CAROS AMIGOS:
As minhas melhores Saudações de Amizade e Gratidão e acima de tudo desejo
que os meus leitores e/ou simples visitantes, continuem a passar os seus olhares por este Blogue e façam os comentários favoráveis ou não, como entenderem
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Nº 4 1 9 2
SÉRIE DE 2020 - (Nº 1 2 2)
1 DE MAIO DE 2020
SANTOS DE CADA DIA
SANTOS DE CADA DIA
(Nº 1 7 8)
1 3º A N O
1 3º A N O
LOUVADO SEJA PARA SEMPRE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E
SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E
SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
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Todos os Católicos com verdadeira Fé,
deverão recordar, comemorar e até imitar a
Vida dos Santos e Beatos de cada dia
(ao longo dos tempos) e durante toda a vida
deverão recordar, comemorar e até imitar a
Vida dos Santos e Beatos de cada dia
(ao longo dos tempos) e durante toda a vida
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FESTA DE SÃO JOSÉ Operário
São JOSÉ OPERÁRIO que, como carpinteiro de Nazaré, ajudou com o seu trabalho MARIA e iniciou o Filho de Deus no trabalho humano. Por isso, neste dia em que se celebra a festa do trabalho em muitas terras, os trabalhadores cristãos veneram São JOSÉ como seu exemplo e protector.
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:
«No Primeiro de Maio de 1955 - escreve uma testemunha presencial - Roma era um fervedouro de gente simples e morena, com olhar claro e espontâneo. Aqui e acolá, nos bares e ruas que rodeiam o Vaticano, grupos de homens, mulheres e crianças, misturados em alegre algaraviada, largavam a leve bagagem de suas mochilas e esgotavam xícaras de bom café. À volta deles parecia soprar um ar novo, ainda não estreado. Até ao ponto de o semblante da Cidade Eterna, acostumado a todos os acontecimentos e a todas as extravagancias de todos os povos da terra, parecer ensombrado diante do alude novo de corpos duros e curtidos, e de almas ingénuas, que ultrapassavam todo o previsto».
Dir-se-ia que havia um pressentimento. Quando aqueles grupos confluíram numa das grandes praças romanas e ao longo das amplas margens do Tibre, e principiaram a sua marcha para o Vaticano, alguma coisa flutuava no ambiente. A rua da Conciliação vibrava com um eco novo, o das rotundas vozes dos operários do mundo que, ao compasso de entusiásticos hinos e debaixo dos seus guiões e cartazes, representando todos os seus irmãos da orbe, avançavam ao encontro do papa.
Era uma enchente imensa de vida, de calor e entusiasmo. Diante do roncar das camionetas, carregadas de trabalhadores, que avançavam com os seus instrumentos de trabalho para a Praça de São Pedro, corria uma multidão alegre e simples, gritando formosos motes:
«Viva Cristo trabalhador!
Vivam todos os trabalhadores!
Viva o papa!».
Aquelas 200 000 pessoas sobrepunham-se ao velho latejo de ódio e de morte, substituindo-o por outro, o da ressurreição e de vida.
Oiçamos de novo o mesmo cronista:
«Com espírito novo e consciência clara da nobreza trabalhadora, a imensa multidão foi enchendo, em crescente muralhada, a monumental Praça de São Pedro. As fontes estavam transformadas em cachos humanos e, dominando a excitada concentração, o obelisco neroniano parecia um dedo luminoso a apontar obstinadamente o caminho dos luzeiros, o único capaz de remir o dolorosa mundo do trabalho. Mesmo aos pés da basílica detinha-se a maré humana e, debaixo da varanda do centro da igreja mais monumental do cristianismo, levantava-se o vermelho estrado papal. Depressa apareceu nele a branca figura do Vigário de Cristo, enquanto a Praça inteira vibrava numa ensurdecedora gritaria e num contínuo agitar de lenços e cartazes. As fontes pareciam abrir a s suas bocas para gritar, o obelisco alongava-se mais e mais para o céu e majestosas colunata de Bernini exalava um movimento de gozo e de glória. Tudo se movia à volta de Cristo na terra, e pelas cornijas e capitéis - como bando de pombos ao vento - iam saltando os gritos de paz, trabalho e amor».
«Na imensa praça foram-se destacando grupozinhos de operários, portadores de mil presentes vibrantes que o mundo trabalho oferecia ao papa. Vimos esses operários subir os degraus do estrado e ajoelhar-se, com as suas mãos grossas e toscas, diante do Cristo visível na terra. Alguns com serenidade diziam uma frase bem aprendida. Outros, vencidos pelo momento grandioso, esqueciam-se e improvisavam, ricas espontaneidades, ou não faziam senão olhar para o papa, cara a cara, e chorar. A Praça continuava a gritar pela sua descomunal boca de 240 metros de largura e voando nas asas dos 200 000 corações de operários. Só quando o papa se levantou, ficou muda e surpreendida , como deserto silencioso. Dominando um silêncio palpitante vibrou a voz do Papa PIO XII:
«Quantas vezes nós manifestamos e explicamos o amor da Igreja para com os operários? Apesar disso, propaga-se muito a atroz calúnia de que a "Igreja é a aliada do capitalismo contra os trabalhadores". Ela, mãe e mestra de todos, teve sempre particular solicitude pelos filhos que se encontram em condições mais difíceis, e também, na realidade, contribuiu notavelmente para a consecução dos apreciáveis progressos obtidos por várias categorias de trabalhadores. Nós mesmo, na radiomensagem natalícia de 1942 dizíamos: "Movida sempre por motivos religiosos, a Igreja condenou os diversos sistemas de socialismo marxista e condena-os também hoje, sendo dever e direito seu permanente, preservar os homens das correntes e influxo que põem em perigo a salvação eterna deles"
«Mas a Igreja não pode ignorar ou deixar de ver que o operário, ao esforçar-se por melhorar a sua própria condição, se encontra diante duma organização que, longe de ser conforme à natureza, contrasta com a ordem de Deus e com o fim, que Ele assinalou aos fieis da terra. Por falsos, condenáveis e perigosos que tenham sido e sejam os caminhos seguidos, quem, e sobretudo que sacerdote ou cristão, poderá tornar-se surdo ao grito que se levanta da profundidade e que, no mundo do Deus justo, pede justiça e espírito de fraternidade?»
Apesar disso, a festa, com, toda a sua beleza, poderia ter ficado como uma das muitas que se têm celebrado na magnifica praça de São Pedro e o discurso como um de tantos entre os pronunciados pelo papa Pio XII. Não foi assim. Por boca do Sumo Pontífice, a Igreja dispôs-se a fazer com a festa de 1º de Maio, o que tantas vezes fizera, nos séculos da sua história, com as festas pagãs ou sensuais: cristianizá-las.
O 1º de Maio nascera, no calendário das festividades, sob o signo do ódio. desde meados do século XIX, essa data identificara-se, na memória e imaginação de muitos, com as alamedas e as avenidas das grandes cidades cheias de multidões com os punhos cerrados. Era dia de greve total em que o mundo dos proletários recordava à sociedade burguesa até que ponto tinha descido, á mercê do ódio dos explorados. E essa festa, a festa do ódio, da vingança social e da luta de classes ia transformar-se por completo numa festa litúrgica (actualmente memória)...
Mas não foi assim, antes pelo contrário, Jesus escolhe para Si, para sua Mãe, para São JOSÉ, um ambiente de pobreza autêntica. Entendamo-nos: não ambiente de pobreza mais ou menos convencional, de vida simples mas livre de preocupações económicas, mas a áspera realidade de ter de ganhar o pão trabalhando, de ter de gastar as magras economias no desterro, de ter de sofrer muitas vezes a amargura de não poder dispor nem sequer do necessário...
O certo é que a Virgem Santíssima teve de lavar as humildes escadas da casita,. de varrer a pobre oficina e de preparar as frugais refeições. E, junto a ela, também São JOSÉ haveria de corresponder-lhe com a sua parte nas consequências de tanta pobreza.
Sabemos que foi carpinteiro. Alguns dos Padres Apostólicos, São JUSTINO, chegou a ver toscos arados romanos, feitos na oficina nazaretana pelo Patriarca São JOSÉ e também por Jesus. Fora disto, tudo o mais são conjecturas. mas conjecturas constituídas com base de certeza, se é lícito falar paradoxalmente, pois, por muito que desejemos forçar a imaginação, sempre resultará que foi dura a vida dum pobre carpinteiro de aldeia, que a essa condição sua juntou as tristes consequências de ter vivido algum tempo no desterro.
Porque se algumas economias houve, se alguma coisa chegou a valer a ferramenta, tudo foi preciso quando, em consequência da perseguição de Herodes, a Sagrada Família teve de ir para o Egipto. Dura foi a vida lá. E dura também a vida depois do regresso.Neste ambiente viveu Jesus Cristo. E este é o modelo que hoje se propõe a todos os cristãos. Para que aprenda cada um a lição que lhe toca.
Quer a Igreja que a memoria de São JOSÉ OPERÁRIO sirva para despertar e aumentar nos operários a fé no Evangelho e a admiração e amor por Jesus Cristo; sirva para despertar nos que governam a atenção pelos que sofrem e o desejo de pôr em prática aquilo que pode levar a juma ordem justa na sociedade humana; e sirva para corrigir na sociedade os falsos critérios mundanos que em tantas ocasiões chegam a penetrá-la por completo.
Terminamos com esta bela oração de JOÃO XXIII no 1ª de maio de 1959:
Ó glorioso São JOSÉ, que velaste a tua incomparável e real dignidade, de guarda de Jesus e da Virgem Maria, sob a humilde aparência de artífice, e com o teu trabalho sustentaste as suas vidas, protege com amável poder os teus filhos que estão a ti especialmente confiados.
Tu conheces as angústias e sofrimentos deles, porque tu mesmo experimentaste isto ao lado de Jesus e de sua Mãe. Não permitas que, oprimidos por tantas preocupações, esqueçam o fim para que foram criados por Deus; não deixes que os germes da desconfiança lhes dominem as almas imortais. Recorda a todos os trabalhadores que - nos campos, nas oficinas, nas minas e nos laboratórios da ciência - não estão sós para trabalhar, gozar e servir, mas que junto a eles está Jesus com Maria, Mãe sua e nossa, para os suster, para lhes enxugar o suor, e mitigar as fadigas. Ensina-lhes a fazer do trabalho, como fizeste tu, instrumento altíssimo de santificação».
COMBA DO ALENTEJO, Santa
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:
São três as Santas portuguesas conhecidas com este nome: Santa COMBA DO ALENTEJO, Santa COMBA DE COIMBRA, Santa COMBA DE TRÁS-OS-MONTES. Segundo os hagiológios, celebra-se hoje Santa COMBA DO ALENTEJO.
Nenhum documento há, com valor histórico, sobre a vida desta Santa. Diz Jorge Cardoso que foi martirizada em Tourega, perto de Évora, durante a perseguição de Diocleciano. Depois de Santa COMBA ter sido decapitada, sua irmã ANOMINATA, que esteve presa com ela, recebeu a permissão de se ausentar para fugir ao martírio.
Sabendo disto São JORDÃO, irmão de ambas, que era ao tempo Bispo de Évora, foi logo em procura de ANOMINATA e, achando-a na serra do espinheiro, repreendeu-a pela sua inconstância e pouca fé, levando-a a oferecer-se ao martírio.
Dizia a tradição que, no lugar do seu martírio, rebentou uma fonte de água cristalina, que era levada a várias partes do Reino, operando muitos milagres.
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
JEREMIAS, era natural de Anatot, pequena cidade sacerdotal que ficava a hora e meia de caminho para o Norte de Jerusalém. Nasceu no ano 645 antes de Cristo. Seu pai chamava-se Helcias, como ele mesmo nos diz no prólogo da sua profecia. Divergem os críticos sobre quem seja este HELCIAS; uns querem que seja o Sumo Sacerdote que eficazmente cooperou com JOSIAS na reforma religiosa de Judá. Esta identificação parece pouco provável, visto esse Pontífice ser da família de ELEAZAR, enquanto os sacerdotes de Anatot pertenciam ao ramo de Itomar. Como quer que seja, JEREMIAS devia ter ouvido na sua terra natal, tão próxima de Jerusalém, os clamores contra a idolatria e contra as crueldades de Manassés e de seu filho Amós, rei de Judá. Foi educado pelo pai no respeito à lei e na obediência às leis moisaicas; estudou com particular cuidado as Sagradas Escrituras, os oráculos dos profetas, principalmente Isaías e Miqueias, como se vê dos seus próprios escritos, que reproduzem citações quase textuais. Presenciou os esforços empregados por Josias para restabelecer na sua primitiva pureza a religião moisaica, o que lhe causou profunda impressão e lhe avivou o desejo de contribuir para o ressurgimento do moiseísmo, tão decadente nos seus tempos.
RICARDO (Hermínio Filipe) PAMPURI, Santo
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MÊS DE MAIO MARIANO E DO ROSÁRIO
Como escreveu PAULO VI, quanto ao mês de MAIO:
MAIO é o mês em que nos templos e nas casas dos Católicos de todo o mundo se deve rezar mais fervorosamente o Rosário e no qual todos os cristãos deverão Venerar a MARIA, Mãe de Deus.
FESTA DE SÃO JOSÉ Operário
São JOSÉ OPERÁRIO que, como carpinteiro de Nazaré, ajudou com o seu trabalho MARIA e iniciou o Filho de Deus no trabalho humano. Por isso, neste dia em que se celebra a festa do trabalho em muitas terras, os trabalhadores cristãos veneram São JOSÉ como seu exemplo e protector.
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:
«No Primeiro de Maio de 1955 - escreve uma testemunha presencial - Roma era um fervedouro de gente simples e morena, com olhar claro e espontâneo. Aqui e acolá, nos bares e ruas que rodeiam o Vaticano, grupos de homens, mulheres e crianças, misturados em alegre algaraviada, largavam a leve bagagem de suas mochilas e esgotavam xícaras de bom café. À volta deles parecia soprar um ar novo, ainda não estreado. Até ao ponto de o semblante da Cidade Eterna, acostumado a todos os acontecimentos e a todas as extravagancias de todos os povos da terra, parecer ensombrado diante do alude novo de corpos duros e curtidos, e de almas ingénuas, que ultrapassavam todo o previsto».
Dir-se-ia que havia um pressentimento. Quando aqueles grupos confluíram numa das grandes praças romanas e ao longo das amplas margens do Tibre, e principiaram a sua marcha para o Vaticano, alguma coisa flutuava no ambiente. A rua da Conciliação vibrava com um eco novo, o das rotundas vozes dos operários do mundo que, ao compasso de entusiásticos hinos e debaixo dos seus guiões e cartazes, representando todos os seus irmãos da orbe, avançavam ao encontro do papa.
Era uma enchente imensa de vida, de calor e entusiasmo. Diante do roncar das camionetas, carregadas de trabalhadores, que avançavam com os seus instrumentos de trabalho para a Praça de São Pedro, corria uma multidão alegre e simples, gritando formosos motes:
«Viva Cristo trabalhador!
Vivam todos os trabalhadores!
Viva o papa!».
Aquelas 200 000 pessoas sobrepunham-se ao velho latejo de ódio e de morte, substituindo-o por outro, o da ressurreição e de vida.
Oiçamos de novo o mesmo cronista:
«Com espírito novo e consciência clara da nobreza trabalhadora, a imensa multidão foi enchendo, em crescente muralhada, a monumental Praça de São Pedro. As fontes estavam transformadas em cachos humanos e, dominando a excitada concentração, o obelisco neroniano parecia um dedo luminoso a apontar obstinadamente o caminho dos luzeiros, o único capaz de remir o dolorosa mundo do trabalho. Mesmo aos pés da basílica detinha-se a maré humana e, debaixo da varanda do centro da igreja mais monumental do cristianismo, levantava-se o vermelho estrado papal. Depressa apareceu nele a branca figura do Vigário de Cristo, enquanto a Praça inteira vibrava numa ensurdecedora gritaria e num contínuo agitar de lenços e cartazes. As fontes pareciam abrir a s suas bocas para gritar, o obelisco alongava-se mais e mais para o céu e majestosas colunata de Bernini exalava um movimento de gozo e de glória. Tudo se movia à volta de Cristo na terra, e pelas cornijas e capitéis - como bando de pombos ao vento - iam saltando os gritos de paz, trabalho e amor».
«Na imensa praça foram-se destacando grupozinhos de operários, portadores de mil presentes vibrantes que o mundo trabalho oferecia ao papa. Vimos esses operários subir os degraus do estrado e ajoelhar-se, com as suas mãos grossas e toscas, diante do Cristo visível na terra. Alguns com serenidade diziam uma frase bem aprendida. Outros, vencidos pelo momento grandioso, esqueciam-se e improvisavam, ricas espontaneidades, ou não faziam senão olhar para o papa, cara a cara, e chorar. A Praça continuava a gritar pela sua descomunal boca de 240 metros de largura e voando nas asas dos 200 000 corações de operários. Só quando o papa se levantou, ficou muda e surpreendida , como deserto silencioso. Dominando um silêncio palpitante vibrou a voz do Papa PIO XII:
«Quantas vezes nós manifestamos e explicamos o amor da Igreja para com os operários? Apesar disso, propaga-se muito a atroz calúnia de que a "Igreja é a aliada do capitalismo contra os trabalhadores". Ela, mãe e mestra de todos, teve sempre particular solicitude pelos filhos que se encontram em condições mais difíceis, e também, na realidade, contribuiu notavelmente para a consecução dos apreciáveis progressos obtidos por várias categorias de trabalhadores. Nós mesmo, na radiomensagem natalícia de 1942 dizíamos: "Movida sempre por motivos religiosos, a Igreja condenou os diversos sistemas de socialismo marxista e condena-os também hoje, sendo dever e direito seu permanente, preservar os homens das correntes e influxo que põem em perigo a salvação eterna deles"
«Mas a Igreja não pode ignorar ou deixar de ver que o operário, ao esforçar-se por melhorar a sua própria condição, se encontra diante duma organização que, longe de ser conforme à natureza, contrasta com a ordem de Deus e com o fim, que Ele assinalou aos fieis da terra. Por falsos, condenáveis e perigosos que tenham sido e sejam os caminhos seguidos, quem, e sobretudo que sacerdote ou cristão, poderá tornar-se surdo ao grito que se levanta da profundidade e que, no mundo do Deus justo, pede justiça e espírito de fraternidade?»
Apesar disso, a festa, com, toda a sua beleza, poderia ter ficado como uma das muitas que se têm celebrado na magnifica praça de São Pedro e o discurso como um de tantos entre os pronunciados pelo papa Pio XII. Não foi assim. Por boca do Sumo Pontífice, a Igreja dispôs-se a fazer com a festa de 1º de Maio, o que tantas vezes fizera, nos séculos da sua história, com as festas pagãs ou sensuais: cristianizá-las.
O 1º de Maio nascera, no calendário das festividades, sob o signo do ódio. desde meados do século XIX, essa data identificara-se, na memória e imaginação de muitos, com as alamedas e as avenidas das grandes cidades cheias de multidões com os punhos cerrados. Era dia de greve total em que o mundo dos proletários recordava à sociedade burguesa até que ponto tinha descido, á mercê do ódio dos explorados. E essa festa, a festa do ódio, da vingança social e da luta de classes ia transformar-se por completo numa festa litúrgica (actualmente memória)...
Plástica, colorida e vital vem a ficar a dignidade do trabalho quando a encontramos, não por meio duns parágrafos oratórios, mas encarnada na sublime simplicidade da vida, nada me
menos do que do pai putativo de Jesus Cristo... Qualquer de nós, consultado teria sido de opinião ser preferível que Jesus Cristo, escolhido para trazer ao mundo uma mensagem que forçosamente haveria de chocar com o mundo de então, ser preferível, dizíamos, que nascesse rodeado por isso a que habitualmente chamamos prestigio social, de família ilustre, sem angústias económicas, nalguma cidade como a antiga Roma, que se mostrasse social no andar dos tempos.Mas não foi assim, antes pelo contrário, Jesus escolhe para Si, para sua Mãe, para São JOSÉ, um ambiente de pobreza autêntica. Entendamo-nos: não ambiente de pobreza mais ou menos convencional, de vida simples mas livre de preocupações económicas, mas a áspera realidade de ter de ganhar o pão trabalhando, de ter de gastar as magras economias no desterro, de ter de sofrer muitas vezes a amargura de não poder dispor nem sequer do necessário...
O certo é que a Virgem Santíssima teve de lavar as humildes escadas da casita,. de varrer a pobre oficina e de preparar as frugais refeições. E, junto a ela, também São JOSÉ haveria de corresponder-lhe com a sua parte nas consequências de tanta pobreza.
Sabemos que foi carpinteiro. Alguns dos Padres Apostólicos, São JUSTINO, chegou a ver toscos arados romanos, feitos na oficina nazaretana pelo Patriarca São JOSÉ e também por Jesus. Fora disto, tudo o mais são conjecturas. mas conjecturas constituídas com base de certeza, se é lícito falar paradoxalmente, pois, por muito que desejemos forçar a imaginação, sempre resultará que foi dura a vida dum pobre carpinteiro de aldeia, que a essa condição sua juntou as tristes consequências de ter vivido algum tempo no desterro.
Porque se algumas economias houve, se alguma coisa chegou a valer a ferramenta, tudo foi preciso quando, em consequência da perseguição de Herodes, a Sagrada Família teve de ir para o Egipto. Dura foi a vida lá. E dura também a vida depois do regresso.Neste ambiente viveu Jesus Cristo. E este é o modelo que hoje se propõe a todos os cristãos. Para que aprenda cada um a lição que lhe toca.
Quer a Igreja que a memoria de São JOSÉ OPERÁRIO sirva para despertar e aumentar nos operários a fé no Evangelho e a admiração e amor por Jesus Cristo; sirva para despertar nos que governam a atenção pelos que sofrem e o desejo de pôr em prática aquilo que pode levar a juma ordem justa na sociedade humana; e sirva para corrigir na sociedade os falsos critérios mundanos que em tantas ocasiões chegam a penetrá-la por completo.
Terminamos com esta bela oração de JOÃO XXIII no 1ª de maio de 1959:
Ó glorioso São JOSÉ, que velaste a tua incomparável e real dignidade, de guarda de Jesus e da Virgem Maria, sob a humilde aparência de artífice, e com o teu trabalho sustentaste as suas vidas, protege com amável poder os teus filhos que estão a ti especialmente confiados.
Tu conheces as angústias e sofrimentos deles, porque tu mesmo experimentaste isto ao lado de Jesus e de sua Mãe. Não permitas que, oprimidos por tantas preocupações, esqueçam o fim para que foram criados por Deus; não deixes que os germes da desconfiança lhes dominem as almas imortais. Recorda a todos os trabalhadores que - nos campos, nas oficinas, nas minas e nos laboratórios da ciência - não estão sós para trabalhar, gozar e servir, mas que junto a eles está Jesus com Maria, Mãe sua e nossa, para os suster, para lhes enxugar o suor, e mitigar as fadigas. Ensina-lhes a fazer do trabalho, como fizeste tu, instrumento altíssimo de santificação».
São três as Santas portuguesas conhecidas com este nome: Santa COMBA DO ALENTEJO, Santa COMBA DE COIMBRA, Santa COMBA DE TRÁS-OS-MONTES. Segundo os hagiológios, celebra-se hoje Santa COMBA DO ALENTEJO.
Nenhum documento há, com valor histórico, sobre a vida desta Santa. Diz Jorge Cardoso que foi martirizada em Tourega, perto de Évora, durante a perseguição de Diocleciano. Depois de Santa COMBA ter sido decapitada, sua irmã ANOMINATA, que esteve presa com ela, recebeu a permissão de se ausentar para fugir ao martírio.
Sabendo disto São JORDÃO, irmão de ambas, que era ao tempo Bispo de Évora, foi logo em procura de ANOMINATA e, achando-a na serra do espinheiro, repreendeu-a pela sua inconstância e pouca fé, levando-a a oferecer-se ao martírio.
Dizia a tradição que, no lugar do seu martírio, rebentou uma fonte de água cristalina, que era levada a várias partes do Reino, operando muitos milagres.
JEREMIAS, Santo
Profeta
Profeta
Comemoração de São JEREMIAS profeta que, no tempo de JOAQUIM e de SEDECIAS, reis de Judá, preanunciando a destruição da Cidade Santa e a deportação do povo, sofreu muitas tribulações; por isso a Igreja o considerou como figura de Cristo padecente. Além, disso, profetizou a nova e eterna Aliança que havia de consumar-se em Cristo Jesus, pelo qual o Pai Omnipotente escreveria a sua lei no íntimo do coração dos filhos de Israel, de modo que Ele mesmo fosse o seu Deus e eles fossem o seu povo.
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
JEREMIAS, era natural de Anatot, pequena cidade sacerdotal que ficava a hora e meia de caminho para o Norte de Jerusalém. Nasceu no ano 645 antes de Cristo. Seu pai chamava-se Helcias, como ele mesmo nos diz no prólogo da sua profecia. Divergem os críticos sobre quem seja este HELCIAS; uns querem que seja o Sumo Sacerdote que eficazmente cooperou com JOSIAS na reforma religiosa de Judá. Esta identificação parece pouco provável, visto esse Pontífice ser da família de ELEAZAR, enquanto os sacerdotes de Anatot pertenciam ao ramo de Itomar. Como quer que seja, JEREMIAS devia ter ouvido na sua terra natal, tão próxima de Jerusalém, os clamores contra a idolatria e contra as crueldades de Manassés e de seu filho Amós, rei de Judá. Foi educado pelo pai no respeito à lei e na obediência às leis moisaicas; estudou com particular cuidado as Sagradas Escrituras, os oráculos dos profetas, principalmente Isaías e Miqueias, como se vê dos seus próprios escritos, que reproduzem citações quase textuais. Presenciou os esforços empregados por Josias para restabelecer na sua primitiva pureza a religião moisaica, o que lhe causou profunda impressão e lhe avivou o desejo de contribuir para o ressurgimento do moiseísmo, tão decadente nos seus tempos.
Ainda na juventude, travou estreitas relações com a família de Neerias, filho de Maasias, governador de Jerusalém, no seu tempo e cooperador de Helcias e de Safán nas reformas de Josias. mais tarde, os dois filhos de Neerias, Baruc e Seraías, foram discípulos de JEREMIAS.
Os seus escritos n«mostram-nos que era dotado de acrisolada piedade, duma humildade profunda, muito impressionável, abrasado no amor de Deus e entusiasta pela felicidade da pátria. Piedade e patriotismo; estas duas palavras resumem o seu carácter.
Não era homem para a luta: evitava a ostentação, fugindo de se pôr em evidência; a nota primacial do seu m,odo de ser era o amor, a dedicação. Lutava chorando; as armas de que se servia nos seus combates eram os queixumes, os mais amoráveis.
A sua vida foi uma profecia viva da paixão e morte de jesus Cristo. mas JEREMIAS não foi somente a figura de Jesus Cristo; profetizou explicitamente o nascimento, paixão e morte na ruz do Messias, e o estabelecimento da Igreja pelos Apóstolos.
Santo EPIFÂNIO refere que os fiéis costumavam ir ao seu sepulcro fazer oração, e com o pó que dele recolhiam saravam as mordeduras das áspides.
Em Milão, Itália São RICARDO PAMPÚRI (Hermínio Filipe) que depois de ter exercido generosamente a medicina na vida secular, ingressou na Ordem Hospitaleira de São João de Deus e, passados cerca de dois anos, adormeceu piedosamente no Senhor. (1928)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Foi o décimo de onze filhos do casal Inocêncio Pampúri e Ângela Campani. Nasceu a 2 de Agosto de 1897 em Trivolzio, Itália. No baptismo, administrado no dia seguinte, recebeu os nomes de Hermínio e Filipe.
Tendo perdido a mãe aos treze anos, foi para casa de um tio materno, o Dr. Carlos que vai influir beneficamente no futuro do sobrinho. Este, terminados os estudos secundários, em 1913, matricula-se em medicina na Universidade de Pavia.
Com o envolvimento da Itália na primeira guerra mundial, teve de interromper os estudos para entrar no serviço militar. Em Outubro de 1917, durante o ciclone de Caporetto, deu provas de reconhecida coragem, que foi galardoada com, uma medalha de bronze. tendo regressado à Universidade, No dia 6 de Julho de 1921 laureou-se em medicina e Cirurgia com a classificação máxima.
Foi então, para Morimondo exercer a profissão de médico, que tomou mais como ensejo de apostilado do que meio para ganhar a vida. É que Morimondo a 27 Kms de Milão contava cerca de 1800 habitantes em casas distanciadas, distribuídas por três freguesias, com péssimas vias de comunicação, que o médico tinha de percorrer, muitas vezes de noite, para atender chamados urgentes.
O Dr. HERMÍNIO FILIPE permaneceu neste posto sete anos. Não se contentou com exercer Medicina, mas procurou cooperar em tudo o que podia com os párocos. Fundou a Acção Católica entre os jovens, promoveu turnos de exercícios espirituais, conferências religiosas, a adoração eucarística, o ensino do catecismo e o auxílio às missões.
Em meados de 1927 houve uma surpresa geral no povoado, excepto para aqueles que conheciam o médico de perto. No mês de Julho, o Dr. PAMPURI deixou Morimondo para ir a Milão bater à porta dos religiosos de São JOÃO DE DEUS. Algumas semanas depois , entrou no noviciado que a Ordem tinha em Bréscia. Em Outubro de 1928 fez a
profissão e recebe o nome de Irmão RICARDO. Os superiores encarregaram-no então dê tomar conta dos doentes, entregando-lhe a direcção do gabinete dentário, a que acudiam diariamente operários e gente pobre, devido à tuberculose que o minava.
Mandaram-no para Milão, mas no dia 1 de Maio de 1930,. inesperada e serenamente, faleceu. Contava 33 anos incompletos.
(...) (...)
AAS 63 (1971) 245-7; 70 (1978) 525-9; 74 (1982) 376-9; S. MONDRONE/Sanei ci sono ancora, VI, 297-315.
Andéolo, Santo
No territorio de Viviers, França,