sábado, 29 de junho de 2019

FOI HÁ 10 ANOS O ENCERRAMENTO DO ANO PAULINO - 29 DE JUNHO DE 2019

Caros amigos da Comunidade de São Paulo do Viso.

Hoje dia de São PEDRO e SÃO PAULO, decorrem exactamente 10 anos sobre o Encerramento do ANO PAULINO na nossa Comunidade.

De facto, embora oficialmente o dia fosse o de hoje (29) as Cerimónias deste Encerramento efectuaram-se no sábado dia 27 de Junho de 2009. porque  o dia era na Segunda-feira. 

Assim fui ao arquivo do meu blogue e recolhi a Mini-reportagem que eu próprio fiz para assinalar a data.
É pois com grande satisfação que passo a transcrevê-la, a fim  de que o aniversário dos  10 anos não passe em branco.

Eis pois a  referida reportagem:

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Igreja Jubilar
Comunidade de S. Paulo do Viso



Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso





Procissão de Acólitos, em que seguiram as paróquias do Ameal, Paranhos e Senhora do Porto






Parte de escuteiros e povo das paróquias acima indicadas, na procissão





Parte da assistência antes da chegada do
Senhor Bispo do Porto, D. Manuel Clemente





Mais outro ângulo




Mais outro






E outro   





Início do Cântico de Entrada





Início da celebração





Imagem de S. Paulo e parte do coro


27 de Junho de 2009


A partir das 15 horas, começaram a concentrar-se nos arruamentos circundantes da Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso, mais precisamente no cruzamento das ruas Padre Francisco Rangel e D. João de Azevedo, centenas de pessoas (que rapidamente chegaram a cerca de um milhar e meio ou dois milhares de pessoas), representando as 26 paróquias inseridas actualmente nas 1ª e 2ª Vigararias da Região Pastoral - Porto Cidade e que são por ordem alfabética, 
Aldoar, Ameal, Antas, Areosa, Azevedo, Bonfim, Campanhã, Carvalhido, Cedofeita, Cristo-Rei, Foz do Douro, Lordelo do Ouro, Miragaia, Nossa Senhora da Ajuda, Nevogilde, Paranhos, Ramalde, Santíssimo Sacramento, Santo Ildefonso, São Nicolau, Sé, Senhora da Boavista, Senhora do Calvário, Senhora da Conceição, Senhora do Porto e Vitória.
E muitas delas vieram em procissão, nomeadamente as do Ameal, Paranhos e Senhora do Porto (onde se integraram acólitos, escuteiros, pessoas com as mais diversas actividades nas suas paróquias e comunidades e povo anónimo). Outras deslocaram-se em diversos meios de locomoção, como viaturas próprias ou transportes públicos, como autocarros e metro, mas todos vieram em Peregrinação para celebrar condignamente o encerramento do Ano Paulino comemorativo dos 2000 anos sobre o nascimento de Paulo, o Apóstolo das Gentes.
Logo após a chegada do Senhor Bispo, foi feita a apresentação de todas as paróquias (de 4 em quatro), e nos intervalos, o coro e todos os presentes cantavam

 "Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim"

Esteve presente o vário clero das paróquias acima citadas, com os respectivos Párocos e Diáconos nesta celebração que foi presidida pelo Bispo do Porto, D. Manuel Clemente que na Homilia deixou bem expresso o sentimento manifestado por Paulo não só na sua pregação durante as várias viagens que fez, mas que também deixou escrito nas Cartas aos Romanos, ao Coríntios, aos Efésios, aos Gálatas, aos Colossenses, aos Tessalonicenses, aos Filipenses, a Timóteo, a Tito, e nos Actos dos Apóstolos. Finalmente apelou para todos que se redobrem esforços para não esquecer a mensagem que nos é dada por Paulo e que estejamos prontos para a Missão 2010.
No final desta homilia, foi cantado o
 "IDE POR TODO O MUNDO
em uníssono por toda a Assembleia presente.


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NOTA:

Como vêem  resolvi publicar algumas fotos sobre o acontecimento para recordar.

António Fonseca

Nº 3 8 8 4 - Série de 2019 - (180) - "IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA" - SANTOS DE CADA DIA - 29 DE JUNHO DE 2019 "DIA DE SÃO PEDRO" - Nº 234 - DO 12º ANO,

Caros Amigos



Desejo que este Ano de 2019 traga tudo de Bom para toda a Humanidade.
As minhas melhores Saudações de
Amizade e Gratidão
para todos os leitores e/ou simples Visitantes que queiram passar os olhos por este Blogue

~







Nº  3 8 8 4


Série - 2019 - (nº  1  8  0)


29 de JUNHO de 2019


SANTOS DE CADA DIA

Nº  2 3 4

12º   A N O



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos


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IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA


        

    


Celebra-se esta festa no Sábado a seguir à 
Festa do CORAÇÃO DE JESUS  


A devoção ao IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA não é nova na Igreja; tem as suas raizes profundas no Evangelho, que repetidamente chama a nossa atenção para o Coração da Mãe de Deus, qual tesouro dos divinos mistérios da Redenção (Lc 2, 19, 51), nos mostra o seu amor e a sua gratidão para com Deus (Lc 1, 46 ss.), a sua compaixão e solicitude para com o próximo (Jo 2, 3 ss.), o seu martírio associado à Paixão do Redentor (Jo 19, 15 ss.); a sua Imaculada pureza, a sua fé, a sua humildade, todas as suas virtudes (Lc 1, 28 ss., 45; Mt 1, 22 ss.).
Esta mina preciosa foi explorada pelos Santos Padres e seria fácil aduzir  numerosos passos em que eles celebram eloquentemente o Coração da Mãe de Deus, as suas prerrogativas e santidade incomparáveis.
Mais tarde, entre os grandes Místicos da Idade Média e depois entre os Santos, Teólogos e Ascetas dos séculos seguintes, não faltam insignes devotos do Coração de Maria, como do Coração de Jesus.
Mas o culto litúrgico, que devia tornar a sua devoção património comum dos fiéis, começa com São JOÃO EUDES (1601-1680), o qual 
«movido do grande amor que o inflamava, para com os Corações de Jesus e Maria, foi o primeiro que, não sem divina inspiração, pensou em tributar-lhes culto litúrgico. da qual dulcíssima devoção deve considerar-se pai... doutor... e apóstolo».
O santo, já em 1643, vinte anos antes de celebrar a festa do Coração de Jesus, celebrava com os seus religiosos a do Coração de Maria. Esta tornou-se pública em 1648, entrando assim na liturgia comum.
A partir daquela data, muitos Bispos autorizaram nas próprias dioceses o culto do Coração de Maria e os Sumos Pontifices concederam aprovação e favores a  confrarias e a diversas práticas de piedade em sua honra. Os dois actos mais importantes da santa Sé em favor do IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA, forma a disposição de PIO VIII (1805) de que a festa se pudesse conceder às Dioceses e Institutos Religiosos que a pedissem, e a Missa e Ofício próprios aprovados por PIO IX (1855), mas unicamente pro aliquibus locis (para algumas localidades).

Entretanto, a devoção continua a propagar-se, como o prova o número sempre crescente de Institutos religiosos que tomaram o nome de Coração de Maria (uns vinte no século XIX); assim, pode-se dizer que, depois da devoção ao Coração de Jesus, conquistou posto relevante na piedade dos fiéis. Foi sobretudo a partir das Aparições de Fátima que se divulgou pelo mundo a devoção ao IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA, pois, como escreveu o cardeal Dom MANUEL GONÇALVES CEREJEIRA, 

«a missão especial de Fátima é a difusão no mundo do culto ao IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA. À medida que a perspectiva do tempo nos permitir julgar melhor os acontecimentos de que fomos testemunhas, estou certo que melhor se verá que Fátima será, para o culto do Coração de Maria, o que Paray-Le-Monial foi para o culto do Coração de Jesus (8-9-1946)».
E a 30 de maio de 1948, disse o mesmo Prelado no Congresso Mariano de Madrid
«Qual é precisamente a mensagem de Fátima? Creio que poderá resumir-se nestes termos: a manifestação do Coração Imaculado de Maria ao mundo actual, para o salvar».
Deus bondoso e paternal, vem sempre em socorro da pobre humanidade, e a cada época oferece um meio especial para que ela obtenha o perdão dos próprios delitos, se evada aos castigos da sua justiça e alcance as suas graças. Para os nosso tempos esse meio especial é, segundo as revelações de Fátima, o IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA.
Os desígnios misericordiosos de Deus começaram a manifestar-se nas aparições de Junho e sobretudo de Julho de 1917, na Cova da Iria e tiveram o seu magnifico epílogo em Espanha, nas visões de 1925 e 1926 em Pontevedra em 1927 e 1929 em Tuy.

Em Fátima. no dia 13 de Junho, manifesta-se o Coração de Maria circundado de espinhos, pedindo reparação, enquanto a Senhora pronuncia estas palavras: 

«Jesus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu IMACULADO CORAÇÃO».
Na aparição seguinte, os destinos do mundo e das almas aparecem dependentes do Coração Imaculado de Maria.

«Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar, mas, se não deixarem de ofender a Deus... começará outra pior. Quando virdes uma noite alumiada por numa luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo de seus crimes por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao santo Padre. Para a impedir., virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos primeiros sábados. se atenderem a meus pedidos, a Rússia converter-se-á e terão paz: senão, espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja; os bons serão martirizados; o Santo padre terá muito que sofrer; várias nações do mundo serão aniquiladas. Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará. O santo Padre consagrar-me-á à Rússia que se converterá e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal conservar-se-á sempre o Dogma da Fé, etc., ».


Tudo quanto Nossa Senhora predisse nesta aparição, realizou-se anos mais tarde, como adiante veremos:


Para bem da terra, mostra-se o Céu empenhado na difusão do culto ao Imaculado Coração de Maria.


Deus quer:  Dizia Nossa Senhora aos pastorinhos na 3ª aparição

«Vistes o inferno para onde vão as almas dos pobres pecadores. para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração». ~
A JACINTA repetia à LÚCIA
«Já falta pouco para ir para o Céu. Tu ficas cá para dizeres que Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria».
Jesus quer também:  
«Jesus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração» (Aparição de Junho). 
A JACINTA recomendava a LÚCIA
«Diz a toda a gente... que o Coração de Jesus quer que, a seu lado, se venere o Coração Imaculado de Maria».
Tudo isto o temos profeticamente entrevisto nas palavras de despedida da JACINTA à sua prima LÚCIA, que encerram o que há de mais +íntimo na mensagem de Fátima.
«Já falta pouco para ir para o céu. Tu ficas cá para dizeres que Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria. Quando fores para dizer isso, não te escondas. Diz a toda a gente que Deus nos concede as graças por meio do Coração Imaculado de Maria, que lhas peçam a Ela, que o Coração de Jesus quer que, a seu lado, se venere no Coração Imaculado de Maria, que peçam a paz ao Coração Imaculado de Maria, que Deus lha entregou a Ela. Se eu pudesse meter no coração de toda a gente o lume que tenho cá dentro do peito a queimar-me e fazer-me gostar tanto do Coração de Jesus e do Coração de Maria!».

Temos aqui cinco afirmações de grande alcance:


1. «Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria.


2. LÚCIA é encarregada de o dizer.


3. Deus concede todas as graças por meio do Imaculado Coração de Maria.


4. O Coração de Jesus quer que a seu lado se venere o Coração de sua Mãe.


5. É no Coração de Maria que está a paz do mundo».



Podemos sintetizar desta forma as grandes graças que Deus concederá ao mundo por meio do Coração de Maria:


1. Salvação das almas


Disse Nossa Senhora na aparição de 13 de Junho:


«A quem abraçar esta devoção prometo a salvação e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por mim a adornar o seu trono».

E na aparição de Julho
«Para salvar as almas. Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração Se fizerem o que eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas».
Aos que praticarem a devoção dos primeiros sábados, promete Nossa Senhora 
«assistir-lhes na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação».

2.  Refúgio 

 São para todos os devotos do Imaculado Coração de Maria as palavras que Nossa Senhora dirigiu a LÚCIA
«O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus».

3. Todas as graças


 Diversas vezes, na mensagem de Fátima, aparece-nos Nossa Senhora como Medianeira Universal. Vemo-lo de modo particular  nestas palavras, atrás citadas, da despedida de JACINTA à sua prima LÚCIA
«Diz a toda a gente que Deus nos  concede as graças por meio da Imaculado Coração de Maria, que lhas peçam a Ela».

4. A paz


Nas aparições de 13 de Maio, 13 de Julho e 13 de Setembro manda Nossa Senhora rezar o terço para alcançar a Paz. Em Julho diz também: 
«Se fizerem o que eu vos disser, terão paz». 
A JACINTA diz a LÚCIA que temos de pedir a paz ao Imaculado Coração de Maria, pois «Deus lha entregou a Ela».

5. Conversão da Rússia


Outro grande dom de Deus ao mundo por meio do Coração Imaculado de Maria. Escutemos a descrição da deslumbrante aparição em que é referida a conversão dessa grande nação;

A 13 de Junho de 1929, na capela do convento das religiosas Doroteias, em Tuy, numa Hora Santa das 11 para a meia-noite, cumpriu-se a promessa feita por Nossa Senhora no dia 13 de Julho, em Fátima

«Virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração». 
A vidente LÚCIA encontrava-se em oração:
«A única luz era a da lâmpada. De repente, iluminou-se toda a capela com uma luz sobrenatural e sobre o altar apareceu numa Cruz de luz que chega até ao tecto. Em uma luz mais clara, via-se na parte superior da Cruz uma face de homem, com o corpo até à cinta (Pai); sobre o peito uma pomba também de luz (Espírito Santo); e pregado na Cruz, o corpo de outro homem (Filho).
Um pouco abaixo da cinta, suspenso no ar, via-se um cálix e uma hóstia grande sobre a qual caíam algumas gotas de sangue que corriam pelas faces do Crucificado e de uma ferida do peito. escorrendo pela hóstia, essas gotas caíam dentro do Cálix. Sob o braço direito da Cruz estava Nossa Senhora (... era Nossa Senhora de Fátima com seu Imaculado Coração... na mão esquerda... sem espada nem rosas, mas com uma coroa de espinhos em chamas...) com seu Imaculado Coração na mão... Sob o braço esquerdo (da Cruz), umas letras grandes, como se fossem de água cristalina que corressem para cima do altar, formavam estas palavras: "Graça e Misericórdia".
Compreendi que me era mostrado o mistério da Santíssima Trindade, e recebi luzes sobre este mistério que me não é permitido revelar.
Depois Nossa Senhora disse-me:
"É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do mundo, a consagração da Rússia ao meu Coração, prometendo salvá-la por este meio».

Esta deslumbrante manifestação, fecho de abóbada das aparições de Fátima, mostra-nos Maria, como Co-Redentora e Medianeira da graça, ao lado do sacrifício da Cruz, renovado no altar.
Afirma o papa PIO XI na encíclica Miserentissimus Redemptor que a Consagração e Reparação são as duas práticas fundamentais  da devoção ao Coração de Jesus. O mesmo se pode aplicar ao Coração Imaculado de Maria.


Consagração. A consagração é o ápice de todos os actos de culto, pois consiste no reconhecimento do poder, grandeza, mérito e bondade de alguém, com a consequente submissão, dedicação e entrega essa pessoa. Na devoção ao Imaculado Coração de Maria significa um acto de fé no amor e reconhecimento da transcendência de Maria na obra da salvação e na consciente entrega confiante a essa Mãe e Rainha.
Nossa Senhora em Fátima pediu a Consagração - feita pelo papa e pelos bispos em união com ele - do mundo e particularmente da Rússia.
Os Vigários de Cristo escutaram estes apelos.

PIO XII, na solene conclusão das Bodas de Prata das Aparições de Fátima, em radio mensagem dirigida a Portugal, consagrou o mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria e na festa seguinte da Imaculada Conceição, 8 de Dezembro de 1942, renovou esse acto na Basilica de São Pedro no Vaticano com estas expressivas palavras:

«A Vós, ao Vosso Coração Imaculado, nesta hora trágica da história humana confiamos, entregamos, consagramos não só a Santa Igreja mas também todo o mundo».


A Rússia, para a qual neste acto de consagração havia um  pedido de especial protecção, foi consagrada dez anos mais tarde, a 7 de Julho de 1952:

«Nós - para mais facilmente serem ouvidas as nossas e as vossas fervorosas preces e para darmos esta singular prova da Nossa benevolência - assim como há alguns anos consagramos todo o género humano ao Coração Imaculado da Virgem Mãe de Deus, assim também agora, de modo especialíssimo dedicamos e consagramos todos os povos da Rússia ao mesmo Coração Imaculado»

Querendo PIO XII todo o mundo entregue ao Imaculado Coração de Maria várias vezes estimulou as Dioceses, paróquias e sobretudo as famílias a imitarem o seu exemplo:


«Desejamos que, sempre que as circunstâncias o aconselharem, se faça esta consagração (ao Imaculado Coração de Maria) tanto nas Dioceses como em cada uma das Paróquias e nas famílias. temos confiança que desta Consagração particular e pública brotarão abundantes frutos e favores celestes» (Enc. Auspicia Quaedam, 1 de maio de 1948).
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«Que todas as famílias cristãs se consagrem ao Coração Imaculado de Maria. Tal acto de fé será, para os esposos, precioso auxilio espiritual no cumprimento dos deveres de castidade e fidelidade conjugal; manterá na sua pureza o ambiente no lar em que crescem os filhos; mais ainda, fará da família, amparada pela devoção mariana, célula viva para a transformação social e para a conquista apostólica» (Enc. La Pélerinage de Lourdes, 2 de Julho de 1957).

No seu breve pontificado, várias vezes se referiu JOÃO XXIII à Consagração ao Coração de Maria feita por PIO XII e à «Consagração da Nação Portuguesa ao Imaculado Coração de Maria» (13-9-1959).

PAULO VI, na clausura da 3ª sessão do Concilio Vaticano II, a 21 de Novembro de 1964, na presença do Episcopado do mundo inteiro, pronunciou estas palavras:

«O nosso olhar abre-se para os horizontes sem fim do mundo inteiro, objecto das atenções mais vivas do Concilio Ecuménico e que o nosso predecessor PIO XII, de veneranda memória, não sem inspiração do alto, solenemente consagrou ao Coração Imaculado de Maria. Esse acto de consagração julgamos oportuno recordá-lo hoje de modo particular... Ao teu Coração Imaculado, Ó Maria, recomendamos finalmente o género humano inteiro».

Na Exortação «Signum Magnum», publicada no dia da sua visita a Fátima, 13 de maio de 1967, emite estes votos:

«Exortamos todos os filhos da Igreja a renovar pessoalmente a sua própria consagração ao Coração Imaculado da Mãe da Igreja e a viver este nobilíssimo acto de culto com uma vida cada vez mais conforme à vontade divina, e em espírito de serviço filial e de devota imitação da sua Celeste Rainha».

JOÃO PAULO II, o papa de Maria (Totus tuus, todo teu, ó Maria), consagrou-lhe a santa Igreja e cada uma das nações por onde peregrinou. Em Fátima, a 13 de maio de 1982, e em Roma, a 16 de Outubro de 1983, com os Padres Sinodais presentes na canonização do capuchinho São LEOPOLDO, e sobretudo a 25 de março de 1984, diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima da capelinha das Aparições, consagrou-lhe o mundo inteiro.

«Estou aqui, unido com todos os pastores da Igreja por aquele vínculo particular, pelo qual constituímos um corpo e um colégio... No vínculo desta unidade, pronuncio as palavras deste Acto, no qual desejo incluir, uma vez mais, as esperanças e as angústias da Igreja no mundo contemporâneo».

Quanto à consagração da Rússia, pedida por Nossa Senhora, os diversos papas nunca a esqueceram.

A 31 de Dezembro de 1942, o papa PIO XII consagrou o mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria, com um pedido de especial protecção para a Rússia e dez anos mais tarde fez a consagração explicita só da Rússia ao mesmo Imaculado Coração, como atrás ficou expresso.
Estava feita pelo santo padre a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria. Para se cumprirem inteiramente os desejos de Nossa Senhora, faltava que «todos os Bispos do mundo» a fizessem também «em união» com ele.
Isto procurou realizá-lo o santo padre JOÃO PAULO II.

Nas consagrações proferidas em Fátima e em Roma, depois de dizer:

«estamos aqui unidos com todos os pastores da Igreja por um vínculo particular pelo qual constituímos um só corpo e um só colégio», proferiu estas palavras: 

«De modo especial Vos entregamos e consagramos aqueles homens e aquelas nações que desta entrega e desta consagração têm especial necessidade».

A 8 de dezembro de 1983 dirigiu a todos os Bispos do mundo uma carta, na qual pedia que fizessem em união com  ele a consagração no dia 24 ou 25 de março

«Ficarei muito grato se nesse dia 24 de março ou então no dia 25 quiserdes renovar este acto juntamente comigo».

O Santo Padre fez o acto de consagração no domingo, dia 25 de Março, diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima da capelinha das Aparições, ida propositadamente a Roma. Ao texto oficial impresso acrescentou espontaneamente esta frase: 

«Ilumina, de modo especial, os povos em relação aos quais aguardas que a Ti os consagremos».


Reparação.  Tem-se escrito que o ponto característico e mais «novo» das aparições do Coração de Jesus a Santa MARGARIDA MARIA em Paray-le-Monial é a Reparação. O mesmo se poderia afirmar acerca da mensagem de Fátima: uma das suas notas distintas é a reparação ao Coração de Maria. Até Fátima, era costume representar o Coração de Nossa Senhora cercado de rosas. Em Fátima aparece circundado de espinhos, que ferem e magoam. São os nossos pecados, blasfémias e ingratidões.

Logo na segunda Aparição viram os pastorinhos o Coração de Maria «cercado de espinhos que parecia estarem-lhe cravados. «Compreendemos - escreve LÚCIA - que era o Imaculado Coração de Maria ultrajado pelos pecados da humanidade que queria Reparação».
Na aparição seguinte, anuncia a Mãe de Deus que virá mais tarde pedir a «Comunhão Reparadora dos primeiros sábados» e ensina-lhes este oferecimento, que hão-de repetir muitas vezes, sobretudo quando fizerem algum sacrifico: 

«Ó Jesus, é por vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria».

Este carácter reparador aparece sobretudo nas aparições de Pontevedra e Tuy. A
A 10 de Dezembro de 1925, estando a vidente LÚCIA na primeira destas cidades - é ela própria que escreve em terceira pessoa - , apareceu-lhe a Santíssima Virgem e, e ao lado, suspenso em uma nuvem luminosa, um Menino. A Santíssima Virgem, pondo-lhe a mão no ombro, mostrou-lhe ao mesmo tempo um Coração que tinha na outra mão, cercado de espinhos. Ao mesmo tempo, disse o Menino:

«Tem pena do coração de tua Santíssima Mãe, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfémias e ingratidões. Tu ao menos, procura consolar-me, e diz que todos aqueles que durante cinco meses no primeiro sábado se confessarem, receberem a sagrada comunhão, rezarem um terço e me fizerem cinco minutos de companhia, meditando nos 15 mistérios do Rosário com o fim de me desagravar, Eu prometo assistir-lhes na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação essas almas».

Cumpriu-se o que Nossa Senhora tinha dito na aparição de 13 de Julho em Fátima
«Virei pedir a devoção reparadora dos primeiros sábados».
A 15 de Fevereiro de 1926 e a 17 de Dezembro de 1927 é o próprio Jesus que insiste para que se estabeleça e propague esta devoção.
Perguntou o padre JOSÉ BERNARDO GONÇALVES um dos Directores espirituais da irmã LÚCIA porque haviam de ser 5 e não 9 ou 7 os Primeiros Sábados. A vidente respondeu: 

«Ficando na capela, com Nosso Senhor, parte da noite do dia 29 para 30 deste mês de maio, 1920, e falando a Nosso Senhor das perguntas 4 e 5, senti-me de repente possuída de mais intimidade da divina presença: e, se me não engano, foi-me revelado o seguinte

«Minha filha, o motivo é simples: são cinco as espécies de ofensas e blasfémias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria:

1. - As blasfémias contra a Imaculada Conceição.

2. - Contra a sua Virgindade.
3. - Contra a maternidade Divina, recusando ao mesmo tempo recebê-la como Mãe dos homens.
4. - Os que procuram infundir nos corações das crianças, a indiferença, o desprezo e até o ódio para com esta Imaculada Mãe.
5. - Os que a ultrajam directamente nas suas sagradas imagens.

Eis, minha filha, o motivo pelo qual o Imaculado Coração de Maria Me levou a pedir esta pequena reparação: e de, em atenção a ela, mover a minha  misericórdia ao perdão para com essas almas que tivera m a desgraça de A ofender».


Tal é a transcendência desta devoção que a Vidente de Fátima pôde escrever:


«Da prática da devoção dos Primeiros Sábados unida à consagração ao Imaculado Coração de Maria depende a guerra ou a paz do mundo; por isso eu desejo tanto a sua propagação e sobretudo por ser essa vontade do nosso Bom Deus e da nossa tão querida Mãe do Céu» (19-3-1939).


A devoção reparadora dos cinco primeiros sábados foi aprovada e tornada pública pelo bispo de Leiria, Dom JOSÉ ALVES CORREIA DA SILVA, na peregrinação de 13 de Setembro de 1939, treze dias depois de  começada a segunda guerra mundial, que teve início no dia 1 de setembro desde ano.



PEDRO, Princípe dos Apóstolos, Santo

 

Solenidade de São PEDRO e São PAULO, Apóstolos. SIMÃO, filho de Jonas e irmão de ANDRÉ, foi o primeiro entre os discípulos a confessar que Jesus era Cristo, Filho de Deus vivo, por quem foi chamado PEDRO. PAULO, o Apóstolo dos gentios, pregou Cristo crucificado aos Judeus e aos Gregos-. Ambos, na fé e no amor de Jesus Cristo, anunciaram o Evangelho na cidade de Roma e morreram mártires no tempo do imperador Nero. PEDRO, segundo a tradição, foi crucificado de cabeça para baixo e sepultado no Vaticano, junto à Via Triunfal. PAULO morreu ao fio da espada e foi sepultado junto à Via ostiense. O triunfo dos dois Apóstolos é celebrado neste dia com igual honra e veneração em todo o orbe da terra.


Do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O,. de Braga:


São PEDRO foi Principe dos Apóstolos, cabeça visível da Igreja de Jesus Cristo, coluna imóvel da Fé, vigário de Jesus Cristo na terra, cimento - diz Santo AGOSTINHO -  sobre que se fundou e sobre que assenta a Santa Igreja.
Chamava-se SIMÃO antes de subir ao apostolado. Era de Betsaida, povoação na Galileia, nas margens do lago de Genesaré, filho de Jonas ou João, de condição muito obscura, pescador de mister, mas homem de muita bondade. Não se sabe ao certo o ano em que nasceu. Tendo casado em Cafarnaum, o porto mais célebre daquele Lago, chamado em todo o país o Mar de Tiberíades, aí residia em companhia do irmão, ANDRÉ. Era este discípulo de BAPTISTA, e tendo visto a Jesus, de quem ouvira dizer a seu mestre que era o verdadeiro Messias, deu esta notícia ao irmão SIMÃO, dizendo-lhe: «Vi o Messias». SIMÃO que era de natural vivo e ardente, e que, cheio de religião, suspirava pela vinda do Messias, não deixou sossegar ANDRÉ enquanto este o não levou a ver o Salvador.
No dia seguinte foram juntos procurá-Lo. Logo que o Filho de Deus viu o nosso Santo, disse-lhe com sua particular bondade, que bem mostrava não sei que assinalado amor: «SIMÃO, filho de Jonas, assim te tens chamado até agora; mas daqui em diante quero que te chames CEFAS, que quer dizer PEDRO». Ficaram os dois irmãos com o Salvador todo aquele dia, e desde então se declarou PEDRO por um dos de seus mais fervorosos discípulos. De volta a sua casa, ganhou para Jesus Cristo toda a família, e ainda prosseguia em seu ordinário mister de pescador; passavam-se poucos dias em que não visse o Salvador, e tem-se por certo que se encontrou presente nas bodas de Caná, quando o Senhor fez o primeiro milagre.
Ainda não havia deixado nem o mister nem a casa, quando, voltando Cristo de Jerusalém, o encontrou com ANDRÉ nas margens do lago, levantando as redes. Entrou o Senhor no barco, e disse a PEDRO que O levasse pelo mar fora a sítio mais profundo, onde teriam boa pesca. «Mestre, disse-Lhe, toda a noite nos termos afadigado inutilmente sem ter colhido nada: mas já que mandais, vou deitar a rede à vossa ordem». Foi extraordinária a pesca: atónito, São PEDRO lançou-se aos pés do Salvador, dizendo-Lhe: «Senhor, eu sou grande pecador, não sou digno de aparecer na vossa presença». Levantou-o o Senhor e disse-lhe: «Tem confiança e segue-Me»; quero que, sem deixares o ofício, o melhores, , daqui em diante serás pescador de homens». Fez tanto efeito no espírito e  no coração do santo a graça da vocação, encerrada nestas palavras , que no mesmo instante deixou tudo, e dando-lhe permissão sua mulher, nunca mais se apartou do lado do Salvador.
Em todas as coisas se traduziu o amor e ternura que por Ele professava. Uma noite velejava no lago em companhia dos demais discípulos, e vendo vir Cristo para eles por sobre as águas, impaciente PEDRO por se arrojar a seus pés, disse-Lhe:
«Senhor mandai-me ir também a Vós sobre as ondas, antes que entreis no barco».
«Vem» respondeu-lhe o Salvador. Obedeceu PEDRO, saltou ao mar com intrepidez: o vento refrescou um pouco, e como viu que se ia afundando, teve medo e exclamou:
«Senhor, salvai-me».
Colheu-o o Salvador pela mão, e repreendeu-o brandamente, dizendo-lhe: 
«Homem de pouca fé, porque duvidaste?»
Mas no meio disto tudo ia crescendo a fé com o seu amor. Explicou o Salvador aos discípulos em Cafarnaum o mistério da Eucaristia; pareceu duro, e muitos deles, que principiaram a desconfiar da sua doutrina, retiraram-se. Voltando-se então o Senhor para os doze que escolhera para apóstolos, disse-lhes:
«E vós não vos ides também
Tomou PEDRO a palavra e respondeu em nome de todos:
«Senhor, aonde e a quem iremos? Só vossas palavras nos ensinam o caminho da vida eterna, e estamos bem persuadidos de que sois o verdadeiro Messias».

Não foi só esta a única confissão pública que fez PEDRO da sua fé. Perguntou Jesus aos discípulos o que se dizia d'Ele na Judeia e em que reputação era tido? Responderam que uns O tinham por JOÃO BAPTISTA ressuscitado, outros por ELIAS; outros por JEREMIAS, ou enfim por alguns dos profetas. 
«E vós, replicou-lhes o Salvador, quem dizeis que Eu sou?» 
PEDRO de novo toma a palavra em nome de todos e com a sua natural vivacidade e costumado fervor, responde: «Vós, Senhor, sois o Cristo, Filho de Deus vivo». 
«E tu, SIMÃO, filho de Jonas (replicou o Salvador) és bem-aventurado, porque essa importante verdade não ta revelou a carne, nem o sangue»,
tão sublime conhecimento nem é, nem pode ser, efeito da razão natural, 
«meu Pai celestial te iluminou, para que soubesses quem Eu era» 
e agora vou Eu dizer-te a ti o que és desde este momento: 
«Tu és PEDRO, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja»; 
debaixo do meu poder serás a sua base, não menos que a sua defesa. 
«Em vão se armará todo o inferno contra ela»; 
poderá combatê-la com heresias, persegui-la pelos tiranos e ainda oprimi-la: mas 
«o todo do edifício»,
 cuja base te constituo desde esta hora, 
«jamais trepidará». 
Todas as seitas que houverem de levantar-se na série dos séculos hão-de fundar-se sobre areia, porque não terão por fundamento esta pedra: 
«Dar-.te-ei a chave do reino dos Céus: àqueles a quem tu abrires as portas, franquear-se-lhes-ão; e àqueles a quem as cerrares, ser-lhes-ão cerradas», 
porque a justiça do céu confirmará as sentenças que tu pronunciares na terra. serás nela o meu vigário e quanto dispuseres em meu nome será ratificado por Mim.
 Concordam os Santos Padres em que desde este momento ficou PEDRO constituído Principe dos Apóstolos, pedra fundamental da religião e cabeça visível da Igreja. Crescia com a fé o amor que professava a Jesus Cristo. Certo dia, o Filho de Deus declarou aos apóstolos que era indispensável passar a Jerusalém e padecer nesta cidade as maiores ignomínias e sofrer morte afrontosa; Horrorizado o nosso santo ao ouvir isto, saiu-se com esta exclamação espontânea: «Que dizeis,Senhor!  Não queira Deus que tal suceda», e que nós não o permitamos; prontos estamos a defender-vos, ainda que seja à custa da própria vida. Repreendeu-o o Salvador com severidade, dizendo-lhe: 
«Aparta-te de Mim e sai da minha presença, se hás-de falar dessa maneira. Fazes o ofício de Satanás sem o perceberes, pois pretendes estorvar a obra da Redenção». Bem conhecia Jesus Cristo o amoroso principio donde nascia este indiscreto zelo: e assim, passados cinco dias, o escolheu para testemunha da sua gloriosa transfiguração no Tabor, onde, deslumbrado o apóstolo ,pelos resplendores da glória que jorravam da face do Salvador, exclamou estático e gozoso: «Belo sítio é este, aqui sim é que devíamos estar». Em todas as ocasiões distinguia Cristo o nosso Santo com algum especial favor. Dispôs que fosse ele quem achasse dentro de um peixe uma moeda de quatro dracmas para pagar a César o tributo em nome dos dois, e quando se aproximava o tempo da paixão, enviou PEDRO e JOÃO, para que lhe arranjassem o cenáculo, onde havia de celebrar a Páscoa.
Concluída a ceia, tendo ido o divino Salvador lavar os pés aos apóstolos, começou por São PEDRO; mas, cheio de confusão, quando viu a seus pés o divino Mestre, retirou-os prontamente, protestando que nunca o consentiria; porém, ameaçando o Salvador com não o reconhecer por seu se não se deixasse lavar, atemorizado PEDRO com tão formidável ameaça, exclamou fervoroso: «Que dizeis, Senhor! Não só deixarei lavar os pés, mas as mãos e a cabeça antes do que desagradar-Vos».
Contente o Salvador com esta disposição, disse-lhe que o demónio faria todos os seus esforços para o derribar; mas que Ele tinha feito oração a seu Eterno Pai, a fim de que, se chegasse a titubear com a tentação, logo voltasse a fortalecer-se mais do que nunca e lhe sobrassem forças para alentar e fortificar a seus irmãos. Nenhum discípulo ,professou amor mais abrasado ao divino Mestre. Este amor o fez afirmar arrogantemente que, pelo menos ele, nunca abandonaria o divino Mestre, ainda que todos os outros O abandonassem, não obstante a profecia em contrário que acabava de ouvir. Tardou pouco em dar mostras do seu zelo, quando, ao ver no Horto das Oliveiras os soldados lançarem mão do seu Mestre, puxou da espada e descarregou tal golpe em Malco, que lhe deitou ao chão uma orelha, acção que o Salvador repreendeu.
Preso o Pastor dispersaram-se as ovelhas. Só PEDRO, em companhia de JOÃO, teve coragem para seguir a Cristo até casa de Caifás, mas, reconhecido como um dos discípulos, caiu na fraqueza de negar por três vezes que conhecesse tal homem. despertou-lhe a lembrança da sua miséria o canto do galo, como lho havia prognosticado o Salvador. Foi inexplicável o seu arrependimento e a sua dor, retirou-se desfeito em lágrimas, e três dias inteiros passou em amargo pranto sem se atrever a aparecer diante de gente.
Reparou na sua queda com generosa contrição, pelo que nem o discípulo perdeu nada do ardente amor que professava ao divino Mestre, nem o Mestre diminuiu um pouco da ternura com que olhava o seu caro discípulo; e por isso, logo que ressuscitou, apareceu em particular a São PEDRO. esta ternura nunca se mostrou tão claramente como nas perguntas que lhe dirigiu junto ao mar de Tiberiades, poucos dias antes da sua gloriosa Ascensão aos Céus. Perguntando-lhe três vezes, em presença dos demais apóstolos, se O amava mais do que todos, escarmentado PEDRO com as quedas precedentes, respondeu com sinceridade que, pois o mesmo Senhor conhecia bem todas as coisas, sabia igualmente o amor que Lhe tinha
«Apascenta os meus cordeiros, lhe respondeu o Salvador, apascenta as minhas ovelhas», 
e com estas palavras, disse Santo AGOSTINHO, confirmou a PEDRO no primado que lhe havia conferido, entregando-lhe o cuidado de todo o rebanho.
O primeiro acto de autoridade que exerceu São PEDRO foi propor aos apóstolos  eleição que se devia fazer de um individuo que tomasse o lugar de JUDAS.
Logo que o Espírito Santo baixou sobre os Apóstolos, no dia de Pentecostes, PEDRO, como cabeça da Igreja, pregou um sermão tão enérgico, tão eloquente, tão eficaz à multidão que se encontrava às portas do Cenáculo, que três mil pessoas receberam o baptismo .Entrou depois no templo acompanhado de São JOÃO e encontrando à porta um pobre de 40 anos tolhido de nascença, mandou-lhe em nome de Jesus Cristo que se levantasse: o paralítico fê-lo imediatamente e foi saltando de contente por toda a cidade, publicando em altos gritos a maravilha.
A este prodígio correu o povo a rodear os Apóstolos. Aproveitando PEDRO tão bela ocasião,falou de Jesus Cristo com tanta eloquência, com tanto espírito e com tanta unção, que nesse dia converteu cinco mil pessoas.
Como estas maravilhas faziam tanto ruído, não era fácil que a recém nascida Igreja gozasse por muito tempo a paz. Os dois apóstolos fora, presos e interrogados em nome de quem tinham operado o milagre. PEDRO respondeu intrepidamente que em nome do mesmo Jesus Cristo que eles haviam crucificado. Proibiram-lhes continuar a falar de tal Cristo ou da sua doutrina; ao que respondeu com uma firmeza que os deixou atónitos: «Considerai se será justo obedecer-vos a vós, antes do que a Deus». o qual nos manda publicar a ressurreição do Salvador, da qual nós mesmo fomos testemunhas.
Cada dia crescia o número de fiéis, e cada dia se mostrava PEDRO  mais poderoso em obras e palavras. Aquele que dias antes era um pobre pescador, rústico e grosseiro, falava agora como grande doutor da lei. Todas as suas palavras eram oráculos; multiplicavam-se em suas mãos as maravilhas: punham os enfermos nas ruas e nas praças públicas, para que a sombra de PEDRO os tocasse e no mesmo instante ficavam curados. Tantos prodígios haviam forçosamente de pôr em sobressalto os magistrados; mandaram-no prender, açoitaram-no cruelmente;PEDRO não  cabia em si de contente por ser digno de padecer estas afrontas por Jesus Cristo.
Por ocasião da horrível perseguição que se seguiu à morte do proto-mártir Santo ESTÊVÃO, saíram os discípulos de São PEDRO e pregar o Evangelho fora dos termos da Judeia,. Convertidos já os de Samaria, passou o apóstolo a esta província, juntamente com São JOÃO, para tornar os fiéis participantes do Espírito Santo, administrando-lhes o sacramento da Confirmação. Ao voltar da Samaria, entrou na cidade de Lide; vendo num paralítico, chamado ENEIAS, estendido sobre a cama, onde havia oito anos que jazia, disse-lhe: «ENEIAS, o Senhor Jesus Cristo te salva; levanta-te e leva a tua cama»., Levantou-se logo ENEIAS, publicou o milagre e o seu autor; e toda a cidade recebeu o baptismo.
Repetiam-se a cada passo os prodígios e a cada passo se dilatavam as conquistas para Jesus Cristo. Morreu em Jope uma virtuosa viúva, chamada Tabita; São PEDRO chegou a esta cidade dois dias depois da morte; fez oração junto do cadáver, à vista de todo o povo; manda a Tabita que se levante em nome de Jesus Cristo; Tabita abre os olhos, levanta-se do ataúde, e toda a cidade de Jope reclama o baptismo.
Nesta cidade teve PEDRO aquela misteriosa visão, em que Deus lhe manifestou que, tendo seu Filho morrido por todos os homens, nenhum povo ou nação seria excluído do benefício da redenção. Estava um dia em oração, à hora do meio-dia, quando, arrebatado de repente em êxtase, viu abrir-se o céu, baixar dele um suporte em figura de lençol, contendo toda a espécie de animais, repteis, quadrúpedes, aves, e ao mesmo tempo ouviu uma voz que lhe disse:
«PEDRO, levanta-te, mata e come».
«Não permita Deus, replicou PEDRO, que eu coma coisa profana e imunda».
Porém a mesma voz replicou: 
«Não chames imundo, nem profano, o que já purificou o próprio Deus».
O apóstolo voltou em si do rapto, e ainda não compreendia bem o que significava a visão, quando entraram em sua casa os criados de um oficial, chamado Cornélio, natural de Roma, que comandava um corpo de infantaria da legião romana, aquartelada em Cesareia. pela comissão que traziam, claramente conheceu o sentido da visão, isto é, que também devia pregar a fé aos gentios, pois não era só para os habitantes da Judeia. Partiu sem demora para Cesareia, encontrou Cornélio que o esperava rodeado de gente; pregou-lhes, instruiu-os e ainda não tinha acabado de falar quando baixou sobre todos o Espírito Santo visivelmente, em forma de brilhante resplendor. Seguiu-se o baptismo à vinda do Espírito Santo; de volta à Judeia, contou PEDRO a toda a Igreja as misericórdias do Senhor, pelo que os fiéis glorificaram a Deus por se ter dignado fazer participantes os gentios, como os Judeus, do dom da penitência para a salvação.
À vocação dos gentios seguiu-se muito de perto a dispersão que o Espírito Santo fez dos apóstolos, para que fossem anunciar o Evangelho a todas as partes do Universo. Tocou a PEDRO nesta distribuição ir pregar à capital do mundo; e sendo Antioquia a capital do oriente, deu princípio por ela , fundando aquela Igreja onde os discípulos, começaram a chamar-se "Cristãos". São PEDRO manteve poucos anos a sua cadeira naquela cidade.
Depois de percorrer grande parte da Ásia, anunciando Jesus Cristo aos Judeus, espalhados pelo Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, voltou a Jerusalém, onde se deteve algum tempo.
Renovou-se com o maior furor a perseguição contra os fiéis em Jerusalém. Querendo Herodes Agripa congraçar-se com os Judeus, tirou a vida ao apóstolo São TIAGO e persuadido de que daria o maior gosto á nação em fazer o mesmo a São PEDRO, que era a cabeça dos outros, mandou prendê-lo; mas como era o tempo da Páscoa, em que não podia castigar-se nenhum delinquente, deu ordem para que fosse bem custodiado no cárcere, nomeando para este fim dezasseis soldados que se revezariam de quatro em quatro, sem o perder nunca de vista. Era seu intento tirar-lhe a vida  depois de passar a Páscoa, e dar prazer ao povo com um espectáculo tanto do seu gosto; mas ouviu Deus as orações de toda a Igreja e confundiu o tirano, porque na noite anterior ao dia assinalado para a execução, o Anjo do Senhor apareceu no cárcere, despertou PEDRO , a quem as cadeias a que estava preso caíram; abriram-se-lhe as portas de par em par; o Anjo conduziu-o até ao cabo da Rua e desapareceu.
Foi-se direito São PEDRO a casa de MARIA, mãe de JOÃO MARCOS, onde se haviam reunido muitos fiéis e estavam e oração; bateu à porta; saiu silenciosamente uma donzela por nome RODE a ver quem chamava; conheceu o apóstolo pela voz e foi tamanha a sua alegria que, em lugar de ir abrir a porta, correu apressada a dar a notícia aos que estavam dentro. Disseram-lhe que estava louca; ela replicou: «Repito que é ele, e que pela voz o conheci». Entretanto, continuava São PEDRO chamando; abriram afinal e é fácil de imaginar qual seria a admiração e o gozo de todos, quando o viram e mais quando lhes referiu circunstanciadamente tudo o que se havia passado e o modo por que estava livre do cárcere e das cadeias.
Depois deste sucesso, percorreu o apóstolo outra vez quase toda a Judeia e uma parte da Ásia para animar os fiéis com santo fervor; tendo permanecido por algum tempo em Antioquia, passou a Roma pelo ano 43 e nela fixou a sua residência pontifical. «Dispô-lo assim a Divina Proveniência, diz São LEÃO, para aquela cidade, que era a cabeça do mundo, ser também o centro da religião e a escola da verdade, depois de o ter sido do erro, ficando constitutida por mestra das demais Igrejas da terra».
De Roma escreveu São PEDRO a sua primeira epístola aos fiéis do Oriente. E a data é de Babilónia, porque assim chamava àquela capital do mundo pagão; não obstante, a fé fazia nela maravilhosos progressos pelos desvelos do apóstolo e de seus discípulos. Na mesma cidade escreveu MARCOS o seu Evangelho, que São PEDRO aprovou para satisfazer a devoção dos fiéis que nela havia.
Aos 3 ou 4 anos da sua residência em Roma, publicou-se o decreto do imperador Cláudio, para que saíssem da cidade todos os Judeus. Partiu PEDRO para Jerusalém, onde presidiu ao concílio em que se definiu que a lei do Evangelho abolira a da circuncisão. As decisões foram levadas a Antioquia por São PAULO e São BARNABÉ. Veio também São PEDRO a esta cidade e não teve escrúpulo em se misturar com os gentios convertidos à fé, comendo com eles sem fazer diferença de viandas. Mas informado de que isto escandalizava os Judeus, absteve-se de o fazer por mera complacência. Não pareceu bem a São PAULO esta nímia condescendência, e com santa liberdade lhe disse que semelhante atitude podia levar a crer que ainda subsistia a obrigação de observar a lei antiga.
Rendeu-se SÃO PEDRO à advertência de São PAULO,  «E o que era Principe dos Apóstolos  e cabeça da Igreja, diz Santo AGOSTINHO, não se valeu da sua primazia; Cedeu a autoridade à modéstia».Não considerou, observa São GREGÓRIO, que São PAULO era inferior a ele, e admitiu docilmente a sua repreensão: 
«Ecce a minore reprehenditur, et reprehendi nun dedignatur»
Restituído a Roma, dedicou-se a cultivar a vinha do Senhor que havia plantado e que era já o o modelo de todas as Igrejas, custando-lhe este cultivo imensos trabalhos e fadigas. Mas não se limitava a Roma a sua pastoral solicitude, antes se dilatava a toda a Igreja, à qual escreveu a sua segunda epístola, dirigida a todos os fiéis em geral. Afirmam alguns santos Padres que percorrera todas as partes do mundo, desprezando os perigos e as perseguições que lhe suscitavam os Judeus e os gentios.
Diz-se que de Roma levara ele próprio o Evangelho a várias províncias da Europa; e quando não fosse em pessoa, tem-se por certo que o fez por meio de discípulos. Muitas igrejas de França, Itália, Espanha, Inglaterra , África e Sicilia e ilhas adjacentes conservam os nomes dos seus primeiros bispos, persuadidas de que foram discípulos de São PEDRO.
Enquanto São PEDRO trabalhava em Roma tão gloriosamente, chegou a esta cidade São PAULO, dispondo-o assim a Divina Providência para que os dois maiores luminares do mundo cristão terminassem a sua carreira na capital do Universo e a ilustrassem com o seu glorioso martírio. Os milagres feitos em Roma por um e outro apóstolo inflamaram a mais terrível das perseguições no reinado do ímpio Nero. Fugindo da tempestade, assim se conta, saía um dia o apóstolo para se retirar de Roma, quando à porta dela encontrou o Salvador, como quem ia para entrar. Não lhe pareceu novidade a  visão, por estar acostumado a muitas semelhantes, e assim lhe perguntou sem estranheza: 
«Senhor, aonde ides?» 
«Vou a Roma, respondeu-lhe Jesus Cristo, a ser crucificado de novo». 
Compreendeu o apóstolo o que queria dizer, e ocorrendo-lhe então à memória o que o Senhor lhe havia prognosticado, antes e depois da ressurreição, voltou para trás e dispôs-se para o martírio. Há também a velha tradição seguinte:  No mesmo dia foi preso e conduzido ao cárcere Mamertino, junto do Capitólio, onde esteve nove meses com São PAULO, acrescentando em cada dia as conquistas para Jesus Cristo, pois foram convertidos e baptizados por São PEDRO dois dos seus guardas, PROCESSO e MARTINIANO, com 47 pessoas que estavam na prisão.
Enfim, depois de empregar a vida em fazer conhecer e amar a Jesus Cristo, depois de contribuir com tão imensos trabalhos para fundar e estabelecer a Igreja em todo o universo, mas muito particularmente na capital do mundo, viu finalmente aproximar-se o tempo, prognosticado por Jesus Cristo, em que outro o havia de cingir e conduzir aonde naturalmente não quereria. Tiraram-no do cárcere e levaram-no à outra banda do Tibre, ao Vaticano. Segundo outra tradição, queriam crucificá-lo ao modo ordinário,  mas conseguiu dos verdugos que o pregassem na cruz de cabeça para baixo, porque disse que não merecia ser tratado  como o seu divino Mestre. É o que nos dizem ORÍGENES e São JERÓNIMO.
Foi sepultado o Príncipe dos Apóstolos muito perto, e deste então foi o seu sepulcro, depois do de Jesus Cristo, o mais respeitável e o mais respeitado de todo o mundo cristão; começando na terra o  culto dos dois apóstolos São PEDRO e são PAULO, quase ao mesmo tempo que Teve principio a sua eterna felicidade no céu. Logo que o imperador Constantino deu paz à Igreja, levantaram-se sumptuosíssimos templos em toda a parte, em honra dos dois santos. No dia 18 de Novembro celebra a Igreja a dedicação das duas formosas basílicas fundadas em Roma em honra dos  apóstolos São PEDRO e São PAULO, cuja construção se deveu ao grande Constantino e à dedicação o papa SILVESTRE. mas ambas foram refeitas; a de São PEDRO, durante mais de cem anos, a partir do início do século XVI, e a de São PAULO (menos completamente), desde o incêndio que sofreu em 1823, até ser reinaugurada em 1854.




PAULO, Apóstolo dos Gentios, Santo

     

Solenidade de São PEDRO e São PAULO, Apóstolos. SIMÃO, filho de Jonas e irmão de ANDRÉ, foi o primeiro entre os discípulos a confessar que Jesus era Cristo, Filho de Deus vivo, por quem foi chamado PEDRO. PAULO, o Apóstolo dos gentios, pregou Cristo crucificado aos Judeus e aos Gregos-. Ambos, na fé e no amor de Jesus Cristo, anunciaram o Evangelho na cidade de Roma e morreram mártires no tempo do imperador Nero. PEDRO, segundo a tradição, foi crucificado de cabeça para baixo e sepultado no Vaticano, junto à Via Triunfal. PAULO morreu ao fio da espada e foi sepultado junto à Via ostiense. O triunfo dos dois Apóstolos é celebrado neste dia com igual honra e veneração em todo o orbe da terra.

Do Livro SANTOS DE CADA DIA  da Editorial A. O. de Braga:

São PAULO, Apóstolo, Doutor das gentes e Oráculo do mundo, era judeu da tribo de Benjamim e chamava-se SAULO. Nasceu em Tarso, cidade célebre da Cilícia, dois anos depois do nascimento de Jesus Cristo. Por nascimento era cidadão romano, privilégio concedido pelo imperador Augusto aos tarsenses em prémio da sua fidelidade. Seu pai, que era da seita dos fariseus mandou-o para Jerusalém, sendo ainda jovem, para cursar a escola de Gamaliel, aprendendo a doutrina das leis e das tradições. Em pouco tempo fez grandes progressos, e sendo um dos mais zeloso partidário da lei, foi também um dos mais ardentes perseguidores da Igreja. Depressa chegou a fazer furor o seu falso zelo. Não contente com pedir encarniçadamente a morte de Santo ESTÊVÃO, quis ter o gosto de guardar as capas dos que o apedrejavam. A perseguição, excitada em Jerusalém contra a Igreja depois da morte do proto-mártir, deu boa ocasião a este furioso inimigo dos discípulos de Cristo de satisfazer o sue ódio. percorria a cidade, entrava no templo, revistava as casas e delas arrancava a quantos criam no Senhor, arrastando-os pelas ruas, metendo-os nos calabouços e carregando-os de cadeias.
Pareciam muito estreitos os limites da Judeia  da Galileia e da Palestina para contentar o fementido zelo deste furioso perseguidor. Respirando sangue, mortes e carnificina dos fiéis, apresentou-se ao Conselho, pedindo cartas e mandados para as sinagogas e judeus de Damasco, com pleno poder para devassar e proceder contra todos os cristãos, para exterminar, se pudesse, aquela recém-nascida Igreja. partiu para Damasco com amplíssimos poderes, lançando reptos e fulminando ameaças. Já ia perto da cidade, quando, pela hora do meio-dia, viu de repente descer do céu uma luz extraordinária, mais resplandecente que o Sol, a qual o rodeou, a ele e aos que o acompanhavam. Atónitos e atemorizados, caíram todos por terra, e estando SAULO derribado, ouviu uma voz que, distinta e claramente, lhe dizia: 
«SAULO, SAULO porque me persegues
Comove-se o seu coração o ouvir tão amorosa quanto inesperada queixa; recobrando o espírito, respondeu:
«Quem sois vós, Senhor?»
«Eu sou Jesus, lhe respondeu o Salvador, a quem tu persegues. Em vão pretendes recalcitrar contra o estímulo».
Ao ouvir isto, o santo, tremendo, perturbado e fora de si, exclamou: 
«Senhor, que quereis que eu faça
«Levanta-te, respondeu-lhe o Salvador, entra na cidade, e ali te dirão o que deves fazer»
Os que o acompanhavam não estavam menos atónitos do que ele; ouviam confusamente a voz, mas sem perceber o que dizia, nem verem quem falava; Só PAULO via o Salvador distintamente. Levantou-se, quis abrir os olhos e achou-se em trevas; de modo que foi necessário conduzirem-no pela mão à cidade, onde esteve três dias sem ver, sem comer nem beber.
Neste meio tempo, revelou Deus o que se passava a um dos discípulos, chamado ANANIAS, o qual foi à pousada de SAULO; pôs as mãos sobre ele; restituiu-lhe a vista; instruiu-o suficientemente  e administrou-lhe o baptismo.
Se nunca houve conversão mais ruidosa, tão pouco a houve mais sincera,  pois o mais furioso perseguidor de Jesus Cristo passou de repente a ser um dos mais fervorosos apóstolos.  Pregava, demonstrava a divindade de Jesus Cristo e confundia a quantos disputavam ao Salvador a Augusta qualidade de verdadeiro Messias. Os judeus ficaram tomados de susto diante de tal pregador, porque, sobre ser perfeitamente  lido nas Escrituras, era de engenho vivo, com certo ar de autoridade em tudo quanto fazia: leva após si o respeito e o coração de todos. Sobressaltados os doutores da lei em presença de tão formidável adversário, perdendo a esperança de lhe resistir, tomaram a resolução de se desembaraçar dele; mas os fiéis livraram-no das suas mãos e do seu furor, baixando-o uma noite da muralha, metido num cesto.
Livre de perigo, passou a Jerusalém para conferenciar com São PEDRO, em cuja companhia esteve quinze dias. Apareceu-lhe Jesus Cristo e deu-lhe ordem de ir pregar o Evangelho aos gentios. partiu para Tarso, donde fez várias excursões apostólicas pelas cidades da Síria e da Cilícia, recolhendo grande espólio para Jesus Cristo. Os apóstolos mandaram São BARNABÉ à cidade de Antioquia; achou sobrada messe para um só operário; pediu a São PAULO que se lhe juntasse, e os dois apóstolos com tão feliz êxito trabalharam que foi ali onde os fiéis começaram a chamar-se "Cristãos".
Três anos havia que PAULO e BARNABÉ pregavam em Antioquia com maravilhoso fruto; faziam-se nela com o maior fervor todos os exercícios da religião: eram muito frequentes os jejuns e celebravam-se os sagrados mistérios,  quando o Espírito Santo deu a entender aos profetas e aos doutores (em grande número) que tinha escolhido PAULO e BARNABÉ  para a conversão dos gentios.  Jejuaram os fiéis, fizeram oração, ofereceram o divino sacrifício, e o Espírito Santo declarou a sua vontade de modo mais explicito, pois ouviu-se uma voz, percebida por todos os assistentes, que dizia: 
«Segregai a PAULO e BARNABÉ para o ministério a que eu os tenho destinado».
Dobraram então os apóstolos tanto os jejuns, como as orações, impuseram-lhes as mãos e enviaram-nos para a missão que o Espírito Santo lhes assinalara. Partiram para a Selêucia, daqui embarcaram para Chipre, entraram em Salamina, capital da ilha, e pregaram o Evangelho com tanto zelo e êxito que se converteu a maior parte da cidade.
Tem-se por certo que no começo desta missão sucedeu o famoso rapto de São PAULO ao terceiro céu, onde o Senhor lhe descobriu maravilhas superiores a toda a expressão, dando-lhe a inteligência dos mais ocultos mistérios; mas, para que não se desvanecesse com os singulares favores, como diz o mesmo apóstolo, permitiu Deus que o estímulo da carne o combatesse toda a vida; e para o sujeitar, acrescentou ele aos trabalhos do apostolado, contínuas e rigorosas penitências.
Era então governador da ilha o proconsul SÉRGIO PAULO, homem prudente e entendido, o qual, logo que ouviu falar o nosso santo de Cristo e da sua religião, a teria imediatamente abraçado, se não o tivesse impedido um judeu chamado Bar-Jesus, por sobrenome Elimas, que quer dizer um insigne mágico. Abrasado o apóstolo em santo zelo contra aquele embusteiro, disse-lhe: 
«Ó criatura cheia de todas as astucias e de toda a iniquidade, filho do diabo, inimigo de toda a justiça, quando é que cessarás de perverter os rectos caminhos do Senhor?  Mas agora a mão do Senhor está sobre ti. Vais ficar cego e, durante algum tempo, não hás-de ver o sol».
No mesmo instante perdeu Elimas a vista, buscou quem lhe desse a mão para andar; milagre que assombrou o proconsul, o qual se converteu imediatamente.
Deixam os apóstolos a ilha de Chipre, e partindo para a Ásia Menor, pregaram o Evangelho em Antioquia da Pisídia, em Perga da Panfília e nas províncias vizinhas. Achando-se São PAULO em Antioquia, pregou a Jesus Cristo na sinagoga com tanta unção e eficácia, que todo o povo se mostrou inclinado a crer n'Ele. Sobressaltados os sacerdotes e os doutores, vomitaram mil blasfémias contra Cristo e amotinaram-se contra os apóstolos, em virtude do que lhes disseram estes: 
«Vós havíeis de ser os primeiros a quem nós anunciássemos a palavra de Deus: mas, já que sois os primeiros que a desprezais, e por vossa mesma boca vos confessais indignos da vida eterna, eis que daqui a vamos anunciar aos gentios».
Dito isto, sacudiram o pó de seus pés e partiram para Icónio, onde operara numerosas conversões de judeus e idólatras; mas os judeus que se mantiveram pertinazes em sua incredulidade moveram o povo  tão furiosamente contra eles, que sofreram grande risco de serem apedrejados. isto obrigou-os a retirar-se daquela cidade e foram para Listra, Derba e muitos outros povos...
Estando em Listra, São PAULO curou de repente um paralítico de nascença; milagre que fez acreditar àquela cega gente que era um deus; e nesta persuasão iam já oferecer-lhe incenso e vitimas, quando, horrorizados, os apóstolos rasgaram os vestidos em sinal de luto e clamaram que eram uns pobres homens, tão mortais como os outros, e que não havia mais que um Deus verdadeiro, criador do céu e da terra. Chegaram a Listra alguns judeus, que vinham de Icónio e de Antioquia da Pisídia, e concitaram o povo de maneira que aquela veneração se converteu de repente em desatinado furor. Um  espessa chuva de pedras caiu sobre São PAULO. levaram-no de rastos pela cidade e deixaram-no por morto fora dela, ; Ainda nesta mesma noite voltou o apóstolo à cidade, como pôde; mas ao amanhecer do dia seguinte, saiu de Listra, para que não excitasse alguma perseguição contra os fiéis.
Crescia o seu zelo com os trabalhos e os perigos. Percorria com São BARNABÉ a Pisídia, a Atália e grande parte da Síria, ordenando bispos e sacerdotes e fundando Igrejas em todas aquelas províncias. Não é fácil imaginar o muito que o grande apóstolo padeceu por Cristo naquelas expedições.
Ele próprio dá testemunho de que nenhum outro padeceu mais trabalho, sofreu mais golpes, tolerou mais cárceres; muitas vezes se viu às portas da morte, nos rios, nos caminhos, por mar e em terra. Não se podem explicar os perigos a que se expôs por parte dos judeus, dos gentios e dos falsos irmãos, empenhados todos em o desacreditar e perder, sem estar seguro ainda nos mais embrenhados desertos. Quantos dias passou sem comer nem beber, quantas noites sem dormir, exposto a todos os rigores do tempo, sem recurso nem abrigo !  Cinco vezes foi cruelmente açoitado pelos judeus com nervos de boi; duas com varas, por ordem dos magistrados da Ásia ou da Grécia; três vezes padeceu naufrágios; passou um dia e uma noite flutuando entre as ondas do mar, esperando ser tragado por elas a cada momento.
Mas no meio de tantos trabalhos, São PAULO, sempre o mesmo, sempre mais e mais abrasado no amor de Jesus Cristo, sempre mais e mais zeloso de levar seu santo nome a todas as nações da terra !  Causa assombro considerar as cidades, as províncias, os reinos e os vastos domínios que percorreu este grande apóstolo, anunciando o Evangelho em todos eles.
Fez três ou quatro viagens a Jerusalém, percorreu, depois da sua separação de São BARNABÉ, todas as Igrejas da Cilícia, Síria e Atália. Estando em Licaónia, tomou por companheiro seu querido discípulo TIMÓTEO, daqui passou à Frígia e à Galácia, onde converteu muitos gentios.
Chegado à Macedónia, pregou em Filipos, onde produziu maravilhosos frutos; de Filipos passou à Selêucia, daqui a Bereia e a Atenas, onde falou no Areópago, naquele famoso tribunal dos Atenienses, declarando com tanta força e eloquência a divindade de Jesus Cristo, a ressurreição dos mortos e a santidade do Evangelho, que se converteram à fé DIONÍSIO , um dos membros mais célebres e mais sábios daquela academia - assim se diz -, uma mulher chamada DÂMARIS e muitos outros.
De Atenas encaminhou-se para Corinto, onde permaneceu perto de dezoito meses com a consolação de ver florescer e triunfar naquela cidade a religião cristã, crescendo tanto a Igreja de Corinto pelo grande número de indivíduos que abraçaram a fé, que foi um dos mais ilustres reinos de Jesus Cristo nos primeiros séculos. mas quanto maiores eram os progressos que fazia o Evangelho, mais tinha São PAULO que padecer. Embarcou em Cêncrio para voltar à Síria; atravessou a Galácia, a Frígia e as províncias da Ásia mais afastadas do mar. Chegou a Éfeso, onde pregou o Evangelho; mas foi posto fora desta cidade por um motim, levantado por um artista de prata, chamado Demétrio; sublevou o povo contra o apóstolo, irritado por ver o grande desfalque que sofria a venda de suas imagens ou medalhas de Diana de Éfeso, pela pregação de São PAULO. Este transitou pela Macedónia, onde permaneceu algum tempo; e, enfim, voltou pela quarta vez a Jerusalém, pelo ano 58.
Vendo-o os judeus no templo, lançaram-se sobre ele e pediram auxílio para o prender: «Este é, diziam, aquele homem que em toda a parte prega contra a lei, contra o templo e contra o povo de Deus». Do povo comunicou-se logo o tumulto e, concorrendo de toda a cidade, arremessaram-se contra o apóstolo; arrastaram-no para fora do templo, cobriram-no de golpes; e teriam acabado com ele, se não tivera acudido o tribuno Lísias, que comandava a coorte romana; arrancando-o com grande trabalho das mãos daquelas furiosos, sem mais informação nem interrogatório, mandou atá-lo e lançar-lhe cadeias, pondo-o em seguida em segurança.
Era tal o concurso, que se viram obrigados os soldados  a fazê-lo subir por uma escadaria de pedra que estava da banda de fora do cárcere. Quando São PAULO percorreu com a vista, do alto da escada, aquela multidão, pediu licença ao tribuno para falar ao povo; e obtendo-a, referiu a história da sua conversão; mas quando chegou ao ponto em que Cristo lhe mandou levar a pregação aos gentios, entraram os judeus a dar-lhe gritos descompostos e a soltar-se contra ele com desenfreamento. Para os sossegar, ordenou-lhe o tribuno iue entrasse para a prisão, com o intento de lhe aplicar a tortura, mas, tendo sabido que era cidadão romano, mudou de propósito e mandou-lhe tirar as cadeias. Informado depois de a disputa versar sobre pontos da religião, convocou o conselho plenário dos Judeus. Logo que abriu São PAULO a boca para falar, o sacerdote descarregou-lhe brutalmente sobre o rosto uma bofetada, que o santo sofreu com santa paciência, de modo que a reunião ficou como que atónita e confundida, dissolvendo-se tumultuariamente.
Mandou o tribuno que o tornassem a levar á prisão, com receio de que a multidão o fizesse em pedaços. Na noite seguinte apareceu-lhe Jesus Cristo, animou-o, confortou-o o e disse-lhe que, assim como tinha dado testemunho d'Ele em Jerusalém, era mister que o desse também em Roma
Enquanto isto se passava no cárcere, mais de quarenta judeus tinham acudido a casa do príncipe dos sacerdotes, protestando que não comeriam, enquanto não se tirasse a vida a PAULO. tendo-o sabido Lísias, deu ordem para que, à meia-noite, partisse o nosso santo com uma boa escolta para Cesareia, onde se achava Félix, governador da Judeia, dando-lhe uma participação exacta do sucedido. Dois anos o teve Félix preso em Cesareia, onde o santo confundiu os judeus em quantas ocasiões se lhe ofereceram e converteu muitos pagãos. Festo, sucessor de Félix, propôs a São PAULO em conselho se queria ser remetido para Jerusalém, a fim de que se julgasse a sua causa; mas o santo, que sabia da conspiração dos judeus, respondeu que não havia motivo, pois estava inocente e nunca tinha feito mal a ninguém: mas, visto que a sua causa estava no tribunal de César, para César apelava. No dia seguinte teve outra audiência do governador, na presença do rei Agripa. este ficou tão plenamente convencido da sua inocência, que disse a Festo dever pô-lo em liberdade, se não tivesse ele apelado para César.
Dispostas já todas as coisas para o embarque, São PAULO, seguido de São LUCAS e de ARISTARCO, fez-se à vela para Roma. A poucos dias de navegação, levantou-se uma tormenta tão desfeita que não só se viram constrangidos a alijar a carga, mas também os próprios aparelhos do navio; e prosseguindo sempre com maior violência, chegaram todos a perder a esperança de se salvarem. Mas, fazendo oração o apóstolo, conseguiu que ninguém do navio perecesse e, com efeito, dando à costa na ilha de Malta, todos ganharam a terra, uns a nado, outros em tábuas, sem que houvesse um só que não se reconhecesse devedor da vida ao santo apóstolo.
Receberam os insulanos os náufragos com muita humanidade, e fizeram lume para que secassem a roupa. Ajuntou São PAULO uma poucas de maravalhas para avivar mais a chama, sem dar por uma víbora que vinha dentro elas, a qual, logo que sentiu a mão, mordeu no apóstolo. Viram isto os bárbaros, e julgaram que seria homem facinoroso,,perseguido pela justiça dos deuses, esperando por instantes que caísse morto em terra; mas PAULO não fez mais do que sacudir a mão e a víbora caiu no fogo sem lhe ter feito o mais leva dano; à vista disso, atónitos os bárbaros, e mudando de repente de conceito, começaram a olhá-lo como homem extraordinário.
Hospedou-o em sua casa o mais considerado da ilha, chamado Públio, romano, o qual tinha seu pai enfermo; mas apenas São PAULO o visitou, logo ficou repentinamente são.
Com  a notícia deste milagre, acudiram logo ao apóstolo todos os enfermos da ilha e todos recuperaram a saúde. Depois de nela se haver demorado seis meses, embarcou o santo com os seus companheiros, aportou a Siracusa da Sicilia, desembarcou em Pozuoles e partiu por terra para Roma.
Tendo tido notícia os fiéis da sua vinda, saíram de tropel a recebê-lo, e bem fácil é imaginar a ternura com que o faziam. Deu-se-lhe permissão para que andasse livremente pela cidade, só com guarda à vista; aproveitou-se desta liberdade para instruir os judeus  e para confirmar os fiéis na fé. Dois anos (61-62) esteve São PAULO em Roma, durante os quais pregou maravilhosamente  o reino de Jesus Cristo, fazendo numerosas conversões, até no próprio palácio do imperador. Justificado plenamente em todos os tribunais, mandaram-no absolvido de tudo quanto lhe imputavam.
Vendo-se já em inteira liberdade, levou o Evangelho a muitas províncias, e não poucos autores crêem ter estado o santo em Espanha. É provável que tivesse regressado ao oriente, não achando descanso nem consolação senão em seus trabalhos apostólicos, podendo-se dizer sem exagero que foi um milagre contínuo a vida deste grande apóstolo. 
A perseguição rebentou em Roma a seguir ao grande incêndio do ano 64. São PAULO foi preso na Ásia pelo fim do ano 66. Trouxeram-no acorrentado para Roma onde este cativeiro foi muito mais rigoroso de que o primeiro. Provavelmente esteve na prisão na companhia de PEDRO, que sendo simples judeu, foi executado com toda a simplicidade jurídica. Mas PAULO cidadão romano, sobreviveu vários meses, ao que parece. Da cadeia escreveu uma última carta a TIMÓTEO. Antes de lhe pedir que lhe traga a capa, os livros e sobretudo os pergaminhos, diz: 

«Quanto a mim, estou pronto para o sacrifício e o tempo da minha partida já se aproxima. Combati o bom combate, terminei a minha carreira e guardei a fé. Já nada me resta senão receber a coroa de justiça que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não só a mim, mas também àqueles que desejam a sua vinda (2 Tim 4, 6-8).

Foi-lhe cortada a cabeça junto à estrada de Óstia, segundo a tradição (no ano 67 ? ), na localidade chamada Tre Fontane.
Temos catorze epistolas de São PAULO nas quais podemos dizer que se contém toda a doutrina cristã.



SIRO,  Santo

  


Em Génova na Ligúria - Itália, São SIRO que é venerado como Bispo. (330)


CÁSSIOSanto


Em Nárni, na Úmbria - Itália, São CÁSSIO bispo, o qual como narra o papa São GREGÓRIO MAGNO oferecia todos os dias o sacrifício de expiação todo banhado em lágrimas e dava em esmolas tudo o quer tinha. Finalmente, no dia dos Santos Apóstolos, em que todos os anos costumava ir a Roma, quando celebrava a Missa na sua cidade e distribuía a todos o Corpo de Cristo, partiu-se ao encontro do Senhor. (558)

EMA, Santa


Em Gurk, na Carintía hoje na Áustria, Santa EMA uma condessa que viveu quarenta anos e deu generosamente muitos dos seus bens aos pobres e à Igreja. (1045)

RAIMUNDO LÚLIO, Santo



Num braço de mar frente à ilha Maiorca, Espanha, o Beato RAIMUNDO LÚLIO religioso da Ordem Terceira de São Francisco e mártir, homem de grande cultura e eminente doutrina, que estabeleceu um diálogo fraterno com os Sarracenos, para lhes anunciar o Evangelho de Cristo. (1316)


PAULO WU JUAN, JOÃO BAPTISTA WU MANTANG e PAULO WU WANSHU, Santos



No território de Xiaoluyi, junto de Shenxian, no Hebei - China, os santos mártires PAULO WU JUAN e seu filho JOÃO BAPTISTA WU MANTANG e seu sobrinho PAULO WU WANSHU que, durante a perseguição dos Yihetuan, por que se declararam cristãos, merecera,m todos aos mesmo tempo a coroa do martírio.( 1900)



MARIA DU TIANSHI e MADALENA DU FENGJU, Santas





Em Dujjandun, junto de Shensian as santas MARIA DU TIANSHI e sua filha MADALENA DU FENGJU, mártires, que na mesma perseguição, retiradas de um canavial onde se tinham escondido, morreram pelo nome cristão, sendo a segunda encerrada no sepulcro ainda viva. (1900)



 ... E AINDA  ...



ANSANO VANNUCCI, Beato


Il Beato Ansano Vannucci è un missionario domenicano del vissuto nel XIV secolo.
Di lui non sappiamo nulla. Alcuni testi riportano che “Fattosi missionario, si diresse verso la Palestina certo d’incontrarvi il martirio”.
Ma le uniche notizie tramandate su di lui non lo qualificano come martire. Infatti, dopo essersi il fallimento del viaggio verso la Palestina, s’imbarcò per ritornare in Italia, ma una tempesta respinse l’imbarcazione su cui si trovava e la spinsero verso Suez. Qui dai barbari il beato Ansano venne imprigionato, e successivamente denudato e rimesso in libertà.
Ripresa la via del mare approdò a Candia, dove per malattia a contratta in Terra santa morì. Non vi è nemmeno una data certa della sua morte.
Secondo Girolamo Gigli nel suo testo “Diario senese” morì il 28 giugno, mentre secondo Umberto Meattini nel volume Santi Senesi, il 29 giugno 1406. Sembra certo l’anno della sua morte: “Nel 1406 passò al cielo in questo giorno, in odore di santissime virtù, frate Ansano Vannucci, domenicano senese che il padre Isidoro Ugurgieri Azzolini dell’ordine dei Predicatori, chiama con il titolo di Beato”
Non esiste alcuna festa in onore di questo beato.
In alcuni menologi era fissata la sua festa nella giornata della sua morte il 29 giugno.



SALOME DE NIEDERALTAICH, Beata



La vita di questa santa è avvolta nella leggenda. Ritornando da un pellegrinaggio a Gerusalemme, Salome perse la vista nelle vicinanze di Regensburg e dopo una caduta nel Danubio fu colpita dalla lebbra e costretta a mendicare. L’abate di Niederaltaich la accolse presso di sé e, assecondandone la volontà, la fece murare in una cella ricavata nel coro della chiesa conventuale. Nello stesso monastero fu raggiunta dalla cugina Giuditta, che si fece murare anch’ella nell’atrio della stessa chiesa. Salome precedette Giuditta nella morte, dopo aver sopportato tremende sofferenza fisiche. L’esistenza delle due cugine è da collocarsi alla fine dell’undicesimo secolo.
L’Ordine Benedettino la festeggia il 29 giugno.
 



TRINIO, SANTO

San Trinio (Trunio) è un santo gallese.
Di questo santo non sappiamo praticamente nulla. Si ricorda solo che era cugino del Santi Cadfano, Winwaloe, Padam e Sansone. Alcuni storici affermano che arrivò in Galles verso l’anno 490, insieme a San Cadfano.
San Trinio è ricordato tra i santi invocati in un poema dedicato a Enrico VII.
Sa. Trinio è il patrono di Llandrinio nel Montgomeryshire.
La sua festa viene celebrata il giorno 29 giugno.


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Localização do Bairro do Viso - Porto 




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Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do 

MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

e ainda eventualmente através dos sites:


 Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, 


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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres. 
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não 
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las




BOM ANO DE 2019


  





Monte Evereste




ANTÓNIO FONSECA

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 660 - SÉRIE DE 2024 - Nº (137) - SANTOS DE CADA DIA - 16 DE MAIO DE 2024 - NÚMERO ( 1 9 2 )

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 137º  Número da ...