis e instáveis da República e a Guerra Civil. Os últimos anos de sua vida mantém comunicação com todas suas filhas desde a Casa Geral, em Saragoça, onde morre. Seu grande amor à Eucaristia a levou a solicitar a Vela noturna ao Santíssimo, para as mulheres. E seu amor à Virgem a fez consagrar a Congregação religiosa por ela fundada a Maria, na festividade de Nossa Senhora da Esperança. Foi canonizada por João Paulo II em 4 de Maio de 2003 em Madrid, Espanha.

Carlos de San Andrés (Juan Andrés Houben), Santo
Passionista

Carlos de San Andrés (Juan Andrés Houben), Santo

Carlos de San Andrés (Juan Andrés Houben), Santo

Presbítero Passionista

Martirológio Romano: Em Dublin, na Irlanda, São Carlos de San Andrés (Juan Andrés Houben), presbítero da Congregação da Paixão, admirável ministro do sacramento da penitência. O Samaritano de Irlanda  - Os autênticos santos são imitadores de Cristo e o beato Carlos Houben foi um destes. Assim nos diz Pierluigi di Eugénio: “Passou bendizendo, sarando e perdoando. Sempre disposto e amável. Pobre entre os pobres, fez de sua vida um dom para os que sofrem. Todo de Deus, todo do próximo. Os necessitados da alma e do corpo não o deixavam repousar nem um momento. Profundamente dedicado á família e à pátria trabalhou por muitíssimos anos longe de uma e de outra, encontrando nos que sofrem aos próprios irmãos e na terra de Irlanda sua própria pátria”. Juan Andrés nasce em Munstergeleene na Holanda em 11 de Dezembro de 1829, quarto de dez filhos numa família endinheirada.  Cresce em inteligência, idade e graça. O irmão José dirá dele: “Conhecia só dois caminhos, o da Igreja e o da escola”. Enquanto no ânimo do jovem nasce o desejo de ser sacerdote. Conhece os Passionistas, com pouco tempo em Holanda levados pelo P. Domingo Barberi e aos 24 anos, em 5 de Novembro de 1845, entra no noviciado em Ere, Bélgica e veste o hábito com o nome de Carlos. Durante o noviciado é irrepreensível. Este é o testemunho de um de seus companheiros: “Sentia-me muito edificado diante de sua grande santidade. Era exemplar, cheio de fé e de piedade, pontual, observante das regras, simples, amável e de carácter doce. Sua piedade e sua natural alegria lhe ganhavam o afecto de todos”. Em 21 de Dezembro de 1850 é ordenado sacerdote. Em 1852 é enviado a Inglaterra onde estavam os Passionistas desde há 10 anos. Carlos não regressará mais a Holanda nem voltará a ver aos seus. Sua mãe havia morrido 8 anos atrás e o pai há perto de dois. Passará mais de quarenta anos de sua vida nas ilhas britânicas. Estabelece-se primeiro em Aston em Inglaterra; onde se prodigaliza a favor dos imigrantes irlandeses que levam a cabo o duro trabalho das minas. Esta experiência será útil na sua próxima permanência em Irlanda. Doa-se completamente a eles, se interessa de seus problemas, de sua saúde. Conforta, ajuda, cura, enquanto continua trabalhando a favor da congregação e da Igreja. Em 1857 transfira-no para Irlanda, em Dublin / Mount Argus, onde os Passionistas chegaram havia pouco tempo. Construirá o convento e a igreja. O P. Carlos se revela providencial. O povo Irlandês que o tinha visto a seu lado com tanta solicitude, mostra-se generoso. Se constrói o convento e uma bela igreja dedicada a são Paulo da Cruz. O P. Carlos, sem o saber, prepara seu próprio santuário. Carlos não será nunca um grande pregador, sobretudo pela dificuldade da língua mas passa horas e horas no confessionário, assiste os moribundos, bendiz os enfermos com a relíquia de são Paulo da Cruz. Acompanhando a bênção com estremecedoras orações compostas por ele próprio. Tem a fama de taumaturgo. Cada dia cerca de trezentas pessoas, provenientes de todas as partes de Irlanda, de Inglaterra, de Escócia e até de América, acodem a ele, atraídos da fama de sua santidade. Encontravam um coração compassivo, disponível e terno. Médicos e enfermeiros de Dublin, frente a casos desesperados, aconselhavam chamar ao P. Carlos e Carlos acudia às casas e aos hospitais, levando quase sempre o dom de uma cura inesperada e sempre um pouco de serenidade. Com amor preparava os moribundos ao grande passo, ajoelhado em oração, junto de seus leitos. Para fazê-lo descansar um pouco, os superiores várias vezes o mudam de convento, mas depois fazem-no regressar a Dublin. Na comunidade era exemplar, cheio de fé e de piedade, simples e afável, de uma amabilidade angelical. Não obstante as ocupações passa longo tempo em adoração diante do tabernáculo. Muitas vezes é encontrado em êxtase, especialmente durante a missa. Às vezes o acólito se vê obrigado a sacudi-lo para que prossiga a celebração. Nos últimos anos de sua vida sofre muito por uma gangrena numa perna e outros males. Suporta a  enfermidade com paciência continuando a desenvolver seu apostolado. Cada dia continua a subir e a descer uma escadaria de 59 degraus, e centos de vezes, para receber as pessoas que vêm até ele. Morre serenamente em 5 de Janeiro de 1893. Por cinco dias, antes de ser sepultado, recebe honras fúnebres devida a um rei, com gente proveniente de toda Irlanda.  João Paulo II o declara beato em 16 de Outubro de 1988, fazendo oficial a santidade do padre Carlos, que já em vida todos chamavam o santo de Mount Argus. Bento XVI o declarou santo em 3 de Junho de 2007.

Marcelina Darowska, Beata
Fundadora

Marcelina Darowska, Beata

Marcelina Darowska, Beata

Maria Marcelina da Imaculada Conceição

Fundadora. Nasceu em Szulaki, Ucrânia, no seio de uma família latifundiária. Desde pequena destacou-se por sua piedade e contínua oração, virtudes pelas quais decidiu dedicar-se à vida religiosa; sem embargo, no leito de morte de seu pai prometeu que contrairia matrimónio para preservar a linhagem; casou-se com Karol Darowski, com quem procriou dois filhos. Enviuvou depois de três anos de matrimónio, e morreram seus filhos, pelo que pôde ingressar num convento. Viajou para Roma, onde conheceu o padre Hieronim Kajsiewicz (que se converteu em seu diretor espiritual) e, por meio dele, a Josephine Karska, que já tinha a ideia de fundar uma congregação dedicada à formação integral da mulher; este foi o início da Congregação das Irmãs da Imaculada Conceição da Bendita Virgem Maria. Ao morrer soror Josephine, Marcelina assumiu o cargo de superiora. Mudou para o seu país natal a sede da congregação, e em Jazlowiec, Ucrânia — onde radicaria o resto de sua vida —, fundou a primeira escola para meninas, a qual converteu num importante centro cultural e espiritual. Seu carisma se baseava no renascimento e na consolidação da família sobre as bases do amor, o respeito e a oração, e em fincar sólidas bases morais na sociedade. As escolas que fundou anexas aos mosteiros eram gratuitas. Nos cinquenta anos que foi abadessa fundou sete conventos, com igual número de escolas. Deixou a herança de oração, amor ao próximo, e formação académica e religiosa. A beatificou Sua Santidade João Paulo II em 6 de Outubro de 1996.

Pedro Bonilli, Beato
Franciscano e Fundador

Pedro Bonilli, Beato

Pedro Bonilli, Beato

Sacerdote Terceiro Franciscano (1841‑1935).
Fundador das Irmãs da Sagrada Família.

Beatificado por João Paulo II em 24 de Abril de 1988  Este generoso imitador de Cristo Bom Pastor nasceu em São Lorenzo de Trevi (Perusa) em 15 de Março de 1841 e morreu em Espoleto em 5 de Janeiro de 1935.  De família de pequenos proprietários, o primeiro de quatro irmãos. De um ambiente familiar favorável, uma mãe piedosíssima, e logo o influxo iluminado e santo de um sacerdote que no colégio Lucarini de Trevi, lhe serviu de guia espiritual: Dom Ludovico Pieri, chamado também o “Dom Bosco” de Trevi.  Em 1857 sentiu brotar impetuosa a vocação sacerdotal e dom Pieri foi seu anjo guardião. Ordenado presbítero em Terni, estando vacante a diocese de Espoleto, em 19 de Dezembro de 1863, de imediato foi enviado como pároco a Cannaiola, uma região pobre, onde esteve 35 anos exercendo uma pastoral renovadora, valente, incisiva, altamente frutuosa, que culminou em 1887 com a fundação da Congregação das irmãs da Sagrada Família.  A condição religiosa e moral de Cannaiola era singularmente pobre e baixa, marcada pela blasfémia, a libertinagem, o jogo, a embriaguez. Ele se empenhou em alimentar a seu povo com um intenso trabalho de catequese e de instrução religiosa, servindo-se também, como precursor, dos meios de comunicação social de então, (“A imprensa é a arma deste tempo”, dizia) e comprometendo aos laicos em suas iniciativas. Na família viu o fundamento do renascimento da sociedade e da vida eclesial. “Ser família, dar família, construir família”, foi seu programa. Em 1898 deixou a Cannaiola ao ser nomeado Canónico da Catedral de Espoleto e Reitor do Seminário, colocando ao serviço dos futuros sacerdotes sua riqueza espiritual e a vasta experiência adquirida nos largos anos de ministério pastoral. Em sua espiritualidade se destaca sua grande contribuição à difusão do culto à Sagrada Família, da qual imitou com verdadeiro espírito franciscano a humildade e a pobreza. Em 5 de Janeiro de 1935 terminou serenamente em Espoleto sua longa vida (95 anos), consagrada ao serviço da formação do clero e a ajuda aos pobres. “Servo bom e fiel, entra no gozo de teu Senhor!”.

Sinclética, Santa

Virgem,

Sinclética, Santa

Sinclética, Santa

Martirológio Romano: Em Alexandria de Egito, santa Sinclética, virgem, de quem se conta que levou vida eremítica (s. IV).

Santa Sinclética nasceu em Alexandria de Egito, de uma rica família de Macedónia. Sua grande fortuna e beleza atraíram-lhe numerosos pretendentes, mas Sinclética havia consagrado seu coração ao Esposo celestial e para se livrar daqueles recorria à fuga. Sem embargo considerava a seu próprio corpo como a seu pior inimigo e se dedicou a domá-lo com jejuns e outras asperezas. Seu maior sofrimento era ver-se obrigada a comer mais frequentemente do que desejava. Seus pais a constituíram herdeira de toda sua fortuna, pois seus dois irmãos haviam morrido e sua única irmã era cega e estava confiada a sua custódia. Havendo distribuído sua fortuna entre os pobres. Sinclética retirou-se com sua irmã a uma câmara sepulcral abandonada, que formava parte das posses de seus parentes. Aí cortou os cabelos, em presença de um sacerdote, para mostrar seu absoluto despego do mundo, e renovou sua consagração a Deus. A partir desse instante, a oração e as boas obras constituíram sua principal ocupação; mas seu total retiro, que a ocultou aos olhos do mundo, deixou-nos também sem noticias. Numerosas mujeres acudían a ella en busca de consejo. Si su humildad le hacía difícil instruir a otros, su caridad la impulsaba a hacerlo. Sus palabras tenían un acento tan profundo de humildad y de convencimiento, que impresionaban profundamente a sus oyentes. «¡Oh —exclamaba Sinclética—, cuan felices seríamos si trabajáramos por ganar el cielo y servir a Dios, como los mundanos trabajan por acumular riquezas y bienes perecederos! En tierra arrostran a los bandidos y salteadores; en el mar se exponen a los vientos y a las olas y sufren naufragios y calamidades; todo lo intentan y a todo se atreven; en cambio nosotros, que servimos a un Señor tan grande y esperamos un premio inefable, tenemos miedo de la menor contradicción». Frecuentemente predicaba la humildad: «Un tesoro sólo está seguro cuando está escondido; descubrirlo equivale a exponerlo a la codicia del primero que venga y a perderlo; igualmente, la virtud sólo está segura cuando permanece secreta, y quien la ostenta la verá disiparse como el humo». Con estos y otros discursos exhortaba nuestra santa a la caridad, a la vigilancia y a todas las virtudes. A los ochenta años de edad, Sinclética contrajo una intensa fiebre que le atacó los pulmones, al mismo tiempo que una violenta gangrena le consumía los labios y las mandíbulas. Llevó su enfermedad con increíble paciencia y resignación, a pesar de que en los últimos tres meses el dolor no le dejaba reposo. Aunque la gangrena la había privado del uso de la palabra, su paciencia era un sermón más eficaz que cualquier predicación. Tres días antes de su muerte, Sinclética tuvo una visión en la que le fue revelada la hora en que su alma abandonaría el cuerpo. Al llegar el momento previsto, aureolada de una luz celestial y consolada con divinas visiones, Sinclética entregó su alma a Dios, a los ochenta y cuatro años de edad.

Rogério de Todi, Beato

Presbítero Franciscano

Rogerio de Todi, Beato

Rogério de Todi, Beato

Martirológio Romano: Na cidade de Todi, na Umbria (Itália), beato Rogério, presbítero da Ordem dos Irmãos Menores, discípulo de são Francisco e fervente imitador seu (1237).
Data de beatificação: Bento XIV em 24 de abril de 1751 aprovou a invocação como beato.

A primeira Clarissa honrada com culto público não foi Santa Clara, mas sim a Beata Felipa Mareri, morta em 1236, quando santa Clara ainda vivia em São Damião de Assis. Ao nome e à vida da Beata Felipa está ligada a vida e a figura do Beato Rogélio, também da Umbria, de Todi, que conheceu pessoalmente a São Francisco e foi um de seus primeiríssimos seguidores junto com Bernardo de Quintaval, Gil, León, Silvestre. São Francisco podia dizer: verdadeiro irmão menor é o que tem a fé de Frei Bernardo, a simplicidade e a pureza de Fr. Leão, a benignidade de Fr. Angel, a presença agradável de Fr. Maseo, a paciência de Fr. Junípero, a solicitude de Fr. Lúcido e a caridade de Fr. Rogélio. Por seu equilíbrio, unido ao mais fervente zelo missionário, foi enviado por São Francisco a Espanha para fundar ali a Ordem Franciscana. Erigiu conventos, acolheu religiosos que soube formar no espírito seráfico e os organizou como Província religiosa. Quando cumpriu seu oficio de organizador, regressou a Itália. São Francisco confiou-lhe então a direção espiritual do mosteiro das Clarissas fundado pela  beata Felipa Mareri, depois que esta mulher de vida excepcional e quase desconcertante descansou de um eremitério rural sua vocação de penitente e de guia de outras mulheres penitentes. Con los sabios consejos del franciscano Rogelio, la comunidad de Felipa Mareri, que al principio había tenido carácter un poco irregular, o mejor, no bien definido, se enmarcó ejemplarmente en la Regla de la Segunda Orden, la misma que San Francisco había dictado para Santa Clara y sus damas y que ya producía copiosos frutos espirituales. Felipa Mareri se ligó con afectuosa devoción al franciscano de Todi, bajo cuya dirección la comunidad por ella querida, progresaba tan claramente en la perfección. Cuando la Beata de Rieti estuvo cercana a la muerte, pidió ser confortada por el Beato de Todi. En el elogio fúnebre él la invocó como se invoca a los santos. Rogelio sobrevivió poco a su hija espiritual. Volvió a Todi, donde su vida dio nuevos fulgores de santidad. Meditaba a menudo en el nacimiento de Jesús, que muchas veces se le apareció en forma de niño y tuvo el gozo de apretarlo amorosamente en sus brazos. Una mujer paralítica volvió a caminar después de haber recibido su bendición. Otra mujer afectada de locura, que se descontrolaba con gritos y acciones descompuestas, al contacto de su mano curó perfectamente. El 5 de enero de 1237 fue llamado por Dios al premio eterno el siervo fiel y bueno. Gregorio IX, que lo conoció personalmente, aprobó su culto locla, y Benedicto XIV el 24 de abril de 1751 aprobó la invocación como beato.

91165 > Sant' Amata (Amma Talida) della Tebaide Vergine 
36300 >
Sant' Amelia Vergine e martire
92155 >
Sant' Astolfo Monaco e vescovo
91576 >
San Carlo di S. Andrea Houben Passionista  MR
36340 >
San Convoione Abate di Redon  MR
36320 >
San Deogratias Vescovo  MR
93926 >
Beato Dionisio Ammalio Mercedario
74150 >
Sant' Edoardo III il Confessore Re d'Inghilterra MR
36330 >
Santa Emiliana Vergine  MR
36370 >
Beati Francesco Peltier, Giacomo Ledoyen e Pietro Tessier Sacerdoti e martiri  MR
91490 >
Santa Genoveva Torres Morales Fondatrice  MR
36350 >
San Gerlaco di Valkenburg Eremita  MR
36360 >
San Giovanni Nepomuceno Neumann Vescovo  MR
92201 >
Beata Marcellina Darowska (Maria Marcellina dell’Immacolata Concezione) Fondatrice  MR
90896 >
Beata Maria Repetto MR
90712 >
Beato Pietro Bonilli  MR
39450 >
Beato Ruggero di Todi 5 MR
36310 >
Santa Sincletica Monaca in Egitto  MR

 http://es.catholic.net/santoralwww.jesuitas.pt  -  www.santiebeati.it

António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...