Caros Amigos:
Desejo que o resto deste Ano de 2019 traga tudo de Bom para toda a Humanidade.
As minhas melhores Saudações de
Amizade e Gratidão
para todos os leitores e/ou simples Visitantes que queiram passar os olhos por este Blogue
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Nº 4 0 0 8
Série - 2019 - (nº 3 0 4)
31 de OUTUBRO de 2019
SANTOS DE CADA DIA
Nº 3 5 7
12º A N O
12º A N O
LOUVADO SEJA PARA SEMPRE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
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Todos os Católicos com verdadeira Fé,
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos
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AFONSO RODRIGUEZ, Santo
Em Palma de Maiorca, Espanha, Santo AFONSO RODRIGUEZ que, ao perder a esposa e os filhos, foi recebido como religioso na Companhia de Jesus e exerceu o ofício de porteiro durante muitos anos no Colégio sempre com grande humildade obediência e contínua penitência. (1617)
Em Palma de Maiorca, Espanha, Santo AFONSO RODRIGUEZ que, ao perder a esposa e os filhos, foi recebido como religioso na Companhia de Jesus e exerceu o ofício de porteiro durante muitos anos no Colégio sempre com grande humildade obediência e contínua penitência. (1617)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O.de Braga:
Duas etapas duma vida.
Em Julho de 1533, enquanto INÁCIO DE LOIOLA na Universidade de Paris, se aplicava ao estudo da filosofia e animava a alguns dos seus companheiros a compartilharem seus ideais apostólicos, nascia na cidade espanhola de Segóvia op segundo numa família cristã de 7 filhos e 4 filhas, a quem foi posto o nome de AFONSO RODRIGUEZ.
Só 38 anos mais tarde é que entrará na Companhia de Jesus. Ele mesmo nos conta, no seu Memorial, como se converteu a Deus.
«Estando metido nas coisas do mundo, Deus tocou-o com alguns trabalhos, despertando-o assim para o conhecimento da miséria dessa vida e para o desprezo do mundo... e este conhecimento próprio era acompanhado do conhecimento de Deus».
Profundos desgostos familiares, a morte de sua mulher e de seus dois filhos, o descalabro de seus interesses económicos preparam o caminho para a graça de Deus. O conhecimento próprio e o conhecimento de Deus levaram-no a uma «grande dor e pena de ter ofendido o seu Deus, gastando com profundos sentimentos noites e dias com muita abundância de lágrimas de contrição por ter ofendido ao seu Deus que ele já conhecia... Tudo isto aconteceu em Segóvia, onde esteve uns três anos, depois de Deus lhe ter dado aquela luz tão profunda».
A conversão de AFONSO foi profunda e definitiva. No mês de Janeiro de 1571, aos 38 anos, começou o seu noviciado. Ainda noviço, em Agosto desse mesmo ano, foi destinado para o Colégio do Monte Sião, em Palma de Maiorca. Aqui havia de permanecer os restantes 46 anos da sua vida, até que Deus o chamou a Si, no dia 31 de Outubro de 1617. Irmão auxiliar da Companhia, exerceu por muito tempo o ofício de porteiro e ocupou-se noutros trabalhos domésticos.
Exteriormente, a vida de AFONSO parece reflectir a plácida tranquilidade da linda ilha em que viveu. Sem grandes preocupações, com poucas responsabilidades, dentro dum quadro de monótona rotina, com poucas oportunidades para o heroísmo que faz santos. Aparentemente, é um bom Irmão entre os outros Irmãos. Mas outro é o AFONSO que se nos revela em seus escritos e sobretudo no Memorial ou Contas de Consciência que são como uma Autobiografia. Não é tarefa fácil refazer, em poucas linhas, o denso itinerário espiritual do interior de AFONSO , que se reflecte em seus múltiplos escritos.
Numa incansável fidelidade à graça, AFONSO viveu intimamente a espiritualidade daquele momento histórico, com todos os seus valores e todas as suas limitações.
Conhecimento próprio e conhecimento de Deus.
Aquela «luz tão particular», do tempo da sua conversão foi-se intensificando cada vez mais ao longo da sua vida na Companhia de Jesus. AFONSO continuou a explorar o filão inesgotável de santificação que é o conhecimento próprio e o conhecimento de Deus. Em seus escritos aparece insistentemente a palavra de Santo Agostinho: «Senhor, eu Vos conheça Vós e me conheça a mim!»; muitas páginas correspondem ao profundo realismo daquele «considerar quem é Deus, contra quem pequei» da meditação dos pecados nos Exercicios de Santo Inácio.
É por assim dizer o eixo, o «leit-motiv» da intensa actividade espiritual de AFONSO.
Desde que, por graça especial, AFONSO chegou a conhecer «quem é Deus», só quer uma coisa: que a sua vida seja de Deus: «vendo-se, e vendo toda a majestade de Deus, contra quem tem sido desleal, mau e traidor, sente aborrecimento de si; este nasce do grande amor que tem a Deus e da pena que sente por O ter ofendido; porque o amor desperta a alma para que ela reconheça o mal que fez ofendendo a um Deus tão bom».
Contínua aproximação do Senhor.
«Depois da limpidez, da humildade e do amor de Deus vem a entrega de toda a alma ao Senhor. Isto é que é seguro, e tudo o mais tem por suspeito e teme-o, como sejam visões, revelações, palavras interiores ou exteriores e consolação espiritual». As contínuas graças de oração e contemplação que Deus lhe vai concedendo marcam novas etapas na ascensão espiritual de AFONSO, mas não alteram a clareza da sua visão ascética nem o afastam do critério Inaciano: «que o amor deve consistir mais em obras do que em palavras».
Se, como alguém escreveu com toda a razão, «AFONSO RODRIGUEZ é uma alma eminentemente "carismática"», pode afirmar-se também que a sua sensatez espiritual e o seu prudente equilíbrio sobrenatural o levam sempre a examinar com atenção e a discernir cuidadosamente os diversos espíritos que se agitam no seu interior.
Na contínua oração com Deus, não se descuida em fazer, o mais perfeitamente que pode, com a ajuda da graça, a vontade do Senhor. Toda a sua actividade diária, repetida e monótonas durante longos anos, vem a ser para ele ocasião de maior fidelidade a Deus. Isto explica o seu amor característico e ardente à obediência, entendida como ele a entendeu e como a descreve em seus escritos: execução fiel e plena das indicações ou ordens do Superior, por amor de Deus a quem vê sempre presente na pessoa daquele que manda: «comunicou-lhe Deus tanta luz sobre a obediência, que se encontrava diante de Deus sem qualquer raciocínio, e via clara e abertamente como a obediência, era a voz de Deus, e que era Ele que mandava, e não o homem».
O amor concreto, com que AFONSO quer amar a Deus, leva-o a querer também, e a pedir, que não só a ele mas todos os homens, a criação inteira, ame a Deus e não se afaste do serviço de Deus. «Assim preocupado com a salvação de todos os homens, se oferecia a Deus com muito afecto...»
Com um coração dilatado como o mundo, assim resume, em 1608, os desejos de sua alma sedenta de Deus: «A oração que tem é uma súplica a Deus e a Nossa Senhora de quatro amores: o amor de Deus; o amor de Jesus Cristo; o amor à Santíssima Virgem; e o amor de uns para com os outros... Senhor, suplico-Vos, com a vossa graça, antes padeça eu todas as penas, para que Vós, meu Deus, não sejais ofendidos por ninguém...»
Nossa Senhora
Na íntima união de AFONSO com Deus, Maria esteve sempre muito presente: «Minha Senhora,a Virgem Maria», «doce Maria», «Maria!» como ele lhe chama. Num momento grave de sofrimento físico e de abandono interior, AFONSO sente que até o demónio escarnece dele, dizendo-lhe: «Onde está Maria?» Mas, nestas ocasiões, ela vem invariavelmente em sua ajuda, dizendo-lhe: «Onde Eu estou, não há que temer...» Esta devoção a Nossa Senhora tem raízes profundas em AFONSO: desde a infância, confessa ele, no seio da família e da cidade onde nasceu, Segóvia, tão devota de Maria. «Passados anos, escreve AFONSO quanto tinha 75 anos, cresceu nele tanto o amor e devoção a Nossa Senhora que, falando várias vezes com Ela, Lhe pedia que suplicasse a seu bendito Filho que o fizesse muito devoto e imitador de Ambos. Cresceu tanto o seu amor a Nossa Senhora que, noutra ocasião Lhe disse estas palavras: «Que A ama a Ela mais, do que Ela a ele»., e Nossa Senhora respondeu-lhe: "Isso não. Eu é que te amo mais a ti».
Referindo-se a si próprio, confessa lealmente : «Também muito deseja assim o pede... com insistência à Virgem Maria, para que Ela lhe alcance do seu Filho... a graça de antes morrer do que cometer qualquer pecado, mesmo venial... não quer ofender a quem tanto ama».
Com os anos, esta comunicação com Maria e o amor que lhe tem tornam-se cada vez mais espontâneos e íntimos: «Nossa Senhora mostrava-lhe, por palavras e acções que o amava muito».
Contemplativo na acção
Ao vê-lo tão unido com o Senhor, tão cheio de Deus, foram muitos os que recorreram a ele, procurando conselho e luz espiritual, alentou a muitos a generosidade para com Deus; com muitos manteve uma fiel correspondência epistolar, cheia de sensatez espiritual, desejo de comunicar o que ele sentia de deus e de fazer bem a todos.
O mais notável dos seus filhos espirituais foi São PEDRO CLAVER. Sob a influência de AFONSO, CLAVER sentiu desejo e chegou à decisão de se fazer apóstolo dos escravos na América Meridional, realizando aquilo que AFONSO ansiava realizar.
O heroísmo de CLAVER, o seu desprendimento total, a compaixão dos escravos abandonados, cheios de sofrimentos, são um reflexo de toda a grandeza de alma de AFONSO.
Já na posse do gozo do seu Senhor. AFONSO continua no mundo a sua acção apostólica com o exemplo da sua admirável vida.
Todos os jesuítas, mas de modo muito especial os Irmãos da Companhia e até doutros Institutos religiosos, têm recebido de AFONSO ânimo e estimulo na sua vocação de contemplativos na acção, e aprendido dele aquela disponibilidade sempre satisfeita por receber uma indicação da vontade de Deus. sendo porteiro no Colégio de Monte Sião, escreve ele:
«Quando tocavam à porta, fazia interiormente actos de alegria, pelo caminho, como se fosse abrir a Deus, e como se fosse Ele que tivesse tocado à campainha, ia-Lhe dizendo: "Já vou, Senhor!"»
AFONSO RODRIGUEZ morreu em Palma de Maiorca (Ilhas Baleares) a 31 de Outubro de 1617. Foi canonizado por LEÃO XIII a 15 de janeiro de 1888.
Em Vermand, hoje Saint-Quentin na Gália Bélgica, hoje França, São QUINTINO mártir, da ordem senatorial que padeceu por Cristo no tempo do imperador Maximiano. (séc. III)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Em 641, ano da sua elevação à sé episcopal de Noyon - França, Santo ELÍGIO encontrou o corpo deste mártir. Ampliou a igreja que lhe era dedicada e colocou as suas relíquias num túmulo que ele próprio enriqueceu de ouro e pedrarias.
No século anterior, já GREGÓRIO DE TOURS afirmava que São QUINTINO tinha numerosos devotos e que era eficaz a sua intervenção. E contava a história de um ladrão condenado à morte em virtude da queixa de um padre. Apavorado com a severidade da sentença, o padre reconsiderou e pediu aos juízes que comutassem a pena. Como estes recusassem, correu à igreja de São QUINTINO a fim de pedir a intervenção do santo. E o santo interveio de facto, segundo diz GREGÓRIO, pois a corda partiu-se antes de o homem morrer. Vendo nisso uma indicação do céu, os juízes perdoaram, ao criminoso. As Actas de São QUINTINO são das melhores. Foram redigidas cerca do ano de 630, segundo um texto escrito pelo ano de 327, isto é, cinquenta e cinco anos depois do martirio.
Foi, com efeito, entre os anos de 282 a 287 que QUINTINO, filho dum senador romano chamado Zenão, foi morto pela fé. Viera de Roma e tinha evangelizado com São LUCIANO as regiões de Beauvais e Ambiano. Preso primeiramente nesta cidade, foi arrastado até uma localidade chamada então Augusta Vermanduorum e que depois passou a ser conhecida por Saint-Quintin. Aí foi supliciado e depois decapitado.
Em Ratisbona na Baviera hoje na Alemanha, São VOLFGANGO bispo que, depois de ter sido mestre-escola e ter abraçado a profissão monástica, foi elevado à sede episcopal, onde instaurou a disciplina do clero e, quando visitava a região de Puppingen, morreu humildemente no Senhor. (994)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Nascido na Suábia por 927, morreu em Peppingen - Áustria a 31 de Outubro de 994. Sentia-se reconhecido por lhe terem os pais chamado WOLFGANG, isto é, «o lobo que anda à volta» (Lupambulus). «Só que eu, dizia ele, corro atrás das ovelhas para as alimentar e não para as comer». depois de ensinar em Tréviros, fez-se beneditino em Einsiedeln (964). Quis ir levar o Evangelho aos Magiares, mas estes não estavam dispostos a recebê-lo dum desses Alemães que pouco antes os tinham batido.
Foi no regresso da Hungria (927) que WOLFGANG foi nomeado para a sé episcopal de Ratisbona .- Baviera. Pelo zelo, pelos talentos e pela santidade de vida, deixou a recordação dum grande bispo. Transformou a diocese e o clero. Abadias que já não distinguiam senão pela mesa e pela cozinha, tornaram a encontrar, graças a ele, o fervor. Toca-lhe também o mérito, tendo sido seu mestre e seu director, de ter formado o Imperador Santo HENRIQUE II (1002-1024). Era amável e indulgente. Um pobre miserável tinha vindo cortar material, paras se vestir, na cortina da sua cama episcopal: «Deixai-o em paz disse WOLFGANG aos que falavam de o enforcar; ele não teria tido essa ideia, se fosse menos miserável»; e mandou-o embora, perdoado e com um fato novo.
WOLFGANG caiu doente em Peppingen junto a Linz, quando visitava parte da sua diocese. mandou que o transportassem para diante do altar da igreja, para receber os Sacramentos. Querendo os seus clérigos fazer sair a multidão, disse: «Deixai que me vejam morrer, já que nisso se empenham; isto fá-los-á pensar na própria morte, e talvez em prepará-la. Com eles e comigo tenha Deus misericórdia!»
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
A 31 de Outubro de 1982, o Papa JOÃO PAULO II acrescentou, no calendário dos santos de França, mais a Santa JOANA DELANOUE, a «Mãe dos pobres».
Nasceu em 1668, em último lugar numa série de doze filhos. Nada parecia prepará-la para o destino que realmente veio a ter. Seus pais eram modestos negociantes de quinquilharias ou miudezas; eram capelistas. Aos 26 anos , herdou ela o estabelecimento familiar e veio a mostrar-se, nele, comerciante habilidosa e ávida de ganhos.
Num dia de Inverno de 1693, notavelmente áspero, vem ter com ela uma boa mulher que, por devoção a Nossa Senhora, passava a vida em peregrinações. Diz-lhe: «JOANA dá-te à caridade; em São Florêncio esperam-nos seis crianças pobres num curral». JOANA recolheu-as em sua casa. É o ponto de partida da sua vocação. Durante cinco anos leva a sério os seus negócios, mas também se dedica a obras de caridade cada vez mais numerosas. Tanto que lhe vão chamando mãe dos pobres.
Aos trinta anos dá o passo decisivo: trespassa a loja a uma sobrinha e transforma a casa em asilo a que chama «a Providência». Ele desaba, mas ela em breve cria três novos. Recolhe assim mais de cem crianças: órfãos, meninas abandonadas, velhos, indigentes de toda a qualidade.
Em 1703 vem uma companheira partilhar a sua vida e seguem-na outras duas, uma das quais a sobrinha. São os princípios da Congregação de Santa Ana da Providência, que recebe aprovação da Igreja em 1709.
A Irmã JOANA DA CRUZ, assim fica a chamar-se daí em diante, quer que as suas Irmãs vivam numa casa semelhante à dos pobres, que se alimentem como eles e como eles sejam tratadas em caso de doença.
Provações não lhe faltaram, conforme indicamos já: o desabamento da casa transformada em asilo, faltas de dinheiro, críticas de pessoas qualificadas que lhe acham exagerada a austeridade, e classificam de desordenadas as suas caridades.
Quanto aos pobres, ela mostra-se para com eles cheia de atenções. Pobre com pobres, não hesita em pôr-se a mendigar. Vem a morrer em 1736, com 68 anos. Uma palavra sua resume-lhe a vida: «Quero viver e morrer com os meus queridos irmãos, os Pobres».
Em Alexandria, no Egipto, Santo EPIMÁQUIO DE PELÚSIO mártir que, segundo a tradição no tempo da perseguição do imperador Décio ao ver como o prefeito obrigava os cristãos a sacrificar aos ídolos, tentou destruir a ara, sendo por isso preso, torturado e finalmente degolado. (250)
Em Fosses, no Brabante da Austrásia, território da actual Bélgica, São FELANO presbitero e abade que, nascido na Irlanda e irmão e companheiro de São FURSEU foi sempre fiel à observância monástica da sua pátria, fundou dois mosteiros - em Fosses e em Nivelles - um para monges e outro para monjas, e no caminho entre os dois foi assassinado por salteadores. (655)
ANTONINO DE MILÃO, Santo
Em Milão, na Lombardia, Itália, Santo ANTONINO bispo que trabalhou incansavelmente para extinguir a heresia ariana entre os Lombardos. (661)
CRISTÓVÃO DE ROMANHA, Beato
Em Cahors, na Aquitânia, França, o Beato CRISTÓVÃO DE ROMANHA presbítero da Ordem dos Menores que, enviado por São FRANCISCO depois de muitos trabalhos para a salvação das almas, morreu já centenário. (1272)
TOMÁS DE FLORENÇA BELLÀCI, Beato
Em Riéti, na Sabina, Itália, o Beato TOMÁS DE FLORENÇA BELLÀCI religioso da Ordem dos menores que, enviado à terra Santa e à Etiópia sofreu por Cristo o cativeiro e as torturas por parte dos infiéis e, finalmente tendo regressado à sua pátria descansou na paz do Senhor. (1447)
DOMINGOS COLLINS, Beato
Em Youghal, perto de Cork, Irlanda, o Beato DOMINGOS COLLINS religioso da Companhia de Jesus que, durante um longo cativeiro, com repetidos interrogatórios e atrozes torturas confessou firmemente a sua fé católica consumando na forca o seu martírio. (1602)
LEÃO NOWAKOWSKI, Beato
Em Piotrkow Kujawski, Polónia, o Beato LEÃO NOWAKOWSKI presbitero e mártir que, durante a ocupação militar da Polónia por defender energicamente a sua fé perante um regime hostil a Deus, foi fuzilado. (1939)
MARIA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
(Maria Isabel Salvat y Romero), Beata
Em Sevilha, Espanha, a beata MARIA DA IMACULADA CONCEIÇÃO (Maria Isabel Salvat y Romero) virgem fundadora do Instituto das Irmãs da Companhia da Cruz. (1998)
IRENE (Maria Mercede) STEFANI, Beata
Due pregnanti termini esprimono l'inizio e la fine di un giorno: l'alba e il tramonto. Due splendidi nomi propri sono legati all'arco dello scorrere del bene luce: il comunissimo Lucia "nata all'alba" e il desueto Crepusca "nata al tramonto".
Lucilla è il graziosissimo diminutivo di Lucia; quale vergine e martire del III secolo viene ricordata dal calendario il 31 ottobre.
Poco di documentale intorno a S. Lucilla, ma molto di simbolico con uno stretto legame tra luce e fede che illumina.
Il racconto, lontano e leggendario, vuole che ai tempi della persecuzione di Valeriano nel 257 il tribuno Nemesio abbia chiesto e ottenuto dal Pontefice il battesimo per sé e per la figlia Lucilla. Questa, cieca dalla nascita, avrebbe poco dopo la cerimonia recuperato immediatamente la vista.
La nuova fede e il miracolo ottenuto dalla figlia rese il tribuno romano sordo alle esortazioni dell'imperatore che esigeva il suo ritorno sollecito alla vecchia religione. Per il reiterato rifiuto, padre e figlia furono condannati a morte e martirizzati l'uno tra la via Appia e la via Latina e l'altra sulla via Appia nei pressi del tempio di Marte.
I loro corpi furono sotterrati ed esumati diverse volte e, secondo alcune interpretazioni, le ripetute traslazioni avrebbero avuto e manterrebbero il significato simbolico di scintilla luminosa e santa che segna nel mondo l'itinerario tironfale del Cristianesimo.
A noi basta pensare al padre S. Nemesio e alla figlia S. Lucilla quale fiaccole di carità reciproca e di testimonianza convinta, poste nelle realtà della fede e nella poesia incerta delle ombre di ogni giorno.
Di nobile origine catalana, la Beata Maria de Requesens, distribuì il suo ricco patrimonio ai bisognosi ed entrò fra le prime religiose mercedarie appena fondate da Santa Maria de Cervellón. Ben presto si distinse in quel primo Ospedale convento di Sant'Eulalia in Barcellona, per grandissime virtù e per i tanti miracoli attribuiti tanto da essere considerata fra le più splendide stelle dell'Ordine Mercedario. Quasi centenaria raggiunse la pace del Signore nell'anno 1345.
L'Ordine la festeggia il 31 ottobre.
« Al 31 ott. a Costantinopoli, s. Stachys, vescovo, ordinato primo vescovo di quella città dal beato Andrea, apostolo », così il Martirologio Romano. Stachys è nome greco, che significa « spiga, frutto ». È nominato in Rom. 16, 9: « Salutate Urbano e il mio carissimo Stachys ». Niente altro sappiamo di lui, al di fuori dei racconti conservatici dai greci: l'apostolo s. Andrea l'avrebbe consacrato primo vescovo di Bisanzio o di Argiropoli.
Queste leggende sorsero verso la fine del sec. VIII ad opera di ignoti che si presentavano sotto i nomi di Epifanio, Doroteo e Ippolito.
Esse passarono nella letteratura sui discepoli del Signore (De LXX apostolis, falsamente attribuito a s. Ippolito).
Duas etapas duma vida.
Em Julho de 1533, enquanto INÁCIO DE LOIOLA na Universidade de Paris, se aplicava ao estudo da filosofia e animava a alguns dos seus companheiros a compartilharem seus ideais apostólicos, nascia na cidade espanhola de Segóvia op segundo numa família cristã de 7 filhos e 4 filhas, a quem foi posto o nome de AFONSO RODRIGUEZ.
Só 38 anos mais tarde é que entrará na Companhia de Jesus. Ele mesmo nos conta, no seu Memorial, como se converteu a Deus.
«Estando metido nas coisas do mundo, Deus tocou-o com alguns trabalhos, despertando-o assim para o conhecimento da miséria dessa vida e para o desprezo do mundo... e este conhecimento próprio era acompanhado do conhecimento de Deus».
Profundos desgostos familiares, a morte de sua mulher e de seus dois filhos, o descalabro de seus interesses económicos preparam o caminho para a graça de Deus. O conhecimento próprio e o conhecimento de Deus levaram-no a uma «grande dor e pena de ter ofendido o seu Deus, gastando com profundos sentimentos noites e dias com muita abundância de lágrimas de contrição por ter ofendido ao seu Deus que ele já conhecia... Tudo isto aconteceu em Segóvia, onde esteve uns três anos, depois de Deus lhe ter dado aquela luz tão profunda».
A conversão de AFONSO foi profunda e definitiva. No mês de Janeiro de 1571, aos 38 anos, começou o seu noviciado. Ainda noviço, em Agosto desse mesmo ano, foi destinado para o Colégio do Monte Sião, em Palma de Maiorca. Aqui havia de permanecer os restantes 46 anos da sua vida, até que Deus o chamou a Si, no dia 31 de Outubro de 1617. Irmão auxiliar da Companhia, exerceu por muito tempo o ofício de porteiro e ocupou-se noutros trabalhos domésticos.
Exteriormente, a vida de AFONSO parece reflectir a plácida tranquilidade da linda ilha em que viveu. Sem grandes preocupações, com poucas responsabilidades, dentro dum quadro de monótona rotina, com poucas oportunidades para o heroísmo que faz santos. Aparentemente, é um bom Irmão entre os outros Irmãos. Mas outro é o AFONSO que se nos revela em seus escritos e sobretudo no Memorial ou Contas de Consciência que são como uma Autobiografia. Não é tarefa fácil refazer, em poucas linhas, o denso itinerário espiritual do interior de AFONSO , que se reflecte em seus múltiplos escritos.
Numa incansável fidelidade à graça, AFONSO viveu intimamente a espiritualidade daquele momento histórico, com todos os seus valores e todas as suas limitações.
Conhecimento próprio e conhecimento de Deus.
Aquela «luz tão particular», do tempo da sua conversão foi-se intensificando cada vez mais ao longo da sua vida na Companhia de Jesus. AFONSO continuou a explorar o filão inesgotável de santificação que é o conhecimento próprio e o conhecimento de Deus. Em seus escritos aparece insistentemente a palavra de Santo Agostinho: «Senhor, eu Vos conheça Vós e me conheça a mim!»; muitas páginas correspondem ao profundo realismo daquele «considerar quem é Deus, contra quem pequei» da meditação dos pecados nos Exercicios de Santo Inácio.
É por assim dizer o eixo, o «leit-motiv» da intensa actividade espiritual de AFONSO.
Desde que, por graça especial, AFONSO chegou a conhecer «quem é Deus», só quer uma coisa: que a sua vida seja de Deus: «vendo-se, e vendo toda a majestade de Deus, contra quem tem sido desleal, mau e traidor, sente aborrecimento de si; este nasce do grande amor que tem a Deus e da pena que sente por O ter ofendido; porque o amor desperta a alma para que ela reconheça o mal que fez ofendendo a um Deus tão bom».
Contínua aproximação do Senhor.
«Depois da limpidez, da humildade e do amor de Deus vem a entrega de toda a alma ao Senhor. Isto é que é seguro, e tudo o mais tem por suspeito e teme-o, como sejam visões, revelações, palavras interiores ou exteriores e consolação espiritual». As contínuas graças de oração e contemplação que Deus lhe vai concedendo marcam novas etapas na ascensão espiritual de AFONSO, mas não alteram a clareza da sua visão ascética nem o afastam do critério Inaciano: «que o amor deve consistir mais em obras do que em palavras».
Se, como alguém escreveu com toda a razão, «AFONSO RODRIGUEZ é uma alma eminentemente "carismática"», pode afirmar-se também que a sua sensatez espiritual e o seu prudente equilíbrio sobrenatural o levam sempre a examinar com atenção e a discernir cuidadosamente os diversos espíritos que se agitam no seu interior.
Na contínua oração com Deus, não se descuida em fazer, o mais perfeitamente que pode, com a ajuda da graça, a vontade do Senhor. Toda a sua actividade diária, repetida e monótonas durante longos anos, vem a ser para ele ocasião de maior fidelidade a Deus. Isto explica o seu amor característico e ardente à obediência, entendida como ele a entendeu e como a descreve em seus escritos: execução fiel e plena das indicações ou ordens do Superior, por amor de Deus a quem vê sempre presente na pessoa daquele que manda: «comunicou-lhe Deus tanta luz sobre a obediência, que se encontrava diante de Deus sem qualquer raciocínio, e via clara e abertamente como a obediência, era a voz de Deus, e que era Ele que mandava, e não o homem».
O amor concreto, com que AFONSO quer amar a Deus, leva-o a querer também, e a pedir, que não só a ele mas todos os homens, a criação inteira, ame a Deus e não se afaste do serviço de Deus. «Assim preocupado com a salvação de todos os homens, se oferecia a Deus com muito afecto...»
Com um coração dilatado como o mundo, assim resume, em 1608, os desejos de sua alma sedenta de Deus: «A oração que tem é uma súplica a Deus e a Nossa Senhora de quatro amores: o amor de Deus; o amor de Jesus Cristo; o amor à Santíssima Virgem; e o amor de uns para com os outros... Senhor, suplico-Vos, com a vossa graça, antes padeça eu todas as penas, para que Vós, meu Deus, não sejais ofendidos por ninguém...»
Nossa Senhora
Na íntima união de AFONSO com Deus, Maria esteve sempre muito presente: «Minha Senhora,a Virgem Maria», «doce Maria», «Maria!» como ele lhe chama. Num momento grave de sofrimento físico e de abandono interior, AFONSO sente que até o demónio escarnece dele, dizendo-lhe: «Onde está Maria?» Mas, nestas ocasiões, ela vem invariavelmente em sua ajuda, dizendo-lhe: «Onde Eu estou, não há que temer...» Esta devoção a Nossa Senhora tem raízes profundas em AFONSO: desde a infância, confessa ele, no seio da família e da cidade onde nasceu, Segóvia, tão devota de Maria. «Passados anos, escreve AFONSO quanto tinha 75 anos, cresceu nele tanto o amor e devoção a Nossa Senhora que, falando várias vezes com Ela, Lhe pedia que suplicasse a seu bendito Filho que o fizesse muito devoto e imitador de Ambos. Cresceu tanto o seu amor a Nossa Senhora que, noutra ocasião Lhe disse estas palavras: «Que A ama a Ela mais, do que Ela a ele»., e Nossa Senhora respondeu-lhe: "Isso não. Eu é que te amo mais a ti».
Referindo-se a si próprio, confessa lealmente : «Também muito deseja assim o pede... com insistência à Virgem Maria, para que Ela lhe alcance do seu Filho... a graça de antes morrer do que cometer qualquer pecado, mesmo venial... não quer ofender a quem tanto ama».
Com os anos, esta comunicação com Maria e o amor que lhe tem tornam-se cada vez mais espontâneos e íntimos: «Nossa Senhora mostrava-lhe, por palavras e acções que o amava muito».
Contemplativo na acção
Ao vê-lo tão unido com o Senhor, tão cheio de Deus, foram muitos os que recorreram a ele, procurando conselho e luz espiritual, alentou a muitos a generosidade para com Deus; com muitos manteve uma fiel correspondência epistolar, cheia de sensatez espiritual, desejo de comunicar o que ele sentia de deus e de fazer bem a todos.
O mais notável dos seus filhos espirituais foi São PEDRO CLAVER. Sob a influência de AFONSO, CLAVER sentiu desejo e chegou à decisão de se fazer apóstolo dos escravos na América Meridional, realizando aquilo que AFONSO ansiava realizar.
O heroísmo de CLAVER, o seu desprendimento total, a compaixão dos escravos abandonados, cheios de sofrimentos, são um reflexo de toda a grandeza de alma de AFONSO.
Já na posse do gozo do seu Senhor. AFONSO continua no mundo a sua acção apostólica com o exemplo da sua admirável vida.
Todos os jesuítas, mas de modo muito especial os Irmãos da Companhia e até doutros Institutos religiosos, têm recebido de AFONSO ânimo e estimulo na sua vocação de contemplativos na acção, e aprendido dele aquela disponibilidade sempre satisfeita por receber uma indicação da vontade de Deus. sendo porteiro no Colégio de Monte Sião, escreve ele:
«Quando tocavam à porta, fazia interiormente actos de alegria, pelo caminho, como se fosse abrir a Deus, e como se fosse Ele que tivesse tocado à campainha, ia-Lhe dizendo: "Já vou, Senhor!"»
AFONSO RODRIGUEZ morreu em Palma de Maiorca (Ilhas Baleares) a 31 de Outubro de 1617. Foi canonizado por LEÃO XIII a 15 de janeiro de 1888.
QUINTINO, Santo
QUINTINO DE SAINT-QUENTIN, Santo
Em Vermand, hoje Saint-Quentin na Gália Bélgica, hoje França, São QUINTINO mártir, da ordem senatorial que padeceu por Cristo no tempo do imperador Maximiano. (séc. III)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Em 641, ano da sua elevação à sé episcopal de Noyon - França, Santo ELÍGIO encontrou o corpo deste mártir. Ampliou a igreja que lhe era dedicada e colocou as suas relíquias num túmulo que ele próprio enriqueceu de ouro e pedrarias.
No século anterior, já GREGÓRIO DE TOURS afirmava que São QUINTINO tinha numerosos devotos e que era eficaz a sua intervenção. E contava a história de um ladrão condenado à morte em virtude da queixa de um padre. Apavorado com a severidade da sentença, o padre reconsiderou e pediu aos juízes que comutassem a pena. Como estes recusassem, correu à igreja de São QUINTINO a fim de pedir a intervenção do santo. E o santo interveio de facto, segundo diz GREGÓRIO, pois a corda partiu-se antes de o homem morrer. Vendo nisso uma indicação do céu, os juízes perdoaram, ao criminoso. As Actas de São QUINTINO são das melhores. Foram redigidas cerca do ano de 630, segundo um texto escrito pelo ano de 327, isto é, cinquenta e cinco anos depois do martirio.
Foi, com efeito, entre os anos de 282 a 287 que QUINTINO, filho dum senador romano chamado Zenão, foi morto pela fé. Viera de Roma e tinha evangelizado com São LUCIANO as regiões de Beauvais e Ambiano. Preso primeiramente nesta cidade, foi arrastado até uma localidade chamada então Augusta Vermanduorum e que depois passou a ser conhecida por Saint-Quintin. Aí foi supliciado e depois decapitado.
WOLFGANG, Santo
VOLFGANGO DE RATISBONA, Santo
Em Ratisbona na Baviera hoje na Alemanha, São VOLFGANGO bispo que, depois de ter sido mestre-escola e ter abraçado a profissão monástica, foi elevado à sede episcopal, onde instaurou a disciplina do clero e, quando visitava a região de Puppingen, morreu humildemente no Senhor. (994)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Nascido na Suábia por 927, morreu em Peppingen - Áustria a 31 de Outubro de 994. Sentia-se reconhecido por lhe terem os pais chamado WOLFGANG, isto é, «o lobo que anda à volta» (Lupambulus). «Só que eu, dizia ele, corro atrás das ovelhas para as alimentar e não para as comer». depois de ensinar em Tréviros, fez-se beneditino em Einsiedeln (964). Quis ir levar o Evangelho aos Magiares, mas estes não estavam dispostos a recebê-lo dum desses Alemães que pouco antes os tinham batido.
Foi no regresso da Hungria (927) que WOLFGANG foi nomeado para a sé episcopal de Ratisbona .- Baviera. Pelo zelo, pelos talentos e pela santidade de vida, deixou a recordação dum grande bispo. Transformou a diocese e o clero. Abadias que já não distinguiam senão pela mesa e pela cozinha, tornaram a encontrar, graças a ele, o fervor. Toca-lhe também o mérito, tendo sido seu mestre e seu director, de ter formado o Imperador Santo HENRIQUE II (1002-1024). Era amável e indulgente. Um pobre miserável tinha vindo cortar material, paras se vestir, na cortina da sua cama episcopal: «Deixai-o em paz disse WOLFGANG aos que falavam de o enforcar; ele não teria tido essa ideia, se fosse menos miserável»; e mandou-o embora, perdoado e com um fato novo.
WOLFGANG caiu doente em Peppingen junto a Linz, quando visitava parte da sua diocese. mandou que o transportassem para diante do altar da igreja, para receber os Sacramentos. Querendo os seus clérigos fazer sair a multidão, disse: «Deixai que me vejam morrer, já que nisso se empenham; isto fá-los-á pensar na própria morte, e talvez em prepará-la. Com eles e comigo tenha Deus misericórdia!»
JOANA DELANOUE, Santa
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
A 31 de Outubro de 1982, o Papa JOÃO PAULO II acrescentou, no calendário dos santos de França, mais a Santa JOANA DELANOUE, a «Mãe dos pobres».
Nasceu em 1668, em último lugar numa série de doze filhos. Nada parecia prepará-la para o destino que realmente veio a ter. Seus pais eram modestos negociantes de quinquilharias ou miudezas; eram capelistas. Aos 26 anos , herdou ela o estabelecimento familiar e veio a mostrar-se, nele, comerciante habilidosa e ávida de ganhos.
Num dia de Inverno de 1693, notavelmente áspero, vem ter com ela uma boa mulher que, por devoção a Nossa Senhora, passava a vida em peregrinações. Diz-lhe: «JOANA dá-te à caridade; em São Florêncio esperam-nos seis crianças pobres num curral». JOANA recolheu-as em sua casa. É o ponto de partida da sua vocação. Durante cinco anos leva a sério os seus negócios, mas também se dedica a obras de caridade cada vez mais numerosas. Tanto que lhe vão chamando mãe dos pobres.
Aos trinta anos dá o passo decisivo: trespassa a loja a uma sobrinha e transforma a casa em asilo a que chama «a Providência». Ele desaba, mas ela em breve cria três novos. Recolhe assim mais de cem crianças: órfãos, meninas abandonadas, velhos, indigentes de toda a qualidade.
Em 1703 vem uma companheira partilhar a sua vida e seguem-na outras duas, uma das quais a sobrinha. São os princípios da Congregação de Santa Ana da Providência, que recebe aprovação da Igreja em 1709.
A Irmã JOANA DA CRUZ, assim fica a chamar-se daí em diante, quer que as suas Irmãs vivam numa casa semelhante à dos pobres, que se alimentem como eles e como eles sejam tratadas em caso de doença.
Provações não lhe faltaram, conforme indicamos já: o desabamento da casa transformada em asilo, faltas de dinheiro, críticas de pessoas qualificadas que lhe acham exagerada a austeridade, e classificam de desordenadas as suas caridades.
Quanto aos pobres, ela mostra-se para com eles cheia de atenções. Pobre com pobres, não hesita em pôr-se a mendigar. Vem a morrer em 1736, com 68 anos. Uma palavra sua resume-lhe a vida: «Quero viver e morrer com os meus queridos irmãos, os Pobres».
EPIMÁQUIO DE PELÚSIO, Santo
Em Alexandria, no Egipto, Santo EPIMÁQUIO DE PELÚSIO mártir que, segundo a tradição no tempo da perseguição do imperador Décio ao ver como o prefeito obrigava os cristãos a sacrificar aos ídolos, tentou destruir a ara, sendo por isso preso, torturado e finalmente degolado. (250)
FELANO DE FOSSES, Santo
Em Fosses, no Brabante da Austrásia, território da actual Bélgica, São FELANO presbitero e abade que, nascido na Irlanda e irmão e companheiro de São FURSEU foi sempre fiel à observância monástica da sua pátria, fundou dois mosteiros - em Fosses e em Nivelles - um para monges e outro para monjas, e no caminho entre os dois foi assassinado por salteadores. (655)
ANTONINO DE MILÃO, Santo
Em Milão, na Lombardia, Itália, Santo ANTONINO bispo que trabalhou incansavelmente para extinguir a heresia ariana entre os Lombardos. (661)
CRISTÓVÃO DE ROMANHA, Beato
Em Cahors, na Aquitânia, França, o Beato CRISTÓVÃO DE ROMANHA presbítero da Ordem dos Menores que, enviado por São FRANCISCO depois de muitos trabalhos para a salvação das almas, morreu já centenário. (1272)
TOMÁS DE FLORENÇA BELLÀCI, Beato
Em Riéti, na Sabina, Itália, o Beato TOMÁS DE FLORENÇA BELLÀCI religioso da Ordem dos menores que, enviado à terra Santa e à Etiópia sofreu por Cristo o cativeiro e as torturas por parte dos infiéis e, finalmente tendo regressado à sua pátria descansou na paz do Senhor. (1447)
DOMINGOS COLLINS, Beato
Em Youghal, perto de Cork, Irlanda, o Beato DOMINGOS COLLINS religioso da Companhia de Jesus que, durante um longo cativeiro, com repetidos interrogatórios e atrozes torturas confessou firmemente a sua fé católica consumando na forca o seu martírio. (1602)
LEÃO NOWAKOWSKI, Beato
Em Piotrkow Kujawski, Polónia, o Beato LEÃO NOWAKOWSKI presbitero e mártir que, durante a ocupação militar da Polónia por defender energicamente a sua fé perante um regime hostil a Deus, foi fuzilado. (1939)
MARIA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
(Maria Isabel Salvat y Romero), Beata
Em Sevilha, Espanha, a beata MARIA DA IMACULADA CONCEIÇÃO (Maria Isabel Salvat y Romero) virgem fundadora do Instituto das Irmãs da Companhia da Cruz. (1998)
... E AINDA ...
IRENE (Maria Mercede) STEFANI, Beata
Suor Irene Stefani, della quale sono state riconosciute da Benedetto XVI le virtù teologali e cardinali vissute in grado eroico il 2 aprile 2011 ed è stata clebrata la solenne beatificazione il 23 maggio 2015, è magnifico esempio di santità missionaria vissuta per il Crocifisso e nel Crocifisso.
Lasciandosi contagiare dalla peste letale del morente che stringeva fra le sue braccia, ella abbracciava Gesù morente in croce, portando a termine il suo programma di vita: «Gesù solo! Tutta con Gesù/Nulla da me/Tutta di Gesù/Nulla di me/Tutta per Gesù/Nulla per me:/Hoc fac et vives! (Fai ciò e vivrai!)».
Quinta di dodici figli, Aurelia Jacoba Mercede nasce ad Anfo, nel bresciano il 22 agosto 1891. Viene battezzata il giorno seguente e cresce in una famiglia cattolicissima; a tredici anni confida ai genitori: «Mi farò missionaria». Nel 1905 avviene un incontro provvidenziale: passa da Anfo un missionario della Consolata, don Angelo Bellani. Mercede, che ha 14 anni, vorrebbe già farsi suora missionaria, ma il padre non vuole lasciarla partire: è troppo giovane, la sua potrebbe essere un’infatuazione. Don Capitanio, parroco di Anfo, invece, la sostiene e il 5 maggio 1911 scrive una lettera a Torino, indirizzata al canonico Giuseppe Allamano, fondatore dell’Istituto dei Missionari e delle Missionarie della Consolata. Alla fine il padre cede e, a malincuore, accorda il permesso.
Il 19 giugno 1911 Mercede parte per Torino dove si inserisce perfettamente nel neo Istituto fondato dal rettore del Santuario della Consolata, nonché nipote di san Giuseppe Cafasso. Il 28 gennaio 1912 avviene la vestizione e prende il nome di suor Irene. Conclude il noviziato due anni dopo (24 gennaio 1914) ed emette i voti nelle mani del beato Allamano. Il 28 dicembre è già pronta a salpare per l’Africa. Giunge a Mombasa, in Kenya, il 31 gennaio 1915 ed esclama «Tokumye Yesu Kristo!», ovvero «Sia lodato Gesù Cristo!», l’unica frase, per il momento, che conosce in lingua kikuyu.
Si mette subito all’opera e la prima preoccupazione è evangelizzare: portando Cristo, lei lo sa bene, grazie anche agli insegnamenti del maestro Allamano, arriva automaticamente la civilizzazione, come è sempre avvenuto. La sua catechesi è quella della Tradizione della Chiesa: Dio ha così amato gli uomini da aver donato il Suo Figlio unigenito affinché tutti gli uomini siano salvi; credere è darsi a Dio con la mente, il cuore e le opere; l’unica ricchezza da custodire è l’anima spirituale e immortale; l’unico male da temere è il peccato che rifiuta Dio e manda l’anima in rovina; il diavolo esiste e bisogna respingere con forza le tentazioni; la morte non è fatalità, ma passaggio alla vera vita, «ingresso felice nella Casa di Dio o caduta rovinosa nel fuoco dell’inferno, a seconda del giudizio che Dio pronuncerà su ognuno», così spiega nel volume Al Lume di una lanterna, suor Gian Paola Mina, missionaria della Consolata, nonché prima biografa di suor Irene Stefani, «Per suor Irene la vita è un guardare in alto, e perciò la grande visione del Cielo permea tutte le sue lettere, con quell’annuncio di Risurrezione che già nella Chiesa primitiva aveva capovolto la concezione della vita e della morte, dando forza inaudita ai martiri: “Se Cristo è risorto, anche noi risorgeremo con lui”».
Dal suo epistolario si può evincere la Fede e la Carità che permeava la vita di suor Irene, come, per esempio dimostra la lettera indirizzata a Filippo Warothe, un cristiano di Ghekondi che lavorava a Nairobi (1928): «Filippo caro, ti prego di prenderti cura dei nostri cristiani che vengono lì: tu conosci bene la situazione di Nairobi e sai anche quanti pericoli ci sono, per cui essi, i nostri cristiani, potrebbero perdersi. Abbi cura della loro anima, e cerca anche di ottenere l’aiuto per la chiesa; sono due cose che non possono essere separate: il cuore degli uomini e il tempio materiale. Dice infatti lo Spirito Santo che Dio abita nel cuore degli uomini buoni.
Sappi dunque che se farai come ti ho detto, avrai compiuto un’opera veramente apostolica.
Pensa quanto è buono il Signore verso di noi: per una cosa piccola che noi gli diamo, Egli ci ripaga con un premio così grande che supera ogni nostra immaginazione.
Inoltre, non basta che uno diventi ricco, ma bisogna arricchire gli altri: intendo la vera ricchezza, quella necessaria, la ricchezza dell’anima. Tu quindi devi beneficare gli altri gli altri nelle necessità della Chiesa come sei stato beneficato tu dai suoi sacerdoti…».
Durante la prima guerra mondiale assiste all’ospedale militare di Kilwa Kivinje, in Tanzania, i carriers, ovvero i portatori indigeni, vittime di carestie e pestilenze. Suor Irene, bella e solare, assiste tutti con materno amore e dolcezza infinita, custodendo tutto nel proprio cuore, come Maria Santissima. Nel 1920 arriva a Ghekondi, dove inizia ad operare nella scuola. Quando non è maestra, gira per le capanne con il rosario in mano e mentre sgrana e recita le Ave Maria, cerca nuovi scolari da alfabetizzare; ma anche mamme in difficoltà, anziani a cui portare Gesù e soccorso… e battezza. Negli anni di missione suor Irene ha ottenuto molteplici conversioni e battezzato circa quattromila persone. Un apostolato silenzioso, ma fertilissimo. Per i malati e la gente di Ghekondi, che la vede accorrere, assistere, curare, insegnare con sensibilità tutta angelica, suor Irene è Nyaata, che significa «Madre misericordiosa». Di questa Madre sono rimasti, come reliquia, segno e simbolo emblematici del suo apostolato, i suoi scarponi che usò per percorrere chilometri e chilometri, a piedi e di corsa, di giorno e di notte, con gioia o spossatezza, al preciso scopo di salvare anime.
Un mattino, entrando in un capannone militare, trova un letto vuoto, appartiene ad un certo Athiambo, un uomo che lei stava preparando al Battesimo. Chiede dove sia e le dicono che è sulla spiaggia, insieme ad altri cadaveri. Lei non si arrende. Corre e lo trova ancora vivo, lo porta lontano dalla marea e lo battezza, poi raggiunge di corsa l’ospedale e torna con una barella e due portantini. Alla consorella suor Cristina Moresco che le domanda se non aveva provato ribrezzo nel toccare tutti quei cadaveri, spostati proprio per trovare Athiambo, suor Irene risponde: «Veramente sì, ma non pensavo che all’anima».
Il 14 settembre 1930 parte per Nyeri dove partecipa agli esercizi spirituali. È qui che accade l’evento straordinario e mistico: suor Irene rivede tutta la sua vita e Gesù… le parla, comunicandole parole che nella sua anima missionaria diventano di fuoco.
«Il peccato ricrocifigge Gesù. Meglio mille morti che un solo peccato» e poi «Dimenticare tutto… Vuotarsi di noi stessi», «Missionaria uguale ad apostola, vergine, martire». In questo contesto del tutto soprannaturale suor Irene Stefani matura la sua offerta, la sua oblazione: per il bene delle missioni e per la salvezza delle anime non è più sufficiente lavorare tanto quanto ha fatto finora, deve donare la sua esistenza. Rivela la sua volontà di sacrificio alla sua Superiora, che non permette quell’atto eroico. Allora lei ricomincia a lavorare con lo zelo e l’efficienza di prima. Tuttavia suor Irene non demorde e domanda altre volte alla Superiora quel desiderio che la rapisce: donare la vita per le missioni. La Superiora cede.
A Ghekondi infuria la peste. Domenica 26 ottobre 1930, festa di Cristo Re, suor Irene, durante la Santa Messa, accusa i primi sintomi della peste. Suor Margherita Maria Durando la veglia nella notte e le suggerisce una preghiera: «Cuore di Gesù, vittima di carità, fammi per te, ostia pura, santa, gradevole a Dio» e lei la ripete più volte. Il 31 ottobre 1930 muore, a 39 anni, con il nome di Gesù, Giuseppe e Maria sulle labbra. Con san Paolo poteva ripetere: «Mi son fatto tutto a tutti, per salvare a ogni costo qualcuno. Tutto io faccio per il Vangelo» (1Cor 9,22-23).
Autore: Cristina Siccardi
I suoi africani la definirono “Nyaatha”, ‘donna tutta compassione, misericordia, bontà’; per loro era la “madre misericordiosa” e non ne avevano mai trovato un’altra uguale.
La missionaria Irene Stefani, quinta dei dodici figli di Giovanni Stefani e Annunziata Massari, nacque ad Anfo nella Val Sabbia (Brescia) il 22 agosto 1891 e al battesimo fu chiamata Mercede.
Crebbe nell’ambiente impregnato di viva fede della sua forte e coraggiosa famiglia; ragazza vivace e bella,, dimostrò sin da bambina una spiccata sensibilità per l’apostolato tra i suoi coetanei e familiari, inoltre una tendenza alla carità che sarebbe stata la forte caratterizzazione della sua esistenza.
Instancabile, correva dai malati, aiutava gli anziani, pensava ai poveri, riservandosi sempre i lavori più pesanti; desiderosa di amare sempre di più Dio nel prossimo, già a tredici anni Mercede disse ai genitori: “Mi farò missionaria”.
Ma il destino fu avverso perché l’immatura morte della mamma, fece ricadere su di lei il compito di educatrice e catechista dei fratelli più piccoli, pertanto la famiglia divenne il suo primo campo di apostolato insieme alla parrocchia.
Finalmente a 20 anni, nel 1911, Mercede Stefani poté entrare nell’”Istituto delle Missionarie della Consolata”, ramo femminile fondato nel 1910 dal beato Giuseppe Allamano (1851-1926) a Torino, il quale già nel gennaio 1901 aveva fondato il ramo maschile con la denominazione: “Istituto della Consolata per le Missioni Estere”.
Praticamente fu una delle suore dei primi tempi dell’Istituto, il 12 gennaio 1912 vestì l’abito religioso prendendo il nome di Irene, emise la professione religiosa il 29 gennaio 1914 e alla fine dell’anno partì per le Missioni in Kenia, dove allora l’evangelizzazione era agli inizi e quasi inesistenti le scuole e i servizi sanitari.
La sua esperienza missionaria, che l’impegnò tutta la vita, si può dividere in due fondamentali tappe, in cui maggiormente si manifestò la sua personalità umana e religiosa.
La prima, durata sei anni dal 1914 al 1920, fu quella passata nei cosiddetti ospedali militari, che dell’ospedale avevano solo il nome, locali organizzati alla meglio per i portatori africani, denominati ‘carriers’, arruolati per trasportare materiale bellico al tempo della Prima Guerra Mondiale, che raggiunse anche l’Africa per il coinvolgimento delle colonie inglesi e tedesche.
Gli ammalati erano ammassati senza alcun criterio in grandi capannoni, abbandonati a se stessi; in un tanfo insopportabile, giacevano ammalati di ogni genere, anche con mali indefinibili e complicati, in un vociare di tante lingue e dialetti.
In questo ‘inferno’ sociale, suor Irene trascorreva le sue giornate di giovane missionaria, negli ospedali di Voi, Kilwa e Dar-es-Salaam in Tanzania; lavando, medicando, fasciando piaghe e ferite, distribuendo medicine e cibo, imboccando il più gravi e deboli con una sconcertante delicatezza.
La sua personale carità fu capace di addolcire gli animi di medici senza scrupoli, sorveglianti crudeli, increduli musulmani.
Imparando le varie lingue riusciva a parlare loro di Gesù, a incoraggiarli e consolarli; fu definita un “angelo di suora”; li preparò al Battesimo e alla fine poté contare circa tremila battesimi amministrati in pericolo di morte.
La seconda tappa della sua vita, dal 1920 al 1930, la trascorse nella missione di Gekondi, dedita all’insegnamento scolastico in un ambiente non proprio entusiasta; con la sua vivacità, correva ‘volando’ su e giù per le colline della regione, incontrando gente, invitando alla scuola e al catechismo, curando i malati, assistendo le partorienti, salvando i bambini abbandonati nella brughiera.
Istruiva le giovani consorelle giunte da lei per il tirocinio missionario, circondandole di affetto e attenzioni. Pur con le difficoltà di allora, continuò a seguire per corrispondenza, i suoi ‘figli’ africani che si spostavano più lontano, nelle città del Kenia, Mombasa, Nairobi, ecc., facendo anche da tramite con le famiglie.
Bruciante dal desiderio di far conoscere Gesù Cristo e il Vangelo, accorreva ovunque incurante della fatica, a volte delle offese e così per anni, finché curando un ammalato di peste, contrasse il micidiale morbo e morì il 31 ottobre 1930 a soli 39 anni, dei quali 18 trascorsi tutti in Kenia.
E unanime fu il dolore dei suoi africani nel piangerla, essi dicevano che non era stata la malattia a farla morire, ma il grande amore che nutriva per loro.
Suor Irene Stefani non è stata dimenticata e tutti hanno esultato per l’avvio nel 1985 della causa di beatificazione, che attualmente è in avanzata fase presso la competente Congregazione Vaticana.
I suoi resti mortali sono tumulati nella cappella della Parrocchia di Mathari, Nieri (Kenia), affidata ai Missionari della Consolata.
E' stata proclamata Venerabile il 2 aprile 2011.
Lasciandosi contagiare dalla peste letale del morente che stringeva fra le sue braccia, ella abbracciava Gesù morente in croce, portando a termine il suo programma di vita: «Gesù solo! Tutta con Gesù/Nulla da me/Tutta di Gesù/Nulla di me/Tutta per Gesù/Nulla per me:/Hoc fac et vives! (Fai ciò e vivrai!)».
Quinta di dodici figli, Aurelia Jacoba Mercede nasce ad Anfo, nel bresciano il 22 agosto 1891. Viene battezzata il giorno seguente e cresce in una famiglia cattolicissima; a tredici anni confida ai genitori: «Mi farò missionaria». Nel 1905 avviene un incontro provvidenziale: passa da Anfo un missionario della Consolata, don Angelo Bellani. Mercede, che ha 14 anni, vorrebbe già farsi suora missionaria, ma il padre non vuole lasciarla partire: è troppo giovane, la sua potrebbe essere un’infatuazione. Don Capitanio, parroco di Anfo, invece, la sostiene e il 5 maggio 1911 scrive una lettera a Torino, indirizzata al canonico Giuseppe Allamano, fondatore dell’Istituto dei Missionari e delle Missionarie della Consolata. Alla fine il padre cede e, a malincuore, accorda il permesso.
Il 19 giugno 1911 Mercede parte per Torino dove si inserisce perfettamente nel neo Istituto fondato dal rettore del Santuario della Consolata, nonché nipote di san Giuseppe Cafasso. Il 28 gennaio 1912 avviene la vestizione e prende il nome di suor Irene. Conclude il noviziato due anni dopo (24 gennaio 1914) ed emette i voti nelle mani del beato Allamano. Il 28 dicembre è già pronta a salpare per l’Africa. Giunge a Mombasa, in Kenya, il 31 gennaio 1915 ed esclama «Tokumye Yesu Kristo!», ovvero «Sia lodato Gesù Cristo!», l’unica frase, per il momento, che conosce in lingua kikuyu.
Si mette subito all’opera e la prima preoccupazione è evangelizzare: portando Cristo, lei lo sa bene, grazie anche agli insegnamenti del maestro Allamano, arriva automaticamente la civilizzazione, come è sempre avvenuto. La sua catechesi è quella della Tradizione della Chiesa: Dio ha così amato gli uomini da aver donato il Suo Figlio unigenito affinché tutti gli uomini siano salvi; credere è darsi a Dio con la mente, il cuore e le opere; l’unica ricchezza da custodire è l’anima spirituale e immortale; l’unico male da temere è il peccato che rifiuta Dio e manda l’anima in rovina; il diavolo esiste e bisogna respingere con forza le tentazioni; la morte non è fatalità, ma passaggio alla vera vita, «ingresso felice nella Casa di Dio o caduta rovinosa nel fuoco dell’inferno, a seconda del giudizio che Dio pronuncerà su ognuno», così spiega nel volume Al Lume di una lanterna, suor Gian Paola Mina, missionaria della Consolata, nonché prima biografa di suor Irene Stefani, «Per suor Irene la vita è un guardare in alto, e perciò la grande visione del Cielo permea tutte le sue lettere, con quell’annuncio di Risurrezione che già nella Chiesa primitiva aveva capovolto la concezione della vita e della morte, dando forza inaudita ai martiri: “Se Cristo è risorto, anche noi risorgeremo con lui”».
Dal suo epistolario si può evincere la Fede e la Carità che permeava la vita di suor Irene, come, per esempio dimostra la lettera indirizzata a Filippo Warothe, un cristiano di Ghekondi che lavorava a Nairobi (1928): «Filippo caro, ti prego di prenderti cura dei nostri cristiani che vengono lì: tu conosci bene la situazione di Nairobi e sai anche quanti pericoli ci sono, per cui essi, i nostri cristiani, potrebbero perdersi. Abbi cura della loro anima, e cerca anche di ottenere l’aiuto per la chiesa; sono due cose che non possono essere separate: il cuore degli uomini e il tempio materiale. Dice infatti lo Spirito Santo che Dio abita nel cuore degli uomini buoni.
Sappi dunque che se farai come ti ho detto, avrai compiuto un’opera veramente apostolica.
Pensa quanto è buono il Signore verso di noi: per una cosa piccola che noi gli diamo, Egli ci ripaga con un premio così grande che supera ogni nostra immaginazione.
Inoltre, non basta che uno diventi ricco, ma bisogna arricchire gli altri: intendo la vera ricchezza, quella necessaria, la ricchezza dell’anima. Tu quindi devi beneficare gli altri gli altri nelle necessità della Chiesa come sei stato beneficato tu dai suoi sacerdoti…».
Durante la prima guerra mondiale assiste all’ospedale militare di Kilwa Kivinje, in Tanzania, i carriers, ovvero i portatori indigeni, vittime di carestie e pestilenze. Suor Irene, bella e solare, assiste tutti con materno amore e dolcezza infinita, custodendo tutto nel proprio cuore, come Maria Santissima. Nel 1920 arriva a Ghekondi, dove inizia ad operare nella scuola. Quando non è maestra, gira per le capanne con il rosario in mano e mentre sgrana e recita le Ave Maria, cerca nuovi scolari da alfabetizzare; ma anche mamme in difficoltà, anziani a cui portare Gesù e soccorso… e battezza. Negli anni di missione suor Irene ha ottenuto molteplici conversioni e battezzato circa quattromila persone. Un apostolato silenzioso, ma fertilissimo. Per i malati e la gente di Ghekondi, che la vede accorrere, assistere, curare, insegnare con sensibilità tutta angelica, suor Irene è Nyaata, che significa «Madre misericordiosa». Di questa Madre sono rimasti, come reliquia, segno e simbolo emblematici del suo apostolato, i suoi scarponi che usò per percorrere chilometri e chilometri, a piedi e di corsa, di giorno e di notte, con gioia o spossatezza, al preciso scopo di salvare anime.
Un mattino, entrando in un capannone militare, trova un letto vuoto, appartiene ad un certo Athiambo, un uomo che lei stava preparando al Battesimo. Chiede dove sia e le dicono che è sulla spiaggia, insieme ad altri cadaveri. Lei non si arrende. Corre e lo trova ancora vivo, lo porta lontano dalla marea e lo battezza, poi raggiunge di corsa l’ospedale e torna con una barella e due portantini. Alla consorella suor Cristina Moresco che le domanda se non aveva provato ribrezzo nel toccare tutti quei cadaveri, spostati proprio per trovare Athiambo, suor Irene risponde: «Veramente sì, ma non pensavo che all’anima».
Il 14 settembre 1930 parte per Nyeri dove partecipa agli esercizi spirituali. È qui che accade l’evento straordinario e mistico: suor Irene rivede tutta la sua vita e Gesù… le parla, comunicandole parole che nella sua anima missionaria diventano di fuoco.
«Il peccato ricrocifigge Gesù. Meglio mille morti che un solo peccato» e poi «Dimenticare tutto… Vuotarsi di noi stessi», «Missionaria uguale ad apostola, vergine, martire». In questo contesto del tutto soprannaturale suor Irene Stefani matura la sua offerta, la sua oblazione: per il bene delle missioni e per la salvezza delle anime non è più sufficiente lavorare tanto quanto ha fatto finora, deve donare la sua esistenza. Rivela la sua volontà di sacrificio alla sua Superiora, che non permette quell’atto eroico. Allora lei ricomincia a lavorare con lo zelo e l’efficienza di prima. Tuttavia suor Irene non demorde e domanda altre volte alla Superiora quel desiderio che la rapisce: donare la vita per le missioni. La Superiora cede.
A Ghekondi infuria la peste. Domenica 26 ottobre 1930, festa di Cristo Re, suor Irene, durante la Santa Messa, accusa i primi sintomi della peste. Suor Margherita Maria Durando la veglia nella notte e le suggerisce una preghiera: «Cuore di Gesù, vittima di carità, fammi per te, ostia pura, santa, gradevole a Dio» e lei la ripete più volte. Il 31 ottobre 1930 muore, a 39 anni, con il nome di Gesù, Giuseppe e Maria sulle labbra. Con san Paolo poteva ripetere: «Mi son fatto tutto a tutti, per salvare a ogni costo qualcuno. Tutto io faccio per il Vangelo» (1Cor 9,22-23).
Autore: Cristina Siccardi
I suoi africani la definirono “Nyaatha”, ‘donna tutta compassione, misericordia, bontà’; per loro era la “madre misericordiosa” e non ne avevano mai trovato un’altra uguale.
La missionaria Irene Stefani, quinta dei dodici figli di Giovanni Stefani e Annunziata Massari, nacque ad Anfo nella Val Sabbia (Brescia) il 22 agosto 1891 e al battesimo fu chiamata Mercede.
Crebbe nell’ambiente impregnato di viva fede della sua forte e coraggiosa famiglia; ragazza vivace e bella,, dimostrò sin da bambina una spiccata sensibilità per l’apostolato tra i suoi coetanei e familiari, inoltre una tendenza alla carità che sarebbe stata la forte caratterizzazione della sua esistenza.
Instancabile, correva dai malati, aiutava gli anziani, pensava ai poveri, riservandosi sempre i lavori più pesanti; desiderosa di amare sempre di più Dio nel prossimo, già a tredici anni Mercede disse ai genitori: “Mi farò missionaria”.
Ma il destino fu avverso perché l’immatura morte della mamma, fece ricadere su di lei il compito di educatrice e catechista dei fratelli più piccoli, pertanto la famiglia divenne il suo primo campo di apostolato insieme alla parrocchia.
Finalmente a 20 anni, nel 1911, Mercede Stefani poté entrare nell’”Istituto delle Missionarie della Consolata”, ramo femminile fondato nel 1910 dal beato Giuseppe Allamano (1851-1926) a Torino, il quale già nel gennaio 1901 aveva fondato il ramo maschile con la denominazione: “Istituto della Consolata per le Missioni Estere”.
Praticamente fu una delle suore dei primi tempi dell’Istituto, il 12 gennaio 1912 vestì l’abito religioso prendendo il nome di Irene, emise la professione religiosa il 29 gennaio 1914 e alla fine dell’anno partì per le Missioni in Kenia, dove allora l’evangelizzazione era agli inizi e quasi inesistenti le scuole e i servizi sanitari.
La sua esperienza missionaria, che l’impegnò tutta la vita, si può dividere in due fondamentali tappe, in cui maggiormente si manifestò la sua personalità umana e religiosa.
La prima, durata sei anni dal 1914 al 1920, fu quella passata nei cosiddetti ospedali militari, che dell’ospedale avevano solo il nome, locali organizzati alla meglio per i portatori africani, denominati ‘carriers’, arruolati per trasportare materiale bellico al tempo della Prima Guerra Mondiale, che raggiunse anche l’Africa per il coinvolgimento delle colonie inglesi e tedesche.
Gli ammalati erano ammassati senza alcun criterio in grandi capannoni, abbandonati a se stessi; in un tanfo insopportabile, giacevano ammalati di ogni genere, anche con mali indefinibili e complicati, in un vociare di tante lingue e dialetti.
In questo ‘inferno’ sociale, suor Irene trascorreva le sue giornate di giovane missionaria, negli ospedali di Voi, Kilwa e Dar-es-Salaam in Tanzania; lavando, medicando, fasciando piaghe e ferite, distribuendo medicine e cibo, imboccando il più gravi e deboli con una sconcertante delicatezza.
La sua personale carità fu capace di addolcire gli animi di medici senza scrupoli, sorveglianti crudeli, increduli musulmani.
Imparando le varie lingue riusciva a parlare loro di Gesù, a incoraggiarli e consolarli; fu definita un “angelo di suora”; li preparò al Battesimo e alla fine poté contare circa tremila battesimi amministrati in pericolo di morte.
La seconda tappa della sua vita, dal 1920 al 1930, la trascorse nella missione di Gekondi, dedita all’insegnamento scolastico in un ambiente non proprio entusiasta; con la sua vivacità, correva ‘volando’ su e giù per le colline della regione, incontrando gente, invitando alla scuola e al catechismo, curando i malati, assistendo le partorienti, salvando i bambini abbandonati nella brughiera.
Istruiva le giovani consorelle giunte da lei per il tirocinio missionario, circondandole di affetto e attenzioni. Pur con le difficoltà di allora, continuò a seguire per corrispondenza, i suoi ‘figli’ africani che si spostavano più lontano, nelle città del Kenia, Mombasa, Nairobi, ecc., facendo anche da tramite con le famiglie.
Bruciante dal desiderio di far conoscere Gesù Cristo e il Vangelo, accorreva ovunque incurante della fatica, a volte delle offese e così per anni, finché curando un ammalato di peste, contrasse il micidiale morbo e morì il 31 ottobre 1930 a soli 39 anni, dei quali 18 trascorsi tutti in Kenia.
E unanime fu il dolore dei suoi africani nel piangerla, essi dicevano che non era stata la malattia a farla morire, ma il grande amore che nutriva per loro.
Suor Irene Stefani non è stata dimenticata e tutti hanno esultato per l’avvio nel 1985 della causa di beatificazione, che attualmente è in avanzata fase presso la competente Congregazione Vaticana.
I suoi resti mortali sono tumulati nella cappella della Parrocchia di Mathari, Nieri (Kenia), affidata ai Missionari della Consolata.
E' stata proclamata Venerabile il 2 aprile 2011.
LUCILLA DE ROMA, Santa
Due pregnanti termini esprimono l'inizio e la fine di un giorno: l'alba e il tramonto. Due splendidi nomi propri sono legati all'arco dello scorrere del bene luce: il comunissimo Lucia "nata all'alba" e il desueto Crepusca "nata al tramonto".
Lucilla è il graziosissimo diminutivo di Lucia; quale vergine e martire del III secolo viene ricordata dal calendario il 31 ottobre.
Poco di documentale intorno a S. Lucilla, ma molto di simbolico con uno stretto legame tra luce e fede che illumina.
Il racconto, lontano e leggendario, vuole che ai tempi della persecuzione di Valeriano nel 257 il tribuno Nemesio abbia chiesto e ottenuto dal Pontefice il battesimo per sé e per la figlia Lucilla. Questa, cieca dalla nascita, avrebbe poco dopo la cerimonia recuperato immediatamente la vista.
La nuova fede e il miracolo ottenuto dalla figlia rese il tribuno romano sordo alle esortazioni dell'imperatore che esigeva il suo ritorno sollecito alla vecchia religione. Per il reiterato rifiuto, padre e figlia furono condannati a morte e martirizzati l'uno tra la via Appia e la via Latina e l'altra sulla via Appia nei pressi del tempio di Marte.
I loro corpi furono sotterrati ed esumati diverse volte e, secondo alcune interpretazioni, le ripetute traslazioni avrebbero avuto e manterrebbero il significato simbolico di scintilla luminosa e santa che segna nel mondo l'itinerario tironfale del Cristianesimo.
A noi basta pensare al padre S. Nemesio e alla figlia S. Lucilla quale fiaccole di carità reciproca e di testimonianza convinta, poste nelle realtà della fede e nella poesia incerta delle ombre di ogni giorno.
MARIA DE REQUESENS, Beata
Di nobile origine catalana, la Beata Maria de Requesens, distribuì il suo ricco patrimonio ai bisognosi ed entrò fra le prime religiose mercedarie appena fondate da Santa Maria de Cervellón. Ben presto si distinse in quel primo Ospedale convento di Sant'Eulalia in Barcellona, per grandissime virtù e per i tanti miracoli attribuiti tanto da essere considerata fra le più splendide stelle dell'Ordine Mercedario. Quasi centenaria raggiunse la pace del Signore nell'anno 1345.
L'Ordine la festeggia il 31 ottobre.
STACHYS, Santo
« Al 31 ott. a Costantinopoli, s. Stachys, vescovo, ordinato primo vescovo di quella città dal beato Andrea, apostolo », così il Martirologio Romano. Stachys è nome greco, che significa « spiga, frutto ». È nominato in Rom. 16, 9: « Salutate Urbano e il mio carissimo Stachys ». Niente altro sappiamo di lui, al di fuori dei racconti conservatici dai greci: l'apostolo s. Andrea l'avrebbe consacrato primo vescovo di Bisanzio o di Argiropoli.
Queste leggende sorsero verso la fine del sec. VIII ad opera di ignoti che si presentavano sotto i nomi di Epifanio, Doroteo e Ippolito.
Esse passarono nella letteratura sui discepoli del Signore (De LXX apostolis, falsamente attribuito a s. Ippolito).
Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do
MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e ainda eventualmente através dos sites:
Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral,
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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres.
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las