NOTA PRÉVIA: Hoje esta postagem é muitíssimo longa. Apesar de haver algumas delas que não traduzi para português, por falta de tempo, há outras que transcrevi directamente do livro Santos de cada dia, nomeadamente a de alguns mártires (de entre os milhares que se registaram ao longo dos tempos em vários locais – e que logicamente não puderam ser aqui mencionados…). Por esse motivo solicito-vos a melhor compreensão. Obrigado. AF.
Mais de 20000 santos e beatos
Nº 944
BEATA MARIA DO DIVINO CORAÇÃO
Religiosa (1863-1899)
María do Divino Coração de Jesus (Droste Zu Vischering), Beata
No dia 1 de Novembro de 1975, o papa Paulo VI inscreveu mais um nome no Catálogo dos bem-aventurados: o de Maria Droste Zu Vischering, que em religião se chamou Irmã Maria do Divino Coração. As canonizações e beatificações dos homens e mulheres que viveram heroicamente a sua fé e irradiaram no seio da Igreja o amor de Deus na extraordinária vivência dos carismas do Espírito, próprios de cada um deles, têm-se multiplicado nos últimos tempos, a ponto de algumas delas nos passarem talvez despercebidas. Esta multiplicidade é na Igreja vivo testemunho da infalível assistência de Cristo, que nestes dias tão conturbados pelo ódio e as paixões humanas, desperta nelas almas tão ardentes e puras na prática heroica de todas as virtudes cristãs. Mas a beatificação da Irmã Maria do Divino Coração, lídima glória da tão benemérita Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, alemã por nascimento e portuguesa pelo coração, tem para Portugal especial significado. A Portugal dedicou ela, por chamamento divino, o melhor da sua curta vida. Viveu palpitantemente as alegrias e angústias da Igreja na nossa terra, num período bem agitado da sua história, nos últimos anos do século passado (ou melhor dizendo, do século XIX… e princípios do século XX, pois já estamos no século XXI…). Toda a sua espiritualidade, máscula e terna, altamente mística e profundamente humana ao mesmo tempo, hauriu-a ela no Coração de Jesus.
A Devoção ao Coração de Jesus
Coração designa o que há de mais íntimo e profundo no ser humano, a essência do mesmo ser. Quando o Senhor se nos mostra ostentando no peito o Coração abrasado em chamas, quer fazer-nos sentir ao vivo a palavra de S. João «Deus é Amor» (1 Jo 4, 16), e Jesus é a encarnação sensível desse amor; quer fazer-nos entrar pelos sentidos que toda a vitalidade, todo o dinamismo do seu ser humano radica no seu Coração todo amor; tudo n’Ele foi inspirado pelo amor infinito para com o Pai e para com os homens, seus irmãos. Quer mostrar-nos também que as nossas relações e toda a nossa atividade humana só podem ter valor aos seus olhos se irromperem dum Coração que ame. A Beata Maria Droste bebeu esta devoção com o leite materno. Já seus pais, profundamente cristãos, a viviam intensamente, e souberam-na comunicar aos seus filhos e familiares. Foi numa vida de felicidade, de pureza e austeridade que ela se preparou para a mais íntima e mística união esponsal com o Coração de Jesus. Numa manhã, festa do Coração de Jesus, na capela do solar de Darfeld, diante da estátua que lhe era tão querida, depois de comungar, ouviu distintamente «aquela voz interior que eu não conhecia ainda, mas que hoje me é tão familiar: “Tu serás a esposa do meu Coração”. Não posso dizer o que senti naquele momento. senti-me consternada, aniquilada, confundida, e ao mesmo tempo inundada nas ondas do seu amor. Que felizes momentos! Esposa do seu coração!… eu tão pobre e miserável!… A partir desse momento eu já não podia pensar senão no Coração de Jesus como meu esposo… Que intimidade entre nós! Vivia com Ele, dizia-lhe tudo, e Ele era sempre cheio de misericórdia e de bondade para comigo».
Consagração
A perfeita Caridade traduz-se pela entrega total da pessoa ao Coração de Jesus – a consagração. Fomos consagrados pelo Baptismo, mas aquilo que nos foi dado ontologicamente no Baptismo tem de se ir desenvolvendo, com o avivar da consciência e o esforço pessoal pela vida fora. A consagração ao Sagrado Coração é precisamente esta tomada de consciência da realidade cristã no ponto central da nossa pertença pessoal, por amor, a Jesus. A devoção ao seu Coração divino faz-nos descobrir as raízes mesmas do culto cristão, faz-nos cair na conta do que é a própria essência do Cristianismo. A consagração é exigência primária desta devoção, é a expressão do amor pessoal de que se reveste o carisma que o Espírito Santo dá a cada um. Em Francisco de Assis converte-o no jogral enamorado de Deus, cantando os divinos louvores nos braços da Pobreza, sua Dama. A Inácio de Loyola transformou-o no soldado fiel, apaixonado da Maior Glória de Deus. Em Maria do Divino Coração, a consagração reveste o carácter esponsal da reparação amorosa: «Serás a esposa do meu Coração», do Coração que se lhe apresenta profundamente magoado pelos espinhos da ingratidão humana.
Reparação
Consagração e reparação são a exigência primária da devoção ao Coração de Jesus. Vivem-se em unidade – consagração reparadora: uma vida que se entrega para ser vivida com Cristo e em Cristo, numa mesma obra redentora e santificadora. Mas esta obra realizou-a Cristo pela cruz. E por isso toda a colaboração na obra redentora do Coração de Jesus tem de estar vinculada com a cruz. Uma tarde, passeando meditativamente pelas alamedas do jardim do seu solar «senti vivamente, escreveu ela, que o Senhor me dizia que teria de sofrer muito por Ele»… «Jesus falou-me dos sofrimentos porque passava, vendo-Se abandonado de todos , e pediu-me Lhe fizesse companhia. Disse-me que O aflige sobretudo mo abandono de muitos sacerdotes…» Como estes, encontramos inúmeros desabafos íntimos nas páginas da sua autobiografia, escritas em obediência ao seu Confessor – Teotónio Vieira de Castro, que foi mais tarde patriarca de Goa. Há momentos na história das almas que marcam uma vida toda; momentos em que a graça do Espírito irrompe sobre elas em avalanche, operando nelas uma nova conversão, de bem para melhor. Um desses golpes extraordinários do amor do Coração de Jesus, parece ter-se dado na Irmã Maria do Divino Coração ao passar por Manresa, a caminho de Portugal. Ia ela de viagem para o novo destino a que Deus a chamara, com o coração angustiado de saudades, na incerteza do desconhecido em que ia entrar, mas na decisão firme de se dar toda à realização dos desígnios misteriosos aonde Ele a levava. A 12 de Fevereiro de 1894, passa pela santa cueva de Manresa. A figura do grande penitente de Manresa – Santo Inácio – encantava-a e subjugava-a. Foi no ardor desta oblação para o sacrifício que ela entrou em Portugal. Ela amou-o porque era a terra aonde o Coração de Jesus a conduzira, era o altar aonde ela ia imolar-se por Deus e pelas almas. Voltando mais tarde a Munster, escrevia: «A viagem segue o curso normal, tranquilo. Mas no fundo do coração sinto saudades do nosso pobre Portugal, e especialmente da minha cela junto da querida capela. Nada no mundo pode substituir para mim aquele lugar». O sacrifício só tem valor se for revestido de carácter reparador. Só é Redentor se for levado por amor, em união com o sacrifício de Cristo. Vida reparadora é a vida do Redentor que tem de ser baptizado com um baptismo de sangue, e suspira por ele, embora em sua natureza humana sinta repugnâncias da morte. Vida do redentor que Se dá às almas pecadoras, e Se identifica de tal modo com elas que faz seus os pecados delas, por elas faz penitência, sofre e morre. Maria Droste vem a Portugal para sofrer, porque, consciente da sua vocação de Irmã do Bom Pastor, vem salvar as almas, colaborar com Cristo crucificado na salvação das almas que, em Lisboa e no Porto, Ele lhe quis confiar. E por isso a cama vai ser a sua cruz redentora, na maior parte do tempo passado na nossa terra, vai ser o altar do seu sacrifício. Perguntando ela ao Senhor porque é que prolongava os seus sofrimentos e a sua doença, ouviu esta resposta: «Resgatei o género humano pela cruz, e é pela cruz que santifico as almas. Quanto mais Eu ligo umas alma à cruz, e quanto mais semelhante Eu a torno a Mim, tanto mais estreitamente Me uno com ela. Os sofrimentos dos meus eleitos completam a obra da minha redenção». A cruz é pois o altar dos eleitos do Coração de Jesus. Mas este altar é para Maria Droste não só imolação duma vítima a consumir-se por amor, mas pregação viva, exercício ativo de apostolado a conquistar as almas. Por três longos anos, imóvel e afogada em dores, fazia-se transportar na sua cama portátil à sala de visitas, onde diariamente passava horas e horas a atender pessoas de todas as classes, que procuravam a “santinha Alemã” para receber dela consolação e alento. Dessa cama dirigia ainda toda a atividade e negócios da casa dumas 175 internadas, como uma energia e prudência extraordinárias. Sofrimento, oração, apostolado e atividade doméstica, eis a vivência real da consagração de Maria Droste ao Divino Coração.
Consagração do mundo ao Sagrado Coração
Mas não chegara ainda a hora para aquele corpo diáfano, e como que espiritualizado, pronunciar o seu consummatum est. Ainda não estava completada a sua missão. O Coração de Jesus queria, no dealbar do século XX, afogar o mundo numa avalanche de graça e de misericórdia. E para isso queria que o Papa, seu Vigário na terra, com os Bispos e todos os católicos, membros conscientes e responsáveis de toda a família humana, lhe fizessem solenemente a consagração do mundo inteiro. E é a Irmã Maria do Divino Coração a eleita de Deus para ser a apóstola desta consagração. É ela que tem de se dirigir ao Papa com uma missão divina para toda a Igreja, como outrora Santa Catarina de Sena. Mas o sinal de autenticidade da sua missão divina é precisamente o recrudescer dos seus padecimentos. E quando pela terceira vez o Coração divino se dirige à Irmã Maria a pedir a intervenção dela junto de Leão XIII, pergunta-lhe ainda «se estava disposta a suportar toda a espécie de sofrimentos, humilhações e desprezos». «Em verdade, em verdade vos digo, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, ficará só; mas se morrer, dará muito fruto. Quem ama a sua vida, perdê-la-à; e quem neste mundo aborrece a sua vida, conservá-la-á para a vida eterna. se alguém quer servir-Me que Me siga: e onde Eu estiver, ali estará também o meu servo» (Jo 12, 24-26).
De Munster até ao Porto
Para os leitores que desconheçam ainda a sua admirável figura, apresentamos a sua vida em traços muito esquemáticos: Filha dos condes Droste Zu Vischering, nasceu em Munster, na Vestefália (Alemanha), a 8 de Setembro de 1863. Passou a infância no castelo de Darfeld, não longe daquela cidade, no seio duma família profundamente cristã. «Desde a mais tenra idade, escreve ela, senti a dita de ser filha da Santa Igreja». No Natal de 1883 consagra-se a Deus pelo voto de castidade perpétua. E Ele apodera-Se dela e marca-lhe a consagração com o sinal da cruz, fazendo-a passar por dilatada e penosa doença. Com o espírito embalado por longo tempo em sonhos de heroísmo missionário, no dia 1 de Julho de 1888, esperando na Igreja paroquial a vez de se confessar, ouve subitamente a voz do Senhor: «Tens de entrar no convento do Bom Pastor». Com a vocação irrompe na sua alma inocente a ânsia de salvar a juventude extraviada, ânsia tão intensa quanto era intenso o horror por toda a impureza. A obra da regeneração ou da preservação da mulher em perigo, é com efeito, o campo especifico de apostolado da Congregação do Bom Pastor. A 10 de Janeiro de 1889 toma o hábito religioso no convento de Munster, no mesmo dia em que, no Carmelo de Lisieux, Teresa do Menino Jesus recebeu o dela. Professou a 19 de Janeiro de 1891. Após três anos de total dedicação ao apostolado das penitentes, próprio do seu Instituto, é enviada a Portugal em 1894. Tinha 31 anos de idade. Depois de três meses passados em Lisboa, chega ao Porto como Superiora do Recolhimento do Bom Pastor na Rua Vale Formoso (Paranhos), a 17 de Maio de 1894. De lá escreve ela pouco depois: «Vivemos numa situação angustiosa. A casa está em ruínas, devorada por dívidas que nos sufocam. vejo, porém, e sinto que Deus está comigo, e assim cresce, cada dia mais, a minha coragem, embora por vezes isto seja difícil de suportar… Só temos em caixa cinco ou seis marcos, e temos de alimentar 120 pessoas… Sinto-me tão portuguesa, que não me importo com tanto desconforto, tanto frio e tanta humildade…». E a sua tenacidade, aliada a uma absoluta confiança no Coração de Jesus, realiza o milagre de transformar aquela casa e comunidade em ruínas num florescente jardim de Deus. A 21 de Maio de 1896 cai da cama, esgotada de trabalho, para nunca mais se levantar: uma ostiomielite que a paralisa com dores atrozes constantes. É nesta longa, heroica crucifixão, que a Irmã Maria se imola pelos pecadores, pelos sacerdotes, pela Igreja, por Portugal. «Muitas vezes na minha doença, quando sentia ardentes desejos de morrer, Nosso Senhor, duma imagem dos Passos, me dizia: «Então queres que Eu leve sozinho a cruz de Portugal?» (Carta de 20.XI.1896). Às 3 horas da tarde do dia 8 de Junho de 1899, ao hino das primeiras vésperas da festa do Coração de Jesus, quando por todo o mundo católico se fazia o tríduo solene de preparação para a consagração ao mesmo divino Coração, a vítima de Paranhos consumava o seu sacrifício. No dia 11, o papa Leão XIII realiza aquilo que ele mesmo declarou ser o «acto mais grandioso do seu Pontificado» – a consagração do mundo inteiro ao Sagrado Coração de Jesus. Este acto foi-lhe pedido por Cristo. A mensageira transmissora da mensagem de Cristo foi a irmã Maria do Divino Coração.
Ermesinde
Repousam as suas venerandas relíquias em Ermesinde, na Igreja do Coração de Jesus, erecta pelas suas filhas em cumprimento do desejo ardente da Bem-aventurada, expresso por solene promessa. Na primeira sexta-feira de Julho (ou Agosto) de 1897, recebeu ela ordem do Senhor: «Deves erigir-Me aqui um lugar de reparação, e Eu erigirei nele um lugar de graças. depois disse-me que queria que esta Igreja fosse sobretudo um lugar de reparação pelos sacrilégios, e para atrair graças e bênçãos sobre o clero». A construção deste templo foi uma duas suas últimas preocupações. Ela mesma, no seu leito de dor, mal podendo segurar um lápis entre os dedos, traçou as linhas arquitectónicas. Não quis o Senhor dar-lhe em ida a alegria de ver realizado o seu sonho. Realizaram-no as suas filhas em Ermesinde. Este templo começaram a erguê-lo em Paranhos, junto à casa da rua de Vale Formoso, onde a Bem-aventurada falecera. A revolução de 1910 veio interromper a construção. Mas a premente recomendação da Irmã Maria não se apagou no coração das Irmãs do Bom Pastor: «No caso de morrer antes de ter edificado a Igreja, peço às minhas muito amadas Irmãs e Filhas espirituais… deem cumprimento à promessa que hoje faço para assim corresponder aos desejos de Nosso Senhor, e consolar o seu Divino Coração». E cumpriram. Em Ermesinde ergue-se majestosa a Igreja do Coração de Jesus. Sob as suas abóbadas repousam agora as relíquias da Bem-aventurada. Ali, diante da Hóstia consagrada em constante exposição, ajoelham perpetuamente almas em adoração reparadora. Ao vê-las sente-se ainda o palpitar ardente da irmã Maria do Divino Coração. «Deves erigir-Me aqui um lugar de reparação, e Eu erigirei nele um lugar de graças». O lugar de reparação está erecto. A palavra do Senhor não falhará! Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic.net/santoral e www.santiebeati.it.
NOVE IRMÃS GÉMEAS
Celebrando-se hoje na arquidiocese de Braga a memória facultativa de Santa Quitéria, transferimos para este dia a «notícia» geral que traz sobre as nove irmãs gémeas o “Ano Cristão” do Padre Croiset (tradução do Padre Matos Soares), no dia 18 de Julho, sob o título: «Santa Marinha, Virgem e Mártir». Damos, tirando-a da mesma obra, a «notícia» sobre Santa Quitéria, que pertence a 8 de Junho. O mesmo «Ano Cristão», no dia 16 de Agosto, acrescenta que as relíquias de Santa Eufémia, uma das nove irmãs, se encontram na cidade de Orense desde meados do século XII; e diz ainda, a 20 de Julho, que neste dia se comemorava Santa Liberata ou Vilgeforte.
SANTA MARINHA, Virgem e Mártir (mais oito irmãs)
Ver 18 de Julho
Nenhum documento existe com valor histórico sobre a vida desta santa. O Martirológio Romano faz comemoração dela neste dia, dizendo que foi martirizada na Galiza. Os Bolandistas dizem que foi martirizada junto de Orense. Não queremos privar os leitores duma das mais interessantes criações da imaginação popular sobre hagiografia. Refere-se ela ao nascimento e vida de nove irmãs, uma das quais era Marinha. Reproduzimos o que em 1722 publicou o monge beneditino de Pombeiro, Frei Bento de Ascensão.
«Pelos anos da era de Cristo, 120, nasceu Santa Quitéria na cidade de Braga. Seu pai, Lúcio Caio Atílio Severo, era Régulo duma das muitas províncias, em que nesse tempo estava dividido o Império Romano, a qual se compunha de parte da antiga Lusitânia e de parte da Galiza. Residia este na cidade de Braga. Era casado com D. Cálcia Lúcia, ambos de famílias muito ilustres, porém idólatras e gentias. O Altíssimo, por um milagre da sua Providência, permitiu que Cálcia, depois de ser estéril por muitos anos, concebesse e trouxesse reclusas em seu ventre, nove meninas contra a ordem comum dos partos. Completos os nove meses, Cálcia (na ocasião em que seu marido estava ausente, fazendo corte ao Imperador Adriano, que andava viajando pela península) deu à luz as nove meninas, que nasceram tão perfeitas como esposas que haviam de ser do Cordeiro Imaculado. Vendo-se Cálcia mãe de nove filhas, dadas à luz dum só parto, dominada pela superstição, ou pelos prejuízos terríveis daqueles tempos, concebeu um projecto que só as fúrias infernais a quem adorava lho podiam inspirar; por isso, que causa horror até às mesmas feras. Para se subtrair às sátiras do mundo e à indignação de seu marido, Cálcia concebe a infernal resolução de mandar afogar as meninas, sem exceptuar nenhuma. Comunica o seu execrando projecto à única pessoa que lhe tinha assistido o parto, a Cita, devota donzela e cristã oculta, e, depois de a obrigar a guardar o mais rigoroso segredo, ordena-lhe que faça primeiro divulgar a notícia de que ela tivera infeliz sucesso no parto, e que, depois de a família estar recolhida, aproveitando-se do escuro da noite, saísse do paço e fosse mergulhar as nove meninas em um dos poços do rio Este, que corre nos subúrbios de Braga. Querendo, pois, e determinando a desumana mãe que morressem as inocentes filhas, o misericordioso Deus, que pela sua grande clemência costuma, muitas vezes, de grandes males tirar grandes bens, inspirou no coroação da virtuosa Cita o desejo de salvar a vida do corpo, e dar a vida às almas de tão belas e formosas meninas, e tendo oportunidade para pôr em execução o seu piedoso intento, ajudada da Divina Providência, foi levar as meninas a santo Ovídio, arcebispo de Braga, (ver 3 de Junho), o qual, administrando-lhes o sacramento do Baptismo, lhes pôs os nomes seguintes: Genebra, Vitória, Eufémia, Marinha, Marejana (ou Marciana), Germana, Basília (ou Basílica), Quitéria e Liberata (ou Vilgeforte), como outros lhe chamam. Depois que as santas meninas foram regeneradas na sagrada fonte do baptismo, a compassiva Cita procurou nos arrabaldes de Braga amas cristãs para as criarem e educarem na lei e religião de Cristo, incumbindo-se o santo Arcebispo de satisfazer toda a despesa. Cada uma destas amas procurava em religiosa emulação cumprir com os seus deveres, tanto pelo que respeitava ao alimento do corpo, como ao desenvolvimento do espírito. A religiosa educação, que as nove meninas receberam na sua infância, produziu um tão grande domínio em seus corações que, em todo o decurso da vida e até ao fim dela, sempre puseram em prática as santas virtudes, e calcaram aos pés as grandezas e vaidades do mundo, só com o fim de lucrarem a Jesus Cristo. A sua vida virtuosa e quase angélica era admirada nos subúrbios de Braga, e por todos os arredores se falava das raras virtudes e singular perfeição das nove meninas. Chegando ao conhecimento destas angélicas meninas o perigo a que tinham, estado expostas, quem eram, e qual fora o seu admirável nascimento e a bárbara determinação de sua ímpia mãe, de entregá-las à morte em tempo que apenas entravam na vida, e do modo como Deus, pela sua Divina Providência, as livrara da morte, não só do corpo mas também da alma, por meio do sagrado Baptismo; em agradecimento de tão grandes benefícios, resolveram estas gloriosas virgens, estas santas irmãs, deixar de todo o mundo e habitar juntas na mesma casa, como em clausura, para assim melhor servirem e agradarem a Deus, resistirem com maior fortaleza aos seus inimigos, e crescerem, mais na virtude e na castidade com o exemplo umas das outras. Obtida a aprovação e consentimento do Santo Arcebispo Ovídio, a quem respeitavam e obedeciam, como seu mestre, director e pai, viveram alguns anos, estas amantes esposas de Jesus Cristo, nos arrabaldes da cidade de Braga, recolhidas na sua casa, como em um convento, entregando-se ao exercício de todas as virtudes, sendo a vida de cada uma um raro espelho de santidade, para todos os cristãos daquela terra, não se falando, por todos aqueles arredores, em outra coisa, senão na sua santa vida, que aquelas tenras e delicadas donzelas passavam naquele retiro. Todos se admiravam de que – entre tanta formosura e outros dons da natureza – houvesse tanta virtude, tanto recolhimento, resguardo e cautela. Abrasadas estas santas meninas no fogo do amor divino, cada qual de per si, e umas na presença das outras, fizeram todas voto de castidade, consagrando a sua virginal pureza àquele soberano Senhor que as fizera nascer dum tão milagroso parto, e depois de nascidas as livrara da morte, que sua mãe lhes mandara dar, criando-as e sustentando-as até ali, com providência tão particular. Fechando pois os olhos ao mundo, e empregando-se só em seu Divino Esposo, Lhe sacrificaram as suas almas e juntamente com elas os seus corpos, vivendo, naquele tenra idade, estas esposas de Jesus Cristo, santas nos costumes, puras nos corpos, e abrasadas nas almas com as chamadas da caridade e com o fogo do Amor Divino.
Esta foi a criação e a virtuosa vida destas nove irmãs, nos arrabaldes de Braga, onde viveram nove ou dez anos, e com tanta perfeição, como se já estivessem no céu, imitando os anjos na pureza, os querubins no fervor e os serafins no amor, e finalmente todas cheias de fervorosos desejos de passarem a gozar da presença do seu Divino Esposo, por meio da ilustre palma do martírio, e para o conseguirem dirigiam ao céu fervorosas súplicas. Estas foram atendidas e os seus desejos satisfeitos. Foi por esta ocasião que se levantou uma cruel e terrível perseguição, renovando-se o cruel édito já principiado por Nero, cujo fim era extinguir totalmente do mundo o adorável Nome de Jesus Cristo. Em Braga e mais terras sujeitas ao Império Romano, se publicou solenemente, mandando-se nele com pena de morte, que se adorassem os ídolos e extinguisse o Cristianismo. Logo que este decreto chegou ás mãos do Régulo de Braga, mandou-o publicar em todas as cidades do seu domínio, enviando ministros para diferentes terras, com ordens terminantes para obrigarem os fieis a adorarem os falsos ídolos, e quando eles não quisessem, fossem conduzidos à sua presença, para lhes serem aplicados os castigos. Espalhando-se os infernais ministros da justiça pelos arrabaldes e becos de Braga, dirigiam-se à casa onde viviam as nove irmãs, e encontrando esta santa comunidade de virgens, certificados de que elas eram cristãs, levaram-nas presas à presença do Régulo Bracarense que então estava na antiga cidade de Tide, situada na margem esquerda do Rio Minho, a pequena distância da praça de Valença. Com muita alegria caminhavam as santas meninas ansiosas por serem apresentadas no tribunal, para serem julgadas e sentenciadas pelo Régulo, seu pai. Este, apesar de ainda as não reconhecer por suas filhas, ficou logo muito impressionado com a modéstia, humildade e rara formosura das nove donzelas, e tratando-as com brandura e afabilidade lhes fez diferentes perguntas relativas à sua pátria, pais e religião que professavam, e se estavam resolvidas a dar cumprimento ao que mandavam os imperadores, adorando os deuses imortais, conservadores do seu império. Santa genebra tomou a palavra e respondeu em nome de todas: «A nossa pátria, senhor, é a cidade de Braga; se desejais saber de onde descendemos, podereis acreditar que em nossas veias circula o sangue da principal nobreza desta província; pois que todas somos tuas filhas e de Cálcia, tua consorte… Enquanto à religião que professamos, sabe que todas adoramos Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, com quem nos desposamos pelo Baptismo; e que todas estamos resolvidas e prontas a dar o sangue das próprias veias pela confissão do seu Santo Nome, ainda que à custa dos maiores tormentos». Contou-lhe em seguida as circunstâncias do seu nascimento, e o modo porque escaparam à morte, a que a mãe as condenara. Fê-lo ciente da sua criação, dos seus propósitos e de resolução em que todas perseveravam firmes, e concluiu dizendo: «Aqui estamos na tua presença; dispõe de nós como melhor te parecer”. E tanto ela como as irmãs ficaram com uma aprazível e celeste serenidade. Não há termos com que se possa explicar a impressão que esta notícia produziu no coração do Régulo bracarense.
Recorda-se de algumas coisas passadas, que o movem a acreditar o que ouvira… Atílio muda de cor por diferentes vezes… Não pôde encobrir a inquietação que sente dentro do peito… Suspende logo o acto judicial, e manda retirar os ministros, ficando só com as meninas e com Cita, que as acompanhava. Tira-lhes dos pulsos as algemas e conduzindo-as ao interior do palácio, chama Cálcia, sua mulher, e conta-lhe tudo o que ouvira a Genebra. Cálcia fica cheia de confusão e medo, e ainda mais, quando ouve da boca de Cita, o modo como conservara a vida do corpo, e dera vida ás almas daquelas inocentes… Cálcia não se atreve a negar, antes confessa como tudo tinha sucedido. Logo que foram reconhecidas por filhas, tanto o pai como a mãe soltaram as rédeas aos afectos naturais… Abraçam, uma por uma, as ternas meninas, cobrem-nas de beijos, empregam toda a autoridade e arte para as persuadir que, abjurando o Cristianismo, adorassem os ídolos… Ponderou-lhes a alta qualidade dos seus ascendentes, a abundância das riquezas, o amor e desvelo com que procurariam, para cada uma, dignos esposos, com quem pudessem gozar, contentes, das prosperidades e bens do mundo. Porém, as nove meninas, com uma firmeza e constância inabalável, desprezaram todas as promessas, e permaneceram firmes na sua resolução. Vendo o Régulo frustrados todos os esforços que o amor de pai e a fé de idólatra lhe subministraram a fim de apartar as filhas da religião cristã, que tinham bebido com o leite, encheu-se de indignação, e parecendo-lhe que acabariam com ameaças, o que não podiam as carícias paternais, começou a prometer martírios, jurando pelos seus deuses que lhes tiraria a vida, à força dos tormentos mais esquisitos, se desprezassem as suas determinações, e se não se resolvessem de pronto a oferecer sacrifícios aos deuses do império. Serenou Cálcia estas furiosas iras de Atílio, e conseguiu dele, a poder de rogos, que se lhes desse algum tempo para considerarem aquilo que deviam escolher, esperando que, como meninas, tomariam outra resolução, depois de serem reconhecidas por suas filhas e destinadas para esposas dalguns mancebos nobres, formosos e ricos, e de comum acordo as deixaram sós, encerradas em um dos salões do seu palácio.
Depois que seus pais se retiraram, as nove meninas, prostradas ante a presença do Altíssimo, Lhe suplicaram com toda a candura das suas almas angélicas, que lhes inspirasse o modo como haviam de dirigir os seus passos no caminho da vida, e lhes desse constância e fortaleza, para nunca anuírem a tão detestáveis proposições; nem temerem a morte, que por instantes as esperava. As suas preces foram prontamente ouvidas e as fervorosas súplicas favoravelmente despachadas. Lá por entre a escuridão da noite, uma brilhante claridade vem iluminar aquela prisão; desce um Anjo do Senhor, que vem confortar as suas fieis esposas naquela tribulação, e, depois de lhes fazer conhecer o perigo, em que estão, de apostatar da religião santa, lhes intima da parte de Deus a ordem de fugirem, quanto antes, daquela casa, e de seguir cada uma a direcção que o Senhor lhe inspirar. O mesmo anjo, que lhes intimou a ordem do céu, lhes facilitou a saída do palácio, sem que alguém desse fé da ausência delas. Caminharam, todas juntas por algum tempo, por entre as trevas e silêncio da noite, até que assentaram entre si apartarem-se umas das outras, e antes de darem mutuamente o abraço de despedidas, santa Liberata, levantando as mãos e os olhos ao céu, proferiu a seguinte súplica: «Senhor meu, Jesus Cristo, que permitistes nascêssemos todas em um dia, e, livrando-nos do trânsito da morte, nos destes nova vida da graça, pedimo-Vos, Senhor, pela vossa divina misericórdia, e pelo eterno e incomparável amor com que nos amastes, sejais, meu Deus, servido levar-nos todas ao descanso eterno, e não consintais, meu bom Jesus, que se apartem do caminho da glória aquelas que tão unidas foram enquanto viveram na terra». Todas com o mesmo espírito e com a mesma fé responderam: Ámen.Deram os últimos abraços umas às outras, em sinal de recíproco amor, e como quem se despedia para se não tornar a ver na vida mortal, se despediram as angélicas meninas, dirigindo-se cada uma para onde o divino Esposo as encaminhou, e apesar dos esforços empregados pelo pai e pelos domésticos e vizinhos, que foram logo em procura delas, apenas puderam apanhar Santa Quitéria, com algumas pessoas que a acompanhavam: todas as mais conseguiram evadir-se para diferentes terras.
SANTA MARINHA
Ver 18 de Julho
Foi encaminhada pelo Divino Espírito para a Galiza. Aí, depois de ter servido a uma lavradeira, perto da cidade de Orense, foi depois perseguida por ser cristã. Primeiramente a açoutaram até lhe dilacerarem as carnes. Em seguida foi descarnada com pentes de ferro. depois encarcerada em uma escura masmorra, sendo aí visitada e curada por um anjo. Queimaram-lhe depois as costas e os peitos com ferros em brasa, e prendendo-a de pés e mãos a lançaram num tanque de água donde, saindo milagrosamente livre, foi metida em uma fornalha embravecida com chamas, as quais, separando-se para os lados, nem sequer a tocarem levemente. Foi por isso degolada em Águas Santas, perto da cidade de Orense, na Galiza, onde El-rei D. Afonso, o Magno, mandou edificar uma Igreja dedicada ao seu culto.
SANTA GENEBRA
Apesar de ter procurado não consegui encontrar nenhuma imagem figurativa desta Santa. AF
Esta santa padeceu pelo Divino Redentor e foi martirizada no ano 130. Diz-se que o seu martírio fora na antiquíssima cidade de Tide e que esta extinta cidade existiu perto de Valença do Minho e fora a capital dentre Lima e Minho. Nada se sabe do seu martírio.
SANTA LIBERATA (ou VIGELFORTE)
Ver 20 de Julho
Esta santa retirou-se para o deserto e padeceu o martírio da cruz, uns dizem que em Miragaia, no Porto, outros que em Castelo Branco, e o padre Cardoso, no seu Dicionário Geográfico, diz que fora em Águas Santas, uma légua para o norte da cidade do Porto (e que actualmente pertence ao concelho da Maia…), no sítio onde rebentou uma fonte chamada santa, pelos efeitos milagrosos com que eram beneficiados os doentes que a ela concorriam.
SANTA EUFÉMIA
Ver 16 de Agosto
Retirou-se para as serras do Gerês, onde viveu dois anos. depois, sendo perseguida por causa de Cristo, foi presa, açoutada e em seguida encerrada em um cárcere e aí milagrosamente curada por um anjo. Depois, pendurada pelos cabelos numa figueira. Em seguida, precipitada duma alta penedia na mesma serra, e por fim degolada. As suas preciosas relíquias conservam-se na Sé de Orense.
SANTA MARCIANA (ou MAREJANA)
Apesar de ter procurado não consegui encontrar nenhuma imagem figurativa desta Santa. AF
Diz-se que esta santa padecera o martírio na cidade de Toledo – Espanha, no ano de 155.
SANTA BASÍLICA (ou BASÍLIA)
Apesar de ter procurado não consegui encontrar nenhuma imagem figurativa desta Santa. AF
São três as opiniões dos autores sobre o lugar do martírio desta santa. Uns afirmam que padecera em Sirmo, antiga cidade de Betisa; outros, que fora martirizada na Síria; e Cerqueira Pinto é de opinião que esta santa padecera o martírio com algumas das irmãs em Águas Santas, junto ao Porto.
SANTA GERMANA
Apesar de ter procurado não consegui encontrar nenhuma imagem figurativa desta Santa. AF
Uns dizem que esta santa fora martirizada na África, e outros, em Águas Santas. Nada se sabe a tal respeito.
SANTA QUITÉRIA
Virgem e Mártir
Ver 8 de Junho
Santa Quitéria nasceu em Braga. seu pai era pagão; por isso empregava todos os esforços para a afastar da religião cristã. Umas vezes eram carícias, outras ameaças. Tudo, porém, foi baldado. A jovem Quitéria, não podendo suportar por mais tempo os maus tratos de seu crudelíssimo pai, fugiu de casa, em direcção a uma montanha próxima, onde por muito tempo levou uma vida toda angélica, entregando-se à contemplação. Mereceu de Deus a graça de andar sempre visivelmente acompanhada do seu Anjo Custódio, com quem frequentemente falava. Além disso, tinha colóquios não menos frequentes com outros Anjos. Nesta feliz vida lhe ia decorrendo a existência, até que, finalmente, um Anjo lhe anunciou a aproximação do tempo suspirado em que emigraria para o Esposo. Exultando com a mensagem, Quitéria abandonou a montanha, asilo abençoado onde escapou ás tempestades do século, e, voltando à casa paterna, encontrou dois nobilíssimos jovens que pretendiam a sua mão. A santa menina, que tinha já consagrado a sua virgindade ao Esposo celeste, Jesus, recusou-se a tal. Por isso, mandada carregar de cadeias por seu cruel pai, foi empurrada para uma enxovia. Mas eis que um Anjo desce a confortá-la e, enquanto mutuamente se recreiam em suavíssimos colóquios, uma luz celeste e penetrante banha o cárcere. Era a Virgem-Mãe que, cortejada por níveos coros de virgens e radiante multidão de espíritos angélicos, trazia um vaso de aromáticos perfumes, derramando-os abundantemente sobre Quitéria. Ofereceu-lhe, além disso, uma cruz e um anel, significando aquela a vitória que dentro em breve ganharia sobre os inimigos, este os desposórios espirituais com Jesus. E Nossa Senhora desapareceu. Então o anjo manda-a sair do cárcere e oferece-se simultaneamente para a acompanhar ao monte columbário, lugar que o Senhor destinara para teatro do seu martírio. Saiu Quitéria e dirigiu-se para o Monte Pombeiro em (Margaride – Felgueiras) já atrás citado. No cume do mesmo havia uma capelinha dedicada ao Príncipe dos Apóstolos. Aí Quitéria, juntamente com outras virgens, entregou-se à oração e aos jejuns, dispondo-se desta forma para receber a coroa do martírio. Mas Atílio, seu pai, e Germano, um dos jovens pretendentes à sua mão, vendo-se iludidos pela fuga da virgem, enviaram servos a procurá-la, com ordens para, caso a encontrassem, lhe aconselharem o regresso à casa paterna e o casamento. Após muitas pesquisas, Quitéria foi encontrada. Seu pai, ardendo de ira, mandou-a decapitar por um tal Dumas, apóstata. O renegado trespassou com inúmeros golpes o corpo virginal de Quitéria. O seu corpo sagrado foi sepultado pelos cristãos na capela de S. Pedro. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic.net/santoral e www.santiebati.it
• Medardo, Santo
Bispo
Medardo, Santo
Os dados históricos sobre sua pessoa e obra estão na penumbra, há penúria de história fiável e, pelo contrário, contamos com abundância de fábula. Uma antiga lenda conta que sendo menino Medardo foi protegido da chuva por uma águia gigante, facto que é usado frequentemente em sua iconografia. Por isso é que os franceses da Idade Média recorreram a ele para pedir chuva e ver-se livres de granizo, e posteriormente toda França o invocava contra a dor de dentes por o tomarem como protetor contra este mal; de facto, se o representa com um amplo sorriso que deixa ver seus formosos dentes, e ficou para a cultura popular o dito: «ris qui est de saint Médard - le coeur n’y prend pas grand part» (No riso de são Medardo - o coração não toma muita parte). Nasceu em Salency de pai franco e mãe galo-romana cujos nomes transportados pela imaginação posterior são Néctor e Protagia. Dizem que estudou na escola episcopal de Veromandrudum, lugar que situam perto da actual Bélgica, onde há recordações históricas para os hispanos pela vitória de Felipe II em são Quintín -Saint Quentin - que nos valeu o Escorial. Já como estudante se distinguiu - segundo as crónicas - por sua caridade esmoler dando a algum companheiro famélico sua comida e a um peregrino caminhante um cavalo da casa paterna. Com estes antecedentes se vê natural que se decida pela Igreja e não pelas armas. Se ordena sacerdote e de novo a fábula o adorna com coroa de actos exemplares, a leccionadores e moralizantes para doutrinar aos amigos do alheio sobre o respeito à propriedade: uns que roubaram uvas e não soupieron luego descubrir la salida de la viña sirven para demostrar que el pecado ciega; de los ladrones de miel en las colmenas propiedad de otros y que fueron atacados por el enjambre saca la conclusión que el pecado es dulce al principio, pero después castiga con dolor; de aquel que, merodeando, se llevó la vaca del vecino y cuyo campanillo no dejó de sonar día y noche hasta su devolución dirá que es el peso de la conciencia acusadora ante el mal. Y es que el tiempo de su vida entra dentro de las coordenadas del lejano mundo merovingio. Meroveo, rey de los francos, ha prestado un buen servicio a Roma peleando y venciendo a Atila (541), Childerico ha comenzado a poner las bases de un reino al que Clodoveo dará unidad política y religiosa cuando se convierta al catolicismo por ayuda de su esposa Clotilde y del obispo Remigio, después de las batallas de Tolbías (496) en la que venció a los francos ripuarios y alamanes y de Vouille (507) apoderándose de los territorios visigóticos con la expulsión de los arrianos.
Medardo, Santo
Ni la conversión de Clodoveo -que siempre apreció los dictámenes de su talento político más que los de su conciencia- ni la de sus francos consiguió un súbito cambio al estilo de vida ristiana; hizo falta más bien la labor callada y paciente de muchos para mejorar a los reyes, al ejército y a los paisanos. A Medardo lo hacen obispo a la muerte de Alomer; con probabilidad lo consagra Remigio. Y se encuentra inmerso en el difícil y cruel mundo de restos de paganismo con resistencia a la fe; deberá luchar contra la superstición de sus gentes, contra la ignorancia, las duras costumbres, la haraganería, rapiña y asesinatos. A ese amplio trabajo evangelizador se presenta Medardo con las armas de la bondad y de la comprensión más que con el báculo, el anatema o el látigo. Por ello la fuente popular que describe graciosamente su persona y obra la adorna, agradecida, con el aumento de detalles que la fantasía atribuye al santo con la bien ganada fama de bondad. Detrás de la narración ampulosa que hacen los relatos se descubren, entre el follaje literario, los enormes esfuerzos evangelizadores de los -sin organización aún, ni derecho- primitivos francos. Murió en torno al año 560 y sus restos se trasladaron a la abadía de Soissons donde le veneraron durante toda la Edad Media los ya más y mejores creyentes francos.
• João Rainuzzi, Beato
Confessor
Juan Rainuzzi, Beato
Etimologicamente significa “ Deus é misericórdia”. Vem da língua hebraica. Sem uma ampla esperança humana, as novas gerações não se sentem estimuladas a participar na construção da família humana. Frente a um vazio, muitos jovens estão marcados por uma apatia, uma desilusão, buscando-se vias de escape que anestesiem uma angústia insuportável. A João não lhe ocorreu nada disso. Foi um confessor do século XIV. Era natural de Todi, Itália. Seu culto começou dois séculos mais tarde. Um dia de 1568, nesta cidade, na cripta da igreja de santa Margarita, se exorcizava a um homem porque diziam que estava endemoninhado. Em um certo momento sucedeu algo misterioso para que os assistiam atónitos. O possuído começou a gritar e a denunciar a presença naquele lugar de um santo, João o Limosnero. Se encontrou, efectivamente, a tumba do defunto e sua inscrição: "Este é o corpo de Juan Rainuzzi, que passou à casa do Pai no ano 1330". Então se expuseram seus restos ao público para que todos pudessem venerá-los. Lhe colocaram roupa e o título de “Juan o Limosnero” por sua grande caridade para com os pobres. De não haver sido pelo caso do endemoninhado, talvez houvesse tardado mais em conhecer a existência de Juan Rainuzzi, monge beneditino. ¡Felicidades a quem leve este nome!
• Armando de Ziektkzee, Beato
Franciscano
Armando de Ziektkzee, Beato
Etimologicamente significa “estar armado”. Vem da língua alemã. Este jovem tem sua origem na Holanda. Quando o século XVI estava em sua metade, ele, movido pela vocação divina, entrou no convento dos franciscanos para seguir um caminho de maior perfeição cristã. Uma vez que o admitiram, passou longos anos estudando a Sagrada Escritura. Para isso teve sorte, já que sabia a língua grega, a hebraica e a caldeia. Com este bagagem cultural, não lhe foi muy difícil empezar a hacer comentarios bíblicos, aunque inéditos, pero no así tres obras completas que aparecieron en 1534. Su enseñanza tuvo un gran eco en todo el mundo cultural. El mismo padre benedictino Butzbach describe con palabras elogiosas a san Armando:"Profundo en la Biblia, no desconocedor de la filosofía secular, de estilo ingenioso, buen comunicador, piadoso en su vida, inferior tan sólo al Tritemio". Este joven, con su inquietud y su enorme corazón, quiso reformar la Orden de san Francisco, sin que hubiera necesidad de recurrir a las clásicas divisiones que se suscitan cuando alguien pretende hacer reformas. Este fue el ideal que movió su vida entera mientras estuvo como ministro en la región de Colonia. Pero, muy a pesar suyo, encontró muchas dificultades que le llevaron a renunciar de su cargo. Se vino abajo, se deprimió y se fue con aquellos que seguían la estricta observancia. Le encantaba la vida en común. Con tal de que esta marchara bien, estaba dispuesto a dejar toda clase de privilegios personales. Los últimos años de su vida loe empleó en escribir hasta que le sobrevino la muerte en el convento de Lovaina en el año 1524. ¡Felicidades quien lleve este nombre!
Comentarios al P. Felipe Santos: Santoral">fsantossdb@hotmail.com
• Maria Teresa Chiramel Mankidiyan, Beata
Fundadora
Maria Teresa Chiramel Mankidiyan, Beata
Nasceu em 26 de Abril de 1876 em Puthenchira, no estado de Querala (Índia). Como escreveu em sua autobiografia, realizada por obediência a seu director espiritual, desde muito pequena sentiu um intenso desejo de amar a Deus, que a chamava a recitar o Rosário várias vezes ao dia. Sua mãe procurava dissuadi-la dessas severas mortificações, mas ela persistia neste gesto a fim de assemelhar-se cada vez mais a Cristo sofredor, e chegou a consagrar sua virgindade quando tinha apenas dez anos. Cuando ella tenía apenas doce años, murió su madre, lo cual fue también el fin de sus estudios escolares. Ella continuó muy interesada en el discernimiento de su vocación. Quería una vida escondida para dedicarse a la oración, y en 1891 decidió salir de casa para llevar una vida eremítica y de penitencia, más su proyecto fracasó. Intensificó mientras tanto su colaboración en la parroquia, junto con tres compañeras, dedicando-se a los pobres, docentes, personas solas y huérfanos. Oraba por la conversión de los pecadores. Recibió de Dios muchos favores místicos, entre los cuales están visiones y estigmas, más permaneció siempre en el camino de la humildad. Su Obispo, dudando de la autenticidad de tales fenómenos místicos, la manda a someterse varias veces a exorcismos. En 1903 explicó al vicario apostólico de Trichur su deseo de fundar una casa de retiro y oración, más le fue sugerido entrar en el convento de las Clarisas Franciscanas. Después, habiendo sido enviada al convento de las Carmelitas de Ollur, también allí María Teresa percibió que no era esta su vocación. Finalmente, el Obispo comprendió que Dios deseaba una nueva congregación religiosa al servicio de la familia. El día 14 de Mayo de 1914 fue erigida canónicamente la nueva Orden que se denominó Congregación de la Sagrada Familia. Durante y después de los difíciles años de la primera guerra mundial, con indómita energía y total confianza en la Divina Providencia, dio vida a tres nuevos conventos, dos escuelas, una casa de estudios y un orfanato. Maria Teresa muere con una fama de santidad el 8 de Junio de 1926. El 9 de abril de 2000 S.S. Juan Pablo II la beatificó.
• Nicolás de Gésturi (Juan Medda), Beato
Capuchinho
Nicolás de Gésturi (Juan Medda), Beato
Juan Medda, em religião «Frei Nicolás», nasceu em Gésturi, província de Cagliari e arquidiocese de Oristano (Itália), em 5 de Agosto de 1882, numa família de humilde condição social, muito honrada e religiosa. Foi baptizado no dia seguinte depois de nascer na igreja paroquial de Santa Teresa de Ávila. Em 2 de Junho de 1886 recebeu o sacramento da confirmação. Muito cedo ficou órfão de pai e mãe. Foi acolhido em casa de sua irmã mais velha, já casada. Depois de concluir os estudos primários, começou a trabalhar no campo. Recebeu a primeira comunhão em 18 de Dezembro de 1896.
Desde muy joven sintió que tenía vocación religiosa, pero la pobreza le impidió seguirla. La curación de una dolorosa enfermedad reumática fue la ocasión para poder hacer realidad ese sueño. En 1911, a los 29 años, a impulsos del párroco de Gésturi, entró como terciario oblato en el convento capuchino de San Antonio de Cagliari. El 30 de octubre de 1913 vistió el hábito y tomó el nombre de fray Nicolás. Terminado el año de noviciado, emitió la primera profesión el 1 de noviembre de 1914, y el 16 de febrero de 1919 hizo la profesión solemne. Sus diez primeros años de vida religiosa los pasó en distintos conventos de Cerdeña, en los que desempeñó principalmente el oficio de cocinero. En 1924 fue trasladado a Cagliari, donde permaneció 34 años, cumpliendo el oficio de «limosnero». Muchísimos, al encontrarse con él, le hacían confidencias, le pedían consejo y oraciones para conseguir favores espirituales o materiales; nació así la costumbre de llamarlo junto al lecho de los enfermos, tanto en casa como en los hospitales. Sucedieron curaciones extraordinarias, que mostraban la mano de Dios a través del pobre hermano. Se extendió rápidamente su fama de santidad y su poder taumatúrgico. Su vida constituía para todos una llamada a la conversión, a la oración, al amor y al servicio del Señor y de los hermanos. Fray Nicolás se caracterizó por el silencio, la fidelidad inquebrantable, la piedad, el celo por las almas y la caridad hacia los necesitados que encontraba en su itinerario diario al pedir la limosna. Supo afrontar todas las dificultades con admirable paciencia y caridad, actuando con rectitud, valor y perseverancia. El eje fundamental de su personalidad moral y espiritual era su profundo espíritu de oración, que se manifestaba en su actitud contemplativa habitual, incluso en medio de las ocupaciones diarias. En su comportamiento se reflejaba la presencia de Dios y una constante unión con el Señor. Cada uno de sus actos y palabras se transformaba en oración ardiente y continua. Murió el 8 de junio de 1958, a los 76 años de edad, tras varios días de enfermedad. Con ocasión de su muerte aumentó la fama de santidad que por decenios lo había acompañado. Lo beatificó Juan Pablo II el 3 de octubre de 1999.
• Jacobo (thiago) Berthieu, Beato
Mártir Jesuíta
Jacobo Berthieu, (1838-1896)
Nasceu em 28 de Novembro de 1838, em Polminhac, França. Morreu enquanto estava acompanhando a refugiados que estavam intentando evitar ataques de outra tribo. Missionário francês em Madagáscar, desfrutou cinco anos pacíficos de atividade missionária antes de que os movimentos de independência e rebeliões de tribos rivais o obrigassem a mudar-se de lugar a lugar. Berthieu fue un sacerdote diocesano durante nueve años antes de que él decidiera entrar en los Jesuitas a los 35 años de edad. Él incluso se fijó hacer su misión en Madagascar antes de que él terminara noviciado. Él hizo sus votos justo antes de empezar su primera misión en la isla Sainte-Marie. Catequizó a niños, realizaba su ministerio sacramental y cuidó de los enfermos hasta que en marzo de 1880 el gobierno francés expulsó a los Jesuitas y los forzaron al destierro. Mientras Berthieu dedicaba su energía a cultivar un huerto o jardín que creció durante el tiempo que él no pudo ejercer ningún ministerio sacerdotal. En 1885 la paz volvió cuando un tratado fue firmado; Berthieu volvió a abrir la misión en Ambositra, Madagascar. Entonces en diciembre de 1891 que él empezó a evangelizar a las personas en el distrito de Anjozorofady, a corta distancia al norte de Tananarive. Berthieu tenía 18 misiones que visitar, pero su trabajo se interrumpió varios veces por nueva guerra. En 1895 la rebelión de Malagasy contra Francia lo forzó a irse lejos, poco después él pudo devolver pero otra rebelión se levantó entre las personas de Menalamba. Cuando las batallas estuvieron muy cerca, el coronel francés local el 25 de mayo pidió a las personas salieran del pueblo para sacarlos de peligro. En junio 6 Berthieu fue aconsejado de llevar a sus feligreses a la capital, Tananarive. Ellos empezaron el viaje pero fueron atacados por la tribu Menalamba y se separaron buscando resguardo en cualquier pueblo cualquier que ellos pudieran encontrar. Berthieu y algunas de sus acompañantes encontraron hospitalidad, pero al día siguiente los Menalamba llegaron al pueblo y arrestaron al misionero. Ellos lo despojaron de su indumentarioa y lo golpearon antes de obligarle a que caminara bajo la fría lluvia hacia el pueblo donde su vivía su jefe. Berthieu se negó a aceptar la oferta de aquel hombre, que prometió salvarle la vida y darle un puesto de counsejero en la tribu Menalamba, si él renunciara su fe. Berthieu contestó que él se moriría antes de abandodar su religión. Varios hombres lo atacaron con garrotes; un golpe a la cabeza lo mató. Sus secuestradores descargaron su cuerpo y luego lo arrojaron al río, nunca fue recuperado. Era el 8 de Junio de 1896. Fue beatificado el 17 de Octubre de 1965 por Pablo VI
• Guillermo (William) de York, Santo
Bispo
Guillermo (William) de York, Santo
Filho do conde Herbert, tesoureiro do rei Henry I, e Emma, irmã do rei William. Foi tesoureiro da igreja em York, Inglaterra, enquanto que ainda era jovem, logo sacerdote e Capelão de Stephen King. Arzobispo de York en 1140. Su selección fue impugnada por los reformistas, especialmente un grupo de cistercienses, y William fue acusado de simonía, de abusos sexuales, y de ser indebidamente influenciado por sus conexiones con la corte real. El Vaticano investigó, el Papa Inocencio le limpió de todos los cargos, y le confirmó como arzobispo el 26 de septiembre de 1143. Sin embargo, los cargos resurgieron unos pocos años más tarde bajo el Pontificado de Eugenio III, un cisterciense; William Eugene fue suspendido de su sede, y retirado en 1147 como arzobispo, lo sustituyó Murdac Henry cisterciense, abad de Fuentes. Algunos de los seguidores de William salieron a la calle para defenderlo, y durante un motín, atacaron y quemaron el monasterio de Fuentes. William, sin embargo, se retiró a Winchester, y se convirtió en un monje, siendo notorio por su austeridad y activa vida de oración. En 1154, durante el reinado del papa Anastasio IV, William fue llamado de su reclusión, y una vez más ordenado arzobispo de York. Falleció un mes más tarde. Hubo acusaciones de intoxicación, incluyendo veneno introducido en el vino sacramental. Hubo una investigación subsiguiente, pero los registros del resultado no han sobrevivido, y es más probable que muriera de fiebre. Fue canonizado por el Papa Honorio III el 18 de marzo de 1226. La investigación previa fue impulsada por los cistercienses entre ellos el Abad de Fuentes que apoyaba la canonización.
BEATOS RODOLFO ACQUAVIVA, FRANCISCO ARANHA
e companheiros
AFONSO PACHECO, PEDRO BERNIO e PDE. ANTÓNIO FRANCISCO
BEATOS RODOLFO ACQUAVIVA e companheiros Francesco Aranha, coadiutore portoghese, (1550?-1583); Alfonso Pacheco, spagnolo di Castiglia (1551-1583); - Pietro Berno, altoatesino di Ascona (1553-1583); 4 sacerdoti e un coadiutore - Antonio Francisco, portoghese di Coimbra (1553-1583); – Mártires
Ver 15 de Julho
A península de Salsete está ao Sul de Panguim e tinha nos fins do século XVI uns 90 mil habitantes em 66 aldeias. A Companhia de Jesus começou aí a pregar o Evangelho, encontrando grandes dificuldades, por parte sobretudo dos numerosos brâmanes da região. Ainda assim, por 1570 havia já uns 2000 cristãos com cinco igrejas, a principal dedicada a Nossa Senhora, junto à fortaleza de Rachol. Desejando o vice-rei D. António de Noronha acabar com a idolatria na região, mandou arrasar os pagodes. E, em seguida, o Provincial da Companhia de Jesus enviou cinco religiosos para a implantação mais completa do Evangelho. Eram os Padres: Rodolfo Acquaviva e Afonso Pacheco, de conhecidas famílias, respectivamente da Itália e da Espanha; Pedro Berno, ítalo-suíço; e os portugueses Padre António Francisco e Irmão Francisco Aranha. Foram recebidos muito hostilmente. Rodolfo foi sujeito a cutiladas numa perna, no pescoço e no ombro, sendo-lhe em seguida o peito atravessado por uma estocada. Ao Irmão Francisco Aranha feriram-lhe o pescoço e deram-lhe uma lançada; mas foi o último a morrer, tendo sido muito tentado para que adorasse um ídolo. O Padre Pedro Berno foi também ferido na cabeça, alanceado e muito afrontado, em paga do que fizera aos ídolos. Mas o Padre Pacheco era quem mais aborreciam, por ter agenciado em Lisboa a proibição do restauro dos pagodes em Salsete. Foi agredido em último lugar o padre António Francisco, de 30 anos de idade e 12 de vida religiosa; um gentio partiu-lhe a cabeça e ele recebeu ainda outras feridas. Todos estes martírios foram infligidos a 15 de Julho de 1583. A semente dos mártires frutificou imediatamente: no mesmo ano converteram-se três aldeias juntas: 1 600 almas. Os cinco jesuítas foram beatificados em 1893, por Leão XIII. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
BEATO CARLOS SPÍNOLA
Ver 10 de Setembro
e centenas de companheiros, entre os quais
ISABEL FERNANDES, mãe, INÁCIO, filho, SEBASTIÃO KIMURA, Beato, ANTÓNIO KYUNI, GONÇALO FUSAI, TOMÁS AKABOSHI, PEDRO SAMPO, MIGUEL SAITÔ, LUÍS KAWARA e JOÃO TAMAGÚCHI (todos jesuítas), além de muitos outros não descriminados…
Ver 6 de Fevereiro,
Em Julho de 1867, beatificou Pio IX duzentas e cinco pessoas, glória das missões e cristandades das terras do Sol Nascente. Chegaram lá os primeiros portugueses em 1543, precisamente no ano seguinte ao da chegada de S. Francisco Xavier à Índia. Seis anos depois, entrava por aquelas ilhas a radiosa e quase impetuosa Missão Xaveriana que, em expansão sucessiva, sofreu, ao fim de meio século, o primeiro embate da perseguição que nos legou os primeiros vinte e seis mártires do Japão, a 5 de Fevereiro de 1597 (cf. 6 de Fevereiro). Mais ou menos solapada, e sempre instigada e soprada pelos bonzos, estarrecidos com os contínuos progressos do Cristianismo, a perseguição voltou a reacender-se e intensificar-se pelos primeiros anos de 600, ferindo com os seus golpes mais certeiros os missionários, geralmente não japoneses, e visando ao mais pronto extermínio de suas numerosas e florescentes cristandades. A grande tribulação prolongou-se por bom quarto de século. No ano de 1622, no mesmo lugar e no mesmo dia, obtiveram a gloriosíssima coroa do martírio, em Nagasáqui, no Japão, vinte e dois religiosos de diversas ordens e trinta cristãos seculares de todas as idades e condições. De tão luzido esquadrão era chefe o Beato Carlos Spínola, sacerdote da Companhia de Jesus, italiano de nação, oriundo da família dos marqueses de Tassarolo, uma das mais ilustres da cidade de Génova. Carlos Spínola, nascido em 1564, passou os primeiros anos em companhia de seu tio, o cardeal Filipe Spínola, bispo de Nola. Quando deliberava sobre o estado que devia abraçar, chegou à Europa a notícia do martírio do Beato Rodolfo Acquaviva e seus ditosos companheiros (ver mais abaixo neste mesmo blogue. AF.), a quem os gentios deram a morte na ilha de Salsete, junto à cidade de Goa. Inflamado Carlos Spínola no desejo de obter coroa igual à do glorioso filho dos duques de Átri, determinou entrar na Companhia de Jesus, cujo instituto em efeito abraçou aos 19 anos de idade. Desde os primeiros dias de noviciado, levou vida de extraordinário fervor, para desse modo se preparar para o martírio, único objecto de suas santas ambições. Acabados os estudos em Milão, e ordenado sacerdote, alcançou , à força de instantes rogos, a graça de ser enviado às missões do Japão, para as quais se embarcou em Lisboa, a 10 de Abril de 1596. A sua viagem foi uma das mais trabalhosas que referem as crónicas da Companhia de Jesus. Arrojado por uma violentíssima tempestade às costas do Brasil, de lá dirigiu novamente o rumo para a Índia. Cativo dos piratas ingleses, foi levado a Inglaterra onde, durante algum tempo, o detiveram preso em um cárcere. Posto em liberdade, voltou a Lisboa e novamente embarcou para o Japão, aonde chegou depois de muitos trabalhos, no ano de 1602. Os sofrimentos da viagem em nada diminuíram, porém, as forças do seu espírito. Vinte anos empregou na evangelização das cristandades japonesas, já como simples missionário, já como Vigário-Geral do Bispo do Japão, até que, preso finalmente em 1618, foi lançado nos cárceres de Omura, onde durante quatro anos deu inúmeras provas de invicto sofrimento. Em 1622 foi levado a Nagasáqui, para aí ser martirizado em companhia de outros religiosos e de vários cristãos. O altar destinado ao holocausto dos mártires era uma colina junto à cidade, apelidada ainda hoje a colina dos mártires, por terem dado nela a vida em testemunho da fé grande número de cristãos de de missionários. Chegados ao lugar do suplício, o Padre Spínola, inflamado em zelo à vista do grande número não só de cristãos mas também de gentios que na colina se haviam reunido, levantou a voz e, dirigindo-se ao governador Goroneu, procurou desvanecer o rumor, que na corte corria, de que os missionários se dirigiam ao Japão com o intuito de preparar o caminho para a conquista daquelas ilhas pelos europeus. Voltando-se depois para os cristãos que lhe iam ser companheiros no martírio, com palavras cheias de ardor exortou a todos à constâncias na fé. Entre os mártires encontrava-se Isabel Fernandes, viúva dum português, (-Ambrósio Fernandes) senhora principal que muitas vezes hospedara o Padre Spinola, e cujo filhinho de quatro anos, o mesmo Padre batizara. Ao avistar pois Isabel Fernandes entre os cristãos que iam ser decapitados, perguntou-lhe onde estava o menino Inácio, ao qual não via por estar oculto pelos feixes de lenha que o rodeavam. Tomando então a mãe o pequenino ricamente vestido e levantando-o nos braços, disse para o Padre Spínola: – Ei-lo aqui, meu Padre, gozoso de morrer comigo. Com grande alegria sacrifico a Deus as duas coisas que mais amo neste mundo: a minha vida e o meu filho. Depois, dirigindo-se ao menino e apontando-lhe para o missionário, disse-lhe: – Olha meu filho, olha aquele Padre que te fez cristão e que te deu uma vida muito mais preciosa que esta que vamos terminar. Encomenda-te a ele e pede-lhe que te abençoe. Ajoelhou-se o menino e juntou as mãozinhas, obedecendo à mãe. Semelhante espetáculo enterneceu de tal modo a multidão dos espectadores, que prorromperam uníssonos em vivas e demonstrações de simpatia e e afecto para com os mártires. Temendo Goroneu alguma sedição, deu ordem aos verdugos que começassem as execuções. Uma das primeiras vítimas foi Isabel Fernandes, cuja cabeça veio a cair junto ao menino Inácio. Não se intimidou ele vendo a morte de sua mãe, antes compreendendo que se aproximava a sua vez, desapertou o vestido e intrépido ofereceu o pescoço ao algoz. Decapitados trinta soldados de Cristo, os demais, em número de 22, foram consumidos a fogo lento. O primeiro a sucumbir foi o Padre Carlos Spínola; seguiram-no seus 21 companheiros, sendo o último o beato Sebastião Kimura, jesuíta japonês que durante três horas suportou a força do fogo. Assim terminou aquele glorioso certame, no qual a Companhia de Jesus obteve dez coroas de glória. Na prisão morreu de doença o Irmão Ambrósio Fernandes (ver abaixo a sua biografia…) de que falamos a seguir. Os sete para se perfazer o número de dez jesuítas eram os japoneses recebidos a última hora pelo Padre Spínola, já na prisão: António Kiûni, Gonçalo Fusai, Tomás Akaboshi, Pedro Sampo, Miguel Saitô, Luís Kawara e João Yamagúchi. Todos eles foram beatificados em 1867 pelo papa Pio IX. Deste grupo, figuram nesta obra: a 22 de Maio, o beato Padre João Baptista Machado de Távora; a 20 de Junho, o Beato Padre Francisco Pacheco; a 7 de Julho, o beato padre Diogo de Carvalho; a 25 de Agosto, o Beato Padre Miguel de Carvalho; a 7 e 28 de Setembro, o Beato Padre Vicente de Santo António, O. S. A.; e a 18 de Novembro, o Beato Domingos Jorge. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
BEATO AMBRÓSIO FERNANDES
Mártir (1551-1620)
Ver (Beatos Carlos Spínola e companheiros)
(7 de Janeiro e 10 de Setembro)
Nasceu em Xisto (Porto), em 1551. Tendo sido soldado na Índia, dirigiu-se como mercador para o Japão, onde entrou na Companhia de Jesus, após um naufrágio, do qual escapou quase milagrosamente, com toda a mercadoria. Como homem experiente do mundo, desempenhou, na Ordem, alguns cargos de responsabilidade até que, sobrevindo a perseguição, foi preso juntamente com o beato Carlos Spínola, S. J.. Passavam de 30 os confessores da fé concentrados na prisão de Omura, onde sofreram quatro anos tormentos os que chegaram ao fim, antes que chegasse o martírio das covas, catanas, cruzes, lanças, fogo ou gelo. Em tão atrozes sofrimentos naquela prisão, o segundo a sucumbir foi o irmão Fernandes, com 69 anos de idade e 43 de vida religiosa e missionária. Assim conta, em resumo, o Beato Padre Carlos Spínola o trânsito do venerando ancião: «Com o vento desnevado daquele dia 7 de Janeiro de 1620, o Irmão caiu meio paralítico e sem fala. Tendo-se confessado e comungado aquele mesmo dia, perguntei-lhe se morria satisfeito por amor de Cristo. respondeu apenas que se fizesse, em tudo, a santíssima vontade de Deus. Mais lhe disse, se queria armar-se, para o último combate, com a santa unção dos doentes. respondeu com o seu último sim. Administrada esta já quase de noite, enquanto todos cantavam salmos e ladainhas, com semblante alegre e angélico voou o santo irmão para a companhia dos Anjos e dos Santos. Por fim, como melhor conclusão, entoámos ainda o salmo “Laudate Dominum”, admirando o termo e a coroa da vida tão santa e sacrificada dum irmão missionário, tão amável e amado de todos». Os mais que continuaram encarcerados, foram levados ao martírio em Nagasáqui, a 10 de Setembro de 1622, sendo uns queimados e outros decapitados.Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
BEATOS LEÃO MANGIN e 55 companheiros (entre mais de 20 mil…)
Mártires (1900)
Ver 19 de Junho, 7 de Julho, 8 de Julho, 20 de Julho, 21 de Julho
Boxers ou Pugilistas foi o nome dado por um jornal inglês da China aos membros da associação revolucionária secreta «Punhos da Justiça e da Concórdia»: chamaram-se deste modo por causa do seu exercício diário de ginástica, reforçadora das almas (Ver também, 8 de Julho, Beatos Gregório Grassi e 28 companheiros). O anti-estrangeirismo dos Boxers revelou-se desde 1898. Em 1900, subiam a 741 562 os católicos chineses; e Leão XIII beatificara 19 mártires do Celeste Império. Dando-se profunda crise política, económica e administrativa, agravada em 1900 com a fome, e aumentando o descontentamento do «povo da cabeleira negra», devido à penetração da influência política e do capital estrangeiro, entraram em acção explosiva os Boxers. A missão jesuitica, mais tarde chamada de Sien-Hsien, foi a primeira a ser atacada pelos Boxers. Começaram por limitar-se a molestar os cristãos. Mas perante a deslocação de tropas das 8 nações aliadas (europeias e estadunidense) destinada a proteger os seus súbditos e embaixadores, a luta dos Boxers estendeu-se a tudo o que fosse estrangeiro. São saqueados em Pequim os bairros europeus e cristãos. É declarada guerra às sobreditas nações aliadas, que felizmente se não generalizou. Mas no Shansi houve chacina de centenas de católicos. A paz só foi assinada em setembro de 1901. Entretanto, a Igreja Católica contara em 1900, martirizados pelos Boxers e pela organização feminina paralela, 5 bispos, 29 sacerdotes europeus, 9 irmãs europeias, 3 irmãos auxiliares, e 20 000 a 30 000 católicos chineses. O processo informativo na Congregação romana, então chamada dos Ritos, a respeito de 2055 destes heróis da fé, terminou em Agosto de 1930, tendo já Pio XII beatificado, entre eles, 4 padres franceses e 52 fiéis (3 dos quais catecúmenos). As florescentes missões protestantes honram-se, nessa altura, também com grande número de mártires,. Muito brevemente, vamos apresentar alguns dos 56 sobreditos mártires: Em U-i, na tarde de 19 de Junho de 1900, foram mortos na capela da residência os Padres Jesuítas Modesto Andlauer e Remígio Isoré. Em Tchou-kia-ho, os Boxers e tropas regulares chinesas penetraram na aldeia e depois na igreja, a 20 de Julho de 1900. Encontraram esta cheia de fiéis presididos por dois padres da Companhia de Jesus, acompanhados por catequistas. Depois de convites ao povo para que evitasse a morte saindo do templo, o Padre Paulo Denn entoou a confissão em chinês, a que todos se associaram. Já tinha havido um disparo geral contra a multidão. Em seguida, foram alvejados os dois Padres que se encontravam em frente do altar. O Padre Denn ainda conseguiu levantar-se e pôs-se de joelhos diante do Superior Inácio Mangin, para lhe pedir uma última absolvição: caiu à segunda descarga. E o Padre Mangin, estando ajoelhado diante da cruz e movendo ainda os lábios, foi atingido por um segundo projétil. Os Boxers lançaram depois contra os cristãos palha a arder, o que motivou um incêndio do tecto da igreja, enchendo-se tudo de chamas e fumo. Entre os que puderam escapar-se da igreja em chamas, contava-se um rapaz de 19 anos, Pedro Tchou-Yeu-sinn. Um general apertou-lhe paternalmente os pulsos e insistiu muito para que renegasse a fé. Mas o rapaz acabou por dizer: «Grande homem, não podeis renegar o vosso pai nem a vossa mãe. Também eu não posso renegar o meu Deus». Então, o oficial, aborrecido, exclamou: «Vai-te daqui, estúpido, que não és outra coisa». E mandou decapitá-lo. Em Ma-kia-tchoang, a 21 de Julho, bastava aos cristãos entrar na casa onde estavam os soldados para serem julgados apóstatas da fé cristã. Ana Wang, de 14 anos, insistiu com a mãe e sobretudo com a madrasta para que não se expusessem voluntariamente; mas não conseguiu, nem duma ou doutra, o que tanto desejava. A noite foi de oração para os fieis perseverantes, oração sempre dirigida, aliás, por Ana; estavam todos virados para Weits-unn, onde estava o sacrário. No dia seguinte foram, com uma multidão de pagãos, para o local onde haviam de ser mortos. «Antes de nos matar, esperai um instante», disse Ana. E cantou, com as companheiras de martírio, algumas orações. Depois veio a execução, também de André Wang, de 9 anos, mantido carinhosamente pela mãe entre os mártires. Ana, a última, foi convidada pelo comandante: «Se apostatares, oferecer-te-ei um rico noivado e viverás feliz». – «O meu noivo já o tenho. Está em Weits-unn». Aludia a Jesus, que habitava lá no tabernáculo da igreja. O Boxer puxou da espada, Ana pôs-se de joelhos e repetiu com um sorriso de felicidade: «A porta do céu está aberta», e acrescentou «Jesus, Jesus». No instante seguinte, rolava-lhe no chão a cabeça, e a alma subia ao céu. Quando, sobrevindo em 1901 a paz religiosa, se quis desenterrar os cadáveres das vítimas, os olhares da grande multidão reunida puderam ver, sem que tivessem apodrecido, os membros e as cabeças dos mártires. Os pagãos gritaram «Milagre, Milagre!», ao mesmo tempo que os cristãos choravam de alegria. Marco Ki, de 60 anos, descendente de antiga família cristã convertida em 1650, médico, administrador da cristandadezinha de Yet-tcheang-t’eu, fumava nada menos que ópio, e tinha-se resignado a sofrer a sua escravidão do maldito yinn (tirania do ópio). Resistiu, caiu, voltou a resistir, recaiu muitas vezes, até que o yinn o dominou. O missionário, no princípio, absolvera-o repetidamente; mas, por último, sendo grave o escândalo, proibiu-lhe receber a sagrada Comunhão. «Ah! – costumava repetir ele – tenho apenas uma esperança de salvação, o martírio!; sem o martírio, não conseguirei encontrar a porta do paraíso». Este comportamento, que se diria paradoxal, durou 30 anos; depois, o Senhor tomou-lhe a palavra. Na manhã de 7 de Julho de 1900, cerca de 200 Boxers entraram pela aldeia. Marcos e os seus, 13 pessoas, refugiaram-se num cemitério. Mas foram traídos e levados presos. Incitado por amigos a apostatar para defender a vida e os seus, respondeu: «Somos cristãos há dois séculos. O nosso Cristianismo vai tão longe como a dinastia Ming; preferimos a morte à apostasia; não podemos renegar a nossa fé». A resposta da autoridade consistiu numa folha vermelha com a sentença: «Estes pronunciaram palavras de soberba; sejam portanto levados à porta principal e decapitados». Num dos carros que os transportavam, o neto de oito anos, Francisco, pergunta a Marcos: «Para onde nos levam, avô?» O velho apontou para o céu e respondeu: «Voltamos a casa, meu menino!». Seguindo-se novo convite de apostasia, Marcos respondeu por todos: – É inútil voltar à nossa decisão; queremos todos subir ao paraíso!». Depois pediu, como favor único, ser decapitado em último lugar; queria estar certo de que nenhum tinha faltado ao reencontro no além. Quando os expectadores viram que até as crianças (desde os quatro anos) estendiam serenamente o pescoço ao fio da espada, disseram entre si: «Com certeza devem ter bebido!». Terminada a execução, foram-se embora os Boxers. E abriram-se três fossos: dois para os corpos e um par as cabeças cortadas. Paulo, que fugiu do cemitério, asseverava que todas as noites, na hora da oração, invocava com todos os seus a intercessão dos seus mártires de família, sobretudo de Marcos, seu pai e chefe dos Kis cristãos. O que muito resumidamente dissemos é a prova mais enérgica das palavras do bispo Lécroat: «Quando o mundo conhecer a história dos mártires da Boxe, ficará pasmado vendo assim renovada a história da Igreja primitiva». Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
36580 - Beato Ambrósio Fernandes - Mártir (1551-1620) Sisto, Portogallo, agosto 1551 – Suzuta, Giappone, 7 gennaio 1620
90568 > Beato Armando da Ziertkzee 8 giugno
90926 - Beato Carlo Spinola Gesuita, martire 10 setembro
56440 > San Clodolfo (Clodulfo) di Metz Vescovo 8 giugno MR
56430 > San Fortunato di Fano Vescovo 8 giugno MR
56500 > Beato Giacomo Berthieu Martire ad Ambiatibè 8 giugno MR
56420 > San Gildardo di Rouen Vescovo 8 giugno MR
94341 > Beato Giorgio Porta Mercedario 8 giuno
93332 > Beato Giovanni Davy Diacono certosino, martire 8 giugno MR
56450 > San Guglielmo di York 8 giugno MR
90930 - San Leone Ignazio (Léon-Ignace) Mangin Gesuita martire in Cina 20 luglio MR
94340 > Beata Maddalena della Concezione Vergine mercedaria 8 giugno
91162 > Beata Maria del Divino Cuore di Gesù (Droste Zu Vischering) 8 giugno MR
90017 > Beata Mariam Thresia Chiramel Mankidiyan Fondatrice 8 giugno MR
56410 > San Massimino di Aix Vescovo 8 giugno MR
56400 > San Medardo Vescovo 8 giugno MR
56510 > Beato Nicola da Gesturi (Giovanni Medda) Cappuccino 8 giugno MR
94335 > San Pietro de Amer Mercedario 8 giugno
90942 > San Vittorino Eremita 8 giugno
BEATOS RODOLFO ACQUAVIVA e companheiros - Francesco Aranha, coadiutore portoghese, (1550?-1583); Alfonso Pacheco, spagnolo di Castiglia (1551-1583); - Pietro Berno, altoatesino di Ascona (1553-1583); 4 sacerdoti e un coadiutore - Antonio Francisco, portoghese di Coimbra (1553-1583); - Mártires
http://es.catholic.net/santoral e www.jesuitas.pt
Recolha, transcrição e tradução incompleta de espanhol para português por
António Fonseca