sexta-feira, 8 de março de 2013

Nº 1582 - (3) - AS VIDAS DOS PAPAS DA IGREJA CATÓLICA - (80) - 8 de Março de 2013

Nº 1582 - (3)

BOM ANO DE 2013

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Caros Amigos:

Desde o passado dia 11-12-12 que venho a transcrever as Vidas do Papas (e Antipapas)

segundo textos do Livro O PAPADO – 2000 Anos de História.

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ALEXANDRE VI

Alexandre VI

Alexandre VI

(1492-1503)

Foi eleito em 26 de Agosto de 1492, tomou o nome de Alexandre VI e, mesmo aclamado pelos Romanos, diz-se que comprou dois terços dos votos para conseguir a eleição.

A verdade é que uma vida dissoluta e nepotismo faziam dele mais um  príncipe da Renascença do que um papa.

Como escreveu o historiador Ludwig von Pastor: «nas altas classes sociais do século XV as leviandades eram o pão nosso de cada dia. Que alguns príncipes eclesiásticos viveram melhor que os seculares, isso pouco ou nada escandalizava os italianos do Renascimento – consequência, antes de mais, do laxismo então reinante, quer nas ideias, quer nos costumes, o que fazia com que os dignitários da Igreja fossem vistos sobretudo como príncipes seculares.

Tinham comprado para a Igreja os dias da infâmia e do escândalo».

De facto, Alexandre VI era conhecido pelas sua vida com muitas amantes, sendo a mais importante Vannoza Caetani, de que teve quatro filhos, João, César, Lucrécia e Jofre, que tiveram um papel importante no papado, particularmente, César e Lucrécia Bórgia, sendo seu principal cuidado tratar do interesse da família. Nomeou o filho César, ainda adolescente, bispo de Valência, o sobrinho Giovanni, cardeal, e tentou que o filho João, duque de Gandia, se apoderasse do reino de Nápoles.

Como papa, agiu com pulso de ferro e acabou com a anarquia em Roma, melhorou a defesa da cidade, transformou o mausoléu de Adriano numa fortaleza e mandou fortificar a Torre de Nona, para proteger a cidade de ataques navais.

Como patrono das artes, erigiu a universidade romana de Sapienza, restaurou o Castelo de Santo Ângelo, construiu uma mansão grandiosa para a chancelaria apostólica, embelezou os palácios do Vaticano e obrigou Miguel Ângelo a dirigir a reconstrução da Basílica de São Pedro e a decorar a abóboda de Santa Maria Maior, com o primeiro outro trazido da América por Cristóvão Colombo.

Perante o paganismo e o descalabro moral da sociedade, ergueu-se a voz do frade dominicano Savonarola, prior do convento de São Marcos, em Florença, a pregar contra o papa e todos os que viviam à sua volta no fausto reclamando terríveis castigos.

Alexandre VI procurou chamar Savonarola a Roma para o dominar e acabar com os ataques, mas o frade recusou-se sempre e acabou condenado à morte e enforcado em Florença.

No campo espiritual, preocupou.-se com a propagação da fé nas terras dos infiéis descobertas por portugueses e espanhóis e, em 1494, depois da viagem de Colombo na descoberta da América, conferiu a Isabel de Castela e a Fernando de Aragão, o título de Reis católicos.

Entretanto, nasciam divergências entre os reinos de Portugal e de Castela e o papa, por bula de 4 de Março de 1493, tenta resolver a questão por meio de uma linha que, de pólo a pólo, passando a 100 léguas para lá dos Açores, dividia o mundo ao meio; as terras descobertas para ocidente dessa linha pertenciam a Castela e para oriente, a Portugal.

D. João II, rei de Portugal, não aceita a bula e daí resultou o Tratado de Tordesilhas, firmado com os Reis Católicos, em 7 de Junho de 1494, conseguindo afastar a linha divisória mais 270 léguas para ocidente, sinal de que já antes da descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral os cartógrafos portugueses tinham conhecimento dessas terras.

Na sua atividade pastoral, foi sempre favorável às ordens monásticas e aprovou a Ordem dos Mínimos, fundada por São Francisco de Paula, e a da Anunciata, fundada por Santa Joana de Valois, e empenhou-se na defesa dos mosteiros dos Países Baixos.

Fomentou, também, o culto da Santíssima Virgem, por meio da criação da Confraria do Rosário e, restaurou o costume de rezar um pai-nosso e uma ave-amaria, ao toque do sino do meio-dia e, mais tarde ação do Angelus.

Pessoalmente era  muito devoto da Santíssima Virgem e primava pelo decoro das funções litúrgicas, o que se notou especialmente no Jubileu do Ano de 1500, introduzindo cerimónias novas, como a da abertura da Porta Santa, que ainda perdura.

Uma multidão de cerca de 200 000 pessoas afluiu a Roma para o jubileu, segundo disse o mestre-de-cerimónias, J. Buorchard. Entre os peregrinos, viu-se o sacerdote polaco e célebre astrónomo Copérnico, que se manteve em Roma, dando aulas e tendo entre os seus discípulos Miguel Ângelo e o cardeal Alexandre Farnnese, futuro papa Paulo III.

Alexandre VI morreu com um ataque de malária, aos 73 anos, e mostrou-se arrependido, como já acontecera quando seu filho João morreu afogado nas águas do Tibre, dizendo: «Foi pelos nossos pecados que Deus nos mandou esta prova. Que perdoe a quem o matou. Pela nossa parte, resolvemos empreender a emenda da nossa vida e da Igreja.

Daqui por diante, os benefícios serão atribuídos apenas por mérito. Queremos renunciar ao nepotismo a começar a reforma por nós, estendendo-a depois aos outros membros da Igreja, levando esta empresa até ao fim».

De um papa, é verdade, exige-se muito mais, mas Alexandre VI terá sido também, caluniado. Foi indigno? É possível, mesmo com o ambiente pagão do renascimento, mas fica de pé a afirmação do papa Leão Magno: «A cadeira de Pedro não se degrada com um herdeiro indigno».

Segundo L. Hearting, «se Alexandre VI, em, vez de papa, tivesse sido um rei ou imperador, não haveria inconveniente em exaltá-lo entre os políticos e governantes mais eminentes da sua época, omitindo as manchas da sua vida particular».

 

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PIO III

Pio III

Pio III

(1503)

Foi eleito em 22 de Setembro de 1503 aos 64 anos, mas já gravemente enfermo, tomando o nome de Pio III. Foi papa apenas por 24 dias.

Era um homem íntegro e piedoso e o povo via nele o reverso do seu antecessor, muito esperando dele.

A este respeito, o geral dos Camaldulenses escreveu: «Uma nova luz nos amanheceu. os nossos corações estão cheios de júbilo e os nossos olhos enchem-se de lágrimas porque Deus se apiedou do povo cristão, dando-lhe um Pastor santo e imaculado.

Sob o seu governo a vinha do Senhor não voltará a produzir cardos e espinhos, mas estender-se-á florescente de um mar a outro mar».

De facto, Pio III, era declaradamente um papa disposto a colocar a Igreja no seu lugar e logo que foi eleito mandou prender César Bórgia pelos seus pecados e excessos públicos.

Infelizmente não teve tempo para governar a Igreja como queria e podia, pois morreu devido a uma úlcera que tinha numa perna ou, como foi dito então, envenenado por Pandolfo Pettrucci, governador de Siena. Foi enterrado em São Pedro e, posteriormente, os seus restos mortais foram trasladados para Santa Andrea del Valle, onde ficou ao lado de seu tio Pio II.

 

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JÚLIO II

Júlio II

Júlio II

(1503-1513)

Apenas com um dia de reunião, o conclave elegeu como papa o cardeal Giulliano della Rovere, um homem de 60 anos, que tomou o nome de Júlio II e foi coroado em 26 de Novembro de 1503.

Destacou-se mais como notável homem  de Estado do que como eclesiástico, pela sua enérgica atuação política, reorganizando administrativamente o Estado Pontifício e criando a Liga de Cambrai, contra Veneza, e a Santa Liga, contra a França.

Começou por organizar uma expedição militar para reaver as cidades de Perúsia e Bolonha, que se renderam sem combate.

Recebido triunfalmente em Roma, parte em seguida para outra empresas de maior envergadura: pressionar Veneza com ameaças para que restituísse à Igreja várias cidades usurpadas. Veneza responde com arrogância, mas é organizada contra ela uma Liga constituída pela França, Alemanha e Milão, acabando por negociar com o pontífice a restituição das cidades reclamadas. O rei de França porém, reclamando direitos de conquista, não aceita de bom grado o entendimento de Veneza com Júlio II. para isso entende-se  com alguns cardeais contrários ao papa e convoca uma assembleia do clero que proclama, arbitrariamente, os privilégios da Igreja francesa, provocando a irritação de Júlio II, que lança a excomunhão sobre Luís XII e os cardeais que o apoiavam. Estes, com o auxilio do monarca francês, intimam o papa para um concílio em Pisa, em 1511.

Não concordando, Júlio II convoca para Latrão aquele que seria o XVII Concilio Ecuménico, com início em 19 de Abril de 1512.

Os reis de Inglaterra e Aragão, tal como o imperador alemão, recusam as manobras dos cardeais dissidentes e as maquinações do rei francês e aderem a Júlio II, rejeitando o concílio em Pisa.

Para se vingar, Luís XII procura malsinar o papa, permitindo e fomentando chacotas teatrais e panfletos que, criticando Roma, o apresentavam a ele como enviado de Deus para reformar a Igreja.

Autorizou o casamento de Catarina de Aragão, filha dos reis Fernando e Isabel de Espanha, com o rei Henrique VIII, depois de ter ficado viúva de Artur, irmão do rei.

Júlio II ficará ainda assinalado na história por ter sido promotor das artes, dando proteção a artistas como Bramante, Miguel Ângelo e Rafael e promovendo a reconstrução da Basílica de Latrão.

Foi um extraordinário pontífice para a mentalidade da época renascentista, mas das suas ações beneficiam mais a Itália e as artes do que a Igreja como corpo espiritual.

Saliente-se o apoio dado às expedições marítimas portuguesas, que, com os seus missionários, contribuíram eficazmente para a propagação da fé na Índia, Etiópia e Congo.

Merecem destaque ainda algumas bulas e cartas a proibir a simonia, a refrear excessos da Inquisição espanhola, a incentivar a reforma das ordens religiosas, a proibir o duelo e a abolir o jus naufragil (o direito de ficar com os despojos dos naufrágios).

Sem ter recuperado de uma grave doença, que o atormentava desde 1510, ficou novamente enfermo, vindo, entretanto, a falecer.

 

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Continua:…

Este Post era para ser colocado em 8-3-2013 – 10H30

ANTÓNIO FONSECA

Nº 1583-1 - (67-13) - SANTOS DE CADA DIA - 8 de Março de 2013 - 5º ano

antoniofonseca1940@hotmail.com

Nº 1583

8 de MARÇO de 2013

Bom

ANO D E 2 0 1 3


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Quaresma

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Nº 1583-1 - (67-13)


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Nº 1583-2 – (67-13)


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JOÃO DE DEUS, Santo

Fundador (1495-1550)

João Cidade, fundador da Ordem dos Irmãos Hospitaleiros, nasceu em Montemor-o-Novo, Portugal, em 1495, e morreu em Granada, Espanha, a 8 de Março de 1550.

Tinha oito anos quando, ao ouvir as descrições dum peregrino, sendo sonhador e ambicioso de novidades, se lançou no desconhecido e penetrou em terras de Espanha; atravessou o Guadiana e chegou por fim à vila de Oropesa, onde, extenuado e quase sem sinais de vida, foi recolhido por um rico proprietário, que o manteve ao seu serviço, primeiro como pastor, depois como maioral e administrador, e ultimamente como homem de plena confiança.

João cresce no campo, suportando o ardor do sol toledano, respirando o ar são das pastagens. Um dia, a filha do seu amo enamorou-se dele, e o pai não só consentiu no casamento, mas procurou-o por todos os meios. João pede tempo para refletir. Uma voz interior dizia-lhe: “Tu não podes prender-te a uma mulher, nem a uma casa rica, nem a um porvir desafogado mas incerto».

Desaparece e alista-se na hoste que o Conde de Oropesa estava a reunir, contra os franceses de Francisco I. Como Inácio de Loyola, toma parte na guerra de Navarra e está presente no cerco de Fuenterrabia. Foi para ele, que ia chegar aos 25 anos, tempo de duras provas. Sem que alguém saiba como, falta um rico depósito que lhe tinha confiado o seu capitão. Isto leva a que João, o responsável, seja condenado à morte. Já estava perto da árvore em que ia ser enforcado, quando chega um oficial superior. Este contenta-se com expulsá-lo do exército.

Volta derrotado e triste a casa do seu antigo amo de Oropesa, e novamente se alista, desta vez nas campanhas contra o Turco no centro da Europa; chega até Viena e, terminada a empresa, vai como peregrino a Santiago de Compostela. Recorda-se lá da terra natal e dos pais. Vai a Montemor, mas na casa ninguém o conhece, pois tinham morrido o pai e a mãe. Mas um parente afastado oferece-lhe hospitalidade, carinho e dinheiro; ele porém não aceita e volta a Espanha, fazendo-se guardador de gado em Sevilha. E transfere-se depois para África, no séquito de um fidalgo português que vai degredado e embarca em Gibraltar.

Em Ceuta é pedreiro nas muralhas, e com os ganhos ajuda enfermos e necessitados. As suas aventuras vão-se todavia orientando pouco a pouco com a luz da vocação divina. Volta à Península; pára em Gibraltar e torna-se vendedor de livros e imagens. Entre o que é piedoso, fornece também livros  de cavalaria; mas tem escrúpulos e frequentemente dissuade os compradores de que os leiam. Como vendedor ambulante percorre, com as mercadorias às costas, as ruas de Gibraltar, de Algeciras e doutras cidades da costa. Assim chega até Granada onde, na idade madura de 42 anos, Deus o espera para finalmente lhe dar a conhecer a sua verdadeira vocação. Instala a sua livraria na rua de Elvira, onde pouco depois nasceria o Doutor Exímio, Francisco Suárez, futuro catedrático da Universidade de Coimbra.

O porquê da vinda para Granada, assim o explica uma velha tradição. Encontrou.-se um dia com um menino andrajoso, que só com dificuldade caminhava, mostrando-se cansado e doente. João compadeceu-se dele, pô-lo às costas e, como outro São Cristovao, transportou-o assim durante muito tempo. Chegados perto duma fonte, João parou dominado por ardente sede. O menino desceu-lhe dos ombros e mostrou-lhe uma granada ou romã aberta, com uma representação da santa cruz por baixo. E referindo-se à cidade espanhola com este nome, disse-lhe: «Granada será a tua cruz». Logo a seguir desapareceu.

A 20 de janeiro de 1537 pregou nesta cidade São João de Ávila. Descreveu com viveza São Sebastião, heroico atleta que, debaixo da clâmide de soldado, usava uma túnica vermelha da caridade de Cristo. Traçou um quadro vigoroso das amarguras do prazer e das alegrias da dor cristã, ponderando as recompensas inefáveis que esperam a virtude. As palavras do pregador atingiram o íntimo de João Cidade, como setas ao corpo de São Sebastião. Sentiu-se tão arrependido dos pecados que, saindo precipitadamente do templo, pôs-se a correr pelas ruas gritando a plenos pulmões: – Misericórdia, Senhor, Misericórdia!.

As pessoas que o viam correr e gritar, tomando-o por doido – as crianças primeiro e depois a população toda – começaram a injuriá-lo , a atirar-lhe pedras e todas as imundícies encontradas. João distribuiu ao pobres tudo quanto possuía e começou vida de tão rigorosa penitência,. que a maior parte da gente tomou-o por louco, chegando ele a ser metido num hospital de alienados. O sistema, que até então se usava com os doidos, baseava-se em rigor e pancada. João comovia-se ao ouvir os queixumes e protestava: “Cureis, perversos, verdugos; tende compaixão desses desgraçados, que estão inocentes. E quereis que esta casa se chame instituição de caridade?” As pancadas choviam então sobre o Santo; mas ele, em vez de se queixar, instigava-os dizendo: “ Castigai, castigai esta carne, que tem a culpa de tudo”.

A loucura de São João de Deus manteve-se até que São João de Ávila a proibiu. assim o nosso Santo imediatamente se tornou cordato e dedicou-se a tratar dos doentes. Tinha encontrado, no termo de tantas curavas, o caminho recto da sua vocação. Reuniu esmolas e construiu um amplo e bem organizado hospital em Granada. Juntaram-se-lhe outras almas generosas e sacrificadas, e nasceu a Ordem dos Irmãos Hospitaleiros.

Desde o primeiro dia teve o hospital 50 camas, com cobertores, esteiras, almofadas , e na cabeceira de cada leito uma cruz. primeiro tratava-se da alma, depois do corpo. “Há muito tempo que não te confessas?” – perguntava aos miseráveis que vinham pedir socorro. A todos admitia e de todos cuidava com o mesmo amor.

Percorria diariamente a cidade, mendigando para os seus pobres. Como antes choviam as pancadas, agora chovem as esmolas. O pastor, o soldado, o pedreiro, o vendedor ambulante. Lida agora com milhares de escudos; a sua mão não passa porém de ser conduta, por onde as águas correm até ao fundo do vale da dor e da miséria, para limpar, curar e vivificar. Recordemo-lo do quadro famoso de Murilo: o Santo volta a casa com o cesto cheio; no caminho, estendido a uma esquina, um mendigo doente e ulcerado. Com grande dificuldade o põe às costas e, coxeando, dirige-se para o hospital. de repente, vem-lhe ao encontro um desconhecido, pega-lhe pelo braço e, ampara-o e guia-o. É o Arcanjo São Rafael.

Granada inteira o admira e ajoelha-se diante dele. São João de Ávila anima-o e dirige-o  no seu zelo caritativo. O Arcebispo auxilia-o e nota que ele usa cada dia um vestuário diferente, cada vez mais roto e despedaçado. Averigua que João não pode ter dois dias seguidos a mesma capa, as mesmas calças nem a mesma camisa, porque, logo que vê um pobre mal vestido que ele, propõe-lhe uma troca, para o necessitado vantajosa.

Um dia o hospital é invadido pelas chamas. João lança-se para o meio do fogo e salva os doentes um por um, sem sofrer absolutamente nada.

Mas depois, caindo em doença grave, ao sentir próxima a morte, levanta-se da cama, veste-se e prostra-se no chão.  Apertando ao peito um crucifixo, exala o último suspiro. Granada inteira desfila diante daquele homem-prodígio de humildade e caridade.

Foi beatificado em 1630 e canonizado em 1690. Clemente IX declarou-o patrono dos hospitais católicos. Leão XIII ordenou que o seu nome fosse mencionado nas Ladainhas dos agonizantes, juntamente com São Camilo de Lélis. E, em 1930, Pio XI, colocou sob a proteção dos dois Santos os enfermeiros católicos e suas associações.

O corpo de São João de Deus – que assim se ficou chamando desde os primeiros contactos com São João de Ávila – venera-se na sua basílica menor em Granada. Desta cidade recebeu Portugal certa compensação, com a vinda dos seus dois filhos – o Doutor Exímio e Frei Luís de Granada – que jazem, respectivamente, em São Roque e em São Domingos, de Lisboa.

Transcrição direta através do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

 

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  • Nossa Senhora de Fátima, pediu aos Pastorinhos:
  • “REZEM O TERÇO TODOS OS DIAS”



  • Tero1 - Cpia
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  • NOTA:
  • Como decerto hão-de ter reparado, são visíveis algumas mudanças na apresentação deste blogue (que vão continuar… embora não pretenda eu que seja um modelo a seguir, mas sim apenas a descrição melhorada daquilo que eu for pensando dia a dia para tentar modificar para melhor, este blogue). Não tenho a pretensão de ser um “Fautor de ideias” nem sequer penso ser melhor do que outras pessoas. Mas acho que não fica mal, cada um de nós, dar um pouco de si, todos os dias, para tentar deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos, quando nascemos e começamos depois a tomar consciência do que nos rodeia. No fim de contas, como todos sabemos, esta vida é uma passagem, e se Deus nos entregou o talento para o fazer frutificar e não para o guardar ou desbaratar, a forma que encontrei no “talento” de que usufruo, é tentar fazer o melhor que posso, aliás conforme diz o Evangelho.


    Assim, a principiar pela imagem principal, a partir de hoje, e se possível todos os dias, ela será modificada mediante o que eu for encontrando passível de aproveitamento para isso. A partir de Quarta-feira de Cinzas, acrescentei mais 2 páginas (uma que vigorará só na Quaresma e outra que será diária) – São elas VIVER A QUARESMA e ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS e, por conseguinte haverá mais 2 números a incluir que serão o 7 e o 8.
  • (sendo a Pág. 1Vidas de Santos; Pág. 2O Antigo Testamento; e Pág. 3O Papado – 2000 anos de história). Além disso, semanalmente (ao Domingo e alguns dias santificados – quando for caso disso –) a Pág. 4A Religião de Jesus; e a Pág. 5 - Salmos) e, ainda, ao sábado, a Pág. 6In Memorian.
  • Outros assuntos que venham aparecendo emergentes dos acontecimentos que surjam tanto em Portugal, como no estrangeiro; e, ainda, alguns vídeos musicais (ou outros) que vão sendo recolhidos através do Youtube e foram transferidos para o meu canal “antónio0491” que se encontra inserido logo após o Título e sua descrição.

    Registe-se também que através de Blogs Católicos, União de Blogs Católicos, etc., estou inscrito em muitos blogs que se vão publicando em Portugal, Brasil, e outros países, que, por sua vez, também publicarão este blogue. Há ainda mais algumas alterações que já fiz e vou continuando a efetuar na parte lateral do blogue, retirando ou colocando vários complementos.

    Como também já deve ser do conhecimento de muitos, encontro-me inscrito na rede social, Google + Facebook, e outros, individualmente e, também ali poderão encontrar este blogue. O meu correio electrónico foi modificado e será inscrito no início de cada página (pelo menos na primeira, de cada dia).

    Para terminar, gostaria de que os meus leitores se manifestassem, bastando para tal marcar o quadrado que entendam, que segue sempre abaixo de cada publicação, como aliás eu faço, relativamente aos blogues que vou vendo sempre que me é possível, com o que ficaria muito grato
    Desculpem e Obrigado mais uma vez – António Fonseca

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    Localização geográfica da sede deste Blogue, no Porto
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  • Meus endereços:
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    quinta-feira, 7 de março de 2013

    Nº 1574-3 - A VIDA DOS PAPAS DA IGREJA CATÓLICA - (72) - 28 de Fevereiro de 2013

    Nº 1574 - (3)

    BOM ANO DE 2013

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    Caros Amigos:

    Desde o passado dia 11-12-12 que venho a transcrever as Vidas do Papas (e Antipapas)

    segundo textos do Livro O PAPADO – 2000 Anos de História.

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    CLEMENTE V

    Clemente V

    Clemente V

    (1305-1314)

    Quase um ano depois da morte de Bento XI, o conclave continuava reunido em Perúsia, sem eleger um sucessor do papa. Finalmente, depois de os Perusianos terem retirado o tecto da sala de reuniões e racionado os alimentos dos cardeais eleitores, elegeram em 5 de Junho de 1305, e por maioria de dois terços, Beltrão de Goth, bispo de Lommiges (1295) e arcebispo de Bordéus (1299), tendo sido depois coroado em Lyon, em 14 de Novembro de 1305, com o nome de Clemente V, na presença do rei de França, Filipe, o Belo.

    O papa decidiu então residir em França por dois motivos; pelos problemas em Itália e porque, ao que se dizia, procurava a reconciliação dos reis de França e de Inglaterra.

    Percorreu várias localidades, voltou a Bordéus, onde tinha sido arcebispo, mas em 1309 passa a residir em Avinhão, onde se fixou até à morte, dando início ao «Cativeiro da Babilónia», que perdurou até 1376.

    Dominado por Filipe, o Belo, nomeou num ano dez cardeais, sendo nove franceses, mas, mesmo assim, com um carácter que pouco se impunha ao rei, conseguiu a revogação da bula Clericis laicos, de Bonifácio VIII, e uma interpretação mais benigna da bula Unam sanctam, em que o rei e o reino de França não ficariam mais sujeitos à santa Sé.

    Filipe, o Belo, em crítica situação financeira, pretende acabar com a Ordem dos Templários, confiscando-lhe todos os bens, que eram muito valiosos. Por maquinações do rei começaram a surgir acusações graves à Ordem. Clemente V resistiu, nomeou bispos e inquiridores para uma justa avaliação das acusações, mas em 13 de Outubro de 1307, uma sexta-feira negra, os esbirros de Filipe, o Belo, que não queria esperar mais, apanharam os Templários nos seus conventos e prenderem-nos todos, ao mesmo tempo que opunham a correr a seu respeito as mais terríveis acusações, nas quais o povo acreditou.

    O papa ainda reagiu. Escreveu uma carta de protesto ao rei, mas o monarca usou contra ele o mesmo processo utilizado contra os Templários. Acusou-o de simonia, de opressor do clero e de favorecer os Templários por suborno.

    Clemente V, desorientado, mal esclarecido e perplexo, não reage e decreta a extinção da Ordem dos Templários no Concilio de Vienne, em Abril de 1312, um concílio onde predominavam os cardeais franceses e que contou até com a presença de Filipe, o Belo.

    Contudo, em 2 de Maio de 1312, num assomo de coragem, Clemente V, pela bula Ad providam, contrariando as ordens de Filipe, o Belo, determina que os bens da Ordem dos Templários passem para a Ordem dos Hospitalários de São João, também conhecida como Ordem de Malta.

    Refira-se que, em Portugal, a pedido do rei D. Dinis, os bens passaram para a Ordem de Cristo, no qual ficaram incorporados, sem qualquer julgamento dos templários portugueses.

    Filipe o Belo, ainda enganou o papa com a ideia duma cruzada para libertação da Terra Santa, que ele chefiaria. Isso permitiu-lhe cobrar um dizimo de todos os benefícios do seu reino, mas a cruzada não se realizou, embolsando ele o dinheiro.

    Papa demasiado fraco perante o rei, acusado até de nepotismo, conta a seu favor o ter fundado as universidades de Perúsia e Orleães e ter acrescentado, como jurista, o sétimo livro ao Corpus iuris canonici.

    Faleceu em Roquemaure, nas margens do Reno, aquando pretendia ingressar à sua terra natal, para aí morrer. Morreu depois de ter comido um prato de esmeraldas moídas, destinadas a curá-lo de um cancro do estômago, ou dos intestinos, de que sofria  há longos anos.

     

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    JOÃO XXII

    Joao XXII

    João XXII

    (1316-1334)

    O Colégio eleitoral, composto por 17 cardeais franceses e gascões e sete italianos, encontrava-se dividido, pois os italianos opunham-se à eleição de um papa francês, até que os sobrinhos de Clemente V assaltaram o local do conclave, aos gritos de «Morte aos cardeais italianos» e estes foram obrigados a fugir, e só se reunindo dois anos depois, em Lyon, onde elegeram, em, 7 de Agosto de 1316, Jacques Duèse, homem de 72 anos, que tomou o nome de João XXII, realizando-se a investidura um mês depois, na mesma cidade, indo o papa residir em Avinhão.

    Dotado de grande capacidade de trabalho e com sólidos conhecimentos de teologia e de direito canónico, deixou milhares de documentos por ele redigidos.

    Procurou estabelecer a paz entre os reinos da Europa e foi um  hábil financeiro, decretando um fisco papal para adquirir fundos para uma nova cruzada, construir um palácio em Avinhão e apoiar as obras culturais do apostolado e beneficência, ação que lhe valeu grande impopularidade. Com uma boa administração destes fundos, deixou na altura da sua morte, uma grande fortuna à Santa Sé.

    Para organizar de modo estável e seguro a administração da Igreja, constituiu a chancelaria romana, um tribunal de doze jurisconsultos, com atividade permanente e por turnos (em latim, rotatim), daí que este tribunal se viesse a chamara a “Sagrada Rota”.

    No campo político, teve grandes problemas com Luís da Baviera, que disputava, em eleições, o trono real, com o duque Frederico, o Belo, da Áustria. Luís derrotou amplamente o seu adversário, mas João XXII não quis reconhecê-lo como rei e isso determinou o desentendimento entre o papado e o Império, a tal ponto que Luís da Baviera declarou o papa deposto e fez eleger o franciscano Pietro Rainalducci, como Nicolau V, um antipapa.

    Poucos meses depois, o rei de Nápoles obriga Luís da Baviera a retirar-se e João XXII fica, de novo, senhor da situação. Chama a Avinhão, o antipapa e este apresenta-se de corda ao pescoço, mostrando o seu arrependimento, pondo fim à aventura.

    João XXII canonizou São Tomás de Aquino, em 1323, e teve grande zelo apostólico, intervindo na Ordem de São Domingos, para  que os Dominicanos evangelizassem o Oriente, especialmente a Arménia, Pérsia, Arabia e Etiópia, escrevendo, ele próprio, cartas aos povos tártaros, exortando-os a abraçar a fé católica. Os Franciscanos dedicar-se-iam à evangelização da Geórgia e do Extremo Oriente.

    No campo da cultura, incrementou os estudos universitários, criando as cátedras de Hebreu, Árabe e Caldeu, nas universidades de Paris, Bolonha, e Oxford. e interveio em assuntos de música sacra, tendo deixado, assinadas por ele, mais de 60 000 cartas.

    É também mérito seu, como defensor da Conceição Imaculada de Maria, o ter estendido a toda a Igreja a devoção do Angelus.

    No que se refere a Portugal, criou a Ordem Militar de Cristo, em 1319, pala bula Ad ea ex quibus, na qual seriam incorporados os templários existentes no reino, por extinção da Ordem do Templo, e concedeu, em 1320, a D. Dinis, a décima de todas as rendas eclesiásticas.

    Morreu com quase 90 anos, sem nunca ter conseguido transferir a sede do papa para Roma.

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    NICOLAU V  -  ANTIPAPA

     

    Nicolau V  -  Antipapa

    (1328-1330)

    Luís IV de Baviera, príncipe alemão, vencedor de Frederico de Áustria, pretendia o título de «rei eleito dos Romanos», ao que o papa João XXII se opôs, alegando violências e injustiças por ele cometidas.

    O imperador reagiu com um manifesto denunciando o papa como herético. O papa excomungou o imperador e este marcha sobre Roma para se fazer coroar. Não consegue e por isso nomeia 13 eleitores eclesiásticos para elegerem um novo papa, o que fizeram em 12 de maio de 1328, escolhendo um pobre padre franciscano, que tomou o nome de Nicolau V, mas apenas os mais fervorosos partidários do imperador lhe prestaram obediência.

    Depois da retirada de Luís de Baviera, João XXII chamou o antipapa a Avinhão, onde este se apresentou em 25 de Agosto de 1330, arrependido e de corda ao pescoço. João XXII aceitou a abjuração, mas obrigou-o a viver no palácio papal sob sua vigilância, onde faleceu.

     

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    Continua:…

    Este Post era para ser colocado em 28-2-2013 – 10H30

    ANTÓNIO FONSECA

    Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

    Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

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