SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉFestividade que se celebra no Domingo a seguir ao Natal
Em 2020 foi no dia 28
Da alocução de PAULO VI, papa, em Nazaré, 5.1.1964:
O exemplo de NAZARÉ
Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho.
Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.
Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a jesus para Se revelar ao mundo.
Aqui tudo fala, tudo tem sentido.
Aqui nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discipulo dc Cristo.
Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a este humilde e sublime escola de Nazaré !
Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas !
Mas estamos aqui apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o estudo , nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. No entanto, não partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves lições de Nazaré.
Em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito, tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo. Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento e interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê.
Uma lição da vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu carácter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.
(..-.)
Ver mais sobre a SAGRADA FAMÍLIA no livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial AO de Braga
Apóstolo
Vinte anos teria, quando muito, ao ser chamado por Jesus. Foi, sem dúvida, o mais novo dos discípulos e com menos que o Mestre uma boa dúzia de anos. Ribeirinho do lao de Tiberíades, nem o seu género de vida como pescador;
nem aquela fogosidade juvenil que lhe mereceu o título de Boanerges (filho do trovão), partilhado com seu irmão TIAGO o Maior;
nem a sua actividade apostólica nos tempos heroicos da primitiva Igreja palestinense;
nem a sua longevidade quase centenária, que supõe constituição corpórea vigorosa;
nem a intrepidez com que defendeu - diante dos gnósticos, chamando-lhes «anticristos» - a verdadeira fé em Jesus Deus-homem;
nem a densidade sublime da sua teologia e da sua mística, baseadas, no entanto, na realidade histórica;
nada disso autoriza essa figura de jovenzinho brando- quase feminino, se não enfermiço - tantas vezes representada por uma arte iconográfica que parece ignorar os dados bíblicos.
Se JOÃO foi «o discípulo que Jesus amava» e o mais jovem dos apóstolos, foi também o pescador robusto e vigoroso, moço equilibrado e sereno que respeitosamente sabe manter-se em segundo lugar quando acompanha PEDRO;
o homem varonil a quem Jesus confia vitaliciamente a sua própria mãe como herança;
o teólogo que, sem perder o contacto com a terra, sabe elevar-se a tais cumes teológicos, como nenhum outro escritor neotestamentário, nem sequer São PAULO.
Tudo isso supõe personalidade riquíssima em qualidades humanas, e uma entrega interna e externa, total e decisiva, ao amor e ao serviço do Mestre.
Conhecem-se dois períodos na sua vida, separados por longo silêncio de quase meio século. Os pormenores do primeiro ficaram registados no Novo Testamento; os do segundo, na mais estrita e depurada tradução contemporânea. Entre um e outro, a falta de dados durante esse prolongado silêncio.
A respeito da primeira época, sabemos que JOÃO era de Betsaida, nas margens do lago, terra também de PEDRO. Teve como pais ZEBEDEU e SALOMÉ (irmã de São JOSÉ). Os filhos deste matrimónio, TIAGO e JOÃO, foram pescadores como o pai, mas não de condição precária, pois tinham ao seu serviço jornaleiros, possuíam barco próprio, pescavam com o copo ligado a extensa rede varredora, e a mãe deles era uma daquelas piedosas mulheres que valiam com os seus bens às necessidades materiais do Mestre.
JOÃO, o irmão TIAGO e o amigo PEDRO formavam o grupo predilecto de Jesus. Os três foram testemunhas directas da ressurreição da filha de JAIRO, da Transfiguração de Jesus no Tabor e da sua agonia no Getsémani.
Jesus teve tal predilecção por JOÃO que este assinalava-se como «o discípulo que Jesus amava». Na noite da Ceia reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre e foi o único discípulo que esteve ao pé da cruz; e a ele Jesus agonizante deixou a sua Mãe entregue.
A amizade de JOÃO com PEDRO foi de sempre. Conterrâneos e companheiros de pesca, foram ambos encarregados por Jesus de preparar a última Ceia Pascal. Também foi sem dúvida JOÃO quem introduziu PEDRO na casa do sumo sacerdote, durante a noite da Paixão. E na manhã da ressurreição verificam, ambos juntos, que o sepulcro está vazio. Juntos aparecem também na cura do paralítico por PEDRO, na prisão e no julgamento sofrido diante do sinédrio; e na Samaria, para onde se dirigem em nome dos Doze, a fim de invocarem lá, sobre os já crentes, o Espírito Santo. E quando São PAULO aí pelo ano de 49, volta a Jerusalém no fim da primeira experiência missionária, encontra lá PEDRO e JOÃO, aos quais qualifica de «colunas» da Igreja.
O segundo período da sua vida coincide com o último decénio do primeiro século da nossa era, pouco mais ou menos. JOÃO é nessa altura o oráculo dos cristãos da província romana da Ásia, quer dizer, do litoral Egeu e de parte da terra interior da actual Turquia. O centro da sua actividade apostólica mantém-se continuamente em Éfeso.
(...)
Dada a extensão desta Biografia sobre JOÃO EVANGELISTA e também o APOCALIPSE que ele escreveu, convido os meus leitores a procurarem a sua leitura, no livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial AO de Braga.
Em Roma, onde nasceu e faleceu no ano de 399 Santa FABÍOLA. O seu principal título de glória foi compadecer-se dos doentes abandonados e fundar em Óstia, junbto de Roma, um grande hospital em que eles eram tratados gratiuitamente. Foi a primeira fundação do género existente na Europa. esta fundação é «uma das datas mais altas na his´tória da civilização ocidental» escreve o hisytoriador Camilo Julian.
(...)
Ver mais sobre Santa FABÍOLA, no livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial AO de Braga.
TEODORO e TEÓFENES, Santos
Estes dois irmãos palestinenses, ambos monges e ambos poetas, sofreram tormentos atrozes em Constantinopla, por terem permanecido fiéis ao culto das imagens. TEODORO morreu na prisão em consequência dos ferimentos que recebeu. TEÓFANES, posto em liberdade, foi arcebispo de Niceia e sobreviveu 4 anos ao irmão.
ALFREDO PARTE SÁIZ, Beato
Em Santander - Cantábria, Espanha, o beato ALFREDO PARTE SÁIZ presbitero da Ordem dos Clérigos Regrantes das Escolas Pias e mártir (1936)
JOSÉ MARIA CORBIN FERRER, Beato