S. PAULO (e Vidas de Santos)

domingo, 7 de dezembro de 2014

A RELIGIÃO DE JESUS - CICLO B - 2º DOMINGO DE ADVENTO - 7 de Dezembro de 2014

A RELIGIÃO DE JESUS - CICLO B

2º DOMINGO DE ADVENTO

7 de Dezembro de 2013

Do livro A RELIGIÃO DE JESUS – CICLO C – 2012/2013 editado por José Mª Castillo através da EDITORIAL DESCLÉE DE BROUWER. S.A., 2012 – Henao, 6 – 48009 Bilbao (Espanha) continuo a publicação dos textos do Evangelho do Dia e respectivos comentários, referentes a cada Domingo, ou dia de Festa da Igreja Católica, fazendo a sua tradução para português, por minha própria iniciativa – o que venho fazendo desde há 3 anos a esta parte.

Como não estou fazendo fotocópia nem digitalizo os referidos textos, e inclusivamente menciono os links da Editora acima referida, que são respectivamente www.edesclee.com e info@edesclee.com, estou certo de que não estou a infringir, quaisquer direitos autorais que protejam este livro, e, além disso a sua publicação neste blogue não beneficia de quaisquer proventos materiais – diga-se, numerário – sendo portanto absolutamente gratuito.

II DOMINGO DO ADVENTO

Mt 1, 1-8

Início do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.

"Está escrito no livro do Profeta ISAÍAS. Eu envio o meu mensageiro diante de ti para que te prepare o caminho. Uma voz clama no deserto: (Preparai o caminho do Senhor, aplanai os Seus caminhos). João baptizava no deserto; pregava a que se convertessem e se baptizassem, para que lhes fossem perdoados os pecados e baptizava-os no rio Jordão. João estava vestido de pele de camelo, com uma correia de coro à cintura e alinmentava-se de gafanhotos e mel silvestre. E proclamava: (Atrás de mim virá O que pode mais do que eu e eu não mereço sequer desatar-lhe as sandálias. Eu vos baptizo com água, mas Ele os baptizará com o Espírito Santo)".

1: No início, o ponto de partida, para conhecer Jesus é o "Evangelho", que significa literalmente "Boa Nova". Mas está demonstrado que ao referir-se ao "Segundo-ISAÍAS" (como noutros autores de então: Filóstrato), trata-se de uma "Boa Nova" que equivale a uma vitória, um triunfo (M. B. Boring, Joel Marcos). É. como se verá ao longo deste Evangelho de Marcos, a vitória sobre todos os falsos caminhos para encontrar Deus. Por isso se faz referência em seguida, ao "caminho" que aplana, que facilita a procura de Deus. Esse caminho é o próprio JESUS. O Evangelho de JESUS é o relato e a mensagem que no-lo explica e que assim nos ensina o caminho que é a própria vida de Jesus. A vida de Jesus, suas convicções, seus hábitos e costumes, seus gostos e preferências, seu estilo e suas formas, tudo isso é o que nos traça o caminho a seguir na vida.

2: Este caminho não começa no templo, mas sim no deserto. Não é o caminho do sagrado, mas sim do profano. Não é o caminho do religioso, mas sim do leigo. Não é o caminho dos sacerdotes, mas sim dos profetas. Não é o caminho das dignidades e dos privilégios, mas sim o caminho das suspeitas e das ameaças. Não é o o caminho das normas, mas sim o caminho da liberdade. Nem sequer é o caminho dos ascetas e da solidão, mas sim o caminho da normalidade e da convivência.

3: Este caminho, que segue o programa de vida que seguiu Jesus, e produz a muita gente (sobretudo a gente da Igreja) desconcerto, dúvidas, medos inconfessáveis, mal estar, recusas e seguramente indignação. Por isso a Igreja, sua teologia e sua espititualidade, resistem perante a proposta deste caminho. Além disso resistem ao convencimento de que devem resistir perante uma proposta que rompe com tradições de séculos, com ensinamentos de santos e teólogos, com doutrinas papais, com normas religiosas e canónicas. Assim, devido a tais resistências, a Igreja tem-se feito odiosa para muita gente. E a religião de cada dia é um fenómeno marginal. Por isso, até o Evangelho resulta com frequência insignificante. Um dia, Jesus disse aos (homens da religião): "Vos asseguro que os que recolhem os impostos e as prostitutas irão adiante de Vós para entrar no Reino de Deus. Porque João vos ensinou o caminho para ser justos e não acreditastes: em troca, os cobradores de impostos e as mulheres de má vida acreditaram" (Mt 21, 31-32). Não estará sucedendo o mesmo nos nossos dias?