49 anos separam estas duas fotos
10 de Outubro de 1965
10 de Outubro de 2014

De facto, em 10 de Outubro de 1965, um casal de jovens (tais como muitos outros o têm feito ao longo dos séculos) decidiram – sem quaisquer pressões, livremente – mas, apenas porque se amavam um ao outro e estavam dispostos a juntar suas vidas e percorrer o caminho que Deus lhe mostrou (e continua a mostrar) – dia a dia, mês a mês, ano a ano – durante toda a vida que lhes seja permitido passar neste mundo terreno, procurando aguentar-se nessa situação até ao fim, derrubando ou torneando os inúmeros obstáculos que foram aparecendo à sua frente, com maior ou menor dificuldade.
Casaram pois, dentro das leis de Deus, tiveram 4 filhos que criaram na sua meninice e juventude, o melhor que podiam e sabiam, o que não obstou a que ao chegarem à adolescência, tenham tomado caminhos diferentes e actualmente não frequentem a Igreja por decisões pessoais de cada um, sem no entanto se manifestarem contra a ideia que os pais conservam.
Nas decisões que cada um dos filhos tem tomado, não têm os pais feito qualquer intromissão, porque consideram que cada ser humano, escolhe livremente o seu caminho e segue-o da maneira que quiser, obtendo os resultados (recompensa ou castigo) que Deus lhes reserva.
3 dos filhos casaram – pela Igreja, conforme quiseram, pois não foram obrigados a tal. O mais velho teve 2 filhas (17 e quase 13 anos); o segundo manteve-se solteiro, não tem filhos e os outros dois (gémeos) um deles vive fora de Portugal e tem uma filha (6 anos) e o outro tem um filho de 4 anos e neste momento está à espera de um novo rebento.
O mais velho casou catolicamente, embora hoje esteja separado. O gémeo que vive fora do país casou civilmente. O irmão viveu maritalmente algum tempo e depois casou catolicamente também, por motu-próprio. As duas meninas, filhas do primeiro, foram baptizadas, e fizeram a comunhão solene – de livre vontade, tanto dos pais como das crianças –. Também o rapaz do gémeo foi baptizado, enquanto que a filha do 3º não foi baptizada (nem sabemos se o será) por deliberação dos pais.
Este casal o António e a Maria do Céu, completam hoje 49 anos de vida em comum, têm conseguido ultrapassar os obstáculos e continuam decididos a nunca se separarem ou divorciarem até ao fim das suas vidas, apesar de todas as dificuldades, pois como disse Deus:
«… Mas, ao princípio da criação, Deus fê-los homem e mulher. Por causa disso, deixará o homem seu pai e sua mãe; e passarão os dois a ser uma só carne. Portanto, já não são dois, mas uma só carne. Aquilo, pois, que Deus uniu não o separe o homem».
Isso não quer dizer que tenhamos tido uma vida de rosas, mas apesar dos espinhos e dos escolhos que temos ultrapassado (e ultimamente ter havido um quiproquó que originou um desentendimento que foi talvez demasiado empolado e que poderia ter provocado uma catástrofe), o certo é que nunca como hoje o nosso Amor está presente no nosso Lar e vai durar até ao fim da nossa vida, surja o que surgir.
Gostaria que os nossos filhos e os nossos netos, vissem em nós um exemplo de como o AMOR PODE VENCER TODOS OS OBSTÁCULOS. Claro que é preciso que cada um dos cônjuges têm de se compreender, ajudar e aturar mutuamente e isso às vezes é difícil, mas não é impossível e graças a Deus, podemos prová-lo.
No próximo ano se Deus quiser, celebraremos o melhor que for possível, as Bodas de Ouro, e faço votos para que todos os nossos descendentes, possam compartilhar essa data.
***************************************
Post para publicar em 10-10-14 - 10 horas
ANTÓNIO FONSECA