domingo, 23 de novembro de 2014

Nº 2209 - 2 ª PÁGINA - O ANTIGO TESTAMENTO - LIVRO DO ECLESIÁSTICO - (23) - 23 de Novembro de 2014 - SÉTIMO ANO

O ANTIGO TESTAMENTO 

23 DE NOVEMBRO DE 2014

Nº 2209 - 2 ª PÁGINA
antoniofonseca1940@hotmail.com
ANO 7

Caros Amigos:

Passado o Dia de Festa para mim, em virtude deste Blogue ter entrado no seu sétimo ano de publicação diária (com muitos altos e baixos, mas mesmo assim, continuamente) e, sinto-me Feliz por ainda estar aqui presente e vou continuar a seguir o lema:


«IDE POR TODO O MUNDO E ENSINAI TODOS OS POVOS», 

pelos meios de que disponho. 

Durante esta transcrição tenho aprendido muita coisa que desconhecia e, que de certeza, também era e é desconhecida de muitos milhões de almas por este mundo fora. 
Não chego a todos, evidentemente, mas nem que consiga apenas tocar no coração de um só, sentir-me-ei compensado. 
Até que DEUS o permita vou continuar esta descrição e espero completá-la no pleno uso das minhas faculdades.
Obrigado a todos os que me seguem.

Sigamos, então, em frente:



miscelania 002

Mapa Antigo de ISRAEL - ANTIGO TESTAMENTO

miscelania 124
























Em cima mapas após a saída do Egipto e após a independência em 1948





Jerusalém actual

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Caros Amigos:
Terminada em 30-10 a transcrição do livro da SABEDORIA.  no passado dia 31 foi a do livro ECLESIÁSTICO (ou Livros Sapienciais), qual deverá demorar mais ou menos uns 50 dias pelo que devo terminar perto do Natal, mais propriamente na terceira semana de Dezembro próximo, ASSIM DEUS ME AJUDE. 
Apesar de continuar a ser um trabalho cansativo e que requer muita disposição de espírito e muito cuidado na transcrição de todas as palavras que contêm os textos que me propus levar a cabo. Não fora as frequentes e malfadadas avarias que têm causado muitas interrupções no meu computador, possivelmente estaria já um pouco mais adiantado, embora soubesse à partida que iria ser uma tarefa bastante difícil para levar a cabo com os poucos conhecimentos técnicos que possuo, para não falar da idade, que se Deus quiser, daqui a quatro meses será de 75 anos - mas, graças a Deus, tudo isso tem sido ultrapassado com a Sua ajuda e a minha Fé em que poderei terminar esta tarefa – dure o tempo que durar, – pois Deus me tem dado Saúde e Força para a continuar.
Como já tive oportunidade de dizer anteriormente continuo a mencionar  os Livros já publicados e os que faltam, em cada dia.
Assim, pois já foram aqui publicados até agora, os textos dos seguintes livros:

GÉNESIS, ÊXODO, LEVÍTICO, NÚMEROS, DEUTERONÓMIO, constantes do PENTATEUCO, JOSUÉ, JUÍZES, RUTE, 1º e 2º de SAMUEL, 1º Reis e 2º Reis, 1º e 2º dos Paralipómenos ou Crónicas, ESDRAS, NEEMIAS, TOBIAS, JUDITE, ESTER, 1º dos MACABEUS, 2º dos MACABEUS (Livros históricos); JOB, SALMOS, PROVÉRBIOS, ECLESIASTES, CÂNTICO DOS CÂNTICOS, SABEDORIA

Faltando, pois publicar, os seguintes:

ECLESIÁSTICO (Livros Sapienciais ); ISAÍAS, JEREMIAS, JEREMIAS – Lamentações, BARUC, EZEQUIEL, DANIEL, OSEIAS, JOEL, AMÓS, ABDIAS, JONAS, MIQUEIAS, NAUM, HABACUC, SOFONIAS, AGEU, ZACARIAS e MALAQUIAS (Profetas).

Como dizia nas edições anteriores,
Poderei porventura dar conta do recado? 
Se calhar, não! Só Deus o sabe e decerto providenciará o que lhe aprouver! 
Sei, no entanto que se poderá dizer: trata-se de uma  tarefa ciclópica, impossível., etc.., para os minha IDADE, e, SE CALHAR, É… 
Continuo a desconhecer se conseguirei executar esta tarefa e sei os limites que poderão antepor-se-me, mas CREIO EM DEUS TODO-PODEROSO que não me desamparará em ocasião alguma. Com Fé e perseverança tudo se consegue e portanto irei até onde Deus me permitir, rezando todos os dias para que eu possa Evangelizar com os meios que tenho à disposição, durante o tempo que Deus Nosso Senhor Jesus Cristo entender.
Se no entanto, o vier a conseguir, darei muitas Graças a Deus.

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Como afirmei inicialmente, Envolvi-me nesta tarefa, pois considero ser um trabalho interessante, pois servirá para que vivamos mais intensamente a Vida de Jesus Cristo que se encontra sempre presente na nossa existência, mas em que poucos de nós (eu, inclusive) tomam verdadeira consciência da sua existência e apenas nos recordamos quando ouvimos essas palavras na celebração dominical e SOMENTE quando estamos muito atentos, – o que se calhar, é raro, porque não acontecendo assim, não fazemos a mínima ideia do que estamos ali a ouvir e daí, o desconhecimento da maior parte dos cristãos do que se deve fazer para seguir
caminho até Ele.
Como Jesus Cristo disse, aos Apóstolos, no dia da sua Ascensão ao Céu:

IDE POR TODO O MUNDO E
ENSINAI  TODOS OS POVOS”.

É apenas isto realmente, que eu estou tentando fazer. AF.


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Mãos à obra, pois, continuemos:

ANTIGO TESTAMENTO

ECLESIÁSTICO
Reino Asmoneu - Simão
UZ  -  actual IRAQUE terra da naturalidade de JOB


J O B


ECLESIÁSTICO
Livros Sapienciais


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PRIMEIRA PARTE

23


ORAÇÃO CONTRA OS PECADOS DA LÍNGUA E DA CONCUPISCÊNCIA


Senhor, meu Pai, Soberano da minha vida, não me abandoneis ao conselho dos meus lábios, nem permitais quer eles me façam sucumbir (Sab 14, 3; Is 63, 6; Mt 6, 1-9).
Oh! Quem aplicará o açoite aos meus pensamentos, e a o meu coração a doutrina da sabedoria, por não ser poupado nas minhas faltas por ignorância, a fim de não incorrer nesses pecados, para que não se  multipliquem os meus erros, e não aumentem os meus delitos, e eu não caia diante dos meus adversários, e se ria de mim o meu inimigo?
Senhor, Pai e Deus da minha vida, não me abandoneis às suas sugestões.
Não me deis olhos altivos e afastai de mim toda a cobiça!
Afastai de mim a intemperança, e não se apodere de mim a paixão da impureza, e não me entregueis a uma alma sem vergonha e sem pudor!
Ouvi, filhos, as instruções que vos dou:
Aquele que as guardar não perecerá pelos lábios, nem cairá em acções criminosas.
O pecador será colhido na sua leviandade, o orgulhoso e o maldizente encontrarão nela motivos de queda .
A tua boca não se acostume ao juramento, porque isto é causa de muitos pecados (Ex 20, 7; Mt 5, 34 s).
O nome de Deus não esteja sempre na tua boca, e não mistures nas tuas conversas os nomes dos santos, porque nisto não estarias isento de culpa. 
Pois, assim como o escravo submetido frequentemente à tortura, não se livra das pisaduras assim, todo o homem que jura e invoca o nome de Deus, não será totalmente isento de pecado.
O homem que jura com frequência será cheio de iniquidade, e o flagelo não se afastará da sua casa.e a sua casa será cheia de castigos.
Se não cumprir o juramento, o seu pecado recairá sobre ele;
 se dissimular, pecará duplamente.
Se jurar em vão, não terá justificação, 
Há uma outra palavra que merece a morte, e não deve ser ouvida entre a descendência de Jacob!
Tudo isto estará muito longe dos homens piedosos, que não serão envoltos em tais crimes. (1 Ped 2, 22).
Não acostumes a tua boca a uma linguagem grosseira, porque nela sempre haverá pecado.
Lembra-te do teu pai e da tua mãe, quando te sentares no meio dos poderosos (Ex 20, 12).
Para não acontecer que Deus Se esqueça de ti na presença deles, e, enfatuado pela sua familiaridade, tenhas que sofrer tais opróbrios e chegues a desejar não ter nascido, e amaldiçoes o dia do teu nascimento.
O homem acostumado a dizer impropérios nunca se corrigirá em toda a sua vida.

Contra a fornicação e o adultério

Duas espécies de pessoas, multiplicam os pecados, e uma terceira atraí sobre si a ira e a perdição (Prov 6, 16).
A que se abrasa no fogo dos seus apetites e que não se acalma antes de ter devorado alguma coisa.
O homem que abusa do seu próprio corpo, o qual não terá sossego enquanto não acender uma fogueira.
Para o fornicador todo o pão é doce, e não se cansará de pecar até à morte.
O homem que desonra o seu leito conjugal, e diz no seu coração: «Quem me vê? As trevas cercam-me, as paredes escondem-me».
 Ninguém me vê, e a quem temerei? O Altíssimo não se lembrará dos meus pecados» (Sl 93, 7).
Não considera que os olhos de Deus vêem todas as coisas que um semelhante temor humano exclui de si o temor de Deus.
Só teme os olhos dos homens (2 Mac 7, 35).
E não sabe que os olhos do Senhor são muito mais luminosos do que o Sol, que vêem todos os caminhos dos homens, e penetram as profundezas  do abismo e os corações dos mesmos homens até aos seus mais íntimos esconderijos (Sl 138, 8; Prov 5, 21; Jer 16, 17; Heb 4, 13).
Porque, assim como Deus conhecia todas as coisas, antes de as ter criado, assim também agora as vê todas, depois que as criou.
Este homem será castigado nas praças públicas da cidade, será posto em fuga como um potro de égua, e será apanhado onde menos o esperar.
Será vexado diante de todos, porque não conheceu o temor do Senhor.
Assim também perecerá toda a mulher que deixa o seu marido e lhe dá como herdeiro um filho adulterino.
Porque primeiramente ela foi desobediente à lei do Altíssimo, em  segundo lugar pecou contra o seu marido, cometendo assim um adultério. 
E deu-se a si filhos de outro homem.
Essa mulher será conduzida à assembleia pública , e a dúvida recairá sobre os seus filhos (Gn 38, 24; Jo 8, 3).
Os seus filhos não lançarão raízes, os seus ramos não darão fruto.
Deixará uma memória maldita , e jamais se apagará a sua infâmia.
E todos aqueles que lhe sobreviverem reconhecerão que não há coisa melhor do que o  temor de Deus, e que nada há mais doce  do que observar os Seus preceitos.
É uma grande glória seguir o Senhor, por Ele é Quem dá longa vida.






Respeitando o Texto do 
Livro do
ECLESIÁSTICO
ou 
Livros Sapienciais

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Local onde se processa este Blogue

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Este texto deverá ser publicado em
23 de Novembro de 2014


http://es.catholic.net; http://santiebeati.it; http://jesuitas.pt; http://bibliaonline.com.br/acf; http://wikipedia.org.

Nº 2209 - (327-14) 1ª PÁGINA - SANTOS DE CADA DIA - 23 de Novembro de 2014 - SÉTIMO ANO

Caros Amigos:






Nº 2209 - (327-14)

1ª PÁGINA

23 de Novembro de 2014

SANTOS DE CADA DIA

7º ANO

miscelania 125 miscelania 008miscelania 125

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Comemorar e lembrar os Santos de Cada Dia
é dever de todo o católico,
assim como procurar seguir os seus exemplos.

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CRISTO REI DO UNIVERSO
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

Festividade





Cristo Reina. E Reina pela Cruz. «Regnavit a ligno Deus». 


Convido os meus Leitores a lerem a Página Especial que deve ter sido publicada hoje às 10,00 horas.



CLEMENTE I, Santo




Papa e mártir - 3º sucessor de São PEDRO  -  séc. I

São CLEMENTE I, papa e mártir, o terceiro sucessor de São PEDRO, que presidiu à Igreja Romana e escreveu uma insigne carta aos  Coríntios para fortalecer entre eles a paz e a concórdia. Neste dia comemora-se o sepultamento do seu corpo em Roma.


COLUMBANO, Santo



Abade, natural da Irlanda - Bóbbio - Ligúria hoje Emília-Romanha - Itália - (615)


FELICIDADE e sete irmãos, Santos





Mártires - junto à Via Salária - Roma - (data incerta)


MUSTÍOLA e IRENEU, Santos



Mártir - Chiúsa - Etrúria hoje Toscana - Itália - (data incerta)

SISÍNIO, Santo


Bispo e mártir - Cízico - Helesponto hoje Turquia - (séc. IV)

CLEMENTE, Santo



1º bispo de Metz - Gália Bélgica hoje França - (séc. IV)

LUCRÉCIA, Santa



Mártir - antiga Lusitânia hoje Espanha - (séc. IV)


ANFILÓQUIO, Santo



Bispo e companheiro de São BASÍLIO e GREGÓRIO DE NAZIANZO - Icónio - Licaónia hoje Kónya - Turquia - (401)

SEVERINO, Santo

Recluso numa cela - Paris - Gália Lionense hoje França - (séc. VI)

GREGÓRIO, Santo



Bispo - Agrigento - Sicília - Itália - (603)

TRUDÃO, Santo



Presbitero - Saint-Truiden - Brabante da Austrásia hoje Bélgica - (690)

MARGARIDA DE SABÓIA,  Beata



Viúva e religiosa - Alba - Piemonte - Itália - (1464)


CECÍLIA YU SO-SA, Santa


Viúva e mártir - Seul - Coreia - (1839)



MIGUEL AGOSTINHO PRÓ, Beato




Presbitero e mártir - Guadalupe - Zacatecas - México - (1927)

MARIA FELICIDADE CENDOYA Y ARAQUISTAIN 
(Maria Cecília), Beata





Virgem e mártir - Madrid - Espanha - (1936)

HENRIQUETA ALFIÉRI 
(Maria Ângela Doménica Alfiéri), Beata



Virgem - Milão - Itália - (1951)




 11 Beati cavalieri laici dell’Ordine Mercedario: Berengario Rosselli, Raimondo Rigald, Guglielmo de Rubeis, Guglielmo de Olesa, Guglielmo da Monteblanco, Giovanni de Exea, Perpignano de Cortsavino, Bernardo de Calderis, Mattia da Balaguer, Raimondo da Burgos e Michele de Lizama

Cavaleiros leigos e mártires




 Santas FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE 



Mártires

 Beata Teresa di Gesù 




Bambina, mercedaria 




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Caros Amigos


Como podem observar, já modifiquei  a redacção -do CABEÇALHO que vem sendo exibido e vou tentar colocar ali de novo a imagem da Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso, que identificou desde o início este Blogue, - para já ainda não o pude fazer, tendo optado por colocar uma mais pessoal e comemorativa do meu aniversário de casamento - mas dentro de dias vou procurar no meu arquivo outra qualquer que eu encontre para a substituir. 

Também tenciono ir procedendo a novas alterações no corpo do blogue e talvez no seu modelo, para não ser sempre a mesma coisa. 
Aliás estas modificações servirão para melhorar um pouco (ou muito) os textos e a formatação que considero já um pouco cansativa. Sempre que for possível, inserirei miniaturas sobre os Santos e Beatos que for publicando, - como fazia inicialmente.

Desculpem-me por favor. Obrigado.  AF


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Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto

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Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.

ANTÓNIO FONSECA

In

MARTIROLÓGIO ROMANO

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etc., etc.

Nº 2209 - (327-14) - Página Especial - CRISTO REI DO UNIVERSO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO - 23 de Novembro de 2014 - SÉTIMO ANO

Caros Amigos:






Nº 2209 - (327-14)

PÁGINA ESPECIAL

23 de Novembro de 2014

SANTOS DE CADA DIA

7º ANO

miscelania 125 miscelania 008miscelania 125

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Comemorar e lembrar os Santos de Cada Dia
é dever de todo o católico,
assim como procurar seguir os seus exemplos.

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CRISTO REI DO UNIVERSO
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO






Cristo Reina. 

E Reina pela Cruz

«Regnavit a ligno Deus». 



Ao passo que tronos e tronos, ornados com pedras finas e cobertos de preciosos brocados, se esboroaram, a madeira rugosa da cruz contínua, obstinadamente, a dominar o mundo. Stat Crux dum volvitur orbis. Império estranho. Cristo ordenara aos Apóstolos que lhe conquistassem todo o Universo. Vimos muitos monarcas conduzirem os soldados à vitória. Mas nenhum deles lhes disse: «Quando eu já não existir e não possa dar a palavra de ordem, então começareis a conquistar grandes terras». Que maravilha! Um morto conquistador!
Jesus Cristo ousou predizer essas conquistas mundiais. Foi bem sucedido?
Os Apóstolos ainda não tinham terminado a sua tarefa, quando São Paulo escrevia aos Colossenses: «O Evangelho, que vós ouvistes, é pregado a toda a criatura debaixo do céu» (1, 23). O testemunho de São Justino (Diálogo com Tryph, II-17) garante-nos que. cem anos depois de Jesus Cristo, a religião contava fiéis  no seio de todas as nações. Tertuliano, na sua Apologia, dirigida aos Magistrados do Império, dizia: «Somos de ontem e enchemos as vossas cidades, as vossas ilhas, os vossos próprios campos, o palácio, o senado, o foro; somente vos deixamos os templos. Se nos retirássemos, o Império ficaria deserto...
Entre os Partos, os Medos, os Elamitas, entre os habitantes da Mesopotâmia, da Arménia, da Frígia, da Capadócia, do Ponto, da Ásia Menor, do Egipto, de Cirene, entre as diversas raças dos Gétulas e dos Mouros, entre os povos de Espanha, da Gália, da Bretanha e da Germânia, por toda a parte contamos fiéis» (Cap. 38, nº 124).
Um  inimigo da religião, Plínio, o Moço, governador da Bitínia, escrevia em 112 ao imperador Trajano: «O contágio da superstição cristã já não se limita às cidades; invadiu as aldeias e os campos, apoderou-se de pessoas de todas as idades e de todas as condições sociais. Os nossos templos estão quase de todo abandonados e as cerimónias desprezadas» (Cartas L. X. I, 097 e Annales de Tácito).
Séneca deixou escapar esta exclamação de despeito: «Esta raça de cristãos mete-se em toda a parte» (Referido por Santo Agostinho, Cidade de Deus, livro 6).
A conclusão tira-a o próprio Renan: «Em cento e cinquenta anos, a profecia de Jesus realizou-se. O grão de mostarda tornara-se uma árvore que começa a cobrir o mundo». A Igreja é Católica, isto é, representada em todo o mundo, já que a catolicidade não é uma questão de número mas de universalidade. Oitocentos milhões de homens dizem-se «cristãos», o que, segundo a própria etimologia, significa que se têm oficialmente como súbditos de Cristo.
Jesus é um Rei que reina e a nova festa de Cristo-Rei por toda a parte se revestiu dum carácter triunfal. Christus Regnat.
O mais notável é que Jesus ousou querer e predizer que o seu Reino seria um Reino de amor. O amor é aquilo que menos se pode impor ao mundo, um sentimento tão livre ninguém o pode conquistar à força. Pode impor-se aos homens a obediência; pode impor-se a estima; pode até impor-se a admiração, à força da virtude, de talento ou de génio. O afecto, porém, não se pode ou o mero facto de o impor teria como resultado paralisá-lo. Não podemos mandar que nos amem. Suplicamo-lo.
Nosso Senhor, sim, exige o amor e faz dele o seu primeiro mandamento. «Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito e com todo o teu esforço. Eis o primeiro mandamento» (Mc 12, 30).
Vai mais longe aimnda e quer o amor de todos os homens. Dificilmente, chefgamos a encontrá-lo num amigo, em duas ou três pessoas. O esposo exige por vezes inutilmente o amor da esposa e nem sempre ganhamos a amizade dum irmão, dum filho. Como é raro chegarmos à certeza de termos ganho alguns corações, um só coração integralmente!
Quem jamais sonhou em ser amado por todos? Quem? Jesus. E quanto tempo é necessário amá-lo assim? Jesus contentar-se-á porventura com uma prova brilhante de amor? Com  alguns actos heróicos? Com um ano inteiro de dedicação? Não. Quer ser amado sempre, sem nenhum arrependimento.
«Todo aquele que olha para trás, não é apto para o Reino de Deus» Lc 9, 62. E como será necessário amá-l'O?  Porque afinal há graus de amor... Deve ser amado acima de tudo que (na estima racional e não na parte emotiva) os homens devem preferi-lo aos pais, às esposas, aos filhos. Esta é a sua vontade intransigente.
Uma exigência assim, não o condenará ao isolamento, ao ridículo? Existe ainda um último ponto que confunde ainda mais a nossa maneira humana de sentir. Quando é que Cristo será amado deste modo? Depois da morte. «Quando for levantado da terra, atrairei a mim  todos os homens. Dizia isto para significar de que morte havia de morrer» (Jo 12, 32-22).
Jesus, que foi abandonado em vida, até pelos próprios discípulos, que expirou no meio de insultos, vai ser amado depois da morte? Não sabia o Mestre que a presença é o grande alimento do amor e ignorava aquela tão simples lei da psicologia: «longe da vista, longe do coração»?
Quando morre um homem, os que o conheceram podem ainda amá-lo; mas desaparecem, e com eles, a ternura. Os sucessores poderão admirar, mas já não amam verdadeiramente. O milagre deu-se. Nosso Senhor conseguiu-o: «Condenado à morte, venço». (São Fulgêncio, Sermão 5º da Epifania).
Pascal, num dos papeis soltos em que escrevia pensamentos, deixou-nos estas lacónicas palavras, de cujo desenvolvimento resultaria, sob a sua pena, um belo capítulo: «Jesus Cristo quis ser amado; foi-o; é Deus»
Há milhões de fieis que o amam, não com amor platónico, mas com um amor que se traduz em sacrifícios concretos, em vitórias sobre todas as paixões. «Animador» divino! Houve milhões de mártires e, para dar a própria vida, é preciso amar muito!
Quantos religiosos e religiosas encontrou! Fazem voto de obediência perpétua e é preciso amar muito para sacrificar o que há de mais íntimo em nós, aquilo a que até os pobres renunciam em último lugar: a liberdade! Fazem o voto de castidade perpétua e é preciso amar muito para sacrificar os desejos mais fortes do coração. Fazem o o voto de pobreza perpétua e é preciso amar muito todo o desejo de fortuna. Jesus conta legiões e legiões de homens e de mulheres que espontaneamente, alegremente, lhe oferecem, com voto, todas as riquezas. Estes prodígios de amor que chegam até à imolação, obtêm-nos Jesus, muito depois de nos ter deixado. E sendo verdade que «os mortos passam depressa» e que segundo o poeta : «o verdadeiro vínculo dos mortos é o coração dos vivos». Jesus consegue ainda fazer-Se adorar. Os fariseus chamavam-lhe «sedutor» (Mt 27, 63), e tinham mais razão do que pensavam. Cristo seduz, no verdadeiro sentido da palavra. 
Venceu o tempo, o que ninguém mais conseguiu fazer. Na manhã da Ressurreição, fez rolar a pedra do sepulcro. Levantou depois uma pedra tumular, ainda mais pesada; a do esquecimento, a de vinte séculos inteiros.
Jesus de Belém, de Nazaré, de Jerusalém, como sois amado!! Invisível amante desaparecido há dois mil e catorze anos, continuais conquistando os corações. Este milagre moral, este facto único na história, era para Napoleão I, cativo em Santa Helena, matéria de longas meditações. «Apaixonei  multidões que morriam por mim; porém era necessária a minha presença, a electricidade do meu olhar, o meu tom de voz, uma palavra minha. Hoje, que estou em Santa Helena, agora que estou só e cravado nesta rocha, onde estão os cortesãos do meu infortúnio? Quem trabalha na Europa para mim?
Que abismos entre a minha profunda miséria e o Reino Eterno de Jesus Cristo pregado, amado, adorado, e vivo em todo o universo? Cristo fala; de hoje em diante as gerações pertencem-lhe por laços mais estreitos, mais íntimos que os de sangue. Acende a chama dum amor, que faz morrer o amor próprio, que prevalece sobre todo o amor. Muitas vezes penso e isso é o que mais admiro e o que me prova absolutanmente a divindade de Cristo».
Este seria o momento de mencionar também a página vibrante de Lacordaire: «Há um homem cujo amor penetra e continua na sepultura...».
Contudo, prefiro citar, não o monge entusiasta, mas o escritor que publicou o livro mais dissimulado contra Nosso Senhor, só para Lhe roubar, com mil respeitos aparentes, a auréola da divindade, o homem que foi duplamente traidor: ao seu país e à sua religião: RENAN
Depois de contar a morte do Senhor na cruz, exclama: «Descansa agora sobre a tua glória, nobre iniciador!... Para o futuro, fora do alcance da fragilidade, assistirás do alto da paz divina, às consequências infinitas dos teus actos... Por milhares de anos, o mundo vai depender de ti. Bandeira de nossas contradições, serás o sinal em volta do qual se travará a mais ardorosa batalha. Mil vezes mais vivo, mil vezes mais amado depois da morte, do que durante os dias da tua passagem pelo mundo, de tal maneira chegarás a ser pedra angular da humanidade, que arrancar o teu nome deste mundo será abalá-lo até aos seus fundamentos... Plenamente vencedor da morte, toma posse do teu Reino, onde te seguirão, pelo caminho real por ti traçado, séculos de adoradores» (Renan, Vie de Jesus, 3ª ed. página 426).
Seja, dir-se-á. Porém, ao lado dos «séculos de adoradores», não haverá séculos de detractores? Adorado ou aborrecido, Cristo passou entre uma dupla corrente de amor e ódio. Prova-se que ninguém foi tão querido; com a mesma facilidade se provaria também que ninguém foi tão odiado como Ele. É bem verdade e e encontramo-nos diante dum fenómeno: o ódio contra quem menos o mereceu. A sobrevivência dum furor que nunca se aplacaria. Cristo previra-o, como tudo o mais: e, assim como predissera o amor, assim predissera também o ódio implacável. Mas observemos melhor: o ódio é também, a seu modo, uma homenagem; se o amor é uma homenagem à bondade, o ódio é uma homenagem à força. Em geral, o ódio cessa, se o adversário desaparece.
Hoje, já ninguém odeia Nero, Átila, Robespierre. Até quando se trata dos homens mais malfazejos, desde o momento que não resta deles mais do que o pó morto e inanimado, o desprezo sucede ao ódio. Com o tempo, não fica deles mais que o esquecimento desdenhoso. Seria anormal enfurecer-se alguém contra o que desapareceu e rechaçar o inexistente. Ninguém é tentado a lutar com um zero.
Se os ataques contra Jesus Cristo continuam furiosos, temos nisso a melhor prova de que Ele é forte. O ódio supõe um obstáculo, actual, alguém que obstruí o caminho, um adversário vivo. 
É o que Renan confessa, talvez sem querer com a frase que vamos citar e cujo sentido é profundo: «Bandeira das nossas contradições, serás o sinal em volta do qual se travará a mais ardente batalha».
Jesus Cristo não deixa o mundo indiferente: por Ele, ou contra Ele, há paixão. O  mação insulta-O na loja. A Carmelita adora-O na sua pobre cela. 
Uns blasfemam-n'O, outros adoram-n'O; uns desonram-n'O, outros morrem por Ele
Mas não O esquecem e não conseguem fazer à sua volta a conspiração do silêncio.
Aquele Judeu nascido há vinte séculos, numa aldeia da Palestina, aquele filho de carpinteiro, aquele taumaturgo que teve por discípulos doze pescadores ignorantes (doze, entre os quais se contava um traidor), aquele condenado que expirou no madeiro da infâmia e foi colocado sob uma pedra, esse é hoje o grande Vivo. Em toda a parte o seu nome, em toda a parte os seus missionários. À volta d'Ele gravita o pensamento mais moderno, toda a inquietação religiosa dos nossos séculos XX e XXI.
Quando se ausculta uma grave questão moral, no fundo sempre encontramos a Ele, ao grande Cristo obsediante.
Ele é o Principio e o Fim, a primeira letra do grande livro, bem como a última: «O ALFA e o ÓMEGA» (Apoc. 1, 8)» - (G. Hoornaert, S. JH., A propósito do Evangelho).


(Este texto foi transcrito directamente do III volume da obra SANTOS DE CADA DIA - editada por  A. O - www.jesuitas.pt, pelo autor deste blogue António Fonseca, respeitando exactamente a sua descrição, como aliás, o faço sempre.)

Desculpem-me por favor. Obrigado.  AF


miscelania 004
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Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.

ANTÓNIO FONSECA

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Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...