Caros amigos:
NOVO ANO - NOVA VIDA
Como podem verificar desde o passado dia 1, iniciei uma nova página (nº 3) na qual vou tentar transcrever através do livro O Papado - 2000 Anos de História, da autoria de Mendonça Ferreira e editado em Março de 2009 pelo Círculo de Leitores.
Esta recolha de textos é feita literalmente por mim próprio, pela ordem que se encontra no livro, desde PEDRO (São) até ao actual Papa FRANCISCO.
Atingi em 11 de Janeiro pois, o número de 100 Biografias dos primeiros 100 Papas da Igreja Católica (incluindo 11 Anti-Papas - que são discriminados na cor Vermelha).
À média de 10 Papas por dia (o que, eventualmente - e contando com as Biografias mais longas - que, nesses casos, será drasticamente reduzida apenas a Uma) esta Lista no meu Blogue poderá durar até perto do fim do Ano de 2018.
Espero que Deus me permita completar este trabalho a que decidi meter mãos...
Esta recolha de textos é feita literalmente por mim próprio, pela ordem que se encontra no livro, desde PEDRO (São) até ao actual Papa FRANCISCO.
Atingi em 11 de Janeiro pois, o número de 100 Biografias dos primeiros 100 Papas da Igreja Católica (incluindo 11 Anti-Papas - que são discriminados na cor Vermelha).
À média de 10 Papas por dia (o que, eventualmente - e contando com as Biografias mais longas - que, nesses casos, será drasticamente reduzida apenas a Uma) esta Lista no meu Blogue poderá durar até perto do fim do Ano de 2018.
Espero que Deus me permita completar este trabalho a que decidi meter mãos...
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Nº 3 3 5 6 - (3)
Texto do livro
O PAPADO - 2000 Anos de História,
do Círculo de Leitores - 2009
e compilado por Mendonça Ferreira
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HONÓRIO II - Papa
Papa desde o ano 1124.até ao ano 1130
CLX Papa
SÍNTESE
Nasceu em Fragnano - Itália. Chamava-se LAMBERTO DEI FRAGNANI. Foi Bispo de Óstia em 1117, tendo tomado parte activa na Dieta de Worms. Morreu em Célio em 13 de Fevereiro de 1130.
HISTÓRIA
Todos pensavam que o eleito seria o cardeal, TEOBALDO, mas os adeptos dos FRANGIPANI entram em Latrão e proclamam como Papa, em 15 de Dezembro de 1124, o cardeal LAMBERTO, bispo de Óstia, com o nome de HONÓRIO II. TEOBALDO renuncia ao pontificado e como seu opositor, o Bispo de Óstia, revelava qualidades, Todos concordam em aceitá-lo.
LAMBERTO, porém, dada a forma pouco canónica como fora escolhido, devolve aos cardeais, dias depois, as vestes pontifícias, mas estes, ao verem este acto de humildade, resolvem confirmá-lo como papa e coroam-no em 21 de Dezembro de 1124.
O seu pontificado decorreu sem grandes problemas, porque LOTÁRIO, sucessor de HENRIQUE V, se mostrou respeitador dos direitos da Igreja, acontecendo o mesmo com HENRIQUE I de Inglaterra, ao qual o papa ajudou a resolver um pleito com o arcebispo de York.
Diga-se ainda que HONÓRIO II interveio com êxito ao confirmar LOTÁRIO como Imperador da Saxónia, contra FREDERICO HOHENSTAUFEN e apoiou o rei de França, LUÍS VI, na sua disputa com bispos franceses.
Em Roma, HONÓRIO II teve de sofrer a violência duma cidade que vivia assolada por lutas sangrentas entre as famílias dos FRANGIPANI e dos PIERLEONI. Quis combater a crescente heresia dos Albigenses, convocando um Concílio para que se manifestasse sobre o assunto.
Para fugir a uma situação que o ultrapassava, nomeou uma Comissão de 8 Cardeais, com poderes para eleger um novo papa e retirou-se para o convento de São GREGÓRIO, em Célio, onde morreu, sendo sepultado em São João de Latrão.
No seu pontificado instituiu a Ordem militar de São Lázaro e confirmou o Bispo de Coimbra nas Igrejas de Lamego e de Viseu.
Com as vitórias de Dom AFONSO HENRIQUES sobre as tropas de sua mãe Dona TERESA, em 24 de Julho de 1128 em São Mamede, prepara-se a independência do futuro reino de Portugal.
LAMBERTO, porém, dada a forma pouco canónica como fora escolhido, devolve aos cardeais, dias depois, as vestes pontifícias, mas estes, ao verem este acto de humildade, resolvem confirmá-lo como papa e coroam-no em 21 de Dezembro de 1124.
O seu pontificado decorreu sem grandes problemas, porque LOTÁRIO, sucessor de HENRIQUE V, se mostrou respeitador dos direitos da Igreja, acontecendo o mesmo com HENRIQUE I de Inglaterra, ao qual o papa ajudou a resolver um pleito com o arcebispo de York.
Diga-se ainda que HONÓRIO II interveio com êxito ao confirmar LOTÁRIO como Imperador da Saxónia, contra FREDERICO HOHENSTAUFEN e apoiou o rei de França, LUÍS VI, na sua disputa com bispos franceses.
Em Roma, HONÓRIO II teve de sofrer a violência duma cidade que vivia assolada por lutas sangrentas entre as famílias dos FRANGIPANI e dos PIERLEONI. Quis combater a crescente heresia dos Albigenses, convocando um Concílio para que se manifestasse sobre o assunto.
Para fugir a uma situação que o ultrapassava, nomeou uma Comissão de 8 Cardeais, com poderes para eleger um novo papa e retirou-se para o convento de São GREGÓRIO, em Célio, onde morreu, sendo sepultado em São João de Latrão.
No seu pontificado instituiu a Ordem militar de São Lázaro e confirmou o Bispo de Coimbra nas Igrejas de Lamego e de Viseu.
Com as vitórias de Dom AFONSO HENRIQUES sobre as tropas de sua mãe Dona TERESA, em 24 de Julho de 1128 em São Mamede, prepara-se a independência do futuro reino de Portugal.
CELESTINO II - Anti-Papa
Anti-Papa em 1124
XXI Anti-Papa
SÍNTESE
Chamava-se TEOBALDO BUCCAPECUS. Era cardeal-presbitero.
HISTÓRIA
Após a morte de CALISTO II, o diplomata e cardeal TEOBALDO foi escolhido como Papa em 15 de Dezembro de 1124, mas os adeptos de FRANGIPANI impediram a eleição em favor de LAMBERTO, eleito como HONÓRIO II, e o próprio TEOBALDO, para evitar um Cisma, acedeu em renunciar.
Não chegou a ser um Anti-papa, pois não pretendeu impor a sua possível eleição, mas também não chegou a ser Papa, porque viu, inteligentemente , que o não poderia ser e desistiu a bem da Igreja.
INOCÊNCIO II - Papa
Papa desde o ano 1130 até 1143
CLXI Papa
SÍNTESE
Nasceu em Roma. Chamava-se GREGÓRIO PAPARESCHI. Era Cardeal de Santo Ângelo, nomeado por PASCOAL II. Morreu em Roma, em 24 de Setembro de 1143.
HISTÓRIA
Quando HONÓRIO II faleceu entraram em luta as famílias FRANGIPANI e PIERLEONI, para elegerem um papa.
O chanceler da Igreja romana, AIMERICO, com alguns cardeais, quando HONÓRIO II faleceu, procederam à eleição, em 14 de fevereiro de 1130, do novo papa, o cardeal PAPARESCHI, com o nome de INOCÊNCIO II.
Logo que os PIERLEONI tiveram conhecimento desta eleição, conseguiram o apoio de 23 cardeais e aclamaram como Anti-papa um cardeal da família, PIETRO PIERLEONI, que escolheu no nome de ANACLETO II.
Recomeçou a luta entre os dois partidos e, com os FRANGIPANI vencidos, INOCÊNCIO II viu-se obrigado a fugir para França, pedindo ao rei LUÍS VI para reconhecer a sua legitimidade. O rei, inteligentemente, convocou um Concilio,para que decidissem. Nesse Concilio esteve presidente o Abade de Claraval, São BERNARDO, clérigo de grande prestigio na Europa e foi ele que fez com que INOCÊNCIO II fosse aceite como papa.
INOCÊNCIO II, não se sentindo seguro em Roma, refugiou-se em França, onde todos o recebiam muito bem.
Preside, em 18 de Novembro de 1130, a um Concilio em Clermont, onde é novamente reconhecido como papa e, depois,na companhia de São BERNARDO, encontra-se com LOTÁRIO, ficando estabelecido o seu regresso a Roma, onde o coroaria solenemente.
Celebra um Concílio em Roma em 19 de Novembro de 1131, com a presença de mais de 300 bispos e abades de França, Alemanha e Espanha, publicando vários cânones disciplinares que viriam a ser reassumidos e confirmados pelo II Concílio Ecuménico de Latrão.
Em Abril de 1132, o papa parte para Itália na companhia de São BERNARDO e protegido pelas tropas de LOTÁRIO, mas este, depois de coroado, retira-se para a Alemanha e, sentindo-se inseguro, INOCÊNCIO II recolhe-se a Pisa, onde vive três anos.
Na Primavera de 1137, LOTÁRIO regressa e submete o duque da Sicília, principal apoiante de ANACLETO II e do Cisma. Mesmo assim a situação mantém-se confusa e só a morte do Anti-papa, em 1138, a resolve completamente.
Conseguida a paz, INOCÊNCIO II realiza, em Abril de 1139, o X Concílio Ecuménico (Latrão II), com a presença de cerca de 1000 prelados de diversos países, que condenaram o Cisma de ANACLETO II e confirmaram os cânones contra a simonia, reprimiu o luxo de vestir dos eclesiásticos, bem como os duelos e torneios considerados contrários ao quinto mandamento; proibiu o casamento dos clérigos, bem como entre parentes; interditou o estudo da medicina aos monges e estigmatizou os usurários e os que infringissem a chamada «trégua de Deus» ou suspensão de quaisquer hostilidades bélicas durante determinados dias do calendário litúrgico (do Advento à Epifania, da Quaresma ao Pentecostes e em todos os domingos), proposta que, surgindo com JOÃO XV no ano 990, conseguiria impor-se através de dois Concílios (Arles em 1041 e Narbona em 1054) e graças a determinadas sanções, multas, perda de bens e excomunhão.
Num tempo ainda semibárbaro de contínuas rivalidades e prepotências feudais, a «trégua de Deus» conseguiu não só diminuir os confrontos armados mas humanizá-los.
Dois anos depois de Latrão II, o Concilio de Sens condenaria a obra teológica de PEDRO ABELARDO (1079-1142) acusado de pretender racionalizar a fé no tocante ao mistério da Santíssima Trindade, Encarnação, pecado original, etc..
Quanto aos erros de ABELARDO, São BERNARDO acusou-o de «saber a Ário quando falava da Trindade, a Pelágio quando falava de Graça e a Nestório quando falava de Cristo».
INOCÊNCIO II assistiu ainda à revolta da cidade de Tivoli, que aspirava a uma administração autónoma de Roma, embora jurando fidelidade ao papa, INOCÊNCIO II conseguiu evitar o pior, mas os romanos não levaram a bem essa medida de clemência, INOCÊNCIO II morreu, pouco depois, tendo contudo, conseguido prestigiar a autoridade do papado.
Note-se que foi durante este pontificado que Portugal surgiu e se impôs como Nação independente, tendo o papa enviado um legado à Peninsula Ibérica . GUIDO DE VICO, a quem Dom AFONSO HENRIQUES prestou vassalagem.
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ANACLETO II - Anti-Papa
Anti-Papa de 1130 a 1138
XXII Anti-Papa
SÍNTESE
Chamava-se PIETRO PIERLEONI, procedente de uma poderosa familia judaica de Roma. Foi monge de Cluny. Era cardeal de São Calisto. Morreu em 25 de janeiro de 1138
HISTÓRIA
Foi Anti-Papa de 1130 a 1138, tendo sido nomeado em 14 de fevereiro de 1130, apenas três horas depois da eleição de INOCÊNCIO II, com o apoio de 23 cardeais, afectos à facção romana da familia PIERLEONI e também de ROGÉRIO II da Sicília, arrebatando o título a INOCÊNCIO II, também eleito apressadamente com o apoio da familia FRANGIPANI, e sem consulta a todos os cardeais. Para compensar, ANACLETO II coroou ROGÉRIO como rei da Sicília.
Já depois de estar em Latrão, INOCÊNCIO II foi obrigado a fugir para França onde pediu o apoio do rei LUÍS VI. Este convocou os Bispos para um Concilio e o abade de Claraval, São BERNARDO, teve influência decisiva a favor de INOCÊNCIO II.
Em Abril de 1132, INOCÊNCIO II, refugiado em França resolve partir para Itália na companhia de São BERNARDO e apoiado pelas forças de LOTÁRIO. Este, depois de coroado, regressa à Alemanha e INOCÊNCIO II vai para Pisa, onde vive durante três anos. Como as coisas continuavam complicadas, São BERNARDO convence o Imperador a regressar em 1137 e submete o duque da Sicília o principal apoiante do Cisma. No entanto, a situação só se resolveu completamente com a morte do Anti-papa ANACLETO II em 1138.
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VÍTOR IV - Anti-Papa
Anti-Papa de 1138
XXIII Anti-Papa
SÍNTESE
De nome GREGÓRIO CONTI.
HISTÓRIA
Foi eleito em março de 1138 com o apoio do rei ROGÉRIO DA SICILIA, como sucessor do outro Anti-Papa, ANACLETO II, mas a instâncias de São BERNARDO DE CLARAVAL, no mesmo ano da sua eleição, em 29 de maio de 1138, acatou a autoridade do legitimo Pontifice INOCÊNCIO II.
CELESTINO II - Papa
Papa desde o ano 1143 até ao ano de 1144
CLXII Papa
SÍNTESE
Nasceu na Toscana, de familia nobre. Chamava-se GUIDO CITTÁ DI CASTELLO. Foi cardeal e legado pontifício em França. Morreu a 8 de Março de 1144.
HISTÓRIA
O novo Papa era um homem de vasta cultura e muito poderia ter feito pela Igreja, se a morte o não levasse tão cedo, pois faleceu ano e meio depois de ter sido eleito.
Por influência de São BERNARDO DE CLARAVAL, levantou a excomunhão lançada pelo seu antecessor sobre LUÍS VII, rei de França.
Pouco mais conseguiu fazer, além de alguns privilégios concedidos a diversos mosteiros.
LÚCIO II - Papa
Papa desde o ano de 1144 até ao ano 1145
CLXIII Papa
SÍNTESE
Nasceu em Bolonha - Itália. Chamava-se GERARDO CACCIANEMICI. Foi legado de INOCÊNCIO II na Alemanha. Era chanceler e bibliotecário da Igreja romana. Morreu, atingido por uma pedra, em 16 de fevereiro de 1145.
HISTÓRIA
Várias cidades da Itália setentrional, sob a protecção do Imperador da Alemanha, tinham-se constituído como municípios independentes e degladiavam-se pelos respectivos direitos. LÚCIO II fez o possível para pacificá-las, mas viu-se impotente perante o deflagrar das mesmas ideias em Roma, onde um irmão do Anti-Papa ANACLETO II, outro PIERLEONI, se proclamou Patrício e pretendia que o papa renunciasse a todos os seus direitos estatais.
O Papa pede auxilio da Alemanha. CONRADO III e ao rei da Sicília, mas antes que esses respondessem os revolucionários foram incendiando e saqueando casas, exigindo pesados impostos aos peregrinos e procurando tomar conta do Capitólio. O Papa, ao tentar por todos os meios a defesa, foi envolvido num tumulto de rua e faleceu, atingido por uma pedra.
Mesmo com um pontificado breve, enviou legados a França, Inglaterra e Alemanha-.
Seria LÚCIO II a receber a carta Claves regi celestis = (As Chaves do reino do Céu) enviada por Dom AFONSO HENRIQUES em 13 de Dezembro de 1143 a INOCÊNCIO II, entretanto falecido, na qual o primeiro rei de Portugal colocava o seu território sob o feudo da santa Sé comprometendo-se em sue nome e dos seus sucessores, a pagar o censo anual de quatro barras de ouro, em troca da protecção pontificia e da exclusão de qualquer outro senhorio civil ou eclesiástico .
A carta assinada por Dom JOÃO. arcebispo de Braga, e pelos Bispos do Porto e de Coimbra, foi entregue pessoalmente por Dom JOÃO e a ela responderia LÚCIO II a 1 de maio de 1144, com a carta Devotionem Tuam, com mostras de benevolência, mas concedendo apenas, diplomaticamente , o título de Dux e não o de rei, para evitar melindres com o rei de Castela e Leão e também por temer que o desmembramento da Peninsula Hispânica favorecesse o poderoio muçulmano.
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Beato EUGÉNIO III - Papa
CLXIV Papa
SÍNTESE
Nasceu em Montenagno - Itália. Chamava-se BERNARDO PAGANELLI DE MONTEMAGNO. Era monge cisterciense e abade do Mosteiro de São Vicente e Santo Atanásio. Faleceu em Tivoli, em 8 de Junho de 1153. Foi beatificado por PIO IX
HISTÓRIA
São BERNARDO sabendo que havia muita agitação depois da morte do Pontifice LÚCIO II, escreveu uma carta ao Colégio Cardinalicio em que dizia:
«Deus vos perdoe. Que fizestes? Como vos voltastes para um homem rústico que vivia escondido e, obrigando-o a largar a foice e a enxada o arrastastes para o palácio e alçando-o à cátedra, o revestis de púrpura e seda e lhe cingis a espada para juiz das nações?
Não havia entre vós algum dotado de ciência e experiência a quem viesse melhor tudo isto?
Parece certamente ridículo escolher um homenzinho andrajoso para presidir sobre os príncipes, mandar nos bispos e dispor de reinos e impérios. Ridículo, ou antes, milagre?»
Depois com a confiança que lhe dava o ter sido seu antigo mestre espiritual, escreve ao novo Pontifice cinco cartas admiráveis, classificadas como «a sua obra suprema, verdadeiro diploma do papado».
Não seria fácil o pontificado de EUGÉNIO III com a euforia republicana, apoiada por ARNALDO DE BRÉSCIA, enquanto em Roma os palácios dos magnates eram incendiados e pilhados
Impedido de entrar em São Pedro pelo novo Senado, que pretendia destitui-lo de qualquer poder civil, EUGÉNIO III refugiou-se em Viterbo durante 8 meses.
Nessa altura, São BERNARDO ajuda-o escrevendo aos Romanos:
«Porque provocais contra vós o rei da terra e o Senhor do Céu, de modo tão intolerável e irracional, atacando sacrilegamente a sagrada Sé Apostólica?
Vossos pais submeteram o Orbe ao jogo da vossa Urbe, e vós fazeis da vossa Urbe o ludibrio e a fábula do Orbe, expulsando o herdeiro de PEDRO da cidade de PEDRO»
De nada serviu a carta de São BERNARDO pois os Romanos continuavam contra ele.
EUGÉNIO III desloca-se, então, a França, onde LUÍS XVII preparava a II Cruzada pregada por BERNARDO DE CLARAVAL, à qual dá o seu apoio e colaboração.
De regresso a Roma, consegue que os camponeses da Campânia cortem o abastecimento de víveres a Roma e o Senado vê-se obrigado a capitular com cedências de ambas as partes. Vigoraria a nova constituição republicana, mas o povo e o Senado jurariam fidelidade ao Papa, aceitando a soberania pontifícia e não ultrapassando os seus poderes meramente municipais
Em Dezembro de 1145, EUGÉNIO III regressa a Roma, sendo bem recebido pelo povo e clero. Pouco depois, ARNALDO DE BRÉSCIA rival de São BERNARDO, incita as multidões contra o papa e EUGÉNIO III sentindo-se inseguro, dirige-se de novo para França em princípios de 1147. Em 1148 reúne um grande sínodo em Reims, que condena algumas heresias contra a natureza divina e a Encarnação do Verbo.
Em Novembro de 1149 entra em Roma com o apoio das tropas sicilianas, mas, não conseguindo impor-se às ideias de ARNALDO DE BRÉSCIA, vê-se coagido a retirar-se até 1153, quando, com o apoio de FREDERICO I, o Barba Roxa, que sucedera a CONRADO III, consegue o regresso definitivo.
Piedoso, desprendido e sofredor, EUGÉNIO III suscitou a devoção popular e, muito depois da sua morte, PIO IX confirma-lhe o culto em 1872.
No pontificado de EUGÉNIO III há um facto relevante para os Portugueses. Quando um contingente de cruzados anglo-normandos, flamengos e alemães se dirigia por mar para a Terra Santa, em mais uma cruzada, tiveram de aportar ao Rio Douro. Depois, chegados a Lisboa, auxiliaram Dom AFONSO HENRIQUES na sua luta contra os Mouros e, no dia 25 de Outubro de 1147, seria conquistada para a fé cristã aquela que seria a futura Metrópole de um Reino de onde saíram contingentes de missionários e marinheiros que, mais do que Cruzados, alargaram as fronteiras do Cristianismo e deram novos mundos ao mundo.
ANASTÁSIO IV - Papa
Papa de 1153 a 1154
CLXV Papa
SÍNTESE
Nasceu em Roma em 1063, descendente de familia nobre. Chamava-se CONRADO DE SUBURRA. Foi cónego de Santo Agostinho, superior do Mosteiro de santo Anastásio e cardeal de Santa Sabina. Morreu em 3 de Dezembro de 1154.
HISTÓRIA
O Senado não se opôs à sua eleição e ANASTÁSIO IV não se imiscuiu em questões da nova república, limitando-se às questões religiosas.
Revalidou a eleição do arcebispo de MAGDEBURGO, que o imperador FREDERICO I, O Barba Roxa tinha efectuado contra o estabelecido, ainda no tempo de EUGÉNIO II.
Protegeu a Ordem de São João contra a perseguição do patriarca hierosolimitano e interveio com êxito em questões de direitos de sedes episcopais da Suécia e Noruega.
Não teve tempo para fazer mais, porque, entretanto, faleceu, e, ao que se disse, foi enterrado na mesma urna simples que contivera os restos mortais de Santa HELENA, mãe do Imperador CONSTANTINO.
ADRIANO IV - Papa
Papa desde 1154 até ao ano 1159
CLXVI Papa
SÍNTESE
Chamava-.se NICOLAS BREAKSPEAR. Nasceu em Saint Albans, Longley, Hertsfordshire (iNGLATERRA) entre 1110 e 1112. Estudou em Arles e entrou no Mosteiro de São RUFO, ,perto de Avinhão, do qual viria a ser Abade. Morreu em Anagni, em 1 de Setembro de 1159.
HISTÓRIA
ADRIANO IV tornou-se notável por ter concedido o domínio absoluto da Irlanda ao rei HENRIQUE II, que subiu ao trono de Inglaterra uma semana depois de ADRIANO ser eleito Papa.
Foi papa durante cinco anos e não reconheceu a organização republicana dada a Roma por ARNALDO DE BRÉSCIA, um agitador italiano (1100-1155), o qual confundindo problemas político-sociais com os de índole religiosa, levou o povo de Roma a levantar-se contra o papa. Veio a ter morte violenta, pois foi expulso de Roma e enforcado em 1155, por ordem de FREDERICO, o Barba Roxa. Lutou contra o rei normando das Duas Sicílias contra FREDERICO o Barba Roxa, que tinha coroado solenemente em 18 de Julho de 1155, e contra os Gibelinos, partidários da facção que na Alemanha e na Itália tomou o partido do Imperador contra o papa, apoiada pelos Guelfos (Casa da Baviera), procurando limitar o poder do papa aos assuntos espirituais.
ADRIANO IV segundo escreveu GREGOROVIOUS, foi um varão prudente, de ideias práticas e carácter indómito. tal como GREGÓRIO VII quis realizar a ideia do poder pontifício universal.
ALEXANDRE III - Papa
Papa desde o ano 1159 até ao ano 1181
CLXVII Papa
SÍNTESE
Nasceu na Sicília - Itália. Chamava-se ROLANDO BANDINELLI. Era cardeal desde 1153 e foi chanceler da igreja romana a partir de 1156. Foi conselheiro do papa ADRIANO IV e professor catedrático de teologia e Direito Canónico na Universidade de Bolonha. Morreu em 30 de Agosto de 1191.
HISTÓRIA
Foi um pontificado longo, de 22 anos, o de maior duração até àquela data, depois do Apóstolo São PEDRO, tendo sido eleito em 7 de Setembro de 1159, com o nome de ALEXANDRE III.
A sua escolha não foi do agrado do imperador FREDERICO I, o Barba Roxa, que manobrou dois cardeais eleitores e elegeu o Anti-papa VÍTOR IV. Em fevereiro de 1160 mandou reunir um sínodo em Pavia, ao qual só compareceram os seus apaniguados e declararam VITOR IV como Papa legítimo, enquanto toda a Cristandade apoiava ALEXANDRE III.
VITOR IV continuava senhor da situação e, ameaçado de morte, o papa refugiou-se numa fortaleza do Trastevere, apoiado pelo ,povo e pelos FRANGIPANI e só no Verão de 1161 consegue regressar, mas como a situação continuava tensa, em 21 de fevereiro de 1162, deixa um vigário em Roma e vai a França, onde foi acolhido triunfalmente.
Em maio de 1163 convoca um sínodo para Tours e é apoiado por uma assembleia de 17 cardeais, 124 bispos e mais de 400 abades de França, Espanha, Inglaterra, Itália e até do oriente, que lhe confirmam adesão e obediência.
Por ess altura morre o anti-papa VITOR e o imperador pensa que é a oportunidade de reconhecer ALEXANDRE III, só que o chanceler imperial apressa-se a mandar fazer exéquias ao Anti-papa e os cónegos recusam-se a fazê-las dada a sua excomunhão. O Chanceler, sem consultar o imperador, faz eleger outro Anti-papa com o nome de PASCOAL III. Perante isto, vários bispos alemães, que estavam com o imperador, mudam de opinião e reconhecem a legitimidade de ALEXANDRE III.
O chanceler pretendendo cativar o povo alemão, pede ao Anti-papa que canonize CARLOS MAGNO, ao que ele acedeu.
Descontentes com as contínuas intromissões do imperador, várias cidades do Norte de Itália e parte da população de Roma insurgem-se e declaram-se abertamente a favor de ALEXANDRE III e este, aproveitando o apoio, regressa e entra triunfalmente em Roma.
O imperador reage de imediato, atravessa a Itália, assalta Roma, profana a basílica vaticana e entroniza PASCOAL III, fazendo-se coroar por ele.
O Papa refugia-se em Benevento e o imperador vê as suas tropas atacadas e dizimadas por uma terrível epidemia tendo de retirar-se.
Esta epidemia foi interpretada como um castigo de Deus ao profanador da basílica, pelo que o arcebispo THOMAS BECKET (futuro São TOMÁS DE CANTUÁRIA) escreve ao papa uma carta em que diz:
«Jamais se viu de modo tão manifesto o poder de Deus».
Ao receber esta carta ALEXANDRE III não podia adivinhar que vinha de um futuro mártir. De facto, na Inglaterra, HENRIQUE II, o Plantageneta, pretendia apoderar-se dos bens da Igreja e como THOMAS BECKET não o consentiu, quatro sicários do rei entraram na catedral , onde o arcebispo se encontrava e apunhalaram-no, em 29 de Dezembro de 1170. THOMAS BECKET foi canonizado em 1173 ainda por ALEXANDRE III como São TOMÁS DE CANTUÁRIA.
O imperador FREDERICO I, não desistiu e, refeito do desastre e da retirada provocada pela epidemia, tendo já apoiado a eleição de outro Anti-papa, CALISTO III invade de novo a Itália em 1170, mas sofre novo desaire na batalha de Legnano. Depois, aconselhado pelos seus partidários, resolve humilhar-se e reconhecer a legitimidade de ALEXANDRE III, o que fez em Julho de 1177, indo a Veneza ajoelhar-se e beijar os pés do papa, que o abraçou comovido.
Após esta reconciliação, todos os senadores romanos juraram fidelidade ao papa e ALEXANDRE III entra, mais uma vez triunfalmente em Roma, em 12 de março de 1178.
O Papa resolve, então, convocar em março de 1179, um grande concilio ecuménico, que ficou conhecido por Lateranense III.
Neste concilio, além de diversos cânones e decretos com o fim de evitar futuros Cismas determinou-se que, de futuro, para a eleição do Papa seriam precisos dois terços dos votos, norma que ainda hoje vigora.
Estabeleceram-se requisitos para a sagração dos bispos e ordenação dos sacerdotes, condenaram-se os processos simoníacos, reprovou-se a insolência de algumas ordens militares apoiadas em excessivos privilégios, condenou-se a pirataria e anatematizaram-se os cátaros e outros hereges.
Em janeiro de 1180, outro Anti-Papa, desta vez INOCÊNCIO III caiu nas mãos de ALEXANDRE III que o mandou para o exílio perpétuo num convento.
Em 30 de Agosto de 1181 faleceu este Papa que foi o maior o mais importante do século em que exerceu o pontificado.
Muitas das suas decisões, expostas em terminologia cientifica, constituíram a base principal para a primeira compilação oficial do Direito canónico, que seria levada a efeito por GREGÓRIO IX em 1234.
Conservam-se mais de 700 cartas decretais, indicio da sua actividade pastoral e competência como jurista e canonista.
No seu pontificado reservou aos papas o direito exclusivo de canonizar os santos, terminando com as canonizações diocesanas.
Para Portugal, este pontificado tem um significado especial, pois foi ALEXANDRE III que, pela bula Manifestus probatum de 23 de Maio de 1179 deu a Dom AFONSO HENRIQUES pela primeira vez, o título de Rei, o que equivale a um reconhecimento e confirmação da Independência nacional.
Foi também neste pontificado que surgiram na Peninsula Ibérica duas Ordens militares, a de Calatrava, de origem cisterciense, confirmada em 1164 e a Ordem de Santiago de Espada, aprovada em 1175.
A sua escolha não foi do agrado do imperador FREDERICO I, o Barba Roxa, que manobrou dois cardeais eleitores e elegeu o Anti-papa VÍTOR IV. Em fevereiro de 1160 mandou reunir um sínodo em Pavia, ao qual só compareceram os seus apaniguados e declararam VITOR IV como Papa legítimo, enquanto toda a Cristandade apoiava ALEXANDRE III.
VITOR IV continuava senhor da situação e, ameaçado de morte, o papa refugiou-se numa fortaleza do Trastevere, apoiado pelo ,povo e pelos FRANGIPANI e só no Verão de 1161 consegue regressar, mas como a situação continuava tensa, em 21 de fevereiro de 1162, deixa um vigário em Roma e vai a França, onde foi acolhido triunfalmente.
Em maio de 1163 convoca um sínodo para Tours e é apoiado por uma assembleia de 17 cardeais, 124 bispos e mais de 400 abades de França, Espanha, Inglaterra, Itália e até do oriente, que lhe confirmam adesão e obediência.
Por ess altura morre o anti-papa VITOR e o imperador pensa que é a oportunidade de reconhecer ALEXANDRE III, só que o chanceler imperial apressa-se a mandar fazer exéquias ao Anti-papa e os cónegos recusam-se a fazê-las dada a sua excomunhão. O Chanceler, sem consultar o imperador, faz eleger outro Anti-papa com o nome de PASCOAL III. Perante isto, vários bispos alemães, que estavam com o imperador, mudam de opinião e reconhecem a legitimidade de ALEXANDRE III.
O chanceler pretendendo cativar o povo alemão, pede ao Anti-papa que canonize CARLOS MAGNO, ao que ele acedeu.
Descontentes com as contínuas intromissões do imperador, várias cidades do Norte de Itália e parte da população de Roma insurgem-se e declaram-se abertamente a favor de ALEXANDRE III e este, aproveitando o apoio, regressa e entra triunfalmente em Roma.
O imperador reage de imediato, atravessa a Itália, assalta Roma, profana a basílica vaticana e entroniza PASCOAL III, fazendo-se coroar por ele.
O Papa refugia-se em Benevento e o imperador vê as suas tropas atacadas e dizimadas por uma terrível epidemia tendo de retirar-se.
Esta epidemia foi interpretada como um castigo de Deus ao profanador da basílica, pelo que o arcebispo THOMAS BECKET (futuro São TOMÁS DE CANTUÁRIA) escreve ao papa uma carta em que diz:
«Jamais se viu de modo tão manifesto o poder de Deus».
Ao receber esta carta ALEXANDRE III não podia adivinhar que vinha de um futuro mártir. De facto, na Inglaterra, HENRIQUE II, o Plantageneta, pretendia apoderar-se dos bens da Igreja e como THOMAS BECKET não o consentiu, quatro sicários do rei entraram na catedral , onde o arcebispo se encontrava e apunhalaram-no, em 29 de Dezembro de 1170. THOMAS BECKET foi canonizado em 1173 ainda por ALEXANDRE III como São TOMÁS DE CANTUÁRIA.
O imperador FREDERICO I, não desistiu e, refeito do desastre e da retirada provocada pela epidemia, tendo já apoiado a eleição de outro Anti-papa, CALISTO III invade de novo a Itália em 1170, mas sofre novo desaire na batalha de Legnano. Depois, aconselhado pelos seus partidários, resolve humilhar-se e reconhecer a legitimidade de ALEXANDRE III, o que fez em Julho de 1177, indo a Veneza ajoelhar-se e beijar os pés do papa, que o abraçou comovido.
Após esta reconciliação, todos os senadores romanos juraram fidelidade ao papa e ALEXANDRE III entra, mais uma vez triunfalmente em Roma, em 12 de março de 1178.
O Papa resolve, então, convocar em março de 1179, um grande concilio ecuménico, que ficou conhecido por Lateranense III.
Neste concilio, além de diversos cânones e decretos com o fim de evitar futuros Cismas determinou-se que, de futuro, para a eleição do Papa seriam precisos dois terços dos votos, norma que ainda hoje vigora.
Estabeleceram-se requisitos para a sagração dos bispos e ordenação dos sacerdotes, condenaram-se os processos simoníacos, reprovou-se a insolência de algumas ordens militares apoiadas em excessivos privilégios, condenou-se a pirataria e anatematizaram-se os cátaros e outros hereges.
Em janeiro de 1180, outro Anti-Papa, desta vez INOCÊNCIO III caiu nas mãos de ALEXANDRE III que o mandou para o exílio perpétuo num convento.
Em 30 de Agosto de 1181 faleceu este Papa que foi o maior o mais importante do século em que exerceu o pontificado.
Muitas das suas decisões, expostas em terminologia cientifica, constituíram a base principal para a primeira compilação oficial do Direito canónico, que seria levada a efeito por GREGÓRIO IX em 1234.
Conservam-se mais de 700 cartas decretais, indicio da sua actividade pastoral e competência como jurista e canonista.
No seu pontificado reservou aos papas o direito exclusivo de canonizar os santos, terminando com as canonizações diocesanas.
Para Portugal, este pontificado tem um significado especial, pois foi ALEXANDRE III que, pela bula Manifestus probatum de 23 de Maio de 1179 deu a Dom AFONSO HENRIQUES pela primeira vez, o título de Rei, o que equivale a um reconhecimento e confirmação da Independência nacional.
Foi também neste pontificado que surgiram na Peninsula Ibérica duas Ordens militares, a de Calatrava, de origem cisterciense, confirmada em 1164 e a Ordem de Santiago de Espada, aprovada em 1175.
Chamava-se OCTAVIANO DE MONTICELLO. Era Cardeal-presbitero. Morreu em 20 de Abril de 1164.
HISTÓRIA
Foi eleito Anti-papa, conhecido como VITOR IV, quando não se reconhecia o anterior VITOR IV, também Anti-papa em 1138.
Foi ordenado Cardeal por INOCÊNCIO II (1138) e à morte de ADRIANO IV alguns cardeais elegeram-no papa, em 7 de Setembro de 1159, recebendo os votos favoráveis da Alemanha, Borgonha e Itália do Norte, encarcerando o papa legítimo, ALEXANDRE III. Logo a seguir VÍTOR excomungou o papa ALEXANDRE III.
O Papa no entanto, libertou-se e no Outono de 1160 foi reconhecido pelo Senado romano, pelos reis de Inglaterra e de França, bem como pelos bispos e monges da Europa, que votaram a seu favor.
O Papa excomungou então VÍTOR IV, pelo que este se retirou desta aventura, tendo falecido em 20 de Abril de 1164, mas logo a seguir FREDERICO I, o Barba Roxa, promoveu a eleição de PASCOAL III, outro Anti-papa, contra o autêntico papa ALEXANDRE III.
Foi ordenado Cardeal por INOCÊNCIO II (1138) e à morte de ADRIANO IV alguns cardeais elegeram-no papa, em 7 de Setembro de 1159, recebendo os votos favoráveis da Alemanha, Borgonha e Itália do Norte, encarcerando o papa legítimo, ALEXANDRE III. Logo a seguir VÍTOR excomungou o papa ALEXANDRE III.
O Papa no entanto, libertou-se e no Outono de 1160 foi reconhecido pelo Senado romano, pelos reis de Inglaterra e de França, bem como pelos bispos e monges da Europa, que votaram a seu favor.
O Papa excomungou então VÍTOR IV, pelo que este se retirou desta aventura, tendo falecido em 20 de Abril de 1164, mas logo a seguir FREDERICO I, o Barba Roxa, promoveu a eleição de PASCOAL III, outro Anti-papa, contra o autêntico papa ALEXANDRE III.
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PASCOAL III - Anti-Papa
Anti-Papa de 1164 até 1168
XXVII Anti-Papa
SÍNTESE
Chamava-se GUIDO DE CREMA. Nasceu em Crema, em 1100. Morreu em Roma, em 20 de Setembro de 1168.
HISTÓRIA
Escolhido pelo Imperador FREDERICO I, o Barba Roxa, durante o Pontificado de ALEXANDRE III, sucedeu a OCTAVIANO, Anti-Papa com o nome de VÍTOR IV, cuja morte aconteceu inesperadamente.
A população não aceita PASCOAL III e ALEXANDRE III entra triunfalmente em Roma. O Imperador, disposto a fazer valer a sua vontade a favor de PASCOAL, assalta Roma, profana a Basilica Vaticana e entroniza PASCOAL, em 22 de Abril de 1164, pelo que o Anti-Papa o coroa, assim como a sua esposa BEATRIZ.
ALEXANDRE III refugia-se em Benevento e o Imperador, perante a reacção popular e uma epidemia que dizima o seu exército, vê-se obrigado a retirar deixando PASCOAL sem apoio.
Mais tarde, o Imperador, já refeito dos revezes, volta a atacar e esquecendo PASCOAL elege novo Anti-Papa, desta vez CALISTO III, que lhe sucede.
PASCOAL enquanto Anti-Papa, canonizou CARLOS MAGNO, contra a vontade de Roma.
Anti-Papa entre 1168 e 1178
Chamava-se JUAN MORSON. era Abade de Sturmi..
HISTÓRIA
Foi eleito Anti-papa em 20 de Novembro de 1168, por influência do Imperador FREDERICO I, o Barba Roxa, que tinha abandonado o Anti-papa PASCOAL III.
FREDERICO havia recebido a coroa imperial das mãos do papa ADRIANO IV (1155) mas elegeu CALISTO III, por estar em luta com ALEXANDRE III.
Derrotado em Lugano (1176) pela Liga Lombarda, assinou a paz de Veneza com ALEXANDRE III (1177) e humilhou-se indo a esta cidade, em Julho de 1177, beijar os pés ao papa e reconhecendo a sua legitimidade.
ALEXANDRE III, obtida a adesão dos senadores que decidiram jurar-lhe fidelidade, entra triunfalmente na Cidade Eterna em 12 de Março de 1178, terminando o Cisma o que alegrou toda a Cristandade.
CALISTO III submeteu-se ao Papa ALEXANDRE III em 29 de Agosto de 1178.
Anti-Papa entre 1179 e 1180
Chamava-se LANDO DE SEZZO.
HISTÓRIA
Por influência do Imperador FREDERICO I, o Barba Roxa, foi eleito em 29 de Setembro de 1179, com o nome de INOCÊNCIO III, na sequência e até como sucessor de uma série de Anti-papas surgidos pela teimosia do imperador FREDERICO I, o Barba Roxa, na sua luta contra o papado. VITOR IV (1159-1164), PASCOAL III (1164-1168) e CALISTO III (1168-1178).
Pouco tempo depois da eleição, em Janeiro de 1180, caiu nas mãos do papa ALEXANDRE III que o mandou para o exílio num convento.
HISTÓRIA
Escolhido pelo Imperador FREDERICO I, o Barba Roxa, durante o Pontificado de ALEXANDRE III, sucedeu a OCTAVIANO, Anti-Papa com o nome de VÍTOR IV, cuja morte aconteceu inesperadamente.
A população não aceita PASCOAL III e ALEXANDRE III entra triunfalmente em Roma. O Imperador, disposto a fazer valer a sua vontade a favor de PASCOAL, assalta Roma, profana a Basilica Vaticana e entroniza PASCOAL, em 22 de Abril de 1164, pelo que o Anti-Papa o coroa, assim como a sua esposa BEATRIZ.
ALEXANDRE III refugia-se em Benevento e o Imperador, perante a reacção popular e uma epidemia que dizima o seu exército, vê-se obrigado a retirar deixando PASCOAL sem apoio.
Mais tarde, o Imperador, já refeito dos revezes, volta a atacar e esquecendo PASCOAL elege novo Anti-Papa, desta vez CALISTO III, que lhe sucede.
PASCOAL enquanto Anti-Papa, canonizou CARLOS MAGNO, contra a vontade de Roma.
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CALISTO III - Anti-Papa
Anti-Papa entre 1168 e 1178
XXVIII Anti-Papa
SÍNTESE
Chamava-se JUAN MORSON. era Abade de Sturmi..
HISTÓRIA
Foi eleito Anti-papa em 20 de Novembro de 1168, por influência do Imperador FREDERICO I, o Barba Roxa, que tinha abandonado o Anti-papa PASCOAL III.
FREDERICO havia recebido a coroa imperial das mãos do papa ADRIANO IV (1155) mas elegeu CALISTO III, por estar em luta com ALEXANDRE III.
Derrotado em Lugano (1176) pela Liga Lombarda, assinou a paz de Veneza com ALEXANDRE III (1177) e humilhou-se indo a esta cidade, em Julho de 1177, beijar os pés ao papa e reconhecendo a sua legitimidade.
ALEXANDRE III, obtida a adesão dos senadores que decidiram jurar-lhe fidelidade, entra triunfalmente na Cidade Eterna em 12 de Março de 1178, terminando o Cisma o que alegrou toda a Cristandade.
CALISTO III submeteu-se ao Papa ALEXANDRE III em 29 de Agosto de 1178.
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INOCÊNCIO III - Anti-Papa
Anti-Papa entre 1179 e 1180
XXIX Anti-Papa
SÍNTESE
Chamava-se LANDO DE SEZZO.
HISTÓRIA
Por influência do Imperador FREDERICO I, o Barba Roxa, foi eleito em 29 de Setembro de 1179, com o nome de INOCÊNCIO III, na sequência e até como sucessor de uma série de Anti-papas surgidos pela teimosia do imperador FREDERICO I, o Barba Roxa, na sua luta contra o papado. VITOR IV (1159-1164), PASCOAL III (1164-1168) e CALISTO III (1168-1178).
Pouco tempo depois da eleição, em Janeiro de 1180, caiu nas mãos do papa ALEXANDRE III que o mandou para o exílio num convento.
LÚCIO III - Papa
Papa nos anos 1181 até 1185
CLXVIII Papa
SÍNTESE
Nasceu em Lucca - Itália.
HISTÓRIA
Passado algum tempo, surgiu um novo levantamento popular reclamando direitos. Sitia Túsculo e invade localidades da Campânia, pertencentes à santa Sé, pelo que o papa pede auxilio a CRISTIANO DE MOGÚNCIA.
A situação acalmou, mas em Abril de 1184, recomeçaram as lutas por todo o Lácio, com os revoltosos a cometerem barbaridades contra o clero, o que levou LÚCIO III a refugiar-se em Verona onde se encontrava o Imperador. Aí, preside a uma assembleia onde se publica uma célebre constituição contra os hereges, determinando o modo como seriam tratados os simplesmente suspeitos, os relapsos e os contumazes. Os contumazes, se persistissem, deviam ser entregues ao «braço secular» (poder civil) para sanções previstas no Código Civil, pelo que alguns historiadores entendem que se deu nesta decisão o começo da Inquisição.
As disposições da constituição visavam, sobretudo os Cátaros, que se espalharam pela Europa pelos séculos XI e XII principalmente no Sul de França, na cidade de Albi, pelo que ficaram também conhecidos por Albigenses.
Estes hereges defendiam a metempsicose e daí a proibição de se matarem animais, eram contrários à organização familiar e às relações sexuais, praticavam a comunhão de bens e valiam-se da música religiosa, por meio de hinos, para captar a adesão dos simples e dos ignorantes. Acusaram-nos de cometerem crimes e praticarem horrores e já tinham sido anatematizados no Concílio de Latrão III, que exortara os principes cristãos a reprimi-los e a silenciá-los.
LÚCIO III condenou igualmente os Valdenses, seita fundada em 1176, por PEDRO VALDES, em Lyon , no Sul de França, mas estes desprezaram a condenação de LÚCIO III e espalharam-se por diversos países, sobretudo pelo Norte de Itália e só mais tarde, quando eclodiu a reforma luterana, expulsos de França e Espanha, aderiram ao protestantismo e, de modo especial, ao Calvinismo..
O entendimento entre LÚCIO III e FREDERICO I, o Barba Roxa toldou-se com a disputa pelos bens da falecida Condessa MATILDE que, ao refugiar-se em Roma, os legou à Santa Sé, e que o imperador se recusava a ceder, defendendo os seus pretensos direitos. Por sua vez, o Papa recusava-se a confirma os prelados promovidos durante o Cisma, porque isso ia contra o estabelecido no III Concílio de Latrão.
Não conseguindo convencer o intransigente papa, o Imperador retira-.se para a Alemanha e LÚCIO III falece pouco depois, em Verona, sendo sepultado na catedral essa cidade.
URBANO III - Papa
Papa desde o ano 1185.até ao ano 1187
CLXIX Papa
SÍNTESE
Nasceu em Milão, em 1120.
HISTÓRIA
As relações com FREDERICO I, o Barba Roxa estavam muito tensas, tanto mais que o Imperador na sua incursão a Itália lhe matara e desterrara vários familiares.
URBANO III escreve-lhe a lamentar-se porque o Imperador usurpara os direitos e haveres dos bispos, dispunha dos mosteiros e entregava a leigos, seus apaniguados, os direitos das igrejas, impedia que as eleições episcopais se realizassem em liberdade e cometia ingerências inadmissíveis no campo eclesiástico. O imperador não faz caso do pedido e impede que o Papa comunique com os bispos alemães, enquanto seu filho, HENRIQUE saqueia os Estados da Igreja, maltratando o clero.
URBANO III pensou na excomunhão do imperador, mas desistiu com receio de represálias.
A 1 de Outubro de 1187, o sultão SALADINO à frente de tropas egípcias e sírias, conquista Jerusalém aos cristãos, que não tiveram auxilio dos príncipes da Cristandade.
Pouco depois URBANO III faleceu em Ferrara, ficando sepultado na sua catedral.
Este Papa nunca pisou o solo da cidade de Roma durante no seu episcopado
GREGÓRIO VIII - Papa
Papa em 1187
CLXX Papa
SÍNTESE
Nasceu em Benevento - Itália, em 1100. Chamava-se ALBERTO DI MORRA. Era cardeal, ordenado ADRIANO IV, chanceler da Igreja romana desde 1178, jurista e mestre dos Estudos Superiores de Bolonha. Foi legado pontifício em diversos países. Morreu em Pisa, em 17 de Dezembro de 1187.
HISTÓRIA
No dia seguinte à morte de URBANO III, em 21 de Outubro de 1187, os cardeais elegeram, sem perda de tempo, como seu sucessor, ALBERTO DI MORRA (também conhecido por ALBERTO BENEVENTO) que tomou o nome de GREGÓRIO VIII.
Foi um pontificado de apenas dois meses, cujas decretais por ele assinadas revelam o empenho que punha na reforma do clero.
Como pensava organizar uma Cruzada, a terceira, para reconquistar Jerusalém, dirigiu-se a Pisa para se reconciliar com a cidade de Génova, indispensável para bos seus intentos, mas a morte surpreendeu-o em Pisa.,
Rejeitado pelos Romanos, também este papa nunca viveu em Roma.
Foi um pontificado de apenas dois meses, cujas decretais por ele assinadas revelam o empenho que punha na reforma do clero.
Como pensava organizar uma Cruzada, a terceira, para reconquistar Jerusalém, dirigiu-se a Pisa para se reconciliar com a cidade de Génova, indispensável para bos seus intentos, mas a morte surpreendeu-o em Pisa.,
Rejeitado pelos Romanos, também este papa nunca viveu em Roma.
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Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto
Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.
Textos recolhidos
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In
O Papado - 2000 Anos de História
Ed. Círculo de Leitores - 2009
e
sites: Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, e outros
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