Nº 1715
8 DE AGOSTO DE 2013
Ver Notas no final
e-mail: antoniofonseca1940@hotmail.com
Nº 1715 - (199-13) – 1ª Página
Nº 1715 - (199-13) – 1ª Página
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E U S O U
AQUELE QUE SOU
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SANTOS AUXILIADORES
Designa-se por este nome um grupo de 14 Santos particularmente célebres pela eficácia da sua invocação. Foi, na Alemanha, no século XV, que surgiu a ideia de lhes prestar culto duplo: individual, na data do calendário; e colectivo, que hoje era celebrado. Representam-se muitas vezes os 14 em grupo.
São os seguintes que se reconhecem respectivamente:
S. JORGE (23 de Abril)
É conhecido pelo dragão que ele subjuga. Invoca-se nas doenças de pele. É patrono dos guerreiros, com São Sebastião e São Maurício.
S. BRÁS (3 de Fevereiro)
É conhecido pelas duas velas cruzadas. É invocado nas afecções de garganta; e nas doenças dos animais na Rússia. Protege também os cardadores.
S. ERASMO ou TELMO (14 de Abril)
É conhecido pelas entranhas enroladas à volta dum cabrestante. É invocado nas doenças dos intestinos. Os marinheiros, e homens do mar em geral, tê-no como patrono.
S. PANTALEÃO - (27 de Julho)
É conhecido pelas duas mãos pregadas. Invocado nos enfraquecimentos; é o patrono dos médicos com São Lucas, São Cosme e São Damião. É também padroeiro da cidade do Porto.
S. VITO ou GUIDO (15 de Junho)
É conhecido pela sua cruz. Invocado contra a coreia (dança de São Vito), a letargia, a mordedura de animais venenosos e cães danados.
S. CRISTÓVÃO (25 de Julho)
É conhecido pelo Menino Jesus que leva aos ombros. É invocado nos furacões, tempestades, tempos de peste e para evitar acidentes de viagem.
S. DINIS ou DIONÍSIO (9 de Outubro)
É conhecido pela cabeça que tem na mão. É invocado contra as possessões diabólicas.
S. CIRÍACO (8 de Agosto)
É conhecido pelo seu hábito de diácono. Invocado nas doenças dos olhos e possessões do demónio.
S. ACÁCIO (8 de Maio)
É conhecido pela sua coroa de espinhos. É invocado nas doenças da cabeça.
S. EUSTÁQUIO (20 de Setembro)
É conhecido pelo veado e equipagem de caça. Recorre-se à sua intercessão para conseguir a preservação do fogo eterno, ou temporal.
S. EGÍDIO ou GIL (1 de Setembro)
É conhecido pela sua cógula beneditina e a sua corça. É invocado contra o pânico, a loucura e os medos nocturnos.
S. MARGARIDA ou MARINHA (20 de Julho)
É conhecida pelo dragão que ela segura por cadeias. É invocada nas doenças dos rins e pelas mulheres que estão para ser mães.
S. BÁRBARA (4 de Dezembro)
É conhecida pela torre e pelo cibório encimado pela hóstia. É invocada contra o raio e a morte repentina.
S. CATARINA (25 de Novembro)
É conhecida pela roda quebrada. A sábia conselheira é invocada pelos estudantes pelos filósofos cristãos, pelos oradores, advogados, etc.
DOMINGOS, Santo
Fundador (1170-1221)
Domingo de Guzmán, Santo
Nasceu São Domingos em Caleruega, província de Burgos e diocese de Osma, a 24 de Junho de 1170, e morreu a 6 de Agosto de 1221. O pai, Félix de Gusmão, queria entusiasmá-lo pelas armas; o menino preferia porém andar com a mãe, Joana de Aza, grande esmoler, e com os clérigos e monges.
Trazendo-o ela ainda no seio materno, teve uma espécie de visão ou sonho,. em que viu um cão com uma tocha segura na boca, em atitude de pegar fogo ao mundo inteiro. Visitou ela o vizinho sepulcro de São Domingos de Silos e foi-lhe lá revelado pressagiar aquele sonho a vocação do menino que ela iria dar à luz.
Assim foi, com efeito. A missão de São Domingos foi como a do fogo que tudo abrasa e ilumina. Vocação de luz e de amor. A Igreja dizia dele, na leitura do Oficio, que foi «varão de peito e espírito apostólicos, sustentáculo da fé, trombeta do Evangelho luz do mundo, resplendor de Cristo, segundo precursor (sucedendo a São João Baptista) e grande provisor de almas».
Um tio seu, arcipreste, cuidou-lhe desce os seis anos da educação. Aos 14 foi para a Universidade de Palência, onde completou os estudos humanísticos, aprendeu filosofia e penetrou nos mistérios da teologia. «As verdades que entendia, diz o seu primeiro biógrafo, graças à facilidade do seu espírito regava-as com o orvalho dos afectos piedosos, para que germinassem os frutos da salvação. A sua memória enchia-se-lhe como celeiro de abundância de riquezas divinas, e as suas acções revelavam no exterior o tesouro sagrado que lhe enchia o peito».
Gostava da austeridade e da caridade, como virtudes predilectas desde os seus anos juvenis. Lera que os anacoretas não provavam o vinho e começou a imitá-los. Dando-se uma carestia geral, privou-se daquilo que mais estimava - os livros e pergaminhos -, tudo vendendo para socorrer os pobres. Outra vez, ofereceu-se para tomar o lugar dum cativo que estava em poder dos mouros, pois esse infeliz era o ganha-pão da família.
Terminados os estudos, transferiu-se para Osma, onde foi nomeado cónego deão do cabido. Em 1203, realizou com o seu bispo uma longa viagem até à Dinamarca, em serviço do rei de Leão, Afonso IX. Em Tolosa aconteceu-lhe um desses factos que iluminam a vida dum homem: passa a noite a discutir e a instruir o dono da pensão, e consegue convertê-lo à verdadeira fé. Esta primeira viagem fica sendo a revelação do apóstolo dos hereges Albigenses.
A viagem pela Europa abriu-lhe os horizontes do seu apostolado. Da Dinamarca seguiu para Roma, em 1204, para obter do papa licença para evangelizar ba tribo bárbara dos Cumanos, nos confins do mundo germânico Inocêncio III orientou-o todavia para a conversão dos Albigenses que infestavam todo o Sul de França. E começa nova fase de sete anos. A pregação da verdade e a austeridade de vida realizaram verdadeiros milagres.
«Jesus Cristo, dizia um poeta, iluminou-lhe o coração e o corpo, e encheu-o de graça. Quando as gentes chegam em tropel para se contemplarem no seu rosto, sucede-lhes como quando forcejam por olhar o Sol, tão vermelho e brilhante ele é. Os homens bons do país gozam e orgulham-se com ele; os maus, porém, os que têm o coração malvado e perverso, morrem de inveja diante dele».
Domingos foi íman das almas boas e sinceras. Senhoras ilustres houve que a tudo renunciaram para obedecer-lhe até à morte. Assim nasceu, em Proille, o primeiro convento de dominicanas.
Numa ermida dedicada à Santíssima Virgem, recebeu a revelação do Rosário, segundo uma tradição imemorial (Ver 7 de Outubro).
Em Tolosa nasceu a primeira casa dos Irmãos Pregadores, em 1215. O hábito deles foi o de cónego que usava São Domingos: túnica branca, roquete simples e capa negra com capuz. Em 1218 mostrou Nossa Senhora ao Beato Reginaldo de Orleães o escapulário branco como distintivo do hábito dominicano; e desde então pôs-se de lado o roquete.
Em 1215 São Domingos foi a Roma para o IV Concilio Lateranense. Durante a sua estada na Cidade Eterna, teve esta visão: Nosso Senhor Jesus Cristo, sentado num trono de juiz, empunhava três lanças em atitude de arremessá-las sobre o mundo; Maria Santíssima intercedia e apresentava a seu Filho, como meios para a conversão do mundo, dos homens; num deles reconheceu-se Domingos a si mesmo; mas o segundo não sabia quem era até que, na manhã seguinte, se encontrou numa das basílicas com São Francisco de Assis. E os dois Santos abraçaram-se como irmãos.
Domingos regressou, cheio de alegria, a Tolosa, para meditar e escrever as Constituições da sua Ordem, Depois de tudo aprovado pelos seus primeiros companheiros, voltou a Roma, onde estava o papa Honório III. Com, bula de 1215, o Papa confirmou a nova Ordem e, no principio do ano seguinte concedeu-lhes o título de Pregadores. Começou Domingos o seu ministério oficial pelo palácio do papa, onde pregou naquela Quaresma de 1217, explicando as Cartas de São Paulo, com satisfação plena do Papa, que então criou o cargo de Mestre do Sacro Palácio
Por este tempo, estando em oração, viu Domingos os Santos Apóstolos Pedro e Paulo que lhe apresentavam um cajado e um livro dizendo: «Vai e prega, que esta é a tua missão». Desde essa altura sempre trouxe consigo o Evangelho de São Mateus e as Epístolas de São Paulo; e andava com um bastão.
Voltou a França e a 15 de Agosto de 1217, recebeu a profissão solene dos seus primeiros companheiros, 16 que se juntavam a Domingos; sete espanhóis, oito franceses e um inglês, que se dispersaram depois pelos dois primeiros países aludidos. O Fundador transferiu-se para Roma.
De lá governava, pregava e saía constantemente em correrias apostólicas pela Itália, Franca e Espanha. Deus concedeu-lhe o que tão ardentemente tinha pedido nas suas aspirações juvenis; esta a sua oração, como no-la conserva um dos discípulos:
«Senhor, dignai-vos conceder-me uma caridade verdadeira, um zelo capaz de procurar a salvação do próximo, para, consagrando-me todo, e com todas as minhas forças, à conversão dos pecadores, chegar a ser verdadeiramente um membro d'Aquele que se ofereceu inteiramente a seu Pai para salvar os homens».
A morte surpreendeu-o em Bolonha. Humilde até à última hora, fez confissão geral diante dos irmãos presentes. Naquele momento, pôde dar graças a Deus de ter conservado intacta a brancura da sua pureza. Ao amortalhá-lo, tiraram a cadeia de ferro que lhe cingia o corpo e com que se disciplinava. O seu corpo conserva-se na mesma Bolonha, numa capela e num mausoléu de mármore, maravilhas de arte. Foi Domingos canonizado por Gregório IX em 1234.
MARIA MARGARIDA DO SAGRADO CORAÇÃO, Beata
Fundadora (1863-1921)
María Margarita del Sagrado Corazón (María Ana Rosa Caiani), Beata
Natural de Poggio de Caiano (Itália), veio à luz do dia a 2 de Novembro de 1863. Na devida altura, seus pais matricularam-na numa escola particular, que ela frequentou com grande proveito durante três anos. A menina ia assim crescendo em idade, ciência e piedade, que se alimentava diariamente com a santa missa e comunhão, apesar da igreja ficar longe de casa.
Esta vida de genuína piedade cristã levou-a ao amor do próximo. Visitava os doentes e preparava os agonizantes para o desenlace final. A morte e a doença também bateram à porta de sua casa. Em 1884 perdeu repentinamente o pai. Sete anos depois, morreu-lhe a mãe. Seu irmão Gustavo foi vítima de prolongada doença que ela acompanhou com fraternal desvelo e caridade sobrenatural.
Enriquecida com tão sólidas virtudes, era natural que sentisse vocação para a vida consagrada. E assim, em 1893, aos trinta anos, bateu às portas dum mosteiro de beneditinas, mas decorrido um mês regressou a casa, convencida de que não tinha vocação para a vida de clausura,. O seu coração inclinava-a para o apostolado directo com as almas. Por esta razão entregou-se ao trabalho de ensinar e educar as crianças da sua terra.
Com uma companheira, a 19 de Setembro de 1894, abriu uma escola onde se ensinava o catecismo e as letras. Dois anos depois juntaram-se-lhe mais duas jovens dispostas a levar o mesmo teor de vida. Desta forma, a obra, que nascera na pobreza e simplicidade, começou a crescer. Em 1901 a Serva de Deus redigiu umas Regras ou Constituições, que foram aprovadas pelo Bispo de Pistoia, e inscreveu a nascente família das Irmãs Mínimas do Sagrado Coração na Terceira Ordem Franciscana.
A 15 de Dezembro de 1902 vestiu o hábito com cinco companheiras, tomando o nome de Irmã Maria Margarida do Sagrado Coração. A 17 de Outubro de 1905 fez a profissão perpétua. Estavam, portanto, lançados os alicerces de uma nova família religiosa, que iria desenvolver-se prontamente. Em 1910 já se estendia por várias dioceses. Em Outubro de 1915 realizou-se o primeiro Capitulo Geral e a Irmã Maria Margarida foi eleita Superiora vitalícia.
Dotada de bondade, humildade, caridade e amor materno, governou o Instituo com sabedoria e prudência. Dizia às suas Filhas: «A glória é pata Deus, a utilidade para o próximo e o trabalho para nós». Recomendava-lhes com frequência que rezassem muito pela santificação do clero.
Preocupou-se mais com a solidez do Instituto do que com o seu crescimento, cuja finalidade é a educação da juventude, a assistência aos doentes nos hospitais e em casa, o cuidado dos anciãos em pensionatos e casa de repouso. As suas religiosas cooperam ainda nos trabalhos apostólicos das paróquias e nas obras sociais das missões. Em 1977 o Instituto contava 60 casas e 606 professas em Itália, Egipto e Israel.
A Serva de Deus teve de passar pelo cadinho das provações, mas nunca perdeu a paz interior. A 8 de Agosto de 1921, com 58 anos incompletos, partiu para os braços do Pai.
Na homilia da beatificação, a 23 de Abril de 1989, o santo Padre elogiou a Bem-aventurada com estas palavras:
«O poder da mensagem da caridade foi compreendida por Maria Margarida Caiani, mediante a contemplação de Cristo e do seu Coração trespassado. À luz do amor divino que se reviu no Divino Salvador, Margarida aprendeu a servir os irmãos entre a gente humilde da sua terra da Toscana, e quis ocupar-se dos mais necessitados, dos últimos: as crianças marginalizadas, os meninos do campo, os anciãos e os soldados vítimas da guerra, internados nos hospitais militares...»
AAS 78 (1986) 948-53; DIP I, 1695-6; L'OSS. ROM. 30.4.1989.
SANTOS AUXILIADORES
S. JORGE (23 de Abril)
S. ERASMO ou TELMO (14 de Abril)
S. PANTALEÃO - (27 de Julho)
S. VITO ou GUIDO (15 de Junho)
S. CRISTÓVÃO (25 de Julho)
S. DINIS ou DIONÍSIO (9 de Outubro)
S. CIRÍACO (8 de Agosto)
S. ACÁCIO (8 de Maio)
S. EUSTÁQUIO (20 de Setembro)
S. EGÍDIO ou GIL (1 de Setembro)
S. MARGARIDA ou MARINHA (20 de Julho)
S. BÁRBARA (4 de Dezembro)
S. CATARINA (25 de Novembro)
DOMINGOS, Santo
Fundador (1170-1221)
MARIA MARGARIDA DO SAGRADO CORAÇÃO, Beata
Fundadora (1863-1921)
María Margarita del Sagrado Corazón (María Ana Rosa Caiani), Beata
Designa-se por este nome um grupo de 14 Santos particularmente célebres pela eficácia da sua invocação. Foi, na Alemanha, no século XV, que surgiu a ideia de lhes prestar culto duplo: individual, na data do calendário; e colectivo, que hoje era celebrado. Representam-se muitas vezes os 14 em grupo.
São os seguintes que se reconhecem respectivamente:
É conhecido pelo dragão que ele subjuga. Invoca-se nas doenças de pele. É patrono dos guerreiros, com São Sebastião e São Maurício.
S. BRÁS (3 de Fevereiro)
É conhecido pelas duas velas cruzadas. É invocado nas afecções de garganta; e nas doenças dos animais na Rússia. Protege também os cardadores.
É conhecido pelas entranhas enroladas à volta dum cabrestante. É invocado nas doenças dos intestinos. Os marinheiros, e homens do mar em geral, tê-no como patrono.
É conhecido pelas duas mãos pregadas. Invocado nos enfraquecimentos; é o patrono dos médicos com São Lucas, São Cosme e São Damião. É também padroeiro da cidade do Porto.
É conhecido pela sua cruz. Invocado contra a coreia (dança de São Vito), a letargia, a mordedura de animais venenosos e cães danados.
É conhecido pelo Menino Jesus que leva aos ombros. É invocado nos furacões, tempestades, tempos de peste e para evitar acidentes de viagem.
É conhecido pela cabeça que tem na mão. É invocado contra as possessões diabólicas.
É conhecido pelo seu hábito de diácono. Invocado nas doenças dos olhos e possessões do demónio.
É conhecido pela sua coroa de espinhos. É invocado nas doenças da cabeça.
É conhecido pelo veado e equipagem de caça. Recorre-se à sua intercessão para conseguir a preservação do fogo eterno, ou temporal.
É conhecido pela sua cógula beneditina e a sua corça. É invocado contra o pânico, a loucura e os medos nocturnos.
É conhecida pelo dragão que ela segura por cadeias. É invocada nas doenças dos rins e pelas mulheres que estão para ser mães.
É conhecida pela torre e pelo cibório encimado pela hóstia. É invocada contra o raio e a morte repentina.
É conhecida pela roda quebrada. A sábia conselheira é invocada pelos estudantes pelos filósofos cristãos, pelos oradores, advogados, etc.
DOMINGOS, Santo
Fundador (1170-1221)
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Nasceu São Domingos em Caleruega, província de Burgos e diocese de Osma, a 24 de Junho de 1170, e morreu a 6 de Agosto de 1221. O pai, Félix de Gusmão, queria entusiasmá-lo pelas armas; o menino preferia porém andar com a mãe, Joana de Aza, grande esmoler, e com os clérigos e monges.
Trazendo-o ela ainda no seio materno, teve uma espécie de visão ou sonho,. em que viu um cão com uma tocha segura na boca, em atitude de pegar fogo ao mundo inteiro. Visitou ela o vizinho sepulcro de São Domingos de Silos e foi-lhe lá revelado pressagiar aquele sonho a vocação do menino que ela iria dar à luz.
Assim foi, com efeito. A missão de São Domingos foi como a do fogo que tudo abrasa e ilumina. Vocação de luz e de amor. A Igreja dizia dele, na leitura do Oficio, que foi «varão de peito e espírito apostólicos, sustentáculo da fé, trombeta do Evangelho luz do mundo, resplendor de Cristo, segundo precursor (sucedendo a São João Baptista) e grande provisor de almas».
Um tio seu, arcipreste, cuidou-lhe desce os seis anos da educação. Aos 14 foi para a Universidade de Palência, onde completou os estudos humanísticos, aprendeu filosofia e penetrou nos mistérios da teologia. «As verdades que entendia, diz o seu primeiro biógrafo, graças à facilidade do seu espírito regava-as com o orvalho dos afectos piedosos, para que germinassem os frutos da salvação. A sua memória enchia-se-lhe como celeiro de abundância de riquezas divinas, e as suas acções revelavam no exterior o tesouro sagrado que lhe enchia o peito».
Gostava da austeridade e da caridade, como virtudes predilectas desde os seus anos juvenis. Lera que os anacoretas não provavam o vinho e começou a imitá-los. Dando-se uma carestia geral, privou-se daquilo que mais estimava - os livros e pergaminhos -, tudo vendendo para socorrer os pobres. Outra vez, ofereceu-se para tomar o lugar dum cativo que estava em poder dos mouros, pois esse infeliz era o ganha-pão da família.
Terminados os estudos, transferiu-se para Osma, onde foi nomeado cónego deão do cabido. Em 1203, realizou com o seu bispo uma longa viagem até à Dinamarca, em serviço do rei de Leão, Afonso IX. Em Tolosa aconteceu-lhe um desses factos que iluminam a vida dum homem: passa a noite a discutir e a instruir o dono da pensão, e consegue convertê-lo à verdadeira fé. Esta primeira viagem fica sendo a revelação do apóstolo dos hereges Albigenses.
A viagem pela Europa abriu-lhe os horizontes do seu apostolado. Da Dinamarca seguiu para Roma, em 1204, para obter do papa licença para evangelizar ba tribo bárbara dos Cumanos, nos confins do mundo germânico Inocêncio III orientou-o todavia para a conversão dos Albigenses que infestavam todo o Sul de França. E começa nova fase de sete anos. A pregação da verdade e a austeridade de vida realizaram verdadeiros milagres.
«Jesus Cristo, dizia um poeta, iluminou-lhe o coração e o corpo, e encheu-o de graça. Quando as gentes chegam em tropel para se contemplarem no seu rosto, sucede-lhes como quando forcejam por olhar o Sol, tão vermelho e brilhante ele é. Os homens bons do país gozam e orgulham-se com ele; os maus, porém, os que têm o coração malvado e perverso, morrem de inveja diante dele».
Domingos foi íman das almas boas e sinceras. Senhoras ilustres houve que a tudo renunciaram para obedecer-lhe até à morte. Assim nasceu, em Proille, o primeiro convento de dominicanas.
Numa ermida dedicada à Santíssima Virgem, recebeu a revelação do Rosário, segundo uma tradição imemorial (Ver 7 de Outubro).
Em Tolosa nasceu a primeira casa dos Irmãos Pregadores, em 1215. O hábito deles foi o de cónego que usava São Domingos: túnica branca, roquete simples e capa negra com capuz. Em 1218 mostrou Nossa Senhora ao Beato Reginaldo de Orleães o escapulário branco como distintivo do hábito dominicano; e desde então pôs-se de lado o roquete.
Em 1215 São Domingos foi a Roma para o IV Concilio Lateranense. Durante a sua estada na Cidade Eterna, teve esta visão: Nosso Senhor Jesus Cristo, sentado num trono de juiz, empunhava três lanças em atitude de arremessá-las sobre o mundo; Maria Santíssima intercedia e apresentava a seu Filho, como meios para a conversão do mundo, dos homens; num deles reconheceu-se Domingos a si mesmo; mas o segundo não sabia quem era até que, na manhã seguinte, se encontrou numa das basílicas com São Francisco de Assis. E os dois Santos abraçaram-se como irmãos.
Domingos regressou, cheio de alegria, a Tolosa, para meditar e escrever as Constituições da sua Ordem, Depois de tudo aprovado pelos seus primeiros companheiros, voltou a Roma, onde estava o papa Honório III. Com, bula de 1215, o Papa confirmou a nova Ordem e, no principio do ano seguinte concedeu-lhes o título de Pregadores. Começou Domingos o seu ministério oficial pelo palácio do papa, onde pregou naquela Quaresma de 1217, explicando as Cartas de São Paulo, com satisfação plena do Papa, que então criou o cargo de Mestre do Sacro Palácio
Por este tempo, estando em oração, viu Domingos os Santos Apóstolos Pedro e Paulo que lhe apresentavam um cajado e um livro dizendo: «Vai e prega, que esta é a tua missão». Desde essa altura sempre trouxe consigo o Evangelho de São Mateus e as Epístolas de São Paulo; e andava com um bastão.
Voltou a França e a 15 de Agosto de 1217, recebeu a profissão solene dos seus primeiros companheiros, 16 que se juntavam a Domingos; sete espanhóis, oito franceses e um inglês, que se dispersaram depois pelos dois primeiros países aludidos. O Fundador transferiu-se para Roma.
De lá governava, pregava e saía constantemente em correrias apostólicas pela Itália, Franca e Espanha. Deus concedeu-lhe o que tão ardentemente tinha pedido nas suas aspirações juvenis; esta a sua oração, como no-la conserva um dos discípulos:
«Senhor, dignai-vos conceder-me uma caridade verdadeira, um zelo capaz de procurar a salvação do próximo, para, consagrando-me todo, e com todas as minhas forças, à conversão dos pecadores, chegar a ser verdadeiramente um membro d'Aquele que se ofereceu inteiramente a seu Pai para salvar os homens».
A morte surpreendeu-o em Bolonha. Humilde até à última hora, fez confissão geral diante dos irmãos presentes. Naquele momento, pôde dar graças a Deus de ter conservado intacta a brancura da sua pureza. Ao amortalhá-lo, tiraram a cadeia de ferro que lhe cingia o corpo e com que se disciplinava. O seu corpo conserva-se na mesma Bolonha, numa capela e num mausoléu de mármore, maravilhas de arte. Foi Domingos canonizado por Gregório IX em 1234.
MARIA MARGARIDA DO SAGRADO CORAÇÃO, Beata
Fundadora (1863-1921)
María Margarita del Sagrado Corazón (María Ana Rosa Caiani), Beata
Natural de Poggio de Caiano (Itália), veio à luz do dia a 2 de Novembro de 1863. Na devida altura, seus pais matricularam-na numa escola particular, que ela frequentou com grande proveito durante três anos. A menina ia assim crescendo em idade, ciência e piedade, que se alimentava diariamente com a santa missa e comunhão, apesar da igreja ficar longe de casa.
Esta vida de genuína piedade cristã levou-a ao amor do próximo. Visitava os doentes e preparava os agonizantes para o desenlace final. A morte e a doença também bateram à porta de sua casa. Em 1884 perdeu repentinamente o pai. Sete anos depois, morreu-lhe a mãe. Seu irmão Gustavo foi vítima de prolongada doença que ela acompanhou com fraternal desvelo e caridade sobrenatural.
Enriquecida com tão sólidas virtudes, era natural que sentisse vocação para a vida consagrada. E assim, em 1893, aos trinta anos, bateu às portas dum mosteiro de beneditinas, mas decorrido um mês regressou a casa, convencida de que não tinha vocação para a vida de clausura,. O seu coração inclinava-a para o apostolado directo com as almas. Por esta razão entregou-se ao trabalho de ensinar e educar as crianças da sua terra.
Com uma companheira, a 19 de Setembro de 1894, abriu uma escola onde se ensinava o catecismo e as letras. Dois anos depois juntaram-se-lhe mais duas jovens dispostas a levar o mesmo teor de vida. Desta forma, a obra, que nascera na pobreza e simplicidade, começou a crescer. Em 1901 a Serva de Deus redigiu umas Regras ou Constituições, que foram aprovadas pelo Bispo de Pistoia, e inscreveu a nascente família das Irmãs Mínimas do Sagrado Coração na Terceira Ordem Franciscana.
A 15 de Dezembro de 1902 vestiu o hábito com cinco companheiras, tomando o nome de Irmã Maria Margarida do Sagrado Coração. A 17 de Outubro de 1905 fez a profissão perpétua. Estavam, portanto, lançados os alicerces de uma nova família religiosa, que iria desenvolver-se prontamente. Em 1910 já se estendia por várias dioceses. Em Outubro de 1915 realizou-se o primeiro Capitulo Geral e a Irmã Maria Margarida foi eleita Superiora vitalícia.
Dotada de bondade, humildade, caridade e amor materno, governou o Instituo com sabedoria e prudência. Dizia às suas Filhas: «A glória é pata Deus, a utilidade para o próximo e o trabalho para nós». Recomendava-lhes com frequência que rezassem muito pela santificação do clero.
Preocupou-se mais com a solidez do Instituto do que com o seu crescimento, cuja finalidade é a educação da juventude, a assistência aos doentes nos hospitais e em casa, o cuidado dos anciãos em pensionatos e casa de repouso. As suas religiosas cooperam ainda nos trabalhos apostólicos das paróquias e nas obras sociais das missões. Em 1977 o Instituto contava 60 casas e 606 professas em Itália, Egipto e Israel.
A Serva de Deus teve de passar pelo cadinho das provações, mas nunca perdeu a paz interior. A 8 de Agosto de 1921, com 58 anos incompletos, partiu para os braços do Pai.
Na homilia da beatificação, a 23 de Abril de 1989, o santo Padre elogiou a Bem-aventurada com estas palavras:
«O poder da mensagem da caridade foi compreendida por Maria Margarida Caiani, mediante a contemplação de Cristo e do seu Coração trespassado. À luz do amor divino que se reviu no Divino Salvador, Margarida aprendeu a servir os irmãos entre a gente humilde da sua terra da Toscana, e quis ocupar-se dos mais necessitados, dos últimos: as crianças marginalizadas, os meninos do campo, os anciãos e os soldados vítimas da guerra, internados nos hospitais militares...»
AAS 78 (1986) 948-53; DIP I, 1695-6; L'OSS. ROM. 30.4.1989.
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2ª NOTA
Como sabem a edição deste blogue foi suspensa, por motivos técnicos, no passado dia 18 de Julho. Ao fim de várias tentativas recorri ao apoio de um familiar, (filho de um sobrinho meu) que conseguiu detectar e resolver os problemas que tinham originado a paragem do computador. Mais de uma semana depois de recuperar o sistema, consegui finalmente aceder ao meu serviço de blogues e portanto, amanhã dia 7 de Agosto, espero retomar em pleno a publicação dos temas SANTOS DE CADA DIA, O ANTIGO TESTAMENTO, ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS, A RELIGIÃO DE JESUS, etc., etc. Relativamente à numeração, logicamente será alterada para a actualidade e, portanto o período de suspensão é contado para todos os efeitos. Assim, hoje será publicado o Nº 1714 de Edições totais e o nº 198-13 correspondente às Edições de 2013, verificando-se pois o desaparecimento (ou interrupção) de 19 dias correspondentes à suspensão.
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Nossa Senhora de Fátima, pediu aos Pastorinhos
“REZEM O TERÇO TODOS OS DIAS”
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1ª NOTA:
Como decerto hão-de ter reparado, são visíveis algumas mudanças na apresentação deste blogue (que vão continuar… embora não pretenda eu que seja um modelo a seguir, mas sim apenas a descrição melhorada daquilo que eu for pensando dia a dia para tentar modificar para melhor, este blogue). Não tenho a pretensão de ser um “Fautor de ideias” nem sequer penso ser melhor do que outras pessoas. Mas acho que não fica mal, cada um de nós, dar um pouco de si, todos os dias, para tentar deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos, quando nascemos e começamos depois a tomar consciência do que nos rodeia. No fim de contas, como todos sabemos, esta vida é uma passagem, e se Deus nos entregou o talento para o fazer frutificar e não para o guardar ou desbaratar, a forma que encontrei no “talento” de que usufruo, é tentar fazer o melhor que posso, aliás conforme diz o Evangelho.
A PARTIR DE HOJE AS PÁGINAS SERÃO NUMERADAS PELA ORDEM ABAIXO INDICADA:
Pág. 1 – Vidas de Santos; Pág. 2 – O Antigo Testamento; e Pág. 3 – ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS - Além disso, semanalmente (ao Domingo e alguns dias santificados – quando for caso disso –) a Pág. 4 – A Religião de Jesus; e a Pág. 5 - Salmos) e, ainda, ao sábado, a Pág. 6 – In Memoriam.
2ª NOTA
Como sabem a edição deste blogue foi suspensa, por motivos técnicos, no passado dia 18 de Julho. Ao fim de várias tentativas recorri ao apoio de um familiar, (filho de um sobrinho meu) que conseguiu detectar e resolver os problemas que tinham originado a paragem do computador. Mais de uma semana depois de recuperar o sistema, consegui finalmente aceder ao meu serviço de blogues e portanto, amanhã dia 7 de Agosto, espero retomar em pleno a publicação dos temas SANTOS DE CADA DIA, O ANTIGO TESTAMENTO, ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS, A RELIGIÃO DE JESUS, etc., etc. Relativamente à numeração, logicamente será alterada para a actualidade e, portanto o período de suspensão é contado para todos os efeitos. Assim, hoje será publicado o Nº 1714 de Edições totais e o nº 198-13 correspondente às Edições de 2013, verificando-se pois o desaparecimento (ou interrupção) de 19 dias correspondentes à suspensão.
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Localização geográfica da sede deste Blogue, no Porto
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