terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Nº 46 - 15 de FEVEREIRO de 2011 - SANTOS DE CADA DIA - 3º ANO

 

Nº 1278

• Faustino e Jovita, Mártires
Diácono e Presbítero

Faustino y Jovita, Mártires

Faustino e Jovita, Mártires

Conta-se que dois irmãos, Faustino e Jovita, o primeiro sacerdote e o segundo diácono, começaram a pregar o Evangelho em Brixia, (ou Bréscia), sua terra natal. Entretanto apareceu na Lombardia, vindo do Oriente, o césar Adriano para suceder ao imperador Trajano. O conde Itálico dirigiu-se ao seu encontro e informou-o do êxito da pregação cristã. Chegando a Bríxia, o novo imperador quis instruir pessoalmente o processo dos dois apóstolos e começou por lhes infligir diversos tormentos. Depois, levou-os consigo para Roma e foi renovando, em cada jornada, os interrogatórios e as torturas. Nada conseguiu abalar a constância dos dois irmãos. Por isso Adriano recambiou-os para Bríxia, a fim de serem decapitados na terra onde tinham exercido o seu zelo (princípios do século II). Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it.
 

• Cláudio da Colombiére, São
Confessor – Apóstolo do Coração de Jesus (1641-1682)

Claudio de la Colombiére, San

Cláudio de la Colombiére, São

Cláudio La Colombiére nasceu em São Sinforiano d’Ozon, Ródano (França). Morreu em Paray-le-Monial, a 15 de Fevereiro de 1682. Foi beatificado por Pio XI, a 16 de Junho de 1929, e canonizado por João Paulo II, a 31 de Maio de 1992. Conhecemos o Padre Cláudio La Colombiére principalmente pelas suas obras e pelo testemunho dos que mais de perto o acompanharam nos últimos anos de vida. Eis, em resumo, o retrato que dele nos dá o Padre Nicolau La Pesse, encarregado de editar os seus Sermões (Lião, 1684); espírito vivo, juízo seguro, fino e penetrante; alma nobre, jeito e graça; distinguia-se sobretudo pela sua maneira de pensar e pela elegância e precisão de expressão. Quando falava com as pessoas, a sua distinção e doçura conquistavam os espíritos e os corações. A união com Deus transparecia no seu rosto e nas suas palavras. A oração era nele habitual. Como era recto e esclarecido, julgava com extrema justiça sobre qualquer assunto que tivesse de tratar. Embora pertencesse a uma família muito cristã, declarou mais tarde: «tinha uma aversão horrorosa à vida que me comprometi a seguir quando entrei para a Companhia de Jesus». Passados 16 anos de vida religiosa, quando se preparava para a última profissão, escrevia: «Senti-me inclinado a imitar a simplicidade de deus nos meus afectos, amando só a Deus… Mas os meus amigos têm-me amizade, e eu tenho-lhes amizade a eles; vedes que é assim, e eu sinto-o… este sacrifício vai-me custar mais do que o primeiro que fiz deixando pai e mãe».Dotado de uma intensa afectividade, nobreza de alma, inteligência penetrante, Cláudio, descendente duma família de notários, sentia muito valor dos compromissos jurídicos e especialmente dos votos feitos a Deus. O Padre La Pesse, no prefácio já citado, escreve a este respeito: «Para compendiar uma vida inteiramente santa em poucas palavras, basta-me referir o voto que ele fez, com licença do diretor espiritual. É um voto capaz de assustar os mais espirituais, e não sei que outros o tenham feito, pelo menos na Companhia de Jesus. Este  voto obriga o religioso a uma perfeição mais eminente. os que conhecem as Constituições Inacianas creio que pensarão como eu, e o outros não deixarão de admirar aquilo que talvez só a meia conhecem». Este voto de observar «as Constituições, as regras comuns, as regras da modéstia e as dos Sacerdotes» meditou-o Cláudio durante três ou quatro anos. Foi fruto da eleição dos seus Exercícios do mês, aos 33 anos, tendo 16 anos de vida religiosa. Contrariamente ao que se poderia temer, este voto contribuiu para fazer de Cláudio o homem mais amável possível: «O seu silêncio, a sua conversação, o seu porte, o seu modo de proceder, todo o seu exterior era tão natural e tão consertado que, em qualquer circunstância, parecia um homem de sociedade e um perfeito religioso». Este voto não consistias, portanto, essencialmente em praticar minúcias, mas em realizar o ideal do Sacerdote, vivido e descrito por Santo Inácio. Se Cláudio desce, com ele, aos mais pequeninos pormenores do comportamento externo, também, colmo ele liga muito mais importância à atitude interior: a atitude de Cristo, contemplada nos Exercícios e reproduzida por Santo Inácio, para os seus religiosos, nas Constituições. Porque lhe parece excelente o retrato, o Padre Colombiére adopta-o como programa de santidade, como o próprio mistério de Cristo, abismo de grandeza e de humildade, de obediência e de liberdade. O sentimento de libertação que Cláudio nota várias vezes no Diário espiritual, depois de ter adoptado este ideal, faz-nos crer que ele correspondeu realmente ao chamamento de Cristo. Além disso, foi também um desabrochar para o seu apostolado. Dois anos mais tarde (1677), estando em Londres, notará: «Encontro.-me agora numa disposição inteiramente oposta àquela em  que me encontrava há dois anos. O temor ocupava-me totalmente e não me sentia nada inclinado ao exercício do zelo, por causa da apreensão em que estava de não poder evitar os perigos da vida ativa, para a qual via que a minha vocação me levava. Hoje esse temor desapareceu, e tudo o que há em mim me leva a trabalhar na salvação e santificação das almas. Parece-me que só por isso é que tenho amor à vida, e só amo a santificação porquanto reconheço que é um meio admirável de ganhar muitos corações para Jesus Cristo». E, alguns dias depois: «Sinto sempre um desejo cada vez mais intenso de me afeiçoar à observância das regras; e tenho muito gosto em praticá-las ; quanto mais exato sou na sua observância, tanto mais me parece que entro na perfeita liberdade; é certo que isso não me incomoda nada; pelo contrário este jugo torna-me, por assim dizer, mais leve. Considero isto como a maior graça que recebi em toda a minha vida». O discernimento espiritual que usou no seu próprio caso, usou-o também Cláudio no caso de Margarida Maria. Ajudou-a a chegar à pureza do amor de deus em total esquecimento de si mesma: «É preciso que vis lembreis que Deus pede tudo de vós, e não pede nada». Participando da Paixão do Redentor, e solidário com a humanidade pecadora, esforçou-se por penetrar cada vez mais intimamente  no Coração de Cristo e por introduzir N’Ele as almas com a sua direção e escritos. A missão que recebeu de ser, em Londres, pregador da duquesa de Iorque, futura rainha de Inglaterra, deu-lhe ocasião de exercitar corajosamente um ministério perigoso, de suportar uma prisão onde contraiu a tuberculose, que em três anos o havia de vitimar, e de oferecer a Deus, aos quarenta anos, o sacrifício da vida. A fidelidade de Cláudio La Colombiére ao amor de Cristo tem a marca da sua época e do seu carácter. É austera e afectiva, cheia de doçura e de solidez, lúcida e corajosa, apesar da viveza da sua sensibilidade. Desenvolveu na prática atenta dos Exercícios e das Regras de Santo Inácio notáveis dons de espírito e de coração, até ao ponto de chegar a uma verdadeira elegância no heroísmo. (Ver apêndice 1, no fim do mês de Junho, Coração de Jesus, e biografia de Santa Margarida Maria Alacoque, 16 de Outubro). Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it.

• Sigfrido, São
  Biografia

Sigfrido, San

Sigfrido, São

Etimologicamente significa “ vitorioso”. Vem da língua alemã. Este santo, nascido em Inglaterra e morto na Suécia em 1045, é o padroeiro dos suecos/as. O motivo de que sendo inglês vivesse na Suécia, se deve a uma chamada que lhe fez o rei Olaf de Noruega que se havia convertido ao cristianismo. Sua vida cristã se viu cheia quando o ordenaram de sacerdote em York ou Glastonbury. Apenas teve a ordem sagrada, o rei Ethelred o enviou como missionário à Noruega com dois bispos. Depois de converter a muitos pagãos, Sigfrido seguiu para a Suécia em 1008. Já antes, outro santo havia deixado as sementes da fé no ano 830, ainda que o país tenha voltado a recair de novo no paganismo. Sigfrido construiu uma capela de madeira ao sul de Suécia e trabalhou com êxito em várias cidades. Com a ajuda de Deus converteu aos doze homens mais importantes, e outros muitos seguiram seu exemplo. A outros, entre os que há que incluir ao rei Olaf de Suécia, lhes chamou muito a atenção dos ornamentos e vasos empregados durante a celebração da Missa, a escuta da pregação e a dignidade nas cerimónias de adoração cristã.  Mas foi sobretudo o exemplo do bispo e de seus missionários o que lhes atraiu verdadeiramente ao mundo impressionante de Deus.  Calhou a Sigfrido a honra de poder ordenar a dois bispos nativos para missionar outros lugares. Também estendeu seu trabalho pastoral a Dinamarca. Aqui, sem embargo, encontrou as dificuldades próprias dos feiticeiros ou idólatras rebeldes. Deram morte a três de seus sacerdotes, e Sigfrido lhes deu sepultura.  Disse aos idólatras:"Isto será vingado na terceira geração". E assim sucedeu. Sua festa se celebra tanto na Suécia como na Dinamarca. O fez santo o Papa Adriano IV. ¡Felicidades a quem leve este nome!

• Ângelo de Sansepolcro, Beato
  Presbítero e Ermitão

Ángelo de Sansepolcro, Beato

Ângelo de Sansepolcro, Beato

Martirológio Romano: Em Borgo, San Sepolcro, na Umbría, beato Ángel Scarpetti, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho (1306). Etimologia: Ângelo = mensageiro. Vem da língua grega. O Beato Ângelo de Sansepolcro, irmão da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, nasceu em Sansepolcro na primeira metade do século XIII. Uma antiga tradição local diz que pertencia à família Scarpetti. Entrou no convento dos Eremitas de Juan Bono em redor de 1254. Em 1256 o convento passou à nova Ordem dos irmãos Eremitas de Santo Agostinho. Dele se recordam alguns episódios milagrosos ocorridos durante sua vida, como o da ressurreição de um inocente condenado a morte. É provável, ainda que não certa, sua participação na missão para estender a Ordem a Inglaterra. Os escritores agostinhos de fins do século XVI, destacam suas principais virtudes: profunda humildade, caridade e pureza tanto de corpo como de espírito, através das quais conquistou entre os que o rodeavam fama de santo.  Morreu em Sansepolcro em 1306. Em 1310, perto da igreja agostinha da cidade, surgiu uma confraria dedicada à Virgem Maria e ao ‘glorioso irmão Ângelo’, a que se lhe outorgaram privilégios os priores provinciais e gerais da Ordem. Enquanto aos irmãos, em 1555 deixaram a primeira igreja para mudar-se para a atual, levando com eles o corpo do irmão Ângelo, fixando em 29 de Setembro para a celebração da festa da trasladação de seu corpo. Esta festa foi suprimida em 1855. Em 1740 o corpo foi submetido a reconhecimento canónico pelo bispo de Sansepolcro monsenhor Raimundo Pecchioli. Em 1905 se iniciou o processo sobre o culto prestado a este servo de Deus, que conclui com a aprovação do mesmo em 1922.  Actualmente seu corpo se conserva numa talha em madeira doirada e decorada com cenas da vida do beato, sob o altar mor da igreja de Santo Agostinho em Sansepolcro. O beato foi representado no século XIV um fresco, que, proveniente da antiga igreja Agostinha, agora está exposto no Museu Cívico de Sansepolcro.  A última manifestação solene do culto tributado ao beato foi em Outubro de 1987 quando a urna contendo o corpo foi transportada processionalmente pelas ruas circundantes da igreja de Santo Agostinho.

• Miguel Sopocko, Beato
Presbítero e Fundador

Miguel Sopocko, Beato

Miguel Sopocko, Beato

Diretor espiritual de
Santa Faustina Kowalska

Miguel Sopocko nasceu em 1 de Novembro de 1888 em Nowosady (Juszewszczyzna), então naquela altura fazendo parte da Rússia Imperial. A autoridade czarista perseguia a  Igreja Católica, e também aos polacos e lituanos dentro de seus territórios. Na família Sopocko, que era de nobre linhagem, as tradições polacas e católicas se conservam e fortaleciam.  O jovem Miguel amadureceu nessa atmosfera religiosa e patriótica, sentia um forte desejo de serviço incondicional a Deus, à Igreja e à humanidade, por isso ingressou no Seminário Maior de Vilna. Em 15 de Junho de 1914, foi ordenado ao sacerdócio pelo Bispo Franciszek Karewicz. Por quatro anos (1914-1918) laborou como vigário paroquial em Taboryszki, onde abriu duas missões em Miedniki e Onżadw, assim como diversas escolas. Informado por alguém de que as autoridades alemãs da zona o buscavam para o prender, ele deixou a paróquia e mudou-se para Varsóvia. Ali assumiu o cargo de capelão do exército polaco. Enquanto se dedicava a seu ministério como capelão, ingressou a estudar na Faculdade de Teologia da Universidade de Varsóvia em que obteve um doutorado. Ao mesmo tempo, se graduou no Instituto Pedagógico Nacional. Em 1924, se converteu num dos coordenadores regionais dos capelães militares, com sede em Vilna. Em 1927, o arcebispo Romualdo Jalbrzykowski lhe encomendou a responsabilidade de ser o Diretor Espiritual do Seminário Mayor. Durante este mesmo período foi professor na Faculdade de Teologia na universidade Stefan Batory, também em Vilna. Finalmente pediu ao Arcebispo para o pôr em liberdade de sua pastoral castrense e do seminário. Seu desejo era dedicar-se totalmente aos estudos teológicos. Em 1934, recebeu o título de “docente” em teologia pastoral. Enquanto ensinava, nunca esqueceu a importância do serviço pastoral. Foi reitor da Igreja de São Miguel e também serviu como confessor de Irmãs da Congregação de Maria Mãe da Misericórdia. Um dos acontecimentos mais importantes na vida de Frei Sopocko se produziu em 1933, quando se converteu em diretor espiritual de Soror (agora Santa) Faustina Kowalska. Ele seguiu prestando assistência à Santa depois de que foi transferida a Łagiewniki, onde ela morreu em 5 de Outubro de 1938. Como seu confessor, ele empreendeu uma avaliação completa das experiências místicas de Soror Faustina sobre a devoção à Divina Misericórdia. Seguindo um conselho dado por ele, ela escreveu seu "Diário”, material que até ao momento segue sendo de valiosa inspiração espiritual. Soror Faustina, apoiando-se nas revelações del Salvador que experimentava ainda antes de chegar a  Vilna, lhe falava o padre Sopocko das indicações que recebia durante essas revelações. Se tratava de pintar o quadro do Salvador Misericordioso, estabelecer  a Festa da Divina Misericórdia para o primeiro domingo depois da Páscoa e fundar uma nova Congregação Conventual. A Divina Providência confiou a realização destas tarefas ao padre Sopocko. Apoiado na doutrina da igreja, buscava os argumentos teológicos que explicaram a existência da qualidade da misericórdia em Deus e os fundamentos para fixar como festa o dia mencionado nas revelações. Os resultados de suas investigações e os argumentos para introduzir o dia no calendário festivo da igreja, os apresentou em vários artigos nas revistas teológicas e em vários trabalhos autónomos acerca do tema da Divina Misericórdia. Em Junho de 1936 em Vilna, publicou o primeiro folheto titulado “Divina Misericórdia” com a imagem de Jesus Cristo Misericordioso na portada (criado pelo artista Eugeniusz Kazimirowski). Enviou essa publicação a todos os bispos reunidos na conferência do Episcopado em Czestochowa. Sem embargo, não recebeu nem uma resposta de algum deles. O segundo folheto titulado “Divina Misericórdia na liturgia” se publicou em 1937 em Poznan. Em 1938, ele estabeleceu um comité para construir a Igreja de Divina Misericórdia em Vilna. Sem embargo, este esforço teve que ser detido ao iniciar-se a Segunda Guerra Mundial. Mas apesar da guerra e da ocupação alemã, Frei Sopocko persistiu em seus esforços para promover a devoção à Divina Misericórdia. Cheio de zelo, ajudou constantemente a aqueles que foram oprimidos e ameaçados com o extermínio, por exemplo, a numerosa população judia. Afortunadamente, ele conseguiu evitar ser preso. Em 1942, junto com os professores e estudantes do seminário, foi obrigado a ocultar-se perto de Vilna. Permaneceria oculto por dois anos, foi nesse tempo que Frei Sopocko teve um rol importante na criação de uma nova Congregação Religiosa. Segundo as revelações de Soror Faustina, esta Congregação teria como fim promover a devoção à Divina Misericórdia. Depois da Guerra, ele escreveu a Constituição da Congregação, e trabalhou ativamente no crescimento e desenvolvimento do que nós conhecemos como a Congregação das Irmãs da Divina Misericórdia. Em 1947, Arcebispo Jalbrzykowski, que desde dois anos antes estava em Bialystok com sua Cúria diocesana, buscou que Frei Sopocko se  mudasse para essa cidade. Ele aceitou uma posição como professor no Seminário Maior Arquidiocesano. Ali ensinou pedagogia, catequética, homilética, teologia pastoral, e espiritualidade. Adicionalmente, continuou impulsionando o apostolado da Divina Misericórdia. Também fez sérios esforços para obter a aprovação oficial para a devoção à Divina Misericórdia das autoridades da Igreja. Frei Sopocko trabalhou incansavelmente nos fundamentos bíblicos, teológicos e pastorais para explicar a verdade doutrinal acerca da devoção de Divina Misericórdia. Suas publicações se traduziram a numerosos idiomas, entre eles: latim, inglês, francês, italiano, e português. Frei Miguel Sopocko morreu em 15 de Fevereiro de 1975, em seu apartamento na Calle Poleska. Aclamado popularmente para sua santidade foi enterrado no cemitério da paróquia em Bialystok. Logo depois de iniciado o processo para sua Beatificação, seu corpo se trasladou para a Igreja da Divina Misericórdia em 30 de Novembro de 1988. Foi beatificado em 28 de Setembro de 2008 no Santuário da Divina Misericórdia em Bialystok, sob o pontificado de S. S. Bento XVI. Reproduzido com autorização de Vatican.va traduzido para espanhol por Xavier Villalta

• Onésimo Santo
Discípulo de São Paulo,

Onésimo Santo

Onésimo Santo

Martirológio Romano: Comemoração do beato Onésimo, que, sendo escravo fugido, foi acolhido por Paulo e enviado como filho na fé, passando a estar vinculado a Cristo, tal como o apóstolo escreveu a seu amo Filémon (s. I). Etimologicamente significa “proveitoso”. Vem da língua grega. Este escravo, morto no ano 90, nomeia-o são Paulo brevemente numa de suas cartas: Te rogo em favor de meu filho, a quem engendrei entre cadeias, Onésimo, que em outro tempo te foi inútil, mas agora é muito útil para ti e para mim (Flm 10-11). Sabe-se que estava ao serviço de Filémon, o líder da cidade de Colossos. Tinha uma amizade muito íntima com Paulo porque foi um de seus conversos. Gozava de uma boa reputação como pessoa amável, generosa e hospitaleira. O pecado de haver roubado a seu dono, o confessou e pediu perdão. Desde então já nunca deixaria os passos de são Paulo, o apóstolo das gentes. Voltou de novo a casa de Filémon que o aceitou como a um verdadeiro irmão, já que são Paulo o nomeou de novo na carta aos de Colossos: Enquanto a mim, de tudo os informará Tíquico, o irmão querido, fiel ministro e conservo no Senhor, a quem vos envio expressamente para que saibais de nós e console vossos corações. E com ele a Onésimo, o irmão fiel e querido compatriota vosso. Eles vos informarão de tudo quanto aqui sucede (Col. 4;7-9). Tudo o resto de sua vida é um tanto desconhecido. Sem embargo, autores da solvência e garantia como são Jerónimo, afirmam que Onésimo chegou a ser pregador da Palavra de Deus, e algo mais tarde foi consagrado bispo, possivelmente de Bereia em Macedónia, e seu anterior dono foi também consagrado bispo de Colossos. Outras fontes afirmam que Onésimo pregou em Espanha e aqui sofreu o martírio. O que realmente deu impacto a este santo foi a visita que fez a são Paulo quando estava encarcerado em Roma, nas prisões Mamertinas, no mesmo Foro romano que hoje em dia ainda se podem ver. Este encontro deixou-lhe a alma tão cheia, tão feliz e tão impressionada pela atitude de Paulo prisioneiro por Cristo, que foi a origem de sua verdadeira conversão à fé de Cristo para toda sua vida. Domiciano sentiu vontade de o conhecer, não tanto para ver seus milagres e costumes, mas para acabar com sua vida no ano 90 ou 95. ¡Felicidades a quem leve este nome! “O agradecimento envelhece rapidamente” (Aristóteles). Comentarios a P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com

• Walfredo della Gherardesca, Santo
Abade,

Walfredo della Gherardesca, Santo

Walfredo della Gherardesca, Santo

Martirológio Romano: Em Palazzuolo, na Toscana, santo Walfredo, abade, que depois de ter tido cinco filhos, decidiu,com sua esposa, abraçar a vida monástica (c. 765). Data de canonização: O Papa Pío IX o canonizou no ano 1861 (culto confirmado). Walfredo (Walfrido ou Galfrido) della Gherardesca, nasceu em Pisa, onde chegou a ser um próspero e estimado cidadão. Se casou com uma jovem de que estava profundamente enamorado e teve  cinco filhos e, pelo menos, uma filha. Depois de muitos anos de matrimónio, Walfredo tinha dois amigos -e um era parente seu e se chamava Gundualdo, o outro era um corso chamado Fortis-, que viviam como ele, no mundo, mas se sentiam também inclinados à vida religiosa. Juntos discutiram sobre o futuro e um sonho os levou a escolher Monteverde, entre Volterra e Piombino, para fundar um novo mosteiro. Determinaram seguir a regra beneditina de Monte Cassino. Além de sua própria abadia de Palazzuolo, construíram também, a 25 quilómetros, um convento para mulheres, onde suas respectivas esposas e Ratruda, a filha de Walfredo, tomaram o véu. A nova fundação atraiu muitos noviços. Em pouco tempo, se contavam já sessenta monges, incluindo a Gimfrido, o filho predileto de Walfredo, e a André, o único filho de Gundualdo que, com o tempo, chegaria a ser o terceiro abade do mosteiro e escreveria a vida de santo Walfredo. Gimfrido era já sacerdote, mas num momento de tentação, fugiu do convento, levando consigo homens, cavalos e documentos que pertenciam à comunidade. Walfredo, muito angustiado, enviou alguns homens a procurá-lo. Ao terceiro dia, orando com seus monges pelo arrependimento e o regresso de seu filho, Walfredo pediu a Deus que enviasse ao jovem um sinal que durasse toda sua vida e no mesmo dia, Gimfrido foi feito prisioneiro e voltou arrependido ao mosteiro, mas com o dedo maior mutilado ao extremo que nunca mais pôde voltar a servir-se dele. Walfredo governou prudente e sabiamente a abadia durante dez anos. Gimfrido lhe sucedeu no governo e foi um magnífico superior, apesar de sua antiga queda.

90183 > Beato Angelo (Scarpetti) da Sansepolcro  MR
93964 >
Beato Antonio Marini Mercedario 
41150 >
San Claudio de la Colombiere Religioso  MR
41090 >
San Decoroso di Cápua Vescovo  MR
90200 >
Sant' Euseo di Serravalle-Sesia Eremita 
41000 >
Santi Faustino e Giovita Martiri  MR
91386 >
Santa Giorgia Vergine  MR
41060 >
Santi Isicio, Giuseppe di Roma, Zosimo, Baralo e Agape Martiri  MR
94077 >
Beato Michele Sopocko Sacerdote 
41200 >
Sant' Onésimo Martire  MR
41070 >
San Quinidio Vescovo di Vaison-La-Romaine  MR
41080 >
San Severo Prete in Abruzzo  MR
41100 >
San Sigfrido di Vaxjo Vescovo MR
91069 >
San Wilfrido (Walfredo) della Gherardesca Abate fondatore di Palazzolo  MR

http://es.cathoilic.net/santoral; www.santiebeati.it; www.jesuitas.pt 

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português

por António Fonseca

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Nº 45 - 14 DE FEVEREIRO DE 2011 - SANTOS DE CADA DIA - 3º ANO

 

Nº 1277

SANTO CIRILO e SANTO METÓDIO

Co-Patronos da Europa

Cirilo y Metodio, Santos

Cirilo e Metódio, Santos

Bispo, Apóstolos dos eslavos (869 e 885)

Carta Apostólica de João Paulo II Egregiae virtutis -  Introdução

I. Às ilustres figuras de São Cirilo e São Metódio se dirigem de novo os pensamentos e os corações neste ano em que decorrem dois centenários particularmente significativos. Completam-se, de facto, cem anos desde a publicação da Carta Encíclica Grande munus de 30 de Setembro de 1880, com a qual o grande Pontifice Leão XIII recordou a toda a Igreja as figuras e a atividade apostólica destes dois Santos e, ao mesmo tempo, introduziu a festividade litúrgica deles no calendário da Igreja Católica (1). Decorre, além disso, o XI centenário da Carta Industriae tuae (2), enviada pelo meu Predecessor João VIII ao Príncipe Svatopluk em Junho do ano de 880, na qual era louvado e recomendado o uso da língua eslava na liturgia, para que “nessa língua fossem proclamados os louvores e as obras de Cristo nosso Senhor(3)

(Vida de S. Cirilo e S. Metódio)

Cirilo e Metódio, irmãos, gregos. Naturais de Tessalónica, cidade em que viveu e trabalhou São Paulo, entraram, desde o início da vocação, em estreitas relações culturais e espirituais com a Igreja patriarcal de Constantinopla, então florescente por cultura e atividade missionária, em cuja alta escola se formaram (4). Ambos tinham escolhido o estado religioso, unindo os deveres da vocação religiosa com o serviço missionário, de que deram um primeiro testemunho dirigindo-se a evangelizar os Cazários da Crimeia. Mas a preeminente obra missionária dos dois foi a missão na Grande Morávia entre os povos que habitavam então ma península balcânica e as terras percorridas pelo Danúbio; foi ela empreendida a pedido do príncipe da Morávia, Roscislaw, apresentado ao imperador e à Igreja de Constantinopla. Para corresponderem às necessidades do serviço apostólico no meio dos povos eslavos, traduziram na língua destes os Livros sagrados com a finalidade litúrgica e catequética, lançando com isto as bases de toda a literatura nas línguas dos mesmos povos. Justamente são eles, por isso, considerados não só os apóstolos dos Eslavos mas também  os pais da cultura  entre todos esses Povos e todas essas nações, para quem os primeiros escritos da língua eslava não cessam de ser o ponto de referência na história dessas literaturas. Cirilo e Metódio desempenharam o próprio serviço missionário em união tanto com a Igreja de Constantinopla, pela qual tinham sido mandados, como a Sé romana de Pedro, pela qual foram confirmados, manifestando deste modo a unidade da Igreja, que durante o período da vida e da atividade deles não estava ferida pela desventura da divisão entre o Oriente e o Ocidente, apesar das grandes tensões que, naquele tempo, assinalaram as relações entre Roma e Constantinopla. Em Roma, Cirilo e Metódio foram acolhidos com honra pelo Papa e pela Igreja Romana, e encontraram aprovação e apoio para toda a sua obra apostólica, e também para a sua inovação de celebrar a Liturgia na língua eslava, hostilizada nalguns ambientes ocidentais. Em Roma concluiu a vida Cirilo (14 de fevereiro de 869) e foi sepultado na igreja de S. Clemente, ao passo que Metódio, ordenado pelo papa arcebispo da antiga Sé de Sírmio, foi enviado para a Morávia a fim de continuar a providencial obra apostólica, continuada com zelo e coragem ao lado dos discípulos e no meio do seu povo até ao fim da vida (6 de Abril de 885).

(Compatronos da Europa)

II. cem anos o papa Leão XIII com a encíclica Grande munus recordou a toda a Igreja os extraordinários méritos de São Cirilo e São Metódio, pela sua obra de evangelização dos Eslavos. Dado porém que neste ano a Igreja recorda solenemente o milésimo quingentésimo aniversário do nascimento de São Bento, proclamado em 1964 pelo meu venerado Predecessor, Paulo VI, Patrono da Europa, pareceu que esta proteção quanto a toda a Europa seria melhor posta em relevo se, à grande obra do Santo Patriarca do Ocidente, juntássemos os particulares méritos dos dois Santos Irmãos, Cirilo e Metódio. Em favor disto há múltiplas razões de natureza histórica, quer da passada quer da contemporânea, que têm a sua garantia tanto teológica como eclesial e também, cultural, na história do nosso Continente europeu. Por isso, antes ainda que termine este ano dedicado à especial memória de S. Bento, desejo que, para o centenário da encíclica leonina, se valorizem todas estas razões mediante a presente proclamação de São Cirilo e São Metódio como Compatronos da Europa.

(Traços de união entre o Oriente e o Ocidente)

III. A Europa, de facto, no seu conjunto geográfico é, por assim dizer, fruto da ação de duas correntes de tradições cristãs, às quais se juntam duas diversas, mas ao mesmo tempo profundamente complementares, formas de cultura. São Bento, que abraçou com o seu influxo não só a Europa, primeiro que tudo ocidental e central, mas por meio dos centros beneditinos, chegou também aos outros continentes, encontra-se no centro mesmo daquela corrente que parte de Roma, da sede dos sucessores de São Pedro. os Santos Irmãos de Tessalónica opõem em realce, primeiro o contributo da antiga cultura grega, e em seguida o alcance da irradiação da Igreja de Constantinopla e da tradição oriental, inscrevendo-se esta profundamente na espiritualidade e na cultura de tantos Povos e Nações na parte oriental do Continente Europeu. Como hoje, depois de séculos de divisão da Igreja entre o Oriente e o Ocidente, entre Roma e Constantinopla, se deram, a partir do Concílio Vaticano II, passos decisivos no sentido da plena comunhão, dir-se-ia que proclamar São Cirilo e São Metódio compatronos da Europa, ao lado de São Bento, corresponde plenamente aos sinais do nosso tempo. Especialmente acontecendo isto no ano em que as duas Igrejas, católica e ortodoxa, entraram na etapa dum decisivo diálogo, que se iniciou na ilha de Patmos, ligada à tradição de São João Apóstolo e Evangelista. Portanto este ato pretende também tornar memorável esta data. A proclamação quer ao mesmo tempo ser testemunho, para os homens do nosso tempo, da preeminência do anúncio do Evangelho, confiado por Jesus Cristo às Igrejas, anúncio no qual se afadigaram os dois Irmãos apóstolos dos Eslavos. tal anúncio foi caminho e recurso de conhecimento reciproco e de união entre os diversos povos da Europa nascente, e assegurou à Europa de hoje um comum património, espiritual e cultural.

(Votos finais e ato Jurídico)

IV. Portanto faço votos por que, por obra da misericórdia da Santíssima Trindade, pela intercessão da Mãe de Deus e de Todos os Santos, desapareça o que divide as Igrejas, como também os Povos e as Nações; e a diversidade de tradições e de cultura demonstre, pelo contrário, o reciproco complemento duma riqueza comum. A consciência desta espiritual riqueza vindo a ser, por caminhos diversos, património de cada uma das sociedades do Continente Europeu, ajude as gerações contemporâneas a perseverar no reciproco respeito dos justos direitos de cada nação e na paz, não deixando de prestar os serviços necessários ao bem comum de toda a humanidade e ao futuro do homem na terra. Portanto, com seguro conhecimento e minha madura deliberação, na plenitude do poder apostólico, em virtude desta Carta e para sempre, constituo e declaro celestiais Compatronos de toda a Europa, junto de Deus, os Santos Cirilo e Metódio, concedendo, além disso, todas as honras e os privilégios litúrgicos que pertencem , segundo o direito, aos Patronos principais dos lugares. Paz aos homens de boa vontade! 31 de Dezembro de 1980. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também, www.es.catholic e www.santiebeati.it. ¿Queres saber mais? Consulta ewtn
Este dia também se festeja a São Valentim

SÃO VALENTIM

Sacerdote (270); e Bispo (273)

Valentín, Santo

Valentim, Santo

Padroeiro dos Enamorados

Festejam-se hoje dois santos com o nome de Valentim cuja história é um pouco semelhante e não está, aliás, perfeitamente esclarecida. O primeiro era sacerdote romano que, segundo se afirma, foi preso no reinado de Cláudio, o Gótico. Tendo comparecido diante do Imperador, confessou abertamente a sua fé,  e, interrogado sobre o que pensava de Júpiter e Mercúrio, declarou que não passavam de personagens impudicas e desprezíveis. Foi em seguida entregue a um magistrado, de nome Astério, cuja filha adoptiva era cega. Valentim curou-a e converteu duma assentada Astério e toda a família. Ao ter conhecimento disto, o imperador ordenou que fosse açoitado e a seguir decapitado na Via Flamínia, pelo ano de 270. O papa Júlio I construiu, no 4º século, uma igreja em honra deste mártir; o papa Honório I restaurou-a no século VII, e ela tornou-se depois disso um centro de peregrinações muito frequentado. O segundo S. Valentim passa por ter ocupado a Sé de Térni, na Úmbria, desde o ano de 223. Informado das suas virtudes e milagres, um filósofo romano, chamado Crato, pediu que lhe fosse curar o filho, atacado de mal sem remédio. O bispo foi a Roma e prometeu que faria o que se esperava dele, contanto que o pai e mais família se convertessem. A condição foi aceite e cumprida; e até se excedeu o prometido, pois renunciaram também aos deuses e abraçaram  a fé cristã três jovens atenienses, discípulos de Crato. Por seu lado, Valentim operou a cura que se lhe pedira. Quando o prefeito Abúndio soube o que se tinha passado, mandou decapitar o bispo. O seu corpo foi em seguida levado para Térni por alguns atenienses convertidos. S. Valentim é ainda hoje honrado como patrono da cidade. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também, www.es.catholic e www.santiebeati.it.

SANTO MARÃO

solitário (423)

No principio do século V, um santo monge chamado Marão vivia perto da cidade de Cir, na Síria. Instalara-se ao lado dum templo pagão que ele acabara de consagrar ao verdadeiro Deus. Há boas razões para se pensar que é o Marão, padre e solitário, a quem S. João Crisóstomo escrevia em 405, dum dos seus exílios, a fim de se recomendar às orações dele; o que faz supor tratar-se dum padre, embora não haja nenhum pormenor sobre o local, a época e as outras circunstâncias da sua ordenação. Tinha-o favorecido o céu com o dom dos milagres, o que lhe atraiu grande número de discípulos. Não parece que Marão tenha fundado qualquer mosteiro propriamente dito; tivera, como primeiro mestre, e como modelo na vida ascética um São Zebino, por quem manteve grande veneração, fazendo votos por ser sepultado perto dele. Morreu pelo ano de 423, antes de vir Teodoreto como bispo de Cir. Veio a ser enterrado numa povoação da diocese de Apameia. O culto de S. Marão foi reconhecido pelo papa Bento XIV em 1753. Este S. Marão não deve confundir-se com João Marão, o organizador da nação maronita no século VII. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.

SÃO JOÃO BAPTISTA DA CONCEIÇÃO

Religioso (1561-1613)

Juan Bautista de la Concepción, Santo

Juan Bautista de la Concepción, Santo

Reformador da Ordem Trinitária 
e fundador da Ordem dos Trinitários Descalços.

Filho de lavradores acomodados, nasceu em Almodôvar del Campo, Ciudad Real, 10 de Julho de 1561. Sentiu muito cedo uma vocação religiosa que refletiu em «jogar para santo» por meio de um acusado ascetismo que pôs em perigo sua saúde infantil. Recuperado a duras penas de um mal que o perseguiria durante quase toda sua vida, sua vocação se fortaleceu ao passar pela localidade Santa Teresa de Jesús em 1574 ou 1576, que profetizou a seus pais o futuro do menino. Estudou gramática com os Carmelitas Descalços de Almodôvar e logo teologia em Baeza e Toledo, onde tomou o hábito dos Trinitários Calçados em 28 de Junho de 1580 e fez o noviciado. Professou em 29 de Junho de 1581. Ali estudou também filosofia com o Beato Simão de Rojas. Logo cursou quatro cursos de teologia em Alcalá de Henares e marchou a Sevilha, mas então teve uma revelação ao sair de Écija e concebe o desejo de reformar a Ordem trinitária para a fazer mais rigorosa; marcha primeiro a Valdepeñas e logo a Roma, onde chega em 21 de Março de 1598. Tem que sofrer a oposição dos trinitários calçados e após várias dilações, detenções e manobras, logrou o breve de ereção da reforma em 20 de Agosto de 1599. De volta a Espanha tomou posse do convento de Valdepeñas em 1600; desde 1601 a 1605 fundou oito conventos em Alcalá, Madrid e Salamanca. Eleito provincial, continua fundando até sete casas, algumas importantes, que são Salamanca, Baeza, Córdoba, Sevilha e Pamplona. Escreve para seus monges numerosas obras ascéticas e um caudaloso Epistolário, no total oito nutridos tomos de vário conteúdo, sempre em prosa e de tema moral, teológico ou ascético. Também uma relação autobiográfica e algumas obras místicas. Cessa de provincial em 1609,mas funda ainda o mosteiro de Toledo (1611) e trabalha na fundariam do de Sanlúcar de Barrameda, apesar de um molesto mal de bexiga de que é operado e mal curado; se lhe ordena que cesse dessas gestões e se retira para Córdoba, onde se agravam seus achaques; ali falece em 14 de Fevereiro de 1613. Suas obras se conservam manuscritas em oito volumes autógrafos e outro apógrafo na Biblioteca Vaticana e permaneceram inéditas durante mais de dois séculos até que, após ser beatificado, em 1830 e 1831 se fez uma péssima edição em Roma dos autógrafos. Com a canonização se incitou uma reedição mais cuidada de suas Obras completas, que se encomendou a Juan Pujana e este realizou com exemplar rigor em quatro amplos volumes (1998–2002). São Juan Bautista de la Concepción é, sem dúvida, o escritor ascético e místico espanhol de obra más extensa.  O papa Paulo VI canonizou-o em 1975. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também, www.es.catholic e www.santiebeati.it.

Fortunata, Santa


Padroeira de Baucina

Etimologicamente significa “afortunada”. Vem da língua latina. Não são atos heroicos mas simples e modestos. Era uma mártir de Cesareia de Palestina sob o império de Diocleciano. Ainda que tenha lá morrido, seu corpo foi trasladado para Nápoles.  Na segunda metade do século VIII, o bispo de Nápoles Esteban II pôs seu culto no mosteiro de são Gaudioso. Um documento do ano 986 recorda que a igreja de Fortunata foi destruída e voltou a reconstruir-se junto ao lago Pátria. Desde logo o culto que se lhe tributa na zona é muito fervoroso e muito abundante.  O que importa, aparte dos factos históricos ou não, é que existe devoção a esta santa, não somente em Nápoles mas também em Palermo.  E uma devoção não segue, depois de tantos séculos, por um fanatismo cego e irracional.  A gente não é tonta. Pode ser que haja dúvidas acerca do modo como a trouxeram desde Palestina até ao porto de Nápoles.  O certo e o seguro é que não se pode inventar uma devoção a uma santa ou santo. Tem que haver motivos profundamente religiosos para que o povo fiel e simples comece a venerar suas relíquias e que, mediante as orações de petição, se hajam obrado milagres em seu nome.  É  também a Padroeira de Baucina. Segundo alguns estudiosos, com ela chegaram também três mártires: Carpónio, Evaristo e Prisciano.

Relíquias de Santa Fortunata no Peru
Santa Fortunata, virgem e mártir, nasceu entre os anos 281 a 287 de nossa era; as contínuas perseguições que sofreram os cristãos pelo Imperador Diocesano, na chamada "Era dos Mártires", calhou a Fortunata, assim como a outros por sua fé em Cristo, ser degolada em 14 de Outubro, entre os anos 298 a 304 quando só contava com 17 anos de idade, e cujos restos se veneram com muita fé no altar da Catedral de Moquegua, ao sul do Peru. Trasladado seu cadáver ao Cemitério de Calepodio em Roma, seus restos foram exumados quinze séculos mais tarde com autorização papal, e dom Jaime Severine, Canónico da Igreja de São Marcos de Roma, custódio das sagradas relíquias, doou o corpo de Santa Fortunata ao Padre Frei Tadeo Ocampo, Comissário do Colégio de Propaganda FIDE de Moquegua, que se encontrava de visita em Roma a princípios de 1796. Com os restos da Santa se deu também a Ocampo, um vaso com seu sangue ressecado pelos séculos e as letras em originais em latim ou seja a credencial da autenticidade de Santa Fortunata. Com os sagrados restos, 23 religiosos e quatro leigos para seu colégio de Moquegua, partiu Ocampo do porto espanhol de Cádiz em 18 de Outubro de 1796 na nave mercante “Nossa Senhora da Soledade”. Chega à cidade de Moquegua depois de dois anos, logo de uma travessia bastantes dificultosa (Río de Janeiro, São Paulo, Buenos Aires, Córdoba, Tucumán, Salta, Arica, Ilo e Moquegua), à entrada na cidade realizaram-na pelo “Portillo” onde se levantou um arco de flores, atapetando-se além disso a rua principal para a passagem da Santa que, conduzia em ombros pelas matronas de Moquegua, foi seguida de uma chuva de flores e do místico recolhimento pelo clero, congregações religiosas e toda a freguesia que se congregou à entrada da cidade. Os restos foram recebidos por Lorenzo Vizcarra moqueguano que fez como pároco da cidade e também em nome do Bispo da Diocese de Arequipa. Mons. Chávez de la Rosa, foi trasladado logo à Igreja de São Francisco, onde durante oito dias foi objecto de cultos especiais por parte do povo.  Numa Urna, com pintura de Pan de Oro, se encontra o sagrado corpo artisticamente retocado com uma capa de gesso, na qual muitos estudiosos hão acreditado na autenticidade do corpo da Santa. Santa Fortunata é a virgem e mártir, único caso no mundo, cujo corpo presente colocado numa urna se venera com grande fé e devoção e é tirada em procissão desde 1798 cada 14 de Outubro . (A festa em Moquegua se inicia no mês de Outubro, entre os dias 12 e 14).
Ao existir dois corpos, sabemos que devem ser duas mártires distintas que não tão só tiveram martírios similares mas também o mesmo nome. Suas histórias se misturaram com o passar dos anos, mas cada uma conta com muitos devotos. ¡Felicidades a quem leve este nome!

Alexandra de Egipto , Santa
Eremita,

Alejandra de Egipto, Santa

Alexandra de Egipto

Etimologicamente significa “dominadora dos homens”. Vem da língua grega. 
O cristão necessita sentir-se vivo e nunca tíbio, nem ascético, nem aborrecido. Deve manter-se desperto e ardendo na caridade de Cristo. Algo disto ocorreu à jovem Alexandra. Há duas fontes importantes que falam dela. Uma é a de Paládio e outra Melania a Jovem que, inclusive esteve algumas vezes com ela.

¿Que contam?
No século IV havia um costume muito estendido entre os cristãos. Consistia em fazer muita penitência para ter o corpo dominado e o espírito cada dia mais unido e em contacto com Deus. As formas de penitência eram impostas por cada um. Uma das mais comuns era afastar-se do mundo, encerrar-se numa cova com uma pequena janela para que entrasse a luz e pudessem dar-lhe a comida. Dessa forma – claro está – morriam muito jovens. Hoje nos rimos destas penitências. Alexandra, desde adolescente se encerrou numa espécie de tumba. Ela havia prometido a Deus sua vida inteira: desde seu corpo virgem até sua alma que ansiava a santidade como o melhor dos tesouros. Há quem conte que um jovem a rondava para casar-se com ela. E, ao ver as dificuldades, se marchou para a solidão da eremita. Não fugiu por medo. O fez para, desta forma, salvar sua própria vida e a alma de quem queria ser seu noivo. Não perdia o tempo. Se dedicava a orar, meditar e ler aos profetas, patriarcas, apóstolos e mártires. Melania a Jovem lhe levava a comida. É ela quem conta que morreu aos 30 anos.
¡Felicidades a quem leve este nome!

Comentarios al P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com

• Vicente Vilar David, Beato
Mártir Laico,

Vicente Vilar David, Beato

Vicente Vilar David, Beato

Engenheiro Industrial
Martirológio Romano: Em Valência, em Espanha, beato Vicente Vilar David, mártir, que na perseguição contra a religião acolheu em sua casa a sacerdotes e religiosos, e preferiu morrer antes que renegar de sua fé (1937). Data de beatificação: 1 de Outubro de 1995 pelo Papa João Paulo II.

Vicente Vilar David teve como marco histórico de sua vida a última década do século XIX  e as quatro primeiras décadas do século XX, anos caracterizados por fortes contrastes e instabilidade política, assim como acusadas transformações sócio-económicas, que desembocaram na proclamação da república (1931-1936) e a guerra civil (1936-1939). Neste clima e circunstâncias ambientais concretas se desenvolveu a vida de Vicente Vilar David, que como secular católico soube dar resposta válida às necessidades sociais e eclesiais de seu tempo. Nasceu em Manises (Valência) em 28 de junho de 1889. Seus pais foram Justo Vilar Arenes e Cármen David Gimeno. Foi o último de oito irmãos. Recebeu no dia seguinte de seu nascimento o baptismo na igreja paroquial de São João Baptista de mãos do sacerdote Nicolás David Campos, primo irmão de sua mãe. Viveu e foi crescendo no ambiente de um lar cristão, saturado de virtudes cristãs e um grande amor ao próximo. Em 1 de abril de 1898 o cardeal Ciríaco Sancha y Hervás, arcebispo de Valência, lhe administrou o sacramento da Confirmação. E em 24 de abril de 1900 o cura pároco, José Catalá Sanchis, lhe deu a primeira comunhão. Cursou o ensino primário na sua terra natal. De seu mestre, Buenaventura Guillem, recebeu já os cimentos, em que se edificaram os valores cristãos e humanos, que constituíram sua personalidade. Realizou seus estudos secundários no colégio dos padres esculápios de Valência, e os de engenheiro industrial na escola superior de Barcelona. Durante estes anos sobressaiu por sua dedicação ao apostolado secular. Contraiu matrimónio com Isabel Rodes Reig, em 30 de novembro de 1922; desde então se dedicaram ambos com grande entrega ao apostolado de Manises. Ao falecer seu pai e terminados os estudos de engenharia industrial tomou a direção da empresa de cerâmica, chamada “Filhos de Justo Vilar”: aqui exerceu com sua ação secular exemplar o campo principal de apostolado. Especialmente no aspecto social, semeando sempre harmonia de ânimos, buscando a paz nas desavenças e logrando que se chegasse a acordo. Destacou-se no respeito, na educação, na caridade no trato com os operários. Foi correspondido com o carinho de todos os seus, que viram nele o amigo entranhável que remediava constantemente suas necessidades e compartilhava suas legítimas aspirações de superação social, personificando a imagem então perfeita de patrão católico. Ao regressar de Barcelona a Manises trazia consigo ideias de renovação no campo da cerâmica e a ilusão de buscar os meios para o fazer realidade. A fundação da escola de cerâmica, pouco depois, mostrava uma visão de futuro, já que com isso se conseguia a atualização industrial da cerâmica para competir no âmbito internacional. O zelo de Vicente Vilar não se limitou só ao âmbito do trabalho, mas também no campo da vida paroquial, como catequista, membro das associações eucarísticas e colaborador incondicional do cura pároco. Ao implantar-se o regime de perseguição à Igreja, com a república, em 1931, Vicente Vilar ajudou os sacerdotes a salvar a situação apostólica, por exemplo, no campo do ensino religioso e paroquial, assim como em outras organizações paroquiais. Para o levar a cabo fez possível a fundação do Patronato de Ação Social. Em agosto de 1936, em plena efervescência da perseguição religiosa, foi destituído como secretário e professor da escola de cerâmica, por sua condição de católico. Naquelas datas críticas, foi a ajuda de todos e o semeador de alegria e paciência cristãs. Seus próprios trabalhadores naqueles momentos difíceis o protegeram, demostrando assim sua aprovação à conduta social e cristã que com eles sempre havia mantido. Sua condição de católico e apóstolo era dificilmente perdoável  naqueles dias de perseguição religiosa. Na noite de 14 de fevereiro de 1937 ante um tribunal reafirmou sua condição de católico, afirmando que era este o título maior que tinha. Foi assassinado imediatamente, enquanto perdoava a todos, especialmente aos mesmos que o martirizaram. O sentir geral desde o primeiro momento é que foi assassinado unicamente por sua condição de católico e zeloso apóstolo, especialmente no campo social. Nunca teve filiação política alguma. Seus restos mortais se veneram na igreja paroquial de São João Baptista de Manises.
Se houver informação relevante para a canonização do Beato Vicente Vilar, contacte a:
Dr. Silvia Mónica Correale - Parroquia de San Juan Bautista - C/ San Juan, 6 - 46940 Manises (Valencia), ESPAÑA

• Antonino de Sorrento, Santo
Abade,

Antonino de Sorrento, Santo

Antonino de Sorrento, Santo

Martirológio Romano: Em Sorrento, da Campânia, santo Antonino (ou Domenico Catelli, ou Cacciottolo), abade, que ao ser destruído seu mosteiro pelos lombardos se refugiou na solidão (c. 830). Parece que Santo Antonino nasceu em Picenum, no distrito de Ancona no sul de Itália, e que entrou ainda jovem para um mosteiro que estava sob o governo de Monte Cassino, mas não ali, como alguns escritores supuseram erroneamente. Os saques do duque Sico de Benevento o obrigaram a abandonar seu convento; então foi a Castellamare, perto de Sorrento, junto ao bispo Catellus, que o recebeu muito cordialmente e com quem cedo teve íntima amizade. Trabalharam juntos, e quando Catellus se retirou a levar por um tempo vida solitária no cimo de uma montanha isolada, confiou a Santo Antonino o cuidado de sua diocese. Sem embargo, cedo Antonino seguiu a seu amigo na vida isolada. Os dois tiveram uma visão de São Miguel e isto os levou depois a construir ali um oratório dedicado ao arcanjo. Catellus teve que voltar à sua diocese porque o acusavam de a descuidar; pouco depois, foi chamado a Roma e foi posto em prião por uma falsa acusação. Santo Antonino continuou vivendo no cimo do monte, de onde dominava uma extensa vista de mar e terra; este pico levava o nome de Monte Angelo, cedo passou a ser um lugar favorito das peregrinações. Depois de um tempo, os habitantes de Sorrento lhe suplicaram que viesse a viver entre eles, pois seu bispo estava preso e pensavam que Antonino seria sua ajuda e sustento. Portanto, abandonou sua vida solitária e entrou no mosteiro de Santo Agripino, de que depois chegou a ser abade. Quando estava em seu leito de morte, parece que pediu que não o sepultassem nem dentro, nem fora da muralha da cidade. De acordo com isto, seus monges decidiram enterrá-lo na própria muralha. Agrega a tradição que quando Sicardo de Benevento (o filho de Sico) sitiou Sorrento, tratou de derrubar com arietes a parte da muralha da cidade onde estava o túmulo do santo,mas todo foi em vão. Durante a noite, Santo Antonino apareceu a Sicardo e, depois de o  vituperar, bateu-lhe severamente com uma estaca. Na manhã, se encontrou cheio de marcas no corpo, e quando estava consultando com seus conselheiros, avisaram-no de que sua filha única estava possuída dos demónios y rasgava seus vestidos como uma louca. Ao informar-se, descobriu que isto lhe havia sucedido à mesma hora em que havia começado o ataque contra a muralha. Convencido de que era testemunha da vontade de Deus, Sicardo abandonou o sitio e pediu a intercessão de santo Antonino, que obteve o restabelecimento da saúde da jovem. Duas vezes mais, em 1354 e em 1358, foi cercada a cidade pelos sarracenos, e cada vez a repulsa vitoriosa do inimigo se atribuiu à intercessão de santo Antonino, que por essa razão está considerado como patrono principal de Sorrento.

• Auxêncio de Bitinia, Santo
Abade,

Auxencio de Bitinia, Santo

Auxêncio de Bitinia, Santo

Martirológio Romano: No monte Scopa, em Bitinia (na atual Turquia), santo Auxêncio, presbítero e arquimandrita, que, aproveitando a cátedra que ocupava, defendeu a fé de Calcedónia com a voz de suas virtudes (s. V). Parece que Auxêncio foi o filho de uma pessoa chamada Addas. Passou a maior parte de sua longa vida como ermitão em Bitinia. Em sua juventude, foi um dos guardas equestres de Teodósio o Jovem, mas seus deveres militares, que cumpria com inteira fidelidade, não o impediam de fazer do serviço de Deus seu principal interesse. Todo seu tempo livre o passava em solidão e oração, y frequentemente visitava aos santos reclusos que ocupavam eremitas nos arredores para lhes pedir albergue e poder passar a noite com eles, fazendo exercícios penitenciais e cantando louvores a Deus. Finalmente, o desejo de uma maior perfeição, ou o temor da vanglória, o induziram a adoptar a vida eremítica. Formou seu albergue na montanha deserta de Oxia, a só doze quilómetros de Constantinopla, mas ao outro lado de Helesponto, na Bitinia. Ali parece que foi muito consultado e que exerceu considerável influência, devido a sua fama de santidade.  Quando se reuniu na Calcedónia o quarto Concílio Ecuménico para condenar a heresia eutiquiana, Auxêncio foi chamado pelo imperador Marciano, não como alguns dos biógrafos do santo sugerem, por sua grande sabedoria,mas porque se suspeitava de suas simpatias com a doutrina de Eutiquio. Auxêncio se justificou da acusação que lhe faziam. Quando estava de novo em liberdade, não regressou a Oxia, mas elegeu outra cela mais próxima a Calcedónia, na montanha de Skopas. Ali permaneceu, entregue a uma vida de grande austeridade, instruindo aos discípulos que acudiam a ele, até sua morte, que provavelmente teve lugar em 14 de fevereiro do ano 473. O historiador Sozomeno escreveu ainda em vida do santo sobre a fé constante de Auxêncio, assim como sobre a pureza de sua vida e sua intimidade com fervorosos ascetas. Entre os que buscavam dirigir-se a ele, em seus últimos anos, houve algumas mulheres. Estas formaram uma comunidade e viviam juntas ao pé do Monte Skopas. Eram conhecidas como as Trichinarae «as de hábito de crina». Foram elas as que, depois de uma longa contenda, lograram obter a posse de seus restos mortais, que guardaram como relíquia na igreja de seu convento.

• Nostriano de Nápoles, Santo
bispo,

Nostriano de Nápoles, Santo

Nostriano de Nápoles, Santo

Martirológio Romano: Comemoração de santo Nostriano, bispo de Nápoles (c. 450). É o décimo quinto na lista episcopal do diácono João. Se distinguiu em defender seu rebanho da insidia das heresias que quais serpentes queriam ingressar em Nápoles. No outono de 439, caída Cartago em mãos dos Vándalos de Genserico, uma grande quantidade de clérigos –escreveu o historiador daqueles factos, Victor de Vita– foi obrigada a deixar a terra natal. Privados de tudo, foram postos sobre embarcações muito precárias, mas milagrosamente alguns lograram salvar-se e arribar à costa napolitana e foram acolhidos com atenta cortesia pelo bispo Nostriano. Entre os prófugos estavam os santos bispos Gaudioso de Abitinia e Quodvultdeus de Cartago. Este último, vivendo em Nápoles, desmascarou a Floro, que «não longe de Nápoles» fazia propaganda ao pelagianismo impregnada também de maniqueísmo. Quase indubitavelmente Floro é o mesmo bispo pelagiano, condenado no concílio de Éfeso (431) junto a Celestio, Pelágio e Julião de Eclana e que convenceu ao mesmo Julião para que retomasse a pluma para replicar o livro De Nuptiis et Concupiscentia, obra de Santo Agostinho. Parece que Floro se tinha estabelecido em Cabo Miseno, já que pregou ilicitamente atribuindo-se o mérito e a virtude de são Sosso, um mártir muito venerado naquela cidade da península Flegrea. Na obra «De promissionibus et praedictioni-bus Dei», que se atribui já a Quodvultdeus, se conta que o bispo de Nápoles mandou o justo "germano" –evidentemente magistrado da cidade– o cura Herio e a outros clérigos a prender e expulsar o pregador herege. Nostriano recebeu o afecto da cidade também por sua obra pública, construiu as termas para uso do clero e os fieis, estavam situadas nas imediações do Foro, na rua que documentos dos séculos X ao XIII chaman “vicus Nostrianus” ou “platea Nostriana”. Nostriano terá morrido entre 452 e 465, depois de dezassete anos de episcopado. Em 16 de agosto 1612, foi encontrada, sob o altar mor da igreja de São Gennaro all´Olmo, uma antiga urna de mármore, sobre cujo borde estavam inscritas as palavras: Corpus S. Nostriani Episcopi. Em julho de 1945 a urna foi trasladada para a igreja dos Santos Felipe e Santiago. Desconhecido nos antigos calendários napolitanos, Nostriano teve culto oficial depois de encontrar as relíquias. O Calendário do Cardeal Arcebispo Décio Carafa, 1619, fixou a festa para  16 de agosto, mas em1633 o nome de Nostriano já não constava no calendário diocesano. A festa foi restabelecida em 14 fevereiro tão só para a Diocese de Nápoles, com um decreto da Sagrada Congregação de Ritos de 2 maio 1878. Seu nome foi incluído no Martirológio Romano em época recente. responsável da tradução (para espanhol): Xavier Villalta

• Outros Santos e Beatos
Completando santoral deste dia,

São Vital, mártir

Na cidade de Spoleto, na Umbría, são Vital, mártir, santificado pela fé conservada e a imitação de Cristo (s. inc.)

.San Zenón, mártir

Em Roma, no cemitério de Pretextato, ns via Ápia, santo Zenón, mártir (s. inc.).

Santos Basiano e companheiros Basiano, Tonión, Proto e Lucio, Cirión, Agatón,  Moisés, Dionisio y Ammonio mártires


Em Alexandria, no Egipto, comemoração dos santos mártires Basiano, Tonión, Proto e Lucio, atirados ao mar; Cirión, presbítero, Agatón, exorcista, e Moisés, queimados vivos;  Dionisio e Ammonio, que entraram na glória eterna após ser degolados (s. inc.).

Santo Eleucádio, bispo

Em Ravena, da Flaminia, santo Eleucadio, bispo (s. III).

93707 > Beati 20 Mercedari di Palermo Confessori, vittime della carità 
90971 >
Sant' Alessandra d'Egitto la Reclusa Penitente 
90528 >
Sant' Antonino di Sorrento Abate  MR
92724 >
Sant' Aussenzio Sacerdote ed archimandrita  MR
40870 >
Santi Bassiano, Tonione, Proto, Lucio, Cirione, Agatone, Mosè, Dionigi e Ammonio Martiri  MR
22800 >
San Cirillo Monaco, apostolo degli Slavi  - Festa MR
22825 >
Santi Cirillo e Metodio Apostoli degli Slavi  - Festa MR
40880 >
Sant' Eleucadio di Ravenna Vescovo MR
90294 >
Santa Fortunata Martire 14 febbraio
90071 >
San Giovanni Battista della Concezione Sacerdote trinitario  MR
22850 >
San Metodio Vescovo, apostolo degli Slavi - Festa MR
40950 >
Santi Modestino, Fiorentino e Flaviano Martiri 
40890 >
San Nostriano di Napoli Vescovo  MR
40850 >
San Valentino Martire  MR
92552 >
Beato Vincenzo Vilar David Padre di famiglia, martire MR
40900 >
San Vitale di Spoleto Martire  MR
40860 >
San Zenone di Roma Martire MR

http://es.catholic.net/santoral; www.santiebeati.it; www.jesuitas.pt

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português,

por António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...