Festa de Santa CATARINA DE SENA virgem e doutora da Igreja quem, tendo tomado o hábito das Irmãs da Penitência de São Domingos, procurou conhecer a Deus em si mesma e a si mesma em Deus e configurar-se a Cristo crucificado. Trabalhou vigorosa e incansavelmente pela paz, pelo regresso do Pontífice Romano à sua cidade de Roma e pelo restabelecimento da unidade da Igreja, e escreveu excelentes obras de doutrina espiritual. (1380)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:
LAPA a 25 de Março de 1347, deu à luz duas gémeas. estava no seu vigésimo quarto parto. Uma destas gémeas morreu logo ou quase; a sobrevivente foi chamada CATARINA, o que significa «branca». Seu pai, modesto tintureiro do bairro de Fontebranda, escolheu para a última filha o nome da cor branca, símbolo da pureza. CATARINA, na verdade, cresceu pura como açucena, e com uma açucena na mão a retrataram os primeiros pintores senenses.
Aos seis anos teve a primeira visão de Jesus que a incitava a segui-Lo. Aos sete diante de Nossa Senhora, desposou-se misticamente com Ele.
Aos doze, já os pais pensavam em casá-la com um jovem de Sena, segundo o uso daqueles tempos, quando se pode dizer que as mulheres nem conheciam a meninice. CATARINA, como resposta aos projectos, cortou o cabelo e cobriu a cabeça com um véu branco. LAPA tirou-lho violentamente dizendo: «Os cabelos tornarão a crescer e depressa te casarás» CATARINA aceitou a perseguição familiar como prova; e resistiu. Uma noite, em sonho, São DOMINGOS disse-lhe que ela vestiria o hábito branco e preto das chamadas "Manteladas". Na manhã seguinte, anunciou aos pais a sua decisão firme. O pai inclinou a cabeça: tinha visto uma pomba branca voar sobre a cabeça da sua branca filha. LAPA calou-se.
Assim pôde CATARINA vestir o hábito das "Manteladas": túnica branca, cinto de couro, manto negro e véu branco. Então Jesus tornou-lhe a aparecer, mas na cruz, vertendo sangue. Desde aquele dia, a cor branca cedeu o lugar à vermelha do sangue divino-. Celebrou na Cruz os misticos desposórios com Cristo vítima, prometendo dedicar a vida à conversão dos pecadores e à reforma não da Igreja, mas daqueles que formavam a Igreja visível, desde a cabeça, - isto é, do Papa, a quem ela chamava " o doce Cristo na terra" - até aos poderosos, até ao mais humilde cristão, todos responsáveis pelos sofrimentos de Jesus.
Dedicou-se às obras de misericórdia, servindo nos hospitais dos leprosos; e procurou estabelecer a paz entre as famílias discordes da cidade.
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A morte da Santa não decorreu tão serenamente. A última palavra que disse foi: «Sangue, sangue, sangue». Sangue do Redentor, que tornava mais branca ainda a alma de CATARINA. Era a 29 de Abril de 1380. CATARINA tinha apenas 33 anos; a mesma idade de seu Esposo no Calvário.
Foi proclamada Santa 80 anos depois, por PIO II. PIO XI, em 1939, deu à Itália por protectora CATARINA DE SENA, juntamente com São FRANCISCO DE ASSIS, a mulher forte ao lado do homem caritativo. E, a 4 de Outubro de 1980, PAULO VI proclamou-a Doutora da Igreja; uma semana antes fizera o mesmo com Santa TERESA DE JESUS. Precedentemente não havia na Igreja senão Doutores, não Doutoras. Em 1997, veio juntar-se-lhes Santa TERESA DO MENINO JESUS, proclamada Doutora da Igreja pelo papa JOÃO PAULO II.