Caros Amigos
Série - 2019 - (nº 0 2 8)
()()()()()()()
»»»»»»»»»»
&&&&&
MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e ainda eventualmente através dos sites:
Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral,
"""""""""""""""
Desejo que este Ano de 2019 traga tudo de Bom para toda a Humanidade.
As minhas melhores Saudações de
Amizade e Gratidão
para todos os leitores e/ou simples Visitantes que queiram passar os olhos por este Blogue
~
Nº 3 7 3 2
Série - 2019 - (nº 0 2 8)
28 de JANEIRO de 2019
SANTOS DE CADA DIA
Nº 8 2
12º A N O
12º A N O
LOUVADO SEJA PARA SEMPRE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
**********************************************************
Todos os Católicos com verdadeira Fé,
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos
___________________________________________________________________________
*
**
*****
**
*
**
*****
**
*
TOMÁS DE AQUINO, Santo
Memória de São TOMÁS DE AQUINO, presbitero da Ordem dos Pregadores e doutor da Igreja, que, dotado de grandes dons intelectuais, comunicou aos outros, por meio do ensino oral e escrito, a sua extraordinária sabedoria. Chamado pelo beato Papa GREGÓRIO X para participar no Concílio Ecuménico de Lião II, morreu durante a viagem no mosteiro de Fossanova, no Lácio, no dia 7 de Março. Alguns anos depois o seu corpo foi trasladado para Tolouse. (1274)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Não foi TOMÁS dos santos mais desfigurados por lendas ingénuas ou tradições biográfica. Mas as suas dimensões de gigante dom pensamento costumam levar a que seja muito fragmentariamente conhecido. Não desejaríamos passar em silêncio aspectos muito humanos da sua vida.
Apresenta-se como natureza vigorosa, de dimensões atléticas no corpo e de energias esforçadas na alma. Síntese perfeita duma herança lombarda por linha paterna, de AQUINO, e normanda pela materna, dos condes de Teate. Último filho varão de família numerosa: doze irmãos, guerreiros e cavaleiros, poetas e teólogos, abadessas ou madres.
Recebeu dos monges negros do Monte Cassino a primeira instrução. Vicissitudes de guerra entre o Pontificado e o Império levaram-no a continuar os estudos na Universidade de Nápoles, onde teve ocasião de conhecer a Ordem de São Domingos, para a qual veio a orientar-se aos 19 anos. Renunciou ao próprio eu e entregou-se generosamente ao chamamento. Mas encontrou obstinada oposição familiar. Supera com suave diplomacia os afagos insistentes da mãe - a condessa Teodora - e das amadas irmãs, esforçado e valenmte se manterá diante da violência brutal dos irmãos guerreiros, quando, brandindo um tição incandescente, afugentará a insinuante provocação duma má mulher que lhe fora trazida. «Esta vitória valeu, à Igreja toda, a santidade e a ciência de TOMÁS», viria a dizer um Pontífice Romano. Anos mais tarde, tornará inúteis as ofertas, decididas e aprovadas pelo Papa, da abadia mitrada de Monte Cassino e da Sé Arquiepiscopal de Nápoles.
Nos desígnios de Deus sobre jovem tão excepcional, não só têm decisiva importância os dotes extraordinários de inteligência vivíssima e de laboriosidade infatigável, mas também a trajectória da sua formação pausada e lenta enriquecerá essas possibilidades, fazendo-as atingir proporções absolutamente inesperadas. Com 19 anos de idade e 14 de estudos, chega ao ambiente de formação profunda da Ordem Dominicana, cujo lema ninguém melhor que TOMÁS soube formular depois de o viver: «Contemplar e transmitir o fruto da contemplação», Roma e Bolonha, Nápoles e Roccasecca foram o cenário de um noviciado muito especial. A Ordem, com visão certeira, levá-lo-á a continuar os estudos de teologia em aulas de melhor estilo: S. Tiago de Paris, e principalmente Colónia durante quatro anos de transcendental importância junto dum mestre, também excepcional, ALBERTO MAGNO. A Bíblia e os Padres da Igreja, as sentenças e os teólogos, a ciência natural e a renovação aristotélica da filosofia, foram penetrando, fecundantes, naquele TOMÁS singular. Depressa chegaria à cátedra universitária.
Desde os dias infantis começara a atormentá-lo aquela profunda interrogação: «Quem é Deus?» Não era inquietação de dúvida mas ansiedade crescente de saber e amor esforçado da verdade. A síntese do que foi a sua vida de estudante descreve-a TOMÁS nestes certeiros conselhos a um estudante: «Pureza requintada de consciência; aplicação incansável nas horas de estudo, esforço para compreender a fundo tudo o que se lê e ouve; trabalho para vencer toda a dúvida e chegar à certeza; refugiar-se quanto possível a sala de armas do espírito».
Se o estudante TOMÁS sobressaiu pelo talento, também conquistava pela simplicidade e humildade. Primeiramente, o serviço do próximo e a ajuda particular aos companheiros. Depressa atinge op mais alto magistério. Começa em Colónia e passa em seguida para o Estudo Geral de São Tiago, em Paris. Religioso como era, teve ali de aguentar os ataques de GUILHERME DO SANTO AMOR e dos outros mestres seculares. Regulares e seculares debatiam-se duma maneira que, à distância de séculos, nos parece bem ridícula. Nessa altura, o papa ALEXANDRE IV, informado, deu a TOMÁS, com 31 anos de idade, a «licentia docendi», a licença mais alta de ensinar, consagração dos seus méritos. Mas a situação esteve longe de acalmar com isso; e o Papa interveio de novo, mandando à Faculdade receber TOMÁS DE AQUINO no seu seio, com plenitude de honras e direitos. Três anos durou este seu primeiro magistério em Paris, que andou junto a outras ocupações, bem diversas do ensino. Redigiu também nessa altura os Comentários à Sagrada Escritura e ao Mestre das Sentenças, os tratados De Trinitate e De Veritate, e começou a Summa contra Gentiles.
Depois de tomar parte no capítulo geral da Ordem, em que ajudou a organizar os estudos filosóficos e teológicos, voltou à Itália, onde foi teólogo e consultor pontifício, professor com enorme êxito e corrector dos estudos filosóficos aristotélicos entre os dominicanos. Depois terminou a Summa contra Gentiles e começou a glossa escriturística Catena aurea e a Summa Theologica.
Em França de novo, envolve-se em batalhas de ideias mais aguerridas que a primeira: defende Aristóteles de inquinamentos do árabe Averrois. E termina a Summa Theologica, obra transcendental, em 1272. Compõe ainda outros tratados. Alcança o máximo do prestígio na corte do rei São LUÍS. Mas o clima de desordens e greves entre os alunos tornam a interromper as suas tarefas docentes. E volta à pátria, pedindo para reger uma cátedra na Universidade de Nápoles.
Estando São TOMÁS a orar com todo o fervor aos pés dum Crucifixo, ouviu estas palavras do Senhor: «Escreveste bem de mim, TOMÁS; que recompensa desejas?» E dele respondeu logo àquela voz: «Senhor, não quero outra recompensa, senão Vós mesmo».
Atingida a maturidade, entra agora mais nos problemas da vida quotidiana . Tem de ocupar-se em ajudar uma irmã que enviuvara, em solucionar problemas da sua família dominicana, e dedica-se muito à pregação apostólica. Canta liturgicamente as glórias do Santíssimo Sacramento no ofício da festa do Corpo de Deus. Sobre o mesmo assunto prega em Roma diante do Papa. E prega nas basílicas romanas ao povo; a respeito dos sermões da Paixão e Ressurreição em Santa Maria Maior, foi escrito este comentário: «Comoveu o povo até às lágrimas quando falava da paixão de Cristo; e no dia de Páscoa, levou-o até aos maiores transportes de alegria, associando-se ao incontivel gozo da Santíssima Virgem pela ressurreição do seu Filho». A respeito de pregações em Nápoles conserva-se este testemunho: «A multidão debatia-se para o escutar, ouvindo-o com tanta atenção e reverência como se falasse o próprio Deus». Um dia, a seguir a uma iluminação sobrenatural durante a Missa, deixou de escrever porque tudo lhe parecia "palha" ao lado do que tinha contemplado. Também deixará de pregar e de falar com os homens, para se abismar no diálogo directo com Deus. Assim passou os últimos dias. Fora sempre, como foi escrito, «homem contemplativo de modo admirável». Sabedoria, Caridade e Paz , foram, as três qualidades características da sua vida espiritual, como escreve um dos seus modernos apologistas.
Chamado pelo Papa, ia a caminho do II Concílio de Lião quando faleceu no mosteiro cisterciense de Fossá Nuova. Isto a 7 de Março de 1274. Foi canonizado em 1323. Em 1567, São PIO V elevou-o a Doutor da Igreja. E em 1879 foi constituído, por LEÃO XIII, patrono especial de todas as universidades católicas; e por PIO XI, em 1923, de todas as escolas católicas.
Valério, Santo
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Vimos (em 22 de Janeiro) como VALÉRIO se salvou momentaneamente, devido ao seu tartamudear e à eloquência do diácono VICENTE. Mas houve unicamente uma espera. O processo foi retomado na semana seguinte, e o Bispo de Saragoça foi condenado à deportação. Julga-se que foi exilado para Anet (Aragão) e que aí morreu uns 10 anos mais tarde (por volta de 315)
No mosteiro de Reomé, perto de Langres, na Nêustria, França, São JOÃO presbitero homem de Deus, que reuniu numerosos monges sob a Regra de São Macário. (554)
TIAGO, Santo
Comemoração de São TIAGO eremita na Palestina que passou muito tempo num sepulcro por penitência. (séc. VI)
JULIÃO, Santo
No mosteiro de São Frediano, Pisa,. Etrúria, Itália, o beato BARTOLOMEU AIUTAMICRISTO religioso da Ordem Camaldulense. (1224)
JULIÃO MAUNOIR, Beato
Em Plévin, na Bretanha, França, o beato JULIÃO MAUNOIR presbitero da Companhia de Jesus que durante quarenta e dois anos se dedicou totalmente às missões populares, tanto nas aldeias como nas cidades. (1683)
ÁGUEDA LIN ZHAO,
JERÓNIMO LU TINGMEI e
LOURENÇO WANG BING, Santos
Em Maokou, Guizhou, China, os santos ÁGUEDA LIN ZHAO, virgem, JERÓNIMO LU TINGMEI e LOURENÇO WANG BING mártires que sendo catequistas, no tempo do imperador Wenzongxian foram denunciados como cristãos e por isso degolados. (1858)
JOSÉ FREINADEMETZ, Santo
Em Daijiahuang, província de Shandong, na China, São JOSÉ FREINADEMETZ presbitero da Sociedade do Verbo Divino que trabalhou incansavelmente na acção evangelizadora desta região. (1908)
MARIA LUÍSA MONTESINOS ORDUÑA, Beata
Em Picassent, Valência, Espanha, a beata MARIA LUÍSA MONTESINOS ORDUÑA virgem e mártir que, durante a perseguição contra a fé, pelo martírio se tornou participante na vitória de Cristo. (1937)
OLÍMPIA (OLGA BIDÁ), Beata
No campo de concentração de Kharsk, perto de Tomsk, na Sibéria, Rússia, a beata OLÍMPIA (Olga Bidá) virgem da Congregação das Irmãs de São José e mártir, que, no regime de perseguição contra a fé, suportou todas as adversidades por amor de Cristo. (1952)
e ainda
AGATA LIN ZHAO, Santa
Lin Zhao nacque nel 1817 a Ma-Trang, nella provincia di Guizhou, poco dopo che suo padre venne arrestato perché cattolico. Venne battezzata col nome di Agata tre anni dopo, alla sua liberazione.
Da bambina imparò a leggere e scrivere, cosa rara per l’epoca. Non era solo bella d’aspetto, ma anche molto intelligente: queste qualità fecero in modo che venisse promessa in sposa alla famiglia Li. Tuttavia, a diciott’anni, fece voto privato di verginità e, non appena venne a sapere della promessa, supplicò i suoi genitori di annullare il matrimonio. Anche se la cancellazione delle nozze avrebbe danneggiato la reputazione della sua famiglia nel circondario, le venne concessa.
In quello stesso anno, il padre francescano Matteo Liu le suggerì di entrare alla scuola femminile di Guiyang, per migliorare la sua istruzione.
Appena due anni dopo, dovette tornare a casa: a causa di una nuova persecuzione, suo padre era stato nuovamente arrestato e torturato. La famiglia, inoltre, venne derubata di tutti i propri beni e terreni. Quando l’uomo venne liberato, era così ammalato da non poter più lavorare, così Agata e sua madre dovettero guadagnarsi da vivere in prima persona. Padre Liu, però, venne a trovarla: l’incoraggiò e le suggerì d’insegnare il catechismo ai bambini nel tempo libero.
Dopo la morte del padre, sua madre decise di andare a vivere con un figlio nato dalle sue precedenti nozze, permettendo così ad Agata di seguire la sua vocazione. La giovane, così, divenne la direttrice di un’altra scuola femminile fondata da padre Liu e, a venticinque anni, professò formalmente il voto di verginità. Un anno dopo monsignor Albrand, il nuovo Amministratore Apostolico della diocesi di Guizhou, la incaricò dell’insegnamento alle bambine cristiane a Guiyang. Là visse austeramente, ospitata dall’insegnante Girolamo Lu Tingmei.
Quando lui e l’amico Lorenzo Wang Bing vennero arrestati e interrogati e, successivamente, liberati per avere tempo per riflettere, andarono a trovare Agata, alloggiata presso un certo Lu Ting Chen, per incoraggiarla:
«Vergine Agata, non aver paura», disse Girolamo. «Abbiamo avuto un lungo dialogo sulla fede cattolica con il mandarino. Mi sembra che il mandarino abbia parlato bene, alla fine. Senza dubbio, non abbiamo nulla da temere».
Agata, all’epoca trentanovenne, rispose:
«Preparate le vostre anime. Forse ci sarà il martirio o almeno, molto probabilmente, sarete condotti alla città di Lang-tai-tin per esservi giudicati».
Nel corso del secondo interrogatorio a cui i due catechisti vennero sottoposti, precisamente quando fu il turno di Lorenzo, il magistrato accusò Agata di essere venuta in città per collaborare al presunto complotto che credeva essere in atto da parte dei cristiani.
Poco dopo, fu il turno della vergine, che era stata arrestata forse o durante l’interrogatorio di Girolamo o al termine di esso. Quando i soldati, accompagnati da alcuni pagani, giunsero nella casa di Ting Chen, trovarono la stanza che fungeva da classe vuota, perché i bambini erano scappati. Era rimasta solo Agata, inginocchiata in preghiera, forse perché consapevole dell’arresto imminente. Dopo che ebbe consegnato alla padrona di casa i suoi effetti personali, seguì i soldati.
Gli Annali delle Missioni Estere di Parigi registrano che ella indossava un gilet di pelle sopra una lunga veste di colore blu scuro imbottita di cotone, due altre vesti più corte di cotone e dei calzoni viola. In testa portava un telo bianco, alla maniera del velo delle suore, che le copriva i capelli.
Entrata nel tribunale, piegò le ginocchia davanti al mandarino che fungeva da giudice, che l’interpellò in tono brusco:
«Perché vi mettete così vicino? Allontanatevi. Inginocchiatevi laggiù.
Agata indietreggiò di qualche passo e s’inginocchiò accanto a Lorenzo Wang Bing. Quando il funzionario ebbe finito d’interrogare lui, si rivolse alla vergine.
«Qual è il vostro cognome?».
Rispose a voce alta e comprensibile a tutti:
«Il mio cognome è Lin».
«Il vostro cognome Lin è quello dei vostri genitori, o quello della famiglia dove siete entrata col matrimonio?».
«È il nome dei miei genitori, che l’hanno ricevuto da mia nonna, perché io non mi sono sposata.
«Perché vi siete dispensata dal matrimonio?».
«Io, povera e umile donna, conservo la verginità».
«Voi preservate la verginità! Ahi! Tutti si devono sposare. Rinunciando al matrimonio, distruggete una delle cinque relazioni necessarie fra gli uomini [secondo la tradizione cinese]. Come dunque avete potuto venire a Maokou? Chi vi ha mandata qui? Perché vi siete venuta?».
«Sono venuta per insegnare i libri».
«Quali libri insegnate? […]]».
«In questo paese, le bambine ignorano la nostra lingua e la nostra educazione. Io gliele insegno, affinché esse possano contrarre onesti matrimoni e quindi conversare con facilità con i genitori del loro marito. Inoltre, io insegno loro l’obbedienza. Infine, queste bambine imparano a rendere a ciascuno l’onore che gli è dovuto».
«Il mandarino non credeva a quello che la vergine raccontava: non capiva perché una donna sola, di un’etnia diversa da quella degli abitanti del luogo, si fosse avventurata in un luogo così lontano dal suo villaggio d’origine. Evidentemente, concluse, lei e gli altri due stavano architettando qualcosa di sospetto, sotto il pretesto di fare gli insegnanti. Le chiese dunque:
«Vi pentite di praticare questa religione cattiva?».
La vergine, con tono di voce pacato, rispose:
«Io non mi pento! I signori Lu e Wang sono uomini; io, povera e umile donna, vergine, cosa potrei fare con loro contro la pace pubblica? Il grande uomo [il mandarino] mi ordina di rinunciare alla mia religione: come lo potrei? L’ho ricevuta dai miei antenati. Povera e umile donna, io adoro lo Spirito supremo, Principio sovrano di tutti gli esseri. Non posso rinunciare alla mia religione».
«Siete pazza! Voi non volete ubbidire al prefetto! Quale differenza tra il prefetto e i Chong-kia-tse [l’etnia che abitava a Maokou]: loro vi chiamano e voi venite per insegnare ai giovani e ai vecchi, mentre quando il prefetto vi ordina di rinunciare a questa setta e di tornare alla vostra famiglia, rifiutate di obbedirgli e lo disprezzate! Per questo, immediatamente, vi condanno a morte. Non lo capite?».
E, prendendo il suo pennello per scrivere, il mandarino tracciò la sua sentenza: «La donna chiamata Lin, che predica e pratica la religione del Signore del cielo, sarà punita con la morte». La stessa condanna fu emessa contro Lorenzo e Girolamo, il quale, appena l’ebbe udita, esclamò: «Gesù, salvaci!».
Fin qui il racconto come è descritto dagli Annali delle Missioni Estere di Parigi. Altre fonti affermano che Agata, non sopportando oltre gli insulti del prefetto, gli avesse chiesto: «Essere un tempio della castità significa mancare di rispetto alle autorità?». Subito dopo, gli altri due catechisti si mostrarono d’accordo con lei, causando la comune condanna.
Il 28 gennaio 1858 si consumò il loro martirio, circa verso le nove del mattino. Agata, mentre seguiva le guardie, non era legata, ma camminava di buon passo. Infine, i tre catechisti vennero condotti al terreno di esecuzione, sulla riva sinistra del fiume Ou. Il boia, per cominciare, strappò alla donna il segno della sua consacrazione, poi le legò i piedi, e sebbene chiedesse a coloro i quali la ammanettavano che lo facessero lentamente, non gli diedero retta.
Le crudeltà continuarono: il primo colpo di spada non la decapitò, bensì la colpì sul viso e la gettò al suolo. In seguito, il boia prese un coltello e cominciò a tagliare per staccarle la testa dalle spalle, ma, non si sa se per puro divertimento o per espresso ordine del mandarino, si fermò per toglierle il gilé che aveva addosso. La voce della martire, ancora viva, l’interruppe: «Preferisco che tu mi tagli cento volte con il tuo coltello piuttosto che tu mi tolga i vestiti».
Infuriato, il boia le colpì il collo con quell’arma per sette volte, al fine di staccarle la testa dal collo; ci riuscì al ventesimo colpo. Gli oltraggi non erano terminati: il cadavere di Agata venne oltraggiato proprio nel modo in cui lei non voleva. Di fronte all’evidenza, il mandarino si rese conto di aver sbagliato nell’essersi preso gioco di lei.
Si diffuse la voce che, al momento dell’esecuzione, tre fasci di luce rossa e uno di luce bianca fossero apparsi attorno a loro. Si disse anche che alcuni non cattolici, dopo la loro morte, avessero visto tre globi di luce salire in cielo. Alcuni loro amici, di notte, vennero a seppellirli.
Una curiosa leggenda racconta che un barbiere avesse tagliato le lunghe trecce che Agata portava sotto il velo, prima che lei venisse seppellita. Di notte, l’uomo sentì una voce femminile gridare: «Mi hanno rubato i miei capelli! Ridatemeli!»; subito corse a riportarli al luogo dell’esecuzione. Fatto sta che proprio alcune trecce attribuite alla martire, insieme a dei frammenti di ossa, vennero in possesso della Venerabile Paolina Jaricot, fondatrice dell’Opera della Propagazione della Fede, e oggi sono esposti nella sua casa-museo a Lione. Altre sue reliquie sono state collocate sotto l’altar maggiore della cattedrale di Anlong.
Agata Lin e i suoi compagni di martirio vennero inclusi nel gruppo di 33 martiri dei Vicariati Apostolici di Guizhou, Tonchino Occidentale e Cocincina, il cui decreto sul martirio venne promulgato il 2 agosto 1908. La beatificazione, ad opera di san Pio X, avvenne il 2 maggio 1909. Inseriti nel più ampio gruppo dei 120 martiri cinesi, capeggiati da Agostino Zhao Rong, vennero infine iscritti nell’elenco dei santi il 1 ottobre 2000, da parte del Beato Giovanni Paolo II.
Il ricordo della vergine insegnante è rimasto vivo, soprattutto come protettrice delle vocazioni femminili asiatiche. Ad esempio, l’“Annuaire de l’Eglise catholique en Chine” del 1950 riportava, fra le congregazioni religiose di diritto diocesano del Vicariato Apostolico di Anlong, il nome delle “Suore della Beata Agata Lin”. Quella Congregazione era nata nel 1937, quando ventidue giovani, sotto la supervisione delle Suore Missionarie Canadesi di Nostra Signora degli Angeli, avevano iniziato la scuola per le prime aspiranti. Infine, vale la pena di segnalare che una Casa di noviziato dell’Istituto del Verbo Incarnato, situata a Lipa, nelle Filippine, è intitolata a lei.
ÂNGELO DE CANOSA, Beato
Il Beato Angelo da Canosa è un francescano vissuto nella prima metà del quindicesimo secolo. Lo si definisce confessore, ed uomo che visse all’insegna dell’innocenza e della perfezione celeste.
Alfonso Germinario in un suo articolo c’informa di aver trovato un manoscritto a Roma dove si parla proprio di questo giovane frate. “Il Beato Angelo di Canosa, laico dell’ordine Francescano, di virtù ricchissimo e dotato di singolar candore e di costumi, riposa nel convento di Capestrano della provincia di San Bernardino e di cui fa menzione il Martirologio Francesano”.
Anche nel volume sulle opere spirituali di mons. Paolo Regio, si parla di lui: “Nella chiesa di S. Maria di Capistrano, giace il Fr. Agnolo di Canosa Singolar unico della povertà et opera miracoli”.
La tradizione ci tramanda come anno della sua morte il 1452.
La sua santità è testimoniata da un primo fatto miracoloso alla sua morte. Infatti, durante il suo funerale un malato toccò la sua bara e immediatamente guarì.
Nel martirologio francescano è ricordato con queste parole: “Capistrani in Aprutio, beati Angeli a Canusio laici et confessoris, summae innocentiae et perfetionis viri”.
Nello stesso testo si ricorda la celebrazione della sua festa nel giorno 28 gennaio.
ANTONIO DA BURGOS, Beato
Il Beato Antonio da Burgos è un converso francescano che visse bel XIV secolo. La tradizione ci tramanda che fu un francescano che esercitò gli umili uffici di questuante, portinaio e cuoco.
E’ unanime ritenere che morì il 28 gennaio 1342.
Nel Martirologio francescano è ricordata la sua festa alla data del 28 gennaio.
MARIA LUISA MONTESINOS ORDUÑA, Beata
CARLOS MAGNO, Santo
La canonizzazione di Carlomagno nel 1165 da parte dell'antipapa Pasquale III non è che un momento dello straordinario destino postumo dell'imperatore d'Occidente. Qui si ricorderà brevemente ciò che, nella sua vita e nella sua opera, ha fornito occasione a un culto in alcune regioni cristiane.
Nato nel 742, primogenito di Pipino il Breve, gli succedette il 24 settembre 768 come sovrano d'una parte del regno dei Franchi, divenendo unico re alla morte (771) del fratello Carlomanno. Chiamato in aiuto dal papa Adriano I, scese in Italia, contro Desiderio, re dei Longobardi, nell'aprile 774. In cambio d'una promessa di donazione di territori italiani al sommo pontefice, riceve il titolo di re dei Longobardi quando lo sconfitto Desiderio fu rinchiuso nel monastero di Corbie. Nel 777 iniziò una serie di campagne per la sottomissione e l'evangelizzazione dei Sassoni, capeggiati da Vitichindo. Dopo una cerimonia di Battesimo collettivo a Paderborn, la rivalsa dei vinti fu soffocata, nelle campagne del 782-85, con tremendi massacri, fra i quali quello di molte migliaia di prigionieri a Werden. Spintosi oltre i Pirenei, nella futura Marca di Spagna, Carlomagno subì nel,778 un grave rovescio a Roncisvalle. Nelle successive discese in Italia (781 e 787) stabilì legami con l'Impero d'Oriente (fidanzamento di sua figlia Rotrude col giovane Costantino VI), e s'inserì sempre più a fondo, attraverso i missi carolingi, nella vita di Roma. Consacrato re d'Italia e spinto a occuparsi del patrimonio temporale della Chiesa, non trascurò il suo ruolo di riformatore, continuando l'opera iniziata dal padre col concorso di S. Bonifacio. Nel 779, benché occupatissimo per le rivolte dei Sassoni, promulgò un capitolare sui beni della Chiesa e i diritti vescovili, e accentuò la sua azione riformatrice sotto l'impulso dei chierici e dei proceres ecclesiastici e, soprattutto, di Alcuino e di Teodulfo d'Orleans.
La celebre “Admonitio generalis” del 789 mostra a pieno la concezione di Carlomagno in materia di politica religiosa, richiamandosi all'esempio biblico del re Giosia per il quale il bisogno più urgente è ricondurre il popolo di Dio nelle vie del Signore, per far regnare ed esaltare la sua legge. Nascono da questa esigenza il rinascimento degli studi, la revisione del testo delle Scritture operata da Alcuino, la costituzione dell'omeliario di Paolo Diacono.
Al concilio di Francoforte del 794, Carlomagno si erge di fronte a Bisanzio come il legittimo crede degli imperatori d'Occidente, promotori di concili e guardiani della fede. Non è un caso che i testi relativi alla disputa delle immagini (Libri Carolini), benché redatti da Alcuino o da Teodulfo, portino il nome di Carlomagno. Pertanto, l'incoronazione imperiale del giorno di Natale dell'anno 800 non fu che il coronamento d'una politica che il papato non poté fare a meno di riconoscere, sollecitando la protezione del sovrano e accettandolo, nella persona di Leone III, come giudice delle sue controversie. Ma Carlomagno (come mostrano le origini della disputa sul “Filioque”) estese la sua influenza fino alla Palestina. La sua sollecitudine per il restauro delle chiese di Gerusalemme e dei luoghi santi mediante questue (prescritte in un capitolare dell'810) gli valse più tardi il titolo di primo dei crociati. Del patronato esercitato sulla Chiesa dalla forte personalità di Carlomagno restano monumenti documentari ed encomiastici negli “Annales”, che ricordano i concili da lui presieduti, le chiese e i monasteri da lui fondati.
La vita privata di Carlomagno fu obiettivamente deplorevole. E non si possono certo dimenticare due ripudi e molti concubinati, né i massacri giustificati dalla sola vendetta o la tolleranza per la libertà dei costumi di corte. Non mancano, tuttavia, indizi di una sensibilità di Carlomagno per la colpa, in tempi piuttosto grossolani e corrotti. Il suo biografo Eginardo informa che Carlomagno non apprezzava punto i giovani, sebbene li praticasse, e, per quanto la sua vita religiosa personale ci sfugga, sappiamo che egli teneva molto all'esatta osservanza dei riti liturgici che faceva celebrare, specialmente ad Aquisgrana (odierna Aachen), con sontuoso decoro. Cosi, quando mori ad Aquisgrana il 28 gennaio 814, Carlomagno lasciò dietro di sé il ricordo di molti meriti che la posterità si incaricò di glorificare. La valorizzazione del prestigio di Carlomagno assunse il carattere di un'operazione politica durante la lotta delle Investiture e il conflitto fra il Sacerdozio e l'Impero. La prima cura di Ottone I, nel farsi consacrare ad Aquisgrana (962), fu quella di ripristinare la tradizione carolingia per servirsene.
Nell'anno 1000, Ottone III scopri ad Aquisgrana il corpo di Carlomagno in circostanze in cui l'immaginazione poteva facilmente sbrigliarsi. Nel sec. XI, mentre Gregorio VII scorgeva nell'incoronazione imperiale di Carlomagno la ricompensa dei servigi da lui resi alla cristianità, gli Enriciani esaltarono il patronato esercitato dall'imperatore sulla Chiesa. Quando l'impero divenne oggetto di competizione fra principi germanici, Federico I, invocando gli esempi della canonizzazione di Enrico II (1146), di Edoardo il Confessore (1161), di Canuto di Danimarca (1165), pretese e ottenne dall'antipapa Pasquale III la canonizzazione di Carlomagno col rito dell'elevazione agli altari (29 dic. 1165). Egli pensò di gettare in tal modo discredito su Alessandro III, che gli rifiutava l'impero, e, insieme, sui Capetingi che lo pretendevano. E se più tardi Filippo Augusto, vincitore di Federico II a Bouvines nel 1214, si richiamò alle analoghe vittorie di Carlomagno sui Sassoni, lo stesso Federico II si fece incoronare ad Aquisgrana il 25 luglio 1215 e dispose, due giorni dopo, una solenne traslazione delle reliquie di Carlomagno. Intanto Innocenzo III, risoluto sostenitore della teoria delle “due spade”, ricordava che è il papa che eleva all'impero e dipingeva Carlomagno come uno strumento passivo della traslazione dell'impero da Oriente a Occidente. La grande figura di Carlomagno venne piegata a interpretazioni opposte almeno fino all'elezione di Carlo V.
Ma a parte le utilizzazioni politiche contrastanti, il culto di Carlomagno appare ben radicato nella tradizione letteraria e nell'iconografia. Il tono agiografico è già evidente nei racconti di Eginardo e del monaco di S. Gallo di poco posteriori alla morte dell'imperatore. Rabano Mauro, abate di Fulda e arcivescovo di Magonza, iscrive Carlomagno nel suo Martirologio. La leggenda di Carlomagno è soprattutto abbellita dagli aspetti missionari della sua vita.
A Gerusalemme, la chiesa di S. Maria Latina conservava il suo ricordo. Alla fine del sec. X si credeva che l'imperatore si fosse recato in Terrasanta in pellegrinaggio. Urbano II, nel 1095, esaltava la sua memoria davanti ai primi crociati. Nel 1100 l'avventura transpirenaica dei paladini si trasfigurò in crociata, attraverso l'interpretazione della Chanson de Roland. Ognuno ricorda la frequenza di interventi soprannaturali nelle “chansons de gestes”: Carlomagno è assistito dall'angelo Gabriele; Dio gli parla in sogno; simile a Giosué, egli arresta il sole; benché il suo esercito formicoli di chierici, benedice o assolve lui. stesso i combattenti, ecc.
Dal sec. XII al XV si moltiplicano le testimonianze di un culto effettivo di C., connesse da un lato con la fedeltà delle fondazioni carolingie alla memoria del fondatore, dall'altro con l'atteggiamento dei vescovi verso gli Staufen, principali promotori del culto imperiale. A Strasburgo si trova un altare prima del 1175, a Osnabruck e ad Aquisgrana prima del 1200. Nel 1215, in seguito alla consacrazione di Federico II e alle cerimonie che l'accompagnarono, si stabilirono due festività: il 28 genn. (data della morte di C.), festa solenne con ottava, e il 29 dic., festa della traslazione. Roma rispose istituendo la festa antimperiale di S. Tommaso Becket, campione della Chiesa di fronte al potere politico; ma nel 1226 il cardinale Giovanni di Porto consacrò ufficialmente ad Aquisgrana un altare “in honorem sanctorum apostolorum et beati Karoli regis”. A Ratisbona, il monastero di S. Emmerano e quello di S. Pietro, occupato dagli Irlandesi, adottarono, nonostante l'estraneità dell'episcopato, il culto di Carlomagno che, secondo M. Folz, si andò estendendo in un’area esagonale con densità più forti nelle regioni di Treviri, di Fulda, di Norimberga e di Lorsch. Nel 1354, Carlo IV fondò presso Magonza, nell'Ingelheim, un oratorio in onore del S. Salvatore e dei beati Venceslao e Carlomagno. Toccato l'apogeo nel sec. XV, il culto di Carlomagno non fu abolito neppure dalla Riforma, tanto da sopravvivere fino al sec. XVIII in una prospettiva politica, presso i Febroniani.
In Francia, nel sec. XIII, una confraternita di Roncisvalle si stabilì a S. Giacomo della Boucherie. Carlo V (1364-80) fece di Carlomagno un protettore della casa di Francia alla pari di S. Luigi, e ne portò sullo scettro l'effigie con l'iscrizione “Sanctus Karolus Magnus”. Nel 1471, Luigi XI estese a tutta la Francia la celebrazione della festa di Carlomagno il 28 genn. Nel 1478, Carlomagno fu scelto come patrono della confraternita dei messaggeri dell'università e, dal 1487, fu festeggiato come protettore degli scolari (nel collegio di Navarra si celebrò fino al 1765, il 28 genn., una Messa con panegirico). Per queste ragioni il cardinale Lambertini, futuro Benedetto XIV, indicò nel caso di Carlomagno un tipico esempio di equivalenza fra una venerazione tradizionale e una. regolare beatificazione (De servorum Dei beatificatione, I, cap. 9, n. 4).
Oggi il culto di Carlomagno si celebra solo ad Aachen, con rito doppio di prima classe, il 28 genn. con ottava; la solennità è fissata alla prima domenica dopo la festa di S. Anna. A Metten ed a Múnster (nei Grigioni) il culto è “tollerato” per indulto della S. Congregazione dei Riti.
EMILIANO DE TREVI, Santo
GENTILE GIUSTI, Beata
JOÃO DE MEDINA, Beato
Insigne Dottore in Sacra Teologia, il Beato Giovanni de Medina, fu un mercedario zelantissimo nella carità e di grandi virtù. Inviato a redimere in Africa, liberò 259 schiavi dalle mani dei mori, ponendo fine alla loro disperata e dura prigionia. L’Ordine lo festeggia il 28 gennaio
RICCARDO, Beato
San Riccardo è il secondo abate della famosa abbazia cistercense di Vaucelles in origine Notre-Dame de Vaucelles. L’abbazia la cui fondazione, è stata voluta, dallo stesso San Bernardo, ha inclusa tra le sue mura la più grande chiesa abbaziale cistercense al mondo e che si trova nel comune di Rues-des-Vignes, venne soppressa nel 1790.
San Riccardo d’origine inglese entrò come monaco a Clairvaux. Solo nel 1132 san Bernardo lo inviò con altri monaci a Vaucelles per la fondazione dell’Abbazia.
Egli successe al primo abate san Radulfo, nel 1152 contribuendo in prima persona alla prosperità del monastero. E proprio per questo gli storici raccontano che su sua richiesta, l’imperatore Federico Barbarossa riconobbe tutti gli antichi previlegi e ne concesse di nuovi all’abbazia.
Si ritiene che san Riccardo sia morto il giorno 28 gennaio 1160 e che fu sepolto nella sala del capitolo accanto al primo abate san Radulfo.
Dopo il concilio lateranense, il suo corpo insieme a quello del primo abate e a quello del terzo abate Nicola, venne traslato nel chiostro vicino alla porta dell’abbazia dall’abate Adelgo, che resse le sorti del monastero tra il 1166 e il 1181.
La festa per San Riccardo nel Menologio Cistercense è stata fissata nel giorno 28 gennaio.
JOÃO DE REOME, Santo
Nel monastero di Réom presso Langres nel territorio della Neustria, in Francia, san Giovanni, sacerdote, uomo a Dio sottomesso, che radunò dei monaci sotto la regola di san Macario
GIROLAMO LU TIN GMEI, Santo
MEALAN DI CELLE ROIS, Santo
Il 28 genn. nel Martirologio di Tallaght e in quello del Donegal è ricordato Meallan di Cill Ruis, o Cell Rois, oggi Kilrush, nella contea di Clare. O'Hanlon, sulla scorta della tradizione pa-triziana quale è riferita da Goscelino, avanza l'ipotesi di una possibile identificazione di Meallan con Meldan o Mellan, giovane chierico irlandese, che con i suoi compagni Lugacius, Columban (o Columba), Lugad (o Lugadius), Cassanus e Ceranus (cioè Cia-rano di Saigir) fu benedetto da s. Patrizio di ritorno da un viaggio a Roma o in procinto di intraprenderne uno. I sei giovani erano desiderosi di istruirsi nelle Sacre Scritture e furono confortati dalla profezia di Patrizio, secondo cui essi sarebbero divenuti sacerdoti e poi vescovi, profezia che puntualmente si avverò
PIETRO WONG SI-JANG, Beato
Memória de São TOMÁS DE AQUINO, presbitero da Ordem dos Pregadores e doutor da Igreja, que, dotado de grandes dons intelectuais, comunicou aos outros, por meio do ensino oral e escrito, a sua extraordinária sabedoria. Chamado pelo beato Papa GREGÓRIO X para participar no Concílio Ecuménico de Lião II, morreu durante a viagem no mosteiro de Fossanova, no Lácio, no dia 7 de Março. Alguns anos depois o seu corpo foi trasladado para Tolouse. (1274)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Não foi TOMÁS dos santos mais desfigurados por lendas ingénuas ou tradições biográfica. Mas as suas dimensões de gigante dom pensamento costumam levar a que seja muito fragmentariamente conhecido. Não desejaríamos passar em silêncio aspectos muito humanos da sua vida.
Apresenta-se como natureza vigorosa, de dimensões atléticas no corpo e de energias esforçadas na alma. Síntese perfeita duma herança lombarda por linha paterna, de AQUINO, e normanda pela materna, dos condes de Teate. Último filho varão de família numerosa: doze irmãos, guerreiros e cavaleiros, poetas e teólogos, abadessas ou madres.
Recebeu dos monges negros do Monte Cassino a primeira instrução. Vicissitudes de guerra entre o Pontificado e o Império levaram-no a continuar os estudos na Universidade de Nápoles, onde teve ocasião de conhecer a Ordem de São Domingos, para a qual veio a orientar-se aos 19 anos. Renunciou ao próprio eu e entregou-se generosamente ao chamamento. Mas encontrou obstinada oposição familiar. Supera com suave diplomacia os afagos insistentes da mãe - a condessa Teodora - e das amadas irmãs, esforçado e valenmte se manterá diante da violência brutal dos irmãos guerreiros, quando, brandindo um tição incandescente, afugentará a insinuante provocação duma má mulher que lhe fora trazida. «Esta vitória valeu, à Igreja toda, a santidade e a ciência de TOMÁS», viria a dizer um Pontífice Romano. Anos mais tarde, tornará inúteis as ofertas, decididas e aprovadas pelo Papa, da abadia mitrada de Monte Cassino e da Sé Arquiepiscopal de Nápoles.
Nos desígnios de Deus sobre jovem tão excepcional, não só têm decisiva importância os dotes extraordinários de inteligência vivíssima e de laboriosidade infatigável, mas também a trajectória da sua formação pausada e lenta enriquecerá essas possibilidades, fazendo-as atingir proporções absolutamente inesperadas. Com 19 anos de idade e 14 de estudos, chega ao ambiente de formação profunda da Ordem Dominicana, cujo lema ninguém melhor que TOMÁS soube formular depois de o viver: «Contemplar e transmitir o fruto da contemplação», Roma e Bolonha, Nápoles e Roccasecca foram o cenário de um noviciado muito especial. A Ordem, com visão certeira, levá-lo-á a continuar os estudos de teologia em aulas de melhor estilo: S. Tiago de Paris, e principalmente Colónia durante quatro anos de transcendental importância junto dum mestre, também excepcional, ALBERTO MAGNO. A Bíblia e os Padres da Igreja, as sentenças e os teólogos, a ciência natural e a renovação aristotélica da filosofia, foram penetrando, fecundantes, naquele TOMÁS singular. Depressa chegaria à cátedra universitária.
Desde os dias infantis começara a atormentá-lo aquela profunda interrogação: «Quem é Deus?» Não era inquietação de dúvida mas ansiedade crescente de saber e amor esforçado da verdade. A síntese do que foi a sua vida de estudante descreve-a TOMÁS nestes certeiros conselhos a um estudante: «Pureza requintada de consciência; aplicação incansável nas horas de estudo, esforço para compreender a fundo tudo o que se lê e ouve; trabalho para vencer toda a dúvida e chegar à certeza; refugiar-se quanto possível a sala de armas do espírito».
Se o estudante TOMÁS sobressaiu pelo talento, também conquistava pela simplicidade e humildade. Primeiramente, o serviço do próximo e a ajuda particular aos companheiros. Depressa atinge op mais alto magistério. Começa em Colónia e passa em seguida para o Estudo Geral de São Tiago, em Paris. Religioso como era, teve ali de aguentar os ataques de GUILHERME DO SANTO AMOR e dos outros mestres seculares. Regulares e seculares debatiam-se duma maneira que, à distância de séculos, nos parece bem ridícula. Nessa altura, o papa ALEXANDRE IV, informado, deu a TOMÁS, com 31 anos de idade, a «licentia docendi», a licença mais alta de ensinar, consagração dos seus méritos. Mas a situação esteve longe de acalmar com isso; e o Papa interveio de novo, mandando à Faculdade receber TOMÁS DE AQUINO no seu seio, com plenitude de honras e direitos. Três anos durou este seu primeiro magistério em Paris, que andou junto a outras ocupações, bem diversas do ensino. Redigiu também nessa altura os Comentários à Sagrada Escritura e ao Mestre das Sentenças, os tratados De Trinitate e De Veritate, e começou a Summa contra Gentiles.
Depois de tomar parte no capítulo geral da Ordem, em que ajudou a organizar os estudos filosóficos e teológicos, voltou à Itália, onde foi teólogo e consultor pontifício, professor com enorme êxito e corrector dos estudos filosóficos aristotélicos entre os dominicanos. Depois terminou a Summa contra Gentiles e começou a glossa escriturística Catena aurea e a Summa Theologica.
Em França de novo, envolve-se em batalhas de ideias mais aguerridas que a primeira: defende Aristóteles de inquinamentos do árabe Averrois. E termina a Summa Theologica, obra transcendental, em 1272. Compõe ainda outros tratados. Alcança o máximo do prestígio na corte do rei São LUÍS. Mas o clima de desordens e greves entre os alunos tornam a interromper as suas tarefas docentes. E volta à pátria, pedindo para reger uma cátedra na Universidade de Nápoles.
Estando São TOMÁS a orar com todo o fervor aos pés dum Crucifixo, ouviu estas palavras do Senhor: «Escreveste bem de mim, TOMÁS; que recompensa desejas?» E dele respondeu logo àquela voz: «Senhor, não quero outra recompensa, senão Vós mesmo».
Atingida a maturidade, entra agora mais nos problemas da vida quotidiana . Tem de ocupar-se em ajudar uma irmã que enviuvara, em solucionar problemas da sua família dominicana, e dedica-se muito à pregação apostólica. Canta liturgicamente as glórias do Santíssimo Sacramento no ofício da festa do Corpo de Deus. Sobre o mesmo assunto prega em Roma diante do Papa. E prega nas basílicas romanas ao povo; a respeito dos sermões da Paixão e Ressurreição em Santa Maria Maior, foi escrito este comentário: «Comoveu o povo até às lágrimas quando falava da paixão de Cristo; e no dia de Páscoa, levou-o até aos maiores transportes de alegria, associando-se ao incontivel gozo da Santíssima Virgem pela ressurreição do seu Filho». A respeito de pregações em Nápoles conserva-se este testemunho: «A multidão debatia-se para o escutar, ouvindo-o com tanta atenção e reverência como se falasse o próprio Deus». Um dia, a seguir a uma iluminação sobrenatural durante a Missa, deixou de escrever porque tudo lhe parecia "palha" ao lado do que tinha contemplado. Também deixará de pregar e de falar com os homens, para se abismar no diálogo directo com Deus. Assim passou os últimos dias. Fora sempre, como foi escrito, «homem contemplativo de modo admirável». Sabedoria, Caridade e Paz , foram, as três qualidades características da sua vida espiritual, como escreve um dos seus modernos apologistas.
Chamado pelo Papa, ia a caminho do II Concílio de Lião quando faleceu no mosteiro cisterciense de Fossá Nuova. Isto a 7 de Março de 1274. Foi canonizado em 1323. Em 1567, São PIO V elevou-o a Doutor da Igreja. E em 1879 foi constituído, por LEÃO XIII, patrono especial de todas as universidades católicas; e por PIO XI, em 1923, de todas as escolas católicas.
Valério, Santo
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Vimos (em 22 de Janeiro) como VALÉRIO se salvou momentaneamente, devido ao seu tartamudear e à eloquência do diácono VICENTE. Mas houve unicamente uma espera. O processo foi retomado na semana seguinte, e o Bispo de Saragoça foi condenado à deportação. Julga-se que foi exilado para Anet (Aragão) e que aí morreu uns 10 anos mais tarde (por volta de 315)
JOÃO, Santo
No mosteiro de Reomé, perto de Langres, na Nêustria, França, São JOÃO presbitero homem de Deus, que reuniu numerosos monges sob a Regra de São Macário. (554)
TIAGO, Santo
Comemoração de São TIAGO eremita na Palestina que passou muito tempo num sepulcro por penitência. (séc. VI)
JULIÃO, Santo
Em Cuenca, na actual Castela-la-Mancha, Espanha, São JULIÃO bispo que ilustrou a Igreja como segundo prelado desta cidade depois de recuperada aos Mouros pondo ao dispor dos pobres os bens da Igreja e adquirindo o seu sustento quotidiano com o trabalho das próprias mãos
BARTOLOMEU AIUTAMICRISTO, Beato
No mosteiro de São Frediano, Pisa,. Etrúria, Itália, o beato BARTOLOMEU AIUTAMICRISTO religioso da Ordem Camaldulense. (1224)
JULIÃO MAUNOIR, Beato
Em Plévin, na Bretanha, França, o beato JULIÃO MAUNOIR presbitero da Companhia de Jesus que durante quarenta e dois anos se dedicou totalmente às missões populares, tanto nas aldeias como nas cidades. (1683)
ÁGUEDA LIN ZHAO,
JERÓNIMO LU TINGMEI e
LOURENÇO WANG BING, Santos
Em Maokou, Guizhou, China, os santos ÁGUEDA LIN ZHAO, virgem, JERÓNIMO LU TINGMEI e LOURENÇO WANG BING mártires que sendo catequistas, no tempo do imperador Wenzongxian foram denunciados como cristãos e por isso degolados. (1858)
JOSÉ FREINADEMETZ, Santo
Em Daijiahuang, província de Shandong, na China, São JOSÉ FREINADEMETZ presbitero da Sociedade do Verbo Divino que trabalhou incansavelmente na acção evangelizadora desta região. (1908)
MARIA LUÍSA MONTESINOS ORDUÑA, Beata
Em Picassent, Valência, Espanha, a beata MARIA LUÍSA MONTESINOS ORDUÑA virgem e mártir que, durante a perseguição contra a fé, pelo martírio se tornou participante na vitória de Cristo. (1937)
OLÍMPIA (OLGA BIDÁ), Beata
No campo de concentração de Kharsk, perto de Tomsk, na Sibéria, Rússia, a beata OLÍMPIA (Olga Bidá) virgem da Congregação das Irmãs de São José e mártir, que, no regime de perseguição contra a fé, suportou todas as adversidades por amor de Cristo. (1952)
e ainda
AGATA LIN ZHAO, Santa
Lin Zhao nacque nel 1817 a Ma-Trang, nella provincia di Guizhou, poco dopo che suo padre venne arrestato perché cattolico. Venne battezzata col nome di Agata tre anni dopo, alla sua liberazione.
Da bambina imparò a leggere e scrivere, cosa rara per l’epoca. Non era solo bella d’aspetto, ma anche molto intelligente: queste qualità fecero in modo che venisse promessa in sposa alla famiglia Li. Tuttavia, a diciott’anni, fece voto privato di verginità e, non appena venne a sapere della promessa, supplicò i suoi genitori di annullare il matrimonio. Anche se la cancellazione delle nozze avrebbe danneggiato la reputazione della sua famiglia nel circondario, le venne concessa.
In quello stesso anno, il padre francescano Matteo Liu le suggerì di entrare alla scuola femminile di Guiyang, per migliorare la sua istruzione.
Appena due anni dopo, dovette tornare a casa: a causa di una nuova persecuzione, suo padre era stato nuovamente arrestato e torturato. La famiglia, inoltre, venne derubata di tutti i propri beni e terreni. Quando l’uomo venne liberato, era così ammalato da non poter più lavorare, così Agata e sua madre dovettero guadagnarsi da vivere in prima persona. Padre Liu, però, venne a trovarla: l’incoraggiò e le suggerì d’insegnare il catechismo ai bambini nel tempo libero.
Dopo la morte del padre, sua madre decise di andare a vivere con un figlio nato dalle sue precedenti nozze, permettendo così ad Agata di seguire la sua vocazione. La giovane, così, divenne la direttrice di un’altra scuola femminile fondata da padre Liu e, a venticinque anni, professò formalmente il voto di verginità. Un anno dopo monsignor Albrand, il nuovo Amministratore Apostolico della diocesi di Guizhou, la incaricò dell’insegnamento alle bambine cristiane a Guiyang. Là visse austeramente, ospitata dall’insegnante Girolamo Lu Tingmei.
Quando lui e l’amico Lorenzo Wang Bing vennero arrestati e interrogati e, successivamente, liberati per avere tempo per riflettere, andarono a trovare Agata, alloggiata presso un certo Lu Ting Chen, per incoraggiarla:
«Vergine Agata, non aver paura», disse Girolamo. «Abbiamo avuto un lungo dialogo sulla fede cattolica con il mandarino. Mi sembra che il mandarino abbia parlato bene, alla fine. Senza dubbio, non abbiamo nulla da temere».
Agata, all’epoca trentanovenne, rispose:
«Preparate le vostre anime. Forse ci sarà il martirio o almeno, molto probabilmente, sarete condotti alla città di Lang-tai-tin per esservi giudicati».
Nel corso del secondo interrogatorio a cui i due catechisti vennero sottoposti, precisamente quando fu il turno di Lorenzo, il magistrato accusò Agata di essere venuta in città per collaborare al presunto complotto che credeva essere in atto da parte dei cristiani.
Poco dopo, fu il turno della vergine, che era stata arrestata forse o durante l’interrogatorio di Girolamo o al termine di esso. Quando i soldati, accompagnati da alcuni pagani, giunsero nella casa di Ting Chen, trovarono la stanza che fungeva da classe vuota, perché i bambini erano scappati. Era rimasta solo Agata, inginocchiata in preghiera, forse perché consapevole dell’arresto imminente. Dopo che ebbe consegnato alla padrona di casa i suoi effetti personali, seguì i soldati.
Gli Annali delle Missioni Estere di Parigi registrano che ella indossava un gilet di pelle sopra una lunga veste di colore blu scuro imbottita di cotone, due altre vesti più corte di cotone e dei calzoni viola. In testa portava un telo bianco, alla maniera del velo delle suore, che le copriva i capelli.
Entrata nel tribunale, piegò le ginocchia davanti al mandarino che fungeva da giudice, che l’interpellò in tono brusco:
«Perché vi mettete così vicino? Allontanatevi. Inginocchiatevi laggiù.
Agata indietreggiò di qualche passo e s’inginocchiò accanto a Lorenzo Wang Bing. Quando il funzionario ebbe finito d’interrogare lui, si rivolse alla vergine.
«Qual è il vostro cognome?».
Rispose a voce alta e comprensibile a tutti:
«Il mio cognome è Lin».
«Il vostro cognome Lin è quello dei vostri genitori, o quello della famiglia dove siete entrata col matrimonio?».
«È il nome dei miei genitori, che l’hanno ricevuto da mia nonna, perché io non mi sono sposata.
«Perché vi siete dispensata dal matrimonio?».
«Io, povera e umile donna, conservo la verginità».
«Voi preservate la verginità! Ahi! Tutti si devono sposare. Rinunciando al matrimonio, distruggete una delle cinque relazioni necessarie fra gli uomini [secondo la tradizione cinese]. Come dunque avete potuto venire a Maokou? Chi vi ha mandata qui? Perché vi siete venuta?».
«Sono venuta per insegnare i libri».
«Quali libri insegnate? […]]».
«In questo paese, le bambine ignorano la nostra lingua e la nostra educazione. Io gliele insegno, affinché esse possano contrarre onesti matrimoni e quindi conversare con facilità con i genitori del loro marito. Inoltre, io insegno loro l’obbedienza. Infine, queste bambine imparano a rendere a ciascuno l’onore che gli è dovuto».
«Il mandarino non credeva a quello che la vergine raccontava: non capiva perché una donna sola, di un’etnia diversa da quella degli abitanti del luogo, si fosse avventurata in un luogo così lontano dal suo villaggio d’origine. Evidentemente, concluse, lei e gli altri due stavano architettando qualcosa di sospetto, sotto il pretesto di fare gli insegnanti. Le chiese dunque:
«Vi pentite di praticare questa religione cattiva?».
La vergine, con tono di voce pacato, rispose:
«Io non mi pento! I signori Lu e Wang sono uomini; io, povera e umile donna, vergine, cosa potrei fare con loro contro la pace pubblica? Il grande uomo [il mandarino] mi ordina di rinunciare alla mia religione: come lo potrei? L’ho ricevuta dai miei antenati. Povera e umile donna, io adoro lo Spirito supremo, Principio sovrano di tutti gli esseri. Non posso rinunciare alla mia religione».
«Siete pazza! Voi non volete ubbidire al prefetto! Quale differenza tra il prefetto e i Chong-kia-tse [l’etnia che abitava a Maokou]: loro vi chiamano e voi venite per insegnare ai giovani e ai vecchi, mentre quando il prefetto vi ordina di rinunciare a questa setta e di tornare alla vostra famiglia, rifiutate di obbedirgli e lo disprezzate! Per questo, immediatamente, vi condanno a morte. Non lo capite?».
E, prendendo il suo pennello per scrivere, il mandarino tracciò la sua sentenza: «La donna chiamata Lin, che predica e pratica la religione del Signore del cielo, sarà punita con la morte». La stessa condanna fu emessa contro Lorenzo e Girolamo, il quale, appena l’ebbe udita, esclamò: «Gesù, salvaci!».
Fin qui il racconto come è descritto dagli Annali delle Missioni Estere di Parigi. Altre fonti affermano che Agata, non sopportando oltre gli insulti del prefetto, gli avesse chiesto: «Essere un tempio della castità significa mancare di rispetto alle autorità?». Subito dopo, gli altri due catechisti si mostrarono d’accordo con lei, causando la comune condanna.
Il 28 gennaio 1858 si consumò il loro martirio, circa verso le nove del mattino. Agata, mentre seguiva le guardie, non era legata, ma camminava di buon passo. Infine, i tre catechisti vennero condotti al terreno di esecuzione, sulla riva sinistra del fiume Ou. Il boia, per cominciare, strappò alla donna il segno della sua consacrazione, poi le legò i piedi, e sebbene chiedesse a coloro i quali la ammanettavano che lo facessero lentamente, non gli diedero retta.
Le crudeltà continuarono: il primo colpo di spada non la decapitò, bensì la colpì sul viso e la gettò al suolo. In seguito, il boia prese un coltello e cominciò a tagliare per staccarle la testa dalle spalle, ma, non si sa se per puro divertimento o per espresso ordine del mandarino, si fermò per toglierle il gilé che aveva addosso. La voce della martire, ancora viva, l’interruppe: «Preferisco che tu mi tagli cento volte con il tuo coltello piuttosto che tu mi tolga i vestiti».
Infuriato, il boia le colpì il collo con quell’arma per sette volte, al fine di staccarle la testa dal collo; ci riuscì al ventesimo colpo. Gli oltraggi non erano terminati: il cadavere di Agata venne oltraggiato proprio nel modo in cui lei non voleva. Di fronte all’evidenza, il mandarino si rese conto di aver sbagliato nell’essersi preso gioco di lei.
Si diffuse la voce che, al momento dell’esecuzione, tre fasci di luce rossa e uno di luce bianca fossero apparsi attorno a loro. Si disse anche che alcuni non cattolici, dopo la loro morte, avessero visto tre globi di luce salire in cielo. Alcuni loro amici, di notte, vennero a seppellirli.
Una curiosa leggenda racconta che un barbiere avesse tagliato le lunghe trecce che Agata portava sotto il velo, prima che lei venisse seppellita. Di notte, l’uomo sentì una voce femminile gridare: «Mi hanno rubato i miei capelli! Ridatemeli!»; subito corse a riportarli al luogo dell’esecuzione. Fatto sta che proprio alcune trecce attribuite alla martire, insieme a dei frammenti di ossa, vennero in possesso della Venerabile Paolina Jaricot, fondatrice dell’Opera della Propagazione della Fede, e oggi sono esposti nella sua casa-museo a Lione. Altre sue reliquie sono state collocate sotto l’altar maggiore della cattedrale di Anlong.
Agata Lin e i suoi compagni di martirio vennero inclusi nel gruppo di 33 martiri dei Vicariati Apostolici di Guizhou, Tonchino Occidentale e Cocincina, il cui decreto sul martirio venne promulgato il 2 agosto 1908. La beatificazione, ad opera di san Pio X, avvenne il 2 maggio 1909. Inseriti nel più ampio gruppo dei 120 martiri cinesi, capeggiati da Agostino Zhao Rong, vennero infine iscritti nell’elenco dei santi il 1 ottobre 2000, da parte del Beato Giovanni Paolo II.
Il ricordo della vergine insegnante è rimasto vivo, soprattutto come protettrice delle vocazioni femminili asiatiche. Ad esempio, l’“Annuaire de l’Eglise catholique en Chine” del 1950 riportava, fra le congregazioni religiose di diritto diocesano del Vicariato Apostolico di Anlong, il nome delle “Suore della Beata Agata Lin”. Quella Congregazione era nata nel 1937, quando ventidue giovani, sotto la supervisione delle Suore Missionarie Canadesi di Nostra Signora degli Angeli, avevano iniziato la scuola per le prime aspiranti. Infine, vale la pena di segnalare che una Casa di noviziato dell’Istituto del Verbo Incarnato, situata a Lipa, nelle Filippine, è intitolata a lei.
ÂNGELO DE CANOSA, Beato
Il Beato Angelo da Canosa è un francescano vissuto nella prima metà del quindicesimo secolo. Lo si definisce confessore, ed uomo che visse all’insegna dell’innocenza e della perfezione celeste.
Alfonso Germinario in un suo articolo c’informa di aver trovato un manoscritto a Roma dove si parla proprio di questo giovane frate. “Il Beato Angelo di Canosa, laico dell’ordine Francescano, di virtù ricchissimo e dotato di singolar candore e di costumi, riposa nel convento di Capestrano della provincia di San Bernardino e di cui fa menzione il Martirologio Francesano”.
Anche nel volume sulle opere spirituali di mons. Paolo Regio, si parla di lui: “Nella chiesa di S. Maria di Capistrano, giace il Fr. Agnolo di Canosa Singolar unico della povertà et opera miracoli”.
La tradizione ci tramanda come anno della sua morte il 1452.
La sua santità è testimoniata da un primo fatto miracoloso alla sua morte. Infatti, durante il suo funerale un malato toccò la sua bara e immediatamente guarì.
Nel martirologio francescano è ricordato con queste parole: “Capistrani in Aprutio, beati Angeli a Canusio laici et confessoris, summae innocentiae et perfetionis viri”.
Nello stesso testo si ricorda la celebrazione della sua festa nel giorno 28 gennaio.
ANTONIO DA BURGOS, Beato
Il Beato Antonio da Burgos è un converso francescano che visse bel XIV secolo. La tradizione ci tramanda che fu un francescano che esercitò gli umili uffici di questuante, portinaio e cuoco.
E’ unanime ritenere che morì il 28 gennaio 1342.
Nel Martirologio francescano è ricordata la sua festa alla data del 28 gennaio.
MARIA LUISA MONTESINOS ORDUÑA, Beata
Maria Luisa Montesinos Orduña, fedele laica dell’arcidiocesi di Valencia, nacque il 3 marzo 1901 in tale città e fu battezzata due giorni dopo. Ricevette il sacramento della confermazione il 18 marzo 1907, all’età di soli sei anni, nella chiesa di Sant’Andrea Apostolo.
Educata in un collegio di religiose, conseguì una buona cultura generale. La sua vita si orientò poi al servizio dei propri genitori. Aderì all’Azione Cattolica Spagnola e partecipò quotidianamente alla celebrazione eucaristica, distinguendosi inoltre per la sua devozione mariana. Fu un’attiva catechista, si dedicò alla cura degli ammalati ed alla carità verso i poveri.
Allo scoppio della guerra civile e della feroce persecuzione religiosa che attraversò la Spagna, Maria Luisa fu chiamata ad effondere il suo sangue e donare la vita per difendere la sua fede in Cristo, insieme alla sua famiglia: il padre, una sorella, due fratelli e una zia. L’eccidio ebbe luogo il 28 gennaio 1937 a Picassent, nei pressi di Valencia.
Papa Giovanni Paolo II l’11 marzo 2001 elevò agli onori degli altari ben 233 vittime della medesima persecuzione, tra le quali la Beata Maria Luisa Montesinos Orduña, che viene oggi festeggiata nell’anniversario del suo martirio.
CARLOS MAGNO, Santo
La canonizzazione di Carlomagno nel 1165 da parte dell'antipapa Pasquale III non è che un momento dello straordinario destino postumo dell'imperatore d'Occidente. Qui si ricorderà brevemente ciò che, nella sua vita e nella sua opera, ha fornito occasione a un culto in alcune regioni cristiane.
Nato nel 742, primogenito di Pipino il Breve, gli succedette il 24 settembre 768 come sovrano d'una parte del regno dei Franchi, divenendo unico re alla morte (771) del fratello Carlomanno. Chiamato in aiuto dal papa Adriano I, scese in Italia, contro Desiderio, re dei Longobardi, nell'aprile 774. In cambio d'una promessa di donazione di territori italiani al sommo pontefice, riceve il titolo di re dei Longobardi quando lo sconfitto Desiderio fu rinchiuso nel monastero di Corbie. Nel 777 iniziò una serie di campagne per la sottomissione e l'evangelizzazione dei Sassoni, capeggiati da Vitichindo. Dopo una cerimonia di Battesimo collettivo a Paderborn, la rivalsa dei vinti fu soffocata, nelle campagne del 782-85, con tremendi massacri, fra i quali quello di molte migliaia di prigionieri a Werden. Spintosi oltre i Pirenei, nella futura Marca di Spagna, Carlomagno subì nel,778 un grave rovescio a Roncisvalle. Nelle successive discese in Italia (781 e 787) stabilì legami con l'Impero d'Oriente (fidanzamento di sua figlia Rotrude col giovane Costantino VI), e s'inserì sempre più a fondo, attraverso i missi carolingi, nella vita di Roma. Consacrato re d'Italia e spinto a occuparsi del patrimonio temporale della Chiesa, non trascurò il suo ruolo di riformatore, continuando l'opera iniziata dal padre col concorso di S. Bonifacio. Nel 779, benché occupatissimo per le rivolte dei Sassoni, promulgò un capitolare sui beni della Chiesa e i diritti vescovili, e accentuò la sua azione riformatrice sotto l'impulso dei chierici e dei proceres ecclesiastici e, soprattutto, di Alcuino e di Teodulfo d'Orleans.
La celebre “Admonitio generalis” del 789 mostra a pieno la concezione di Carlomagno in materia di politica religiosa, richiamandosi all'esempio biblico del re Giosia per il quale il bisogno più urgente è ricondurre il popolo di Dio nelle vie del Signore, per far regnare ed esaltare la sua legge. Nascono da questa esigenza il rinascimento degli studi, la revisione del testo delle Scritture operata da Alcuino, la costituzione dell'omeliario di Paolo Diacono.
Al concilio di Francoforte del 794, Carlomagno si erge di fronte a Bisanzio come il legittimo crede degli imperatori d'Occidente, promotori di concili e guardiani della fede. Non è un caso che i testi relativi alla disputa delle immagini (Libri Carolini), benché redatti da Alcuino o da Teodulfo, portino il nome di Carlomagno. Pertanto, l'incoronazione imperiale del giorno di Natale dell'anno 800 non fu che il coronamento d'una politica che il papato non poté fare a meno di riconoscere, sollecitando la protezione del sovrano e accettandolo, nella persona di Leone III, come giudice delle sue controversie. Ma Carlomagno (come mostrano le origini della disputa sul “Filioque”) estese la sua influenza fino alla Palestina. La sua sollecitudine per il restauro delle chiese di Gerusalemme e dei luoghi santi mediante questue (prescritte in un capitolare dell'810) gli valse più tardi il titolo di primo dei crociati. Del patronato esercitato sulla Chiesa dalla forte personalità di Carlomagno restano monumenti documentari ed encomiastici negli “Annales”, che ricordano i concili da lui presieduti, le chiese e i monasteri da lui fondati.
La vita privata di Carlomagno fu obiettivamente deplorevole. E non si possono certo dimenticare due ripudi e molti concubinati, né i massacri giustificati dalla sola vendetta o la tolleranza per la libertà dei costumi di corte. Non mancano, tuttavia, indizi di una sensibilità di Carlomagno per la colpa, in tempi piuttosto grossolani e corrotti. Il suo biografo Eginardo informa che Carlomagno non apprezzava punto i giovani, sebbene li praticasse, e, per quanto la sua vita religiosa personale ci sfugga, sappiamo che egli teneva molto all'esatta osservanza dei riti liturgici che faceva celebrare, specialmente ad Aquisgrana (odierna Aachen), con sontuoso decoro. Cosi, quando mori ad Aquisgrana il 28 gennaio 814, Carlomagno lasciò dietro di sé il ricordo di molti meriti che la posterità si incaricò di glorificare. La valorizzazione del prestigio di Carlomagno assunse il carattere di un'operazione politica durante la lotta delle Investiture e il conflitto fra il Sacerdozio e l'Impero. La prima cura di Ottone I, nel farsi consacrare ad Aquisgrana (962), fu quella di ripristinare la tradizione carolingia per servirsene.
Nell'anno 1000, Ottone III scopri ad Aquisgrana il corpo di Carlomagno in circostanze in cui l'immaginazione poteva facilmente sbrigliarsi. Nel sec. XI, mentre Gregorio VII scorgeva nell'incoronazione imperiale di Carlomagno la ricompensa dei servigi da lui resi alla cristianità, gli Enriciani esaltarono il patronato esercitato dall'imperatore sulla Chiesa. Quando l'impero divenne oggetto di competizione fra principi germanici, Federico I, invocando gli esempi della canonizzazione di Enrico II (1146), di Edoardo il Confessore (1161), di Canuto di Danimarca (1165), pretese e ottenne dall'antipapa Pasquale III la canonizzazione di Carlomagno col rito dell'elevazione agli altari (29 dic. 1165). Egli pensò di gettare in tal modo discredito su Alessandro III, che gli rifiutava l'impero, e, insieme, sui Capetingi che lo pretendevano. E se più tardi Filippo Augusto, vincitore di Federico II a Bouvines nel 1214, si richiamò alle analoghe vittorie di Carlomagno sui Sassoni, lo stesso Federico II si fece incoronare ad Aquisgrana il 25 luglio 1215 e dispose, due giorni dopo, una solenne traslazione delle reliquie di Carlomagno. Intanto Innocenzo III, risoluto sostenitore della teoria delle “due spade”, ricordava che è il papa che eleva all'impero e dipingeva Carlomagno come uno strumento passivo della traslazione dell'impero da Oriente a Occidente. La grande figura di Carlomagno venne piegata a interpretazioni opposte almeno fino all'elezione di Carlo V.
Ma a parte le utilizzazioni politiche contrastanti, il culto di Carlomagno appare ben radicato nella tradizione letteraria e nell'iconografia. Il tono agiografico è già evidente nei racconti di Eginardo e del monaco di S. Gallo di poco posteriori alla morte dell'imperatore. Rabano Mauro, abate di Fulda e arcivescovo di Magonza, iscrive Carlomagno nel suo Martirologio. La leggenda di Carlomagno è soprattutto abbellita dagli aspetti missionari della sua vita.
A Gerusalemme, la chiesa di S. Maria Latina conservava il suo ricordo. Alla fine del sec. X si credeva che l'imperatore si fosse recato in Terrasanta in pellegrinaggio. Urbano II, nel 1095, esaltava la sua memoria davanti ai primi crociati. Nel 1100 l'avventura transpirenaica dei paladini si trasfigurò in crociata, attraverso l'interpretazione della Chanson de Roland. Ognuno ricorda la frequenza di interventi soprannaturali nelle “chansons de gestes”: Carlomagno è assistito dall'angelo Gabriele; Dio gli parla in sogno; simile a Giosué, egli arresta il sole; benché il suo esercito formicoli di chierici, benedice o assolve lui. stesso i combattenti, ecc.
Dal sec. XII al XV si moltiplicano le testimonianze di un culto effettivo di C., connesse da un lato con la fedeltà delle fondazioni carolingie alla memoria del fondatore, dall'altro con l'atteggiamento dei vescovi verso gli Staufen, principali promotori del culto imperiale. A Strasburgo si trova un altare prima del 1175, a Osnabruck e ad Aquisgrana prima del 1200. Nel 1215, in seguito alla consacrazione di Federico II e alle cerimonie che l'accompagnarono, si stabilirono due festività: il 28 genn. (data della morte di C.), festa solenne con ottava, e il 29 dic., festa della traslazione. Roma rispose istituendo la festa antimperiale di S. Tommaso Becket, campione della Chiesa di fronte al potere politico; ma nel 1226 il cardinale Giovanni di Porto consacrò ufficialmente ad Aquisgrana un altare “in honorem sanctorum apostolorum et beati Karoli regis”. A Ratisbona, il monastero di S. Emmerano e quello di S. Pietro, occupato dagli Irlandesi, adottarono, nonostante l'estraneità dell'episcopato, il culto di Carlomagno che, secondo M. Folz, si andò estendendo in un’area esagonale con densità più forti nelle regioni di Treviri, di Fulda, di Norimberga e di Lorsch. Nel 1354, Carlo IV fondò presso Magonza, nell'Ingelheim, un oratorio in onore del S. Salvatore e dei beati Venceslao e Carlomagno. Toccato l'apogeo nel sec. XV, il culto di Carlomagno non fu abolito neppure dalla Riforma, tanto da sopravvivere fino al sec. XVIII in una prospettiva politica, presso i Febroniani.
In Francia, nel sec. XIII, una confraternita di Roncisvalle si stabilì a S. Giacomo della Boucherie. Carlo V (1364-80) fece di Carlomagno un protettore della casa di Francia alla pari di S. Luigi, e ne portò sullo scettro l'effigie con l'iscrizione “Sanctus Karolus Magnus”. Nel 1471, Luigi XI estese a tutta la Francia la celebrazione della festa di Carlomagno il 28 genn. Nel 1478, Carlomagno fu scelto come patrono della confraternita dei messaggeri dell'università e, dal 1487, fu festeggiato come protettore degli scolari (nel collegio di Navarra si celebrò fino al 1765, il 28 genn., una Messa con panegirico). Per queste ragioni il cardinale Lambertini, futuro Benedetto XIV, indicò nel caso di Carlomagno un tipico esempio di equivalenza fra una venerazione tradizionale e una. regolare beatificazione (De servorum Dei beatificatione, I, cap. 9, n. 4).
Oggi il culto di Carlomagno si celebra solo ad Aachen, con rito doppio di prima classe, il 28 genn. con ottava; la solennità è fissata alla prima domenica dopo la festa di S. Anna. A Metten ed a Múnster (nei Grigioni) il culto è “tollerato” per indulto della S. Congregazione dei Riti.
EMILIANO DE TREVI, Santo
Emiliano - ma sarebbe più corretto chiamarlo Miliano, come viene citato nei più antichi documenti e come viene ancora chiamato correntemente in Trevi – venne a Spoleto dall’Armenia alla fine del IIIsec.
Consacrato vescovo da papa Marcellino, fu inviato a Trevi dove già esisteva una comunità cristiana evangelizzata, ormai da un secolo, da Feliciano vescovo di Foligno.
Fu messo a morte sotto l’imperatore Diocleziano il 28 di gennaio del 304, insieme a tre suoi compagni, dopo innumerevoli supplizi invano inflittigli per indurlo ad abiurare. Fu decapitato a tre chilometri da Trevi, in località Bovara, zona sacra per i pagani, legato ad una pianta di olivo ( albero monumentale ancora esistente).
Patrono della città e del comune di Trevi, di cui fu il primo vescovo, è oggetto di culto e di grande venerazione da 17 secoli.
Il martirio e la morte sono minuziosamente descritti nella "Passio Sancti Miliani". Ne esistono due codici, uno del IX secolo a Montecassino e uno del XII secolo nell'archivio del duomo di Spoleto. Si ritiene che siano copie di un altro documento più antico, del V o VI secolo.
Nel racconto della sua passione sono narrati episodi del martirio che fanno esplicito riferimento ad importanti elementi del territorio evidenziando quanto indissolubilmente la figura del Partono sia legata alla stessa Trevi.
Le reliquie, di cui non si aveva più memoria, vennero rinvenute nel 1660 durante l’esecuzione di lavori nel duomo di Spoleto, forse trafugate a seguito di oscuri episodi delle feroci lotte medievali. Ora sono conservate nella chiesa, al Santo intitolata da sempre, sul punto più alto dell’abitato di Trevi.
La festa, celebrata da tempi remotissimi, in antico era molto più solenne, contornata da numerose manifestazioni sacre e profane, venendo a cadere agli inizi del carnevale.
La cerimonia più significativa è la straordinaria processione notturna, detta “dell’Illuminata”, la sera della vigilia (27 gennaio). È una delle più antiche manifestazioni “in tempo reale” risalente all’alto medioevo o addirittura al tardo antico. Vi prendevano parte, oltre al clero secolare e agli ordini regolari, le autorità e le rappresentanze delle varie arti e corporazioni medievali, sostituite ora dalle varie attività industriali, artigianali e commerciali del comune. Segue un percorso inalterato da oltre sette secoli, poiché ricalca il giro interno della mura antiche, non tenendo conto degli ampliamenti successivi al 1264.
Oltre che a Trevi, S. Emiliano armeno è venerato a Ripa di Perugia ove si celebra la festa nella domenica più prossima al 28 gennaio.
GENTILE GIUSTI, Beata
Le notizie sulla beata Gentile Giusti e della sua maestra spirituale e parente, Margherita Molli, ci sono pervenute stampate nell’edizione del 1535, di una “Vita di due Beatissime Donne, Margarita et Gentile”, compilata su notizie in parte ricevute dalla stessa Gentile Giusti, per quanto riguardava Margherita Molli e dal sacerdote Girolamo Maluselli per quanto riguardava Gentile, dal Canonico Regolare Lateranense (Agostiniano) padre Serafino Acuti de’ Porti da Fermo (1496-1540), quindi loro contemporaneo.
A completezza di queste notizie si aggiunge, che di questa edizione non esiste oggi nessun esemplare, ma solo una copia manoscritta di detta stampa, nell’Archivio Arcipretale di S. Apollinare in Russi (Ravenna). Successivi studi agiografici, si rifanno a quest’iniziale fonte editoriale.
Gentile Giusti, figlia di Tommaso Giusti di Verona e di Domenica Orioli di Russi, nacque a Ravenna nel 1471; già negli anni della fanciullezza frequentò la casa della sua parente, probabilmente cugina, la beata Margherita Molli (1442-1505) di Russi, laica penitente, mistica, cieca, rimanendo ammirata dalle sue straordinarie virtù e dalla sua fede, diventandone una discepola.
Verso il 1496 si sposò con un sarto veneziano Giacomo, soprannominato Pianella; dalla loro unione nacquero due figli, uno morì a sei anni, l’altro di nome Leone, divenne sacerdote e morì due anni prima della madre nel 1528.
Il matrimonio non ebbe un esito felice, a causa dei maltrattamenti ricevuti dall’irascibile e vizioso marito, che giunse perfino a denunziarla come strega, perché si dedicava troppo alla preghiera.
Ma il Vicario del vescovo, recatosi con lui alla sua casa, poté constatare l’infondatezza delle accuse, con un approfondito colloquio con Gentile; il marito mosso dalla disperazione se ne andò a Padova, abbandonandola in quel tempo di carestia, in grande povertà.
Qui cominciarono a vedersi i segni della Provvidenza, che prodigiosamente non le faceva mancare il sostentamento necessario; dopo molti anni, il marito ritornò a casa e costatato la divina assistenza verso di lei, cambiò opinione nei suoi riguardi, pentendosi anche per le preghiere della stessa moglie e morì poi nel 1511.
Nella sua vedovanza si dedicò alle attività caritative, curando gli infermi, svolgendo opera pacificatrice nelle famiglie divise da contrasti interni. Fu presente nell’aiutare gli ammalati, durante la peste che imperversò a Ravenna; come la sua maestra Margherita, anche a lei ricorrevano le persone bisognose di consiglio o di essere liberate dai loro affanni.
Lo stesso padre Girolamo Maluselli, raccontò all’autore della ‘Vita’, che egli si trovava lontano da Dio e non si confessava da quattro anni, saputo della fama di questa devota vedova, andò a trovarla e a lei si confidò, ascoltando i suoi ammaestramenti, per cui andò a confessarsi e sentendo in sé una nuova speranza, lasciò tutti gli affetti terreni, per trasferirsi al servizio di Dio come sacerdote.
Gentile Giusti ebbe anche il dono della profezia e quello di operare guarigioni prodigiose; morì santamente a Ravenna il 28 gennaio 1530 e già nel 1537, papa Paolo III autorizzò un processo sui miracoli attribuiti alla sua intercessione e a quella di Margherita Molli.
Coadiuvò alla trasformazione della ‘Confraternita del Buon Gesù’, dopo la morte della fondatrice Margherita Molli, in ‘Congregazione dei Preti del Buon Gesù’, insieme al condiscepolo Girolamo Maluselli, approvata poi da papa Paolo III nel 1538 e soppressa da Innocenzo X nel 1651 e la cui attività fu molto attiva a Ravenna e in Romagna.
Le sue reliquie nel 1659, furono unite a quelle della beata Margherita Molli, nella chiesa del Buon Gesù di Ravenna e dopo altre traslazioni le reliquie delle due beate parenti, riposano nella Chiesa Arcipretale di S. Apollinare in Russi (Ravenna).
Il culto è di origine popolare e la loro celebrazione si ha nell’ultima domenica di Gennaio.
Autore: Antonio Borrelli
Gentile di nome e di fatto, viene data in sposa ad un uomo che gentile non è affatto. Figlia di un orafo veronese, si sposa giovanissima con un sarto di Ravenna, tal Giacomo soprannominato Pianella: non tanto per amore, quanto per convenienza, sulla base della quale i genitori (siamo nella seconda metà del Quattrocento) combinavano i matrimoni, spesso all’insaputa dei figli. E il sarto Giacomo era sicuramente un “buon partito”, visto il buon mestiere e la gran clientela che aveva. Grossolano, poco sensibile e per niente religioso, Giacomo si dimostra l’esatto contrario di Gentile, che per natura è sensibilissima, molto devota e assai delicata. Così il suo non lo si può certo definire un matrimonio felice: maltrattata e derisa dal suo uomo, Gentile avrebbe più di un motivo per mandare all’aria un matrimonio che, di fatto, è basato più che altro sull’interesse. Ad un certo punto c’è addirittura l’abbandono del tetto coniugale, perchè Giacomo se ne va di casa e si trasferisce a Padova, lasciandola sola con due bimbi da allevare. Dicono abbia fatto le valigie per vergogna, perché, dopo aver denunciato la moglie per stregoneria, il vescovo di Ravenna in persona ha riconosciuto l’assoluta limpidezza, correttezza e religiosità di Gentile. Giacomo torna a casa quando gli fa comodo, parecchi anni dopo, e trova una moglie che nonostante tutto gli è stata fedele, ha allevato i figli (anche se uno è morto giovanissimo), ha continuato a pregare per la sua conversione. E avviene il miracolo della ritrovata unità familiare, con il cambiamento radicale dello suo stile di vita, grazie all’esempio della moglie che non ha mai cessato di amarlo. Giacomo muore poco dopo e Gentile, specializzatasi in pazienza, sopportazione e fedeltà, continua ad offrire il suo esempio di vedova dedita agli altri. Sembra che la sua missione specifica sia davvero quella di rendere migliore gli uomini che incontra: ne sa qualcosa Girolamo Maluselli, miscredente e violento, che dopo essersi confidato con lei ed aver ascoltato i suoi consigli, cambia vita e diventa sacerdote. Anche Leone, l’unico figlio rimastole e su cui Gentile riversa il suo affetto perché non segua l’esempio del padre, cambia vita e diventa sacerdote. Gentile, da parte sua, si ispira al modello di vita che le offre una sua lontana parente, Margherita, cieca e malandata per le aspre penitenze che si infligge. Ha rinunciato a tutti i suoi beni per donarli ai poveri, vive dell’altrui elemosina, prega e insegna il catechismo alle ragazze, è consultata da tutti perché ha il dono della profezia e con il suo esempio richiama i peccatori a conversione. Le sue preghiere sono particolarmente orientate verso l’unità dei cristiani e fonda la Confraternita del Buon Gesù, che si trasformerà in seguito nella “Congregazione dei Preti del Buon Gesù”. Margherita Molli muore il 23 gennaio 1505, Gentile Giusti il 28 gennaio 1530, ma ancora oggi, il paese di Russi e la zona di Ravenna riservano l’ultima domenica di gennaio per festeggiare insieme le due cugine, che dopo aver condiviso ideali e progetti di vita cristiana, riposano insieme in un’unica urna, circondate da una vivissima devozione.
Autore: Gianpiero Pettiti
JOÃO DE MEDINA, Beato
Insigne Dottore in Sacra Teologia, il Beato Giovanni de Medina, fu un mercedario zelantissimo nella carità e di grandi virtù. Inviato a redimere in Africa, liberò 259 schiavi dalle mani dei mori, ponendo fine alla loro disperata e dura prigionia. L’Ordine lo festeggia il 28 gennaio
RICCARDO, Beato
San Riccardo è il secondo abate della famosa abbazia cistercense di Vaucelles in origine Notre-Dame de Vaucelles. L’abbazia la cui fondazione, è stata voluta, dallo stesso San Bernardo, ha inclusa tra le sue mura la più grande chiesa abbaziale cistercense al mondo e che si trova nel comune di Rues-des-Vignes, venne soppressa nel 1790.
San Riccardo d’origine inglese entrò come monaco a Clairvaux. Solo nel 1132 san Bernardo lo inviò con altri monaci a Vaucelles per la fondazione dell’Abbazia.
Egli successe al primo abate san Radulfo, nel 1152 contribuendo in prima persona alla prosperità del monastero. E proprio per questo gli storici raccontano che su sua richiesta, l’imperatore Federico Barbarossa riconobbe tutti gli antichi previlegi e ne concesse di nuovi all’abbazia.
Si ritiene che san Riccardo sia morto il giorno 28 gennaio 1160 e che fu sepolto nella sala del capitolo accanto al primo abate san Radulfo.
Dopo il concilio lateranense, il suo corpo insieme a quello del primo abate e a quello del terzo abate Nicola, venne traslato nel chiostro vicino alla porta dell’abbazia dall’abate Adelgo, che resse le sorti del monastero tra il 1166 e il 1181.
La festa per San Riccardo nel Menologio Cistercense è stata fissata nel giorno 28 gennaio.
JOÃO DE REOME, Santo
Nel monastero di Réom presso Langres nel territorio della Neustria, in Francia, san Giovanni, sacerdote, uomo a Dio sottomesso, che radunò dei monaci sotto la regola di san Macario
GIROLAMO LU TIN GMEI, Santo
Lu Tingmei nacque nella contea di Langtai, nella provincia del Guizhou, nel 1811. Era il più anziano dei quattro figli di una famiglia benestante. Non era dotato solo di un fisico robusto, ma anche di un’intelligenza vivida, che gli permise di prendere il posto del padre, insegnante, quando lui andò in pensione. Era così stimato e rispettato che il magistrato del luogo ricorreva spesso ai suoi consigli, per via della sua vasta saggezza e conoscenza. Si sposò ed ebbe due figli e una figlia.
A trentotto anni divenne un membro della setta religiosa Quinshui. Solo quattro anni dopo, a seguito della lettura di alcuni libri presi in prestito da un certo Paolo Yang sugli insegnamenti della Chiesa Cattolica, riconobbe di aver compiuto una scelta sbagliata. Divenne un discepolo così zelante da condurre alla fede anche suo padre, sua sorella e alcuni amici. Nel 1853 ricevette i sacramenti del Battesimo e della Confermazione da padre Tommaso Luo e assunse il nome di Girolamo.
Dopo la morte di sua moglie, iniziò a vivere una vita austera e continuò la sua attività per la conversione dei suoi compaesani. Nel 1854 venne falsamente accusato di tradimento e patì numerose torture. L’anno dopo, offese alcuni dei suoi parenti stretti ipotizzando di costruire un luogo dove insegnare la fede cattolica. A cercare di dargli man forte giunse il missionario laico Lorenzo Wang Bing, in fuga perché falsamente accusato.
I due decisero di costruire un luogo dove predicare e fare catechismo, ossia una chiesa o cappella: Lorenzo voleva erigerla dietro il villaggio, mentre Girolamo preferiva uno spazio vuoto, accanto al tempio degli antenati; alla fine il suo parere prevalse. Uno zio non cristiano di Girolamo, Lu Sankong, e un cugino, Lu Kuepa, furono scontenti di quel progetto e decisero di contrastarlo con tutti i mezzi possibili, anche se l’autorità del loro parente era tale da non permettere nessuna opposizione aperta. Un altro zio, Lu Wenzai, aveva avuto un vago desiderio di farsi cristiano e aveva chiesto al nipote alcuni chiarimenti sulla dottrina, ma cambiò idea così radicalmente da diventare un persecutore dei neofiti. Per attuare il loro piano, attesero cinque giorni dall’inizio dei lavori di costruzione, poi, in segreto, riferirono ad alcuni soldati che un predicatore della religione cristiana, insieme ad alcuni compagni, voleva costruire un luogo di preghiera che sarebbe diventato più bello del tempio degli antenati.
I soldati ritennero che l’affare meritasse considerazione, così introdussero gli accusatori al funzionario che faceva da intermediario fra il popolo e il mandarino Tai Lu Che. Costui li indirizzò al suo superiore, che prima mandò due sottoposti a controllare la situazione a Maokou, poi vi si diresse personalmente. Dopo essersi consultato insieme ai capi del villaggio, il mandarino ordinò a tre soldati di prelevare Lorenzo e Girolamo.
Il 13 dicembre 1857, al momento dell’arresto, i due catechisti, insieme ad altri compagni, erano radunati per le preghiere della sera. Quando i soldati fecero loro cenno di seguirli, Girolamo prese con sé un opuscolo che conteneva il testo del trattato di tolleranza stipulato nel 1846 e due libricini cristiani, supponendo che sarebbe comparso davanti al mandarino.
Appena i due giunsero davanti a Tai Lu Che, egli iniziò l’interrogatorio, che qui traduciamo dagli Annali delle Missioni Estere di Parigi.
«Come vi chiamate?».
«Il mio nome è Lu».
«A quale setta appartenete?».
«Alla religione del Signore del Cielo».
«Qual è questa religione del Signore del Cielo?».
«Il Signore del Cielo è colui del quale sta scritto, nei libri cinesi: “Fate molta attenzione a colui che non vedete e temete colui che non sentite”. In effetti, la religione che io pratico è la religione antica, naturale, dei letterati, quella che professarono Confucio e Lao Tse».
«Dite più chiaramente, cos’è Dio?».
«Dio è Signore e Creatore del cielo e della terra e di tutti gli esseri; nei quattro libri lo si chiama Re Altissimo; ecco perché l’adoro».
«Voi sragionate davvero. Dato che siete un uomo intelligente, perché non m’imitate e diventate prefetto? Al mondo esistono solo tre religioni: quella delle lettere, per diventare perfetti; quella dei lavoratori, per avere di che mangiare; quella dei commercianti. Al di fuori di queste tre religioni, come credete che possa esistere una religione del Signore del Cielo? Non vedete che è stolto e stupido? Non sapete che un uomo è generato da un altro uomo, un animale da un altro animale, e che è così nella natura intera? Come dunque affermate che tutto è stato creato da Dio? Voi non avete un maestro?».
«Io non ho alcun maestro, leggo i libri cristiani da solo; da parte mia, ho esaminato con cura la loro dottrina e da me stesso ho praticato questa religione; non ho mai avuto nessun maestro».
«Vi volete ritirare o volete essere punito?».
«Se voi volete punirmi, mi piegherò; se volete che io mi ritiri, non posso».
«Vostro padre e vostra madre sono ancora vivi?».
«I miei genitori vivono ancora, hanno già ottanta anni. Noi siamo quattro fratelli e sorelle, separati da più di dieci anni; ciascuno, a turno, fornisce ai nostri genitori il cibo e quanto è necessario per vivere».
«Siete separato dai vostri fratelli e i vostri genitori chiedono a ciascuno di voi nutrimento come farebbero dei mendicanti? Avete dimenticato dunque gli otto precetti, ossia la pietà verso i genitori, l’amicizia fraterna, la fedeltà verso il principe, la sincerità verso gli amici, l’onestà verso i concittadini, la giustizia, la moderazione e il riserbo nelle conversazioni; meritate una condanna. Inoltre, questa religione del Signore del cielo e i suoi libri non sono del nostro Imperatore, è la religione dei regni stranieri; perché dunque l’avete abbracciata? Infine, voi avete un maestro? Se sinceramente mi direte il suo nome, vi risparmierò».
Girolamo ribadì:
«Ho comprato da solo dei libri e, leggendoli, ho compreso con chiarezza la verità di questa dottrina; allora l’ho seguita da me stesso. Affermo che non ho avuto alcun maestro per istruirmi».
«Ho pietà di voi e spero che vi migliorerete e che diventerete un uomo onesto. Tornate a casa vostra e riflettete per bene».
Dopo che anche Lorenzo fu interrogato e, insieme al compagno, venne scortato dalle guardie alla città di Guiyang, il mandarino commentò: «È spiacevole che questo Lu Tingmei, dotato di una così grande conoscenza, sia diventato adepto di una tale setta, perché non abbiamo speranza che acconsenta a lasciarla».
Terminato il processo, Girolamo condusse Lorenzo a casa sua, dove la moglie e i figli l’aspettavano con impazienza. Dopo un breve racconto dell’accaduto, disse ai figli:
«Penso che domani dovrò subire un nuovo interrogatorio. Tu, A Kao, e tu, A Mien, abbiate cura di onorare vostra madre e di non causarle alcun dispiacere. Siate laboriosi, lavorate nei campi. Ricevete il denaro che ci è dovuto, prendetelo se i debitori ve lo rendono volentieri, non forzate quelli che rifiuteranno o anche quelli che mostreranno una volontà contraria. Anzitutto, siate ferventi; recitate fedelmente ogni giorno le preghiere del mattino e della sera».
Rivolgendosi in particolare al figlio A Kao continuò:
«Non allarmatevi; forse sarò trattato come a Yun-lin-chu; se domani il mandarino mi condurrà a Lang-tai-tin, vi andrete per vedere quello che mi capiterà. Nel frattempo, ripeto, non temete nulla, anche se morissi molte volte, non bisogna piangere per me».
A sua madre, invece, disse:
«Madre, la persecuzione è iniziata; è una buona cosa, è la migliore. Accettiamo la nostra sorte, no domandiamo che essa cambi. Perciò, non aver paura».
Di seguito, si diresse con Lorenzo presso il luogo dov’era ospitata Agata Lin Zhao, una vergine che aveva educato numerose fanciulle in una scuola femminile. Sebbene anche lei fosse in pericolo di vita, incoraggiò i suoi compagni di fede.
Tornato a casa, Girolamo affermò davanti ai suoi:
«Forse presto morirò per Dio; tutta la mia fiducia è in lui».
Dopo una leggera cena, i membri della famiglia andarono a riposare, mentre Girolamo e Lorenzo, rimasti soli, vegliarono in preghiera. Avrebbero potuto fuggire durante la notte, ma preferirono restare, per evitare alla nascente comunità cristiana una persecuzione che l’avrebbe distrutta. Speravano, quindi, che la loro vita sarebbe bastata per assicurare la pace e procurare ai neofiti la libertà religiosa.
Nel frattempo, il mandarino era indeciso se condannare i due o meno, ma le insinuazioni dello zio di Girolamo lo fecero decidere per la pena capitale: affermò, infatti, che la religione che professava era cattiva e bisognava punirne i capi per dare un esempio. Dato che il funzionario non voleva che i suoi soldati fungessero da boia, i persecutori cercarono fra la popolazione di Maokou tre persone che compissero l’incarico.
Il luogo dell’esecuzione venne fissato sulle rive del fiume Ou. Vennero piantate quattro bandiere: due nere col bordo rosso e due bianche bordate di blu. I carnefici, in tutta tranquillità, si misero ad affilare le loro spade contro delle pietre.
Fra le sette e le otto del mattino del 14 dicembre, poco dopo che ebbero terminato la preghiera del mattino recitata in comune, Lorenzo e Girolamo seguirono i soldati che li avevano fatti chiamare su ordine di Tai Lu Che, presso l’albergo dove lui era alloggiato. Si prostrarono davanti al mandarino, poi rimasero in ginocchio; Lorenzo si trovava a sinistra del compagno. Il primo a essere interrogato fu Girolamo:
«Perché non avete abbracciato la religione dei letterati? Sulla terra, ci sono numerose religioni: la religione dei buoi, la religione dei cavalli e la religione degli uomini. Siete un uomo, seguite dunque la religione degli uomini, cioè la religione dei letterati che è la sola vera. Lu Tingmei, come avete potuto credere alle parole ingannatrici e bugiarde? Come avete potuto essere ingannato a tal punto che, voi siete giunto non solo a seguire questa religione, ma anche a propagarla? Io credo che voi non abbiate fatto cose molto gravi e nocive alla pace pubblica. Pertanto siete un uomo raccomandabile per i vostri studi letterari, e vi siete lasciati ingannare! Certamente ne avete già sofferto e fate soffrire gli altri, dato che trascurate gli affari pubblici. Non vi pentite della vostra adesione a questa religione? Davvero, non vi pentite? Non volete ormai occuparvi degli affari pubblici, come prima, per essere utili a tutti? Se mi rispondete affermativamente vi prometto la grazia, vi restituirò la libertà».
In quella circostanza, che avrebbe deciso della sua vita, Girolamo dimostrò una volta di più le sue capacità di catechista. Con voce chiara e toni semplici, pronunciò un’appassionata difesa della fede cattolica:
«Come posso pentirmi di aver abbracciato la santa religione che pratico! È buona, è la migliore. Questo cielo materiale non esisteva ancora, questa terra non era ancora stata creata e questa religione esisteva già. Il suo culto si riferisce al Principio supremo e primo fra gli esseri, che è un puro spirito.
Prima di abbracciare questa religione, l’ho confrontata con la storia universale [contenuta in un libro fatto pubblicare dalle autorità]. Da questo confronto emergono la sua verità e la sua eccellenza. È davvero la miglior religione. Se resta ancora qualche dubbio nello spirito del grand’uomo [il mandarino], reciterò davanti a lui i dieci precetti che insegna questa religione».
Così, il catechista elencò i Dieci Comandamenti. Durante la sua esposizione, il funzionario dimostrò, col proprio comportamento, di non aver capito nulla. Quando Girolamo ebbe terminato, gli chiese:
«Questi dieci precetti che avete recitato, dove li avete appresi? Avete dei libri dove si trovano?
«Come dicevo prima, studiando la storia universale ho trovato i precetti della religione cristiana, almeno in sostanza. Non solo i suoi adepti proclamano questi dieci precetti, ma gli stessi buoni pagani ne riconoscono la verità e la saggezza».
Con un breve commento per ciascun punto del Decalogo, Girolamo tentò di dimostrarne la verità, interrotto solo quando gli fu domandato, arrivato al terzo comandamento:
«Voi pregate solo in uno dei sette giorni della settimana?».
«Il settimo giorno, che è consacrato al Signore, noi ci asteniamo dai lavori servili fino a mezzogiorno [per dispensa della Santa Sede, i cattolici cinesi potevano lavorare da quell’ora in poi]».
Terminata l’esposizione, il mandarino rimase per un istante in silenzio. Poi, aspirando una presa di tabacco, disse:
«Bisogna che abbandoniate questa religione. Se adempirete questa condizione, vi rimetterò in libertà».
Uno dei capi del villaggio intervenne dichiarando che l’imputato non mostrava alcun segno di voler apostatare, ma Tai Lu Che lo ignorò, insistendo:
«Infine, vi pentite di seguire questa religione? Pertanto, se non volete rinunciarvi, il magistrato vi condannerà a morte? Lo capite? Non lo sapete?».
«Io, povero e umile, non posso pentirmi. Abbracciando la religione cristiana non ho fatto nulla che assomigli ad una ribellione; non ho ammesso nulla che non sia buono; ho voluto diventare un uomo di preghiera; non è una buona cosa darsi alla preghiera? Non mi pentirò mai. Ho voluto, seguendo questa religione del Signore del cielo, compiere il bene, guadagnarmi dei meriti; quando la mia testa cadrà a terra, la mia opera sarà compiuta. Grande uomo, voi avete studiato la letteratura, siete diventato saggio, e così siete stato elevato alla magistratura. Quanto a me, ho studiato la dottrina cristiana e sono stato elevato alla dignità di cristiano a cui non posso abdicare».
Nel vederlo inamovibile, il mandarino gli chiese:
«Nel consegnarvi alla morte, commetto un errore o no?».
Girolamo rispose con fermezza: «No!».
Dopo di lui, vennero interrogati Lorenzo e Agata, la quale era stata arrestata, non si sa se prima o durante il suo interrogatorio. Entrambi, seppur con differenti atteggiamenti, si dimostrarono altrettanto fermi nel non voler rinunciare alla fede. Di conseguenza, tutti e tre vennero condannati a morte. Appena ebbe udito la sentenza, Girolamo esclamò: «Gesù, salvaci!».
Il 28 gennaio 1858 si consumò il loro martirio, per decapitazione, sulla riva sinistra del fiume Ou. Si diffuse la voce che, al momento dell’esecuzione, tre fasci di luce, due rossi e uno bianco, fossero apparsi attorno a loro. Si disse anche che alcuni non cattolici, dopo la loro morte, avessero visto tre globi di luce salire in cielo. Alcuni loro amici, di notte, vennero a seppellirli.
Girolamo Lu Tingmei e i suoi compagni di martirio vennero inclusi nel gruppo di 33 martiri dei Vicariati Apostolici di Guizhou, Tonchino Occidentale e Cocincina, il cui decreto sul martirio venne promulgato il 2 agosto 1908. La beatificazione, ad opera di san Pio X, avvenne il 2 maggio 1909.
Inseriti nel più ampio gruppo dei 120 martiri cinesi, capeggiati da Agostino Zhao Rong, vennero infine iscritti nell’elenco dei santi il 1 ottobre 2000, da parte del Beato Giovanni Paolo II.
LORENZO WANG BING, Santo
Lorenzo Wang Bing, nativo di Guiyang, era l’unico figlio maschio in una famiglia cattolica. Durante la Rivolta del Loto Bianco, i suoi genitori vennero imprigionati insieme ad altri cristiani. Poco dopo, vennero esiliati a Yili, in Mongolia, e vi morirono. Lorenzo allora andò a vivere con sua sorella maggiore, ma quando anche lei venne esiliata andò ad abitare da una zia. A vent’anni si sposò con Maria Ly Che, la quale gli diede due figli e tre figlie. Era benestante e possedeva alcuni terreni. Era noto per la sua generosità e per la sua carità, che lo resero il capo della sua comunità cattolica.
Nel 1854, nelle località di Pingyue e Wongan si verificarono numerose conversioni, grazie all’attività missionaria di Lorenzo. L’anno seguente, chiese di andare a Puan e anche lì portò molti alla fede. Tempo dopo, sulla base di alcune accuse falsamente rivolte contro di lui, scappò a Maokou, dove l’attendeva l’amico Girolamo Lu Tingmei.
I due decisero di costruire un luogo dove predicare e fare catechismo, ossia una chiesa o cappella: Lorenzo voleva erigerla dietro il villaggio, mentre Girolamo preferiva uno spazio vuoto, accanto al tempio degli antenati; alla fine il suo parere prevalse. Uno zio non cristiano di Girolamo, Lu Sankong, e un cugino, Lu Kuepa, furono scontenti di quel progetto e decisero di contrastarlo con tutti i mezzi possibili, anche se l’autorità del loro parente era tale da non permettere nessuna opposizione aperta. Un altro zio, Lu Wenzai, aveva avuto un vago desiderio di farsi cristiano e aveva chiesto al nipote alcuni chiarimenti sulla dottrina, ma cambiò idea così radicalmente da diventare un persecutore dei neofiti. Per attuare il loro piano, attesero cinque giorni dall’inizio dei lavori di costruzione, poi, in segreto, riferirono ad alcuni soldati che un predicatore della religione cristiana, insieme ad alcuni compagni, voleva costruire un luogo di preghiera che sarebbe diventato più bello del tempio degli antenati.
I soldati ritennero che l’affare meritasse considerazione, così introdussero gli accusatori al funzionario che faceva da intermediario fra il popolo e il mandarino Tai Lu Che. Costui li indirizzò al suo superiore, che prima mandò due sottoposti a controllare la situazione a Maokou, poi vi si diresse personalmente. Dopo essersi consultato insieme ai capi del villaggio, il mandarino ordinò a tre soldati di prelevare Lorenzo e Girolamo.
Il 13 dicembre 1857, al momento dell’arresto, i due catechisti, insieme ad altri compagni, erano radunati per le preghiere della sera. Quando i soldati fecero loro cenno di seguirli, Girolamo prese con sé un opuscolo che conteneva il testo del trattato di tolleranza stipulato nel 1846 e due libriccini cristiani, supponendo che sarebbe comparso davanti al mandarino.
Appena i due giunsero davanti a Tai Lu Che, egli iniziò l’interrogatorio, che qui traduciamo dagli Annali delle Missioni Estere di Parigi. Dopo essersi rivolto a Girolamo, passò a Lorenzo:
«Qual è il vostro nome?».
«Mi chiamo Wang e sono cristiano».
«Qual è il vostro paese natale?».
«Io sono di Guiyang».
«Cosa fate qui?».
«Insegno i libri».
«Quanti studenti avete?».
«Ne ho cinque».
«Non manchiamo di maestri qui; perché siete venuto da così lontano per insegnare?».
«Sono venuto perché sono stato invitato».
«Perché non siete alloggiato nell’albergo della piazza pubblica e ricevete l’ospitalità della famiglia di Lu Tingmei?».
«Sono ospitato da lui perché anch’io, un poveruomo, pratico la religione del Signore del Cielo».
«Perché non tornate indietro a trascorrere il nuovo anno insieme alla vostra famiglia?».
«Ho voluto andarmene molte volte, ma sono stato sempre impedito dall’insicurezza delle strade».
«Partite domani; ordinerò ai soldati di condurvi fino a Guiyang».
Lorenzo e Girolamo, terminato il processo, tornarono nella casa di quest’ultimo. Dopo che egli ebbe rivolto parole di conforto ai figli e a sua madre, l’amico andò con lui a confortare la vergine Agata Lin, la quale li invitò a prepararsi al martirio o a un altro processo.
Dopo una leggera cena, i membri della famiglia andarono a riposare, mentre Girolamo e Lorenzo, rimasti soli, vegliarono in preghiera. Avrebbero potuto fuggire durante la notte, ma preferirono restare, per evitare alla nascente comunità cristiana una persecuzione che l’avrebbe distrutta. Speravano, quindi, che la loro vita sarebbe bastata per assicurare la pace e procurare ai neofiti la libertà religiosa. Nel frattempo, il mandarino era indeciso se condannare i due o meno, ma le insinuazioni dello zio di Girolamo lo fecero decidere per la pena capitale.
Fra le sette e le otto del mattino del 14 dicembre, poco dopo che ebbero terminato la preghiera del mattino recitata in comune, Lorenzo e Girolamo seguirono i soldati che li avevano fatti chiamare su ordine di Tai Lu Che, presso l’albergo dove lui era alloggiato. Si prostrarono davanti al mandarino, poi rimasero in ginocchio; Lorenzo si trovava a sinistra del compagno.
Il primo a essere interrogato fu Girolamo, a cui vennero rivolte le medesime accuse del giorno precedente, che contrastò esponendo con serenità i dieci comandamenti e guardando sempre in faccia il suo persecutore. Lorenzo, invece, rimase con gli occhi rivolti a terra e rispose alle domande a bassa voce.
Cominciò rispondendo che si era fermato a Maokou per ricambiare la visita che Girolamo gli aveva fatto quando era passato nel suo paese. Alcuni dignitari, però, fecero presente al mandarino che l’avevano spesso visto là e che, durante la sua sosta, l’avevano spesso udito cantare e pregare insieme agli altri cristiani dei paraggi, sospettando che stessero organizzando una rivolta. Tai Lu Che continuò:
«Se siete venuto di passaggio, non bastava che vi riposaste un giorno da un amico, durante il vostro viaggio?».
Lorenzo rimase in silenzio. Il mandarino, pensando che non avesse capito, riprese:
«Dunque, voi mangiate questa religione? Siete venuto qui per corrompere gli abitanti nel propagare la vostra setta! Non ne avete già corrotti abbastanza, a tal punto che serie calamità minacciano questo paese? Tornate a Guiyang; là, se i magistrati supremi lo gradiranno, mangerete la vostra religione!».
«Io non mangio la mia religione», replicò il catechista. La pratico o, meglio, la confesso».
«Che vuol dire praticare o confessare la religione?».
«Noi pratichiamo la religione osservando i dieci precetti del Decalogo».
Così anche Lorenzo elencò i comandamenti, dal primo all’ultimo, come Girolamo. L’interrogatorio proseguì:
«Nella vostra setta, la preghiera fatta in particolare, da parte di un solo uomo, è efficace?».
«Sì, è efficace».
«Allora perché, al ritorno del primo giorno della settimana, vi radunate per cantare delle preghiere tutti insieme, uomini e donne? Secondo me, è evidentemente per tramare dei complotti e commettere crimini».
«Grande uomo, la religione cristiana è buona e santa e non può condurre a nulla di male».
«Se questa religione è buona, come può far sì che uomini e donne si radunino per recitare delle preghiere? Voi siete venuto da Guiyang ma costei – disse indicando Agata Lin, arrestata forse durante o dopo l’interrogatorio di Girolamo, «che non è sposata? Cos’ha dunque in comune con voi, per riunirvi qui, se voi non state macchinando una rivolta o cose dannose o malvagie? In una parola, perché avete abbandonato la città di Guiyang?».
«Io dichiaro di aver ricevuto questa religione dai miei genitori. I nostri antenati ci hanno trasmesso questo modo di pregare. Come smetterei di pregare? Come potrei abbandonare la mia religione?».
«Chi pensa a preoccuparsi dei pagani che adorano gli idoli, in base alla tradizione dei loro antenati, o a forzarli a rigettare il culto che hanno ricevuto dai loro genitori e che vogliono conservare? Voi mi ordinate di rinunciare alla mia religione; io non ci rinuncio, e non mi pento di averla abbracciata».
«Vi interrogo ancora una volta: volete infine pentirvi?».
«Io non mi pento!».
«Ho saputo che gli abitanti di questo villaggio si lamentano che voi vi siete fermato qui più a lungo di quanto si possa tollerare. Bisogna assolutamente che vi pentiate; vi pentite, adesso?».
«Io non mi pento! La mia religione è l’omaggio supremo di tutti gli esseri al Principio sovrano. Come potrei rinunciare a questa religione? Io non mi pento!».
Il prefetto, vinto una seconda volta, gridò incollerito:
«Non vi pentite? Ebbene, siete condannato a morte! Non lo capite? Non l’avete capito?».
Successivamente, fu il turno di Agata Lin, che si dimostrò si dimostrarono altrettanto ferma nel non voler rinunciare alla fede. Di conseguenza, il mandarino pronunciò per tutti e tre la condanna a morte. Appena l’ebbe udita, Girolamo Lu Tingmei esclamò: «Gesù, salvaci!».
Il 28 gennaio 1858 si consumò il loro martirio, per decapitazione, presso la riva sinistra del fiume Ou. Si diffuse la voce che, al momento dell’esecuzione, tre fasci di luce, due rossi e uno bianco, fossero apparsi attorno a loro. Si disse anche che alcuni non cattolici, dopo la loro morte, avessero visto tre globi di luce salire in cielo. Alcuni loro amici, di notte, vennero a seppellirli.
Lorenzo Wang Bing e i suoi compagni di martirio vennero inclusi nel gruppo di 33 martiri dei Vicariati Apostolici di Guizhou, Tonchino Occidentale e Cocincina, il cui decreto sul martirio venne promulgato il 2 agosto 1908. La beatificazione, ad opera di san Pio X, avvenne il 2 maggio 1909.
Inseriti nel più ampio gruppo dei 120 martiri cinesi, capeggiati da Agostino Zhao Rong, vennero infine iscritti nell’elenco dei santi il 1 ottobre 2000, da parte del Beato Giovanni Paolo II.
Nel 1854, nelle località di Pingyue e Wongan si verificarono numerose conversioni, grazie all’attività missionaria di Lorenzo. L’anno seguente, chiese di andare a Puan e anche lì portò molti alla fede. Tempo dopo, sulla base di alcune accuse falsamente rivolte contro di lui, scappò a Maokou, dove l’attendeva l’amico Girolamo Lu Tingmei.
I due decisero di costruire un luogo dove predicare e fare catechismo, ossia una chiesa o cappella: Lorenzo voleva erigerla dietro il villaggio, mentre Girolamo preferiva uno spazio vuoto, accanto al tempio degli antenati; alla fine il suo parere prevalse. Uno zio non cristiano di Girolamo, Lu Sankong, e un cugino, Lu Kuepa, furono scontenti di quel progetto e decisero di contrastarlo con tutti i mezzi possibili, anche se l’autorità del loro parente era tale da non permettere nessuna opposizione aperta. Un altro zio, Lu Wenzai, aveva avuto un vago desiderio di farsi cristiano e aveva chiesto al nipote alcuni chiarimenti sulla dottrina, ma cambiò idea così radicalmente da diventare un persecutore dei neofiti. Per attuare il loro piano, attesero cinque giorni dall’inizio dei lavori di costruzione, poi, in segreto, riferirono ad alcuni soldati che un predicatore della religione cristiana, insieme ad alcuni compagni, voleva costruire un luogo di preghiera che sarebbe diventato più bello del tempio degli antenati.
I soldati ritennero che l’affare meritasse considerazione, così introdussero gli accusatori al funzionario che faceva da intermediario fra il popolo e il mandarino Tai Lu Che. Costui li indirizzò al suo superiore, che prima mandò due sottoposti a controllare la situazione a Maokou, poi vi si diresse personalmente. Dopo essersi consultato insieme ai capi del villaggio, il mandarino ordinò a tre soldati di prelevare Lorenzo e Girolamo.
Il 13 dicembre 1857, al momento dell’arresto, i due catechisti, insieme ad altri compagni, erano radunati per le preghiere della sera. Quando i soldati fecero loro cenno di seguirli, Girolamo prese con sé un opuscolo che conteneva il testo del trattato di tolleranza stipulato nel 1846 e due libriccini cristiani, supponendo che sarebbe comparso davanti al mandarino.
Appena i due giunsero davanti a Tai Lu Che, egli iniziò l’interrogatorio, che qui traduciamo dagli Annali delle Missioni Estere di Parigi. Dopo essersi rivolto a Girolamo, passò a Lorenzo:
«Qual è il vostro nome?».
«Mi chiamo Wang e sono cristiano».
«Qual è il vostro paese natale?».
«Io sono di Guiyang».
«Cosa fate qui?».
«Insegno i libri».
«Quanti studenti avete?».
«Ne ho cinque».
«Non manchiamo di maestri qui; perché siete venuto da così lontano per insegnare?».
«Sono venuto perché sono stato invitato».
«Perché non siete alloggiato nell’albergo della piazza pubblica e ricevete l’ospitalità della famiglia di Lu Tingmei?».
«Sono ospitato da lui perché anch’io, un poveruomo, pratico la religione del Signore del Cielo».
«Perché non tornate indietro a trascorrere il nuovo anno insieme alla vostra famiglia?».
«Ho voluto andarmene molte volte, ma sono stato sempre impedito dall’insicurezza delle strade».
«Partite domani; ordinerò ai soldati di condurvi fino a Guiyang».
Lorenzo e Girolamo, terminato il processo, tornarono nella casa di quest’ultimo. Dopo che egli ebbe rivolto parole di conforto ai figli e a sua madre, l’amico andò con lui a confortare la vergine Agata Lin, la quale li invitò a prepararsi al martirio o a un altro processo.
Dopo una leggera cena, i membri della famiglia andarono a riposare, mentre Girolamo e Lorenzo, rimasti soli, vegliarono in preghiera. Avrebbero potuto fuggire durante la notte, ma preferirono restare, per evitare alla nascente comunità cristiana una persecuzione che l’avrebbe distrutta. Speravano, quindi, che la loro vita sarebbe bastata per assicurare la pace e procurare ai neofiti la libertà religiosa. Nel frattempo, il mandarino era indeciso se condannare i due o meno, ma le insinuazioni dello zio di Girolamo lo fecero decidere per la pena capitale.
Fra le sette e le otto del mattino del 14 dicembre, poco dopo che ebbero terminato la preghiera del mattino recitata in comune, Lorenzo e Girolamo seguirono i soldati che li avevano fatti chiamare su ordine di Tai Lu Che, presso l’albergo dove lui era alloggiato. Si prostrarono davanti al mandarino, poi rimasero in ginocchio; Lorenzo si trovava a sinistra del compagno.
Il primo a essere interrogato fu Girolamo, a cui vennero rivolte le medesime accuse del giorno precedente, che contrastò esponendo con serenità i dieci comandamenti e guardando sempre in faccia il suo persecutore. Lorenzo, invece, rimase con gli occhi rivolti a terra e rispose alle domande a bassa voce.
Cominciò rispondendo che si era fermato a Maokou per ricambiare la visita che Girolamo gli aveva fatto quando era passato nel suo paese. Alcuni dignitari, però, fecero presente al mandarino che l’avevano spesso visto là e che, durante la sua sosta, l’avevano spesso udito cantare e pregare insieme agli altri cristiani dei paraggi, sospettando che stessero organizzando una rivolta. Tai Lu Che continuò:
«Se siete venuto di passaggio, non bastava che vi riposaste un giorno da un amico, durante il vostro viaggio?».
Lorenzo rimase in silenzio. Il mandarino, pensando che non avesse capito, riprese:
«Dunque, voi mangiate questa religione? Siete venuto qui per corrompere gli abitanti nel propagare la vostra setta! Non ne avete già corrotti abbastanza, a tal punto che serie calamità minacciano questo paese? Tornate a Guiyang; là, se i magistrati supremi lo gradiranno, mangerete la vostra religione!».
«Io non mangio la mia religione», replicò il catechista. La pratico o, meglio, la confesso».
«Che vuol dire praticare o confessare la religione?».
«Noi pratichiamo la religione osservando i dieci precetti del Decalogo».
Così anche Lorenzo elencò i comandamenti, dal primo all’ultimo, come Girolamo. L’interrogatorio proseguì:
«Nella vostra setta, la preghiera fatta in particolare, da parte di un solo uomo, è efficace?».
«Sì, è efficace».
«Allora perché, al ritorno del primo giorno della settimana, vi radunate per cantare delle preghiere tutti insieme, uomini e donne? Secondo me, è evidentemente per tramare dei complotti e commettere crimini».
«Grande uomo, la religione cristiana è buona e santa e non può condurre a nulla di male».
«Se questa religione è buona, come può far sì che uomini e donne si radunino per recitare delle preghiere? Voi siete venuto da Guiyang ma costei – disse indicando Agata Lin, arrestata forse durante o dopo l’interrogatorio di Girolamo, «che non è sposata? Cos’ha dunque in comune con voi, per riunirvi qui, se voi non state macchinando una rivolta o cose dannose o malvagie? In una parola, perché avete abbandonato la città di Guiyang?».
«Io dichiaro di aver ricevuto questa religione dai miei genitori. I nostri antenati ci hanno trasmesso questo modo di pregare. Come smetterei di pregare? Come potrei abbandonare la mia religione?».
«Chi pensa a preoccuparsi dei pagani che adorano gli idoli, in base alla tradizione dei loro antenati, o a forzarli a rigettare il culto che hanno ricevuto dai loro genitori e che vogliono conservare? Voi mi ordinate di rinunciare alla mia religione; io non ci rinuncio, e non mi pento di averla abbracciata».
«Vi interrogo ancora una volta: volete infine pentirvi?».
«Io non mi pento!».
«Ho saputo che gli abitanti di questo villaggio si lamentano che voi vi siete fermato qui più a lungo di quanto si possa tollerare. Bisogna assolutamente che vi pentiate; vi pentite, adesso?».
«Io non mi pento! La mia religione è l’omaggio supremo di tutti gli esseri al Principio sovrano. Come potrei rinunciare a questa religione? Io non mi pento!».
Il prefetto, vinto una seconda volta, gridò incollerito:
«Non vi pentite? Ebbene, siete condannato a morte! Non lo capite? Non l’avete capito?».
Successivamente, fu il turno di Agata Lin, che si dimostrò si dimostrarono altrettanto ferma nel non voler rinunciare alla fede. Di conseguenza, il mandarino pronunciò per tutti e tre la condanna a morte. Appena l’ebbe udita, Girolamo Lu Tingmei esclamò: «Gesù, salvaci!».
Il 28 gennaio 1858 si consumò il loro martirio, per decapitazione, presso la riva sinistra del fiume Ou. Si diffuse la voce che, al momento dell’esecuzione, tre fasci di luce, due rossi e uno bianco, fossero apparsi attorno a loro. Si disse anche che alcuni non cattolici, dopo la loro morte, avessero visto tre globi di luce salire in cielo. Alcuni loro amici, di notte, vennero a seppellirli.
Lorenzo Wang Bing e i suoi compagni di martirio vennero inclusi nel gruppo di 33 martiri dei Vicariati Apostolici di Guizhou, Tonchino Occidentale e Cocincina, il cui decreto sul martirio venne promulgato il 2 agosto 1908. La beatificazione, ad opera di san Pio X, avvenne il 2 maggio 1909.
Inseriti nel più ampio gruppo dei 120 martiri cinesi, capeggiati da Agostino Zhao Rong, vennero infine iscritti nell’elenco dei santi il 1 ottobre 2000, da parte del Beato Giovanni Paolo II.
Il 28 genn. nel Martirologio di Tallaght e in quello del Donegal è ricordato Meallan di Cill Ruis, o Cell Rois, oggi Kilrush, nella contea di Clare. O'Hanlon, sulla scorta della tradizione pa-triziana quale è riferita da Goscelino, avanza l'ipotesi di una possibile identificazione di Meallan con Meldan o Mellan, giovane chierico irlandese, che con i suoi compagni Lugacius, Columban (o Columba), Lugad (o Lugadius), Cassanus e Ceranus (cioè Cia-rano di Saigir) fu benedetto da s. Patrizio di ritorno da un viaggio a Roma o in procinto di intraprenderne uno. I sei giovani erano desiderosi di istruirsi nelle Sacre Scritture e furono confortati dalla profezia di Patrizio, secondo cui essi sarebbero divenuti sacerdoti e poi vescovi, profezia che puntualmente si avverò
PIETRO WONG SI-JANG, Beato
Pietro Wong Si-jang nacque nel 1732 a Hongju, nell’antica provincia del Chungcheong, da una famiglia di ceto umile. Tra il 1788 e i 1789, pochi anni dopo l’introduzione del Cattolicesimo in Corea, lui e suo cugino Giacomo Won Si-bo vi aderirono dopo averne ascoltato gli insegnamenti. All’epoca, Pietro aveva circa 57 anni. “Si-jang” era il suo nome da adulto, in base all’usanza, di stampo confuciano, in base alla quale i giovani che raggiungevano la maggior età ricevevano un nuovo appellativo.
Per approfondire il catechismo, Pietro lasciò casa sua per un anno. Durante quel periodo maturò una profonda convinzione: «La fede cattolica è una medicina per mantenere la vita umana viva per centinaia d’anni». Tornato a casa, spiegò a parenti e amici i punti cardine del catechismo: persuase tutti coloro che l’ascoltavano, pur non essendo ancora battezzato. Evidentemente, la grazia di Dio agiva già in lui.
Per il suo carattere feroce, era stato soprannominato “tigre”, ma, praticando le virtù cristiane, s’ingentilì. Distribuì la sue sostanze ai poveri e si diede all’insegnamento del catechismo ai suoi vicini. Fu proprio per questa sua attività che divenne noto alle autorità civili.
Con l’esplosione della persecuzione Sinhae nel 1791, la polizia venne ad arrestare Pietro e Giacomo: il secondo riuscì a fuggire grazie all’avviso di alcuni amici, l’altro venne catturato e portato all’ufficio governativo di Hongju. Immediatamente sottoposto a interrogatorio, non si piegò e affermò: «Non posso tradire né il Signore né i miei compagni cristiani, e neppure dire dove sono i libri della Chiesa».
Il magistrato che l’interrogava ordinò di percuoterlo sulle natiche per settanta volte. Ciò nonostante, lui esprimeva continuamente la propria fedeltà a Dio, ai genitori e all’insegnamento della religione cattolica.
Durante la sua prigionia, Pietro venne spesso richiamato dal giudice per essere invitato ad apostatare, ma, invece di ritrattare, continuava a spiegargli le verità di fede. Nel frattempo, ricevette la visita di un fratello nella fede, che lo battezzò.
Il magistrato dello Hongju riferì l’andamento della vicenda al governatore e ricevette l’ordine di picchiare il prigioniero fino a farlo morire. Dopo ulteriori torture, tentò di convincerlo ad apostatare facendo appello al suo amore paterno. Pur sentendo parlare dei suoi figli, Pietro replicò: «Il mio cuore è profondamente commosso dalle storie dei miei bambini, ma, dato che il Signore stesso mi chiama, come posso rifiutarmi di rispondere alla Sua chiamata?».
Il magistrato, volendo concludere il caso il prima possibile, ordinò che Pietro, secondo l’uso, ricevesse il suo ultimo pasto prima di essere percosso a morte. Nonostante ciò, lui rimase ancora in vita. A quel punto, venne condotto all’esterno e gli venne versata sul capo dell’acqua, che congelò all’istante (era il 28 gennaio 1793). L’uomo trascorse i suoi ultimi momenti meditando sulla Passione di Gesù e, offrendo la sua vita a Dio, emise la sua ultima preghiera di rendimento di grazie.
Pietro Wong Si-jang, inserito nel gruppo di martiri capeggiato da Paolo Yun Ji-chung, è stato beatificato da papa Francesco il 16 agosto 2014, nel corso del viaggio apostolico in Corea del Sud.
»»»»»»»»»»
&&&&&
Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do
MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e ainda eventualmente através dos sites:
Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral,
"""""""""""""""
Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres.
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las