sábado, 16 de junho de 2012

16 de Junho de 2012 - FESTA DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

FESTA DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

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IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

(Sábado a seguir à festa do Coração de Jesus)

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A devoção ao Imaculado Coração de Maria não é nova na Igreja; tem as suas profundas raízes no Evangelho, que repetidamente chama a nossa atenção para o Coração da Mãe de Deus, qual tesouro dos divinos mistérios da Redenção (Lc 2, 19.51); nos mostra o seu amor e a sua gratidão para com Deus (Lc 1, 46 ss), a sua compaixão e solicitude para com o próximo (Jo 2, 3 ss), o seu martírio associado à Paixão do Redentor (Jo 19, 15 ss); a sua imaculada pureza, a sua fé, a sua humildade, todas as suas virtudes (Lc 1, 28 ss. 45; Mt 1, 22 ss). Esta mina preciosa foi explorada pelos Santos padres e seria fácil aduzir numerosos passos em que eles celebram eloquentemente o Coração da Mãe de Deus, as suas prerrogativas e santidade incomparáveis.Esta mina preciosa foi explorada pelos Santos Padres e seria fácil aduzir numerosos passos em que eles celebram eloquentemente o Coração da Mãe de Deus, as suas prerrogativas e santidade incomparáveis. Mais tarde, entre os grandes Místicos da Idade Média e depois entre os Santos, Teólogos e Ascetas dos séculos seguintes, não faltam insignes devotos do Coração de Maria, como do Coração de Jesus. Mas o culto litúrgico, que devia tornar a sua devoção património comum dos fieis, começa com S. João Eudes (1601-1680), o qual «movido do grande amor que o inflamava, para com  os Corações de Jesus e Maria, foi o primeiro que, não sem divina inspiração, pensou em tributar-lhes culto litúrgico. Da qual dulcíssima devoção deve considerar-se pai… doutor… e apóstolo». O Santo, já em 1643, vinte anos antes de celebrar a festa do Coração de Jesus, celebrava com os seus religiosos a do Coração de Maria. Esta tornou-se pública em 1648, entrando assim na liturgia comum. A partir daquela data, muitos Bispos autorizaram nas próprias dioceses o culto do Coração de Maria e os Sumos Pontífices concederam, aprovação e favores a confrarias e a diversas práticas de piedade em sua honra. Os dois actos mais importantes da Santa Sé em favor do Imaculado Coração de Maria, foram a disposição de Pio VII (1805) de que a festa se pudesse conceder às Dioceses e Institutos Religiosos que a pedissem, e a Missa e Ofício próprios aprovados por Pio IX (1855), mas unicamente pro aliquibus locis (para algumas localidades).Entretanto, a devoção continuou a propagar-se, como prova o número sempre crescente de Institutos religiosos que tomaram o nome do Coração de Maria (uns vinte no século XIX); assim, pode-se dizer que, depois da devoção ao Coração de Jesus, conquistou posto relevante na piedade dos fiéis. Foi sobretudo a partir das Aparições de Fátima que se divulgou pelo mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria, pois, como escreveu o cardeal D. Manuel Gonçalves Cerejeira, «a missão especial de Fátima é a difusão no mundo do culto ao Imaculado Coração de Maria. À medida que a perspectiva do tempo nos permitir julgar melhor os acontecimentos de que fomos testemunhas, estou certo que melhor se verá que Fátima será, para o culto do Coração de Maria, o que Paray-le-Monial foi para o culto do Coração de Jesus» (8.9.1946). E a 30 de Maio de 1948, disse o mesmo Prelado no Congresso Mariano de Madrid: «Qual é precisamente a mensagem de Fátima? Creio que poderá resumir-se nestes termos: a manifestação do Coração Imaculado de Maria ao mundo actual, para o salvar». Deus, bondoso e paternal, vem sempre em socorro da pobre humanidade, e a cada época oferece um meio especial para que ela obtenha o perdão dos próprios delitos, se levada aos castigos da sua justiça e alcance as suas graças. para os nossos tempos, esse meio especial é, segundo as revelações de Fátima, o Imaculado Coração de Maria. Os desígnios misericordiosos de Deus começaram a manifestar-se nas aparições de Junho e sobretudo de Julho de 1917, na Cova da Iria, e tiveram o seu magnifico epílogo em Espanha, nas visões de 1925 e 1926 em Pontevedra, e 1927 e 1929 em Tuy.

Coração de Maria

Em Fátima, no dia 13 de Junho, manifesta-se o Coração de Maria circundado de espinhos, pedindo reparação, enquanto a Senhora pronuncia estas palavras: «Jesus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração». Na aparição seguinte, os destinos do mundo e das almas aparecem dependentes do Coração Imaculado de Maria: «Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção aio meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar, mas, se não deixarem de ofender a Deus… começará outra pior. Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo de seus crimes por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir, virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos primeiros sábados. se atenderem a meus pedidos, a Rússia converter-se-á e terão paz; senão, espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja; os bons serão martirizados; o Santo Padre terá muito que sofrer; várias nações serão aniquiladas. Por fim, o meu Coração Imaculado triunfará. O santo Padre consagrar-me-á a Rússia que se converterá e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal conversar-se-á sempre o Dogma da Fé, etc.». Tudo quanto Nossa Senhora predisse nesta aparição, realizou-se anos mais tarde, como adiante veremos. Para bem da terra, mostra-se o Céu empenhado na difusão do culto ao Imaculado Coração de Maria. Deus quer. Dizia Nossa Senhora aos pastorinhos na 3ª aparição: «Vistes o inferno para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração». A Jacinta repetia à Lúcia: «Já falta pouco para ir para o Céu. Tu ficas cá para dizeres que Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria».Jesus quer também: «Jesus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração» (Aparição de Junho). A Jacinta recomendava à Lúcia: «Diz a toda a gente… que o Coração de Jesus quer que, a seu lado, se venere o Coração Imaculado de Maria». Tudo isto o temos profeticamente entrevisto nas palavras de despedida da Jacinta à sua prima Lúcia, que encerram o que há de mais íntimo na mensagem de Fátima: «Já falta pouco para ir para o céu. Tu ficas cá para dizeres que Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Quando fores para dizer isso, não te escondas. Diz a toda a gente que Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria, que lhas peçam a Ela, que o Coração de Jesus quer que, a seu lado, se venere o Coração Imaculado de Maria, que peçam a paz ao Coração Imaculado de Maria, que Deus lha entregou a Ela. Se eu pudesse meter no coração de toda a gente o lume que tenho cá dentro do peito a queimar-me e fazer-me gostar tanto do Coração de Jesus e do Coração de Maria

Sacro-Cuore-de-Ges_thumbcoração de Maria 8

Temos aqui cinco afirmações de grande alcance:

  1. 1. «Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria.

  2. 2. Lúcia é encarregada de o dizer.

  3. 3. Deus concede todas as graças por meio do Coração Imaculado de Maria.

  4. 4. O Coração de Jesus quer que a seu lado se venere o Coração de sua Mãe.

  5. 5. É no Coração de Maria que está a paz do mundo».

Podemos sintetizar desta forma as grandes graças que Deus concederá ao mundo por meio do Coração de Sua Mãe.

1. Salvação das almas. Disse Nossa Senhora na aparição de 13 de Junho: «A quem abraçar esta devoção prometo a salvação e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por mim a adornar o seu trono». E na aparição de Julho: «Para salvar as almas, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas». Aos que praticarem a devoção dos primeiros sábados, promete Nossa Senhora «assistir-lhes na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação».

2. Refúgio. São para todos os devotos do Imaculado Coração de Maria as palavras que Nossa Senhora dirigiu à Lúcia: «O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus».

3. Todas as graças. Diversas vezes, na mensagem de Fátima, aparece-nos Nossa Senhora como Medianeira Universal. Vê-mo-lo de modo particular nestas palavras, atrás citadas, da despedida de Jacinta à sua prima Lúcia: «Diz a toda a gente que Deus nos concede as graças por meio do Imaculado Coração de Maria, que lhas peçam a Ela».

4. A Paz. Nas aparições de 13 de Maio, 12 de Junho e 13 de Setembro manda Nossa Senhora rezar o terço para alcançar a paz. Em Julho diz também: «Se fizerem o que eu vos disser, terão paz». A Jacinta diz à Lúcia que temos de pedir a paz ao Imaculado Coração de Maria, pois «Deus lha entregou a Ela».

5. Conversão da Rússia. Outro grande dom de Deus ao mundo por meio do Coração Imaculado de Maria. Escutemos a descrição da deslumbrante aparição em que é referida a conversão dessa grande nação: A 13 de Junho de 1929, na capela do convento das religiosas Doroteias, em Tuy, numa Hora Santa das 11 para a meia noite, cumpriu-se a promessa feita por Nossa Senhora no dia 13 de Julho, em Fátima: «Virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração». A vidente encontrava-se em oração: «A única luz era a da lâmpada. De repente, iluminou-se toda a capela com uma luz sobrenatural e sobre o altar apareceu uma Cruz de luz que chega até ao tecto. Em uma luz mais clara, via-se na parte superior da Cruz uma face de homem, com o corpo até à cinta (Pai), sobre o peito uma pomba também de luz (Espírito Santo), e pregado na Cruz, o corpo de outro homem (Filho). Um pouco abaixo da cinta, suspenso no ar, via-se um cálix e uma hóstia grande sobre a qual caíam algumas gotas de sangue que corriam pelas faces do Crucificado e de uma ferida do peito. Escorrendo pela hóstia, essas gotas caíam dentro do Cálix. Sob o braço direito da Cruz estava Nossa Senhora (… era Nossa Senhora de Fátima com seu Imaculado Coração… na mão esquerda… sem espada nem rosas, mas com uma coroa de espinhos e chamas…) com seu Imaculado Coração na mão… Sob o braço esquerdo (da Cruz), umas letras grandes, como se fossem de água cristalina que corressem para cima do altar, formavam estas palavras: Graça e Misericórdia.

Compreendi que me era mostrado o mistério da Santissima Trindade, e recebi luzes sobre este mistério que me não é permitido revelar. Depois Nossa Senhora disse-me: «É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do mundo, a consagração da Rússia ao meu Coração, prometendo salvá-la por este meio». Esta deslumbrante manifestação, fecho de abóbadas das aparições de Fátima, mostra-nos Maria, como Co-Redentora e Medianeira de graça, ao lado do sacrifício da Cruz, renovado no altar.

cração de maria 10

Afirma o Papa Pio XI, na encíclica Miserentissimus Redemptor que a consagração e a reparação são as duas práticas fundamentais da devoção ao Coração de Jesus. O mesmo se pode aplicar ao Coração Imaculado de Maria.

Consagração.A consagração é o ápice de todos os actos de culto, pois consiste no reconhecimento do poder, grandeza, mérito e bondade de alguém, com a consequente submissão, dedicação e entrega a essa pessoa. Na devoção ao Imaculado Coração de Maria significa um acto de fé no amor e reconhecimento da transcendência de Maria na obra de salvação e na consciente entrega confiante a essa Mãe e Rainha. Nossa Senhora em Fátima pediu a consagração feita pelo Papa e pelos bispos em união com ele – do mundo e particularmente da Rússia. Os Vigários de Cristo escutaram estes apelos. Pio XII, na solene conclusão das Bodas de Prata das Aparições de Fátima, em radiomensagem dirigida a Portugal, consagrou o mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria e na festa seguinte da Imaculada Conceição, 8 de Dezembro de 1942, renovou esse acto na Basílica de S. Pedro do Vaticano com estas expressivas palavras: «A Vós, ao Vosso Coração Imaculado, nesta hora trágica da história humana confiamos,entregamos, consagramos não só a Santa Igreja mas também, todo o mundo».A Rússia, para a qual neste ato de consagração havia um pedido de especial protecção, foi consagrada dez anos mais tarde, a 7 de Julho de 1952:  «Nós – para mais facilmente serem ouvidas as nossas e as vossas fervorosas preces e para darmos esta singular prova da Nossa Benevolênciaassim como há alguns anos consagramos todo o género humano ao Coração Imaculado da Virgem Mãe de Deus, assim também agora, de modo especialíssimo dedicamos e consagramos todos os povos da Rússia ao mesmo Coração Imaculado».Querendo Pio XII todo o mundo entregue ao Imaculado Coração de Maria, várias vezes estimulou as Dioceses, paróquias e sobretudo as famílias a imitarem o seu exemplo: «Desejamos que, sempre que as circunstâncias o aconselharem, se faça esta consagração (ao Imaculado Coração de Maria) tanto nas Dioceses como em cada uma das Paróquias e nas famílias. Temos confiança que desta Consagração particular e pública brotarão abundantes frutos e favores celestes». (Enc. Auspícia Quaedam, 1 de Maio de 1948). «Que todas as famílias cristãs se consagrem ao Coração Imaculado de Maria. Tal acto de fé será, para os esposos, precioso auxílio espiritual no cumprimento dos deveres de castidade e fidelidade conjugal; manterá na sua pureza o ambiente do lar em que crescem os filhos; mais ainda, fará da família, amparada pela devoção mariana, célula viva para a transformação social e para a conquista apostólicas» (Enc. Le Pèlerinage de Lourdes, 2 de Julho de 1957).No seu breve pontificado, várias vezes se referiu João XXIII à Consagração ao Coração de Maria feita por Pio XII e à «Consagração da Nação Portuguesa ao Imaculado Coração de Maria» (8-3-1961). Encorajou e pediu orações pela Consagração de Itália ao Imaculado Coração de Maria (13.9.1959).

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Paulo VI, na clausura da 3ª sessão do Concílio Vaticano II, a 21 de Novembro de 1964, na presença do Episcopado do mundo inteiro, pronunciou estas palavras:

«O nosso olhar abre-se para os horizontes sem fim do mundo inteiro, objeto das atenções mais vivas do Concílio Ecuménico e que o nosso predecessor Pio XII, de veneranda memória, não sem inspiração do alto, solenemente consagrou ao Coração Imaculado de Maria. Esse acto de consagração julgamos oportuno recordá-lo hoje de modo particular… Ao teu Coração Imaculado, Ó Maria, recomendamos finalmente o género humano inteiro». Na Exortação «Signum Magnum», publicada no dia da sua visita a Fátima, 13 de Maio de 1967, emite estes votos: «Exortamos todos os filhos da Igreja a renovar pessoalmente a sua própria consagração ao Coração Imaculado da Mãe da Igreja e a viver este nobilíssimo acto de culto com uma vida cada vez mais conforme à vontade divina, e em espírito de serviço filial e de devota imitação da sua Celeste rainha». João Paulo II, o Papa de Maria (Totus tuus, todo teu, ó Maria), consagrou-lhe a Santa Igreja e cada uma das nações por onde peregrinou. Em Fátima, a 13 de Maio de 1982, e em Roma, a 16 de Outubro de 1983, com os Padres Sinodais presentes na canonização do capuchinho São Leopoldo, e sobretudo a 25 de Março de 1984, diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima da capelinha das Aparições, consagrou-lhe o mundo inteiro. «Estou aqui, unido com todos os Pastores da Igreja por aquele vínculo particular, pelo qual constituímos um corpo e um colégio… No vínculo desta unidade, pronuncio as palavras deste Acto, no qual desejo incluir, uma vez mais, as esperanças e as angústias da Igreja no mundo contemporâneo».

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Quanto à consagração da Rússia, pedida por Nossa Senhora, os diversos papas nunca a esqueceram. A 31 de Dezembro de 1942, o papa Pio XII consagrou o mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria, com um pedido de especial protecção para a Rússia, e dez anos mais tarde fez a consagração explicita só da Rússia ao mesmo Imaculado Coração, como atrás ficou expresso. Estava feita pelo Santo Padre a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria. Para se cumprirem inteiramente os desejos de Nossa Senhora, faltava que «todos os Bispos do mundo» a fizessem também «em união» com ele. Isto procurou realizá-lo o Santo Padre João Paulo II. Nas consagrações proferidas em Fátima e em Roma, depois de dizer: «Estamos aqui unidos com todos os Pastores da Igreja por um vínculo particular pelo qual constituímos um corpo e um colégio», proferiu estas palavras: «De modo especial Vos entregamos e consagramos aqueles homens e aquelas nações que desta entrega e desta consagração têm particular necessidade».A 8 de Dezembro de 1983 dirigiu a todos os Bispos do mundo uma carta, na qual pedia que fizessem em união com ele a consagração no dia 24 ou 25 de Março: «Ficarei muito grato se nesse dia 24 de Março ou então no dia 25 quiserdes renovar este acto juntamente comigo». O Santo Padre fez o acto de consagração no domingo, dia 25 de Março, diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima da Capelinha das Aparições, ida propositadamente a Roma. Ao texto oficial impresso acrescentou espontaneamente esta frase: «Ilumina, de modo especial, os povos em relação aos quais aguardas que a Ti os consagremos».

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Reparação. Tem-se escrito que o ponto característico e mais «novo» das aparições do Coração de Jesus a Santa Margarida Maria em Paray-le-Monial é a reparação. O mesmo se poderia afirmar acerca da mensagem de Fátima: uma das suas notas distintas é a reparação ao Coração de Maria. Até Fátima, era costume representar o Coração de Nossa Senhora cercado de rosas. Em Fátima aparece circundado de espinhos, que ferem e magoam. São os nossos pecados, blasfémias e ingratidões. Logo na segunda Aparição viram os Pastorinhos o Coração de Maria «cercado de espinhos» que parecia estarem-lhe cravados. «Compreendemos – escreve Lúciaque era o Imaculado Coração de Maria ultrajado pelos pecados da humanidade que queria reparação». Na aparição seguinte, anuncia a Mãe de Deus que virá mais tarde pedir a «Comunhão reparadora dos primeiros sábados» e ensina-lhes este oferecimento, que hão-de repetir muitas vezes, sobretudo quando fizerem algum sacrifício: «Ó Jesus, é por vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria». Este carácter reparador aparece sobretudo nas aparições de Pontevedra e Tuy. A 10 de Dezembro de 1925, estando a vidente Lúcia na primeira destas cidades – é ela própria que escreve em terceira pessoa –, apareceu-lhe a Santissima Virgem e, ao lado, suspenso em uma nuvem luminosa, um Menino. A Santissima Virgem, pondo-lhe a mão no ombro, mostrou-lhe ao mesmo tempo um Coração que tinha na outra mão, cercado de espinhos. Ao mesmo tempo, disse o Menino: «Tem pena do coração da tua Santissima Mãe, que está coberto de espinhos, que os homens ingratos, a todos os momentos, lhe cravam, sem haver quem faça um acto de reparação para os tirar». Em seguida, disse a Santissima Virgem: «Olha, minha filha, o meu Coração cercado de espinhos, que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfémias e ingratidões. Tu, ao menos, procura consolar-me, e diz que todos aqueles que durante cinco meses no primeiro sábado se confessarem, receberem a sagrada comunhão, rezarem um terço e me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 mistérios do Rosário com o fim de me desagravar, Eu prometo assistir-lhes na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas». Cumpriu-se o que Nossa Senhora tinha dito na aparição de 13 de Julho em Fátima: «Virei pedir a devoção reparadora dos primeiros sábados». A 15 de Fevereiro de 1926 e a 17 de Dezembro de 1927 é o próprio Jesus que insiste para que se estabeleça e propague esta devoção. Perguntou o Padre José Bernardo Gonçalves, um dos Diretores espirituais da Irmã Lúcia, porque haviam de ser cinco e não 9 ou 7 os Primeiros Sábados. A vidente respondeu: «Ficando na capela, com Nosso Senhor, parte da noite do dia 29 para 30 deste mês de Maio, 1930, e falando a Nosso senhor das perguntas 4 e 5, senti-me de repente possuída de mais intimidade da divina presença: e, se não me engano, foi-me revelado o seguinte:

Minha filha, o motivo é simples: são cinco as espécies de ofensas e blasfémias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria:

  1. 1. – As blasfémias contra a Imaculada Conceição.

  2. 2. – Contra a sua Virgindade.

  3. 3. – Contra a Maternidade Divina, recusando ao mesmo tempo recebê-la como Mãe dos homens.

  4. 4. – Os que procuram infundir nos corações das crianças, a indiferença, o desprezo e até o ódio para com esta Imaculada Conceição.

  5. 5. – Os que a ultrajam directamente nas suas sagradas imagens.

  6. Eis, minha filha, o motivo pelo qual o Imaculado Coração de Maria Me levou a pedir esta pequena reparação; e de, em atenção a ela, mover a minha misericórdia ao perdão para com essas almas que tiveram a desgraça de A ofender».

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Tal é a transcendência desta devoção que a Vidente de Fátima pôde escrever: «Da prática de devoção dos Primeiros Sábados unida à consagração ao Imaculado Coração de Maria depende a guerra ou a paz do mundo; por isso eu desejo tanto a sua propagação e sobretudo por ser essa a vontade do nosso Bom Deus e da nossa tão querida Mãe do Céu» (19.3.1939).

A devoção reparadora dos cinco primeiros Sábados foi aprovada e tornada pública pelo Bispo de Leiria. Dom José Alves Correia da Silva, na Peregrinação de 13 de Setembro de 1939, treze dias depois de começada a segunda guerra mundial, que teve início no primeiro dia de Setembro desse ano.

Texto recolhido através do livro SANTOS DE CADA DIA, publicado por www.jesuitas.pt. As imagens foram colocadas por meu livre arbítrio e obtidas através do site www.santiebeati.it.

Compilação (e composição) exclusivamente para este Blogue – 16-6-12  -  10,30 horas

por António Fonseca

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sexta-feira, 15 de junho de 2012

15 de Junho de 2012 - Sagrado Coração de Jesus - (sem número)

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

(Sexta-feira a seguir à oitava do Corpo de Deus)

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O símbolo que melhor representa o amor é o coração, como mostra o nosso modo ordinário de falar. Para expressar o amor que temos a uma pessoa, apontamos para o coração ou dizemos que a temos no coração. Para exprimir que uma pessoa é boa, compassiva, dizemos: «Que coração! Que bom coração! Que coração de mãe!» A devoção ao Coração de Jesus não é mais que a devoção (que quer dizer conhecimento, dedicação e entrega) ao amor de Jesus, manifestando no símbolo mais eloquente e claro desse mesmo amor, que é o coração. Coração de Jesus é o Jesus autêntico do Evangelho, que tem um coração «bondoso e cheio de misericórdia», que é o «amigo dos pecadores», que nos amou desde o presépio à cruz e ficou por nosso amor no sacrário. Santo Afonso Maria de Ligório escreveu: «A devoção ao Coração de Jesus é a mais bela e a mais sólida do cristianismo. A mais bela porque o mais belo atributo de Cristo é o seu amor, que nesta devoção honramos. A mais sólida porque é a devoção ao amor de Jesus, origem da Encarnação e de todos os seus actos. É, pois, maior que a devoção ao Menino Jesus, à Paixão ou ao Santíssimo Sacramento, porque nela veneramos o amor de Cristo, causa do seu nascimento, morte e da permanência eucarística». Ter devoção ao Coração de Jesus é acreditar no seu amor e viver para Ele em doação completa e desinteressada. É repetir com o apóstolo S. João: «Nós conhecemos e acreditamos no amor que Deus nos tem» (I Jo 4, 16). Assim julgaram este culto os últimos Pontífices: «No Coração de Jesus se há-de colocar toda a esperança; a Ele há que pedir e d’Ele se há-de esperar a salvação dos homens» (Leão XIII, enc. Charitate Christi). «Nesta devoção contém-se o resumo de toda a religião e ainda uma norma de vida mais perfeita, pois guia suavemente as almas ao conhecimento de Nosso Senhor e estimula-as eficazmente a amá-Lo com todo o coração e a imitá-Lo de perto» (Pio XI, enc. Miserentissimus Redemptor). Pio XII expôs maravilhosamente o que é a devoção ao Coração de Jesus na sua magistral encíclica Haurietis Aquas, de 15 de Maio de 1956. Dela extraímos estas passagens:

«É digna, pois, da maior estima esta forma de culto, que permite ao homem honrar e amar a Deus mais intensamente, e consagrar-se com maior facilidade e prontidão à caridade divina; tanto mais quanto é certo que o nosso Redentor Se dignou propô-la e recomendá-la ao povo cristão, e os Sumos Pontífices confirmaram-na com grandes louvores. Por isso, coisa temerária e prejudicial seria e até ofensa de Deus, ter em menos estima tão insigne benefício, concedido por Jesus Cristo à sua Igreja. Sendo assim, não há dúvida que os fiéis, ao honrarem o Sacratíssimo Coração de Jesus, cumprem o gravíssimo dever que têm de servir a Deus, e ao mesmo tempo de consagrar ao Criador e Redentor as suas pessoas e actividades, tanto externas como internas, e cumprem desta forma o mandamento divino: «Amarás ao Senhor teu Deus com todo o coração, com a toda a tua alma, com todo o espirito e com todas as suas forças». «Assim, incitamos a praticar com entusiasmo esta devoção a todos os Nossos filhos em Cristo… «Para tantos males, que hoje como nunca, perturbam profundamente os indivíduos, as famílias, as nações e o mundo inteiro, onde ir buscar remédio, veneráveis Irmãos? Poder-se-á, porventura, encontrar forma de piedade superior ao culto do Coração de Jesus, que melhor corresponda à índole da fé católica e mais se adapte às necessidades hodiernas da Igreja e da humanidade?» «Por isso, seguindo o exemplo do Nosso imediato Antecessor, apraz-Nos também a Nós repetir aqui aquela exortação que Leão XIII, de imortal memória, dirigia no fim do século passado aos fiéis do mundo inteiro e de todas as pessoas sinceramente preocupadas com a salvação de si mesmas e da sociedade: «Eis que se oferece hoje, aos nossos olhos, outro sinal muito favorável e divino: o Coração Sacratíssimo de Jesus… brilhando entre chamas com esplêndido fulgor. N’Ele se devem colocar todas as esperanças; a Ele se há-de pedir e d’Ele esperar a salvação dos homens”. «É ainda ardentíssimo desejo Nosso que todos os que se gloriam do nome de cristãos e lutam estrenuamente pelo estabelecimento do Reino de Cristo no mundo, tenham a devoção ao Coração de Jesus como bandeira de unidade, de salvação e de paz. E ninguém julgue que este culto prejudica em alguma coisa as outras formas de piedade, com que o povo cristão, dirigido pela Igreja, honra o Divino Redentor. Pelo contrário, a fervorosa devoção ao Coração de Jesus há-de sem dúvida favorecer e promover sobretudo o culto da Santíssima Cruz e, do mesmo modo, o amor ao Augustissimo Sacramento do Altar»

Paulo VI, eleito Papa no dia da festa do Coração de Jesus do ano de 1963, repetidas vezes recomendou a devoção a este divino Coração. A 6 de Fevereiro de 1965 dirigiu ao Episcopado do mundo inteiro uma Carta Apostólica, comemorativa do 2º centenário da aprovação da festa do Coração de Jesus. Nela diz: «Desejamos que a todas as categorias de fiéis sejam explicados, da maneira mais adaptada e completa, os profundos e íntimos princípios doutrinais que ilustram os infinitos tesouros de caridade do Sagrado Coração de Jesus; e que se determinem especiais funções sagradas, que afervorem, sempre cada vez mais a devoção para este culto, digno da mais alta consideração, a fim de se conseguir que todos os cristãos, animados de novas disposições de espírito, prestem as devidas homenagens ao mesmo Coração Divino e reparem os inumeráveis pecados com demonstrações de veneração sempre mais fervorosas, conformando também a vida inteira com os preceitos da verdadeira caridade, que é a plenitude da lei (cfr. Rom. 13, 10)… Esta maneira de proceder parece-me muito idónea para conseguir que o culto do Sagrado Coração, em alguns um tanto entibiado (com dor o dizemos), volte a florescer cada vez mais, e seja por todos considerado como forma nobilíssima e digna daquela piedade verdadeira, que no nosso tempo, particularmente por obra do Concilio Vaticano II, é insistentemente pedida para com Jesus Cristo, Rei e centro de todos os corações, cabeça do Corpo que é a Igreja… princípio e primogénito dentre os mortos, a fim de que em tudo tenha Ele o primado (Col 1, 18)».

Talvez nenhum Papa se tenha referido tantas vezes ao Coração de Jesus, como João Paulo II. Desde a sua eleição, a 16 de Outubro de 1978, até ao verão de 1982, nas suas alocuções, falou 39 vezes sobre este Divino Coração, ao qual consagrou também a Encíclica sobre a Misericórdia Divina, de 30 de Novembro de 1980. A devoção ao Coração de Jesus cultiva-a o papa desde a sua juventude, como ele declarou na homilia pronunciada na Paróquia Romana de Santa Maria de Trastévere, a 27 de Abril de 1980: «Na solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a liturgia da Igreja concentra-se, com adoração e amor especial, em torno ao mistério do Coração de Cristo. Quero hoje dirigir juntamente convosco o olhar dos nossos corações para o mistério desse Coração. Ele falou-me desde a minha juventude. Cada ano volto a este mistério no ritmo litúrgico do tempo da Igreja». A 31 de Março de 1984, dirigiu estas palavras a uma peregrinação do Apostolado da Oração de Itália: «Finalmente é dirigida uma calorosa palavra de apreço e felicitações aos associados do Apostolado da Oração. Dada a importância fundamental deste apostolado na Igreja em geral e na vida particular de cada fiel, o meu discurso deveria ser muito mais longo e profundo do que aquilo que é possível neste breve espaço de tempo. Referindo-me à mensagem do Sagrado Coração a santa Margarida Maria e às grandes encíclicas dos meus predecessores, Leão XIII (Annum Sacrum, 25 de Maio de 1899), Pio XI (Miserentissimus Redemptor, 8 de Maio de 1928), Pio XII (Haurietis aquas, 15 de Maio de 1956), Paulo VI (Investigables divitias Christi, 6 de Fevereiro de 1965; Diserti interpretes facti, 25 de Maio de 1965) e às minhas duas encíclicas Redemptor hominis e Dives in misericordia, exorto-vos a estender e a aprofundar cada vez mais o raio do vosso apostolado em cada paróquia, comunidade e Diocese, inculcando a oração e o oferecimento quotidiano pela conversão dos pecadores, pelas necessidades da Igreja, pelos Governantes e Autoridades civis, a fim de que possuam verdadeira e recta consciência no governo, e estimulando a autêntica devoção ao Coração de Jesus por meio da consagração das famílias, e sobretudo a celebração vivida da primeira sexta-feira de cada mês com a confissão sacramental e a participação na Eucaristia».

Escreveu o papa Leão XIII que a devoção ao Coração de Jesus se resume em dois actos: Consagração e Reparação. A Consagração é o reconhecimento dos direitos soberanos de Jesus, a entrega ao seu amor e a confiança na sua misericórdia. O Papa Leão XIII consagrou o mundo inteiro ao Coração de Jesus, a 9 de Junho de 1899. Pio XII renovou esta Consagração e mandou que todos os anos se repetisse na festa de Cristo Rei, bem como um acto de desagravo na solenidade do Coração de Jesus..  Seguindo os exemplos e exortações dos papas e dos Bispos, têm sido consagradas ao Coração de Jesus as nações, cidades, vilas, freguesias, instituições e sobretudo as famílias e os indivíduos.  A Reparação ocupa parte muito importante nesta devoção «porquecomo ensina o papa Pio XI – os pecados e os delitos dos homens, cometidos em qualquer tempo, foram a causa de que o Filho de Deus fosse entregue à morte e, também no presente, causariam a morte de Cristo, acompanhada das mesmas dores e das mesmas angústias, visto cada pecado considerar-se Renovação, de alguma maneira, da Paixão do Senhor…». E por isso, ao manifestar-se a Santa Margarida Maria, disse Jesus: «Eis o Coração que tanto tem amado os homens e os cumulou de benefícios, e em paga do seu amor infinito, em vez de gratidão, encontra esquecimento, indiferença, ultrajes, e estes causados algumas vezes até pelas almas a Ele obrigadas pela dívida mais estrita de especial amor». Precisamente em Reparação de tais culpas, entre outras muitas recomendações fez estas, em particular, como a Si muito agradáveis: que os fiéis com intenção de desagravo se aproximassem da Sagrada Mesa para fazerem a «Comunhão Reparadora» e durante uma hora inteira realizassem actos de Oração e de Reparação, à qual com toda a propriedade se dá o nome de «Hora santa»; devoções estas que a Igreja não só aprovou, mas também enriqueceu com copiosos favores espirituais… Entre as práticas de devoção ao Coração de Jesus, e sobretudo de carácter reparador, sobressai o piedoso exercício das Primeiras Sextas-feiras, tão aprovado e recomendado pela Santa Igreja. Por ordem de Papa Leão XIII a Sagrada Congregação dos Ritos, a 21-7-1889, recomendou esta devoção. Outro tanto fez o mesmo Pontífice no ano seguinte, e Pio XI na encíclica Miserantissimus Redemptor, João XXIII no Sínodo Romano e João Paulo II, a 31-3-1984. Bento XV introduziu as próprias palavras do Coração de Jesus sobre as primeiras sextas-feiras na Bula de Canonização de Santa Margarida.

«O Senhor Jesus dignou-se falar à sua fiel esposa nestes termos: Na imensa misericordia do meu Coração prometo, a todos aqueles que durante nove meses seguidos comungarem na primeira sexta-feira, a graça da penitência final; não morrerão em pecado grave contra mim e sem receberem os Santos Sacramentos. O meu Coração será o seu refúgio seguro nos últimos momentos». A santa Sé várias vezes indulgenciou esta piedosa prática e muitos Bispos do mundo inteiro aprovaram-na e recomendaram-na. À devoção das primeiras sextas-feiras podem justamente aplicar-se as palavras do Concilio Vaticano II: «São muito de recomendar os actos de piedade do povo cristão, desde que estejam em conformidade com as leis da Igreja, e, especialmente, quando aprovados pela Santa Sé. As condições necessárias para nos tornarmos dignos da Grande Promessa, isto é, da Salvação, são três:

1. A comunhão; que deve ser feita na 1ª sexta-feira de cada mês e não noutro dia.

2. Deve fazer-se durante 9 meses seguidos.

3. A Comunhão há-de ser feita em estado de graça e com recta intenção. Certeza absoluta de salvação não no-la dá, nem nunca a poderemos ter. Mas dá-nos certeza moral, que é mais do que grande probabilidade. O notável moralista e insigne teólogo P. Vermeersch, longos anos professor da Universidade Gregoriana, de Roma, escreve: «A Grande Promessa dá certeza moral suficiente para afastar toda a ansiedade, quanto à nossa salvação». Segundo as palavras de Nosso Senhor, todos os que tiverem feito as nove primeiras sextas-feiras podem ter fundada esperança de:

1. - Morrer em estado de graça, isto é, de se salvar. É a principal recompensa anexa a esta devoção. É a realização da promessa de Jesus: «Quem comer deste pão viverá eternamente» (Jo 6, 51). 

2. - Se à hora da morte se encontrarem em pecado mortal receberão, pela misericórdia de Deus, os últimos Sacramentos a fim de se salvarem.

3. - Se, já estiverem em graça, pode ser que os não recebam. Também os não necessitam para entrar no céu, que é o grande prémio das nove primeiras sextas-feiras.

4. - O Coração de Jesus auxiliá-los-á nos últimos momentos com graças especiais. Para merecer a Grande Promessa de Nosso Senhor, basta fazer uma vez as Primeiras sextas-feiras. Não deve, porém, ser suficiente para o nosso amor. Devemos desagravar e consolar o Coração de Jesus com comunhões cada vez mais fervorosas em todas as primeiras sextas-feiras da nossa vida. É este o desejo manifestado por Jesus a Santa Margarida Maria: «Comungarás todas as primeiras sextas-feiras de cada mês».

 

Post colocado em 5-6-2012  -  10,30 horas

António Fonseca

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Sem número (ainda…) - 14 de Junho de 2012

Meus amigos:

O meu computador após 8 dias de suspensão, continua a dar-me problemas e lamentavelmente não me tem permitido prosseguir, conforme era meu desejo, expresso no passado Domingo aqui neste Blogue. Aliás ontem mesmo tentei escrever várias coisas a respeito do dia de Santo António, mas quando estava a meio, o computador “craschou” completamente, ficando o ecrã cheio de umas riscas amarelas e azuis de alto a baixo, e desligou-se.

cinco minutos atrás, tentei novamente escrever algo, mas após ter escrito duas linhas apenas, sucedeu outra vez o mesmo.

Estou agora tentando mais uma vez, dizer algo.

Desta vez no entanto, por precaução, estou a gravar automaticamente o que vou escrevendo, a fim de não ter mais surpresas e ter que reescrever tudo de novo, se de repente, o computador resolver fazer greve…  (parece até os maquinistas da CP…).

Ora bem, estou farto deste silêncio forçado, de oito dias, e dado que julgo ter tomado as rédeas da situação, ou seja, gravando tudo o que escrevo, minuto a minuto, pode ser que me …safe. Vamos a ver, o que acontece.

Antes de retomar os meus escritos, desde o passado dia 8 (que teria o nº 1310, creio eu) sobre os SANTOS DE CADA DIA, queria informar o seguinte:

Na passada terça-feira, por mero acaso, lembrei-me de entrar na Estação de S. Bento a ver as novidades que por lá haviam, já que há muito tempo, que lá não ia e tive uma agradável surpresa:

Reparei que havia uns cartazes com fotos de alguns edifícios da cidade do Porto, acompanhados por umas setas desenhadas no chão a vermelho que me levaram até ao fundo do cais do lado esquerdo de quem entra, quase junto da entrada do túnel e vi que num antigo armazém ali situado, estava presente uma exposição de miniaturas de vários edifícios da nossa cidade, como a Torre dos Clérigos, a própria Estação de S. Bento, a Sé Catedral e muitos outros, nomeadamente capelas ou Igrejas, e não só, que foram elaboradas por um ex-funcionário do Banco de Portugal, que eu conheci muito bem, e que nas suas horas livres se dedicou durante vários anos a fazer as referidas miniaturas (à escala) e com todos os pormenores.

Eu próprio – salvo erro – em 1982 (!) aquando dos 50 anos do Sindicato dos Bancários do Norte, em colaboração com a Direcção do Sindicato, tive a oportunidade de o ajudar a efectuar uma exposição dos seus trabalhos no auditório do SBN.

É uma obra muito pormenorizada e muito bem feita por um empregado bancário que conheci há 50 anos e com quem lidei durante mais ou menos 40 anos. Entretanto ele faleceu (era um pouco mais velho do que eu – se fosse vivo, faria este ano 79 anos creio eu… –) e, desconheço onde tem estado a sua colecção de trabalhos durante estes últimos 10 anos principalmente, mas vou ver se descubro proximamente e farei aqui a respectiva comunicação sobre o que vier a saber.

A referida colecção que está exposta não se encontra completa, pois que pelo menos 2 das suas obras, representavam o primeiro edifício onde esteve a sede do Banco de Portugal, no largo de S. Domingos e a actual sita na Praça da Liberdade. Creio que essas peças terão sido adquiridas (ainda em vida do seu autor) pelo referido Banco, e, possivelmente outras que julgo terem existido também terão seguido idêntico destino para outras entidades.

Esse bancário – Agostinho Gonçalves Teixeira –, já estava reformado quando se fez a exposição atrás citada.

Acho que é uma obra que merece ser visitada pelos portuenses em especial e por todos que desejem apreciar a beleza harmónica destes trabalhos. É por isso que eu estou aqui a fazer referência a esta exposição (que irei rever mais detalhadamente num dos próximos dias, se Deus quiser, a fim de poder fazer uma melhor retrospectiva).

Para aguçar o apetite, permito-me colocar aqui algumas fotos.

Imagem3607 Imagem3608

Sé Catedral  e Paço Episcopal                  Sé Catedral 

 

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   Antiga Cadeia da Relação – frente                 Antiga Cadeia da Relação – Lado direito

  Imagem3647Imagem3659Imagem3673

Estação de S. Bento                                             Palácio de Cristal                                        Igreja dos Clérigos

 

A todos que estejam interessados, resta informar que a exposição está aberta todos os dias à tarde e que o custo de entrada é de 2 €uros por pessoa, e quem o desejar até poderá fotografar os trabalhos expostos.

A D. Ana Furtado é uma das pessoas responsáveis pela mostra.

 

Com os melhores cumprimentos.

 

 

António Fonseca

 

antoniofonseca1940@hotmail.com

 

 

NOTAEste texto é de minha inteira responsabilidade e não foi encomendado por ninguém. Eu pessoalmente e por motu-próprio, é que entendi fazer esta referência. AF

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Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

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