Hoje, celebrar-se-ão pelo menos na memória de muitos Portugueses (onde eu me incluo, com muito orgulho) os 371 Anos da Restauração da Independência de Portugal, que se encontrava sob o Domínio Castelhano (ou Espanhol) – Dinastia Filipina, que governou Portugal (como província de Espanha) durante longos 28 anos. É de referir ainda que os Reis (Filipes) foram mencionados como I, II e III respetivamente, em Portugal, quando em Espanha, eram designados como II, III e IV, e passavam temporadas nos dois reinos (à vez…).
Acontece, como todos sabem, que a crise estabelecida em Portugal, nos últimos dez ou onze anos (da responsabilidade principal de Socialistas…) levou a que tivesse de ser pedida a ajuda da Comissão Europeia, que nomeou uma troika para esse efeito. Dentre as muitas e gravosas condições que foram impostas, ao atual Governo Português e aos Portugueses, (especificamente os mais fragilizados…), figurava a necessidade, por eles (troika) considerada imperiosa, de reduzir o número de feriados em Portugal já que quanto ao seu ponto de vista eram demasiados. DEVO ESCLARECER QUE PESSOALMENTE TAMBÉM CONCORDO QUE PODERIAM HAVER MENOS FERIADOS NACIONAIS OU FAZER COMO FAZEM NOUTROS PAÍSES, NOMEADAMENTE EM ESPANHA, QUE AFASTAM MUITOS DOS FERIADOS, PARA A SEGUNDA-FEIRA SUBSEQUENTE, O QUE PODERIA SER FEITO TAMBÉM CÁ. Porém, o Governo resolveu acabar pura e simplesmente com 4 feriados (sendo dois nacionais e 2 Religiosos, católicos, mais propriamente).
Quanto aos Feriados Católicos foi resolvido que deixariam de o ser, o dia do Corpo de Deus e o dia 15 de Agosto; proximamente darei a minha opinião a este respeito.
Quanto aos feriados nacionais, resolveram acabar com o 5 de Outubro – acontecido há 101 anos!!! - (que não faz falta nenhuma, quanto a mim… e, portanto, não tenho nada contra); e, foi resolvido acabar também com o Primeiro de Dezembro, que comemora a nossa Independência.
E eu pergunto, porquê? Porquê acabar com este feriado que deveria congregar todos os Portugueses numa manifestação sincera de alegria e orgulho dos nossos avoengos, em continuar com a gesta iniciada por Afonso Henriques, que fundou e manteve um Portugal com fronteiras bem assinaladas que demonstram a nossa maioridade para seguir em frente? Porque foi escolhido este dia e não se escolheu por exemplo o 25 de Abril ? Sim, o Vinte e cinco de Abril que não diz absolutamente nada à geração nascida a partir desse dia (e mesmo à geração que terá nascido 5 ou 10 anos antes).
Hoje essa geração está na casa dos trinta e sete, trinta e oito (…) quarenta, e são o futuro de Portugal. São eles que têm de se desenrascar, são eles que (já lá estão alguns) e brevemente virão outros, que governarão o País, nos próximos anos… se ainda houver País!!!
A MINHA OPINIÃO É QUE OS PORTUGUESES (ALGUNS…) SE ESQUECERAM DO SEU PASSADO. AO MESMO TEMPO TÊM VERGONHA DE PORTUGAL, TÊM VERGONHA DOS SEUS ANTEPASSADOS E TAMBÉM TÊM MEDO DE SER PORTUGUESES.
PESSOALMENTE, LAMENTO TER CHEGADO AOS 71 ANOS (QUASE 72) E VERIFICAR QUE PRATICAMENTE, PORTUGAL VAI DESAPARECENDO AOS POUCOS. NO ENTANTO, TENHO A ESPERANÇA DE QUE IREI MORRER PORTUGUÊS, TENDO SIDO PORTUGUÊS TODA A VIDA E NUNCA RENUNCIEI À MINHA NAÇÃO, QUE É PORTUGAL.
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Para terminar e para relembrar aos esquecidos, repito aqui e agora, o texto que publiquei neste blogue, em 1 de Dezembro de 2010, já que infelizmente não há mais nada a fazer
Memória dos Restauradores (ou da Restauração),
colocada em Lisboa na Praça dos Restauradores
NOTA INICIAL DE António Fonseca
Hoje é feriado em Portugal. Até este momento, infelizmente, não ouvi na Rádio nem ouvi na Televisão (…é certo que não ouvi nem vi toda essa Comunicação Social, portanto só posso falar do que tomei conhecimento…) – como ia dizendo – não soube de qualquer comemoração, embora possivelmente ela se tenha efectuado, dado que permaneci em casa todo o dia e nem sequer vi jornais…mea culpa. Sendo assim, resolvi fazer Referência a esta data, neste blogue, recolhendo elementos que vou transcrever, através da Wikipédia (que foi o que me apareceu primeiro (!), na busca que efetuei pela Net. Ei-la:
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A Restauração da Independência é a designação dada à revolta iniciada em 1 de Dezembro de 1640 contra a tentativa de anulação da independência do Reino de Portugal por parte da dinastia filipina, e que vem a culminar com a instauração da Dinastia Portuguesa da casa de Bragança. É comemorada anualmente em Portugal por um feriado NACIONAL no dia 1 de Dezembro.
A grande preparação da revolta
A ideia de recuperar a independência era cada vez mais poderosa e a ela começaram a aderir todos os grupos sociais. Os Burgueses estavam muito desiludidos e empobrecidos com os ataques aos territórios portugueses e aos navios que transportavam os produtos que vinham dessas regiões. A concorrência dos Holandeses, Ingleses e Franceses diminuía-lhes o negócio e os lucros.
Os nobres descontentes viam os seus cargos ocupados pelos Espanhóis, tinham perdido privilégios, eram obrigados a alistar-se no exército espanhol e a suportar todas as despesas. Também eles empobreciam e era quase sempre desvalorizada a sua qualidade ou capacidade! A corte estava em Madrid e mesmo a principal gestão da governação do reino de Portugal, que era obrigatoriamente exigida de ser realizada "in loco", era entregue a nobres castelhanos e não portugueses. Estes últimos viram-se afastados da vida da corte e acabaram por se retirar para a província, onde viviam nos seus palácios ou casas senhoriais, para poderem sobreviver com alguma dignidade imposta pela sua classe social.
Portugal, na prática, era como se fosse uma província espanhola, governada de longe, sem qualquer preocupação com os interesses e necessidades das pessoas que cá viviam... Estas serviam para pagar impostos que ajudavam a custear as despesas do Império Espanhol que também já estava em declínio!
Foi então que um grupo de nobres - cerca de 40 (conjurados)- se começou a reunir, secretamente, procurando analisar a melhor forma de organizar uma revolta contra Filipe IV de Espanha. Uma revolta que pudesse ter êxito.
A revolta do 1º de Dezembro de 1640
Começava a organizar-se uma conspiração para derrubar os representantes do rei em Portugal. Sabiam já que teriam apoio do povo e também do clero.
Apenas um nobre tinha todas as condições para ser reconhecido e aceite como candidato legítimo ao trono de Portugal. Era ele D. João, Duque de Bragança, neto de D. Catarina de Bragança, candidata ao trono, em 1580.
Em Espanha, o rei Filipe IV também enfrentava dificuldades: continuava em guerra com outros países; o descontentamento da população espanhola aumentava; rebentavam revoltas em várias regiões - a mais violenta, a revolta da Catalunha (1640), criou a oportunidade que os portugueses esperavam. O rei de Espanha, preocupado com a força desta, desviou para lá muitas tropas.
Faltava escolher o dia certo. Aproximava-se o Natal do ano 1640 e muita gente partiu para Espanha. Em Lisboa, ficaram a Duquesa de Mântua, espanhola e Vice-rei de Portugal (desde 1634), e o português seu Secretário de Estado, Miguel de Vasconcelos.
Os nobres revoltosos convenceram D. João de Bragança, que vivia no seu palácio de Vila Viçosa, a aderir à conspiração.
No dia 1 de Dezembro, desse ano, invadiram de surpresa o Palácio real (Paço da Ribeira), que estava no Terreiro do Paço, prenderam a Duquesa, obrigando-a a dar ordens às suas tropas para se renderem - e mataram Miguel de Vasconcelos.
Antecedentes
Finalmente, um sentimento profundo de autonomia estava a crescer e foi consumado na revolta de 1640, na qual um grupo de conspiradores da nobreza aclamou o duque de Bragança como Rei de Portugal, com o título de D. João IV (1640-1656), dando início à quarta Dinastia – Dinastia de Bragança.
O esforço nacional foi mantido durante vinte e oito anos, com o qual foi possível suster as sucessivas tentativas de invasão dos exércitos de Filipe III e vencê-los nas mais importantes batalhas em todas as frentes. No final foi feito um acordo de paz definitivo entre as partes, em 1668, assinalado oficialmente com o Tratado de Lisboa (1668). Esses anos foram bem sucedidos devido à conjugação de diversas vertentes como a coincidência das revoltas na Catalunha, os esforços diplomáticos da Inglaterra, França, Holanda e Roma, a reorganização do exército português, a reconstrução de fortalezas e a consolidação política e administrativa.
Paralelamente, entre 1641 e 1654, as tropas portuguesas conseguiram expulsar os holandeses do Brasil, de Angola e de São Tomé e Príncipe, restabelecendo o território ultramarino português e o respectivo poder atlântico, que a ele dizia respeito, anteriormente firmado antes do reino de Portugal estar sob o domínio filipino. No entanto, as perdas no Oriente tornaram-se irreversíveis e Ceuta ficaria na posse dos Habsburgo. Devido a estarem indisponíveis as mercadorias indianas, Portugal passou a obter a grande parte do seu lucro externo com a cana-de-açúcar e o ouro do Brasil.
- Esta página foi modificada pela última vez às 14h05min de 1 de dezembro de 2010.
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Como acima digo, este texto foi publicado neste blogue SÃO PAULO (e Vidas de Santos) de 1 de Dezembro de 2010.
Quero dizer pois, que apenas a 1ª parte é que foi escrita por mim próprio e dela tomo a inteira responsabilidade,
pois é a minha opinião, quanto ao facto do dia 1º de Dezembro, deixar de ser considerado FERIADO NACIONAL por imposições de “estrangeiros”
1 de DEZEMBRO de 2011 - ANTÓNIO FONSECA