segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Nº 1166-1ª Página - (16-2012) - 16 de JANEIRO DE 2012 - SANTOS DE CADA DIA - 4º ANO

 
NOTA DE AUTOR:
 
A integração dos textos editados MMI IMP S.r.l./IMP BV – impressa na União Europeia (Ver blogue nº 1153 – 3/1/12) que se refiram a alguns dos Santos hoje incluídos, continuara a ser efetuada diariamente desde que eu possua as respectiva pagelas na Coleção de Histórias de Santos que nos inspiraram, intitulada “Pessoas Comuns – Vidas Extraordinárias” pelo que peço as minhas desculpas. AF. – HOJE, POR EXEMPLO serão incluídos como complemento na vida de FÚRSIO, Santo Estrela
 
Nº 1166 – 1ª Página – 2012
 
 
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Será esta porventura, a nova imagem do €uro de agora em diante,
ao contrário…(?) – se calhar …
 
Feliz Ano de 2012
 
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São Furseo, abade

SAN FURSEO

Em Mazerolles, junto ao rio Alteia, na Gália (hoje França), são Furseo, abade primeiro na Irlanda, depois em Inglaterra e, finalmente, na Gália, onde fundou o mosteiro de Lagny (c. 650).

 
COMPLEMENTO
 
Nascido provavelmente no condado de Galway, na costa ocidental da Irlanda, crê-se que Fúrsio era provavelmente filho de um príncipe irlandês. Foi batizado e educado pelo seu tio-avô Brendan, que dirigia o convento onde Fúrsio veio a ingressar. Começou cedo a dar provas de santidade e após alguns anos fundou o seu próprio mosteiro em Rathmat, hoje Killursa. Rathmat encheu-se de discípulos vindos de toda a Irlanda, mas Fúrsio esperava recrutar gente entre os seus familiares. Numa ida a casa, adoeceu gravemente e diz-se que teve visões da vida após a morte, do céu, do inferno, e de anjos disputando a sia alma com o Mal. As visões de Fúrsio, relatadas pelo historiador Beda, tiveram um  efeito profundo no pensamento religioso da Idade Média.
 
Missionário de sucesso – Os irmãos de Fúrsio, Foillan e Ultan, foram viver para a comunidade de Rathmat, mas Fúrsio tornou-se um pregador itinerante, instruído pelas suas visões a realizar vários anos de trabalho apostólico. Depois de cumprir a sua missão na Irlanda, viajou, com os irmãos e outros monges, para a Anglia Oriental. O rei Sigeberto ofereceu-lhe terra para construir um mosteiro e Fúrsio demorou-se aí alguns anos, convertendo ao Cristianismo os pictos e saxões, que eram pagãos. Quando a guerra ameaçou, Fúrsio partiu com os seus monges para a Gália, onde teve grande sucesso como missionário. Diz-se que realizou muitos milagres pelo caminho. Um Governador local ofereceu-lhe terras em Lagny-sur-Marne, perto de Paris, onde foi construído um mosteiro. Morreu em Mazrolles, na França do sul, e foi sepultado em Péronne, onde é considerado Santo. Também é venerado em toda a Irlanda.
 
NO SEU RASTO
 
Os anos em que Fúrsio pregou na Irlanda marcaram o início da sua acção missionária. Na atualidade, a Irlanda continua a necessitar da mensagem cristã, já que a violência nas ruas e as atividades terroristas continuam. Desde 1979 que Jack McKee tem tirado jovens e delinquentes das ruas de Belfast, com o evangelho da paz. Em 1993, fundou o New Life Ministries of Ireland. O grupo tem vários programas como:
 
* Higher Force Challenge, um programa de desenvolvimento pessoal para jovens em risco.
* Encontros nas noites de sexta-feira nos quais, através da mímica do teatro, de testemunhos, do ensino e da pregação, se procura fomentar a espiritualidade.
* Noite da Liberdade, evento social realizado aos sábados onde a música é utilizada para chegar aos jovens e evangelizá-los.
 
A obra do pastor McKee conta com a empenhada colaboração de uma equipa de jovens voluntários.
 
ORAÇÃO
 
São Fúrsio, trouxeste muitos pecadores para o rebanho de Cristo. Seguindo o Teu exemplo, defrontaremos os demónios que vivem no fundo dos nossos corações e expulsá-los-emos para sempre. Com o coração limpo e a alma purificada, abraçaremos o Pai e rejubilaremos na Sua bondade e misericórdia. Ámen.
(Oração contemporânea)
 

No período em que viveu São Fúrsio, ocorreram entre outros, os seguintes factos: Início da conversão dos anglo-saxões ao Catolicismo (597); Os lombardos invadem a Itália (568); Utiliza-se petróleo no Japão (615); O Cristianismo nestoriano chega à China (641).
 

92666 > San Fursa (Furseo) Abate 16 gennaio MR

SÃO BERARDO com

Vital, Pedro, Acúrsio, Adjuto e Otão,

seus Companheiros Mártires Marroquinos  (1220)

SAN BERARDO Y COMPAÑEROS

No capítulo de 1219 resolveu S. Francisco mandar religiosos para todas as partes do mundo, assim dos fiéis como dos infiéis. À Espanha, onde o Miramolim de Marrocos perseguia os cristãos, mandou seis frades italianos: Vital, Berardo, Pedro, Acúrsio, Adjuto e Otão. os dois primeiros e o último eram sacerdotes, Pedro diácono, Adjuto e Acúrsio irmãos leigos. Depois de se despedirem do seu querido Superior, puseram-se a caminho, descalços, segundo a regra do Evangelho, sem dinheiro nem alforge. Chegando ao reino de Aragão, em Espanha, adoeceu Vital, que teve de ficar numa casa de caridade, continuando os outros viagem. Chegaram a Portugal e dirigiram-se a Coimbra, onde estava a rainha D. Urraca, mulher de D. Afonso II, que então reinava. Logo que a rainha soube que tinham chegado, mandou-os chamar, e tratou-os com todas as atenções, perguntando-lhes para onde iam. Os Santos responderam que tinham sido enviados por Frei Francisco, a pregar aos infiéis. De Coimbra foram os Santos a Alenquer, onde já havia um mosteiro de religiosos Franciscanos. Nessa vila receberam da Beata Sancha, filha de D. Sancho I, tudo o que era necessário para a viagem. Passaram a Lisboa e depois a Sevilha, que ainda era dos Mouros. Um dia em que estes festejavam a Maomé, foram os Santos à mesquita e em altas vozes começaram a pregar a doutrina de Jesus. Os Mouros levantaram-se contra eles em grande furor e, com pancadas e injúrias, afastaram-nos para longe, considerando-os como doidos. Vencendo dificuldades, conseguiram chegar até onde estava o rei mouro, o qual lhes perguntou donde eram e quem os mandava ali. Responderam: «Somos cristãos, vimos de Itália e somos enviados pelo Rei dos reis, Jesus Cristo, para salvar a tua alma. Deixa os erros de Maomé, crê em Jesus, verdadeiro Deus, recebe o baptismo em nome da Santíssima Trindade. Se não procederes deste modo, não poderás ser salvo». O Rei mouro, considerando-se ofendido, disse: «Ó homens perdidos, quem vos deu tanto atrevimento para que, na minha presença, digais essas coisas?». Entretanto, mandou que os tirassem da sua presença e que, depois de açoutados, os degolassem. Mas o príncipe, filho do rei de Sevilha, disse ao pai: «Como é que resolvestes, meu pai, mandar matar aqueles homens?» Mandai primeiro chamar os antigos letrados da nossa terra para ver se convencem esses cristãos. Não procedendo assim, é injusto e contra as nossas leis se os mandais matar». Aplacado com estas palavras, o Rei suspendeu a sentença, mas ordenou que os encerrassem numa torre, onde ficariam até resolver o que se faria deles. Depois de muitos tormentos, julgou que já estariam arrependidos, mandou-os chamar e com ameaças e promessas procurou convertê-los à sua falsa religião. Vendo que nada conseguia, ordenou que os carregassem de ferros e os sujeitassem às maiores humilhações. Aconselhou-se pois com os seus letrados sobre o que devia fazer deles. Disseram-lhe que era melhor enviá-los para Marrocos num navio que estava para levantar ferro. Chegaram os cinco Santos a Marrocos, onde estava o Miramolim, Imperador dos Mouros. Foram acompanhados por um fidalgo castelhano. este levou-os a casa do Infante de Portugal, D. Pedro, irmão de D. Afonso II, que então reinava e, como diz a história, defraudou todos os seus irmãos nos bens que lhes deixara o pai, sendo este o motivo de D. Pedro se retirar para Marrocos. O Infante recebeu-os com muita benignidade e deu-lhes tudo quanto era necessário. Sabendo que os Santos queriam pregar, procurou demovê-los desse propósito, com o receio de que o Imperador se irritasse. Mas eles, notando isto, afastaram-se no dia seguinte sem dizer nada e começaram a pregar aos mouros com grande fervor. Sabendo que o Miramolim tinha ido visitar as sepulturas reais, esperaram-no fora da cidade e um deles, Berardo, subiu a um alto para melhor ser ouvido pelo Miramolim. Quando este passava, começou a pregar a fé católica. Ouvindo-o, o Imperador ordenou que fossem expulsos das suas terras. O Infante mandou dois homens seus com os Santos, para que os levassem a Ceuta e ali os embarcassem em direção a Portugal. Os santos deixaram, porém, os homens e, voltando a Marrocos, começaram de novo pregar. Sabendo disto o Miramolim mandou-os meter num escuro cárcere. Tirados da masmorra e levados à presença do rei, este ficou muito admirado de os ver tão sãos e robustos, e perguntou a Berardo quem os alimentara no cárcere. O Santo respondeu que, se quisesse saber como foram sustentados, se fizesse cristão e conheceria o grande poder de Deus. Pouco tempo depois, Berardo fez um grande milagre. Presenciado por mouros e cristãos, conseguiu que se tivessem em muita reverência os Santos. Estes começaram de novo a pregar Jesus Cristo. O Rei irou-se muito e mandou-os prender e entregar a um mouro principal da sua corte, ordenando-lhe que os matasse. Tinha este homem presenciado o milagre acima referido, compadeceu-se por isso deles e demorou por alguns dias a execução da sentença, na esperança de que alguns cristãos nobres intercederiam por eles e lhes alcançariam o perdão. Aproveitando a ausência do Rei, soltaram-nos; mas eles somente aproveitaram a liberdade obtida para continuar intrepidamente a sua nobre missão de pregadores do Evangelho. Presos novamente, sofreram os maiores tormentos, mas Deus, que nunca abandona os seus amigos, visitou-os no cárcere com,consolações também maiores. Uma noite, acordando, os guardas viram uma luz muito intensa que descia sobre os santos e parecia elevá-los ao céu. Ficaram muito aflitos e foram ter com um cristão, também prisioneiro, a quem, disseram não saber que fariam naquelas circunstâncias. O cristão respondeu-lhes: «Sossegai, eles não fugiram, porque os vi louvar ao Senhor durante a noite». Os guardas, não acreditando, foram ao cárcere e encontraram os Santos em oração. De novo foram levados à presença do Miramolim, onde também mais uma vez confessaram desassombradamente o amor intenso que a Jesus consagravam. Mandou então o Imperador que fossem levados à praça principal desta cidade para ele mesmo os justiçar, a fim de que todos vissem o zelo que tinha pela sua lei e pela honra de Maomé. Separados os Santos, que alegremente se ofereciam ao martírio, fendeu a cabeça pelo meio a cada um com grandes golpes. E não satisfeito, degolou-os cruelmente. Deu-se este glorioso acontecimento a 16 de Janeiro de 1220, uns seis anos antes da morte de S. Francisco de Assis. Na hora do seu glorioso martírio, apareceram na vila de Alenquer à Infanta D. Sancha. Agradeceram-lhe os benefícios que lhes tinha concedido. Os corpos dos mártires foram arrastados pelas ruas por entre os maiores ultrajes. Quiseram queimá-los, mas, por permissão de Deus, o fogo não lhes tocou. Por último, os cristãos, avisados secretamente, puderam, recolher as santas relíquias e levaram-nas ao Infante D. Pedro que as mandou pôr em duas arcas. Pouco depois foram transportadas para Portugal, onde as receberam no meio dum verdadeiro triunfo. Sabendo D. Afonso que as relíquias estavam já perto de Coimbra, preparou-se com grande devoção e entusiasmo para as ir receber. Conduziram-nas para o Mosteiro de Santa Cruz, onde ainda hoje se encontram. Muitas graças se têm obtido por intercessão desses Mártires gloriosos. S. Francisco de Assis alegrou-se muito ao receber a notícias da morte gloriosa de seus filhos espirituais. Um jovem que tinha entrado para a ordem de Santo Agostinho, ao assistir à recepção que em Coimbra foi feita às relíquias dos gloriosos Mártires, ficou tão comovido, que resolveu mudar para a Ordem de S. Francisco, a que eles pertenciam. Esse jovem foi o glorioso Santo António. Bento XIV permitiu que a festa destes Santos fosse celebrada em todas as dioceses de Portugal. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas,.pt

90365 > Santi Berardo, Otone, Pietro, Accursio e Adiuto Protomartiri dell’Ordine dei Frati Minori 16 gennaio MR

BEATO JOSÉ VAZ

Sacerdote (1651-1711)

José Vaz, Beato

José Vaz, Beato

Nasceu em Goa, no ano de 1651, de família católica, e foi ordenado em 1676. Nomeado Vigário de Kanara (sul de Goa), durante a sua estadia nesta região, conquistou a estima da população, que o tinha como verdadeiro «santo asceta». Regressado a Goa, reuniu u grupo de sacerdotes goeses, com o fim de fundar uma Congregação religiosa, uma vez que as existentes só estavam abertas aos Europeus. Nomeado geral dessa Congregação, acabou por se demitir e partiu para o Ceilão (atual Sri Lanka). Aqui exerceu o seu ministério durante 2 anos, ao fim dos quais teve de fugir, por causa da perseguição dos holandeses à Igreja Católica. O Padre Vaz buscou refúgio em Kandy, zona da religião budista, onde é aceite dado que não combatia as crenças budistas. Com o auxílio dos membros da Congregação por ele fundada em Goa, desenvolveu um intenso apostolado nesta região e ainda na zona costeira, sempre num estilo de vida pobre e desprendido. O Padre Vaz quis que os seus sacerdotes aprendessem as línguas locais (tamil e cingalês) e ele próprio compôs orações, hinos e textos litúrgicos nestas línguas. Não aceitavam retribuições pelo seu trabalho apostólico, nem estipêndios das Missas, ao contrário dos missionários europeus. Só recebiam esmolas, completamente voluntárias e o povo mostrou-se tão generoso com as sobras que ainda conseguiam ajudar os necessitados. O Papa Clemente XI, informado da obra que o Padre José Vaz realizava quis nomeá-lo bispo, mas ele recusou o cargo. Morreu em Kandy, a 16 de janeiro de 1711, deixando no Ceilão uma fervorosa comunidade católica , composta por 70 000 fiéis. O seu espírito aberto a todos e o seu trabalho sem fronteiras da religião são considerados como pioneiros da atual abertura ecuménica, nascida no Concílio Vaticano II. Foi beatificado por João Paulo II, na visita que o Papa realizou a Colombo, em 1995. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas,.ptSe alguém tiver informação relevante para a canonização do Beato José Vaz por favor comunique-se com:  Sanctuary of Blessed Joseph Vaz  413 Blessed Joseph Vaz Road  Sancoale P.O.  Cortalim  Goa, Índia-403 710  phone/0834-550263

38125 > Beato Giuseppe Vaz Missionario 16 gennaio MR

• Marcelo I, Santo

XXX Papa (309)

Marcelo I, Santo

Marcelo I, Santo

Martirológio Romano: Em Roma, no cemitério de Priscila, na via Salaria Nova, sepultura de são Marcelo I, papa, que, como recorda o papa são Dâmaso, foi um verdadeiro pastor, pelo que sofreu muito, sendo expulso de sua pátria e morrendo no desterro por haver sido denunciado falsamente ante o tirano por alguns que desprezavam a penitência que lhes havia imposto (309). Etimologia: Marcelo = relativo ao deus Marte, é de origem latina. O papa são Marcelo I (308-309), foi eleito depois de quatro anos da morte do papa são Marcelino devido à perseguição do imperador Diocleciano (303 a 305). Lhe tocou fazer frente à crise deixada entre os cristãos pela referida perseguição e que por medo ao martírio haviam apostatado de sua fé ou simplesmente abandonado as práticas religiosas, mas agora queriam regressar à Igreja. Decretou que aqueles que desejavam voltar à Igreja tinham que fazer penitência por haver renegado da fé durante a perseguição. Os que estavam contra esta decisão conseguiram que o imperador Magêncio o desterrasse. Segundo o "Livro Pontifical", o Papa Marcelo hospedou-se na casa de uma laica muito piedosa de nome Marcela, e desde aí, seguiu dirigindo aos cristãos. Ao inteirar-se o Imperador, obrigou ao Pontífice a realizar trabalhos forçados nas cavalariças e casebres imperiais que foram trasladados a essa zona. Morreu no exílio em 16 de Janeiro de 309. Seu corpo foi devolvido a Roma e sepultado no cemitério de Priscila. Durante seu pontificado se dedicou a voltar a edificar os templos destruídos na perseguição. Dividiu Roma em vinte e cinco sectores com um presbítero ou pároco à frente de cada um deles. Seu carácter enérgico, ainda que moderado, levou a que ordenasse que nenhum concílio se pudesse celebrar sem sua autorização explícita.

30950 > San Marcello I Papa 16 gennaio MR

Ascolta da RadioVaticana:
Ascolta da RadioRai:
Ascolta da RadioMaria:

São Danacto ou Danax, mártir

SAN DANACTO

Na cidade de Aulona, em Iliria (hoje Albânia), são Danacto ou Danax, mártir (s. inc.)

92713 > San Dana (Danatte) Martire 16 gennaio MR

• Honorato de Arles, Santo

Bispo

Honorato de Arles, Santo

Honorato de Arles, Santo

Martirológio Romano: Em Arlés, cidade da Provença, na Gália (hoje França), santo Honorato, bispo, que estabeleceu o célebre mosteiro na ilha de Lérins e depois aceitou reger a sede de Arlés (429). De família galo-romana e pagã, ele e seu irmão Venâncio se converteram ao cristianismo. Peregrinou a Grécia, onde entrou em contacto com os monges daquelas terras e conheceu seu modo de vida. Sobre o ano 410 regressou à Gália. Desejava residir como ermitão em algum lugar separado e se instalou na ilha Lerina, também chamada ilha São Honorato, uma das ilhas Lérins, frente a Cannes. A ilha era um lugar deserto e inóspito onde abundavam as serpentes. Segundo a tradição, Honorato caiu de joelhos e se pôs a rezar; morrendo todas as serpentes e dando ordem ao mar para que arrastasse seus cadáveres limpando a ilha. Ao cabo de um tempo se lhe uniram outros companheiros e fundou o mosteiro de Lérins, regido pela regra de são Pacómio. A comunidade cresceu e deu vários santos, teólogos e bispos como Hilário de Arlés, Vicente de Lerins, Cesáreo de Arlés, e se converteu num importante foco cultural. Apesar de sua má saúde era muito ativo. Morreu pouco depois de ser eleito arcebispo de Arlés.

92664 > Sant' Onorato di Arles Vescovo 16 gennaio MR

95166 > Sant' Onorato di Fondi Abate 16 gennaio

95258 > Beato Giacomo da Luino 16 febbraio

São Jacobo, bispo

SAN JACOBO

Em Tarantasia, cidade da Gália Vienense (hoje França), são Jacobo, bispo, discípulo de santo Honorato de Lérins (s. V).


92661 > San Giacomo di Tarantasia Protovescovo di Moûtiers 16 gennaio MR


• Joana María Condesa Llunch, Beata

Virgem Fundadora

Juana María Condesa Llunch, Beata

Juana María Condesa Llunch, Beata

Martirológio Romano: Em Valência, cidade de Espanha, beata Juana María Condesa Lluch, virgem, a qual, com solícita caridade e espírito de sacrifício para com os pobres, crianças e jovens operárias, se entregou completamente a atendê-los e, para sua tutela, fundou a Congregação de Servas da Imaculada Conceição Protetoras das Obreiras (1916). Juana María Condesa Lluch nasceu em Valência (Espanha) no dia 30 de Março de 1862, no seio de uma família cristã de boa posição sócio-económica. Foi batizada em 31 de Março de 1862 na Igreja de Santo Esteban, lugar onde haviam sido batizados San Vicente Ferrer e San Luis Bertrán. Recebeu uma esmerada formação humana e cristã, que contrastava com a mentalidade racionalista e ilustrada que se abria passagem na sociedade valenciana do momento e que deu lugar a uma onda de descristianização. Na etapa da adolescência e juventude vai reforçando sua vida como cristã, nutrindo-se das devoções religiosas próprias do momento histórico que vive, especialmente a devoção a Jesus Sacramentado, à Imaculada Conceição, a São José e a Santa Teresa, o que por sua vez a leva de forma progressiva a uma maior sensibilidade e compromisso com os mais necessitados. Muito cedo descobre o dom do amor de Deus que se estava derramando abundantemente em seu coração (cf. Rm 5, 5) e faz própria a tarefa de acolher esse dom em sua vida a fim de ser «Santuário de Deus, morada do Espírito» (cf. 1 Co 3, 16). Sua intensa vida de oração, sua constante relação com Deus, foram a força que fez possível que nela amadurecessem os frutos próprios de quem vive segundo o Espírito: a alegria, a humildade, a constância, o domínio de si, a paz, a bondade, a entrega, a laboriosidade, a solidariedade... a fé, a esperança e o amor. Por isso, quem a conheceu a apresentam como uma mulher que «Conseguiu viver o ordinário de forma extraordinária». Tinha apenas 18 anos, quando descobriu que a vontade de Deus sobre sua vida era entregar tudo e entregar-se de todo à causa do Reino através da evangelização e o serviço à mulher obreira, interessando-se pelas condições de vida e laborais destas jovens, realidade sofredora que contemplava desde a estrada que a conduzia desde Valência à praia de Nazaré, onde a família tinha uma casa de descanso e expansão. Em 1884, após vários anos de dificuldades e obstáculos especialmente por parte do então Arcebispo de Valência, o Cardeal Antolín Monescillo, ao considerar que era demasiado jovem para levar a cabo a proposta que lhe fazia de fundar uma Congregação Religiosa, consegue deste a permissão necessária para abrir uma casa que desse acolhida, formação e dignidade às obreiras que, dado o crescente processo de industrialização do século XIX, saíam dos povos para a cidade para trabalhar nas fábricas, onde eram consideradas meros instrumentos de trabalho; «Grande é tua fé e tua constância. Vê e abre um asilo para essas obreiras pelas que com tanta solicitude te interessas e tanto carinho sente teu coração». Uns meses depois, nesta mesma casa se inaugurava uma Escola para filhas de obreiras e outras jovens se uniam a seu projeto compartilhando os mesmos ideais. Desde este momento começava a tomar forma em sua vida o que experimentava como vontade de Deus: «Eu e todo o meu para as obreiras», não se tratava de uma frase feita, era o espaço que possibilitava a chamada de Deus e a resposta de uma pessoa, Juana María Condesa Lluch. Convencida de que sua obra era fruto do Espírito e com o desejo de que fosse uma realidade eclesial, continua insistindo a fim de poder organizar-se como Congregação Religiosa, pois seguir a Cristo, dando a vida por Ele no serviço às obreiras lhe pedia exclusividade, daí sua opção por viver em castidade, em obediência e em pobreza de forma radical. Acrisolada na prova, mas mantendo um espírito sereno, firme e confiado: «Senhor, mantém-me firme junto a tua Cruz», fazendo da fé sua luz, da esperança sua força e do amor sua alma, consegue a Aprovação Diocesana do Instituto em 1892, no qual crescia em membros e se ia estendendo por distintas zonas industriais. Em 1895 emite a Profissão Temporal junto com as primeiras irmãs e em 1911 a Profissão Perpétua, Durante todos estes anos, sua vida a exemplo da Virgem Imaculada, foi uma entrega incondicional à vontade de Deus, fazendo suas as palavras de Maria ante o anúncio do Anjo: «Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo tua palavra» (Le 1, 38), palavras que se converteram em chave de espiritualidade e em estilo de vida, até ao ponto de definir-se como «escrava da Escrava do Senhor» e de dar nome e significatividade à Congregação fundada por ela. Em 16 de Janeiro de 1916, a Madre Juana María Condesa Lluch passava a contemplar o rosto de Deus por toda a eternidade, alcançando seu anseio de santidade, manifestado tantas vezes às irmãs com estas palavras: «Ser santas no céu, sem levantar pó na terra». Expressão que denota que sua vida transcorreu segundo o Espírito de Cristo Jesus, conjugando a mais sublime das experiências, a intimidade com Deus, com o empenho de que a jovem obreira alcançasse também a mais sublime das vocações, ser imagem e semelhança do Criador, e que põe de manifesto seu ser de «Mulher bíblica, cheia de coragem nas eleições e evangélica nas obras», tal como foi definida por uno de los Teólogos Consultores ao estudar suas virtudes. O Instituto nutrido de la firme vontade de sua Fundadora, alcançava el 14 de Abril de 1937 a aprovação temporal pontifícia de S.S. Pío XI e em 27 de Janeiro de 1947 a aprovação definitiva de S.S. Pío XII. A abertura diocesana do Processo de Canonização da Madre Juana María teve lugar em Valência em 1953. Foram declaradas suas virtudes heroicas em 1997 e o dia 5 de Julho de 2002, ante S.S. João Paulo II, foi promulgado o Decreto de aprovação de um milagre atribuído a sua intercessão, sendo beatificada em 23 de Março de 2003 pelo mesmo Papa. Reproduzido com autorização de Vatican.va

Santa Juana, monja

SANTA JUANA

Na cidade de Bagno, da Romagna (hoje Itália), santa Juana, que, admitida na Ordem camaldulense, se distinguiu por sua obediência e humildade (1105).

92662 > Santa Giovanna da Bagno di Romagna Monaca camaldolese 16 gennaio MR



91479 > Beata Giovanna Maria Condesa Lluch 16 gennaio MR

• José António Tovini, Beato

Mestre Laico

José Antonio Tovini, Beato

José António Tovini, Beato

Martirológio Romano: Em Brescia, cidade de Itália, beato José António Tovini, que, sendo mestre, se ocupou em erigir numerosas escolas cristãs e em promover a construção de obras públicas, e em toda sua atividade deixou testemunho de sua oração e de suas virtudes (1897). José (Giuseppe) Tovini nasceu em 14 de Março de 1841 em Cividate Camuno, província italiana de Brescia. Recebeu uma educação especialmente austera. Seus estudos estiveram a ponto de se interromper, mas a intervenção do sacerdote Giambattista Malaguzzi, tio materno, lhe conseguiu um posto gratuito no colégio para jovens pobres, fundado em Verona por dom Nicola Mazza. Passou logo ao seminário diocesano, onde foi muito apreciado por companheiros e professores. A morte de seu pai, em 1859, e a difícil situação económica da família - era o mais velho de seis irmãos - o fez abandonar a ideia de se fazer missionário, após grandes lutas interiores. Em 1860 se inscreveu na faculdade de jurisprudência de Pádua: se ajudava fazendo práticas no despacho de um advogado e dando aulas particulares. Em vésperas de se doutorar brilhantemente na universidade de Pavia, morreu sua mãe. Ao terminar seus estudos trabalhou no despacho de um advogado e no de um notário de Lovere. Ao mesmo tempo exerceu o cargo de vice reitor e professor de um colégio municipal, tarefa que desempenhou durante dois anos: era o único que rezava ao começar e terminar as aulas, e comungava cada domingo. Em 1867 se trasladou a Brescia. Ali foi declarado idóneo para o exercício da advocacia e trabalhou desde 1868 com o advogado Corbolani, com cuja filha Emília se casou sete anos mais tarde, em 6 de Janeiro de 1875, decidindo definitivamente sua vocação. Tiveram dez filhos, dos quais um foi jesuíta e duas religiosas. Foi pai solícito e afável, educador atento, que inculcou em seus filhos os princípios da moral católica. De 1871 a 1874 foi alcaide de Cividate, promovendo numerosas iniciativas. Em 1877 ingressou no movimento católico bresciano e participou na fundação do diário «Il Cittadino di Brescia», de cuja direção administrativa e organizativa se ocupou. Nesse mesmo ano participou na formação do comité diocesano da Obra dos congressos, de que foi nomeado presidente (percorreu toda a província para organizar os comités paroquiais); logo, foi sucessivamente presidente do Comité regional lombardo, membro do conselho diretivo, presidente da terceira secção de educação e instrução, membro do Conselho superior e vice-presidente da Obra. Ingressou na Terceira Ordem Franciscana em 1881. Progrediu no exercício das virtudes, em particular nas características da espiritualidade franciscana: a ascese, a simplicidade, a pobreza, a oração e o diálogo respeitoso. Se empenhou muito na política: foi eleito repetidamente conselheiro municipal em Brescia. Favoreceu iniciativas e instituições inspiradas, organizadas, fundadas ou orientadas por ele, através de programas apresentados em congressos católicos italianos, em Brescia e na Lombardia, assim como no âmbito nacional. Susteve e apoiou outras muitas iniciativas de carácter social, como as Caixas de Aforro municipais; propôs a fundação da União diocesana das sociedades agrícolas e das Caixas municipais; fundou em Brescia o Banco de São Paulo e em Milão o Banco Ambrosiano. Mas onde multiplicou seus esforços foi no sector educativo e escolar. Defendeu com afinco o ensino religioso nas escolas para tutelar a fé e moral dos jovens, e a liberdade de ensino; susteve a escola livre, como instrumento eficaz para formar a juventude nas tarefas de responsabilidade civil e social. Promoveu a ereção de círculos universitários católicos e colaborou na fundação da «União Leão XIII» de estudantes de Brescia, de que nasceu a FUCI (Federação de estudantes católicos italianos). Fundou a revista pedagógica e didática «Escola Italiana moderna», de difusão nacional; o semanário «A voz do povo»; o «Boletim dos terceiros franciscanos», etc.; propôs recolher fundos para uma universidade católica. Tratou sempre de que a Igreja tivesse uma presença cada vez mais decisiva no mundo do trabalho, o que o levou a fazer uma propaganda intensa e constante para a fundação das associações obreiras católicas. Em sua última relação pública, falou do apostolado da oração, dirigindo um apaixonado convite à comunhão eucarística. Admira sua grande obra, apesar de sua pouca saúde. Faleceu em 16 de Janeiro de 1897. O beatificou João Paulo II em Brescia em 20 de Setembro de 1998.

91180 > Beato Giuseppe Tovini Laico cattolico, terziario francescano 16 gennaio MR


São Leobato, abade

Na região de Tours, na Gália Lugdunense (hoje França), comemoração de são Leobato, abade, a quem seu mestre, são Urso, designou como superior do mosteiro recém fundado de Sénevière, o qual governou santamente até sua velhice (s. V).

38160 > San Leobazio Abate 16 gennaio MR

São Melas, Bispo e confessor

Na cidade de Rinocorurua, no Egipto, são Melas, bispo, que por sua adesão à fé ortodoxa sofreu o desterro em tempo do imperador ariano Valente, após o qual descansou em paz (c. 390).

38140 > San Melas Vescovo di Rhinocolura 16 gennaio MR

38150 > Santa Priscilla di Roma Matrona 16 gennaio

São Ticiano, bispo

SAN TIZIANO

Na cidade de Oderzo, na região de Veneza (hoje Itália), são Ticiano, bispo (s. V).

92160 > San Tiziano di Oderzo Vescovo 16 gennaio MR

São Trivério, presbítero e eremita

No lugar de Dombes, no território lugdunense da Gália (hoje França), são Trivério, presbítero e depois eremita (c. 550).

92665 > San Triviero (Troverio) Sacerdote 16 gennaio MR

 

 
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  • Por enquanto, vou mantendo esta parte final, que retirarei ou modificarei, quando o entender.
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    WWW.ES.CATHOLIC.NET/SANTORAL
    WWW. SANTIEBEATI.IT
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    Sites utilizados: Os textos completos são recolhidos através do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. em que também incluo imagens recolhidas através de http://es.catholic.net/santoral,; em seguida os textos deste mesmo site sem tradução e com imagens, e por último apenas os nomes e imagens de HTTP://santiebeati.it.
    NOTA INFORMATIVA: Como já devem ter reparado, de vez em quando, segundo a sua importância há uma exceção da 1ª biografia, (ou biografias do Livro Santos de Cada Dia – já traduzidas – por natureza) que mais sobressaem, – quando se trate de um dia especial, dedicado a Jesus Cristo, a Nossa Senhora, Anjos ou algum Santo, em particular – todos os restantes nomes surgem por Ordem alfabética, uma, duas ou três vezes, conforme figurem nos três sites indicados, que poderão ser consultados - se assim o desejarem – pelos meus eventuais leitores. LOGICAMENTE E POR ESSE FACTO, DIARIAMENTE, O ESPAÇO OCUPADO, NUNCA É IGUAL, ACONTECENDO POR VEZES QUE É DEMASIADO EXTENSO.
    As minhas desculpas e obrigado.
    Responsabilidade exclusiva de ANTÓNIO FONSECA
    email: aarfonseca0491@hotmail.com
  • Maçonaria … outra vez … 15-1-12

     
    Igreja e Maçonaria

    "Um católico, consciente da sua fé e que celebra a Eucaristia não pode ser maçon. E se o for convictamente, não pode celebrar a Eucaristia". Excerto da Nota Pastoral 'A Páscoa da Eucaristia', do Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, publicada em Janeiro de 2005.

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    A maçonaria e a definição do sentido da História

    É uma longa e atribulada história a das relações da Maçonaria com a Igreja durante os últimos três séculos, expressa em ataques, anti-clericalismo, rejeição da dimensão misteriosa da fé e da verdade revelada, a que a Igreja respondeu com várias condenações, com penas de excomunhão para os católicos que aderissem à Maçonaria. É um processo que tem de ser situado nas grandes transformações culturais e sócio-políticas desse período, em que elementos como a compreensão da natureza e legitimidade do poder político, a promoção e defesa da liberdade individual, os processos revolucionários em cadeia e a “questão romana” que pôs fim ao poder temporal dos Papas, foram pontos quentes a alimentar um conflito. Conceitos, então polémicos, como o da liberdade de consciência e de tolerância, são hoje aceites pela própria Igreja, no quadro de sociedades democráticas e pluralistas. A verdadeira reacção à visão do mundo veiculada pela Maçonaria, têm os católicos de encontrá-la na profundidade da sua fé, sobretudo quando a celebram na Eucaristia, como inspiradora da vida e da história, fonte de sentido e fundamento de uma ordem moral. Sem essa coerência de profundidade, cairão em rejeições e anátemas, pelo menos desenquadrados da actual maneira de conceber a missão da Igreja no mundo.

    A questão crucial, sobre a qual os católicos têm o direito de esperar uma resposta do seu Bispo, é esta: a fé católica e a visão do mundo que ela inspira, são compatíveis com a Maçonaria e a sua visão de Deus, com o fundamento de verdade e de moralidade e o sentido da história que veicula? E a resposta é negativa. Um católico, consciente da sua fé e que celebra a Eucaristia não pode ser maçon. E se o for convictamente, não pode celebrar a Eucaristia. E a incompatibilidade reside nas visões inconciliáveis do sentido do homem e da história.
    A Maçonaria sempre afirmou, e continua a afirmar, a prioridade absoluta da razão natural como fundamento da verdade, da moralidade e da própria crença em Deus. A Maçonaria não é um ateísmo, pois admite um “deus da razão”. Exclui qualquer revelação sobrenatural, fonte de verdades superiores ao homem, porque têm a sua fonte em Deus, não aceitando a objectividade da verdade que a revelação nos comunica, caindo na relatividade da verdade a que cada razão individual pode chegar, fundamentando aí o seu conceito de tolerância. A Igreja também aceita a tolerância, mas em relação às pessoas e não em relação à objectividade da verdade.
    Esta atitude perante Deus e perante a verdade gera uma “sabedoria” global, ou seja, uma visão coerente da realidade, que é incompatível com a visão do homem e da sociedade que brotam da fé cristã, que supõe a inter-acção de Deus e do homem, no diálogo fecundo e apaixonante da natureza e da graça. A Igreja tem o dever de orientar os católicos e é a eles que digo que a nossa fé e o sentido da vida que ela inspira é incompatível com o quadro gnóstico de sentido veiculado pela Maçonaria.
    Haverá, ainda hoje, uma luta entre a Maçonaria e a Igreja? Não nos termos em que se pôs no passado, embora não devamos ser ingénuos: a Maçonaria, sobretudo em algumas das suas “obediências”, lutará sempre contra valores inspiradores da sociedade que tenham a sua origem na dimensão sobrenatural da nossa fé. Sempre que isso acontecer, demos testemunho da esperança que está em nós (1Pet. 3,15). A expressão de uma visão laicista da sociedade assenta também sobre a falta de coerência dos cristãos com as implicações sociais da fé que professam e da Eucaristia que celebram.

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    Patriarcado de Lisboa

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    Igreja e Maçonaria
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    Nota Pastoral do Cardeal-Patriarca de Lisboa para a Quaresma

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    QUARESMA – 2005

    Nota Pastoral do Cardeal-Patriarca

    “A Páscoa da Eucaristia”
    Introdução

    1. Aproxima-se a Quaresma de 2005, que é, na realidade, o início da celebração anual da Páscoa, e esta é a expressão máxima da vitalidade e da coerência da Igreja. Há muitas razões para que a Páscoa deste ano seja especial: o Ano da Eucaristia, a preparação do Congresso Internacional da Nova Evangelização, o desafio, cada vez mais exigente, a que os cristãos dêem testemunho da sua fé no seio da sociedade em que estão inseridos, mostrando que a fé em Jesus Cristo fundamenta a esperança e define critérios e ordens de valores na construção da cidade.

    O título desta “Nota Pastoral” é, de certo modo, pleonástico. De facto a Eucaristia é sempre a celebração da Páscoa pelas comunidades cristãs, ao ritmo semanal e anual, e desde a Páscoa de Jesus Cristo, em memória da qual a Igreja celebra a Páscoa, esta é profundamente eucarística, porque momento de oferta sacrificial e de louvor, e constrói a Igreja como mistério de comunhão, anunciada e significada no sinal do banquete e da fracção do Pão. É esta dimensão eucarística de toda a oferta e louvor cristãos, que engloba toda a vida, que o Ano da Eucaristia vem acentuar. Foi nessa perspectiva que o Santo Padre proclamou o “Ano da Eucaristia”: “Não peço para se interromperem os caminhos pastorais que as diversas Igrejas estão a fazer, mas para neles dar relevo à dimensão eucarística própria de toda a vida cristã”[1].

    A descoberta e valorização da dimensão eucarística, deve exprimir-se em todas as expressões da vida cristã: a qualidade litúrgica das celebrações, o ardor da evangelização, a generosidade moral que nos leva a exprimir nos comportamentos a novidade surpreendente da Páscoa, o sentido profundo da construção da história que marca e inspira a maneira de os cristãos estarem no mundo e se comprometerem na construção da sociedade. Não poderei desenvolver todos estes aspectos, no espaço necessariamente reduzido de uma “Nota Pastoral”. Fique claro que o facto de não os referir não pode ser interpretado como se os considerasse menos importantes. Terei oportunidade, sobretudo nas “Catequeses Quaresmais” que, como vem sendo hábito, proferirei na Sé Patriarcal todos os domingos da Quaresma, de aprofundar algumas dessas dimensões. Aqui, na coerência com a preparação da Igreja de Lisboa para a “Missão na Cidade”, acentuarei, de modo especial, a dimensão eucarística da presença da Igreja na sociedade e do testemunho que os cristãos aí são chamados a dar, em todas as suas lutas por um mundo melhor, da luz e da esperança que para eles brilha na celebração da Eucaristia. Situar-me-ei no âmbito daquilo a que poderíamos chamar uma “cultura da Eucaristia”.

    Uma visão cristocêntrica da História

    2. Um aspecto fundamental da cultura é a definição de um sentido da história. Esse sentido enquadra e inspira opções e acções, de pessoas e de instituições, na busca da valorização da pessoa humana e do progresso da sociedade. Há respostas a questões fundamentais – para onde caminha a humanidade, em que consiste a plena realização da pessoa humana, quais são as exigências da liberdade e da fraternidade, como se garante a justiça e se caminha para a paz – a que só a cultura pode dar resposta. E os cristãos não descobrirão esse “sentido da história” se, em cada Eucaristia não reviverem esse acontecimento decisivo para a história da humanidade, que foi Jesus Cristo e a sua Páscoa. Escreveu o Santo Padre: “Cristo está no centro não só da história da Igreja, mas também da história da Humanidade. Tudo é recapitulado n’Ele (Efs. 1,10; Col. 1,15-20)… Cristo é o fim da história humana, o ponto para onde tendem os desejos da história e da civilização, o centro do género humano, a alegria de todos os corações e a plenitude das suas aspirações”[2].

    Esta visão cristocêntrica e eucarística da história não retira nada ao realismo e à complexidade da realidade humana contemporânea. Dá-lhe um sentido de profundidade radical, porque os cristãos aprendem na Eucaristia que não se pode desligar a construção da sociedade presente da cidade definitiva, a “Jerusalém Celeste”, em que brilhará a plena e definitiva dimensão do triunfo pascal de Jesus Cristo. A liberdade torna-se força de generosidade e de criatividade, o amor aparece como a única atitude que pode construir a fraternidade, a justiça, a afirmação indiscutível da dignidade de cada pessoa. De cada Eucaristia os cristãos partem com um entusiasmo renovado para lutar por um mundo novo e aprendem a oferecer, na próxima celebração, as suas lutas e esforços, as suas esperanças e utopias, a sua coragem para dar as mãos a todos os que buscam o bem, e aí encontram força para as dificuldades, hesitações e fragilidades. A construção de uma civilização do amor só pode partir da Eucaristia. Nela encontramos Cristo vivo e sentimos que Ele assume e faz suas todas as lutas da humanidade.

    Mas há outras visões da História

    3. Nós os católicos não podemos exigir que este sentido cristocêntrico e eucarístico da história humana seja seguido por todos os homens. Há outras culturas a inspirar o sentido da actividade humana. As principais, porque mais numerosas, que hoje influenciam a construção da história, são as que enraízam noutras grandes religiões, em que a unidade entre a visão religiosa e o sentido ético de toda a existência humana são explícitas. Embora reconhecendo o seu peso de influência no momento presente da vida da humanidade, não as referirei agora explicitamente, porque elas não são a alternativa principal à visão cristã da sociedade, no contexto cultural do Ocidente em que nos situamos. Aqui, a visão do mundo que se contrapõe a uma cultura de matriz cristã, em que a fé em Jesus Cristo, revitalizada continuamente na Eucaristia, é fonte inspiradora do sentido de toda a vida humana, são os diversos racionalismos naturalistas, baseados na exclusividade da razão como fonte da verdade, no carácter absoluto da liberdade individual, considerada como fonte principal do sentido ético e da moralidade, e os pragmatismos de uma sociedade materialista, em que só tem valor o que é útil, rentável, ou dá prazer.

    A convivência dos cristãos com estas visões naturalistas e racionalistas da história, pode fazer-se ao nível do debate das ideias, mas sobretudo na coerência dos cristãos com Jesus Cristo em Quem acreditam e com a Eucaristia que celebram. Só esse compromisso real na vida concreta, é verdadeiramente fecundo na transformação da história. Não está garantido que todos os católicos transponham para a vida e dêem densidade histórica à fé que celebram. A tentação de reagir no mundo com critérios mundanos e reservar a dimensão religiosa para uma esfera íntima e interior, é grande e expressão importante de infidelidade. Separar a fé da vida concreta não é bom, nem para a fé, nem para a vida, pois é exactamente a Vida verdadeira que celebram na Ceia do Senhor.

    Esta perspectiva naturalista da história, de tendência racionalista e naturalista, convergiu na visão laicista da sociedade, que relega a fé para a esfera da privacidade individual, negando-lhe qualquer influência na inspiração ética da história. Esta visão do mundo e do homem exprimiu-se, ao nível do pensamento, em correntes filosóficas, foi protagonizada socialmente por organizações, e dilui-se, hoje, na concepção individualista da verdade e da liberdade. O mistério da Páscoa, celebrado na Eucaristia, põe o cristão continuamente em confronto com o carácter inelutável da Senhoria de Cristo ressuscitado como centro da história humana.

    A maçonaria e a definição do sentido da História

    4. Entre as organizações que protagonizaram esta visão imanente e laicista da história, avulta a importância da Maçonaria que, a partir de meados do século XVII, fez sentir a sua influência em todas as grandes correntes de pensamento e nas principais alterações sócio-políticas. Não a referiria explicitamente, se um recente acontecimento não a tivesse trazido para as primeiras páginas das notícias e tivesse criado, em muitos católicos, interrogações e perplexidade. De facto, as cerimónias fúnebres de uma importante personalidade do Estado e membro destacado da Maçonaria, realizadas nos espaços da Basílica da Estrela, foram ocasião dessa confusão, não tanto por o “depósito” do defunto se ter feito numa das capelas mortuárias da Basílica, em princípio abertas a quantos respeitosamente as procuram, mas porque o Grão-Mestre da Maçonaria, com o nosso desconhecimento, convocou para um “ritual maçónico”, em honra do defunto, a realizar num espaço da Basílica. Esta iniciativa, que considero imprudente e indevida, provocou indignação em muitos católicos, que incessantemente têm pedido um esclarecimento da Hierarquia da Igreja.

    É uma longa e atribulada história a das relações da Maçonaria com a Igreja durante os últimos três séculos, expressa em ataques, anti-clericalismo, rejeição da dimensão misteriosa da fé e da verdade revelada, a que a Igreja respondeu com várias condenações, com penas de excomunhão para os católicos que aderissem à Maçonaria. É um processo que tem de ser situado nas grandes transformações culturais e sócio-políticas desse período, em que elementos como a compreensão da natureza e legitimidade do poder político, a promoção e defesa da liberdade individual, os processos revolucionários em cadeia e a “questão romana” que pôs fim ao poder temporal dos Papas, foram pontos quentes a alimentar um conflito. Conceitos, então polémicos, como o da liberdade de consciência e de tolerância, são hoje aceites pela própria Igreja, no quadro de sociedades democráticas e pluralistas. A verdadeira reacção à visão do mundo veiculada pela Maçonaria, têm os católicos de encontrá-la na profundidade da sua fé, sobretudo quando a celebram na Eucaristia, como inspiradora da vida e da história, fonte de sentido e fundamento de uma ordem moral. Sem essa coerência de profundidade, cairão em rejeições e anátemas, pelo menos desenquadrados da actual maneira de conceber a missão da Igreja no mundo.

    5. A questão crucial, sobre a qual os católicos têm o direito de esperar uma resposta do seu Bispo, é esta: a fé católica e a visão do mundo que ela inspira, são compatíveis com a Maçonaria e a sua visão de Deus, com o fundamento de verdade e de moralidade e o sentido da história que veicula? E a resposta é negativa. Um católico, consciente da sua fé e que celebra a Eucaristia não pode ser maçon. E se o for convictamente, não pode celebrar a Eucaristia. E a incompatibilidade reside nas visões inconciliáveis do sentido do homem e da história.

    A Maçonaria sempre afirmou, e continua a afirmar, a prioridade absoluta da razão natural como fundamento da verdade, da moralidade e da própria crença em Deus. A Maçonaria não é um ateísmo, pois admite um “deus da razão”. Exclui qualquer revelação sobrenatural, fonte de verdades superiores ao homem, porque têm a sua fonte em Deus, não aceitando a objectividade da verdade que a revelação nos comunica, caindo na relatividade da verdade a que cada razão individual pode chegar, fundamentando aí o seu conceito de tolerância. A Igreja também aceita a tolerância, mas em relação às pessoas e não em relação à objectividade da verdade.

    Esta atitude perante Deus e perante a verdade gera uma “sabedoria” global, ou seja, uma visão coerente da realidade, que é incompatível com a visão do homem e da sociedade que brotam da fé cristã, que supõe a inter-acção de Deus e do homem, no diálogo fecundo e apaixonante da natureza e da graça. A Igreja tem o dever de orientar os católicos e é a eles que digo que a nossa fé e o sentido da vida que ela inspira é incompatível com o quadro gnóstico de sentido veiculado pela Maçonaria.

    6. Haverá, ainda hoje, uma luta entre a Maçonaria e a Igreja? Não nos termos em que se pôs no passado, embora não devamos ser ingénuos: a Maçonaria, sobretudo em algumas das suas “obediências”, lutará sempre contra valores inspiradores da sociedade que tenham a sua origem na dimensão sobrenatural da nossa fé. Sempre que isso acontecer, demos testemunho da esperança que está em nós (1Pet. 3,15). A expressão de uma visão laicista da sociedade assenta também sobre a falta de coerência dos cristãos com as implicações sociais da fé que professam e da Eucaristia que celebram.

    Na Eucaristia descobre-se que só o amor transformará a História

    7. Esta é a novidade decisiva que define o sentido novo da construção da História: em cada Eucaristia, através do Espírito Santo, que é o Amor divino, nós mergulhamos na mais radical experiência de amor que aconteceu desde a criação do mundo. A partir dela, nós mergulhamos na realidade do mundo, dinamizados por esta certeza: só o amor transformará positivamente a História. Escutemos o Santo Padre: “A Eucaristia não é expressão de comunhão apenas na vida da Igreja; é também projecto de solidariedade em prol da humanidade inteira… O cristão, que participa na Eucaristia, dela aprende a tornar-se promotor de comunhão, de paz, de solidariedade, em todas as circunstâncias da vida. A imagem lacerada do nosso mundo, que começou o novo milénio com o espectro do terrorismo e a tragédia da guerra, desafia ainda mais fortemente os cristãos a viverem a Eucaristia como uma grande escola de paz, onde se formem homens e mulheres que, a vários níveis de responsabilidade na vida social, cultural, política, se fazem tecedores de diálogo e de comunhão”[3].

    O Santo Padre realça esta relação que há entre a celebração e a revolução do amor, sobretudo no compromisso com os mais pobres. Escutemo-lo ainda: “Há ainda um ponto para o qual queria chamar a atenção, porque sobre ele se joga, em medida notável, a autenticidade da participação na Eucaristia celebrada na comunidade: é o impulso que esta aí recebe para um compromisso real na edificação duma sociedade mais equitativa e fraterna. Na Eucaristia, o nosso Deus manifestou a forma extrema do amor, invertendo todos os critérios de domínio que muitas vezes regem as relações humanas e afirmando de modo radical o critério do serviço: «Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos» (Mc. 9,35). Não é por acaso que, no Evangelho de João, se encontra, não a narração da instituição eucarística, mas a do «lava-pés» (Jo. 13,1-20): inclinando-se para lavar os pés dos seus discípulos, Jesus explica de forma inequívoca o sentido da Eucaristia. São Paulo, por sua vez, reafirma vigorosamente que não é lícita uma celebração eucarística onde não resplandeça a caridade testemunhada pela partilha concreta com os mais pobres (1Cor. 11,17-22.27-34).

    Por que não fazer então deste Ano da Eucaristia um período em que as comunidades diocesanas e paroquiais se comprometam de modo especial a ir, com operosidade fraterna, ao encontro de alguma das muitas pobrezas do nosso mundo? Penso no drama da fome que atormenta centenas de milhões de seres humanos, penso nas doenças que flagelam os países em vias de desenvolvimento, na solidão dos idosos, nas dificuldades dos desempregados, nas desgraças dos imigrantes. Trata-se de males que afligem, embora em medida diversa, também as regiões mais opulentas. Não podemos iludir-nos: pelo amor mútuo e, em particular, pela solicitude por quem passa necessidade, seremos reconhecidos como verdadeiros discípulos de Cristo (Jo. 13,35; Mt. 25,31-46). Com base neste critério, será comprovada a autenticidade das nossas celebrações eucarísticas”[4].

    8. São muitos os pedidos de socorro e de ajuda fraterna que são dirigidos à Igreja de Lisboa. Participámos, recentemente, na grande campanha de solidariedade em favor dos países do Indico, devastados pela tragédia do sismo e do “maremoto”. Isso não diminuirá, assim o espero, a generosidade dos fiéis, expressa na já tradicional “Renúncia Quaresmal”. Tendo em conta os muitos pedidos que nos chegam, proponho que a nossa “renúncia” se destine, este ano, a constituir um “Fundo Diocesano de Ajuda Inter-Eclesial”, que poderá continuar a ser alimentado por outros donativos, e onde encontraremos maneira de ir respondendo a esses pedidos de auxílio. Aperfeiçoaremos, assim, a nossa capacidade de ajuda fraterna.

    Que a Eucaristia seja nosso alimento e nossa força nesta caminhada para a Páscoa. Aí aprenderemos a compreender os caminhos por onde o Espírito nos conduz, na edificação de uma humanidade renovada pelo amor.

    Lisboa, 22 de Janeiro de 2005, Solenidade de São Vicente, Diácono e Mártir, Padroeiro Principal do Patriarcado de Lisboa

    † JOSÉ, Cardeal-Patriarca

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    [1] Carta Apostólica “Mane Nobiscum Domine”, n. 5

    [2] Ibidem, n. 6

    [3] Ibidem, n. 27

    [4] Ibidem, n. 28

    António Fonseca  -   15-1-12  -  23,58 h

    domingo, 15 de janeiro de 2012

    Novo post em Ide e Anunciai - 15-1-12

    Novo post em Ide e Anunciai


    Angelus de Bento XVI – 15/01/2012

    by ideeanunciai

    Queridos irmãos e irmãs!
    Nas Leituras bíblicas deste domingo – segundo do Tempo Comum – emerge o tema da vocação: no Evangelho é o chamado dos primeiros discípulos por parte de Jesus, na primeira Leitura é o chamado do profeta Samuel. Em ambas as histórias, se destaca a importância da figura que desenvolve um papel de mediador, ajudando as pessoas chamadas a reconhecer a voz de Deus e segui-la.
    No caso de Samuel, se trata de Eli, sacerdote do templo de Shiloh, onde ficava antigamente a arca da aliança, antes de ser transportada para Jerusalém. Uma noite, Samuel, que era ainda um garoto e desde pequeno vivia a serviço do templo, por três vezes seguidas sentiu ser chamado em seu sono e foi a Eli. Mas não era ele a chamá-lo. Na terceira vez, Eli entendeu e disse a Samuel: Se te chamarem ainda, responda: “Fala-me, Senhor, porque o teu servo te escuta”(1 Sam 3,9).
    Assim foi, e desde então Samuel aprendeu a reconhecer as palavras de Deus e se torna seu fiel profeta.
    No caso dos discípulos de Jesus, a figura mediadora é aquela de João Batista. Na verdade, João havia um vasto círculo de discípulos, e entre estes, existia também dois pares de irmãos: Simão e André, Tiago e João, pescadores da Galiléia
    Justamente a dois desses, Batista indicou Jesus, no dia depois de seu batismo no rio Jordão. Indicou-o a eles dizendo: “Eis o cordeiro de Deus!” (Jo 1,36), que equivale a dizer: Eis o Messias. E aqueles dois seguiram Jesus, permaneceram por um longo tempo com Ele e se convenceram que era realmente o Cristo. Logo, disseram aos outros, e assim se formou o primeiro núcleo daquele que se tornaria o colégio dos Apóstolos.
    Sob a luz desses dois textos, gostaria de destacar o papel decisivo do guia espiritual no caminho de fé e, em particular, na resposta à vocação de especial consagração para o serviço de Deus e do seu povo.
    Já esta mesma fé cristã, por si, pressupõe o anúncio e o testemunho: de fato essa consiste na adesão à boa nova que é Jesus de Nazaré, que morreu e ressuscitou, e que é Deus. E assim, também o chamado a seguir Jesus, mais de perto, renunciando a formar uma própria família para dedicar-se à grande família da Igreja, passa normalmente através do testemunho e da proposta de um “irmão maior”, normalmente um sacerdote.
    Isso sem esquecer o papel fundamental dos pais, que com sua fé genuína e alegre e seu amor conjugal mostram aos filhos que é lindo e é possível construir toda a vida sobre o amor de Deus.
    Queridos amigos, rezamos a Virgem Maria para todos os educadores, especialmente os sacerdotes e pais, para que tenham plena consciência da importância de seu papel espiritual, para favorecer nos jovens, além do crescimento humano, a resposta ao chamado de Deus, a dizer: “Fala, Senhor, o teu servo te escuta”.
    Fonte: Canção Nova

    ideeanunciai | 15 15America/Sao_Paulo janeiro 15America/Sao_Paulo 2012 at 12:15 | Categorias: Reflexão | URL: http://wp.me/pPX1K-1YE

    Post colocado neste Blogue, em 15-1-12 -  23,55 horas

    António Fonseca

    Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

    Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

       Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...