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e-mail: antoniofonseca1940@hotmail.com
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Nº 1646 - (130-13) – 1ª Página
Sexta-feira - 10 de Maio de 2013
Nº 1646-1 - (128-13)
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E U S O U
AQUELE QUE SOU
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JOÃO DE ÁVILA, Santo
Confessor(1500-1569)
São João de Ávila com razão se pode dizer o pai dum grande número de santos que floresceram na Espanha do século XVI. Nasceu na diocese de Toledo, em 1500. Desde a infância se fez notar pela muita piedade. Aos 14 anos foi mandado a Salamanca para estudar direito.
Era notável o seu espírito de penitência: procurava sempre a alimentação mais simples e o vestido mais grosseiro; deitava-se sobre molhos e lenha; não abandonava o cilicio e disciplinava-se frequentemente. Às mortificações do corpo juntava o exercício da mais completa renúncia, multiplicando actos de humildade e obediência. Todo o tempo de que podia dispor era consagrado à oração. Frequentava os sacramentos, preparando-s e para a Eucaristia com extraordinário fervor.
Mandado à universidade de Alcalá, distinguiu-se de modo extraordinário na ciência e na piedade. O seu professor, o célebre dominicano Domingos Sotto, dizia que o discípulo viria a ser um grande homem, predição que o futuro não desmentiu. Pedro Guerrera, que foi bispo de Granada, era grande admirador e amigo de João de Ávila.
No dia da primeira missa, vestiu doze pobres, a quem serviu por suas mãos o jantar. Voltando à sua terra, desfez-se dos bens próprios, a exemplo dos Apóstolos. Entregou-se com ardor ao ministério da pregação. tomando por modelo e patrono São Paulo e preparando-se, pelo estudo e exercício das mais extraordinárias virtudes, para o apostolado. Tinha por máxima de que de nada valia a ciência sem virtude sólida. Perguntando-lhe um dia um eclesiástico qual o modo de pregar com fruto, respondeu que não conhecia nada melhor do que amar muito Nosso Senhor Jesus Cristo. O seu exemplo era a melhor prova da verdade que afirmava. Dividia o tempo entre os cuidados do ministério e a oração. As maiores dificuldades eram-lhe prazer desde que se tratasse de salvar um pecador. Os obstáculos só serviam para lhe activar o zelo. Os seus sermões, cheios do amor de Deus, tocavam os corações endurecidos. Nunca pregava sem ter pedido a Deus bênçãos para o auditório. E era tão eloquente a sua palavra que se dizia que o Espírito Santo falava por sua boca.
São admiráveis as suas cartas, monumentos de saber e virtude. Era angélico o fervor com que rezava o ofício e celebrava a santa missa, para a qual se preparava com meticuloso cuidado, gastando na acção de traças muito tempo. Fazia, além disso, quatro horas de meditação por dia, duas de manhã e duas de tarde. Viveu sempre pobre; nunca teve criados. Nunca deixava de recomendar a pobreza, pois dizia que a prática desta virtude mata as paixões e faz-nos semelhantes a Jesus Cristo. Para o fim da vida, como já não podia exercer o seu ministério, orava continuamente. Tudo o deixava indiferente excepto o amor de Deus. Pregou com grande fruto em Sevilha, Córdova, Granada e em toda a Andaluzia. As suas instruções formaram santos eminentes. como São João de Deus, São Francisco de Borja, Santa Teresa de Jesus e personagens notáveis como Frei Luís de Granada.
Teve talento especial para dirigir almas. Para se ajuizar das suas qualidades neste campo, basta ler a sua obra que tem por título aquelas palavras do salmo 44: «Escuta, minha filha». Eis o que deu origem a esta obra: D. Sancha Carrilha era dotada de extraordinária formosura e grandes virtudes. Querendo ir para a corte como dama de honor, não quis partir sem se confessar ao Santo. Ora voltou da igreja completamente transformada. Renunciou às vantagens da sua posição, ficando em casa dos pais, onde levou vida edificante. Foi para dirigir esta alma tão dócil que São João de Ávila compôs o referido tratado.
Em todos os seus escritos, o que primeiro nos impressiona é a sua terna devoção à paixão de Jesus Cristo. Foi na meditação dos sofrimentos do Salvador que formou o edifício da sua virtude e ganhou extraordinário desejo de sofrer: «O bom uso que se faz das provas, dizia, fortalece a alma e torna-a capaz de sofrer mais».
Deus quis que o seu servo fosse vítima da inveja. Embora só pregasse a moral de Jesus, foi acusado de rigorismo, dizendo os seus perseguidores que ele excluía os ricos do reino de Deus. Arrastado ao tribunal da Inquisição, sofreu muito até que foi reconhecida a sua inocência. Depois, agradeceu humildemente aos seus inimigos terem-lhe dado que sofrer alguma coisa. Aos 50 anos começou a ter muitas doenças, mas, cheio de paciência, dizia a Deus: «Senhor, aumentai, os meus sofrimentos, dai-me, porém, paciência». Enfim, depois de 17 anos de doenças, morreu na glória do Senhor a 10 de Maio de 1569.
Foi prodígio de penitência, glória ao sacerdócio católico, homem de conhecimentos quase universais, director esclarecido e orador consumado. Para ajuizar do seu extraordinário valor, basta dizer que Santa Teresa o olhava como protector, o consultava como mestre e o seguia como modelo.
Foi beatificado em 1894 e canonizado em 1970.
ANTONINO, Santo
Bispo (1389-1459)
Este Santo, chamado António no baptismo, e depois Antonino, por ser de pequena estatura, nasceu em Florença no ano de 1389.
Aplicado desde muito jovem ao estudo, fez nele maravilhosos progressos. Havia muito tempo que, para satisfazer a inclinação, que lhe despontara com os primeiros anos, de se consagrar ao serviço de Deus, pensava em entrar para o claustro. Os Frades Pregadores foram o alvo dos seus votos. O célebre Padre João Domingues, que foi mais tarde cardeal-arcebispo de Ragusa e legado da Santa Sé na Hungria, depois de o examinar, ficou encantado; mas aconselhou-o a que esperasse ainda; e para se livrar de suas instâncias, sabendo que gostava de ler o Decreto de Graciano, disse-lhe: «Estude bem o direito canónico, e quando o tiver aprendido todo e cor, prometo recebê-lo». A condição era violenta, mas o Padre Domingues ficou agradavelmente surpreendido quando, alguns dias depois, Antonino compareceu pronto a dar-lhe conta de todo o direito canónico.
O fervor do jovem noviço tornou-se depressa objecto de emulação para os mais antigos. Pensou-se a princípio que não seria capaz de resistir aos rigores da disciplina religiosa; mas a sua coragem deu-lhe forças; aparecia em toda a parte o mais humilde, o mais obediente, o mais mortificado e o mais exacto da comunidade.
A virtude, suprindo nele a idade, fez que fosse escolhido, embora muito jovem, para governar o convento de Roma. Nomearam-no sucessivamente prior dos conventos de Nápoles, Baeta, Cortona, Sena, Florença e outras cidades de Itália; por toda a parte reavivou o espírito primitivo da regra, sobretudo pelos exemplos. Nomeado vigário geral da província da Toscana e depois da de Nápoles, nada afrouxou nas austeridades.
Enquanto o Santo andava ocupado na visita da província de Nápoles, vagou a sede episcopal de Florença.O papa Eugénio IV, sem atender a solicitações, nomeou-o arcebispo de Florença. Santo Antonino recebeu a nova, ao voltar da visita a uma casa de sua província; ficou tão consternado que, voltando para trás, deixou o caminho de Nápoles sem declarar o seu desígnio, e fugiu para as bandas do mar da Toscana, resolvido a retirar-se para a ilha da Sardenha; mas opuseram-se ao seu embarque e conduziram-no para Sena.
Empregou todos os meios para se livrar de tal dignidade; mas o papa mandou-lhe as bulas e ordenou-lhe que recebesse a sagração quanto antes. Começou por dar uma regra aos seus familiares. Os pobres tomavam o primeiro lugar. Estava persuadido que, se à sua dignidade se davam avultadas rendas, era para as distribuir pelos pobres. Proibiu aos seus domésticos despedir algum pobre com as mãos vazias e, depois de ter gasto em esmolas todo o dinheiro, viram-no dar os moveis e reduzir-se ele mesmo, por causa dos pobres, a extrema pobreza.
Fundou o Colégio de São Martinho, no qual estabeleceu doze administradores em favor das famílias envergonhadas, que, reduzidas à última necessidade, têm vergonha de mendigar. Fazia quase todos os anos a visita à diocese; os abusos foram bem depressa cortados por toda a parte, as desordens abolidas, e por toda a parte os costumes reformados. A avareza e a cupidez tinham introduzido em Florença jogos de azar que arruinavam as famílias; o santo prelado empreendeu aboli-los, e pôde consegui-lo.
Como o espírito de Deus foi sempre o móbil das suas acções, Santo Antonino nunca se desmentia em seu proceder,; dormia muito pouco e chegava sempre antes dos seus cónegos para as Matinas.
Visível a toda a hora, afável, acessível a todos, fazia-se tudo para todos para os ganhar para Jesus Cristo. O pobre e o camponês eram escutados como o rico, sem excepção; encontrava-se sempre nele um director, um pastor e um pai; nada foi nunca capaz de alterar a sua doçura e a sua tranquilidade.
Tendo o conselho soberano de Florença mandado prender um oficial do papa, e o santo arcebispo não podendo obter que fosse posto em liberdade, mandou cessar o oficio divino na sua catedral em presença dos magistrados, e pôs a Igreja sob interdito. Recorreram ao insulto, ficou inflexível; e mostrando, àqueles que ameaçavam expulsá-lo, a chave da cela que tinha ocupado no mosteiro de Cortona e trazia sempre à cinta, disse: «Quando me obrigardes a sair de Florença, encontrarei sempre um asilo para me retirar».
Dias muito cheios deixaram-lhe ainda tempo para enriquecer a Igreja de muitas e belas obras, que são a Suma Doutrinal ou de Teologia, a Suma histórica, a Suma da Confissão, um Tratado da Excomunhão, um escrito sobre os discípulos que iam para Emaús e um Tratado das Virtudes. Aí se deparam por toda a parte sinais de pureza da fé, da santidade, da moral, da alta piedade e erudição. O papa Nicolau V disse publicamente que julgava o arcebispo de Florença tão digno de ser posto no catálogo dos santos ainda vivo, como Bernardino de Sena que nessa altura canonizara. Os florentinos escolheram-no para ir à frente duma célebre embaixada, que enviaram aos papas Calisto III e Pio II; pediram-lhe também para aceitar a embaixada junto do imperador Frederico III; mas recusou-a, porque não pôde nunca resolver-se a sair da sua diocese senão para interesses da Igreja.
O papa Pio II, sabedor de que tinha abolido os escândalos públicos, os jogos de azar e outras desordens inveteradas, quis que fosse dos escolhidos para reformar muitos abusos em Roma; mas Deus apressou-se a chamar o seu servo às recompensas eternas; morreu a 2 de Maio de 1459, com setenta anos de vida e treze de episcopado.
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MÊS DE MAIO, MÊS DE MARIA
Nossa Senhora de Fátima, pediu aos Pastorinhos
“REZEM O TERÇO TODOS OS DIAS”
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NOTA:
Como decerto hão-de ter reparado, são visíveis algumas mudanças na apresentação deste blogue (que vão continuar… embora não pretenda eu que seja um modelo a seguir, mas sim apenas a descrição melhorada daquilo que eu for pensando dia a dia para tentar modificar para melhor, este blogue). Não tenho a pretensão de ser um “Fautor de ideias” nem sequer penso ser melhor do que outras pessoas. Mas acho que não fica mal, cada um de nós, dar um pouco de si, todos os dias, para tentar deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos, quando nascemos e começamos depois a tomar consciência do que nos rodeia. No fim de contas, como todos sabemos, esta vida é uma passagem, e se Deus nos entregou o talento para o fazer frutificar e não para o guardar ou desbaratar, a forma que encontrei no “talento” de que usufruo, é tentar fazer o melhor que posso, aliás conforme diz o Evangelho.
A PARTIR DE HOJE AS PÁGINAS SERÃO NUMERADAS PELA ORDEM ABAIXO INDICADA:
Pág. 1 – Vidas de Santos; Pág. 2 – O Antigo Testamento; e Pág. 3 – ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS - Além disso, semanalmente (ao Domingo e alguns dias santificados – quando for caso disso –) a Pág. 4 – A Religião de Jesus; e a Pág. 5 - Salmos) e, ainda, ao sábado, a Pág. 6 – In Memoriam.
Pág. 1 – Vidas de Santos; Pág. 2 – O Antigo Testamento; e Pág. 3 – ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS - Além disso, semanalmente (ao Domingo e alguns dias santificados – quando for caso disso –) a Pág. 4 – A Religião de Jesus; e a Pág. 5 - Salmos) e, ainda, ao sábado, a Pág. 6 – In Memoriam.
Para terminar, APELO NOVAMENTE aos meus eventuais leitores se manifestem, sobre o merecimento OU NÃO deste Blogue ou dos textos que venho colocando diariamente bastando para tal marcar o quadrado que entendam, que segue sempre abaixo de cada publicação, como aliás eu faço, relativamente aos blogues que vou vendo sempre que me é possível, com o que ficaria muito grato.
António Fonseca
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http://es.catholic.net; http://santiebeati.it; http://jesuitas.pt; http://bibliaonline.com.br/acf