terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Nº 3 3 4 1 Série - 2018 - (nº 0 0 2) 2 de JANEIRO de 2018 SANTOS DE CADA DIA 11º A N O



Caros amigos:

NOVO ANO - NOVA VIDA





FELIZ ANO NOVO DE 2018  


Desejo as melhores Boas Festas a todos os meus leitores

Com a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo
Ámen.





 Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso



B O A S   F E S T A S






Foto actual do autor




Nº  3 3 4 1



Série - 2018 - (nº 0 0 2)


2 de JANEIRO de 2018


SANTOS DE CADA DIA

11º   A N O



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



**********************************************************

Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão Comemorar e Lembrar 
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos

___________________________________________________________________________

*********************************
***************************
*********************

»»»»»»»»»»»»««««««««««««



Basílio Magno, Santo



BASÍLIO, bispo de Cesareia da Capadócia, hoje Nenizi, na Turquia, denominado MAGNO pela sua doutrina e sabedoria, ensinou aos monges a meditação da Sagrada Escritura e o trabalho na obediência e na caridade fraterna, ordenando a sua vida monástica segundo uma regra que ele próprio compôs. Instruiu os fiéis com excelentes obras escritas e dedicou-se ao cuidado pastoral dos pobres e dos enfermos. Morreu no primeiro dia de Janeiro (379)



Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:

Em Moscovo, na célebre e majestosa "Praça Vermelha", que deve o nome à tonalidade característica das construções que a fecham, levanta-se a Catedral de São BASÍLIO, constituindo um dos tesouros históricos e artísticos da metrópole russa. Antes de ser capital do Império dos Tzares e centro da União Soviética, Moscovo foi a Cidade Santa da Rússia, e tem no Kremlin, isto é, no "castelo", os mais gloriosos monumentos da sua história e as igrejas dos Santos preeminentes.
Recordaremos os "três luminares da Capadócia", região da Turquia, contemporâneos e entre si amigos, São GREGÓRIO NISSENO, seu irmão BASÍLIO, e GREGÓRIO NAZIANZENO. Nesta tríade luminosa, São BASÍLIO constitui o astro mais resplandecente, que bem mereceu o título de "Grande".
Durante a tempestuosa história do Oriente cristão, na segunda metade do século IV, São GREGÓRIO NAZIANZENO é o filosofo elegante, o poeta delicado, o contemplativo irrequieto, sendo GREGÓRIO NISSENO o pensador esclarecido, teólogo profundo. São BASÍLIO, por sua vez, é o homem de acção e não só de pensamento. Não escreve, prega; não especula, socorre; não polemiza, combate. Também, ele nascido em Cesareia duma família de Santos, estudara, profunda e utilmente, primeiro sob a orientação do pai, depois em Constantinopla e por último em Atenas, onde se iniciou a fértil amizade com GREGÓRIO DE NAZIANZO.
Terminados os estudos, começou por ensinar retórica. E como a profissão de mestre de retórica era então a mais brilhante e honrosa, e também a mais remunerada, o jovem, BASÍLIO, como Santo AGOSTINHO, sonhou algum tempo com a glória e a fama do mundo, e também com o desafogo económico. Estava porém destinado a glória mais alta, para que se encaminho retirando-se alguns anos no Ponto (Mar Negro), dedicado à vida de oração e penitência. realizou longa série de viagens ao Egipto, Palestina e Síria, para conhecer e estudar a vida dos monges e dos eremitas. Tendo regressado ao seu refúgio solitário, uniu-se a ele GREGÓRIO NAZIANZENO, e os dois deram, origem a uma comunidade monástica.
Mas nas cidades, à volta das instáveis cátedras episcopais, ardia a luta contra o arianismo e, para tomarem parte na batalha, os dois monges desceram para a Cesareia e não tiveram medo de opor-se nem sequer ao Imperador Oriental, Valente, que apoiava com decisão os hereges arianos. De Cesareia foi depois eleito Bispo, em 370, São BASÍLIO e, uma vez na cátedra episcopal, a acção do defensor da unidade da Igreja, contra todas as insidias e divisões, tornou-se ainda mais viva e eficaz.
Mas, além de corajoso combatente, foi óptimo administrador, sagaz diplomata e esclarecido organizador. Antes de subir ao episcopado, tinha-se empenhado em modos inúmeros para aliviar as misérias provocadas por uma terrível carestia de vida. Chegou mesmo a fundar uma verdadeira cidade da caridade, com hospitais, orfanatos e albergues, a que o povo, em sua honra, chamou "Basilíades". Ao Papa São DÂMASO escreveu corajosamente, expondo as difíceis e agitadas condições da Igreja do Oriente, e solicitando o envio de legados de Roma.
Morreu, como se costuma dizer, no campo de batalha, em 379, ainda jovem. Com o fim de Valente, que apesar de tudo nunca se atrevera a abrir conflito claro com o grande Bispo, e com a proclamação do Imperador Teodósio, viu ele desenhar-se a vitória da ortodoxia e da unidade católica, pela qual sempre lutara. Morreu por isso consolado e esperançado e, durante o funeral, uniram-se aos Cristãos os Judeus e os Pagãos, para honrar o Bispo que fora, para o povo, verdadeiro pai, de leal justiça e caridade suma.
São BASÍLIO MAGNO, além disso, disciplinou e coordenou as regras monásticas do seu tempo, até então inúmeras e variadíssimas, redigindo as suas Grandes Regras e Pequenas Regras. Como fez mais tarde São BENTO para o monaquismo ocidental, não lançou as bases do monaquismo oriental, pois já existia e florescia. Mas revelou a força e a profundeza da espiritualidade oriental, tornando-lhe possível a gloriosa continuidade no tempo. Através dos séculos, os chamados Monges basilianos mantiveram, alto o nome de São BASÍLIO em toda a Igreja Oriental, como está alta sobre as torres do Kremlin a catedral de São BASÍLIO, no coração da Rússia cristã.



    


Texto do site www.santiebeati.it

Il calendario liturgico latino fa oggi memoria di due Padri e Dottori della Chiesa, San Gregorio Nazianzeno e San Basilio Magno, intimi amici, che parteciparono alla medesima ansia di santità, ebbero un’analoga formazione culturale e nutrirono entrambi l’aspirazione alla vita monastica.
La presente scheda agiografica vuole soffermarsi in particolar modo sul secondo, San Basilio. Questi nacque a Cesarea di Cappadocia, attuale Kaysery in Turchia, verso il 330 da un ricco rètore e avvocato. La sua famiglia era intrisa di santità: suo nonno morì martire nella persecuzione di Diocleziano e sua nonna, Santa Macrina, fu discepola di San Gregorio Taumaturgo nel Ponto. Santi furono i suoi genitori Basilio ed Emmelia, che ebbere oltre a Basilio altri cinque figli tra cui San Gregorio, poi vescovo di Nissa, e San Pietro, vescovo di Sebaste, e cinque figlie. La primogenita, Santa Macrina, omonima della nonna, visse nella sua proprietà di Annesi che aveva trasformata in monastero.
Il padre di Basilio, che pare si fosse trasferito a Neocesarea, fu primo maestro del figlio, che continuò poi i suoi studi a Cesarea, a Costantinopoli ed infine ad Atene, capitale culturale del mondo ellenico e pagano, dove legò un’intima amicizia con il suo conterraneo San Gregorio Nazianzeno. Ritornato in patria verso il 356, insegnò retorica e coltivò sogni di gloria, ma infine cedette alle esortazioni della sorella e si diede alla vita ascetica. Secondo gli usi del tempo ricevette finalmente il battesimo ed intraprese la visita dei grandi asceti dell’Egitto, della Palestina e della Mesopotamia, al fine di farsi un’idea circa il loro stile di vita. Quando fece ritorno in patria non esitò a distribuire parte dei suoi beni ai poveri ed a ritirarsi in solitudine sulle rive dell’Iris, di fronte ad Annosi, presso Neocesarea. Ai suoi seguaci, presenti con lui nel cenobio, diede una solida formazione morale e ascetica, prima con le Grandi Regole e poi con le Piccole Regole, concernenti i doveri e le virtù dei monaci, che gli valsero l’appellativo di “legislatore del monachesimo orientale”.
Basilio restò per cinque anni nella solitudine, finché il suo vescovo Eusebio, eletto ancora catecumeno, gli conferì l’ordinazione sacerdotale perché potesse coadiuvarlo nel difficile ministero. Preferì tuttavia ritornare ben presto alla vita solitaria, non appena si accorse di avere suscitato con il suo prestigio la gelosia del poco istruito pastore. Quando sotto l’imperatore ariano Valente l’ortodossia si vide minacciata, l’intercessione di San Gregorio Nazianzeno ottenne il ritorno dell’amico a Cesarea, che poté così lavorare proficuamente per il mantenimento della fede, il regolamento della liturgia ed il rimedio ai danni cagionati da una spaventosa carestia. Nel 370 successe ad Eusebio, divenuto ormai celebre per la sua “Storia ecclesiastica” in dieci volumi, nella sede metropolitana di Cesarea, che contava una cinquantina di diocesi suffraganee suddivise in undici province. Malgrado la breve durata del suo episcopato, l’azione pastorale di San Basilio fu così molteplice e feconda da meritargli dai contemporanei il titolo di “Magno”, che come è ben noto è stato riservato nel corso della storia a ben pochi personaggi su scala mondiale, quali il re macedone Alessandro, gli imperatori romani Costantino e Teodosio, il primo sacro romano imperatore Carlo ed i papi Leone I, Gregorio I e Giovanni Paolo II.
A quel tempo infuriava la lotta a favore dell’eresiarca Ario. Valente tornò a Cesarea nel 371 e tentò ripetutamente di indurre Basilio a concessioni, ma non osò ricorrere alla violenza contro di lui. Per diminuirne però l’influenza, divise in due parti la Cappadocia. Per difendere i diritti della sua sede Basilio creò allora alcune diocesi e consacrò l’amico Gregorio a vescovo di Sàsima, borgo importante per le comunicazioni, ma costui assai riluttante anziché prenderne possesso preferì fuggire nella solitudine.
Basilio si rivelò abile amministratore del suo territorio: con mano ferma seppe correggere abusi e bizzarrie, trasformare preti e monaci in modelli di santità, difendere le immunità ecclesiastiche di fronte al potere civile e proteggere i poveri e gli indifesi. Manifestò particolarmente il suo zelo ed il suo genio nell’organizzazione delle attività caritatevoli. In ogni circoscrizione amministrata da un corepiscopo, previde l’istituzione di un ospizio. A Cesarea costruì addirittura una cittadella della carità, quasi un “Cottolengo” d’altri tempi, con funzioni di locanda, ospizio, ospedale e lebbrosario, soprannominata dal popolo “Basiliadc”. Nonostante questa fondazione godesse di diffidenza da parte del potere civile, il santo vescovo acquistò un tale ascendente che, lasciando da parte i loro dissensi religiosi, Valente lo incaricò di ristabilire in Armenia la concordia tra i vescovi e provvedere alle sedi vacanti.
Parecchi vescovi suffraganei, tuttavia, invidiosi della sua elevazione, si sottrassero al suo influsso ed insinuarono persino dubbi sulla sua ortodossia. Basilio scrisse allora il trattato sullo Spirito Santo, per dimostrare contro gli ariani che ad egli è dovuto lo stesso onore che al Padre e al Figlio. A più riprese dal 371 al 376 intrattenne una fitta corrispondenza con il papa San Damaso e con altri vescovi occidentali per implorare il loro intervento, desolato per la diffusione dell’eresia e per la competizione di Melezio e di Paolino riguardo alla sede patriarcale di Antiochia. A Roma però si sosteneva Paolino, mentre i più illustri vescovi orientali erano partigiani dichiarati di Melezio e Basilio se ne lamentò fortemente.
L’ora della distensione, tanto sospirata dal santo, arrivò con la morte di Valente, caduto nel 378 in lotta contro i Goti. Il suo successore, San Teodosio I il Grande, ristabilì la libertà religiosa e pose sulla sede di Costantinopoli San Gregorio Nazianzeno, su proposta della Chiesa latina e con l’appoggio di San Basilio. Fu questo l’ultimo atto ufficiale del grande uomo di azione e di pensiero poiché, sfinito dalle preoccupazioni, dalle austerità e dalle malattie, morì il 1° gennaio 379. I suoi funerali, officiati a Cesarea di Cappadocia, furono un vero trionfo.
San Gregorio Nazianzeno dipinge l’amico dal volto sempre pallido, dall’espressione pensosa, resa ancor più tale dalla barba di monaco e filosofo. Di grandissimo interesse è l’Epistolario di Basilio che consta di ben 365 lettere, preziose per un’approfondita conoscenza della sua dottrina, della sua vita e della storia della Chiesa di quel tempo. Dal punto di vista teologico fu suo grande merito aver definitivamente formulato il dogma trinitario con la celebre espressione: “Una sola essenza in tre ipostasi”. Dal punto di vista letterario Basilio è indubbiamente il più classico tra i Padri greci, benché le sue opere siano state composta anzitutto per soddisfare necessità pratiche immediate. Anche dai suoi discorsi emerge costantemente la figura del pastore attento ai bisogni delle anime e presenta nella forma più adatta al grande pubblico la dottrina e la morale cristiana, avvalendosi della sua vasta cultura e dell’accurata formazione retorica.
San Basilio Magno è commemorato dal Martyrologium Romanum al 1° gennaio, anniversario della sua nascita al cielo, mentre il giorno seguente si celebre la sua memoria liturgica comunemente con il suo amico San Gregorio Nazianzeno.





**************

Gregório de Nazianzo "o Teólogo", Santo



GREGÓRIO, amigo de São BASÍLIO MAGNO, Bispo de Sásima e depois bispo de Constantinopla e finalmente bispo de NAZIANZO, hoje na Turquia, defendeu com grande ardor a divindade do Verbo, pelo qual foi também chamado o TEÓLOGO. A Igreja alegra-se com a memória conjunta destes dois grandes santos doutores. (389)




Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:


Como se pode ver na biografia anterior (São BASÍLIO MAGNO) já nos referimos ao Bispo São GREGÓRIO NAZIANZENO ou de NAZIANZO, como aos dois irmãos São BASÍLIO e São GREGÓRIO NISSENO. Estas três figuras dominam a história da Igreja do Oriente na segunda metade do século IV, ainda agitada e cheia de contrastes, devido às últimas lutas contra o arianismo e à longa série de divisões religiosas e políticas que a heresia arrastou atrás de si.
Entre os "luminares da Capadócia", GREGÓRIO DE NAZIANZO foi ao mesmo tempo homem  de acção e de contemplação; filósofo e poeta, dividido, melhor inverto, entre a vida activa e a vida ascética, entre a pregação e a meditação.
Nasceu duma família de SantosSanto o pai, GREGÓRIO o VELHO, que foi depois Bispo de Nazianzo e conselheiro do filho; Santa a mãe, NONA, que trouxera o marido à conversão; Santa a irmã, GORGÓNIA; homem de muita consciência e alguns minutos Santo o irmão, CESÁRIO, médico, baptizado na hora da morte.
Desde a meninice, consagrou-se GREGÓRIO à castidade, que lhe aparecera em sonhos como menina vestida de branco. Já maior, estudou nas mais importantes cidades do Oriente; em Cesareia, na Palestina; em Alexandria, no Egipto, onde era bispo Santo ATANÁSIO, o grande adversário do arianismo; em Atenas, na Grécia, sede duma bem conhecida escola de retórica. Precisamente em Atenas conheceu aquele Julião que mais tarde havia de ser imperador e, cognominado Apóstata, causaria tantos males à Igreja. O jovem GREGÓRIO pressentiu , no ambicioso estudante, o futuro inimigo dos Cristãos. Contra ele viria a escrever, dez anos mais tarde, um violentíssimo discurso, apostrofando-o com estes termos: "Ó homem estultíssimo, impiíssimo e imperitíssimo nas grandes coisas!"
Ainda em Atenas, cimentou-se a amizade de GREGÓRIO com BASÍLIO; voltando os dois à Capadócia, decidiram retirar-se, para a solidão e meditação, formando um cenobiozinho. A vocação para a vida solitária, viria a ser fiel companheira dos altos e baixos de São GREGÓRIO, estando ela sempre presente e encontrando-se sempre insatisfeita, por causa dos seus compromissos e também do seu temperamento inconstante.
Teve de regressar a Nazianzo, para ir acompanhando os velhos que o tinham gerado. Aqui GREGÓRIO pai, Bispo da cidade, ordenou sacerdote GREGÓRIO filho. Este fugiu porém, e refugiou-se junto do amigo BASÍLIO. Em seguida, por obediência, aceitou as obrigações da ordenação e, voltando a Nazianzo, colaborou com o pai Bispo.
A sua actividade mais célebre anda porém, ligada a Constantinopla, a nova capital do Império, que se tornara, mesmo sob o ponto de vista religioso, a cidade mais importante do mundo antigo. O imperador Teodósio I empenhava-se em reconquistar a Igreja inteira à doutrina ortodoxa; mas em Constantinopla, os arianos e outros hereges eram ainda poderosos. Para a cidade sediciosa e dividida o Imperador enviou São GREGÓRIO, que foi recebido às portas dela à pedrada. Aí parou, junto duma igrejinha a que deu o nome de "Anastásis", isto é, Ressurreição, como bom sinal do ressurgir espiritual da gente. E começou a pregar.
São GREGÓRIO narra que, em Constantinopla, bastava entrar numa padaria para ouvir falar do problema da Santíssima Trindade. Isto, se era claro indício do profundo interesse despertado pelas polémicas religiosas, abaixava as questões da fé até ao nível do sacrilégio e da blasfémia. Quem trata do dogma, deve estar à altura do dogma, declarou São GREGÓRIO. E ele esteve verdadeiramente à altura da sua missão e tornou-se, além de sábio, convincente, porque não só conhecia a doutrina cristã, mas vivia-a de maneira exemplar. Assim, essa sua pregação em breve tempo reconduziu a cidade à fé verdadeira, e o Santo pôde entrar triunfalmente na Catedral de Santa Sofia.
Por uma série de oposições maldosas, GREGÓRIO não pôde, todavia, chegar a ser Bispo de Constantinopla, como o povo desejava. O Santo despediu-se humildemente, voltando à sua terra natal.
Em silêncio continuou o seu falar com os homens e com Deus. Escreveu, e conservam-se, 240 cartas, importantíssimas pelo conteúdo teológico ou moral, e belíssima pela forma literária. Antes de morrer, o que se deu em 390, compôs centenas de poesias, em elegantes versos gregos, que, além da gloriosa fama de Santo, lhe mereceram lugar saliente, também na história da poesia.

Texto do site www.santiebeati.it



Il calendario liturgico latino fa oggi memoria di due Padri e Dottori della Chiesa, San Basilio Magno e San Gregorio Nazianzeno, intimi amici, che parteciparono alla medesima ansia di santità, ebbero un'analoga formazione culturale e nutrirono entrambi l'aspirazione alla vita monastica.
La presente scheda agiografica vuole soffermarsi in particolar modo sul secondo, San Gregorio. Questi fa parte del celebre manipolo dei “luminari di Cappadocia” insieme con Sant'Anfìlochio d'Iconio, suo cugino, San Basilio Magno e San Gregorio di Nissa, fratello di quest'ultimo. Gregorio “Nazianzeno” nacque verso il 330 ad Arianzo, borgata nei pressi di Nazianzo, dal cui nome deriva il celebre appellativo del santo. Fu consacrato a Dio sin dalla più tenera infanzia dalla sua piissima madre, Santa Nonna, ed entrambi i genitori gli impartirono un'ottima educazione. Fu inviato a scuola presso Cesarea di Palestina, poi ad Alessandria d'Egitto ed infine ad Atene, dove legò un'intima amicizia con il suo conterraneo San Basilio Magno.
Gregorio rimase per dieci anni nella capitale ellenica, allora centro della cultura pagana, dove pare diede anche lezioni di eloquenza. Fece ritorno verso il 359 in Cappadocia e ricevette il battesimo, come consuetudine a quel tempo, all'età di trent'anni. Da quel giorno divise i suoi giorni tra l'ascesi e lo studio in compagnia dell'amico Basilio nella solitudine della valle dell'Iris, presso Neocesarea. Ben presto però, in seguito alle numerose richieste dei fedeli, fu suo malgrado richiamato per ricevere l'ordinazione presbiterale direttamente dalle mani di suo padre, San Gregorio di Nazianzo il Vecchio, che nel frattempo si era convertito dalla setta giudeo-pagana degli adoratori di Zeus Hypsistos al cristianesimo ed era stato insediato sulla sede episcopale di Nazianzo. Turbato per la pressione subita ed innamorato sempre più della vita solitaria, il giovane sacerdote tornò con San Basilio nella regione del Ponto. Dovette tuttavia accorrere nuovamente a Nazianzo per aiutare suo padre nel governo della diocesi e domarvi uno scisma imperversante. Il vecchio pastore aveva sottoscritto, per debolezza o per inavvertenza, la formula semiariana coniata dal concilio di Rimini, e parte dei fedeli si era ribellata. San Gregorio seppe sapientemente persuadere allora suo padre a fare una solenne professione di fede cattolica, facendo così rifiorire la calma e la concordia.
Nel 371, in seguito alla divisione della Cappadocia in due province ecclesiastiche, San Basilio, volendo creare un nuovo vescovado a Sàsima per opporsi alle intrusioni di Antimo, arcivescovo di Tiana, capitale della Seconda Cappadocia, fece appello al suo amico nominandolo a tale sede. Questo triste borgo, polveroso e chiassoso, edificato attorno ad una stazione postale sulla via di Cilicia, non poteva certo essere l'ambiente adatto per una vita da filosofo e da teologo. San Gregorio, dopo essersi lasciato imporre le mani di malavoglia, anziché prendere possesso della sua diocesi, fuggì segretamente nella solitudine. Fece poi ritorno a Nazianzo soltanto in seguito alle suppliche del vecchio padre, che in età avanzata non riusciva più a portare tutto il peso della sua carica. Quando nel 374 morì, col cuore affranto e la salute malferma il figlio si rifugiò non appena possibile nel monastero di Santa Teda, a Seleucia, nell'Isauria.
Era però volontà divina che non potesse nuovamente godere del sospirato riposo. All'inizio del 379, infatti, i cattolici di Costantinopoli, ai quali l'imperatore Valente aveva sottratto tutte le chiese, approfittarono dell'avvento al trono di San Teodosio I il Grande per convincerlo a ristabilire la fede nicena nella capitale dell'oriente, nominando Gregorio quale nuovo patriarca, con il naturale appoggio dell'amico San Basilio. A Gregorio non restò che accettare di trasferirsi nella metropoli constantinopolitana, ove aprì nella casa di un suo parente una cappella che denominò “Anàstasis” (cioè Risurrezione) e con la sua eloquenza riuscì a raccogliere attorno a sé i pochi ortodossi superstiti e senza pastore. Ebbe così occasione di pronunciare le sue più celebri omelie, i cinque Discorsi sulla Trinità che gli valsero la fama di teologo. Accorse dalla Siria ad ascoltare le sue parole perfino San Girolamo, che divenne suo discepolo.
Il compito del nuovo pastore si rivelò presto assai difficoltoso, non solo a causa degli ariani, ma ancor di più quando un certo Massimo, figura equivoca di filosofo cinico e di asceta, forte dell'appoggio di Pietro, vescovo di Alessandria, tentò di farsi proclamare vescovo di Costantinopoli. Tra cotante insidie e violenze, tra cui il rischio di lapidazione, San Gregorio avrebbe preferito ancora una volta tornare a vita solitaria, se non fosse stato tormentato dal bizzarro pensiero che “insieme con lui sarebbe partita da Costantinopoli anche la Trinità”. Nel mese di novembre del 380, con l'ingresso dell'imperatore Teodosio nella capitale, le chiese furono finalmente sottratte agli ariani e riconsegnate ai legittimi detentori.
San Gregorio, dietro all'imperatore e scortato dall'esercito, fu condotto in processione nella celeberrima cattedrale di Santa Sofia ed acclamato dal clero e dal popolo vescovo della città. Il saggio pastore non si accontentò però di quella intronizzazione e preferì farsi anche riconoscere nel maggio 381 dal V concilio ecumenico aperto a Costantinopoli sotto la presidenza di Melezio, vescovo di Antiochia. Questi però morì e Gregorio fu chiamato a presiedere l'assemblea al suo posto. Propose allora di nominare a successore del defunto nella sede antiochiena Paolino, che era stato vescovo di quella città durante lo scisma, ma i meleziani, che formavano la maggioranza, gli contrapposero Flaviano. Quando poi al concilio giunsero i vescovi egiziani e macedoni, presero a contestare l'elezione di Gregorio, perché in qualità di vescovo di Sàsima, in forza del canone di Antiochia, non avrebbe potuto essere trasferito ad altra sede. Il santo patriarca, che in realtà non aveva mai preso possesso della diocesi suddetta, amareggiato da tante ambizioni e intrighi, con pronta decisione rinunciò alla chiesa di Costantinopoli che governava da appena un biennio, stanco dei “più giovani che cinguettavano come uno stormo di gazze e si accanivano come uno sciame di vespe”, mentre “i vecchi si guardavano bene dal moderare gli altri”. Si ritirò allora nuovamente nella nativa Nazianzo, che nel frattempo era rimasta priva di pastore, ed amministro tale Chiesa locale per altri due anni, quando riuscì a far eleggere in sua sostituzione a vescovo della diocesi suo cugino Eulalio. Fatto ciò, si ritirò nella sua proprietà di Arianzo, dove morì il 25 gennaio del 389 o del 390, dopo sei anni dedicati alla contemplazione ed a studi ininterrotti.
San Gregorio, di costituzione debole e di delicata sensibilità, nella sua vita non fu mai un uomo d'azione, quanto piuttosto di meditazione, e neppure un teologo speculativo, semmai un mistico. E' unanimemente considerato un buon testimone della tradizione della Chiesa nelle questioni trinitarie e cristologiche. Durante la sua vita si sentì talvolta condannato piuttosto che chiamato all'attività apostolica. Tuttavia, quando non poté fuggire dall'azione, si dedicò sempre al bene delle anime affidate alla sua cura con grandissimo senso di responsabilità. Oratore perfetto, fu a buon ragione soprannominato il “Demostene cristiano”. Ci sono pervenuti ben 45 suoi discorsi, 244 lettere e molte poesie teologiche e storiche, scritte in una lingua ricca, armoniosa e pura.
San Gregorio Nazianzeno è commemorato dal Martyrologium Romanum al 25 gennaio, anniversario della sua nascita al cielo, mentre il giorno seguente si celebre la sua memoria liturgica comunemente con il suo amico San Basilio Magno.



Telésforo, Santo




Em Roma, São TELÉSFORO papa, que segundo o testemunho de Santo IRENEU foi o sétimo Bispo sucessor dos Apóstolos e sofreu glorioso martírio. (136)

Argeu, Narciso e Marcelino, Santos



No território de Córi, a trinta milhas da cidade de Roma, os santos ARGEU, NARCISO e MARCELINO, mártires. (séc. I

   
Teodoro de Marselha, Santo



Em Marselha, Provença, França, São TEODORO bispo que por se ter empenhado em estabelecer a disciplina eclesiástica, foi perseguido pelos reis Childeberto e Gontrano, que o mandaram três vezes para o exílio. (594)

Bladolfo de Bóbbio, Santo



No mosteiro de Bóbbio, na Emília, actual Emília-Romanha, Itália. São BLADOLFO presbítero e monge discipulo de São COLUMBANO. (630)

João Bom de Milão, Santo




Em Milão, na Lombardia, Itália, São JOÃO BOM bispo que restaurou a sede episcopal desta cidade, precedentemente transferida para Génova por causa dos Lombardos. Pela sua fé e boas obras agradou a Deus e aos homens.- (660)

Vicenciano, Santo



No território de Tulle, na Aquitânia, França, São VICENCIANO eremita. (672)


Mainquino, Santo



Em Limmerick, na Irlanda, São MAINQUINO que é venerado como bispo.(séc. VII)


Adalardo de Corbie, Santo



No mosteiro de Corbie, na Gália Ambianense, hoje território de Amiens, França, Santo ADALARDO abade, que tudo fez para que cada um tivesse o suficiente , isto é, nem gozassem do supérfluo nem vivessem na penúria, mas todos se dedicassem diligentemente ao louvor de Deus. (826)

Airaldo de Maurienne, Santo



Em Maurienne na Sabóia, França, Santo AIRALDO bispo que tanto na solidão de Portes como na sede episcopal de Maurienne, associou à prudência e governo pastoral a austeridade e os costumes cartusianos. (1146)

Silvestre de Troina Santo



Em Troina, na Sicília, Itália São SILVESTRE abade que seguiu a disciplina dos Padres Orientais. ((séc. XII)

Marcolino Ammáni, Beato



Em Forli, na Emília,. hoje Emília-Romanha, na Itália o Beato MARCOLINO AMMÁNI presbitero da Ordem, dos Pregadores que, tanto no silêncio e na solidão como no serviço dos pobres e no cuidado das crianças, passou toda a sua vida na mais humilde simplicidade. (1397)

Estefânia Quinzani, Beata




Em Soncino, Lombardia, Itália, a Beata ESTEFÂNIA QUINZANI virgem, irmã da Ordem Terceira de São Domingos que se dedicou intensamente à contemplação da paixão do Senhor e à formação cristã das jovens. (1530)


Guilherme Repin e Lourenço Batard, Beatos

  

Em Angers, na França, os beatos GUILHERME REPIN e LOURENÇO BATARD presbiteros e mártires que  durante a revolução Francesa, foram decapitados por causa da sua fidelidade à Igreja. (1794)


Maria Ana (Maria Ester), Soureau-Blondin, Beata



Em Lachine, Quebeque, Canadá, a Beata MARIA ANA (Maria Ester) SOUREAU-BLONDIN virgem que,. embora sem instrução na suas juventude, fundou a Congregação das Irmãs de Santa Ana para formação dos filhos dos agricultores, dando sempre nesse ministério um exemplo insigne de educadora da juventude. (1890)


...  e, A i n d a ...



Defendente de Tebe, Santo


S. Defendente è uno dei martiri cristiani della Legione Tebea, guidata da s. Maurizio, che furono martirizzati, perché non vollero lasciare la fede cristiana, sotto l’imperatore romano Massimiano (250-310) di origine pannonica.
L’eccidio avvenne mediante decapitazione, ad Agauno, presso il Rodano nel territorio di Marsiglia, dove erano accampati, per essere poi mandati a combattere contro i Galli irrequieti; prima della partenza si fece un solenne sacrificio agli dei, a cui non vollero prendere parte i soldati cristiani presenti fra le truppe.
Massimiano per domare questa opposizione, fece flagellare e decapitare un soldato ogni dieci, ma non recedendo nessuno dalla propria fede, ordinò di decapitare tutti gli altri; il numero esatto dei martiri non è conosciuto, centinaia sicuramente, ma non l’intera Legione Tebea, proveniente dall’Egitto, che era composta di circa mille uomini.
Il martirio dovette avvenire intorno al 286; durante l’episcopato di Teodoro, vescovo di Martigny, verso il 380, si trovò un cimitero gallo-romano e si pensò che si trattasse del luogo di sepoltura di questi soldati, per cui il vescovo fece erigere una chiesa in loro onore trasferendovi le reliquie; il culto prese a diffondersi e varie chiese, basiliche e abbazie furono dedicate ai santi martiri di Agauno, in particolare per s. Maurizio il comandante.
Per san Defendente è importante sapere che almeno dal secolo XIV (1328) esso godeva di largo culto nell’Italia Settentrionale, nelle città di Chivasso, Casale Monferrato, Mescia, Novara, Lodi, ecc. se ne celebrava la festa il 2 gennaio; a lui erano intitolati oratori, altari e confraternite.
Veniva rappresentato vestito da militare e si invocava contro il pericolo dei lupi e degli incendi. Invece nel territorio di Marsiglia è festeggiato il 25 settembre, ma solo in tempi recenti gli è stata dedicata una chiesa.
Alcuni studiosi pensano, forse a ragione, che il s. Defendente venerato in Italia, sia altra persona diversa dal martire tebeo.

Guglielmo de Loarte, Beato



Il mercedario Beato Guglielmo de Loarte del monastero di Valladolid (Spagna), trascorse la sua ita cercando la sapienza dei padri studiando e occupandosi delle profezie con tutto l’impegno che verso il Padre Celeste poteva dare, per il bene dei fratelli. Morì santamente nello stesso monastero.
L’Ordine lo festeggia il 2 gennaio.




»»»»»»»»»»»»»»»»
&&&&&&&&&&&
Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto




Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.

Textos recolhidos

In

MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

e

sites: Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, e outros









FIM DE ANO 2018



Blogue: 
 SÃO PAULO (e Vidas de Santos) http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com


ANTÓNIO FONSECA

Nº 3 3 4 1 - (3) - O PAPADO 2000 ANOS DE HISTÓRIA - 2 de JANEIRO de 2018


Caros amigos:

NOVO ANO - NOVA VIDA

Iniciei ontem (1/1) uma nova página (nº 3) na qual vou tentar transcrever através do livro O Papado - 2000 Anos de História, da autoria de Mendonça Ferreira e editado em Março de 2009 pelo Círculo de Leitores. 

Esta recolha de textos será feita literalmente por mim próprio, pela ordem que se encontra no livro, desde PEDRO (São) até ao actual Papa FRANCISCO.

Diariamente pois, serão publicadas normalmente 10 destas biografias - dependendo se podem ser mais ou menos - mediante o tamanho dos textos. Desde já, chamo a atenção para o facto de, por exemplo, a biografia de JOÃO PAULO II é muito longa, pelo que na devida altura apenas essa será publicada, e, possivelmente haverá outros casos.

Espero que Deus me permita completar este trabalho a que decidi meter mãos... 







Foto actual do autor




Nº  3 3 4 1 - (3)



2 de JANEIRO de 2018




Texto do livro 
O PAPADO - 2000 Anos de História
do Círculo de Leitores - 2009 
e compilado por Mendonça Ferreira 






ANICETO - Santo  

Papa desde o ano 155 até ao ano 166

XI Papa

SÍNTESE

Nasceu em Ermesa, Síria em 98. Tem a sua festa a 17 de Abril.

HISTÓRIA

Deve ter sido escolhido para Bispo de Roma devido à sua capacidade teológica, numa altura em que a Igreja enfrentava a agitação provocada pelo Gnosticismo
Logo no começo do pontificado, São POLICARPO visita Roma para tentar um acordo quanto à data das festas da Páscoa que na Ásia Menor se celebrava sempre no mesmo dia e no Ocidente num domingo (logo a seguir ao 14 de Nissan - ou Lua Cheia depois do equinócio da Primavera).
Mesmo tendo São POLICARPO um grande prestigio, por ter sido discipulo do Apóstolo São JOÃO, não conseguiu convencer Santo ANICETO, que conservou,  segundo o costume dos pontífices romanos, o Dies Dominica (dia do Senhor) o que não provocou discordância entre os dois santos, mantendo-se a paz.
Santo ANICETO terá proibido o uso de cabelos compridos aos sacerdotes, não sendo ainda a tonsura que só apareceu no século VI.
Julga-se que terá morrido mártir, em 166, no reinado de Marco Aurélio, que lançou a quarta grande perseguição aos cristãos. Foi sepultado no Vaticano, mas trasladado mais tarde para a cripta papal das catacumbas de São CALISTO.
Em 1590. MINÚCIO arcebispo de Munique, levou a cabeça do santo para aquela cidade e colocou-a na Igreja dos padres da Companhia, onde ainda hoje é objecto de grande devoção.
Os restos mortais de Santo ANICETO estão actualmente, num sepulcro que terá pertencido à família de Septímio Severo e que é o suporte  do altar-mor da capela do Colégio Espanhol, de Roma.


*************








SOTERO - Santo  

Papa desde o ano 166 até ao ano 175

XII Papa

SÍNTESE

Nasceu em Fondi, Campânia no reino de Nápoles, em 103. Tem a sua festa a 2 de Abril

HISTÓRIA

Pouco se sabe deste Bispo de Roma, embora elogiado por DIONÍSIO bispo de Corinto, que dele diz: «SOTERO a exemplo dos seus predecessores, dava salutares conselhos exortando à firmeza da fé e à união com os bispos e padres».
Na sua actuação como Pastor teve algumas determinações de ordem disciplinar.
Opôs-se com muito acerto, à heresia de Montano e estabeleceu como dever para todos os fiéis a participação na Eucaristia de Quinta-feira Santa; proibiu que as  virgens consagradas encarregadas da preparação das funções de culto tocassem nos vasos sagrados; preceituou o jejum completo antes da celebração da missa e determinou como obrigatória a benção sacerdotal para a validade do matrimónio. Para alguns historiadores esta norma já viria do tempo do pontificado de Santo EVARISTO (97-105).
Embora não haja certezas, julga-se que morreu mártir a 2 de Abril de 175, dando a sua vida em defesa da fé, dado que o seu nome está incluído no Martirológio Romano.
Foi sepultado no Vaticano, mas as suas relíquias foram trasladadas no século IX para o cemitério de São CALISTO e depois para a Igreja romana dos Santos SILVESTRE e MARTINHO.


*************







ELEUTÉRIO - Santo  

Papa desde o ano 176 até ao ano 189

XIII Papa

SÍNTESE

Nasceu em Nicópolis do Epiro (Grécia). Foi diácono no pontificado de Santo ANICETO. Morreu martirizado, em Roma, em 189. Tem a sua festa a 26 de Maio.

HISTÓRIA

O seu pontificado viveu tempos difíceis com as perseguições do imperador Marco Aurélio. Dois anos depois de ser eleito Papa, uma feroz perseguição na Gália fez muitas vítimas em Lyon e em Vienne.
A subida ao trono do imperador Cómodo (180-182) aliviou a situação, muito embora as ferozes determinações de Marco Aurélio continuassem em vigor, de tal modo que, em Roma, o senador Apolónio, membro da alta nobreza romana, foi martirizado por ser cristão.
No seu pontificado espalham-se pela cristandade de Roma os exageros Montanistas, com  exaltações proféticas  relacionadas com o fim do mundo e rigorismos exagerados, quanto á prática da penitência e da vida matrimonial.
Santo IRENEU foi a Roma em 178, a pedido da comunidade de Lyon, para pedir orientação ao Bispo de Roma. Data deste pontificado, o primeiro documento referindo a Igreja nas Espanhas - o tratado Adversus haereses - Contra as heresias), escrito por Santo IRENEU  em 180, onde argumentando contra os Gnósticos e para exaltar o crescimento da Igreja romana, fala das Igrejas da Ibéria.
Em 181, o rei Lúcio da Bretanha, pediu-lhe que enviasse alguns dos seus ministros para que ele  e todos os seus se tornassem cristãos, Santo ELEUTÉRIO encarregou FUGÁCIO e DAMIÃO da tarefa e tão bem a desempenharam que o próprio rei alcançou a santidade.
Santo ELEUTÉRIO decretou que nenhum sacerdote fosse deposto sem tivesse admitido ter participado em delito grave e que nenhum fosse condenado antes de ser ouvido. Ordenou 12 padres, 8 diáconos e 15 bispos.
Após o martírio, em Roma, em 189 foi sepultado no Vaticano.


*************






VÍTOR I - Santo  

Papa desde o ano 189 até ao ano 199

XIV Papa

SÍNTESE

Nasceu no Norte de África e seu pai chamava-se Félix. Assumiu o pontificado durante o governo do imperador Cómodo. Morreu em Roma, em 28 de Julho de 199. Tem a sua festa a 28 de Julho.

HISTÓRIA

O facto mais saliente deste pontificado  foi a fixação obrigatória da Páscoa, pondo fim às divergências  com as comunidades asiáticas, o que já vinha do pontificado de Santo ANICETO, quando São POLICARPO  defendeu a data da Páscoa  contra a celebração ocidental. São VÍTOR entendeu que devia manter a tradição vinda de PEDRO e PAULO, celebrando a Páscoa no domingo seguinte  ao 14º dia da Lua de Março, ou seja, a seguir à data judaica do 14 de Nissan
Reunidos os Bispos de Itália, no primeiro Sínodo que se conhece no Ocidente, realizado com a permissão do imperador Cómodo, o Papa comunicou aos bispos orientais a sua decisão, sob pena de os considerar excluídos da Igreja, se persistissem na data judaica. A aceitação desta decisão de Roma foi quase unânime, com excepção do bispo Polícrates, que no Sínodo de Éfeso, se viu desautorizado por excomunhão, valendo a intervenção de Santo IRENEU, junto de São VÍTOR para que essa excomunhão não se verificasse, o que aconteceu.
São VÍTOR, defendendo a fé condenou e excomungou TEÓDOTO que, vindo de Bizâncio, agitava a comunidade de Roma.
 Segundo São JERÓNIMO, São VÍTOR foi o primeiro dos escritores cristãos a utilizar o latim.
Incide no período do pontificado de VÍTOR I uma tese de TERTULIANO (era professor de Direito, convertido ao Cristianismo e ordenado presbitero em 1895) que foi o primeiro a fundamentar a posição de precedência de PEDRO na promessa do primado feita por Cristo (Mt 16, 18). O poder de PEDRO ter-se-ia transmitido a toda a Igreja  que estivesse ligada a ele pela tradição e sucessão. Ainda que PEDRO pertença à Igreja de Roma teria com ele uma relação muito especial. Por isso se passou a invocar a proclamação de Jesus como fundamento do Primado do Bispo de Roma.
Segundo o Liber Pontificalis, determinou a criação de clérigos supranumerários (sequentes); terá promovido 13 Bispos em diversos lugares e estabeleceu que, em caso de urgência, se pudesse usar qualquer água para administrar o baptismo.
Morreu em Roma, a 28 de Julho de 199, sendo sepultado no Vaticano.

   
*************






ZEFERINO - Santo  

Papa desde o ano 199 até ao ano 217

XV Papa



SÍNTESE

Nasceu em Roma, filho de um cristão e foi ordenado por São VÍTOR. Era um sacerdote simples e caritativo. Tem a sua festa a 16 de Junho

HISTÓRIA

Foi eleito Bispo de Roma em 8 de Agosto de 199, quando a Cristandade se via envolvida em lutas ideológicas..
Na luta contra o Modalismo, viu-se injustamente acusado por TERTULIANO, e principalmente por Santo HIPÓLITO, de conivente, tal como seu braço direito, São CALISTO. O papa procurou a conciliação e se não a conseguiu não pode ser acusado de conivente, pois defendeu sempre, claramente, a doutrina oposta da distinção das três pessoas reais num só Deus.
Condenou alguns dos maiores defensores do Monarquianismo e lutou contra o renascer do Montanismo, uma heresia com que Montano, originário da Frígia, alvoroçara as comunidades asiáticas, trinta anos antes.
São ZEFERINO viu, no governo do imperador Septímio Severo, em 202, o reacender das perseguições que aumentaram, e muito o Martirológio Cristão. Terá também, ordenado que os Cálices e Patenas, em vez de serem em madeira, fossem de vidro, e também a obrigação da comunhão pela Páscoa a partir da idade dos 14 anos.
Com a morte de Septímio Severo, em 211, as perseguições cessaram, mas quando em 217 morreu o seu filho e sucessor, o imperador Caracala sucedeu-lhe Macrino no governo do Império, que recomeçou as perseguições e mandou prender São ZEFERINO, que morreu martirizado nesse ano de 217.


*************







CALISTO I - Santo  

Papa desde o ano 217 até ao ano 222


XVI Papa



SÍNTESE

Julga-se que nasceu escravo e o seu amo se chamava Cárpoforo.  Foi diácono no pontificado de São ZEFERINO. Foi martirizado a 14 de Outubro de 222 e, segundo a tradição, lançado de uma janela para um poço em Trastevere. Tem a sua festa a 14 de Outubro.

HISTÓRIA

Já liberto da escravatura e de ter trabalhado, como castigo, nas minas da Sardenha, aperfeiçoou-se na doutrina cristã, que ensinava aos seus vizinhos.
São ZEFERINO fê-lo diácono e nomeou.-o para dirigir a ampliação de um cemitério entre a Via Ápia e a Ardeatina, que hoje se conhece como as Catacumbas de São Calisto.
O seu pontificado beneficiou de uma acalmia concedida aos cristãos pelos imperadores Heliogábalo e Alexandre Severo. Contudo, a Igreja continuava a ser atacada pelo Sabelianismo. Santo HIPÓLITO, que já tinha atacado CALISTO quando este era o braço direito do Papa São ZEFERINO, continuava no exagero das mesmas acusações, chegando a acusar São CALISTO de heresia Trinitária na identificação do Pai e do Filho na mesma Pessoa, como defendiam os Monarquianistas. As afirmações de Santo HIPÓLITO não encontraram grande acolhimento e até o Apologeta TERTULIANO, que combatia o Bispo de Roma, jamais a atribuiu a São CALISTO.
Com grande clarividência São CALISTO entendeu aliviar o rigor da disciplina eclesiástica contra os pecados de adultério e luxúria, facilitando, ao mesmo tempo  a readmissão dos hereges e cismáticos arrependidos. Daí o edito que promulgou e que pretendia que se perdoassem pecados da carne. No entanto, alguns, inspirando-se em TERTULIANO, exigiam que se declarassem irremissíveis o aborto e também a apostasia. De um modo geral os Bispos seguiram os preceitos do perdão de CALISTO.
Morreu a 14 de Outubro de 222.



*************









HIPÓLITO - Santo  
ou HIPÓLITO DE ROMA

Anti-Papa desde o ano 217 até ao ano 235

I Anti-Papa

SÍNTESE

Nasceu no Oriente, possivelmente na Ásia Menor, em 170. Foi discipulo de Santo IRENEU, de Lyon. Escritor eclesiástico e bispo de Óstia. Morreu martirizado na Sardenha, em 235. Tem a sua festa a 22 de Agosto

HISTÓRIA

Santo HIPÓLITO, tal como TERTULIANO (ano 217), já atacara São ZEFERINO, acusando-o de defender a heresia do Modalismo, quando, na verdade, defendia a doutrina oposta da distinção das 3 pessoas reais num só Deus.
Eleito São CALISTO como Bispo de Roma, Santo HIPÓLITO continuou a sua luta chegando a acusá-lo de Heresia Trinitária, o que não era verdade.
Santo HIPÓLITO, no seu reaccionarismo exagerado, chegaria a entrar no cisma, erro de que só se libertaria em 235, na Sardenha, para onde tinha sido desterrado, quando se reconciliou com o Papa São PONCIANO, mas ambos foram martirizados, com prolongados tormentos e trabalhos forçados, por ordem de Maximiano da Trácia, que, chegado ao poder, tinha renovado a perseguição aos cristãos.
Das suas obras destacam-se a Refutação de Todas as Heresias, a Tradição Apostólica e Comentário a Daniel, importantes fontes de informação para o estudo do Gnosticismo e conhecimento da organização da Igreja cristã nos séculos II e III.
O corpo de Santo HIPÓLITO, tal como o do Papa São PONCIANO, foram levados da Sardenha para o cemitério de São CALISTO, em Roma, anos mais tarde, devido às diligências do Bispo de Roma, São FABIÃO.



*************








URBANO I - Santo  

Papa desde o ano 222 até ao ano 230


XVII Papa

SÍNTESE


Nasceu em Roma, filho de um cristão. Morreu decapitado, em 25 de Maio de 230. Tem a sua festa a 25 de Maio.

HISTÓRIA

Foi eleito Bispo de Roma em 222, no mesmo ano em que Alexandre Severo, um homem honesto, foi nomeado imperador e permitiu que os cristãos propagassem a sua fé, sem ordenar perseguições, o que deu a Santo URBANO a possibilidade de ter um pontificado em paz.
O seu maior problema já vinha do pontificado anterior: o Cisma provocado por Santo HIPÓLITO ao autoproclamar-se sumo pontífice. Santo URBANO esforçou-se por atrair HIPÓLITO à doutrina ortodoxa, mas nada conseguiu do intransigente Anti-Papa.
Sobre o seu trabalho, sabe-se que mandou aumentar a extensão das Catacumbas romanas e decretou que os vasos sagrados, em vez de vidro, fossem de prata.
A ele é atribuída uma carta (Ad Omnes Christianos - A todos os cristãos) que foi conservada nas Decretais. Nessa carta determina que os donativos à Igreja não possam ser utilizados em usos profanos.
Apesar da bondade de Alexandre Severo, Santo URBANO foi preso a 25 de Maio de 230 por ordem do prefeito de Roma, Almáquio. Torturado, degolando e o seu corpo foi atirado às feras, tendo os restos mortais sido recolhidos por uma mulher chamada MAIMÉMIA e pela filha LUCINA, e, com a ajuda de populares, sepultado no cemitério de Pretextato, na Via Ápia.
Segundo a lenda, passou a ser, na Alemanha e na Áustria, o padroeiro dos Viticultores e Advogados, contra as tempestades e embriaguez.


*************






PONCIANO - Santo  

Papa desde o ano 230 até ao ano 235

XVIII Papa

SÍNTESE


De origem romana , nasceu em Roma. Morreu na Sardenha, em 25 de Setembro de 235, onde estava desterrado e reconciliado com o Anti-Papa Santo HIPÓLITO, também martirizado. Tem a sua festa a 13 de Agosto.

HISTÓRIA

Um ano depois da sua eleição, em 21 de Julho de 230, reuniu o clero de Roma e os bispos mais próximos, para ratificar a excomunhão que o Bispo de Alexandria DEMÉTRIO tinha lançado contra o Apologeta ORÍGENES, cujos textos eram propícios à heresia Gnóstica.
Diz a tradição, não havendo documento que o confirme, que teria ordenado o Cântico dos Salmos e a Recitação  da Confissão no princípio da Missa, o que viria a ser fixado na reforma de São PIO V, e iniciou a prática de que o celebrante se dirigisse aos fiéis em determinados momentos da Missa com o Dominus Vobiscum, quem, traduzido hoje para as línguas correntes, contínua a usar-se.
Com a ascensão de Maximiano de Trácia ao poder e perante nova perseguição aos cristãos, viu-se desterrado para a Sardenha, onde morreu martirizado juntamente com o Anti-Papa Santo HIPÓLITO.
Durante o exílio renunciou em 28 de Setembro de 235, para que um sucessor pudesse ser escolhido e morreu nesse mesmo dia.
O seu corpo foi levado para o Cemitério de São CALISTO, em Roma, anos mais tarde, num dia 13 de Agosto, por diligências do Bispo de Roma, São FABIÃO, para ser sepultado junto de outros bispos de Roma. Actualmente, os restos mortais de São PONCIANO encontram.-se na Igreja de Santa PRAXEDES, em Roma.


*************





ANTERO - Santo  

Papa desde o ano 235 até ao ano 236

XIX Papa

SÍNTESE

Era grego, filho de um cristão chamado RUFINO. Morreu em 3 de Janeiro de 236. Tem a sua festa a 3 de Janeiro.

HISTÓRIA

 Eleito em 21 de Novembro de 235, teve um curto pontificado de 43 dias.
Neste breve tempo, ainda emitiu um Decreto em que dava instruções sobre as normas a cumprir aquando da transferência de um bispo para outra Sede, a pedido dos bispos de Toledo e de Sevilha e reiniciou uma compilação das Actas da Igreja, com especial referência para os documentos que narravam a morte dos cristãos submetidos a martírio.
O imperador Maximiano, o Trácio, ao ter conhecimento desta ordem, mandou destruir o arquivo e matar o bispo de Roma, mas os seus enviados não conseguiram encontrar o arquivo, mas mataram Santo ANTERO, que foi o primeiro Bispo de Roma a ser sepultado nas catacumbas de São CALISTO. No século XX foi descoberto nesse cemitério uma pedra tumular com o seu nome. 
Na actualidade, as suas relíquias estão na Igreja de São Silvestre, em Roma.


*************






FABIÃO ou FABIANO - Santo  

Papa desde o ano 236 até ao ano 250

XX Papa

SÍNTESE

Era romano, filho de um cristão chamado Fábio. Morreu em 20 de Janeiro de 250. Tem a sua festa a 20 de Janeiro.

HISTÓRIA

Eleito em 10 de Janeiro de 236, este Bispo de Roma beneficiou de seis anos tranquilos, sem perseguições, que lhe permitira, tomar algumas medidas de ordem prática  na comunidade romana, uma delas dividindo a cidade em sete zonas administrativas e circunscrições eclesiásticas, sob a responsabilidade de diáconos.
O seu sucessor, São CORNÉLIO, sobre esta acção de São FABIÃO, escreveu numa carta: «Há 46 presbiteros, 7 diáconos, 7 subdiáconos, 42 acólitos, 52 exorcistas, e, ainda leitores e porteiros».
Aproveitando a paz, conseguiu, sem problemas, a trasladação dos restos mortais de São PONCIANO e Santo HIPÓLITO da Sardenha para o Cemitério de São CALISTO, em Roma.
São FABIÃO mandou ampliar as Catacumbas usadas pelos cristãos, instituiu as 4 Ordens menores, estabeleceu 7 subdiáconos para que em cada um dos seis bairros de Roma redigissem e guardassem as Actas dos mártires sob a sua protecção; ordenou que todos os anos se renovasse o Crisma na Quinta-feira Santa, proibiu o casamento entre parentes a<até qo quarto grau e castigou Privato, Bispo de Lambisa (África) pelas suas ideias heréticas e pela vida escandalosa que levava.
Atribui-se-lhe também a consagração de 7 Bispos para fazerem, apostolado na Gália.
Ao zelo deste Bispo de Roma deve a Igreja de França  a pregação de vários missionários dirigidos por São DINIS.
Quando Décio subiu ao poder, em 249, recomeçaram as perseguições, nas quais viria a perder a vida, martirizado em 20 de Janeiro de 250.
Em 1015 foi descoberto o seu sepulcro nas catacumbas de São CALISTO.


*************

»»»»»»»»»»»»»»»»
&&&&&&&&&&&
Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto




Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.

Textos recolhidos

In

O Papado  -  2000 Anos de História 
Ed. Círculo de Leitores - 2009

e

sites: Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, e outros








FIM DE ANO 2017



Blogue: 
 SÃO PAULO (e Vidas de Santos) http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com


ANTÓNIO FONSECA

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...