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BENTO, Santo
Patrono da Europa
São BENTO, o patriarca dos monges do Ocidente, é comparado com ABRAÃO, o pai dos crentes, porque Deus o abençoou também com uma posteridade mais numerosa que as areias do mar e as estrelas do céu. Nascido em Núrsia da Úmbria, Itália, pelo ano de 480, de família nobre, consagrou-se aos estudos em Roma; depressa, contudo, abandonou esta cidade por causa da imoralidade reinante entre os seus condiscípulos, e refugiou-se, primeiro em Enfide, aldeia da Sabina, e depois numa caverna existente no vale de Aniene, perto de Subiaco, onde se votou á oração e à penitência. Descrevendo a fecundidade deste retiro, pôde alguém dizer:
«O que de lá saiu pela graça de Deus é maior que a azinheira frondosa originada na semente que lança uma criança à borda do caminho; maior e mais duradouro que tudo o que realizaram o génio e a espada; depois da árvore da cruz, Deus não plantou na terra nada tão magnifico e que tenha produzido tantos frutos. No mundo não havia senão as forças destruidoras. Deus lançou entre os penhascos aquele jovem desconhecido, aquele menino de tudo desprovido, para tomar como esposa e dela gerar uma raça de heróis que a tudo haviam de resistir, tudo venceriam e tudo restaurariam. Aquela gruta era o abrigo da civilização. Tudo se mantinha em germe invisível no interior das rochas de Subiaco. Lá se iria formar o grande Seminário de Cristo, viveiro de Bispos, de papas, de civilizações, de doutores e de mestres do mundo».
A semente de frutos tão prolíficos foi a Regra dos Mosteiros que redigiu São BENTO nas solidões de Subiaco para os 12 mosteiros que ali nasceram à sua volta. Em cada mosteiro colocou 12 monges e um abade, querendo, por assim dizer, reproduzir o colégio dos 12 Apóstolos sob a direcção de Cristo. Nobres romanos, tais Equício e Tertúlia, entregaram-lhe os filhos - santo AMARO e São PLÁCIDO - a quem dedicaria sempre terno e profundo carinho.
Já indicamos o milagre que São BENTO realizou, levando AMARO a salvar PLÁCIDO de morrer afogado. São BENTO atribuiu o prodígio à obediência de AMARO. Este, por sua vez, à ordem do abade, pois ele nem sequer notara ter pisado a água. PLÁCIDO interveio dizendo que, enquanto caminhava pelo rio, via o manto do Padre BENTO debaixo dos pés e parecia-lhe que era o manto que o arrastava para a margem. Assim, observa Bossuet, recordando o milagre, a obediência dá graça para cumprir o que se manda e dá o mandato para que seja eficaz a obediência.
Passara já São BENTO 20 anos de suores nas imediações de Subiaco, quando se viu forçado a abandonar aquele berço da sua infância espiritual, devido às intrigas maquinadas contra ele por clérigos invejosos. Desterrou-se voluntariamente, por amor da paz, seguindo os caminhos de Deus. No meio da planície da Campânia ergue-se a montanha de Cassino; para lá sobe o santo e lá funda o mosteiro que será berço e centro da Ordem Beneditina. Em vez do templo de Apolo e de Júpiter, ,levanta outro em honra de São MARTINHO e São JOÃO. A graça de Deus acompanha-o e dá-lhe o triunfo sobre todas as dificuldades que lhe vêm ao encontro.
São GREGÓRIO pinta-nos São BENTO como imagem de perfeita justiça: «Estava cheio do Espírito de todos os justos». Por isso tinha à sua livre disposição o poder e a sabedoria de Deus. Penetrava no futuro e mudava as forças da natureza.
O mesmo Santo explica ao diácono PEDRO porque fez São BENTO tantos milagres:
«Porque admirar que tivesse o poder divino quem estava iniciado nas intimidades divinas? E como não havia de conhecer os segredos da Divindade, uma vez que observava os seus mandamentos? Pois está escrito: "Quem se une ao Senhor, constitui com Ele um só espirito" (J. Cor, 6, 17). E parece impossível, que é um mesmo espírito com outro, deixar de conhecer os seus pensamentos».
O mesmo São GREGÓRIO nos conta um facto que revela a sabedoria divina de São BENTO:
«À janela invocava a Deus todo-poderoso e, de repente, no meio das trevas viu uma luz que descia do céu e desfazia a noite. Era mais brilhante que o dia mais claro. Nesta visão passou-se uma coisa admirável, porque, segundo ele contava, o mundo inteiro apresentou-se-lhe aos olhos condensado num raio de sol».
Se alguém perguntava a São GREGÓRIO como podia o homem ver o mundo inteiro num só olhar, respondia-lhe o santo Doutor:
«Para uma alma que vê o Criador, toda a criatura é pequeníssima. Diante da luz divina, o que não é Deus torna-se insignificante: pois - como a claridade da visão interior da alma se dilata e eleva dessa maneira em Deus, que chega a ser superior ao universo - vendo na sua elevação o que fica a seus pés compreende a pequenez do que antes não podia abarcar».
Com esta luz, que lhe vinha da união íntima com Deus, explicam-se a sublimidade da regra de São BENTO e a sua influência perene na vida da perfeição da Igreja. A regra de São BENTO, obra de carácter legislativo ainda em vigor passados mais de 1400 anos, é fruto dum espirito romano versado em leis, com talento prático e organizador, mas sobretudo dum santo intimamente unido a Deus.
Inspirado na Sagrada Escritura, nas obras de Santos Padres e Doutores da Igreja e sobretudo na Regra de São BASÍLIO, fez uma adaptação pessoal, uma síntese maravilhosamente acomodada ao espírito ocidental. É a Regra da Vida Cenobitica, quer dizer, vida em comum e não eremítica, para se adquirir a perfeição do Evangelho.
Dois são os gonzos nos quais gira toda a vida comum para S. BENTO: a obediência e o trabalho. A primeira exige do súbdito muita fé e muita humildade; do superior, muita caridade e muita prudência . O trabalho há-de ser espiritual e manual: trabalho interior da alma que se santifica com a oração, a meditação e os louvores divino: trabalho exterior literário ou manual, que obriga rigorosamente o monge. Bossuet chamava à regra de São BENTO «SUMA DO CRISTIANISMO, resumo douto e misterioso de toda a doutrina do Evangelho, das instituições dos Santos Padres, de todos os conselhos de perfeição, na qual atinge o seu mais alto apogeu a prudência e a simplicidade, a humildade e o valor, a severidade, a doçura, liberdade e dependência, na qual a correcção encontra toda a firmeza, a condescendência todo o encanto, a voz de comando todo o vigor, a sujeição todo o repouso, o silêncio a sua gravidade, a palavra a sua graça, a força o seu exercício e a debilidade o seu apoio»
São BENTO morreu pelo ano de 547. Alma pura que, para vencer as seduções da carne, nos anos do seu vigor corporal, sobre espinhos, voou para o seu Criador depois de para si abrir o sepulcro, seis dias antes da morte. Fez que o levassem à Igreja, recebeu os Sacramentos e, encostado aos discípulos, morreu para viver eternamente no céu e na terra.
PIO XII chamou-lhe Pai da Europa; e desta forma o constituiu PAULO VI patrono da Europa em 1964.
OLGA, santa
Foi a primeira cristã que existiu na Rússia. Em 913, desposava o príncipe Igor, grão-duque de Kiev. Tendo este morrido assassinado (945), ela foi regente durante a menoridade de Svistoslav. Em 957, OLGA foi receber o baptismo em Constantinopla. A seu pedido, Otão Magno, imperador da Alemanha, enviou-lhe missionários para a conversão dos Russos, que ainda ofereciam sacrifícios humanos. Todos foram assassinados, menos o chefe, Santo ADALBERTO. Foi São VLADIMIRO, filho de Svistoslav, quem impôs aos Russos o cristianismo como religião do estado (987). OLGA morreu em 969.
PIO I, Santo
Papa
Em Roma, São PIO I , Papa, que sendo irmão do famosos HERMAS autor da obra titulada "O Pastor" governou como um bom pastor, a Igreja durante 15 anos. (15)
MARCIANO, santo
Em Icónio na Licaónia, hoje Kónya na Turquia, São MARCIANO mártir, que no tempo do governador Perénio, suportando muitos tormentos alcançou a palma do martírio. (séc. III)
MARCIANA, Santa
Em Cesareia da Mauritânia, hoje Cherchell, na Argélia, santa MARCIANA virgem, que condenada às feras, consumou o sue martírio. (303)
LEÔNCIO, Santo
Em Bordéus, na Aquitânia, França, São LEÔNCIO bispo celebrado como honra do povo e da cidade e dedicado construtor de templos, restaurador do baptistério e silencioso benfeitor dos pobres. (570)
DROSTANO, Santo
Em Deer, junto ao estuário de Moray, na escócia, São DROSTANO abade, que presidiu a vários mosteiros e finalmente escolheu a via eremítica. (séc. VI)
PLÁCIDO e SIGISBERTO, Santos
Em Disentis, na Récia Superior - hoje Suíça, os santos PLÁCIDO mártir e SIGISBERTO abade; este último foi companheiro de São COLUMBANO e fundou neste lugar o mosteiro de São Martinho, no qual foi o primeiro que coroou a vida monástica com o martírio. (séc. VII)
HIDULFO, Santo
No mosteiro de Moyenmoutier, nos Montes Vosgos - França, Santo HIDULFO bispo de Tréveris que se retirou para a solidão, mas com a afluência dos discípulos, construiu e governou um cenóbio. (707)
ABÚNDIO, Santo
Em Córdova, na Andaluzia - Espanha, santo ABÚNDIO presbitero que durante a perseguição desencadeada pelos mouros, interrogado pelo juiz, confessou intrepidamente a razão da sua fé, o que irritou imediatamente o mouro, que mandou dar-lhe a morte e expor o seu cadáver para ser devorado pelos cães e pelas feras. (854)
BELTRÃO, Beato
No mosteiro de Grand-Selve próximo de Toulouse - França, o beato BELTRÃO abade que, desejando estabelecer uma disciplina regular, agregou o seu mosteiro à Ordem Cisterciense. (1149)
QUETILO, Santo
Em Viborg, na Dinamarca, São QUETILO presbitero e cónego regular que dirigiu com suma inteligência a escola capitular e foi insigne exemplo de vida monástica. (1150)
TOMÁS BENSTEAD e TOMÁS SPROTT, Beatos
Em Lincoln, Inglaterra a comemoração dos beatos TOMÁS BENSTEAD e TOMÁS SPROTT presbíteros e mártires que, no reinado de Isabel I, num dia incerto de Julho de 1600, foram condenados à morte por causa do seu sacerdócio. (1600)
PELÁGIA DE SÃO JOÃO BAPTISTA (Rosália Clotilde Bès), TEOTISTA MARIA (Maria isabel Pélessier), SÃO MARTINHO (Maria Clara Blanc) e SOFIA (Maria Margarida de Barbegie d'Albaréde), Beatas
Em Orange, na Provença - França, as beatas SANTA PELÁGIA DE SÃO JOÃO BAPTISTA (Rosália Clotilde Bés), TEOTISTA MARIA (Maria Isabel Pélissier), SÃO MARTINHO (Maria Clara Blanc) e SANTA SOFIA (Maria Margarida de Barbegie d'Albaréde), virgens e mártires por Cristo durante a revolução francesa. (1794)
ANA AN XINZHI, MARIA AN GUOZHI,
ANA AN JIAOZHI e MARIA AN LIHUA, Santas
Em Liugongyn, Anping no Hebei - China, as santas ANA AN XINZHI, MARIA AN GUOZHI, ANA AN JIAOZHI e MARIA AN LIHUA virgens e mártires que, por recusarem terminantemente passar ao paganismo, foram degoladas durante a perseguição desencadeada pelos sectários "Yiheutan". (1900)