terça-feira, 18 de outubro de 2011

Notícias–18-10-2011 - de FRATRES IN UNUM.COM

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O silêncio do cardeal.

by G. M. Ferretti

Por Bernardo Mello Franco - Folha de São Paulo

Recolhido em SP, dom Paulo Evaristo Arns, que enfrentou a ditadura para defender direitos humanos, faz 90 anos.

D. Paulo, durante missa por seus 90 anos celebrada na chácara onde mora

D. Paulo, durante missa por seus 90 anos celebrada na chácara onde mora

Um dos brasileiros mais homenageados em 2011 abandonou a vida pública por opção, vive recolhido numa chácara em Taboão da Serra, nos arredores da capital paulista, e se negou a romper o isolamento para comemorar seus 90 anos de idade.

Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo e maior ícone vivo da Igreja Católica no país, fez aniversário em 14 de setembro.

Apesar da insistência de amigos e religiosos, o cardeal que enfrentou a ditadura militar (1964-1985) em defesa dos direitos humanos recusou todos os convites para celebrar a data fora do retiro.

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G. M. Ferretti | outubro 17, 2011 at 6:54 am | Categorias: Dom Paulo Evaristo Arns | Categories: Igreja | URL: http://wp.me/pgELf-4bY

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Ano da Fé: Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio ‘Porta fidei’.

by G. M. Ferretti

Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio

Porta fidei

do Sumo Pontífice Bento XVI

pela qual se proclama o Ano da Fé

1. A PORTA DA FÉ (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar aquela porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem início com o Baptismo (cf. Rm 6, 4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos crêem n’Ele (cf. Jo 17, 22). Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. 1 Jo 4, 8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da sua morte e ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguarda o regresso glorioso do Senhor.

2. Desde o princípio do meu ministério como Sucessor de Pedro, lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. Durante a homilia da Santa Missa no início do pontificado, disse: «A Igreja no seu conjunto, e os Pastores nela, como Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude»1. Sucede não poucas vezes que os cristãos sintam maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando esta como um pressuposto óbvio da sua vida diária. Ora um tal pressuposto não só deixou de existir, mas frequentemente acaba até negado.2 Enquanto, no passado, era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes sectores da sociedade devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas.

3. Não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida (cf. Mt 5, 13-16). Também o homem contemporâneo pode sentir de novo a necessidade de ir como a samaritana ao poço, para ouvir Jesus que convida a crer n’Ele e a beber na sua fonte, donde jorra água viva (cf. Jo 4, 14). Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos (cf. Jo 6, 51). De facto, em nossos dias ressoa ainda, com a mesma força, este ensinamento de Jesus: «Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna» (Jo 6, 27). E a questão, então posta por aqueles que O escutavam, é a mesma que colocamos nós também hoje: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?» (Jo 6, 28). Conhecemos a resposta de Jesus: «A obra de Deus é esta: crer n’Aquele que Ele enviou» (Jo 6, 29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definitivamente à salvação.

4. À luz de tudo isto, decidi proclamar um Ano da Fé. Este terá início a 11 de Outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de Novembro de 2013. Na referida data de 11 de Outubro de 2012, completar-se-ão também vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, texto promulgado pelo meu Predecessor, o Beato Papa João Paulo II,3 com o objectivo de ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé. Esta obra, verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II, foi desejada pelo Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985 como instrumento ao serviço da catequese4 e foi realizado com a colaboração de todo o episcopado da Igreja Católica. E uma Assemb leia Geral do Sínodo dos Bispos foi convocada por mim, precisamente para o mês de Outubro de 2012, tendo por tema A nova evangelização para a transmissão da fé cristã. Será uma ocasião propícia para introduzir o complexo eclesial inteiro num tempo de particular reflexão e redescoberta da fé. Não é a primeira vez que a Igreja é chamada a celebrar um Ano da Fé. O meu venerado Predecessor, o Servo de Deus Paulo VI, proclamou um semelhante, em 1967, para comemorar o martírio dos apóstolos Pedro e Paulo no décimo nono centenário do seu supremo testemunho. Idealizou-o como um momento solene, para que houvesse, em toda a Igreja, «uma autêntica e sincera profissão da mesma fé»; quis ainda que esta fosse confirmada de maneira «individual e colectiva, livre e consciente, interior e exterior, humilde e franca».5 Pensava que a Igreja poderia assim retomar «exacta consciência da sua fé para a reavivar, purificar, confirmar, confessar».6 As grandes convulsões, que se verificaram naquele Ano, tornaram ainda mais evidente a necessidade duma tal celebração. Esta terminou com a Profissão de Fé do Povo de Deus,7 para atestar como os conteúdos essenciais, que há séculos constituem o património de todos os crentes, necessitam de ser confirmados, compreendidos e aprofundados de maneira sempre nova para se dar testemunho coerente deles em condições históricas diversas das do passado.

5. Sob alguns aspectos, o meu venerado Predecessor viu este Ano como uma «consequência e exigência pós-conciliar»8, bem ciente das graves dificuldades daquele tempo sobretudo no que se referia à profissão da verdadeira fé e da sua recta interpretação. Pareceu-me que fazer coincidir o início do Ano da Fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos Padres Conciliares, segundo as palavras do Beato João Paulo II, «não perdem o seu valor nem a sua beleza. É necessário fazê-los ler de forma tal que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificados e normativos do Magistério, no âmbito da Tradição da Igreja. Sinto hoje ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça de que beneficiou a Igreja no século XX: nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa».9 Quero aqui repetir com veemência as palavras que disse a propósito do Concílio poucos meses depois da minha eleição para Sucessor de Pedro: «Se o lermos e recebermos guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja».10

6. A renovação da Igreja realiza-se também através do testemunho prestado pela vida dos crentes: de facto, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou. O próprio Concílio, na Constituição dogmática Lumen gentium, afirma: «Enquanto Cristo "santo, inocente, imaculado" (Heb 7, 26), não conheceu o pecado (cf. 2 Cor 5, 21), mas veio apenas expiar os pecados do povo (cf. Heb 2, 17), a Igreja, contendo pecadores no seu próprio seio, simultaneamente santa e sempre necessitada de purificação, exercita continuamente a penitência e a renovação. A Igreja "prossegue a sua peregrinação no meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus", anunciando a cruz e a morte do Senhor até que Ele venha (cf. 1 Cor 11, 26). Mas é robustecida pela força do Senhor ressuscitado, de modo a vencer, pela paciência e pela caridade, as suas aflições e dificuldades tanto internas como externas, e a revelar, velada mas fielmente, o seu mistério, até que por fim se manifeste em plena luz».11

Nesta perspectiva, o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados (cf. Act 5, 31). Para o apóstolo Paulo, este amor introduz o homem numa vida nova: «Pelo Baptismo fomos sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova» (Rm 6, 4). Em virtude da fé, esta vida nova plasma toda a existência humana segundo a novidade radical da ressurreição. Na medida da sua livre disponibilidade, os pensamentos e os afectos, a mentalidade e o comportamento do homem vão sendo pouc o a pouco purificados e transformados, ao longo de um itinerário jamais completamente terminado nesta vida. A «fé, que actua pelo amor» (Gl 5, 6), torna-se um novo critério de entendimento e de acção, que muda toda a vida do homem (cf. Rm 12, 2; Cl 3, 9-10; Ef 4, 20-29; 2 Cor 5, 17).

7. «Caritas Christi urget nos – o amor de Cristo nos impele» (2 Cor 5, 14): é o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos impele a evangelizar. Hoje, como outrora, Ele envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra (cf. Mt 28, 19). Com o seu amor, Jesus Cristo atrai a Si os homens de cada geração: em todo o tempo, Ele convoca a Igreja confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor duma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé. Na descoberta diária do seu amor, ganha força e vigor o compromisso missionário dos crentes, que jamais pode faltar. Co m efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria. A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar: de facto, abre o coração e a mente dos ouvintes para acolherem o convite do Senhor a aderir à sua Palavra a fim de se tornarem seus discípulos. Os crentes – atesta Santo Agostinho – «fortificam-se acreditando».12 O Santo Bispo de Hipona tinha boas razões para falar assim. Como sabemos, a sua vida foi uma busca contínua da beleza da fé enquanto o seu coração não encontrou descanso em Deus.13 Os seus numerosos escritos, onde se explica a importância de crer e a verdade da fé, permaneceram até aos nossos dias como um património de riqueza incomparável e consentem ainda a tantas pessoas à procura de Deus de encontrarem o justo percurso para chegar à «porta da fé».

Por conseguinte, só acreditando é que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior porque tem a sua origem em Deus.

8. Nesta feliz ocorrência, pretendo convidar os Irmãos Bispos de todo o mundo para que se unam ao Sucessor de Pedro, no tempo de graça espiritual que o Senhor nos oferece, a fim de comemorar o dom precioso da fé. Queremos celebrar este Ano de forma digna e fecunda. Deverá intensificar-se a reflexão sobre a fé, para ajudar todos os crentes em Cristo a tornarem mais consciente e revigorarem a sua adesão ao Evangelho, sobretudo num momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver. Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. NesteAno, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo.

9. Desejamos que este Ano suscite, em cada crente, o anseio de confessar a fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança. Será uma ocasião propícia também para intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia, que é «a meta para a qual se encaminha a acção da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força».14 Simultaneamente esperamos que o testemunho de vida dos crentes cresça na sua credibilidade. Descobrir novamente os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada15 e reflectir sobre o próprio acto com que se crê, é um compromisso que cada crente deve assumir, sobretudo neste Ano.

Não foi sem razão que, nos primeiros séculos, os cristãos eram obrigados a aprender de memória o Credo. É que este servia-lhes de oração diária, para não esquecerem o compromisso assumido com o Baptismo. Recorda-o, com palavras densas de significado, Santo Agostinho quando afirma numa homilia sobre a redditio symboli (a entrega do Credo): «O símbolo do santo mistério, que recebestes todos juntos e que hoje proferistes um a um, reúne as palavras sobre as quais está edificada com solidez a fé da Igreja, nossa Mãe, apoiada no alicerce seguro que é Cristo Senhor. E vós recebeste-lo e proferiste-lo, mas deveis tê-lo sempre presente na mente e no coração, deveis repeti-lo nos vossos leitos, pensar nele nas praças e não o esquecer durante as refeições; e, mesm o quando o corpo dorme, o vosso coração continue de vigília por ele».16

10. Queria agora delinear um percurso que ajude a compreender de maneira mais profunda os conteúdos da fé e, juntamente com eles, também o acto pelo qual decidimos, com plena liberdade, entregar-nos totalmente a Deus. De facto, existe uma unidade profunda entre o acto com que se crê e os conteúdos a que damos o nosso assentimento. O apóstolo Paulo permite entrar dentro desta realidade quando escreve: «Acredita-se com o coração e, com a boca, faz-se a profissão de fé» (Rm 10, 10). O coração indica que o primeiro acto, pelo qual se chega à fé, é dom de Deus e acção da graça que age e transforma a pessoa até ao mais íntimo dela mesma.

A este respeito é muito eloquente o exemplo de Lídia. Narra São Lucas que o apóstolo Paulo, encontrando-se em Filipos, num sábado foi anunciar o Evangelho a algumas mulheres; entre elas, estava Lídia. «O Senhor abriu-lhe o coração para aderir ao que Paulo dizia» (Act 16, 14). O sentido contido na expressão é importante. São Lucas ensina que o conhecimento dos conteúdos que se deve acreditar não é suficiente, se depois o coração – autêntico sacrário da pessoa – não for aberto pela graça, que consente de ter olhos para ver em profundidade e compreender que o que foi anunciado é a Palavra de Deus.

Por sua vez, o professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos. O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um facto privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este «estar com Ele» introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um acto da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita. No dia de Pentecostes, a Igreja manifesta, com toda a clareza, esta dimensão pública do crer e do anunciar sem temor a própria fé a toda a gente. É o dom do Espírito Santo que prepara para a missão e fortalece o nosso testemunho, tornando-o franco e corajoso.

A própria profissão da fé é um acto simultaneamente pessoal e comunitário. De facto, o primeiro sujeito da fé é a Igreja. É na fé da comunidade cristã que cada um recebe o Baptismo, sinal eficaz da entrada no povo dos crentes para obter a salvação. Como atesta o Catecismo da Igreja Católica, «"Eu creio": é a fé da Igreja, professada pessoalmente por cada crente, principalmente por ocasião do Baptismo. "Nós cremos": é a fé da Igreja, confessada pelos bispos reunidos em Concílio ou, de modo mais geral, pela assembleia litúrgica dos crentes. "Eu creio": é também a Igreja, nossa Mãe, que responde a Deus pela sua fé e nos ensina a dizer: "Eu creio", "Nós cremos"».17

Como se pode notar, o conhecimento dos conteúdos de fé é essencial para se dar o próprio assentimento, isto é, para aderir plenamente com a inteligência e a vontade a quanto é proposto pela Igreja. O conhecimento da fé introduz na totalidade do mistério salvífico revelado por Deus. Por isso, o assentimento prestado implica que, quando se acredita, se aceita livremente todo o mistério da fé, porque o garante da sua verdade é o próprio Deus, que Se revela e permite conhecer o seu mistério de amor.18

Por outro lado, não podemos esquecer que, no nosso contexto cultural, há muitas pessoas que, embora não reconhecendo em si mesmas o dom da fé, todavia vivem uma busca sincera do sentido último e da verdade definitiva acerca da sua existência e do mundo. Esta busca é um verdadeiro «preâmbulo» da fé, porque move as pessoas pela estrada que conduz ao mistério de Deus. De facto, a própria razão do homem traz inscrita em si mesma a exigência «daquilo que vale e permanece sempre».19 Esta exigência constitui um convite permanente, inscrito indelevelmente no coração humano, para se pôr a caminho ao encontro d’Aquele que não teríamos procurado se Ele não tivesse já vindo ao nosso encontro.20 É precisamente a este encontro que nos convida e abre plenamente a fé.

11. Para chegar a um conhecimento sistemático da fé, todos podem encontrar um subsídio precioso e indispensável no Catecismo da Igreja Católica. Este constitui um dos frutos mais importantes do Concílio Vaticano II. Na Constituição Apostólica Fidei depositum – não sem razão assinada na passagem do trigésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II – o Beato João Paulo II escrevia: «Este catecismo dará um contributo muito importante à obra de renovação de toda a vida eclesial (...). Declaro-o norma segura para o ensino da fé e, por isso, instrumento válido e legítimo ao serviço da comunhão eclesial».21

É precisamente nesta linha que o Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica. Nele, de facto, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história. Desde a Sagrada Escritura aos Padres da Igreja, desde os Mestres de teologia aos Santos que atravessaram os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé.

Na sua própria estrutura, o Catecismo da Igreja Católica apresenta o desenvolvimento da fé até chegar aos grandes temas da vida diária. Repassando as páginas, descobre-se que o que ali se apresenta não é uma teoria, mas o encontro com uma Pessoa que vive na Igreja. Na verdade, a seguir à profissão de fé, vem a explicação da vida sacramental, na qual Cristo está presente e operante, continuando a construir a sua Igreja. Sem a liturgia e os sacramentos, a profissão de fé não seria eficaz, porque faltaria a graça que sustenta o testemunho dos cristãos. Na mesma linha, a doutrina do Catecismo sobre a vida moral adquire todo o seu significado, se for colocada em relação com a fé, a liturgia e a oração.

12. Assim, no Ano em questão, o Catecismo da Igreja Católica poderá ser um verdadeiro instrumento de apoio da fé, sobretudo para quantos têm a peito a formação dos cristãos, tão determinante no nosso contexto cultural. Com tal finalidade, convidei a Congregação para a Doutrina da Fé a redigir, de comum acordo com os competentes Organismos da Santa Sé, uma Nota, através da qual se ofereçam à Igreja e aos crentes algumas indicações para viver, nos moldes mais eficazes e apropriados, este Ano da Fé ao serviço do crer e do evangelizar.

De facto, em nossos dias mais do que no passado, a fé vê-se sujeita a uma série de interrogativos, que provêm duma diversa mentalidade que, particularmente hoje, reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas. Mas, a Igreja nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambas tendem, embora por caminhos diferentes, para a verdade.22

13. Será decisivo repassar, durante este Ano, a história da nossa fé, que faz ver o mistério insondável da santidade entrelaçada com o pecado. Enquanto a primeira põe em evidência a grande contribuição que homens e mulheres prestaram para o crescimento e o progresso da comunidade com o testemunho da sua vida, o segundo deve provocar em todos uma sincera e contínua obra de conversão para experimentar a misericórdia do Pai, que vem ao encontro de todos.

Ao longo deste tempo, manteremos o olhar fixo sobre Jesus Cristo, «autor e consumador da fé» (Heb 12, 2): n’Ele encontra plena realização toda a ânsia e anélito do coração humano. A alegria do amor, a resposta ao drama da tribulação e do sofrimento, a força do perdão face à ofensa recebida e a vitória da vida sobre o vazio da morte, tudo isto encontra plena realização no mistério da sua Encarnação, do seu fazer-Se homem, do partilhar connosco a fragilidade humana para a transformar com a força da sua ressurreição. N’Ele, morto e ressuscitado para a nossa salvação, encontram plena luz os exemplos de fé que marcaram estes dois mil anos da nossa história de salvação.

Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus na obediência da sua dedicação (cf. Lc 1, 38). Ao visitar Isabel, elevou o seu cântico de louvor ao Altíssimo pelas maravilhas que realizava em quantos a Ele se confiavam (cf. Lc 1, 46-55). Com alegria e trepidação, deu à luz o seu Filho unigénito, mantendo intacta a sua virgindade (cf. Lc 2, 6-7). Confiando em José, seu Esposo, levou Jesus para o Egipto a fim de O salvar da perseguição de Herodes (cf. Mt 2, 13-15). Com a mesma fé, seguiu o Senhor na sua pregação e permaneceu a seu lado mesmo no Gólgota (cf. Jo 19, 25-27). Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservando no coração a memória de tudo (cf. Lc 2, 19.51) , transmitiu-a aos Doze reunidos com Ela no Cenáculo para receberem o Espírito Santo (cf. Act 1, 14; 2, 1-4).

Pela fé, os Apóstolos deixaram tudo para seguir o Mestre (cf. Mc 10, 28). Acreditaram nas palavras com que Ele anunciava o Reino de Deus presente e realizado na sua Pessoa (cf. Lc 11, 20). Viveram em comunhão de vida com Jesus, que os instruía com a sua doutrina, deixando-lhes uma nova regra de vida pela qual haveriam de ser reconhecidos como seus discípulos depois da morte d’Ele (cf. Jo 13, 34-35). Pela fé, foram pelo mundo inteiro, obedecendo ao mandato de levar o Evangelho a toda a criatura (cf. Mc 16, 15) e, sem temor algum, anunciaram a todos a alegria da ressurreição, de que foram fiéis testemunhas.

Pela fé, os discípulos formaram a primeira comunidade reunida à volta do ensino dos Apóstolos, na oração, na celebração da Eucaristia, pondo em comum aquilo que possuíam para acudir às necessidades dos irmãos (cf. Act 2, 42-47).

Pela fé, os mártires deram a sua vida para testemunhar a verdade do Evangelho que os transformara, tornando-os capazes de chegar até ao dom maior do amor com o perdão dos seus próprios perseguidores.

Pela fé, homens e mulheres consagraram a sua vida a Cristo, deixando tudo para viver em simplicidade evangélica a obediência, a pobreza e a castidade, sinais concretos de quem aguarda o Senhor, que não tarda a vir. Pela fé, muitos cristãos se fizeram promotores de uma acção em prol da justiça, para tornar palpável a palavra do Senhor, que veio anunciar a libertação da opressão e um ano de graça para todos (cf. Lc 4, 18-19).

Pela fé, no decurso dos séculos, homens e mulheres de todas as idades, cujo nome está escrito no Livro da vida (cf. Ap 7, 9; 13, 8), confessaram a beleza de seguir o Senhor Jesus nos lugares onde eram chamados a dar testemunho do seu ser cristão: na família, na profissão, na vida pública, no exercício dos carismas e ministérios a que foram chamados.

Pela fé, vivemos também nós, reconhecendo o Senhor Jesus vivo e presente na nossa vida e na história.

14. O Ano da Fé será uma ocasião propícia também para intensificar o testemunho da caridade. Recorda São Paulo: «Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade» (1 Cor 13, 13). Com palavras ainda mais incisivas – que não cessam de empenhar os cristãos –, afirmava o apóstolo Tiago: «De que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? Acaso essa fé poderá salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano, e um de vós lhes disser: "Ide em paz, tratai de vos aquecer e de matar a fome", mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se ela não tiver obras, está completamente morta. Mais ainda! Po derá alguém alegar sensatamente: "Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me então a tua fé sem obras, que eu, pelas minhas obras, te mostrarei a minha fé"» (Tg 2, 14-18).

A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra de realizar o seu caminho. De facto, não poucos cristãos dedicam amorosamente a sua vida a quem vive sozinho, marginalizado ou excluído, considerando-o como o primeiro a quem atender e o mais importante a socorrer, porque é precisamente nele que se espelha o próprio rosto de Cristo. Em virtude da fé, podemos reconhecer naqueles que pedem o nosso amor o rosto do Senhor ressuscitado. «Sempre que fizestes isto a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40): estas palavras de Jesus são uma advertência que não se deve esquecer e um convite perene a devolvermos aquele amor com que Ele cuida de nós. É a fé que permite reconhecer Cristo, e é o seu próprio amor que impele a socorrê-Lo sempre que Se faz próximo nosso no caminho da vida. Sustentados pela fé, olhamos com esperança o nosso serviço no mundo, aguardando «novos céus e uma nova terra, onde habite a justiça» (2 Ped 3, 13; cf. Ap 21, 1).

15. Já no termo da sua vida, o apóstolo Paulo pede ao discípulo Timóteo que «procure a fé» (cf. 2 Tm 2, 22) com a mesma constância de quando era novo (cf. 2 Tm 3, 15). Sintamos este convite dirigido a cada um de nós, para que ninguém se torne indolente na fé. Esta é companheira de vida, que permite perceber, com um olhar sempre novo, as maravilhas que Deus realiza por nós. Solícita a identificar os sinais dos tempos no hoje da história, a fé obriga cada um de nós a tornar-se sinal vivo da presença do Ressuscitado no mundo. Aquilo de que o mundo tem hoje particular necessidade é o testemunho credível de quantos, iluminados na mente e no coração pela Palavra do Senhor, são capazes de abrir o coração e a mente de muitos outros ao desejo de Deus e da vida verdadeira, aquela que não tem fim.

Que «a Palavra do Senhor avance e seja glorificada» (2 Ts 3, 1)! Possa este Ano da Fé tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro. As seguintes palavras do apóstolo Pedro lançam um último jorro de luz sobre a fé: «É por isso que exultais de alegria, se bem que, por algum tempo, tenhais de andar aflitos por diversas provações; deste modo, a qualidade genuína da vossa fé – muito mais preciosa do que o ouro perecível, por certo também provado pelo fogo – será achada digna de louvor, de glória e de honra, na altura da manifestação de Jesus Cristo. Sem O terdes visto, vós O amais; sem O ver ainda, credes n’Ele e vos alegrais com uma alegria indescritív el e irradiante, alcançando assim a meta da vossa fé: a salvação das almas» (1 Ped 1, 6-9). A vida dos cristãos conhece a experiência da alegria e a do sofrimento. Quantos Santos viveram na solidão! Quantos crentes, mesmo em nossos dias, provados pelo silêncio de Deus, cuja voz consoladora queriam ouvir! As provas da vida, ao mesmo tempo que permitem compreender o mistério da Cruz e participar nos sofrimentos de Cristo (cf. Cl 1, 24) , são prelúdio da alegria e da esperança a que a fé conduz: «Quando sou fraco, então é que sou forte» (2 Cor 12, 10). Com firme certeza, acreditamos que o Senhor Jesus derrotou o mal e a morte. Com esta confiança segura, confiamo-nos a Ele: Ele, presente no meio de nós, vence o poder do maligno (cf. Lc 11, 20); e a Igreja, comunidade visível da sua misericórdia, permanece n’Ele como sinal da reconciliação definitiva com o Pai.

À Mãe de Deus, proclamada «feliz porque acreditou» (cf. Lc 1, 45), confiamos este tempo de graça.

Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 11 de Outubro do ano 2011, sétimo de Pontificado.

BENEDICTUS PP. XVI

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1 Homilia no início do ministério petrino do Bispo de Roma (24 de Abril de 2005): AAS 97 (2005), 710.

2 Cf. BENTO XVI, Homilia da Santa Missa no Terreiro do Paço (Lisboa – 11 de Maio de 2010): L’Osservatore Romano (ed. port. de 15/V/2010), 3.

3 Cf. JOÃO PAULO II, Const. ap. Fidei depositum (11 de Outubro de 1992): AAS 86 (1994), 113-118.

4 Cf. Relação final do Sínodo Extraordinário dos Bispos (7 de Dezembro de 1985), II, B, a, 4: L’Osservatore Romano (ed. port. de 22/XII/1985), 650.

5 PAULO VI, Exort. ap. Petrum et Paulum Apostolos, no XIX centenário do martírio dos Apóstolos São Pedro e São Paulo (22 de Fevereiro de 1967): AAS 59 (1967), 196.

6 Ibid.: o.c., 198.

7 PAULO VI, Profissão Solene de Fé, Homilia durante a Concelebração por ocasião do XIX centenário do martírio dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, no encerramento do «Ano da Fé» (30 de Junho de 1968): AAS 60 (1968), 433-445.

8 PAULO VI, Audiência Geral (14 de Junho de 1967): Insegnamenti V (1967), 801.

9 JOÃO PAULO II, Carta ap. Novo millennio ineunte (6 de Janeiro de 2001), 57: AAS 93 (2001), 308.

10 Discurso à Cúria Romana (22 de Dezembro de 2005): AAS 98 (2006), 52.

11 CONC. ECUM. VAT. II, Const. dogm. sobre a Igreja Lumen gentium, 8.

12 De utilitate credendi, 1, 2.

13 Cf. Confissões, 1, 1.

14 CONC. ECUM. VAT. II, Const. sobre a Sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium, 10.

15 Cf. JOÃO PAULO II, Const. ap. Fidei depositum (11 de Outubro de 1992): AAS 86 (1994), 116.

16 Sermo 215, 1.

17 Catecismo da Igreja Católica, 167.

18 Cf. CONC. ECUM. VAT. I, Const. dogm. sobre a fé católica Dei Filius, cap. III: DS 3008-3009; CONC. ECUM. VAT. II, Const. dogm. sobre a Revelação divina Dei Verbum, 5.

19 BENTO XVI, Discurso no «Collège des Bernardins» (Paris, 12 de Setembro de 2008): AAS 100 (2008), 722.

20 Cf. SANTO AGOSTINHO, Confissões, 13, 1.

21 JOÃO PAULO II, Const. ap. Fidei depositum (11 de Outubro de 1992): AAS 86 (1994), 115 e 117.

22 Cf. JOÃO PAULO II, Carta enc. Fides et ratio (14 de Setembro de 1998), 34.106: AAS 91 (1999), 31-32.86-87.

G. M. Ferretti | outubro 17, 2011 at 8:56 am | Categorias: O Papa | Categories: O Papa | URL: http://wp.me/pgELf-4c4

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Para o Ano da Fé: Quicumque vult salvus esse, ante omnia opus est, ut teneat catholicam fidem…

by G. M. Ferretti

 

Quicumque vult salvus esse... [Quem quiser salvar-se] deve antes de tudo professar a fé católica. Porque aquele que não a professar, integral e inviolavelmente, perecerá sem dúvida por toda a eternidade. A fé católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas e três Pessoas em um só Deus. Sem confundir as Pessoas nem separar a substância. Porque uma só é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo. Mas uma só é a divindade do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, igual a glória e coeterna a majestade. Tal como é o Pai, tal é o Filho, tal é o Espírito Santo.

O Pai é incriado, o Filho é incriado, o Espírito Santo é incriado. O Pai é imenso, o Filho é imenso, o Espírito Santo é imenso. O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno. E contudo não são três eternos, mas um só eterno. Assim como não são três incriados, nem três imensos, mas um só incriado e um só imenso. Da mesma maneira, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente. E contudo não são três onipotentes, mas um só onipotente. Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus. E contudo não são três deuses, mas um só Deus. Do mesmo modo, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor.

E contudo não são três senhores, mas um só Senhor. Porque, assim como a verdade cristã nos manda confessar que cada uma das Pessoas é Deus e Senhor, do mesmo modo a religião católica nos proíbe dizer que são três deuses ou senhores. O Pai não foi feito, nem gerado, nem criado por ninguém. O Filho procede do Pai; não foi feito, nem criado, mas gerado. O Espírito Santo não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procede do Pai e do Filho. Não há, pois, senão um só Pai, e não três Pais; um só Filho, e não três Filhos; um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos.

E nesta Trindade não há nem mais antigo nem menos antigo, nem maior nem menor, mas as três Pessoas são coeternas e iguais entre si. De sorte que, como se disse acima, em tudo se deve adorar a unidade na Trindade e a Trindade na unidade. Quem, pois, quiser salvar-se, deve pensar assim a respeito da Trindade. Mas, para alcancar a salvacão, é necessário ainda crer firmemente na Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo. A pureza da nossa fé consiste, pois, em crer ainda e confessar que Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem.

É Deus, gerado na substância do Pai desde toda a eternidade; é homem porque nasceu, no tempo, da substância da sua Mãe. Deus perfeito e homem perfeito, com alma racional e carne humana. Igual ao Pai segundo a divindade; menor que o Pai segundo a humanidade. E embora seja Deus e homem, contudo não são dois, mas um só Cristo. É um, não porque a divindade se tenha convertido em humanidade, mas porque Deus assumiu a humanidade. Um, finalmente, não por confusão de substâncias, mas pela unidade da Pessoa. Porque, assim como a alma racional e o corpo formam um só homem, assim também a divindade e a humanidade formam um só Cristo.

Ele sofreu a morte por nossa salvação, desceu aos infernos e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos. Subiu aos Ceus e está sentado a direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. E quando vier, todos os homens ressuscitarão com os seus corpos, para prestar conta dos seus atos. E os que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna, e os maus para o fogo eterno. Esta é a fé católica, e quem não a professar fiel e firmemente não se poderá salvar.

Credo de Santo Atanásio.

G. M. Ferretti | outubro 17, 2011 at 12:35 pm | Categorias: Igreja | Categories: Igreja | URL: http://wp.me/pgELf-4c8

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Se dependesse de mim, eu nunca celebraria o ‘Novus Ordo Missae’ novamente.

by G. M. Ferretti

Trechos da entrevista do padre Michael Rodriguez a Michael J. Matt, editor do periódico The Remnant. Não traduzimos os dados biográficos da entrevista por já termos fornecido essas informações aos nossos leitores na primeira entrevista escrita que o padre Rodríguez nos concedeu. Os destaques são nossos.

* * *

MJM: Liturgicamente – onde o senhor se encaixaria? Sei que o senhor celebra a Missa Tradicional em Latim, mas podemos descrevê-lo como um "tradicionalista" de carteirinha?

Pe.: Liturgicamente, apóio integralmente a Missa Tradicional em Latim, que sem dúvida é a Missa verdadeira da Igreja Católica Romana. Teologicamente, liturgicamente, a espiritualidade católica e a ascese, e a própria história, tudo aponta para a superioridade óbvia do Rito Romano Clássico. Infelizmente, toda a minha formação no seminário foi no Novus Ordo, e só “descobri” a Missa em Latim cerca de seis anos atrás, assim ainda tenho muito a aprender em termos de "catolicismo real", ou seja, o “catolicismo tradicional”.

MJM: O que o levou inicialmente a começar a oferecer a Missa antiga?

Pe.: Cerca de seis anos atrás, vários fiéis começaram a me perguntar se eu estaria interessado em oferecer a Missa Tradicional em Latim. Naquela época, havia uma grande preocupação da parte “dos católicos tradicionais remanescentes de El Paso” de que o padre jesuíta que oferecia a Missa em Latim duas vezes ao mês (sob o "indulto" Ecclesia Dei de 1988) fosse transferido. Assim, eles estavam procurando por outro padre que pudesse oferecer a Missa em Latim. A princípio, recusei, não tanto porque não estivesse interessado, mas devido à imensa carga de trabalho que eu já estava fazendo.

À medida que as semanas transcorriam, comecei a estudar as orações e a teologia da Missa Tradicional em Latim. Quanto mais eu estudava, mais eu ficava admirado e encantado. Eu estava "descobrindo" não apenas a verdadeira teologia católica da Missa, mas também a verdadeira teologia católica do sacerdócio, e muito mais! Ao longo dos meus primeiros nove anos de sacerdócio, eu lutara para entender os muitos problemas graves que existem na Igreja. Nesse ponto, ficou evidente que uma crise extrema invadiu a Igreja e sua hierarquia, mas por quê? Eu simplesmente não podia entender como toda essa “desorientação diabólica" tinha acontecido. . . Até que a luz brilhante da Missa católica verdadeira ("Emitte lucem tuam et veritatem tuam...") começou a penetrar a mi nha alma. Essa “descoberta” da Missa Tradicional em Latim tem sido, de longe, o maior presente de Deus para o meu sacerdócio.

MJM: Então, isso nos dá uma idéia de como o motu proprio Summorum Pontificum do Papa Bento XVI pode e de fato afeta os sacerdotes que de outra forma talvez nunca tenham tido a oportunidade de descobrir este grande tesouro. Devido ao fato de como ele afetou o senhor, como o senhor crê que o Summorum Pontificum irá afetar a Igreja em longo prazo?

Pe.: Infelizmente, tanto o Summorum Pontificum quanto a Universæ Ecclesiæ têm muitos pontos fracos. Não obstante, esses documentos representam um passo inicial naquilo que provavelmente ainda será um longo e árduo "Calvário", ou seja, a ânsia dos católicos tradicionais para restaurar a cruz, a missa, o reinado de Jesus Cristo, e a doutrina católica verdadeira, fora da qual não há salvação. No Artigo 1 do Summorum Pontificum, o Papa Bento XVI escreve que "a honra devida deve ser dada ao Missal Romano promulgado por São Pio V em razão de seu uso antigo e venerável". A diretriz de nosso Santo Padre atualmente está sendo desobedecida quase universalmente. Na carta que acompanha o documento dirigida aos bispos do mundo (7 de julho de 2007), o Papa Bento XVI escreve, “Aquilo que para as gerações anteriores era sagrado, permanece sagrado e grande também para nós, e não pode ser de improviso totalmente proibido ou mesmo prejudicial. Faz-nos bem a todos conservar as riquezas que foram crescendo na fé e na oração da Igreja, dando-lhes o justo lugar”. Essas palavras notáveis do nosso Santo Padre também estão sendo desrespeitadas e desobedecidas quase que universalmente, especialmente, por muitos bispos. Finalmente, a Universæ Ecclesiæ, no nº 8, afirma muito claramente que o Rito Antigo é um "tesouro precioso a ser preservado” e deve ser “oferecido a todos os fiéis."

Onde em todo o mundo católico esta diretriz está sendo efetivamente obedecida? O mesmo número da Universæ Ecclesiæ enfatiza que o uso da Liturgia Romana de 1962 “é uma faculdade generosamente concedida para o bem dos fiéis e, portanto, deve se interpretada em um sentido favorável aos fiéis que são os principais destinatários”. Essa é uma afirmação impressionante. Essa afirmação de Roma significa que o uso do Missal de 1962 não depende dos pontos de vista, preferências ou teologia particulares do bispo. Não se trata de bispos! Pelo contrário, trata-se de fiéis! Onde em todo o mundo católico esta diretriz está sendo efetivamente obedecida?

MJM: agora o senhor pode oferecer a Missa antiga com exclusividade?

Pe.: Desde que iniciei minha nova designação (24 de setembro de 2011) nas missões rurais isoladas da diocese de El Paso, tenho oferecido a Missa Tradicional em Latim em caráter exclusivo. Penso que isso é uma benção maravilhosa e inesperada da Providência em meio a uma provação muito difícil. Espero continuar oferecendo a Missa Tradicional em Latim em caráter exclusivo. Se dependesse só de mim, eu nunca celebraria o Novus Ordo Missæ novamente. Entretanto, a triste realidade de ter que “obedecer” na Igreja do Novus Ordo que em grande parte perdeu a fé, e a necessidade de alcançar pacientemente os fiéis do Novus Ordo que têm sido tão induzidos ao erro, significa que provavelmente serei “forçado" a celebrar o Novus Ordo ocasionalmente. Entretanto, nessas circunstâncias, será o Novus Ordo ad orientem,com o Cânon Romano, o uso do latim e a Santa Comunhão distribuída de acordo com as normas tradicionais.

MJM: Até o ano passado, creio, as coisas estavam muito calmas na sua vida sacerdotal. O que aconteceu para mudar tudo?

Pe.: A “polêmica” local, e até mesmo nacional, que tocou conta de mim se deve ao fato de que eu tenho me expressado verbalmente na promoção daquilo que a Igreja Católica ensina com relação a toda a questão do homossexualismo. É uma desgraça, porém, a Câmara Municipal de El Paso tem sido obstinada na tentativa de legitimar as uniões do mesmo sexo. Isso se opõe completamente ao magistério da Igreja Católica. Deixei claro aos católicos de El Paso (e mais além) de que todo católico tem a obrigação moral perante o próprio Deus de se opor a qualquer tentativa governamental de legalizar as uniões homossexuais. Um católico que deixa de se opor à agenda homossexual, está cometendo um grave pecado por omissão. Além disso, se um católico não consente com o ensinamen to moral infalível da Igreja de que os atos homossexuais são mortalmente pecaminosos, então, esse católico está se colocando fora da comunhão com a Igreja. Esses são os católicos que estão efetivamente excomungando a si mesmos. Não a Fraternidade de São Pio X!

MJM: Eu posso entender porque as autoridades civis e a mídia possam achar esse assunto “polêmico”; mas por que os seus superiores eclesiásticos achariam isso?

Pe.: A reação deprimente tanto das autoridades civis quanto das eclesiásticas aos ensinamentos autênticos da Igreja Católica com relação ao homossexualismo demonstra quão extrema realmente é a crise atual de fé. De fato, a coisa não pode piorar ainda mais. Quase não há fé sobrando para ser perdida! Mesmo um pagão, desprovido da luz da fé, pode chegar à conclusão de que os atos homossexuais são intrinsecamente maus. Razão, lei natural e considerações da anatomia masculina e feminina confirmam de maneira mais que suficiente essa verdade moral.

MJM: E agora o senhor deve ir para onde o bispo lhe diz para ir. Isso é difícil para o senhor?

Pe.: Nas minhas circunstância particulares, obediência ao meu bispo tem sido incrivelmente difícil. Contudo, a obediência é essencial ao sacerdócio, e pretendo ser obediente. Um aspecto consolador da obediência "sacrifical, "morte para si mesmo", é que o Espírito Santo sempre virá para nos assistir. Sou lembrado de que meus pobres sofrimentos não são nada comparados àqueles da Mater Dolorosa e de nosso Redentor Divino. Se sou contado como um mesmo ligeiramente digno de sofrer pela Fé e pela Missa Tradicional em Latim, eu me considerarei profundamente abençoado. Deus é tão bom.

MJM: Como o senhor já está passando por uma forma de perseguição, suponho que o senhor preveja mais por vir, não apenas para o senhor pessoalmente, mas para todos os católicos que se colocam em defesa do magistério da Igreja. Mas o que dizer do futuro? Alguma esperança?

Pe.: Sim, eu realmente prevejo muita perseguição ainda por vir para todos aqueles que permanecem firmes na Fé e em sua adesão ao Rito Antigo. Entretanto, a promessa de nosso Salvador não pode fazer outra coisa senão preencher as nossas almas com esperança, "Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus! Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus." (Mt 5:10-12)

MJM: Como os leigos católicos podem sobreviver a esta crise de fé Ca melhor maneira?

Pe.: Para sobreviver a esta crise de fé, precisamos (1) fazer tudo em nosso poder para recobrar a Fé Católica: o Rito Antigo, o ensinamento católico tradicional em sua doutrina e moral, a teologia e filosofia de Santo Tomás de Aquino, a piedade e devoções católicas tradicionais, e um “código de vida” ou “ritmo de vida” católico tradicional. (2) Precisamos rezar, estudar, jejuar, fazer penitência e praticar a caridade diariamente tendo em mente o objetivo acima. Finalmente, recomendo fortemente a todos os fiéis católicos que (3) rezem o Santo Rosário diariamente e prestem atenção na Mensagem de Nossa Senhora em Fátima.

Uma das marcas distintivas da Missa Tradicional em Latim é o seu enfoque requintado e concentrado na eternidade. Se tivermos que sobreviver e superar esta terrível crise de fé na Igreja Católica do pós-Vaticano II, temos que manter o nosso intelecto e vontade concentrados na eternidade. Não podemos perder a esperança quando, a partir de uma perspectiva mundana, tudo parece perdido. Jesus Cristo promete “o reino dos céus” àqueles que enfrentam a perseguição, e “uma grande recompensa nos céus” àqueles que sofrem por amor do seu nome. (Mt 5:10-12) A meta final é o céu! Como São Paulo, precisamos perseguir em direção ao alvo final (Fil 3:14) e nunca cessar de “buscar as coisas que estão no alto, onde Cristo está assentado à di reita de Deus.” (Col 3:1)

G. M. Ferretti | outubro 17, 2011 at 3:00 pm | Categorias: Moral Católica, Novus Ordo Missae, Pe. Michael Rodriguez, Vaticano II | Categories: Atualidades, Igreja, Novus Ordo Missae, Tradição, Vaticano II | URL: http://wp.me/pgELf-4cc

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Conselho nega pedido para dissidente da TFP criar faculdade.

by G. M. Ferretti

Por Vinícius Queiroz Galvão e Fábio Takahashi - Folha de São Paulo

O Conselho Nacional de Educação acendeu uma polêmica no meio acadêmico ao negar um pedido da Arautos do Evangelho --associação católica conservadora dissidente da TFP (Tradição, Família e Propriedade)-- para abrir uma faculdade com cursos de teologia e filosofia em Caieiras (SP).

Embora afiançada por outras duas instâncias do Ministério da Educação, a proposta de criação da Faculdade Arautos do Evangelho, segundo o conselho, "não apresenta características acadêmicas" e tem caráter "confessional católico".

Antes da negativa do CNE, a Sesu (Secretaria de Educação Superior) e o Inep (o instituto de pesquisas do MEC) haviam atribuído à faculdade conceito 4, numa escala de 0 a 5, nas avaliações de professores, instalações e organização pedagógica.

No processo enviado ao ministério, a Arautos do Evangelho diz que "o Espírito Santo suscitou em suas almas o anseio de formarem uma instituição de cunho religioso com a finalidade de promover a santificação e a evangelização".

Entre as metas a serem atingidas, a candidata a faculdade destacava: 1) a disseminação da doutrina cristã e da fé mariana (em Maria); 2) o amor à eucaristia; 3) a devoção ao papa.

Para o CNE, a faculdade seria "um instrumento da evangelização" e não poderia ser "credenciada pelo poder público".

A Arautos do Evangelho recorreu, dizendo haver violação da Constituição e que já existem universidades cristãs, como a PUC, cujo "curso de teologia é determinado pela fé".

"A PUC pauta seus cursos por visões abrangentes e polivalentes, o que não acontece no projeto da Arautos", disse Paulo Speller, relator do conselho.

"O problema deles não está nas instalações, está na proposta. Sugeri que apresentem uma nova proposta que seja mais abrangente e que não tenha um caráter catequético", afirmou.

Um dos conselheiros que votaram contra a abertura da faculdade é Antonio Carlos Caruso Ronca, ex-reitor da PUC-SP.

Para Milton Linhares, conselheiro que votou a favor da criação da faculdade, a decisão é "incoerente" e "conflitante com princípios constitucionais" porque anteriormente o órgão já havia aprovado a criação da Faculdade Messiânica.

Em São Paulo já existe a Faculdade de Teologia Umbandista. Dos 24 membros do conselho, apenas um votou a favor.

Procurado, o Colégio Arautos do Evangelho, que pediu a criação da faculdade, não respondeu ao pedido de entrevista.

G. M. Ferretti | outubro 17, 2011 at 8:02 pm | Categorias: Arautos do Evangelho | Categories: Atualidades | URL: http://wp.me/pgELf-4cl

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Concílio, obra em andamento. Mas há quem cruza os braços.

by G. M. Ferretti

IHU Online - O cardeal Cottier, o jurista Ceccanti e o teólogo Cantoni defendem a novidade do Vaticano II. Mas os lefebvrianos não cedem e os tradicionalistas acentuam as críticas. Os últimos desdobramentos de uma calorosa disputa.

A reportagem é de Sandro Magister e está publicada no sítio Chiesa, 17-10-2011. A tradução é do Cepat.

A controvérsia sobre a interpretação do Concílio Vaticano II e suas mudanças no magistério da Igreja registrou nestas semanas novos desdobramentos, também em alto nível.

Continue lendo...

G. M. Ferretti | outubro 18, 2011 at 8:37 am | Categorias: Vaticano II | Categories: Vaticano II | URL: http://wp.me/pgELf-4co

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Benedict XVI greets Mother Veronica Berzosa, founder of Iesu Communio

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romereports.com

00:00:26

Adicionado em 17-10-2011

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Nova Evangelização, novos modos [sem noção].

by G. M. Ferretti

Roma, 15 e 16 de outubro de 2011: cerca de oito mil pessoas se reuniram para um congresso sobre a Nova Evangelização. No vídeo, a Irmã Verónica Berzosa, fundadora da comunidade Iesu Communio, demonstra que a uma nova evangelização corresponde também um novo modo de demonstrar afeto e respeito pelo Santo Padre: do beijo no anel de Pedro, aos pés do Papa, como outrora fez Santa Teresinha ao se apresentar a Leão XIII, passamos a um abraço-amigão. O que esperar da "nova evangelização" com as numerosas figuras excêntricas pertencentes às "novas comunidades"?

G. M. Ferretti | outubro 18, 2011 at 10:31 am | Categorias: Atualidades | Categories: Atualidades, Igreja | URL: http://wp.me/pgELf-4bP

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Nova Evangelização: os Lefebvristas.

by G. M. Ferretti


CNBB
- Encerrou neste último domingo, 16, o 2º Sulão das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) reunindo cerca de 250 pessoas representando os quatro Regionais do sul do Brasil (Sul 1, Sul 2, Sul 3 e Sul 4). O evento aconteceu na arquidiocese de Londrina (PR), na paróquia Santa Cruz, e teve por tema central “Justiça e Profecia no campo e na cidade”. Dentre os mártires da América Latina: Lefebvre!

G. M. Ferretti | outubro 18, 2011 at 11:58 am | Categorias: CEB | Categories: Atualidades | URL: http://wp.me/pgELf-4cI

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postados

por ANTÓNIO FONSECA

TELEFONE DA ESPERANÇA–LEITURA ORANTE–Notícias–18-10-2011

LEITURA ORANTE


Lc 12,13-21 - Para que acumular tanto?

Posted: 16 Oct 2011 07:01 PM PDT

Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Preparo-me para a Leitura, rezando com todos que navegam pela internet, com Santo Tomás de Aquino:
Concede-me, Senhor meu Deus,
uma inteligência que te conheça,
uma vontade que te busque,
uma sabedoria que te encontre,
uma vida que te agrade,
uma perseverança que te espere com confiança e
uma confiança que te possua, enfim. Amém.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto Lc 12,13-21, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.

Um homem que estava no meio da multidão disse a Jesus:

- Mestre, mande o meu irmão repartir comigo a herança que o nosso pai nos deixou.

Jesus disse:

- Homem, quem me deu o direito de julgar ou de repartir propriedades entre vocês?

E continuou, dizendo a todos:

- Prestem atenção! Tenham cuidado com todo tipo de avareza porque a verdadeira vida de uma pessoa não depende das coisas que ela tem, mesmo que sejam muitas.

Então Jesus contou a seguinte parábola:

- As terras de um homem rico deram uma grande colheita. Então ele começou a pensar: "Eu não tenho lugar para guardar toda esta colheita. O que é que vou fazer? Ah! Já sei! - disse para si mesmo. - Vou derrubar os meus depósitos de cereais e construir outros maiores ainda. Neles guardarei todas as minhas colheitas junto com tudo o que tenho. Então direi a mim mesmo: 'Homem feliz! Você tem tudo de bom que precisa para muitos anos. Agora descanse, coma, beba e alegre-se.' " Mas Deus lhe disse: "Seu tolo! Esta noite você vai morrer; aí quem ficará com tudo o que você guardou?"

Jesus concluiu:

- Isso é o que acontece com aqueles que juntam riquezas para si mesmos, mas para Deus não são ricos.

A questão que o homem, no meio da multidão, expõe, leva Jesus a esclarecer que ele não veio para resolver interesses pecuniários ou de dinheiro. Para que acumular? O Mestre mais ensina a dar e partilhar do que a reclamar direitos. E toca a raiz do que vicia as relações humanas: o ter. Um grande profeta de nosso tempo, padre Alfredinho, dizia que “o que divide a comunidade é o dinheiro”. E o Salmo 49, salmo sapiencial sobre a condição do homem, recorda que a riqueza não é um seguro de vida. O rico da história que Jesus conta é um bom exemplo de confiança nas riquezas. No seu monólogo revela que seu horizonte é bastante pequeno: esta vida! A isto responde Deus: “Seu tolo. Esta noite você vai morrer”. Rico para Deus é quem ajuda o próximo, como diz o livro dos Provérbios: “Quem se compadece do próximo empresta a Deus” (Pr 19,17

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje? Qual palavra mais me toca o coração?

Entro em diálogo com o texto. Quais são minhas preocupações? Cuido de assegurar a mim e à minha família uma vida digna ou me preocupo demais com o ter, acumular para o futuro. Acaso o ter para mim é como um “seguro de vida”? O meu horizonte termina nesta vida ou a cada dia, vislumbro o Reino que não tem fim?

Os bispos, em Aparecida, disseram: “Segundo a Doutrina Social da Igreja, “o objeto da economia é a formação da riqueza e seu incremento progressivo, em termos não só quantitativos, mas qualitativos: tudo é moralmente correto se está orientado para o desenvolvimento global e solidário do homem e da sociedade na qual vive e trabalha. O desenvolvimento, na verdade, não pode se reduzir a um mero processo de acumulação de bens e de serviços. Ao contrário, a pura acumulação, ainda que para o bem comum, não é uma condição suficiente para a realização de uma autêntica felicidade humana”. A empresa é chamada a prestar uma contribuição maior na sociedade, assumindo a chamada responsabilidade social-empresarial, a partir dessa perspectiva”. (DAp 69).

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?

Rezo com toda a Igreja a

Oração Missionária 2011
Deus Pai,
Criador do céu e da terra,
Enviai, por meio do vosso Filho,
O Espírito que renova todas as coisas,
Para que, no respeito e cuidado com a natureza,
Possamos recriar novos céus e nova terra,
E a Boa-Nova, que brilhou na Criação,
Seja conhecida até os confins do universo.
Amém.

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?

Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.

Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre.Disponho-me a dar e partilhar mais do que a reclamar direitos.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.

- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.

-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.

- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
**************************
Mês das Missões - 2011.
Tema: "Missões na Ecologia"
Veja mais sobre o tema e sugestões de reflexão em DVDs,
no blog: http://comunicacatequese.blogspot.com/

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LEITURA ORANTE


Lc 10,1-12 - Faltam trabalhadores!

Posted: 17 Oct 2011 07:01 PM PDT

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando:
Creio, meu Deus, que estou diante de Ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso: eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 10,1-12.

Depois disso o Senhor escolheu mais setenta e dois dos seus seguidores e os enviou de dois em dois a fim de que fossem adiante dele para cada cidade e lugar aonde ele tinha de ir. Antes de os enviar, ele disse:

- A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, peçam ao dono da plantação que mande trabalhadores para fazerem a colheita. Vão! Eu estou mandando vocês como ovelhas para o meio de lobos. Não levem bolsa, nem sacola, nem sandálias. E não parem no caminho para cumprimentar ninguém. Quando entrarem numa casa, façam primeiro esta saudação: "Que a paz esteja nesta casa!" Se um homem de paz morar ali, deixem a saudação com ele; mas, se o homem não for de paz, retirem a saudação. Fiquem na mesma casa e comam e bebam o que lhes oferecerem, pois o trabalhador merece o seu salário. Não fiquem mudando de uma casa para outra.

- Quando entrarem numa cidade e forem bem recebidos, comam a comida que derem a vocês. Curem os doentes daquela cidade e digam ao povo dali: "O Reino de Deus chegou até vocês."

Jesus Mestre organiza a equipe de discípulos. Tem objetivo, conteúdo, estratégia e missão claros.

Equipe: setenta e dois discípulos. Setenta (setenta e dois) na tradição judaica significava o número dos povos do mundo. O número de setenta discípulos manifesta o objetivo de Jesus com relação à humanidade inteira. O novo Povo de Deus envolverá todos os povos da terra.

Objetivo: Atenção à vida das pessoas ("cura dos doentes") e anúncio do Reino de Deus.

Conteúdo: preparar a acolhida do Senhor (pré-missão).

Estratégia: oração, despojamento, ir ao encontro, visitar todas as casas, iniciando com saudação de paz.

Missão: a "colheita". Ou seja: formar o novo Povo de Deus.

2. Meditação (Caminho)

O que a Palavra diz para mim?
Respondo aos apelos e convites de Jesus Mestre? Atualizo a Palavra, ligando-a à minha vida.
Faço parte do Novo Povo de Deus. Sou também convocado/a a ser discípulo/a missionário/a atento/a ao bem das pessoas e ao anúncio do Reino. Como disseram os bispos, em Aparecida: " Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher."(DAp 18).
Qual o meu compromisso com a Igreja? Minha fé é dinâmica, comunicativa. Às vezes, tenho minha fé e compromissos adormecidos, sem expressão.
3. Oração (Vida)
O que a Palavra me leva a dizer a Deus?

Rezo com toda a Igreja a
Oração Missionária 2011
Deus Pai,
Criador do céu e da terra,
Enviai, por meio do vosso Filho,
O Espírito que renova todas as coisas,
Para que, no respeito e cuidado com a natureza,
Possamos recriar novos céus e nova terra,
E a Boa-Nova, que brilhou na Criação,
Seja conhecida até os confins do universo.
Amém. Senhor, que a Messe não se perca por falta de operários.

Desperta nossas comunidades para a Missão.

Ensina nossa vida a ser serviço.

4. Contemplação(Vida/Missão)
Qual o novo olhar que a Palavra despertou em mim?

Renovo meu compromisso de ir ao encontro das pessoas para lhes anunciar a paz. Disseram os bispos, em Aparecida: "Com os olhos iluminados pela luz de Jesus Cristo ressuscitado, podemos e queremos contemplar o mundo, a história, os nossos povos da América Latina e do Caribe, e cada um de seus habitantes".(DAp 18).

Ir. Patrícia Silva, fsp
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Mês das Missões - 2011.
Tema: "Missões na Ecologia"
Veja mais sobre o tema e sugestões de reflexão em DVDs,
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Paulinas Comunica: Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio «Porta ...

Posted: 17 Oct 2011 06:48 AM PDT

Paulinas Comunica: Carta Apostólica de Bento XVI sob forma de Motu Proprio «Porta Fidei" Com a qual se proclama o Ano da Fé 1. A porta da fé (cf. At 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua...

Recolha e transcrição para este blogue por

António Fonseca

Nº 1076 - (270) - 18 DE OUTUBRO DE 2011 - SANTOS DE CADA DIA - 3º ANO

 

Nº 1076

SÃO LUCAS

Evangelista

Lucas, Santo

Lucas, Santo

São Lucas é uma das figuras mais simpáticas do Cristianismo primitivo. Homem de posição e qualidades, de formação literária, de profundo sentido artístico e divino, entrega-se plenamente, ao Cristianismo logo que toma conhecimento dele na sua cidade, Antioquia, a grande metrópole romana do Oriente; subjuga-o a grandeza de S. Paulo e converte-se no mais fiel e incondicional dos seus discípulos. Toda a sua ciência médica e literária põe-na à disposição do grande Apóstolo, entrega-lhe a sua pessoa e segue-o para toda a parte, como a sombra ao sol. Humilde e devoto, pode dizer-se dele que foi um desses homens admiráveis que brilham como estrelas de segunda ordem, ou melhor, que renunciam a brilhar por si mesmos para se entregarem a outros de mais altura, oferecendo assim o mérito da modéstia e uma ação mais fecunda, ainda quer menos pessoal. Assim é S. Lucas. teve a sorte invejável de encontrar-se no caminho da sua vida com um mestre espiritual incomparável. Entregou-se a ele sem reservas e com fé cega, na prosperidade e na adversidade. S. Lucas deixou-nos como escritor duas obras divinas: o terceiro Evangelho canónico e a história dos primeiros dias cristãos e das missões de S. Paulo. Em ambos os livros se mostra S. Lucas o discípulo e admirador incondicional de S. Paulo. Olha para Cristo com os olhos de S. Paulo, «o seu iluminador», como lhe chama Tertuliano. A história primeira do Cristianismo centra-a na figura de S. Paulo. S. Lucas identificou-se com a alma do seu mestre. Por isso o seu Evangelho pode chamar-se «o evangelho de S. Paulo».A mensagem divina de Jesus, vê-a S. Lucas através do prisma de S. Paulo, que lhe dá a inteligência profunda do mistério de Cristo. A filantropia (amizade para com os homens) de Deus resplandece de maneira extraordinária em S. Lucas; a bondade misericordiosa, a benignidade que se inclina sobre todas as misérias. Jesus é o Salvador de todos os homens, de todos os povos, de todas as raças. A parábola da ovelha perdida, do filho pródigo, do bom, samaritano, realçam em forma concreta o espírito universalista e misericordioso do Evangelho, que profundamente sentiu S. Paulo. S. Lucas é «o escritor da mansidão de Cristo». Notou-se com razão o papel importante que desempenham as mulheres no Evangelho de S. Lucas. O paganismo tinha rebaixado a nobre condição delas como companheiras do homem. S. Paulo fez sobressair a igualdade de todos em Cristo, onde não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem ou mulher. S. Lucas recolhe, da vida e ensinamento de Jesus, tudo o que pode realçar o valor e estima que teve pela mulher Como médico, S. Lucas tinha coração compassivo, conhecedor das misérias da humanidade, e estava preparadíssimo para assimilar o espírito filantrópico e essencialmente humano do Evangelho. Onde nasceu S . Lucas? A opinião mais provável diz-nos que foi natural de Antioquia da Síria. De origem pagã, deve lá ter conhecido muito cedo o Cristianismo e deve tê-lo abraçado com todas as veras do seu coração, como homem recto, bem disposto e desapaixonado. A tradição diz-nos que desde a juventude guardou perfeita castidade. Foi como açucena a brotar dentre águas corrompidas. Cumpriu-se nele a máxima de Jesus: «Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus». S. Lucas viu e sentiu profundamente a formosura do Cristianismo. Num mundo que desconhecia, odiava ou opunha a ridículo o nome do cristão, ele sentiu-lhe a formosura e diz-nos cheio de santo orgulho, que foi a sua cidade, Antioquia, a primeira terra onde se começaram a distinguir os discípulos de Jesus com o nome glorioso de «cristãos». Pelo ano de 50, durante a segunda missão de S. Paulo, aparece pela primeira vez ao lado do Apóstolo. Acompanha-o pela Macedónia e a seguir aparta-se dele, em Filipos, até à terceira missão, pelo espaço de quase seis anos. Por 58 sobe com Paulo a Jerusalém, onde conheceu muitos discípulos imediatos de Jesus e se informou minuciosamente de tudo o que se referia à infância do Senhor, ao seu ministério público e à sua paixão e morte. Assim recolheu, com carinho de enamorado, os dados da Anunciação. Encarnação, Nascimento e crescimento de Jesus. Que cenas tão cheias de colorido, de luz, de paz e gozo espiritual! Quanto temos de agradecer, nós cristãos, à diligente e adorável pena de S. Lucas! Uma tradição – que recolheu no século XIV Nicéforo Calisto, inspirado numa frase de Teodoro, escritor do século VI – diz-nos que S. Lucas foi pintor e fala-nos duma imagem de Nossa Senhora saída do seu pincel. santo Agostinho, No século IV, diz-nos pela sua parte que não conhecemos o retrato de Maria; e Santo Ambrósio, com sentido espiritual, diz-nos que era figura de bondade.- Este é o retrato que nos transmitiu S. Lucas da Virgem Maria: o seu retrato moral, a bondade da sua alma. O Evangelho de boa parte das Missas de Maria Santissima e é tomado de S. Lucas, porque foi ele quem mais longamente nos contou a sua vida e nos descobriu o seu Coração. Duas vezes esteve preso S. Paulo em Roma e nos dois cativeiros teve consigo S. Lucas, «médico queridíssimo». Ajudava-o no seu apostolado, consolava-o nos seus trabalhos e atendia-o e curava-o com solicitude nos seus padecimentos corporais. No segundo cativeiro do ano 67, pouco antes do martírio, escreve a Timóteo que «Lucas é o único companheiro» na sua prisão. Os outros tinham-no abandonado. Não podemos explicitar onde esteve S. Lucas no intervalo que separa os dois cativeiros de S. Paulo, dos anos de 64 a 67. Neste período, consta-nos que veio S. Paulo à Hispânia; não se pode excluir a hipótese, para os peninsulares tão honrosa, de também S. Lucas nos ter visitado. Com a morte de S. Paulo, eclipsa-se na história de S. Lucas. Um escrito do século III diz-nos que morreu virgem na Bitínia, com a idade de 74 anos, cheio do Espírito Santo. Santo Epifânio, no século IV, acrescenta que pregou o Evangelho na Itália, França, Dalmácia e Macedónia. Sobre a sua morte não temos dados concretos nenhuns, mas uma tradição autorizada, que vem do século IV, assegura-nos que derramou o sangue por Cristo. Assim rubricou a verdade que tinha escrito para toda a Igreja e para o mundo inteiro, com a carta magna do seu Evangelho e com a história dos atos apostólicos. Podemos repetir a sentença de Pascal, falando de todos os Evangelistas: “Creio firmemente na história dos que se deixam matar para dar testemunho da verdade do que escreveram. S. Lucas é médico bondoso e serviçal, é literato, mas sobretudo é santo e mártir, que morreu pela fé que pregou de palavra e exarou nos seus livros”. É considerado o Padroeiro dos médicos, por também ele ter exercido esse oficio, conforme diz S. Paulo aos Colossensses (3, 14): «Saúda-vos Lucas, nosso querido médico». Do Livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic. e www.santiebeati.it  ¿Queres saber mas? Consulta ewtn ¿Sabias que? A ciência confirma a autenticidade das relíquias de são Lucas

Lucas, Santo
Octubre 18 Evangelista,

Lucas, Santo

Lucas, Santo

Breves notas en las Cartas de San Pablo son las únicas noticias que la Sagrada Escritura nos presenta sobre San Lucas, el solícito investigador de la buena noticia y autor del tercer Evangelio y de los Hechos de los Apóstoles. Por sus apuntes de viaje, es decir, por las páginas de los Hechos en los que San Lucas habla en primera persona, podemos reconstruir parte de su actividad misionera. Fue compañero y discípulo de los apóstoles. El historiador Eusebio subraya: “... tuvo relaciones con todos los apóstoles, y fue muy solícito”. De esta sensibilidad y disponibilidad suyas hacia el prójimo nos da testimonio el mismo San Pablo, unido a él por grande amistad. En la carta a los Colosenses leemos: “Os saluda Lucas, médico amado...”. La profesión médica nos trace suponer que él se dedicó mucho tiempo al estudio. Su formación cultural se nota también por el estilo de sus libros: su Evangelio está escrito en un griego sencillo, limpio y bello, rico en términos que los otros tres evangelistas no tienen. Hay que hacer otra consideración sobre su Evangelio, a más del hecho estilístico e historiográfico: Lucas es el evangelista que mejor que lo otros nos pintó la humana fisonomía del Redentor, su mansedumbre, sus atenciones para con los pobres y los marginados, las mujeres y lo pecadores arrepentidos. Es el biógrafo de la Virgen y de la infancia de Jesús. Es el evangelista de la Navidad. Los Hechos de los Apóstoles y el tercer Evangelio nos hacen ver el temperamento de San Lucas, hombre conciliador, discreto, dueño de sí mismo; suaviza o calla expresiones que hubieran podido herir a algún rector, con tal que esto no vaya en perjuicio de la verdad histórica.
Al revelarnos los íntimos secretos de la Anunciación, de la Visitación, de la Navidad, él nos hace entender que conoció personalmente a la Virgen. Algún exégeta avanza la hipótesis de que fue la Virgen María misma quien le transcribió el himno del “Magnificat”, que ella elevó a Dios en un momento de exultación en el encuentro con la prima Isabel. En efecto, Lucas nos advierte que hizo muchas investigaciones y buscó informaciones respecto de la vida de Jesús con los que fueron testigos oculares. Un escrito del siglo II, el Prólogo antimarcionista del Evangelio de Lucas, sintetiza el perfil biográfico del modo siguiente: “Lucas, un sirio de Antioquía, de profesión médico, discípulo de los apóstoles, más tarde siguió a San Pablo hasta su confesión (martirio). Sirvió incondicionalmente al Señor, no se casó ni tuvo hijos. Murió a la edad de 84 años en Beocia, lleno de Espíritu Santo”. Recientes estudios concuerdan con esta versión. ¿Quieres saber más? Consulta ewtn
¿Sabias que? La ciencia confirma la autenticidad de las reliquias de san Lucas

21800 > San Luca Evangelista 18 ottobre - Festa MR

Áudio da RadioVaticana:  RadioRai: e RadioMaria:

74370 > Sant' Amabile di Rium 18 ottobre MR

 
74360 >
Sant' Asclepiade Vescovo 18 ottobre MR


94755 >
Beato Domenico da Perpignano Mercedario 18 ottobre

 
92991 > Sant' Isacco Jogues Sacerdote e martire 18 ottobre MR

 

• Justo de Auxerre, Santo
Outubro 18 Mártir

Justo de Auxerre, Santo

Justo de Auxerre, Santo

Etimologicamente significa “ prudente, recto”. Vem da língua latina. Jesús disse:”Não são os sãos os que têm necessidade de médico mas sim aos enfermos; não vim chamar os justos, mas sim a s pecadores”. Nasceu este mártir da Igreja na cidade de Auxerre, na Borgonha. Seus pais eram profundamente cristãos. Ainda que era todavia uma criança, sem embargo, graça a sua educação, parecia mais maduro do que aparentava. Aos oito anos sustentava controvérsias contra os pagãos, que invadiam a região, sobre temas religiosos. Tinha uma inteligência pouco comum. Não chegou a conhecer a seu irmão Justiniano. Roubaram-no a seus pais para o vender a uns mercadores de Beauvais.
Deus o revelou a Justo onde estava. Chegados a casa do comerciante, este reuniu aos doze escravos. Este devolveu o filho com a única condição de que saíssem em seguida da cidade. Mas o governador mandou que os apanhassem. Queria vingar-e de sua condição cristã. Não podia, influído pelos pagãos pudentes, ver a um seguidor de Jesus Cristo. Uma vez que teve ante sua presença ao bom de Justo, o enviou a uma fogueira. Não se sabe que fez com seu pai e sua mãe. Sua cabeça se venera hoje em Beauvais. Era o ano 306. ¡Felicidades a quem leve este nome!

91954 > San Giusto Martire 18 ottobre

94532 > Beata Margherita Tornielli Clarissa 18 ottobre

 

SANTO MONON

Eremita (639)

 

É um dos santos mais venerados pelos povos das Ardenas, França. Diz-se que, tendo partido da Escócia, sua terra natal, a fim de se dirigir a Roma, encontrou, ao atravessar a Bélgica, S. João, o Cordeiro, bispo de Maastricht, a quem se ligou por grande amizade. Terminada a peregrinação, fixou-se na floresta das Ardenas, como o bispo lhe aconselhara, e viveu como eremita nos bosques de Saint-Hubert. Cerca do ano de 630 foi assassinado por bandidos. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

74380 > San Monone Eremita 18 ottobre MR

• Pedro de Alcântara, Santo
Outubro 18 Penitente

Pedro de Alcántara, Santo

Pedro de Alcântara, Santo

Martirológio Romano: Na vila de Arenas, na região espanhola de Castela, são Pedro de Alcântara, presbítero da Ordem dos Irmãos Menores, que adornado com o dom de conselho e de vida penitente e austera, reformou a disciplina regular nos conventos da Ordem em Espanha, sendo conselheiro de santa Teresa de Jesús na sua obra reformadora da Ordem dos Carmelitas (1562). Era o ano do Senhor de 1494 [ou melhor 1499] quando na Extremadura Alta, na vila de Alcântara, nascia do governador dom Pedro Garabito e da nobre senhora dona María Vilela de Sanabria um varão cuja vida havia de ser um contínuo milagre e uma mensagem espiritual de Deus aos homens, porque não ia a ser outra coisa senão uma potente encarnação do espírito enquanto sofre a humana natureza. Ocorreu quando Espanha inteira vibrava até às entranhas pela força do movimento contra-reformista. Era o tempo dos grandes reis, dos grandes teólogos, dos grandes santos. No céu da Igreja espanhola e universal fulgiam com luz própria Ignacio, Teresa, Francisco de Borja, Juan de la Cruz, Francisco Solano, Javier... Entre eles o Santo de Alcântara havia de brilhar com potentíssima e indiscutível luz. Había de ser santo franciscano. La liturgia de los franciscanos, en su fiesta, nos dice que, si bien «el Seráfico Padre estaba ya muerto, parecía como si en realidad estuviese vivo, por cuanto nos dejó copia de sí en Pedro, al cual constituyó defensor de su casa y caminó por todas las vías de su padre, sin declinar a la derecha ni hacia la izquierda». Todo el que haya sentido alguna vez curiosidad por la historia de la Orden de San Francisco, se encontrará con un fenómeno digno de ponderación, que apenas halla par en la historia de la Iglesia: iluminado por Dios, se apoderó el Santo de Asís del espíritu del Evangelio y lo plasmó en una altísima regla de vida que, en consecuencia, se convierte en heroísmo. Este evangelio puro, a la letra, es la cumbre de la espiritualidad cristiana y hace de los hombres otros tantos Cristos, otros tantos estigmatizados interiores; pero choca también con la realidad de la concupiscencia y pone al hombre en un constante estado de tensión, donde las tendencias hacia el amor que se crucifica y hacia la carne que reclama su imperio luchan en toda su desnuda crudeza. Por eso ya en la vida de San Francisco se observa que su ideal, de extraordinaria potencia de atracción de almas sedientas de santidad, choca con las debilidades humanas de quienes lo abrazan. Y las almas, a veces, ceden en puntos de perfección, masivamente, en grandes grupos, y parece, sin embargo, como si el espíritu del fundador hubiese dejado en ellas una simiente de perpetuo descontento, una tremenda ansia de superación, y constantemente, apenas la llama del espíritu ha comenzado a flaquear, se levanta el espíritu hecho llama en otro hombre y comienza un movimiento de reforma. Nuestro Santo fue, de todos esos hombres, el más audaz, el más potente y el más avanzado. Su significación es, por tanto, doble: es reformador de la Orden y, a través de ella, de la Iglesia universal. San Francisco entendió la santidad como una identificación perfecta con Cristo crucificado y trazó un camino para ir a Él. El itinerario comienza por una intuición del Verbo encarnado que muere en cruz por amor nuestro, moviendo al hombre a penitencia de sus culpas y arrastrándole a una estrecha imitación. Así introduce al alma en una total pobreza y renuncia de este mundo, en el que vivirá sin apego a criatura alguna, como extranjera y peregrina; de aquí la llevará a desear el oprobio y menosprecio de los hombres, será humilde; de aquí, despojada ya de todo obstáculo, a una entrega total al prójimo, en purísima caridad fraterna. Ya en este punto el hombre encuentra realizada una triple muerte a sí mismo: en el deseo de la posesión y del goce, en la propia estima, en el propio amor. Entonces ha logrado la perfecta identificación con el Cristo de la cruz. Esto, en San Francisco, floreció en llagas, impresas por divinas manos en el monte de la Verna. Y, cuando el hombre se ha configurado así con el Redentor, su vida adquiere una plenitud insospechada de carácter redentivo, completando en sí los padecimientos de Cristo por su Iglesia; se hace alma víctima y corredentora por su perfecta inmolación. Cuando el alma se ha unido así con Cristo ha encontrado la paz interior consumada en el amor y sus ojos purificados contemplan la hermosura de Dios en lo creado; queda internamente edificada en sencilla simplicidad; vive una perpetua y perfecta alegría, que es sonrisa de cruz. Es franciscana. Por estos caminos, sin declinar, iba a correr nuestro Santo de Alcántara. Nos encontramos frente a una destacadísima personalidad religiosa, en la que no sabemos si admirar más los valores humanos fundamentales o los sobrenaturales añadidos por la gracia. San Pedro fue hombre de mediana estatura, bien parecido y proporcionado en todos sus miembros, varonilmente gracioso en el rostro, afable y cortés en la conversación, nunca demasiada; de exquisito trato social. Su memoria fue extraordinaria, llegando a dominar toda la Biblia; ingenio agudo; inteligencia despejadísima y una voluntad férrea ante la cual no existían los imposibles y que hermanaba perfectamente con una extrema sensibilidad y ternura hacia los dolores del prójimo. Es de considerar cómo, a pesar de su extrema dureza, atraía de manera irresistible a las almas y las empujaba por donde quería, sin que nadie pudiese escapar a su influencia. Cuando la penitencia le hubo consumido hasta secarle las carnes, en forma de parecer –según testimonio de quienes le trataron– un esqueleto recién salido del sepulcro; cuando la mortificación le impedía mirar a nadie cara a cara, emanaba de él, no obstante, una dulzura, una fuerza interior tal, que inmediatamente se imponía a quien le trataba, subyugándole y conduciéndole a placer. Sus padres cuidaron esmeradamente de su formación intelectual. Estudió gramática en Alcántara y debía de tener once o doce años cuando marchó a Salamanca. Allí cursó la filosofía y comenzó el derecho. A los quince años había ya hecho el primero de leyes. Tornó a su villa natal en vacaciones, y entonces coincidieron las dudas sobre la elección de estado con un período de tentaciones intensas. Un día el joven vio pasar ante su puerta unos franciscanos descalzos y marchó tras ellos, escapándose de casa apenas si cumplidos los dieciséis años y tomando el hábito en el convento de los Majarretes, junto a Valencia de Alcántara, en la raya portuguesa, año de 1515. Fray Juan de Guadalupe había fundado en 1494 una reforma de la Orden conocida comúnmente con el nombre de la de los descalzos. Esta reforma pasó tiempos angustiosos, combatida por todas partes, autorizada y suprimida varias veces por los Papas, hasta que logró estabilizarse en 1515 con el nombre de Custodia de Extremadura y más tarde provincia descalza de San Gabriel. Exactamente el año en que San Pedro tomó el santo hábito. La vida franciscana de éste fue precedida por larga preparación. Desde luego que nos enfrentamos con un individuo extraordinario. De él puede decirse con exactitud que Dios le poseyó desde el principio de sus vías. A los siete años de edad era ya su oración continua y extática; su modestia, sin par. En Salamanca daba su comida de limosna, servía a los enfermos, y era tal la modestia de su continente que, cuando los estudiantes resbalaban en conversaciones no limpias y le veían llegar, se decían: «El de Alcántara viene, mudemos de plática». Claro está que solamente la entrada en religión, y precisamente en los descalzos, podía permitir que la acción del espíritu se explayase en su alma. Cuando San Pedro, después de haber pasado milagrosamente el río Tiétar, llamó a la puerta del convento de los Majarretes, encontró allí hombres verdaderamente santos, probados en mil tribulaciones por la observancia de su ideal altísimo, pero pronto les superó a todos. En él estaba manifiestamente el dedo de Dios. Apenas entrado en el noviciado se entregó absolutamente a la acción de la divina gracia. Fue nuestro Santo ardiente amador y su vida se polarizó en torno a Dios, con exclusión de cualquier cosa que pudiese estorbarlo. El misterio de la Santísima Trinidad, donde Dios se revela viviente y fecundo; la encarnación del Verbo y la pasión de Cristo; la Virgen concebida sin mancha de pecado original, eran misterios que atraían con fuerza irresistible sus impulsos interiores. Ya desde el principio más bien pareció ángel que hombre, pues vivía en continua oración. Dios le arrebataba de tal forma que muchas veces durante toda su vida se le vio elevarse en el aire sobre los más altos árboles, permanecer sin sentido, atravesar los ríos andando sin darse cuenta por encima de sus aguas, absorto en el ininterrumpido coloquio interior. Como consecuencia que parece natural, ya desde el principio se manifestó hombre totalmente muerto al mundo y al uso de los sentidos. Nunca miró a nadie a la cara. Sólo conocía a los que le trataban por la voz; ignoraba los techos de las casas donde vivía, la situación de las habitaciones, los árboles del huerto. A veces caminaba muchas horas con los ojos completamente cerrados y tomaba a tientas la pobre refacción. Gustaba tener huertecillos en los conventos donde poder salir en las noches a contemplar el cielo estrellado, y la contemplación de las criaturas fue siempre para su alma escala conductora a Dios. Como es lógico, esta invasión divina respondía a la generosidad con que San Pedro se abrazara a la pobreza real y a la cruz de una increíble mortificación. Esta fue tanta que ha pasado a calificarle como portento, y de los más raros, en la Iglesia de Cristo. Ciertamente parece de carácter milagroso y no se explica sin una especial intervención divina. Si en la mortificación de la vista había llegado, cual declaró a Santa Teresa, al extremo de que igual le diera ver que no ver, tener los ojos cerrados que abiertos, es casi increíble el que durante cuarenta años sólo durmiera hora y media cada día, y eso sentado en el suelo, acurrucado en la pequeña celda donde no cabía estirado ni de pie, y apoyada la cabeza en un madero. Comía, de tres en tres días solamente, pan negro y duro, hierbas amargas y rara vez legumbres nauseabundas, de rodillas; en ocasiones pasaba seis u ocho días sin probar alimento, sin que nadie pudiese evitarlo, pues, si querían regalarle de forma que no lo pudiese huir, eran luego sus penitencias tan duras que preferían no dar ocasión a ellas y le dejaban en paz. Llevó muchísimos años un cilicio de hoja de lata a modo de armadura con puntas vueltas hacia la carne. El aspecto de su cuerpo, para quienes le vieron desnudo, era fantástico: tenía piel y huesos solamente; el cilicio descubría en algunas partes el hueso y lo restante de la piel era azotado sin piedad dos veces por día, hasta sangrar y supurar en úlceras horrendas que no había modo de curar, cayéndole muchas veces la sangre hasta los pies. Se cubría con el sayal más remendado que encontraba; llevaba unos paños menores que, con el sayal, constituían asperísimo cilicio. El hábito era estrecho y en invierno le acompañaba un manto que no llegaba a cubrir las rodillas. Como solamente tenía uno, veíase obligado a desnudarse para lavarlo, a escondidas, y tornaba a ponérselo, muchas veces helado, apenas lo terminaba de lavar y se había escurrido un tanto. Cuando no podía estar en la celda por el rigor del frío solía calentarse poniéndose desnudo en la corriente helada que iba de la puerta a la ventana abiertas; luego las cerraba poco a poco, y, finalmente, se ponía el hábito y amonestaba al hermano asno para que no se quejase con tanto regalo y no le impidiese la oración. Su aspecto exterior era impresionante, de forma que predicaba solamente con él: la cara esquelética; los ojos de fulgor intensísimo, capaces de descubrir los secretos más íntimos del corazón, siempre bajos y cerrados; la cabeza quemada por el sol y el hielo, llena de ampollas y de golpes que se daba por no mirar cuando pasaba por puertas bajas, de forma que a menudo le iba escurriendo la sangre por la faz; los pies siempre descalzos, partidos y llagados por no ver dónde los asentaba y no cuidarse de las zarzas y piedras de los caminos.  San Pedro era víctima del amor de Dios más ardiente y su cuerpo no había florecido en cinco llagas como San Francisco, sino que se había convertido en una sola, pura, inmensa. Su vida entera fue una continua crucifixión, llenando en esta inmolación de amor por las almas las exigencias más entrañables del ideal franciscano. No es de extrañar, claro está, que su vista no repeliese. Juntaba al durísimo aspecto externo una suavidad tal, un profundo sentido de humana ternura y comprensión hacia el prójimo, una afabilidad, cortesía de modales y un tal ardor de caridad fraterna, que atraía irresistiblemente a los demás, de cualquier clase y condición que fuesen. Es que el Santo era todo fuerza de amor y potencia de espíritu. Aborrecía los cumplimientos, pero era cuidadoso de las formas sociales y cultivaba intensamente la amistad. Tuvo íntima relación con los grandes santos de su época: San Francisco de Borja, quien llamaba «su paraíso» al convento de El Pedroso donde el Santo comenzó su reforma; el beato Juan de Ribera, Santa Teresa de Jesús, a quien ayudó eficazmente en la reforma carmelitana y a cuyo espíritu dio aprobación definitiva. Acudieron a él reyes, obispos y grandes. Carlos V y su hija Juana le solicitaron como confesor, negándose a ello por humildad y por desagradarle el género de vida consiguiente. Los reyes de Portugal fueron muy devotos suyos y le ayudaron muchas veces en sus trabajos. A todos imponía su espíritu noble y ardiente, su conocimiento del mundo y de las almas, su caridad no fingida. Secuela de todo esto fue la eficacia de su intenso apostolado. San Pedro de Alcántara es un auténtico santo franciscano y su vida lo menos parecido posible a la de un cenobita. Como vivía para Dios completamente no le hacía el menor daño el contacto con el mundo. A pesar de ello le asaltaron con frecuencia graves tentaciones de impureza, que remediaba en forma simple y eficaz: azotarse hasta derramar sangre, sumergirse en estanques de agua helada, revolcarse entre zarzas y espinas. Desde los veinticinco años, en que por obediencia le hacen superior, estuvo constantemente en viajes apostólicos. Su predicación era sencilla, evangélica, más de ejemplo que de palabra. En el confesonario pasaba horas incontables y poseía el don de mover los corazones más empedernidos. Fue extraordinario como director espiritual, ya que penetraba el interior de las almas con seguro tino y prudencia exquisita: así fue solicitado en consejo por toda clase de hombres y mujeres, lo mismo gente sencilla de pueblo que nobles y reyes; igual teólogos y predicadores que monjas simples y vulgo ignorante. Amó a los niños y era amado por ellos, llegando a instalar en El Pedroso una escuelita donde enseñarles. Predicó constantemente la paz y la procuró eficazmente entre los hombres. Dios confirmó todo esto con abundancia de milagros: innúmeras veces pasó los ríos a pie enjuto; dio de comer prodigiosamente a los religiosos necesitados; curó enfermos; profetizó; plantó su báculo en tierra y se desarrolló en una higuera que aún hoy se conserva; atravesó tempestades sin que la lluvia calara sus vestidos, y en una de nieve ésta le respetó hasta el punto de formar a su alrededor una especie de tienda blanca. Y sobre todas estas cosas el auténtico milagro de su penitencia. Aún, sin embargo, nos falta conocer el aspecto más original del Santo: su espíritu reformador. No solamente ayuda mucho a Santa Teresa para implantar la reforma carmelitana; no se contenta con ayudar a un religioso a la fundación de una provincia franciscana reformada en Portugal, sino que él mismo funda con licencia pontificia la provincia de San José, que produjo a la Iglesia mártires, beatos y santos de primera talla. Si bien él mismo había tomado el hábito en una provincia franciscana austerísima, la de San Gabriel, quiso elevar la pobreza y austeridad a una mayor perfección, mediante leyes a propósito y, sobre todo, deseó extender por todo el mundo el genuino espíritu franciscano que llevaba en las venas, cosa que, por azares históricos, estaba prohibido a la dicha provincia de San Gabriel, que sólo podía mantener un limitado número de conventos. Con muchas contradicciones dio comienzo a su obra en 1556, en el convento de El Pedroso, y pronto la vio extendida a Galicia, Castilla, Valencia; más tarde China, Filipinas, América. Los alcantarinos eran proverbio de santidad entre el pueblo y los doctos por su vida maravillosamente penitentes. Dice un biógrafo que vivían en sus conventos –diminutos, desprovistos de toda comodidad– una vida que más bien tenía visos de muerte. Cocinaban una vez por semana, y aquel potaje se hacía insufrible al mejor estómago. Sus celdas parecían sepulcros. La oración era sin límites, igual que las penitencias corporales. Y si bien es cierto que las constituciones dadas por el Santo son muy moderadas en cuanto a esto, sin exigir mucho más allá que las demás reformas franciscanas conocidas, no se puede dudar que su poderosísimo espíritu dejó en sus seguidores una imborrable huella y un deseo extremo de imitación. Y es sorprendente el genuino espíritu franciscano que les comunicó, ya que tal penitencia no les distanciaba del pueblo, antes los unía más a él. Construían los conventos junto a pueblos y ciudades, mezclándose con la gente a través del desempeño del ministerio sacerdotal, en la ayuda a los párrocos, enseñanza a los niños; siempre afables y corteses, penitentes y profundamente humanos. El 18 de octubre de 1562 murió en el convento de Arenas. La Santa de Avila vio volar su alma al cielo y la oyó gozarse de la gloria ganada con su excelsa penitencia. El Santo moría en paz. Dejaba una obra hecha: una escuela de santos, un colegio de almas intercesoras y víctimas por las culpas del mundo. Sus penitencias llegaron a parecer a algunos «locuras y temeridades de hombre desesperado»; las gentes le tuvieron muchas veces por loco al ver los extremos a que le llevaba su vida de contemplación. Sólo que, como muy gentilmente aclaró a sus monjas Santa Teresa, aquellas locuras del bendito fray Pedro eran precisamente locuras de amor. Cuando Cristo ama intensamente a un alma no descansa hasta clavarla consigo en la cruz. Cuando un alma ama a Cristo no desea sino compartir con Él los mismos dolores, oprobios y menosprecios. La vocación franciscana es, recordémoslo, una vocación de amor crucificado y San Pedro supo vivirla con plenitud. Su penitencia venía condicionada por su papel corredentivo en la Iglesia de Dios y, si no a todos es dado imitarla materialmente, sí es exigido amar como él amó y desprenderse por amor, y al menos en espíritu, de las cosas temporales, abrazándose a la cruz.

74425 > San Pietro d'Alcantara 18 ottobre MR

• Pedro de Tsetinia, Santo
Octubre 18 Obispo,

Pedro de Tsetinia, Santo

Pedro de Tsetinia, Santo

Etimológicamente significa “roca”. Viene de la lengua hebrea. Hay personas que marcan toda una época y estilo de vida, incluso cuando son reyes de un pueblo.  Sienten la necesidad de estar llenos de Dios y vacíos de muchas tontadas que se nos acumulan en la vida. Balduino, rey de Bélgica, dijo un día estas palabras:"El Señor nos ha concedido una gracia al hacernos sentir un vacío ante todo lo que no es él". Este joven era originario de Niegouch, Montenegro. Debió ser un chico muy bien dotado en los valores que dan consistencia a la persona. A los 12 años entró ya de monje. Tenía firmemente arraigada la fe. Y como consecuente con ella, dedicó toda su vida a defender a su pueblo para que nunca la perdiera. Supo llevar muy bien tanto el gobierno de su pequeño reino del que era el soberano, como la pastoral y la dirección espiritual del mismo, ya que era el metropolita. En su tiempo había luchas entre clanes rivales. Con sus dotes de gobierno y la santidad de su propia vida logró que todos se entendieran e hiciesen las paces. Cuando el peligro provenía del exterior, también tuvo arranque y valor para combatir – como soberano – contra los ejércitos del mismo Napoleón I. Consiguió dominarlo en la batalla de Boka. Esto contribuyó a que su fama corriera por Europa como la espuma. En el trato con los otros demostraba su recia personalidad, su bondad e indulgencia para con los demás, pero era muy exigente consigo mismo. Aunque fue el príncipe y obispo de Montenegro, llevó una vida personal parecida más bien a la de asceta o monje.¡Felicidades a quien lleve este nombre!

91924 > Santi Procolo, Eutiche e Acuzio Martiri di Pozzuoli 18 ottobre MR

94752 > Beato Teobaldo da Narbona Martire mercedario 18 ottobre


94551 >
Santa Zlata di Muglen Vergine e martire 18 ottobre (Chiese Orientali)




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NOTA INFORMATIVA: Como já devem ter reparado, com exceção da 1ª biografia, que mais sobressai, – neste caso, hoje, por exemplo, é a de Nossa Senhora do Rosário – todos os restantes nomes (que não são do livro citado) surgem por Ordem alfabética, uma, duas ou três vezes, conforme figurem nos três sites indicados, que poderão ser consultados - se assim o desejarem – pelos meus eventuais leitores. LOGICAMENTE E POR ESSE FACTO, DIARIAMENTE, O ESPAÇO OCUPADO, NUNCA É IGUAL, ACONTECENDO POR VEZES QUE É DEMASIADO EXTENSO. As minhas desculpas e obrigado.

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ANTÓNIO FONSECA

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