Caros Amigos
Série - 2019 - (nº 0 3 5)
)))))()()()()()()()(((((
João de Brito, Santo
Memória de São JOÃO DE BRITO, presbitero da Companhia de Jesus e mártir, que em Oriur, localidade do reino de Maravá, na Índia, depois de ter convertido muitos à fé, adaptando-se à vida e costumes os ascetas daquela região, coroou a sua vida com um glorioso martírio. (1693)
Texto do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Era natural de Lisboa, onde nasceu em 1 de Março de 1647, filho de Salvador Pereira de Brito e D. Brites Pereira. Muito menino ainda, perdeu o pai, que alguns anos depois da restauração de 1640 fora mandado por Dom João IV governar o Brasil, onde faleceu.
D. Brites Pereira consagrou-se totalmente aos três filhos que o marido lhe deixara. JOÃO, o mais novo, foi educado na corte, entre os pajens do Infante Dom Pedro. Já, desde essa tenra idade começou a cultivar desejos de vida mais perfeita, abrigando aspirações de completo sacrifício e imolação a Deus.
Mas nem todos os companheiros lhe sabiam apreciar devidamente a virtude e talentos, e com palavras ofensivas fizeram-lhe pagar às vezes os pequeninos triunfos conquistados. Desde então, começou a corte a dar-lhe o cognome de mártir.
Assaltou-o nessa ocasião uma gravíssima doença. Chegaram os médicos a perder a esperança de lhe salvar a vida; não a perdeu porém, a sua piedosa mãe. E Dona Brites fez promessa a São FRANCISCO XAVIER que, se o filho recobrasse pronto a saúde, o traria vestido durante um ano inteiro com a roupeta da Companhia. Despachou deus favoravelmente a piedosa súplica. Trajando humilde batina negra, acompanhava JOÃO o Infante Dom Pedro. começou a ser conhecido na corte pelo nome de Apostolinho. alusão ao nome glorioso de Apóstolos, com que em Portugal eram conhecidos os membros da Companhia de Jesus, graças ao zelo e fervor empregados pelos Padres SIMÃO RODRIGUES e São FRANCISCO XAVIER.
Ao expirar o prazo da promessa, com grande mágoa sua houve JOÃO de largar a batina da Companhia, conservando, porém, muito gravado no coração, o desejo de a poder um dia revestir para não mais a lagar. Começados os 14 anos, sem demora se apresentou na casa professa de São Roque a solicitar ser admitido entre os noviços. Era, porém, necessário vencer antes as dificuldades, que certamente haviam de surgir, tanto da parte dos seus, como, principalmente, do Rei e da corte. Com prudente e sábia destreza, logrou JOÃO DE BRITO declinar as honorificas seduções.
Apresentou-se depois à mãe e expôs-lhe as razões que o moviam a entrar na Companhia. Dona Brites, ainda que amasse ternamente o filho, compreendendo que o amor de Deus está acima do amor das criaturas, generosamente concedeu a JOÃO a suspirada licença.
Aos 17 de Dezembro de 1662 transpunha finalmente JOÃO DE BRITO os umbrais da casa do noviciado de Lisboa. Distinguiu-se muito pela piedade e observância religiosa. Com não menor ardor entrou na carreira dos estudos. Uma ideia o dominava e absorvia. Anelava conquistar algumas almas para Jesus Cristo e sacrificar-se, a exemplo de São FRANCISCO XAVIER, na evangelização da Índia. Implorou esta graça em repetidas cartas ao Geral da Companhia de Jesus. Em 1669 via coroadas de feliz êxito as suas ardentes súplicas.
Aio chegar ao conhecimento de Dona Brites que seu filho ia partir para a Índia, não houve pedra que não movesse para o conservar no reino. Recorreu primeiramente ao Padre Provincial; dirigiu-se depois ao Rei e ao Núncio. E decerto conseguiria retê-lo se ele não porfiasse em desfazer as tramas excogitadas pelo amor materno.
Em Março de 1673, JOÃO DE BRITO, ordenado sacerdote pouco tempo antes, podia enfim sair a barra de Lisboa, em companhia de uma luzida expedição de 17 missionários. Durante os seis meses de travessia, foi apóstolo da tripulação.
Nas costas da Guiné houve grande número de enfermidades. Apesar de muito abatido, o Padre JOÃO DE BRITO prodigalizou aos enfermos toda a sorte de socorros espirituais e temporais. Mas sendo Deus servido que o mal cessasse dentro em pouco, arribaram felizmente a Goa em Setembro do mesmo ano.
Em Goa terminou os estudos de teologia, e os Superiores pensaram encarregá-lo de reger uma cadeira de filosofia. Em Abril de 1674 partia para o colégio de Ambacalate, no qual os missionários se preparavam, no Sul da Índia, com o estudo das línguas nativas. E durante quase vinte anos havia de dar os exemplos mais admiráveis de zelo e fortaleza.
Destinaram-no os superiores para a missão de Maduré, uma das mais trabalhosas. Oferecia especiais dificuldades a evangelização, tanto por causa do clima ardente, das viagens através de areais, de pântanos, de bosques e de serras aspérrimas, como principalmente pela condição dos hindus e pelas suas ideias a respeito dos europeus. Tinham-nos na conta de pariás por verem que tratavam com estes "fora de castas", aos quais "os de castas" não consentem morar em suas povoações nem deles se servem para qualquer mester. Nesse afastamento os envolvem não só a eles, mas a todos com quem eles tratam.
A caridade de Cristo ensinou, porém, aos missionários a maneira de vencer estas dificuldades, à primeira vista insolúveis. Conservando em tudo a pureza da doutrina cristã, procuraram amoldar-se ao carácter dos hindus, adoptando os trajes, os costumes e o modo de viver dos brâmanes saniássis, espécie de religiosos letrados.
Que vida levava JOÃO DE BRITO, criado entre os mimos da corte de Lisboa!
O seu alimento era arroz, legumes, algumas ervas e leite, sem jamais tocar em carne ou peixe. Dormia sobre a terra nua ou, quando muito, sobre uma pele de tigre estendida no chão. O calçado reduzia-se a uma espécie de sola de madeira, presa ao pé com um botão. Os vestidos eram tão pobres que um dos seus biógrafos, que os viu em Portugal, lhe chama andrajos. Tal foi o modo de vida, constantemente observado durante treze anos consecutivos.
Depois de atravessar a pé o continente índico, desde Tanar na costa ocidental, até Colei na oriental, estando a pondo de perder a vida, percorreu várias vezes toda a missão. Os frutos recolhidos não podiam deixar de suscitar perseguições, especialmente dos brâmanes.
Em 1686 esteve a ponto de perder a vida o zeloso missionário, que viera pressurosamente a socorrer os cristãos de Maravá, sobre os quais se desencadeara tremenda tempestade. Passaram de dois mil os catecúmenos baptizados; administrou além disso os santos sacramentos a todos os cristãos que para lá se dirigiram.
Alegre com os frutos consoladores, dirigia-se para as províncias do norte, em companhia de alguns catequistas, quando se encontrou com o comandante das tropas do Maravá à frente de mais de 1 000 soldados e grande número de gente da corte. Preso, juntamente com os catequistas, fê-los o comandante açoitar crudelíssimamente, querendo obrigá-los a invocar um deus dizendo Xivá, Xivá.
Por fim,. carregando-os de grilhões, amarraram o Padre BRITO no meio da praça ao cepo dos pariás, e assim ficou, toda aquela noite e o dia seguinte, usando os gentios de grandíssima crueldade durante o caminho. Chegados aí, quiseram outra vez obrigá-los a dizer Xivá, Xivá; em caso contrário, condená-los-iam à morte, o que de facto aconteceu.
Alegres esperavam o momento de receber a palma do martírio, e para essa hora se preparavam, entoando cânticos e rezando a ladainha de Nossa Senhora e outras orações. Foram interrompidos pelos algozes que, levando-os para fora da prisão, novamente os açoitaram. Depois conduziram o Padre BRITO a um lugar onde havia uma grande pedra com muitas pontas agudas, e sobre a qual dardejava o sol o dia inteiro. Nela o deitaram e sobre ela o arrastaram, até que, por fim, cansados, o abandonaram com o corpo em chaga viva. No fim de 18 dias, foi intimada ao Padre a sentença em que o Rei o condenava a ser morto e espetado, depois e lhe cortarem os pés e as mãos. mas alguns dias depois, mandou o régulo que no missionário e os catequistas fossem levados à corte, distante mais de 60 quilómetros. Fizeram o caminho algemados dois a dois e, com os pés vertendo sangue, chegaram em tal estado que até a muitos dos gentios causavam dó. Sustentou o valoroso campeão da fé contínuas disputas com os maiores letrados gentios, admirando e confundindo a todos com a energia e a solidez dos argumentos. Chegando esta notícia ao conhecimento do príncipe, mandou chamar ao palácio o Saniássis estrangeiro e pediu que lhe expusesse a doutrina que explicava aos discípulos. Ficou o gentio tão espantado com o que ouviu, que não pôde deixar de confessar que a lei dos cristãos era justa e santa. E, sem dar ouvidos às queixas do general e dos brâmanes, mandou restituir à liberdade o missionário e os cristãos. Assim se suspendeu o martírio de São JOÃO DE BRITO, não faltando ele ao martírio mas o martírio a ele.
Pouco tempo depois, uma carta do,Padre Provincial Manuel Rodrigues chamava-o à costa da Pescaria, onde recebeu ordem de voltar à Europa, a fim de, em Lisboa e Roma, tratar negócios para o bem das cristandades. A 8 de Setembro de 1688 entrava pela barra de Lisboa. Apenas constou na cidade a vinda do heróico missionário, foi extraordinário o concurso de gente para ver e venerar aquele esforçado confessor da fé, que ainda conservava visíveis no corpo as cicatrizes dos tormentos suportados por amor a Cristo.
Dom, Pedro II recebeu-o com a maior benevolência; quis ouvir da sua boca a exposição minuciosa dos trabalhos no Maduré e prometeu acudir com magnificência às necessidades das missões. Alcançada a benevolência do rei, e não lhe sendo possível passar a Roma,. quis o santo missionário percorrer os principais Colégios da Companhia em Portugal, despertando a sua visita santo entusiasmo em toda a parte. Sem esquecer nesta ocasião as obrigações para com a mãe e os irmãos, soube, contudo, dar repetidas mostras de quanto era sobrenatural o seu amor.
Já se preparava para se fazer de novo à vela para a Índia, quando surgiu da parte do rei um impedimento inesperado. Queria Dom Pedro II retê-lo, a todo o custo, na corte para o cargo de preceptor do Principe e dos infantes. A tudo resistiu e de tudo triunfou a humanidade e constância do Servo de Deus, que anelava somente a palma do martírio.
Poucos meses depois de chegar à Índia, encontrava-se de novo evangelizando entre os povos do Maravá; houve dias em que passou de 3 000 o número dos regenerados em Cristo pelo baptismo. Entre os convertidos contava-se um príncipe chamado Tariadevém.
Foi esta conversão a causa última da morte do nosso São JOÃO DE BRITO. Antes de receber o sagrado baptismo, quebrou o neófito generosamente os laços da poligamia.
Entre as mulheres repudiadas, contava-se uma sobrinha do rei do Maravá. Menos se necessitava para enfurecer o tirano. Sob pretexto de vingar sua sobrinha, não se atrevendo a descarregar a ira sobre o esforçado príncipe, voltou-se contra o Saniássis europeu. mandou, pois, saquear as igrejas dos cristãos e trazer à sua presença o missionário. Correm os ministros à povoação de Muni: sai-lhes ao encontro o Padre JOÃO DE BRITO, manifestando o gozo que experimenta vendo finalmente chegada a hora do martírio. Poucos dias depois, dava entrada nos cárceres do Maravá em companhia de alguns cristãos. Somente 23 dias depois foi com seus companheiros apresentado ao rajá, em cuja presença estiveram mais de duas horas de pé, expostos às injúrias, escárnios e vitupérios dos cortesãos. Pouco depois, assistindo o Padre ao interrogatório de dois dos cristãos, ele era o culpado desse crime, pois os instruíra e baptizara. Irritados com esta observação, o tirano e os que o assistiam lançaram-se ao missionário e descarregaram sobre ele tantas bofetadas e pancadas, que os circunstantes julgaram que não sairia dali com vida. Ali mesmo esteve para ser morto a tiro de arcabuz, mas, quando tudo já estava preparado para a execução, o régulo, temendo algum motim do povo, apartou o missionário da companhia dos outros cristãos e mandou-o a um seu irmão para que o degolasse. Foi a sentença executada a 4 de Fevereiro de 1693, perto de Urgur, sobre um outeiro. Na véspera, dirigindo-se ao Superior da Missão, assim interpretava o martírio que iria sofrer: «Quando a culpa é virtude, o padecer é glória».
Chegado ao lugar do martírio, ajoelhou-se o missionário para se encomendar pela última vez a Deus, no meio do silêncio da multidão atónita. Vacila o verdugo ao aproximar-se, não se atrevendo a interromper-lhe a fervente oração. Vozes de indignação e despeito quebram de repente a solenidade daquele silêncio: era o filho do primeiro ministro que vinha correndo a estimular o verdugo à execução da sentença. hesita, não obstante,. Nesse momento, os circunstantes viram assombrados o santo Mártir levantar-se e, abraçando-se ao algoz, dizer-lhe:
«Amigo, da minha parte cumpri o meu dever: tu cumpre a ordem que te foi dada».
E, de joelhos em terra, espera o golpe. Aparta-lhe o bárbaro os vestidos, mas, ao notar o relicário que lhe pendia do peito novamente o invade o terror, julgando ver algum encantamento ou sortilégio. Retrocedendo um pouco, corta dum golpe o cordão, abrindo larga ferida no ombro e peito do Mártir; e com segundo e terceiro golpe lhe desprende inteiramente a cabeça do tronco. Decepadas em seguida também as mãos e os pés, o tronco juntamente com a cabeça foram atados a um poste, levantado no mesmo sítio em que o Mártir estivera em oração.
Ficou o local do martírio guardado por soldados, para impedirem os cristãos apoderarem-se das relíquias. Na noite de 4 para 5 de Fevereiro e nos dias seguintes, pairou sobre o poste uma luz misteriosa. Vieram depois as feras, que devoraram quase por completo os despojos sagrados.
Algumas poucas relíquias, que a piedade dos cristãos pôde ainda salvar, foram depois conduzidas a Goa e honorificamente guardadas no Colégio de São Paulo.
PIO IX inscreveu JOÃO DE BRITO no catálogo dos Bem-aventurados a 17 de Fevereiro de 1852 e PIO XII canonizou-o a 22 de Junho de 1947.
Nesta esplêndida glorificação do grande Missionário e Mártir esteve representado também, em bom número, todo o Ultramar Português.
José de Leonissa, Santo
Em Amatrice, nos Abruzos, hoje Lácio, Itália, São JOSÉ DE LEONISSA presbitero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que socorreu os cristãos cativos em Constantinopla e, depois sofrer cruéis tormentos por ter anunciado o Evangelho no próprio palácio do sultão, regressou à pátria e dedicou-se à causa dos pobres. (1612)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Nasceu no ano de 1556, em Leonissa, provincia de Abruzos, do então reino de Nápoles. Recebeu no baptismo o nome de EUFRÁSIO. seus pais morreram quando o Santo era ainda de tenra idade. estudou em Espoleto humanidades com muito aproveitamento.
Antes dos 17 anos tomou o hábito de capuchinho, mudando o nome de EUFRÁSIO para JOSÉ, O seu procedimento era sobremodo exemplar. Jejuava três vezes por semana a pão e água; jejuou durante todo o ano de 1599, como preparação para o santo jubileu de 1600. Macerava o corpo com disciplinas metálicas, trazia uma cadeia de ferro apertada fortemente à cinta e dormia sobre tábuas, tendo um cepo por almofada.
Deu-se à pregação na Úmbria e nos Abruzos com grande actividade e fruto. Em 1687 foi nomeado , a seu pedido, missionário em Constantinopla, para atender à instrução e alívio dos escravos cristãos.O seu primeiro cuidado foi apresentar.-se no Corro, chamado do Banho, onde estava a grande multidão de cristãos, cheios de imundície e cobertos de chagas. O Santo passava semanas inteiras pensando-lhes as feridas, doutrinando-os e consolando-os. Chegou a converter muitos maometanos, entre os quais o Paxá ou governador. O seu desejo mais ardente era converter o Sultão;: neste intuito empregou todos os meios para lhe falar! Um dia foi mesmo à sua habitação, mas, sendo reconhecido, acusaram-no como cristão e assassino, pelo que foi imediatamente condenado ao cruel suplício do gancho. Ataram-no a um poste, com, uma das mãos presa a uma cadeia, e cravado por um pé num gancho.
Mas veio um anjo livrá-lo e, depois de curadas as feridas, ordenou-lhe que voltasse à Itália. Aí continuou a pregação, conseguindo morigerar os costumes e fazer entrar muita gente pelo caminho do dever. ocupava-se em toda a classe de obras de caridade. veio a falecer a 4 de Fevereiro de 1612. Foi beatificado em 1713 e canonizado em 1746.
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
João de Mattias era advogado em Vallecorsa, no limite do Lácio com a Campanha, Itália. Do casamento com Octávia de Angelis teve quatro filhos; a mais velha MARIA, nasceu a 4 de fevereiro de 1805. Apesar das infelicidades da época, ela recebeu educação cristã, devido ao pai, homem honrado e virtuoso, que a instruiu nos mistérios da religião. Como todas as meninas, ela gostava de se enfeitar. Até um dia em que, ao ver-se ao espelho, ficou tão impressionada contemplando uma imagem de Nossa Senhora, dependurada ao lado, que tomou imediatamente a resolução de renunciar a mundo. Tinha acabado de fazer 17 anos quando São GASPAR DEL BÚFALO, fundador dos Missionários do Precioso sangue (28 de Dezembro), veio pregar uma missão na paróquia dela. fez-lhe grande impressão. Ao confessar-.se, entrou plenamente nos projectos do Padre, que era trabalhar na salvação das almas. Animou-a e, pouco depois, confiou-a a um dos seus melhores discípulos, aquele que lhe devia suceder, JOÃO MERLINI. MARIA DE MATTIAS conservou-o como director durante todo o resto da vida.
Imitando os Missionários do Precioso Sangue, MARIA DE MATTIAS lançou-se a reunir em casa as jovens e até mulheres casadas, para as instruir na doutrina cristã e as formar na piedade. Conseguiu-o tão bem que provocou tempestades de inveja.
Para sossegar os espíritos, o Bispo de Ferentino, seu prelado, que era também administrador da diocese de Agnâni, convidou-a a tomar a seu cargo a escola de Acuto, em 1834. Logo a seguir, resolveu viver mais como religiosa do que na simples qualidade de mestra-escola. Uma grave doença, que ela acabou por vencer, não a afastou dos seus projectos. O prédio escolar bem depressa se mostrou demasiado pequeno e insalubre, o que a levou a transferir-se para uma casa muito mais espaçosa, que pertencia aos bispos de Agnâni.
A chegada duma companheira ANA FARROTI, decidiu-a a fundar, em 1835, uma congregação a corresponder, para o sexo feminino, à de GASPAR DEL BÚFALO. Depressa estendeu esta a sua acção às jovens e casadas. No fim de 1837, inaugurou os Exercícios Espirituais para as mães de família. O bom resultado provocou, por outro lado, violentos ataques. O bispo mandou fazer um inquérito. Viu-se que as acusações eram falsas: a Madre MARIA DE MATTIAS não pregava na igreja, o seu modo era calmo e silencioso, ela não era nada tagarela. E, assim o Bispo concedeu-lhe aprovação plena.
Em 1840, abriu ela outra escola na sua velha casa de família, em Vallecorsa . Seguiram-se, rapidamente outras fundações e, entre 1847 e 1851, foram abertas duas casas em Roma, devido ao auxílio duma viúva russa, a princesa Zena Volkonska.
O papa PIO IX animou MARIA DE MATTIAS. Mas as dificuldades e as adversidades não cessaram por isso: a casa de Acuto foi assaltada e superioras houve, demasiado independentes, que, não compreendendo o espírito da fundação, lhe embargaram a actividade; e algumas Irmãs, descontentes,. difamavam o seu governo. Para manter a observância, tinha ela de visitar com assiduidade, apesar da sua má saúde, casas cujo número sem cessar crescia; criou sessenta.
Caiu doente em Roma, e lá morreu a 20 de Agosto de 1866, no momento em que o Padre, que rezava o hino Vexilla Regis, chegava à estrofe O Crux, ave spes única.
O papa PIO IX quis ajudar a construção do seu túmulo em Agro Verano, o grande cemitério de Roma. E a fundadora das Irmãs Adoradoras do Preciosíssimo Sangue foi beatificada Por PIO XII no dia 1 de Outubro de 1950.
Catarina de Rícci, Santa
Em Prato, na Etrúria, hoje Toscana, Itália, santa CATARINA DE RÍCCI, virgem da Ordem terceira Regular de São Francisco que se empenhou diligentemente na renovação da vida religiosa e se entregou à meditação contínua dos mistérios da Paixão de Jesus Cristo, dos quais teve frequentes experiências místicas. (1590)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O,. de Braga:
Nasceu em Florença, Itália, em 1522, e recebeu no baptismo os nomes de ALEXANDRINA-LUCRÉCIA-RÓMULA. Muito cedo perdeu a mãe e foi entregue aos cuidados da tia, Luísa de Rícci, religiosa da mesma cidade. O pai não a deixou estar longamente no convento; Pensava prepará-la para que se casasse. Mas ela tanto insistiu que chegou a obter licença de seguir o próprio atractivo para a vida religiosa; tomou o véu aos 14 anos e mudou o nome para CATARINA, no convento dominicano de Prato.
Levou vida angélica e exercitou-se na prática de todas as virtudes. deu grande exemplo de paciência numa enfermidade prolongada e foi de exactidão extraordinária. Passados cinco anos, confiaram-lhe o cargo de mestra das noviças e pouco depois o de subprioresa. Aos 25 anos, contra todas as suas resistências fizeram-na prioresa, cargo que manteve durante 42 anos, até ao fim da vida. Duma sabedoria e prudência consumadas para dirigir-se às almas, duma dedicação e caridade a toda a prova, desempenhava os cargos mais humildes e tendia a viver na união mais íntima com Deus. Meditava sobretudo a Sagrada Paixão, depressa objecto único das suas meditações, que a alheavam de tudo até ao êxtase. Este êxtase começou para CATARINA em Fevereiro de 1542, e renovou-se cada semana durante doze anos, desde quinta-feira ao meio-dia até sexta à tarde. Revia sempre a Paixão de Jesus. O corpo parecia suspenso do chão durante horas. Este favor cessou todavia, pois CATARINA assim pediu ao Senhor e fez que o pedisse também a comunidade.
.
Todavia o seu zelo não podia limitar-se ao convento. CATARINA sentiu-se impelida a imolar-se como hóstia pacifica pela salvação do mundo, a ajudar os pobres distribuindo-lhes as generosidades que lhe vinham de fora, e a impor-se penitências e mortificações extraordinárias. Deus - ao mesmo tempo que lhe concedia o dom dos milagres, o espírito de profecia e a penetração dos segredos dos corações - sujeitava-se a diversos géneros de provas como as contradições e a fama de santidade que lhe pungia o coração.
CATARINA correspondia-se com São FILIPÉ NÉRI, e, como ambos tinham grande desejo de se ver, Deus concedeu-lhes este contentamento por uma visão durante a qual os dois falaram juntos. FILIPE NÉRI confirmou o facto. Do mesmo modo, CATARINA e MARIA MADALENA DE PAZZI estiveram em presença uma da outra.
Tinha 66 anos de idade e 48 de profissão quando foi atacada de doença mortal. depois de óptimos conselhos às suas religiosas, entregou a alma a Deus entre cânticos angélicos que foram ouvidos pelos presentes. Faleceu a 2 de Fevereiro de 1589. Foi beatificada em 1732 e canonizada em 1746.
Em Roma, nas Catacumbas junto à Via Ápia, Santo EUTÍQUIO mártir que torturado durante muito tempo sem comer e sem dormir, foi finalmente projectado num precipício vencendo pela fé em Cristo todas as crueldades do tirano. (data incerta)
PAPIAS, DIODORO e CLAUDIANO, Santos
Em Perga, na Panfília, hoje Turquia, os santos PAPIAS, DIODORO e CLAUDIANO mártires. (séc. III)
FILEIAS, FILOROMO, Santos
Em Châteaudun, perto de Chartres, na Gália hoje na França, o passamento de Santo AVENTINO bispo que tinha ocupado a sede episcopal em Chartres. (511)
Em Constantinopla, hoje Istambul, Turquia, São NICOLAU STUDITA monge que, várias vezes exilado por causa do culto das sagradas imagens, finalmente foi nomeado hegúmeno do mosteiro Stúdion e aí descansou em paz. (868)
GILBERTO, Santo
JOANA DE VALOIS, Santa
Em Bourges, na Aquitânia, França, Santa JOANA DE VALOIS rainha de França que depois de ter sido declarado nulo o matrimónio com o rei Luís XII se consagrou a Deus, venerou com singular devoção a Cruz e fundou a Ordem das Anunciadas, em honra da Anunciação à Virgem Maria. (1505)
JOÃO SPEED, Beato
Em Durham, na Inglaterra, o Beato JOÃO SPEED mártir que, no reinado de Isabel I condenado à morte por causa do auxílio prestado aos sacerdotes, mereceu a coroa do martírio. (1594)
Nel convento di S. Eulalia in Monpellier (Francia), i due mercedari, Beati Alfonso de Meneses e Dionisio de Vilaregut, testimoniarono la fede in Cristo con il loro esempio di vita dedita alle cose divine. Chiamati anche all’opera di redenzione a Jàtiva e Granada, liberarono 316 schiavi dalle mani dei mori. Infine con la stessa età e stessa santità andarono in cielò
AMMONÍSIA, Santa
MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e ainda eventualmente através dos sites:
Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral,
"""""""""""""""
Desejo que este Ano de 2019 traga tudo de Bom para toda a Humanidade.
As minhas melhores Saudações de
Amizade e Gratidão
para todos os leitores e/ou simples Visitantes que queiram passar os olhos por este Blogue
~
Nº 3 7 3 9
Série - 2019 - (nº 0 3 5)
4 de FEVEREIRO de 2019
SANTOS DE CADA DIA
Nº 8 9
12º A N O
12º A N O
LOUVADO SEJA PARA SEMPRE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
**********************************************************
Todos os Católicos com verdadeira Fé,
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos
___________________________________________________________________________
*
**
**************
**
**
**
**
**
***
**
**************
**
**
**
**
**
***
João de Brito, Santo
Memória de São JOÃO DE BRITO, presbitero da Companhia de Jesus e mártir, que em Oriur, localidade do reino de Maravá, na Índia, depois de ter convertido muitos à fé, adaptando-se à vida e costumes os ascetas daquela região, coroou a sua vida com um glorioso martírio. (1693)
Texto do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Era natural de Lisboa, onde nasceu em 1 de Março de 1647, filho de Salvador Pereira de Brito e D. Brites Pereira. Muito menino ainda, perdeu o pai, que alguns anos depois da restauração de 1640 fora mandado por Dom João IV governar o Brasil, onde faleceu.
D. Brites Pereira consagrou-se totalmente aos três filhos que o marido lhe deixara. JOÃO, o mais novo, foi educado na corte, entre os pajens do Infante Dom Pedro. Já, desde essa tenra idade começou a cultivar desejos de vida mais perfeita, abrigando aspirações de completo sacrifício e imolação a Deus.
Mas nem todos os companheiros lhe sabiam apreciar devidamente a virtude e talentos, e com palavras ofensivas fizeram-lhe pagar às vezes os pequeninos triunfos conquistados. Desde então, começou a corte a dar-lhe o cognome de mártir.
Assaltou-o nessa ocasião uma gravíssima doença. Chegaram os médicos a perder a esperança de lhe salvar a vida; não a perdeu porém, a sua piedosa mãe. E Dona Brites fez promessa a São FRANCISCO XAVIER que, se o filho recobrasse pronto a saúde, o traria vestido durante um ano inteiro com a roupeta da Companhia. Despachou deus favoravelmente a piedosa súplica. Trajando humilde batina negra, acompanhava JOÃO o Infante Dom Pedro. começou a ser conhecido na corte pelo nome de Apostolinho. alusão ao nome glorioso de Apóstolos, com que em Portugal eram conhecidos os membros da Companhia de Jesus, graças ao zelo e fervor empregados pelos Padres SIMÃO RODRIGUES e São FRANCISCO XAVIER.
Ao expirar o prazo da promessa, com grande mágoa sua houve JOÃO de largar a batina da Companhia, conservando, porém, muito gravado no coração, o desejo de a poder um dia revestir para não mais a lagar. Começados os 14 anos, sem demora se apresentou na casa professa de São Roque a solicitar ser admitido entre os noviços. Era, porém, necessário vencer antes as dificuldades, que certamente haviam de surgir, tanto da parte dos seus, como, principalmente, do Rei e da corte. Com prudente e sábia destreza, logrou JOÃO DE BRITO declinar as honorificas seduções.
Apresentou-se depois à mãe e expôs-lhe as razões que o moviam a entrar na Companhia. Dona Brites, ainda que amasse ternamente o filho, compreendendo que o amor de Deus está acima do amor das criaturas, generosamente concedeu a JOÃO a suspirada licença.
Aos 17 de Dezembro de 1662 transpunha finalmente JOÃO DE BRITO os umbrais da casa do noviciado de Lisboa. Distinguiu-se muito pela piedade e observância religiosa. Com não menor ardor entrou na carreira dos estudos. Uma ideia o dominava e absorvia. Anelava conquistar algumas almas para Jesus Cristo e sacrificar-se, a exemplo de São FRANCISCO XAVIER, na evangelização da Índia. Implorou esta graça em repetidas cartas ao Geral da Companhia de Jesus. Em 1669 via coroadas de feliz êxito as suas ardentes súplicas.
Aio chegar ao conhecimento de Dona Brites que seu filho ia partir para a Índia, não houve pedra que não movesse para o conservar no reino. Recorreu primeiramente ao Padre Provincial; dirigiu-se depois ao Rei e ao Núncio. E decerto conseguiria retê-lo se ele não porfiasse em desfazer as tramas excogitadas pelo amor materno.
Em Março de 1673, JOÃO DE BRITO, ordenado sacerdote pouco tempo antes, podia enfim sair a barra de Lisboa, em companhia de uma luzida expedição de 17 missionários. Durante os seis meses de travessia, foi apóstolo da tripulação.
Nas costas da Guiné houve grande número de enfermidades. Apesar de muito abatido, o Padre JOÃO DE BRITO prodigalizou aos enfermos toda a sorte de socorros espirituais e temporais. Mas sendo Deus servido que o mal cessasse dentro em pouco, arribaram felizmente a Goa em Setembro do mesmo ano.
Em Goa terminou os estudos de teologia, e os Superiores pensaram encarregá-lo de reger uma cadeira de filosofia. Em Abril de 1674 partia para o colégio de Ambacalate, no qual os missionários se preparavam, no Sul da Índia, com o estudo das línguas nativas. E durante quase vinte anos havia de dar os exemplos mais admiráveis de zelo e fortaleza.
Destinaram-no os superiores para a missão de Maduré, uma das mais trabalhosas. Oferecia especiais dificuldades a evangelização, tanto por causa do clima ardente, das viagens através de areais, de pântanos, de bosques e de serras aspérrimas, como principalmente pela condição dos hindus e pelas suas ideias a respeito dos europeus. Tinham-nos na conta de pariás por verem que tratavam com estes "fora de castas", aos quais "os de castas" não consentem morar em suas povoações nem deles se servem para qualquer mester. Nesse afastamento os envolvem não só a eles, mas a todos com quem eles tratam.
A caridade de Cristo ensinou, porém, aos missionários a maneira de vencer estas dificuldades, à primeira vista insolúveis. Conservando em tudo a pureza da doutrina cristã, procuraram amoldar-se ao carácter dos hindus, adoptando os trajes, os costumes e o modo de viver dos brâmanes saniássis, espécie de religiosos letrados.
Que vida levava JOÃO DE BRITO, criado entre os mimos da corte de Lisboa!
O seu alimento era arroz, legumes, algumas ervas e leite, sem jamais tocar em carne ou peixe. Dormia sobre a terra nua ou, quando muito, sobre uma pele de tigre estendida no chão. O calçado reduzia-se a uma espécie de sola de madeira, presa ao pé com um botão. Os vestidos eram tão pobres que um dos seus biógrafos, que os viu em Portugal, lhe chama andrajos. Tal foi o modo de vida, constantemente observado durante treze anos consecutivos.
Depois de atravessar a pé o continente índico, desde Tanar na costa ocidental, até Colei na oriental, estando a pondo de perder a vida, percorreu várias vezes toda a missão. Os frutos recolhidos não podiam deixar de suscitar perseguições, especialmente dos brâmanes.
Em 1686 esteve a ponto de perder a vida o zeloso missionário, que viera pressurosamente a socorrer os cristãos de Maravá, sobre os quais se desencadeara tremenda tempestade. Passaram de dois mil os catecúmenos baptizados; administrou além disso os santos sacramentos a todos os cristãos que para lá se dirigiram.
Alegre com os frutos consoladores, dirigia-se para as províncias do norte, em companhia de alguns catequistas, quando se encontrou com o comandante das tropas do Maravá à frente de mais de 1 000 soldados e grande número de gente da corte. Preso, juntamente com os catequistas, fê-los o comandante açoitar crudelíssimamente, querendo obrigá-los a invocar um deus dizendo Xivá, Xivá.
Por fim,. carregando-os de grilhões, amarraram o Padre BRITO no meio da praça ao cepo dos pariás, e assim ficou, toda aquela noite e o dia seguinte, usando os gentios de grandíssima crueldade durante o caminho. Chegados aí, quiseram outra vez obrigá-los a dizer Xivá, Xivá; em caso contrário, condená-los-iam à morte, o que de facto aconteceu.
Alegres esperavam o momento de receber a palma do martírio, e para essa hora se preparavam, entoando cânticos e rezando a ladainha de Nossa Senhora e outras orações. Foram interrompidos pelos algozes que, levando-os para fora da prisão, novamente os açoitaram. Depois conduziram o Padre BRITO a um lugar onde havia uma grande pedra com muitas pontas agudas, e sobre a qual dardejava o sol o dia inteiro. Nela o deitaram e sobre ela o arrastaram, até que, por fim, cansados, o abandonaram com o corpo em chaga viva. No fim de 18 dias, foi intimada ao Padre a sentença em que o Rei o condenava a ser morto e espetado, depois e lhe cortarem os pés e as mãos. mas alguns dias depois, mandou o régulo que no missionário e os catequistas fossem levados à corte, distante mais de 60 quilómetros. Fizeram o caminho algemados dois a dois e, com os pés vertendo sangue, chegaram em tal estado que até a muitos dos gentios causavam dó. Sustentou o valoroso campeão da fé contínuas disputas com os maiores letrados gentios, admirando e confundindo a todos com a energia e a solidez dos argumentos. Chegando esta notícia ao conhecimento do príncipe, mandou chamar ao palácio o Saniássis estrangeiro e pediu que lhe expusesse a doutrina que explicava aos discípulos. Ficou o gentio tão espantado com o que ouviu, que não pôde deixar de confessar que a lei dos cristãos era justa e santa. E, sem dar ouvidos às queixas do general e dos brâmanes, mandou restituir à liberdade o missionário e os cristãos. Assim se suspendeu o martírio de São JOÃO DE BRITO, não faltando ele ao martírio mas o martírio a ele.
Pouco tempo depois, uma carta do,Padre Provincial Manuel Rodrigues chamava-o à costa da Pescaria, onde recebeu ordem de voltar à Europa, a fim de, em Lisboa e Roma, tratar negócios para o bem das cristandades. A 8 de Setembro de 1688 entrava pela barra de Lisboa. Apenas constou na cidade a vinda do heróico missionário, foi extraordinário o concurso de gente para ver e venerar aquele esforçado confessor da fé, que ainda conservava visíveis no corpo as cicatrizes dos tormentos suportados por amor a Cristo.
Dom, Pedro II recebeu-o com a maior benevolência; quis ouvir da sua boca a exposição minuciosa dos trabalhos no Maduré e prometeu acudir com magnificência às necessidades das missões. Alcançada a benevolência do rei, e não lhe sendo possível passar a Roma,. quis o santo missionário percorrer os principais Colégios da Companhia em Portugal, despertando a sua visita santo entusiasmo em toda a parte. Sem esquecer nesta ocasião as obrigações para com a mãe e os irmãos, soube, contudo, dar repetidas mostras de quanto era sobrenatural o seu amor.
Já se preparava para se fazer de novo à vela para a Índia, quando surgiu da parte do rei um impedimento inesperado. Queria Dom Pedro II retê-lo, a todo o custo, na corte para o cargo de preceptor do Principe e dos infantes. A tudo resistiu e de tudo triunfou a humanidade e constância do Servo de Deus, que anelava somente a palma do martírio.
Poucos meses depois de chegar à Índia, encontrava-se de novo evangelizando entre os povos do Maravá; houve dias em que passou de 3 000 o número dos regenerados em Cristo pelo baptismo. Entre os convertidos contava-se um príncipe chamado Tariadevém.
Foi esta conversão a causa última da morte do nosso São JOÃO DE BRITO. Antes de receber o sagrado baptismo, quebrou o neófito generosamente os laços da poligamia.
Entre as mulheres repudiadas, contava-se uma sobrinha do rei do Maravá. Menos se necessitava para enfurecer o tirano. Sob pretexto de vingar sua sobrinha, não se atrevendo a descarregar a ira sobre o esforçado príncipe, voltou-se contra o Saniássis europeu. mandou, pois, saquear as igrejas dos cristãos e trazer à sua presença o missionário. Correm os ministros à povoação de Muni: sai-lhes ao encontro o Padre JOÃO DE BRITO, manifestando o gozo que experimenta vendo finalmente chegada a hora do martírio. Poucos dias depois, dava entrada nos cárceres do Maravá em companhia de alguns cristãos. Somente 23 dias depois foi com seus companheiros apresentado ao rajá, em cuja presença estiveram mais de duas horas de pé, expostos às injúrias, escárnios e vitupérios dos cortesãos. Pouco depois, assistindo o Padre ao interrogatório de dois dos cristãos, ele era o culpado desse crime, pois os instruíra e baptizara. Irritados com esta observação, o tirano e os que o assistiam lançaram-se ao missionário e descarregaram sobre ele tantas bofetadas e pancadas, que os circunstantes julgaram que não sairia dali com vida. Ali mesmo esteve para ser morto a tiro de arcabuz, mas, quando tudo já estava preparado para a execução, o régulo, temendo algum motim do povo, apartou o missionário da companhia dos outros cristãos e mandou-o a um seu irmão para que o degolasse. Foi a sentença executada a 4 de Fevereiro de 1693, perto de Urgur, sobre um outeiro. Na véspera, dirigindo-se ao Superior da Missão, assim interpretava o martírio que iria sofrer: «Quando a culpa é virtude, o padecer é glória».
Chegado ao lugar do martírio, ajoelhou-se o missionário para se encomendar pela última vez a Deus, no meio do silêncio da multidão atónita. Vacila o verdugo ao aproximar-se, não se atrevendo a interromper-lhe a fervente oração. Vozes de indignação e despeito quebram de repente a solenidade daquele silêncio: era o filho do primeiro ministro que vinha correndo a estimular o verdugo à execução da sentença. hesita, não obstante,. Nesse momento, os circunstantes viram assombrados o santo Mártir levantar-se e, abraçando-se ao algoz, dizer-lhe:
«Amigo, da minha parte cumpri o meu dever: tu cumpre a ordem que te foi dada».
E, de joelhos em terra, espera o golpe. Aparta-lhe o bárbaro os vestidos, mas, ao notar o relicário que lhe pendia do peito novamente o invade o terror, julgando ver algum encantamento ou sortilégio. Retrocedendo um pouco, corta dum golpe o cordão, abrindo larga ferida no ombro e peito do Mártir; e com segundo e terceiro golpe lhe desprende inteiramente a cabeça do tronco. Decepadas em seguida também as mãos e os pés, o tronco juntamente com a cabeça foram atados a um poste, levantado no mesmo sítio em que o Mártir estivera em oração.
Ficou o local do martírio guardado por soldados, para impedirem os cristãos apoderarem-se das relíquias. Na noite de 4 para 5 de Fevereiro e nos dias seguintes, pairou sobre o poste uma luz misteriosa. Vieram depois as feras, que devoraram quase por completo os despojos sagrados.
Algumas poucas relíquias, que a piedade dos cristãos pôde ainda salvar, foram depois conduzidas a Goa e honorificamente guardadas no Colégio de São Paulo.
PIO IX inscreveu JOÃO DE BRITO no catálogo dos Bem-aventurados a 17 de Fevereiro de 1852 e PIO XII canonizou-o a 22 de Junho de 1947.
Nesta esplêndida glorificação do grande Missionário e Mártir esteve representado também, em bom número, todo o Ultramar Português.
José de Leonissa, Santo
Em Amatrice, nos Abruzos, hoje Lácio, Itália, São JOSÉ DE LEONISSA presbitero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que socorreu os cristãos cativos em Constantinopla e, depois sofrer cruéis tormentos por ter anunciado o Evangelho no próprio palácio do sultão, regressou à pátria e dedicou-se à causa dos pobres. (1612)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Nasceu no ano de 1556, em Leonissa, provincia de Abruzos, do então reino de Nápoles. Recebeu no baptismo o nome de EUFRÁSIO. seus pais morreram quando o Santo era ainda de tenra idade. estudou em Espoleto humanidades com muito aproveitamento.
Antes dos 17 anos tomou o hábito de capuchinho, mudando o nome de EUFRÁSIO para JOSÉ, O seu procedimento era sobremodo exemplar. Jejuava três vezes por semana a pão e água; jejuou durante todo o ano de 1599, como preparação para o santo jubileu de 1600. Macerava o corpo com disciplinas metálicas, trazia uma cadeia de ferro apertada fortemente à cinta e dormia sobre tábuas, tendo um cepo por almofada.
Deu-se à pregação na Úmbria e nos Abruzos com grande actividade e fruto. Em 1687 foi nomeado , a seu pedido, missionário em Constantinopla, para atender à instrução e alívio dos escravos cristãos.O seu primeiro cuidado foi apresentar.-se no Corro, chamado do Banho, onde estava a grande multidão de cristãos, cheios de imundície e cobertos de chagas. O Santo passava semanas inteiras pensando-lhes as feridas, doutrinando-os e consolando-os. Chegou a converter muitos maometanos, entre os quais o Paxá ou governador. O seu desejo mais ardente era converter o Sultão;: neste intuito empregou todos os meios para lhe falar! Um dia foi mesmo à sua habitação, mas, sendo reconhecido, acusaram-no como cristão e assassino, pelo que foi imediatamente condenado ao cruel suplício do gancho. Ataram-no a um poste, com, uma das mãos presa a uma cadeia, e cravado por um pé num gancho.
Mas veio um anjo livrá-lo e, depois de curadas as feridas, ordenou-lhe que voltasse à Itália. Aí continuou a pregação, conseguindo morigerar os costumes e fazer entrar muita gente pelo caminho do dever. ocupava-se em toda a classe de obras de caridade. veio a falecer a 4 de Fevereiro de 1612. Foi beatificado em 1713 e canonizado em 1746.
Maria de Mattias, Beata
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
João de Mattias era advogado em Vallecorsa, no limite do Lácio com a Campanha, Itália. Do casamento com Octávia de Angelis teve quatro filhos; a mais velha MARIA, nasceu a 4 de fevereiro de 1805. Apesar das infelicidades da época, ela recebeu educação cristã, devido ao pai, homem honrado e virtuoso, que a instruiu nos mistérios da religião. Como todas as meninas, ela gostava de se enfeitar. Até um dia em que, ao ver-se ao espelho, ficou tão impressionada contemplando uma imagem de Nossa Senhora, dependurada ao lado, que tomou imediatamente a resolução de renunciar a mundo. Tinha acabado de fazer 17 anos quando São GASPAR DEL BÚFALO, fundador dos Missionários do Precioso sangue (28 de Dezembro), veio pregar uma missão na paróquia dela. fez-lhe grande impressão. Ao confessar-.se, entrou plenamente nos projectos do Padre, que era trabalhar na salvação das almas. Animou-a e, pouco depois, confiou-a a um dos seus melhores discípulos, aquele que lhe devia suceder, JOÃO MERLINI. MARIA DE MATTIAS conservou-o como director durante todo o resto da vida.
Imitando os Missionários do Precioso Sangue, MARIA DE MATTIAS lançou-se a reunir em casa as jovens e até mulheres casadas, para as instruir na doutrina cristã e as formar na piedade. Conseguiu-o tão bem que provocou tempestades de inveja.
Para sossegar os espíritos, o Bispo de Ferentino, seu prelado, que era também administrador da diocese de Agnâni, convidou-a a tomar a seu cargo a escola de Acuto, em 1834. Logo a seguir, resolveu viver mais como religiosa do que na simples qualidade de mestra-escola. Uma grave doença, que ela acabou por vencer, não a afastou dos seus projectos. O prédio escolar bem depressa se mostrou demasiado pequeno e insalubre, o que a levou a transferir-se para uma casa muito mais espaçosa, que pertencia aos bispos de Agnâni.
A chegada duma companheira ANA FARROTI, decidiu-a a fundar, em 1835, uma congregação a corresponder, para o sexo feminino, à de GASPAR DEL BÚFALO. Depressa estendeu esta a sua acção às jovens e casadas. No fim de 1837, inaugurou os Exercícios Espirituais para as mães de família. O bom resultado provocou, por outro lado, violentos ataques. O bispo mandou fazer um inquérito. Viu-se que as acusações eram falsas: a Madre MARIA DE MATTIAS não pregava na igreja, o seu modo era calmo e silencioso, ela não era nada tagarela. E, assim o Bispo concedeu-lhe aprovação plena.
Em 1840, abriu ela outra escola na sua velha casa de família, em Vallecorsa . Seguiram-se, rapidamente outras fundações e, entre 1847 e 1851, foram abertas duas casas em Roma, devido ao auxílio duma viúva russa, a princesa Zena Volkonska.
O papa PIO IX animou MARIA DE MATTIAS. Mas as dificuldades e as adversidades não cessaram por isso: a casa de Acuto foi assaltada e superioras houve, demasiado independentes, que, não compreendendo o espírito da fundação, lhe embargaram a actividade; e algumas Irmãs, descontentes,. difamavam o seu governo. Para manter a observância, tinha ela de visitar com assiduidade, apesar da sua má saúde, casas cujo número sem cessar crescia; criou sessenta.
Caiu doente em Roma, e lá morreu a 20 de Agosto de 1866, no momento em que o Padre, que rezava o hino Vexilla Regis, chegava à estrofe O Crux, ave spes única.
O papa PIO IX quis ajudar a construção do seu túmulo em Agro Verano, o grande cemitério de Roma. E a fundadora das Irmãs Adoradoras do Preciosíssimo Sangue foi beatificada Por PIO XII no dia 1 de Outubro de 1950.
Catarina de Rícci, Santa
Em Prato, na Etrúria, hoje Toscana, Itália, santa CATARINA DE RÍCCI, virgem da Ordem terceira Regular de São Francisco que se empenhou diligentemente na renovação da vida religiosa e se entregou à meditação contínua dos mistérios da Paixão de Jesus Cristo, dos quais teve frequentes experiências místicas. (1590)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O,. de Braga:
Nasceu em Florença, Itália, em 1522, e recebeu no baptismo os nomes de ALEXANDRINA-LUCRÉCIA-RÓMULA. Muito cedo perdeu a mãe e foi entregue aos cuidados da tia, Luísa de Rícci, religiosa da mesma cidade. O pai não a deixou estar longamente no convento; Pensava prepará-la para que se casasse. Mas ela tanto insistiu que chegou a obter licença de seguir o próprio atractivo para a vida religiosa; tomou o véu aos 14 anos e mudou o nome para CATARINA, no convento dominicano de Prato.
Levou vida angélica e exercitou-se na prática de todas as virtudes. deu grande exemplo de paciência numa enfermidade prolongada e foi de exactidão extraordinária. Passados cinco anos, confiaram-lhe o cargo de mestra das noviças e pouco depois o de subprioresa. Aos 25 anos, contra todas as suas resistências fizeram-na prioresa, cargo que manteve durante 42 anos, até ao fim da vida. Duma sabedoria e prudência consumadas para dirigir-se às almas, duma dedicação e caridade a toda a prova, desempenhava os cargos mais humildes e tendia a viver na união mais íntima com Deus. Meditava sobretudo a Sagrada Paixão, depressa objecto único das suas meditações, que a alheavam de tudo até ao êxtase. Este êxtase começou para CATARINA em Fevereiro de 1542, e renovou-se cada semana durante doze anos, desde quinta-feira ao meio-dia até sexta à tarde. Revia sempre a Paixão de Jesus. O corpo parecia suspenso do chão durante horas. Este favor cessou todavia, pois CATARINA assim pediu ao Senhor e fez que o pedisse também a comunidade.
.
Todavia o seu zelo não podia limitar-se ao convento. CATARINA sentiu-se impelida a imolar-se como hóstia pacifica pela salvação do mundo, a ajudar os pobres distribuindo-lhes as generosidades que lhe vinham de fora, e a impor-se penitências e mortificações extraordinárias. Deus - ao mesmo tempo que lhe concedia o dom dos milagres, o espírito de profecia e a penetração dos segredos dos corações - sujeitava-se a diversos géneros de provas como as contradições e a fama de santidade que lhe pungia o coração.
CATARINA correspondia-se com São FILIPÉ NÉRI, e, como ambos tinham grande desejo de se ver, Deus concedeu-lhes este contentamento por uma visão durante a qual os dois falaram juntos. FILIPE NÉRI confirmou o facto. Do mesmo modo, CATARINA e MARIA MADALENA DE PAZZI estiveram em presença uma da outra.
Tinha 66 anos de idade e 48 de profissão quando foi atacada de doença mortal. depois de óptimos conselhos às suas religiosas, entregou a alma a Deus entre cânticos angélicos que foram ouvidos pelos presentes. Faleceu a 2 de Fevereiro de 1589. Foi beatificada em 1732 e canonizada em 1746.
EUTÍQUIO, Santo
Em Roma, nas Catacumbas junto à Via Ápia, Santo EUTÍQUIO mártir que torturado durante muito tempo sem comer e sem dormir, foi finalmente projectado num precipício vencendo pela fé em Cristo todas as crueldades do tirano. (data incerta)
PAPIAS, DIODORO e CLAUDIANO, Santos
Em Perga, na Panfília, hoje Turquia, os santos PAPIAS, DIODORO e CLAUDIANO mártires. (séc. III)
FILEIAS, FILOROMO, Santos
Em Alexandria, Egipto, a paixão dos santos mártires FILEIAS bispo e FILOROMO tribuno militar que, durante a perseguição do imperador Décio, sem atender às exortações dos parentes e amigos para salvar a vida, apresentando o pescoço à decapitação, mereceram do Senhor a palma do martírio. (séc. IV)
ISIDORO, Santo
Em Pelúsio, no Egipto, Santo ISIDORO presbitero célebre pela sua sabedoria que, desprezando o mundo e as suas riquezas, preferiu imitar a vida de João Baptista no deserto, tomando o hábito da vida monástica. (449)
AVENTINO de Chartres, Santo
Em Pelúsio, no Egipto, Santo ISIDORO presbitero célebre pela sua sabedoria que, desprezando o mundo e as suas riquezas, preferiu imitar a vida de João Baptista no deserto, tomando o hábito da vida monástica. (449)
AVENTINO de Chartres, Santo
Em Châteaudun, perto de Chartres, na Gália hoje na França, o passamento de Santo AVENTINO bispo que tinha ocupado a sede episcopal em Chartres. (511)
AVENTINO de Troyes, Santo
Em Troyes, na Gália Lionense, hoje França, Santo AVENTINO que é venerado como auxiliar do bispo São LOPO. (537)
RABANO MAURO, Santo
Em Mogúncia, Francónia hoje na Alemanha, São RABANO MAURO bispo que chamado do mosteiro de Fulda à sede episcopal de Mogúncia foi prelado exímio na ciência, hábil na eloquência e agradável a Deus nada omitindo que pudesse fazer para glória de Deus. (856)
NICOLAU STUDITA, Santo
Em Constantinopla, hoje Istambul, Turquia, São NICOLAU STUDITA monge que, várias vezes exilado por causa do culto das sagradas imagens, finalmente foi nomeado hegúmeno do mosteiro Stúdion e aí descansou em paz. (868)
GILBERTO, Santo
Em Sempringham, Inglaterra, São GILBERTO presbitero que com a aprovação do papa Eugénio III, fundou uma Ordem monástica com dupla observância, a saber, a Regra de São Bento para as monjas e a Regra de Santo Agostinho para os clérigos. (1189)
JOANA DE VALOIS, Santa
Em Bourges, na Aquitânia, França, Santa JOANA DE VALOIS rainha de França que depois de ter sido declarado nulo o matrimónio com o rei Luís XII se consagrou a Deus, venerou com singular devoção a Cruz e fundou a Ordem das Anunciadas, em honra da Anunciação à Virgem Maria. (1505)
JOÃO SPEED, Beato
Em Durham, na Inglaterra, o Beato JOÃO SPEED mártir que, no reinado de Isabel I condenado à morte por causa do auxílio prestado aos sacerdotes, mereceu a coroa do martírio. (1594)
... e ainda ...
AFONSO DE MENESES e
DIONÍSIO DE VILAREGUT, Beatos
Nel convento di S. Eulalia in Monpellier (Francia), i due mercedari, Beati Alfonso de Meneses e Dionisio de Vilaregut, testimoniarono la fede in Cristo con il loro esempio di vita dedita alle cose divine. Chiamati anche all’opera di redenzione a Jàtiva e Granada, liberarono 316 schiavi dalle mani dei mori. Infine con la stessa età e stessa santità andarono in cielò
AMMONÍSIA, Santa
Il piccolo centro valsesiano di Scopa venera come sua compatrona di questa santa, le cui reliquie, come attestato dall’autentica che ne dichiarava il recupero dalla catacomba di Priscilla nel 1750, giunsero nella parrocchia, chiesa matrice di tutte le comunità della Val Grande, tramite i fratelli Giovanni Antonio e Pietro Antonio Pianazzi, la cui famiglia era emigrata da alcune generazioni a Roma. La data d’arrivo della reliquia è il 1755, come riportato sull’iscrizione di una lapide presso l’altare della santa e fu sistemata nella cappella di San Marco; come testimonia il Lana, ancora nel 1840, le ossa erano visibili all’interno di una piccola urna di legno, posta sopra l’altare, che a stento le conteneva. Soltanto nel 1880, per la sensibilità dell’allora pievano don Giuseppe Canziani, esse furono ricomposte in una figura di cera ricoperta da un vestito realizzato dalle ragazze del paese, che fu poi collocata in un’urna più grande. Contemporaneamente si provvide anche a conferire un nuovo assetto, seppur risultato poi poco armonioso, all’altare dove si doveva riporla, che da allora s’intitolò ad Ammonisia. Riguardo alla presenza di questa presunta martire, invocata a Scopa come protettrice dalle inondazioni del Sesia che scorre poco lontano dalla chiesa, va ricordata la violenta contestazione, organizzata da un gruppo di locali esponenti della massoneria, in occasione dei solenni festeggiamenti indetti per inaugurare gli interventi sopra descritti. L’accusa mossa al clero della parrocchia era quella di aver creato un nuovo oggetto di superstizione, promovendo il culto ad una santa inesistente per ricavarne un profitto economico, derivante dalle numerose offerte elargite per la copertura delle spese effettuate. L’episodio s’inquadra in quel clima di diffuso anticlericalismo, più o meno manifesto, che fu presente in ambito valsesiano dalla fine dell’ottocento fino al primo conflitto mondiale e che i parroci locali cercarono di arginare con una riproposta di diversi elementi devozionali: culto mariano, culto eucaristico e venerazione dei santi locali, rispondendo alle provocazioni attraverso l’organizzazione di concrete manifestazioni di fede, quali pellegrinaggi, processioni e la pubblicazione di testi devozionali. Del corpo santo di Ammonisia si è occupato brevemente padre Antonio Ferrua, interpellato nel 1987 dal parroco locale per avere ulteriori notizie circa la presunta martire. Le ricerche compiute dal religioso gesuita hanno permesso di risalire a quello che, con molta probabilità, è l’epitaffio originario posto a chiusura del loculo da cui fu estratto il corpo poi fatto pervenire a Scopa. Il testo, pubblicato dal Ferrua stesso in edizione critica, riporta il nome originale della defunta: Artemisia, modificato per ragioni cultuali in Ammonisia, l’iscrizione, infatti, così riporta: III – NON – MAR – ARTEMISIA – IN PACE. Sulla stessa superficie figuravano anche sei monogrammi costantiniani ed una palma, allora interpretata, similmente al presunto “vaso di sangue” visibile nell’urna, come segno certo dell’avvenuto martirio, del quale manca invece ogni accenno nel testo riportato. A partire dal 1880 la devozione nei confronti di Ammonisia s’incrementò notevolmente tra la popolazione di Scopa, che da quell’anno dedicò ufficialmente alla santa una festa annuale. Inizialmente la ricorrenza era celebrata la prima domenica di marzo, fu poi anticipata alla prima di febbraio per permettere la partecipazione degli emigranti che, ritornati in autunno, ripartivano in primavera; ancora attualmente, in tale occasione, l’urna è portata in processione lungo le strade del paese.
GILBERTO DE LIMERICK, Beato
Nulla si sa della prima parte della vita di questo vescovo di Limerick, né se fu di origine danese o irlandese. Una parte della sua vita trascorse certamente fuori d'Irlanda, poiché sappiamo che fu a Rouen tra il 1103 e il 1106, durante l'esilio di Anselmo d'Aosta, arcivescovo di Canterbury (v ). Poco dopo Gilberto fu eletto vescovo di Limerick e scrisse ad Anselmo (1107) congratulandosi con lui per la fine delle sue controversie con i magnati normanni in Inghilterra, inviandogli un "povero piccolo dono" di venticinque pietre preziose di vario tipo ("munusculum paupertatis meae et devotionis transmitto, viginti quinque margaretulas inter optimas et viliores").
Anselmo gli rispose affettuosamente ringraziando "il vecchio amico" che era stato con lui a Rouen, congratulandosi per la sua elezione e sollecitandolo a lavorare per l'introduzione degli usi romani nella vita ecclesiastica irlandese.
Il male che piú affliggeva la Chiesa in Irlanda, come altrove, era, in quel tempo, la laicizzazione che, nell'isola, aveva assunto la forma del decadimento delle chiese monastiche le quali, in gran parte, avevano finito per divenire delle istituzioni secolari. Il matrimonio degli ecclesiastici, chierici e monaci, e l'attrattiva delle proprietà della Chiesa rappresentavano forze di secolarizzazione che agivano in Irlanda come nel continente.
Tuttavia, sin dal tempo in cui Gilberto divenne vescovo di Limerick, il movimento di riforma gregoriana aveva compiuto qualche progresso nell'isola e si era tenuto un sinodo di riforma a Cashel nel 1101 sotto la presidenza del legato Maelmuire O'Dunain, vescovo di Meath. S. Anselmo si era tenuto in contatto con queste correnti di riforma sin dalla sua elezione a Canterbury nel 1093 e non sembra esservi dubbio che le influenze anglo-normanne, quale l'amicizia tra Anselmo e Giacomo, giovarono a questi primi tentativi di portare l'Irlanda in linea con il resto della Chiesa.
Seguendo le esortazioni di Anselmo, pare che Gilberto fosse divenuto uno dei capi della riforma ed avesse scritto un Liber de statu ecclesiae che può considerarsi come il programma del partito riformatore. Dopo una prefazione (De usu ecclesiastico) in cui stabilisce l'uso canonico o romano di recitare le ore, descrivendo l'uso irlandese come scismatico, Gilberto prosegue pro ponendo al clero irlandese un'adeguata organizzazione della Chiesa sotto il papa, i primati, gli arcivescovi, i vescovi e i preti.
Nel 1110 o 1111, circa nel periodo in cui Gilberto componeva questo trattato, fu nominato legato papale e in questa veste presiedette il sinodo nazionale di Rath Breasail nel 1111. Con l'aiuto del re Muirchertach Ua Briain, anch'egli in corrispondenza con s. Anselmo, Gilberto, in questo sinodo introdusse il sistema continentale di governo della Chiesa. Risultato di ciò fu che l'intera Irlanda fu divisa in due province ecclesiastiche basandosi sulla antica suddivisione di Leath-Mhogha e Leath Chuinn, con gli arcivescovi di Armagh e di Cashel; furono istituite ventisei diocesi di cui vennero delimitati i confini e le chiese, invece di dipendere dagli abati dei monasteri, furono completa mente affidate ai vescovi diocesani. Il maggior risultato del sinodo, tuttavia, fu quello di estendere l'autorità della gerarchia di nuova istituzione in tutti e cinque i regni d'Irlanda.
I rimanenti anni della vita di Gilberto sembrano essere trascorsi nel consolidamento del nuovo ordine. Si ha notizia di un viaggio fuori d'Irlanda allorché, nel 1115, assistette l'arcivescovo di Canterbury per la consacrazione del vescovo di St. Davió.
Gilberto morí nel 1143, tre anni dopo avere, a causa dell'età avanzata, rinunciato alla sua sede, ed es sere stato sostituito come legato da s. Mael-Maedoc Ua Morgair o Malachia di Armagh.
La sua festa è celebrata il 4 febbraio.
IMÉRIO DI BOSTO, Santo
Gode di un culto locale nella provincia di Varese, associato a s. Gemolo compagno di martirio. Vari studiosi ritengono che comunque si tratta della stessa persona.
A Bosto (Varese) gli è stata dedicata una chiesa che porta il suo nome, è rappresentato vestito da pellegrino con un pugnale infisso nel petto.
Un’antica tradizione del secolo XI li presenta come accompagnatori di un vescovo in viaggio per Roma proveniente da Oltre Alpi, che si recava dal papa per adempiere all’obbligo della visita ad limina apostolorum; si tratta di una visita di tutti i vescovi residenziali di una diocesi, o di una nazione che sono tenuti a fare ogni cinque anni o altro periodo concordato, in tale occasione oltre a ribadire la fedeltà della Chiesa locale o nazionale alla S. Sede, si passano in rassegna tutte le opere fatte e i problemi che assillano la vita ecclesiale della comunità.
Imerio e Gemolo (se si tratta di due persone) furono uccisi durante una rapina a colpi di pugnale in Valganna da una banda di malfattori provenienti da Uboldo (VA). Gemolo fu sepolto a Ganna (nel luogo nel 1095 sorse una abbazia a lui dedicata) mentre Imerio che era fuggito verso Varese ferito mortalmente, fu sepolto nella chiesa di S. Michele di Bosto che in seguito prenderà il suo nome.
Inizialmente ricordati nella zona in due giorni diversi 4 e 5 febbraio, nel 1960 con decreto del 12 febbraio, la Sacra Congregazione dei Riti, ha concesso la Messa propria nelle parrocchie di Bosto e Ganna il 4 febbraio.
GIUSTO TAKAYAMA UKON, Beato Figlio di un nobile convertito Takayama Ukon (secondo l’uso giapponese, il cognome va prima del nome), noto anche come Hikogoro Shigetomo, nacque tra il 1552 e il 1553 nel castello di Takayama, nei pressi di Nara. Suo padre, Takayama Zusho (o Takayama Tomoteru), apparteneva alla nobiltà militare che all’epoca era spesso coinvolta nella varie guerre tra daimyō o signori feudali: infatti, dal 1538 in poi, militò come samurai al servizio del nobile Matsunaga Hisashide e divenne comandante del castello di Sawa. In quel frangente, nel 1563, Zusho fu anche uno dei giudici incaricati di esaminare l’operato del gesuita padre Gaspar Vilela, che quattro anni addietro aveva fondato la prima missione cattolica a Kyoto, sede dell’imperatore. Il sacerdote rispose con tale fermezza alle accuse che venivano rivolte a lui e al catechista Lorenzo, suo fedele collaboratore, che il samurai rimase convinto che avesse ragione: riconobbe la serietà della dottrina cristiana e volle viverla in prima persona, ricevendo il Battesimo e cambiando nome in Dario. Tanto fece e tanto disse che anche gli altri due giudici fecero lo stesso. Non solo: quando tornò al castello di Sawa, invitò il catechista Lorenzo a presentare la sua fede ai familiari. Nel 1563 furono quindi battezzati, oltre a molti soldati, la moglie del samurai e i loro sei figli; Ukon, che era il maggiore, ebbe il nome cristiano di Giusto. A causa delle lotte militari tra i vari daimyō, anche i Takayama subirono un colpo notevole: dovettero abbandonare Sawa a causa dei nemici del nobile presso cui prestava servizio. Dario, quindi, si associò all’amico Wada Koremasa e al suo esercito. Con lui si mise all’opera perché i missionari cattolici potessero ritornare a Kyoto: il signore del luogo, Oda Nobunaga, acconsentì e protesse in seguito la piccola comunità cristiana. Un duello che segna la vita Quanto a Giusto, era ormai dell’età adatta per prendere le armi: nel 1571, ad esempio, partecipò a una battaglia vittoriosa e rilevante. Tuttavia, alla morte di Wada Koremasa, si sviluppò un contrasto col figlio di lui, Korenaga: i figli dei due amici dovettero scontrarsi in duello. Giusto vinse, uccidendo l’avversario, ma lui stesso rimase ferito gravemente. Rimase a lungo tra la vita e la morte e, mentre si riprendeva, riconobbe di essersi curato poco della fede che gli era stata insegnata. Due anni dopo, come ricompensa per i loro servigi, i Takayama ricevettero il feudo di Takatsuki, al cui comando passò Giusto perché il padre era ormai anziano. Venne per lui anche il tempo di formarsi una famiglia: nel 1574 sposò una cristiana, Giusta, dalla quale ebbe di certo tre figli maschi, due dei quali morti poco dopo la nascita, e una figlia. Sotto la sua guida, Takatsuki divenne un importante centro di attività missionaria, dove i catecumeni potevano riunirsi in locali adatti e ricevere regolarmente l’istruzione catechistica da parte di sacerdoti e religiosi. Lui stesso approfondiva i contenuti del Vangelo e, ben presto, venne ritenuto esemplare dagli altri fratelli nella fede. Una resa per non spargere sangue Tuttavia, le questioni di guerra non erano ancora concluse. Nel 1578 il daimyō Araki Murashige si ribellò apertamente contro Oda Nobunaga e prese in pegno la sorella e il figlio di Giusto, il quale si trovò preso dai dubbi: sapeva che suo padre voleva restare fedele all’impegno con il nobile, ma intanto il rivale di lui si era accampato di fronte al castello di Takatsuki, domandandone la resa e minacciando di mettere in pericolo i credenti cristiani. Pregò a lungo, poi prese la sua decisione: restituì i diritti feudali al padre e si consegnò inerme. Oda apprezzò il suo gesto e lo confermò come signore del luogo, ma esiliò Dario nella provincia settentrionale di Echizen (oggi prefettura di Fukui). Proprio per questo, l’anziano contribuì a diffondere il cristianesimo anche in quelle zone del Giappone. Alle dipendenze degli shogun, portatore del Vangelo Giusto, intanto, aveva fatto carriera alle dipendenze di Oda Nobunaga, diventando uno dei suoi primi generali. Proseguì anche nell’aiuto ai cristiani: ottenne la costruzione della prima chiesa di Kyoto (oggi non più esistente) e di un altro edificio sacro, insieme a un seminario, ad Azuchi, sul lago Biwa. Anche a Takatsuki il numero dei credenti aumentava di anno in anno. Quando Oda Nobunaga fu assassinato da Akechi Mitsuhide, i generali che gli erano fedeli gli diedero battaglia, poi passarono al seguito di Toyotomi Hideyoshi, il nuovo shogun. Giusto ottenne presto di grandi stima e fiducia da parte di lui e poté ancora una volta agire per aiutare i cristiani, fruttando molte conversioni anche tra personalità di spicco. Nel 1585 lo shogun lo ricompensò con un nuovo feudo, quello di Akashi: anche lì la popolazione si accostò al cristianesimo. In conflitto con Toyotomi Hideyoshi Tuttavia, per vari fattori, a partire del 1587 Toyotomi Hideyoshi non fu più favorevole ai cristiani: ordinò l’espulsione di tutti i missionari e degli stranieri in genere e fece pressione sui nobili affinché tornassero alla religione dei loro antenati. Toccò anche a Giusto: la notte del 24 luglio fu convocato dallo shogun, che gli manifestò il suo dispiacere perché aveva convertito molti signori feudali. Gli ordinò quindi di abbandonare la fede, pena l’esilio in Cina e l’esproprio dei suoi beni. Il daimyō rifiutò, dichiarando che per nulla al mondo avrebbe rigettato il Dio nel quale i missionari gli avevano insegnato a credere. La rappacificazione La sua pena fu quindi limitata alla perdita dei beni: insieme a tutta la famiglia, Giusto mendicò a lungo, finché non venne ospitato sull’isola di Shodoshima da un suo amico, Konishi Yukinaga. Lo shogun, però, venne a sapere del suo nascondiglio e gli propose di essere reintegrato nel suo incarico, ma ottenne un nuovo rifiuto. Giusto fu quindi condotto prigioniero a Kanazawa, dove subì notevoli privazioni. Alla fine, Toyotomi Hideyoshi gli assegnò una rendita annua, forse perché si era pentito, e nel 1592 si riappacificò con lui nel corso di una solenne cerimonia. Pur non reintegrato come daimyō, l’altro poté muoversi liberamente nell’arcipelago giapponese: contribuì quindi all’azione missionaria dei Gesuiti, ripresa nell’anno precedente alla rappacificazione. La persecuzione sotto Tokugawa Ieyasu Tuttavia, nel 1597, 26 cattolici, sia stranieri sia autoctoni, furono crocifissi sulla collina di Nagasaki e un nuovo editto bandì i cristiani dal Giappone. La morte improvvisa dello shogun sembrò aprire qualche speranza, ma il suo successore, Tokugawa Ieyasu, si sostituì gradualmente all’erede legittimo. Dopo un’iniziale fase di accondiscendenza verso la religione cristiana, cominciò a proibire ai vari dignitari e nobili di ricevere il battesimo. Infine, nel 1614, emanò l’ordine di espulsione di tutti i missionari, col quale i cristiani giapponesi venivano obbligati a riprendere le usanze dei loro avi. La prigionia, poi l’esilio Giusto, che dopo le prime proibizioni si era trasferito a Kanazawa, fu subito raggiunto dall’ordinanza. Gli amici gli suggerivano di compiere degli atti di abiura formale, come calpestare le immagini sacre, ma lui rispondeva invariabilmente di essere consapevole di quale tesoro costituisse la religione cristiana e che, quindi, non dovevano fargli quella proposta neanche per scherzo. Insieme ai suoi familiari, venne quindi condotto sotto scorta a Nagasaki, dove venivano radunati anche i missionari e i cristiani che non avevano abiurato. Trascorse sette mesi in attesa di morire da martire, ma l’8 novembre 1614 fu imbarcato, insieme a un gruppo di circa 300 cristiani, su una giunca che faceva vela verso Manila, nelle Filippine. Durante il viaggio fu capace di confortare gli altri, ammassati su quella piccola imbarcazione. Una volta sbarcato, ebbe un’accoglienza trionfale, da vero eroe della fede. La morte Tuttavia, appena quaranta giorni dopo, iniziò ad avere la febbre molto alta. Certo di essere alla fine della vita, fece chiamare il suo direttore spirituale, padre Morejón, e ricevette gli ultimi sacramenti. Incoraggiò ancora una volta quanti gli stavano attorno a perseverare nella fede e, infine, morì ripetendo il nome di Gesù. Era verso la mezzanotte del 3 febbraio 1615; Giusto aveva circa 62 anni. Gli spagnoli, che al tempo governavano le Filippine e che gli avevano proposto di assisterli per abbattere lo shogun Tokugawa, ma ottennero il suo rifiuto, gli riservarono un funerale solenne con gli onori militari. Tempo dopo, in piazza Dilao a Manila, è stata posta una sua statua, nella quale veste gli abiti tipici del suo rango, ma alla katana (la spada tradizionale giapponese) che regge in mano è sovrapposto il Crocifisso. Un percorso complicato verso la beatificazione La Chiesa cattolica giapponese lo ha sempre considerato un autentico testimone della fede e ha più volte cercato di avviare il suo processo di beatificazione. Il primo tentativo rimonta già a pochi anni dalla sua morte, ad opera dei sacerdoti di Manila: tuttavia, la politica isolazionista sotto i Tokugawa impedì la raccolta delle prove documentali a riguardo. Nel 1965, poi, alcuni vizi di forma nelle fasi preliminari ne causarono l’arresto. L’ultimo e più proficuo intervento in tal senso parte dall’ottobre 2012, monsignor Leone Jun Ikenaga, arcivescovo di Osaka e all’epoca presidente della Conferenza episcopale giapponese, ha consegnato a papa Benedetto XVI una lettera per chiedere l’esame della causa. L’agosto dell’anno successivo, la Conferenza episcopale del Giappone ha inviato alla Congregazione delle Cause dei Santi i documenti del processo. Nel 2015 è stata quindi trasmessa la “Positio”: in essa Giusto Takayama figurava come martire, in quanto la sua morte appariva come conseguenza delle privazioni e dei maltrattamenti subiti in patria. Infine, il 20 gennaio 2016, papa Francesco ha autorizzato la promulgazione del decreto con cui effettivamente veniva riconosciuto il suo martirio. La beatificazione Il rito della beatificazione di Giusto Takayama si è svolto nella Osaka-jō Hall di Kyōbashi, presso Osaka, presieduto dal cardinal Angelo Amato come inviato del Santo Padre. È la prima volta per un singolo candidato agli altari come martire originario del Giappone: questo Paese conta infatti già 42 Santi e 393 Beati, tutti martiri e uccisi in prevalenza durante il periodo Edo, ossia dal 1603 al 1867; sono tutti ricordati in gruppo. IMERIO DI BOSTO, Santo Gode di un culto locale nella provincia di Varese, associato a s. Gemolo compagno di martirio. Vari studiosi ritengono che comunque si tratta della stessa persona. A Bosto (Varese) gli è stata dedicata una chiesa che porta il suo nome, è rappresentato vestito da pellegrino con un pugnale infisso nel petto. Un’antica tradizione del secolo XI li presenta come accompagnatori di un vescovo in viaggio per Roma proveniente da Oltre Alpi, che si recava dal papa per adempiere all’obbligo della visita ad limina apostolorum; si tratta di una visita di tutti i vescovi residenziali di una diocesi, o di una nazione che sono tenuti a fare ogni cinque anni o altro periodo concordato, in tale occasione oltre a ribadire la fedeltà della Chiesa locale o nazionale alla S. Sede, si passano in rassegna tutte le opere fatte e i problemi che assillano la vita ecclesiale della comunità. Imerio e Gemolo (se si tratta di due persone) furono uccisi durante una rapina a colpi di pugnale in Valganna da una banda di malfattori provenienti da Uboldo (VA). Gemolo fu sepolto a Ganna (nel luogo nel 1095 sorse una abbazia a lui dedicata) mentre Imerio che era fuggito verso Varese ferito mortalmente, fu sepolto nella chiesa di S. Michele di Bosto che in seguito prenderà il suo nome. Inizialmente ricordati nella zona in due giorni diversi 4 e 5 febbraio, nel 1960 con decreto del 12 febbraio, la Sacra Congregazione dei Riti, ha concesso la Messa propria nelle parrocchie di Bosto e Ganna il 4 febbraio. LIFARDO, Santo Eroe di una leggenda riportata in tardi Acta editi dai Bollandisti, Lifardo (Lietfardo) sarebbe stato un arcivescovo di Canterbury e avrebbe accompagnato a Roma in pellegrinaggio il re del Wessex, Caedwalla. Sulla strada del ritorno fu ucciso nella foresta di Arrouaise, in diocesi di Cambrai, verso l’anno 640. Sepolto dapprima a Trecan, il suo corpo fu portato poi a Honnecourt e di qui a St-Quentin, dove poi le reliquie finirono con l’andare disperse quando, nel 1557, la città fu espugnata dagli spagnoli. Il culto di Lifardo si diffuse, a partire dal secolo X, ad opera dei Benedettini di Saint-Bertin, cui si deve la narrazione delle vicende del martire. Il racconto, peraltro, è molto improbabile e in esso sembra debba riconoscersi l’apporto sostanziale, se non esclusivo, delle storie concernenti il vescovo Liudardo, cappellano a Canterbury della regina Berta, e il re Caedwalla. La sua festa è menzionata al 4 febbraio, negli Auctaria del Molano a Usuardo e nel Menologio del Bucelino; attualmente, alla stessa data, è inserita nei nuovi Propri di Cambrai e Arras. |
»»»»»»»»»»
&&&&&
&&&&&
Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do
MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e ainda eventualmente através dos sites:
Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral,
"""""""""""""""
Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres.
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las