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Abril-2018
Nº 3 4 9 9
Série - 2018 - (nº 1 5 9)
8 de JUNHO de 2018
SANTOS DE CADA DIA
11º A N O
LOUVADO SEJA PARA SEMPRE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
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Todos os Católicos com verdadeira Fé,
deverão Comemorar e Lembrar
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos
deverão Comemorar e Lembrar
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos
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MARIA DO DIVINO CORAÇÃO
(Maria Droste Zu Vischering), BEATA
(Maria Droste Zu Vischering), BEATA
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
No dia 1 de Novembro de 1975, o papa PAULO VI inscreveu mais um nome no Catálogo dos Bem-aventurados: o de MARIA DROSTE ZU VISCHERING, que em religião dse chamou Irmã do MARIA DO DIVINO CORAÇÃO.
As canonizações e beatificações dos homens e mulheres que viveram heroicamente a sua fé e irradiaram no seio da Igreja o amor de Deus na extraordinária vivência dos carismas do espírito, próprios de cada um deles, têm-se multiplicado nos últimos tempos, a ponto de algumas delas nos passarem talvez despercebidas. esta multiplicidade é na Igreja vivo testemunho da infalível assistência de Cristo, que nestes dias tão conturbados pelo ódio e pelas paixões humanas, desperta nelas almas tão ardentes e outras na prática heroica de todas as virtudes cristãs.
Mas a beatificação da Irmã MARIA DO DIVINO CORAÇÃO, lídima glória da tão benemérita Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, alemã por nascimento e portuguesa pelo coração, tem para Portugal especial significado. A Portugal dedicou ela, por chamamento divino, o melhor da sua curta vida. Viveu palpitantemente as alegrias e angústias da Igreja na nossa terra, num período bem agitado da sua história , nos últimos anos do século XIX. Toda a sua espiritualidade, máscula e terna, altamente mística e profundamente humana ao mesmo tempo, hauriu-a ela no Coração de Jesus.
A Devoção ao Coração de Jesus
Coração designa o que á de mais íntimo e profundo no ser humano; a essência do mesmo ser. Quando o Senhor Se nos mostra ostentando no peito o Coração abrasado em chamas, quer fazer-nos sentir ao vivo a palavra de São JOÃO «Deus é Amor» (I Jo, 4., 16), e Jesus é a encarnação sensível desse amor; quer fazer-nos entrar pelos sentidos que toda a vitalidade, todo o dinamismo do seu ser humano radica no seu Coração todo amor; tudo n'Ele foi inspirado pelo amor infinito para com o pai e para com os homens, seus irmãos. Quer mostrar-nos também que as nossas relações e toda a nossa actividade humana só podem ter valor aos seus olhos se irromperem dum coração que ame.
A Beata MARIA DROSTE bebeu esta devoção com o leite materno. Já seus pais profundamente cristãos, a viviam intensamente, e souberam-na comunicar aos seus filhos e familiares.Foi numa vida de felicidade, de pureza e austeridade que ela se preparou para a mais íntima e mística união esponsal com o Coração de Jesus. Numa manhã, festa do Coração de Jesus, na capela do solar de Darfeld, diante da estátua que lhe era tão querida, depois de comungar, ouviu distintamente «aquela voz interior que eu não conhecia ainda, mas que hoje me é tão familiar: "Tu serás a esposa do meu Coração". Não posso dizer o que senti naquele momento. Sednti-.me consternada, aniquilada, confundida e ao mesmo tempo inundada nas ondas do seu amor. Que felizes momentos! Esposa do seu coração!... eu tão pobre e miserável!... A partir deste momento eu já não podia pensar senão no Coração de Jesus como meu esposo... Que intimidade entre nós! Vivia com Ele, e, dizia-lhe tudo, e Ele era sempre cheio de misericórdia e de bondade para comigo».
Consagração
A perfeita caridade traduz-se pela entrega total da pessoa ao Coração de Jesus - a consagração.
Fomos consagrados pelo Baptismo. Consagração é a realização e exigência do nosso Baptismo, mas aquilo que nos foi dado ontologicamente no Baptismo tem de se ir desenvolvendo, com o avivar da consciência e o esforço pessoal pela vida forA.
A consagração ao Sagrado Coração é precisamente esta tomada de consciência da realidade cristã no ponto central da nossa pertença pessoal, por amor a Jesus. A devoção ao seu Coração Divino faz-nos descobrir as raízes mesmas do culto cristão, faz-nos cair na conta do que é a propria essência do Cristianismo. (..)
(...)
Reparação
(...)
Consagração do mundo ao Sagrado Coração
(...)
De Munster até ao Porto
(...)
Ermesinde
.....
NOTA: Por manifesta falta de tempo e avaria no meu computador, não me foi possível transcrever todo o texto relativo à "biografia" da Irmã do DIVINO CORAÇÃO, motivo porque solicito a vossa compreensão. Quem estiver interessado poderá recorrer à leitura do livro SANTOS DE CADA DIA. Obrigado e desculpem. AF.
NOVE IRMÃS GÉMEAS - MARINHA, VITÓRIA, GENEBRA, LIBERATA (ou VILGEFORTE), EUFÉMIA, MARCIANA, BASILICA, GERMANA e QUITÉRIA, Santas
No dia 1 de Novembro de 1975, o papa PAULO VI inscreveu mais um nome no Catálogo dos Bem-aventurados: o de MARIA DROSTE ZU VISCHERING, que em religião dse chamou Irmã do MARIA DO DIVINO CORAÇÃO.
As canonizações e beatificações dos homens e mulheres que viveram heroicamente a sua fé e irradiaram no seio da Igreja o amor de Deus na extraordinária vivência dos carismas do espírito, próprios de cada um deles, têm-se multiplicado nos últimos tempos, a ponto de algumas delas nos passarem talvez despercebidas. esta multiplicidade é na Igreja vivo testemunho da infalível assistência de Cristo, que nestes dias tão conturbados pelo ódio e pelas paixões humanas, desperta nelas almas tão ardentes e outras na prática heroica de todas as virtudes cristãs.
Mas a beatificação da Irmã MARIA DO DIVINO CORAÇÃO, lídima glória da tão benemérita Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, alemã por nascimento e portuguesa pelo coração, tem para Portugal especial significado. A Portugal dedicou ela, por chamamento divino, o melhor da sua curta vida. Viveu palpitantemente as alegrias e angústias da Igreja na nossa terra, num período bem agitado da sua história , nos últimos anos do século XIX. Toda a sua espiritualidade, máscula e terna, altamente mística e profundamente humana ao mesmo tempo, hauriu-a ela no Coração de Jesus.
A Devoção ao Coração de Jesus
Coração designa o que á de mais íntimo e profundo no ser humano; a essência do mesmo ser. Quando o Senhor Se nos mostra ostentando no peito o Coração abrasado em chamas, quer fazer-nos sentir ao vivo a palavra de São JOÃO «Deus é Amor» (I Jo, 4., 16), e Jesus é a encarnação sensível desse amor; quer fazer-nos entrar pelos sentidos que toda a vitalidade, todo o dinamismo do seu ser humano radica no seu Coração todo amor; tudo n'Ele foi inspirado pelo amor infinito para com o pai e para com os homens, seus irmãos. Quer mostrar-nos também que as nossas relações e toda a nossa actividade humana só podem ter valor aos seus olhos se irromperem dum coração que ame.
A Beata MARIA DROSTE bebeu esta devoção com o leite materno. Já seus pais profundamente cristãos, a viviam intensamente, e souberam-na comunicar aos seus filhos e familiares.Foi numa vida de felicidade, de pureza e austeridade que ela se preparou para a mais íntima e mística união esponsal com o Coração de Jesus. Numa manhã, festa do Coração de Jesus, na capela do solar de Darfeld, diante da estátua que lhe era tão querida, depois de comungar, ouviu distintamente «aquela voz interior que eu não conhecia ainda, mas que hoje me é tão familiar: "Tu serás a esposa do meu Coração". Não posso dizer o que senti naquele momento. Sednti-.me consternada, aniquilada, confundida e ao mesmo tempo inundada nas ondas do seu amor. Que felizes momentos! Esposa do seu coração!... eu tão pobre e miserável!... A partir deste momento eu já não podia pensar senão no Coração de Jesus como meu esposo... Que intimidade entre nós! Vivia com Ele, e, dizia-lhe tudo, e Ele era sempre cheio de misericórdia e de bondade para comigo».
Consagração
A perfeita caridade traduz-se pela entrega total da pessoa ao Coração de Jesus - a consagração.
Fomos consagrados pelo Baptismo. Consagração é a realização e exigência do nosso Baptismo, mas aquilo que nos foi dado ontologicamente no Baptismo tem de se ir desenvolvendo, com o avivar da consciência e o esforço pessoal pela vida forA.
A consagração ao Sagrado Coração é precisamente esta tomada de consciência da realidade cristã no ponto central da nossa pertença pessoal, por amor a Jesus. A devoção ao seu Coração Divino faz-nos descobrir as raízes mesmas do culto cristão, faz-nos cair na conta do que é a propria essência do Cristianismo. (..)
(...)
Reparação
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Consagração do mundo ao Sagrado Coração
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De Munster até ao Porto
(...)
Ermesinde
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NOTA: Por manifesta falta de tempo e avaria no meu computador, não me foi possível transcrever todo o texto relativo à "biografia" da Irmã do DIVINO CORAÇÃO, motivo porque solicito a vossa compreensão. Quem estiver interessado poderá recorrer à leitura do livro SANTOS DE CADA DIA. Obrigado e desculpem. AF.
NOVE IRMÃS GÉMEAS - MARINHA, VITÓRIA, GENEBRA, LIBERATA (ou VILGEFORTE), EUFÉMIA, MARCIANA, BASILICA, GERMANA e QUITÉRIA, Santas
Celebrando-se hoje na arquidiocese de Braga a memória facultativa de Santa QUITÉRIA, transferimos para este dia a «notícia» geral que traz sobre as Nove Irmãs gémeas o «Ano Cristão» do Padre Croiset (tradução do Padre Matos Soares), no dia 18 de Julho sob o título «Santa MARINHA, Virgem e Mártir».
Damos, tirando-a da mesma obra, a «notícia» sobre Santa QUITÉRIA, que pertence a 8 de Junho.
O mesmo «Ano Cristão», no dia 16 de Agosto, acrescenta que as reliquias de Santa EUFÉMIA, uma das nove Irmãs, se encontram na cidade de Orense desde metade do século XII; e diz ainda a 20 de Julho, que neste dia se comemorava Santa LIBERATA ou VILGEFORTE.
1) Santa MARINHA, Virgem e Mártir e 8 irmãs
Nenhum documento existe como valor histórico sobre a vida desta santa. O Martirológio Romano faz comemoração dela neste dia (18/7), dizendo que foi martirizada na Galiza. Os Bolandistas dizem que foi martirizada junto de Orense.
Não queremos privar os leitores duma das mais interessantes criações da imaginação popular sobre hagiografia. refere-se ela ao nascimento e vida de nove Irmãs, uma das quais era MARINHA. Reproduzimos o que em 1722 publicou o monge beneditino de Pombeiro, Frei BENTO DE ASCENSÃO.
«Pelos anos da era de Cristo, 120, nasceu Santa QUITÉRIA na cidade de Braga. Seu pai, Lúcio Caio Atílio Severo, era Régulo duma das muitas províncias, em que nesse tempo estava dividido pelo Império Romano, a qual se compunha de parte da antiga Lusitânia e de parte da Galiza. Residia este na cidade de Braga. Era casado com D. Cálcia Lúcia, ambos de familias muito ilustres, porém idólatras e gentias».
O Altíssimo, por um milagre da sua Providência, permitiu que Cálcia, depois de ser estéril por muitos anos, concebesse e trouxesse reclusas em seu ventre nove meninas contra a ordem comum dos partos. Completos os nove meses, Cálcia (na ocasião em que seu marido estava ausente, fazendo corte ao Imperador Adriano, que andava viajando pela península) deu à luz as Nove meninas, que nasceram tão perfeitas como esposas que haviam de ser do Cordeiro Imaculado.
Vendo-se Cálcia mãe de 9 filhas, dadas à luz num só parto, dominada pela superstição, ou pelos prejuízos terríveis daqueles tempos, concebeu um projecto que só as fúrias infernais a quem adorava lho podiam inspirar; por isso, que causa horror até às mesmas feras. para se subtrair às sátiras do mundo e à indignação de seu marido, Cálcia concebe a infernal resolução de mandar afogar as meninas, sem exceptuar nenhuma.
Comunica o seu execrando projecto à única pessoa que lhe tinha assistido ao parto, a Cita, devota donzela e cristã oculta, e, depois de a obrigar a guardar o mais rigoroso segredo, ordena-lhe que faça primeiro divulgar a notícia de que ela tivera infeliz sucesso no parto, e que, depois de a familia estar recolhida, aproveitando-se do escuro da noite, saísse do paço e fosse mergulhar as 9 meninas num dos poços do rio Este, que corre nos subúrbios de Braga.
Querendo, pois, e determinando a desumana mãe que morressem as inocentes filhas, o misericordioso Deus, que pela sua grande clemência costuma, muitas vezes, de grandes males tirar grandes bens, inspirou no coração da virtuosa Cita o desejo de salvar a vida do corpo, e dar a vida às almas de tão belas e formosas meninas, e tendo oportunidade para pôr em execução o seu piedoso intento, ajudada da Divina Providência, foi levar as meninas a Santo OVÍDIO, arcebispo de Braga (ver dia 3 de Junho), o qual, administrando-lhes o Sacramento do Baptismo, lhes pôs os seguintes nomes: GENEBRA, VITÓRIA, EUFÉMIA, MARINHA, MAREJANA (depois MARCIANA), GERMANA, BASÍLICA, QUITÉRIA e LIBERATA ou VILGEFORTE, como outros lhe chamam.
Depois que as santas meninas foram regeneradas na sagrada fonte do baptismo, a compassiva Cita procurou nos arrabaldes de Braga amas cristãs para as criarem e educarem na lei e religião de Cristo, incumbindo-se o santo Arcebispo de satisfazer toda a despesa. Cada uma destas amas procurava em religiosa emulação cumprir com os seus deveres, tanto pelo que respeitava ao alimento do corpo, como ao desenvolvimento do espírito.
A religiosa educação, que as nove meninas receberam na sua infância, produziu um tão grande domínio em seus corações que, em todo o decurso da vida e até ao fim dela, sempre puseram em prática as santas virtudes, e calcaram aos pés as grandezas e vaidades do mundo, só com o fim de lucrarem a Jesus Cristo.
A sua vida virtuosa e quase angélica era admirada nos subúrbios de Braga, e por todos os arredores se falava das raras virtudes e singular perfeição das nove meninas.Chegando ao conhecimento destas angélicas meninas o perigo a que tinham estado expostas, quem eram, e qual fora o seu admirável nascimento e a bárbara determinação de sua ímpia mãe, de entregá-las à morte em tempo que apenas entravam na vida, do modo como Deus, pela sua Divina Providência, as livrara da morte, não só do corpo mas também da alma, por meio do sagrado baptismo, em agradecimento de tão grandes beneficios, resolveram estas gloriosas virgens, estas santas irmãs, deixar de todo o mundo e habitar juntas
na mesma casa, como em clausura, para assim melhor servirem e agradecerem a Deus, resistirem com maior fortaleza aos seus inimigos, e crescerem mais na virtude e na castidade com o exemplo umas das outras.
Obtida a aprovação e o consentimento do Santo Arcebispo OVÍDIO a quem respeitavam e obedeciam, como seu mestre, director e pai, viveram alguns anos, estas amantes esposas de Jesus Cristo, nos arrabaldes da cidade de Braga, recolhidas em sua casa, como num convento, entregando-se ao exercicio de todas as virtudes, sendo a vida de cada uma um raro espelho de santidade, para todos os cristãos daquela terra, não se falando, por todos aqueles arredores , noutra coisa, senão na santa vida, que aquelas tenras e delicadas donzelas passavam naquele retiro. Todos se admiravam de que - entre tanta formosura, prudência e outros dons de natureza - houvesse tanta virtude, tanto recolhimento, resguardo e cautela.
Abrasadas estas santas meninas no fogo do amor divino, cada qual de per si, e umas na presença das outras, fizeram todas voto de castidade, consagrando a sua virginal pureza àquele Soberano Senhor que as fizera nascer dum tão milagroso parto, e depois de nascidas as livrara da morte, que sua mãe lhes mandara dar, criando-as e sustentando-as até ali, com providência tão particular. Fechando pois os olhos ao mundo, e empregando-se só em seu Divino Esposo Lhe sacrificaram as suas almas e juntamente com elas os seus corpos, vivendo , naquela tenra idade, estas esposas de Jesus Cristo, santas nos costumes , puras nos corpos e abrasadas nas almas com as chamas da caridade e com o fogo do Amor Divino.
Esta foi a criação e a virtuosa vida destas nove Irmãs, nos arrabaldes de Braga, onde viveram nove ou dez anos, e com tanta perfeição, como se já estivessem no céu, imitando os anjos na pureza, os querubins no fervor e os serafins no amor, e finalmente todas cheias de fervorosos desejos e passaram a gozar da presença do seu Divino Esposo, por meio da ilustre palma do martirio , e para o conseguirem dirigiam ao céu fervorosas súplicas. estas foram atendidas e os seus desejos satisfeitos.
Foi por esta ocasião que se levantou uma cruel e terrível perseguição, renovando-se o cruel édito já principiado por Nero, cujo fim era extinguir totalmente do mundo o adorável Nome de Jesus Cristo. Em Braga e mais terras sujeitas ao Império Romano, publicou-se solenemente, mandando-se nele com pena de morte, que se adorassem os ídolos e extinguisse o Cristianismo. Logo que este decreto chegou às mãos do Régulo de Braga, mandou-o publicar em todas as cidades do seu dominio, enviando ministros para diferentes terras, com ordens terminantes para obrigarem os fiéis a adorarem os falsos ídolos, e quando eles não quisessem, fossem conduzidos à sua presença, para lhes serem aplicados os castigos.
Espalhando-se os infernais ministros da justiça pelos arrabaldes e becos de Braga, diriam-se à casa onde viviam as nove irmãs, e encontrando esta santa comunidade de virgens, certificados de que elas eram cristãs, levaram-nas presas à presença do Régulo Bracarense que então estava na antiga cidade de Tide, situada na margem esquerda do Rio Minho, a pequena distância de Valença.
Com muita alegria caminhavam as santas meninas ansiosas por serem apresentadas no tribunal, para serem julgadas e sentenciadas pelo Régulo, seu pai. Este, apesar de ainda não as reconhecer por suas filhas, ficou logo muito impressionado com a modéstia, humildade e rara formosura das nove donzelas, e tratando-as com brandura e afabilidade lhes fez diferentes perguntas relativas à sua pátria, pais e religião que professavam, e se estavam dispostas a dar cumprimento ao que mandavam os imperadores, adorando os deuses imortais, conservadores do seu império.
Santa GENEBRA tomou a palavra e respondeu em nome de todas:
"A nossa pátria, senhor, é a cidade de Braga; se desejais saber donde descendemos, podeis acreditar que em nossas veias circula o sangue da principal nobreza desta provincia; pois que todas somos tuas filhas e de Cálcia, tua consorte...
Enquanto à religião que professamos, sabe que todas adoramos Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, com quem nos desposámos pelo Baptismo; e que todas estamos resolvidas e prontas a dar o sangue das próprias veias pela confissão do seu santo Nome, ainda que à custa dos maiores tormentos».
Contou-lhe em seguida as circunstâncias do seu nascimento, e o modo como escaparam à morte, a que a mãe as condenbara. Fê-lo ciente da sua criação, dos seus propósitos e da resolução em que todas perseveraram firmes, e concluiu dizendo:;
«Aqui estamos na tua presença; dispõe de nós como melhor te parecer».
E tanto ela como as irmãs ficaram com uma aprazível e celeste serenidade.
Não há termos com que se possa explicar a impressão que esta notícia produziu no coração do Régulo Bracarense. Recorda-se de algumas coisas passadas, que o movem a acreditar no que ouvira... Atílio muda de cor por diferentes vezes... Não pode encobrir a inquietação que sente dentro do peito... Suspende logo o acto judicial e manda retirar os ministros, ficando só com as meninas e com Cita , que as acompanhara. Tira-lhes dos pulsos as algemas e conduzindo-as ao interior do palácio, chama Cálcia, sua mulher, e conta-lhe tudo o que ouvira a GENEBRA. Cálcia fica cheia de confusão e de medo, e ainda mais, quando ouve da boca de Cita, o modo como conservara a vida do corpo, e dera vida ás almas daquelas inocentes... Cálcia não se atreve a negar, antes confessa como tudo tinha sucedido.
Logo que foram reconhecidas como filhas, tanto o pai como a mãe soltaram as rédeas aos afectos naturais... Abraçam, uma por uma, as ternas meninas, cobrem-nas de beijos, empregam toda a autoridade e arte para as persuadir que, abjurando o Cristianismo, adorassem os ídolos... Ponderou-lhes a alta qualidade dos seus ascendentes, a abundância das riquezas, o amor e o desvelo com que procurariam, para cada uma, dignos esposos, com quem pudessem gozar, contentes, das prosperidades e bens do mundo. Porém as nove meninas, com uma firmeza e constância inabalável, desprezaram todas as promessas, e permaneceram firmes na sua resolução.
Vendo o Régulo frustrados todos os esforços que o amor de pai e a fé de idólatra lhe subministraram a fim de apartar as filhas da religião cristã, que tinham bebido com o leite, encheu-se de indignação, e parecendo-lhe que acabariam com ameaças, o que não podiam as caricias paternais, começou a prometer martirios, jurando pelos seus deuses que lhes tirariam a vida, à força dos tormentos mais esquisitos, se desprezassem as suas determinações e ss não se resolvessem de pronto a oferecer sacrificios aos deuses do império.
Serenou Cálcia estas furiosas iras de Atílio, e conseguiu dele, a poder de rogos, que se lhes desse algum tempo para considerarem aquilo que deviam escolher, esperando que, como meninas, tomariam outra resolução, depois de serem reconhecidas por suas filhas, e destinadas para esposas de alguns mancebos nobres, formosos e ricos, e de comum acordo as deixaram sós, encerradas em um dos salões do seu palácio.
Depois que seus pais se retiraram , as nove meninas, prostradas ante a presença do Altíssimo, Lhe suplicaram com toda a candura de suas almas angélicas, que lhes inspirassem o modo como haviam de dirigir os seus passos no caminho da vida , e lhes desse constância e fortaleza, para nunca anuirem a tão detestáveis proposições: nem temerem a morte, que por instantes as esperava. As suas preces foram prontamente ouvidas e as fervorosas súplicas favoravelmente despachadas. Lá por entre a escuridão da noite, uma brilhante claridade vem iluminar aquela prisão; desce um anjo do Senhor , que vem confortar as suas fiéis esposas naquela tribulação, e, depois de lhes fazer conhecer o perigo, em que estão, de apostatar da religião santa, lhes intima da parte de Deus a ordem de fugirem , quanto antes, daquela casa, e de seguir cada uma a direcção que o Senhor lhe inspirar.
O mesmo anjo, que lhes intimou a ordem do céu, lhes facilitou a saída do palácio, sem que alguém desse fé da ausência delas. Caminharam todas juntas por algum tempo, por entre as trevas e silêncio da noite, até que assentaram entre si -umas das outras, e antes de darem mutuamente o abraço de despedida, Santa LIBERATA (ou VILGEFORTE), levantando as mãos e os olhos ao céu, proferiu a seguinte súplica:
«Senhor meu, Jesus Cristo, que permitistes nascêssemos todas num dia, e livrando-nos do trânsito da morte, nos destes nova vida de graça , pedimo-Vos Senhor, pela vossa divina misericórdia, e pelo eterno e incomparavel amor com que nos amastes, sejais, meu Deus, servido levar-nos todas ao descanso eterno, e não consintais, meu bom Jesus, que se apartem do caminho da glória aquelas que tão unidas foram enquanto viveram na terra».
Todas com o mesmo espírito e com a mesma fé responderam: Amen.
Deram os últimos abraços umas às outras, em sinal de reciproco amor, e como quem se despedia para se não tornar a ver na vida mortal, se despediram as angélicas meninas, dirigindo-se cada uma para onde o Divino Esposo a encaminhou, e apesar dos esforços empregados pelo pai e pelos domésticos e vizinhos, que foram logo em procura delas, apenas puderam apanhar Santa QUITÉRIA, com algumas pessoas que a acompanhavam; todas as mais conseguiram evadir-se para diferentes terras.
Santa MARINHA
Foi encaminhada pelo Divino Espírito para a Galiza. Aí, depois de ter servido a uma lavradeira, perto da cidade de Orense, foi depois perseguida por ser cristã. Primeiramente açoutaram-na até lhe dilacerarem as carnes. Em seguida foi descarnada com pentes de ferro. Depois encarcerada numa escura masmorra, sendo aí visitada e curada por um anjo. Queimaram-lhe depois as costas e os peitos com ferros em brasa, e prendendo-a de pés e mãos lançaram-na num tanque de água, de onde saindo miraculosamente livre, foi metida numa fornalha embravecida com chamas, as quais, separando-se para os lados, nem sequer a tocarem levemente. Foi por isso degolada em Águas Santas, perto da cidade de Orense, na Galiza, onde El-rei Dom Afonso o Magno., mandou edificar uma igreja dedicada ao seu culto.
Santa VITÓRIA
Esta santa foi martirizada na cidade de Córdova, Espanha, com tormentos esquisitos.passou pelo fogo, pela roda de navalhas e, por fim morreu crivada de setas no ano de 138, tendo apenas 16 anos de idade.
Santa GENEBRA
Esta Santa padeceu pelo Divino Redentor e foi martirizada no ano 130. Diz-se que o seu martirio fora na antiquissima cidade de Tide e que esta extinta cidade existiu perto de Valença do Minho e fora capital de entre Lima e Minho. Nada se sabe do seu martirio.
Santa LIBERATA ou VILGEFORTE
Esta santa retirou-se para o deserto e padeceu o martirio da cruz, uns dizem que em Miragaia - Porto, outros que em castelo Branco, e o padre CARDOSO, no seu Dicionário Geográfico, diz que fora em Águas Santas - uma légua para o norte da cidade do Porto (... na Maia...) , no sitio onde rebentou uma fonte chamada Santa ,pelos efeitos milagrosos com que eram beneficiados os doentes que a ela concorriam.
Santa EUFÉMIA
Retirou-se para a serra do Gerês, onde viveu dois anos. Depois, sendo perseguida por causa de Cristo, foi presa. açoutada e em seguida encerrada num cárcere e aí milagrosamente curada por um anjo. Depois, pendurada pelos cabelos numa figueira. Em seguida, precipitada duma alta penedia na mesma serra, e por fim degolada. As suas preciosas reliquias conservam-se na Sé de Orense.
Santa MARCIANA ou MARJERANA
Diz-se que esta Santa padecera o martirio na cidade de Toledo - Espanha, no ano de 155.
Santa BASILICA
São três as opiniões dos autores sobre o lugar do martirio esta santa. Uns afirmam que padecera em Sirmo, antiga cidade da Betisa; outros, que fora martirizada na Síria; e Cerqueira Pinto é de opinião que esta Santa padecera o martirio com algumas das irmãs , em Águas Santas, junto ao Porto.
Santa GERMANA
Uns dizem que esta santa fora, martirizada em África e outros em Águas Santas - Maia. nada se sabe, de concreto, a tal respeito.
Santa QUITÉRIA
Foi martirizada no Monte Pombeiro, junto de Margaride - Felgueiras..
2) Santa QUITÉRIA, virgem e mártir
«Santa QUITÉRIA nasceu em Braga. Seu pai era pagão; por isso empregava todos os esforços para a afastar da religião cristã. Umas vezes eram caricias, outras ameaças. Tudo, porém, foi baldado.
A jovem QUITÉRIA não podendo suportar por mais tempo os maus tratos de seu crudelíssimo pai, fugiu de casa, em direcção a uma montanha próxima, onde por muito tempo levou uma vida toda angélica, entregando-se à contemplação.
Mereceu de Deus a graça de andar sempre visivelmente acompanhada do seu anjo custódio, com quem frequentemente falava. Além disso, tinha colóquios não menos frequentes com outros Anjos.
Nesta feliz vida lhe ia decorrendo a existência, até que finalmente , um anjo lhe anunciou a aproximação do tempo suspirado em que emigraria para o Esposo. Exultando com a mensagem QUITÉRIA abandonou a montanha , asilo abençoado onde escapou às tempestades do século e, voltando à casa paterna, encontrou dois nobilissimos jovens que pretendiam a sua mão.
A santa menina, que tinha já consagrado a sua virgindade ao esposo celeste, Jesus, recusou-se a tal. Por isso, mandada carregar de cadeias por seu cruel p+ai, foi empurrada para uma enxovia.
Mas eis que um anjo desce a confortá-la e, enquanto mutuamente se recreiam em suavissimos colóquios, uma luz celeste e penetrante banha o cárcere. Era a Virgem Mãe que , cortejada por níveos coros de virgens e radiante multidão de espíritos angélicos, trazia um vaso de aromáticos perfumes, derramando-os abundantemente sobre QUITÉRIA. Ofereceu-lhe, além disso, uma cruz e um anel, significando aquela a vit´~poria que dentro em breve ganharia sobre os inimigos, este os desposórios espirituais com Jesus. E Nossa Senhora desapareceu. Então o anjo manda-a sair do cárcere e oferece-se simultaneamente para a acompanhar ao monte Columbário (Pombeiro) lugar que o Senhor destinara para teatro do seu martirio.
Saiu QUITÉRIA e dirigiu-se para lá (monte Pombeiro onde já tinha estado antes). No cume do mesmo monte havia uma capelinha dedicada ao Principe dos Apóstolos (São PEDRO). Aí QUITÉRIA juntamente com outras virgens , entregou-se à oração e aos jejuns, dispondo-se desta forma para receber a coroa do martirio.
Mas Atílio, seu pai e Germano um dos jovens pretendentes à sua mão, vendo-se iludidos pela fuga da virgem, enviaram ser vos a procurá-la, com ordens para, caso a encontrassem, lhe aconselharem o regresso à casa paterna e o casamento. Após muitas pesquisas, QUITÉRIA foi encontrada . Seu pai, ardendo de ira, mandou-a decapitar por um tal Dumas, apóstada. O renegado trespassou com inúmeros golpes o corpo virginal de QUITÉRIA. O seu corpo foi sepultado pelos cristãos na capela de São Pedro, já atrás citada.
AMBRÓSIO FERNANDES, Beato
Nenhum documento existe como valor histórico sobre a vida desta santa. O Martirológio Romano faz comemoração dela neste dia (18/7), dizendo que foi martirizada na Galiza. Os Bolandistas dizem que foi martirizada junto de Orense.
Não queremos privar os leitores duma das mais interessantes criações da imaginação popular sobre hagiografia. refere-se ela ao nascimento e vida de nove Irmãs, uma das quais era MARINHA. Reproduzimos o que em 1722 publicou o monge beneditino de Pombeiro, Frei BENTO DE ASCENSÃO.
«Pelos anos da era de Cristo, 120, nasceu Santa QUITÉRIA na cidade de Braga. Seu pai, Lúcio Caio Atílio Severo, era Régulo duma das muitas províncias, em que nesse tempo estava dividido pelo Império Romano, a qual se compunha de parte da antiga Lusitânia e de parte da Galiza. Residia este na cidade de Braga. Era casado com D. Cálcia Lúcia, ambos de familias muito ilustres, porém idólatras e gentias».
O Altíssimo, por um milagre da sua Providência, permitiu que Cálcia, depois de ser estéril por muitos anos, concebesse e trouxesse reclusas em seu ventre nove meninas contra a ordem comum dos partos. Completos os nove meses, Cálcia (na ocasião em que seu marido estava ausente, fazendo corte ao Imperador Adriano, que andava viajando pela península) deu à luz as Nove meninas, que nasceram tão perfeitas como esposas que haviam de ser do Cordeiro Imaculado.
Vendo-se Cálcia mãe de 9 filhas, dadas à luz num só parto, dominada pela superstição, ou pelos prejuízos terríveis daqueles tempos, concebeu um projecto que só as fúrias infernais a quem adorava lho podiam inspirar; por isso, que causa horror até às mesmas feras. para se subtrair às sátiras do mundo e à indignação de seu marido, Cálcia concebe a infernal resolução de mandar afogar as meninas, sem exceptuar nenhuma.
Comunica o seu execrando projecto à única pessoa que lhe tinha assistido ao parto, a Cita, devota donzela e cristã oculta, e, depois de a obrigar a guardar o mais rigoroso segredo, ordena-lhe que faça primeiro divulgar a notícia de que ela tivera infeliz sucesso no parto, e que, depois de a familia estar recolhida, aproveitando-se do escuro da noite, saísse do paço e fosse mergulhar as 9 meninas num dos poços do rio Este, que corre nos subúrbios de Braga.
Querendo, pois, e determinando a desumana mãe que morressem as inocentes filhas, o misericordioso Deus, que pela sua grande clemência costuma, muitas vezes, de grandes males tirar grandes bens, inspirou no coração da virtuosa Cita o desejo de salvar a vida do corpo, e dar a vida às almas de tão belas e formosas meninas, e tendo oportunidade para pôr em execução o seu piedoso intento, ajudada da Divina Providência, foi levar as meninas a Santo OVÍDIO, arcebispo de Braga (ver dia 3 de Junho), o qual, administrando-lhes o Sacramento do Baptismo, lhes pôs os seguintes nomes: GENEBRA, VITÓRIA, EUFÉMIA, MARINHA, MAREJANA (depois MARCIANA), GERMANA, BASÍLICA, QUITÉRIA e LIBERATA ou VILGEFORTE, como outros lhe chamam.
Depois que as santas meninas foram regeneradas na sagrada fonte do baptismo, a compassiva Cita procurou nos arrabaldes de Braga amas cristãs para as criarem e educarem na lei e religião de Cristo, incumbindo-se o santo Arcebispo de satisfazer toda a despesa. Cada uma destas amas procurava em religiosa emulação cumprir com os seus deveres, tanto pelo que respeitava ao alimento do corpo, como ao desenvolvimento do espírito.
A religiosa educação, que as nove meninas receberam na sua infância, produziu um tão grande domínio em seus corações que, em todo o decurso da vida e até ao fim dela, sempre puseram em prática as santas virtudes, e calcaram aos pés as grandezas e vaidades do mundo, só com o fim de lucrarem a Jesus Cristo.
A sua vida virtuosa e quase angélica era admirada nos subúrbios de Braga, e por todos os arredores se falava das raras virtudes e singular perfeição das nove meninas.Chegando ao conhecimento destas angélicas meninas o perigo a que tinham estado expostas, quem eram, e qual fora o seu admirável nascimento e a bárbara determinação de sua ímpia mãe, de entregá-las à morte em tempo que apenas entravam na vida, do modo como Deus, pela sua Divina Providência, as livrara da morte, não só do corpo mas também da alma, por meio do sagrado baptismo, em agradecimento de tão grandes beneficios, resolveram estas gloriosas virgens, estas santas irmãs, deixar de todo o mundo e habitar juntas
na mesma casa, como em clausura, para assim melhor servirem e agradecerem a Deus, resistirem com maior fortaleza aos seus inimigos, e crescerem mais na virtude e na castidade com o exemplo umas das outras.
Obtida a aprovação e o consentimento do Santo Arcebispo OVÍDIO a quem respeitavam e obedeciam, como seu mestre, director e pai, viveram alguns anos, estas amantes esposas de Jesus Cristo, nos arrabaldes da cidade de Braga, recolhidas em sua casa, como num convento, entregando-se ao exercicio de todas as virtudes, sendo a vida de cada uma um raro espelho de santidade, para todos os cristãos daquela terra, não se falando, por todos aqueles arredores , noutra coisa, senão na santa vida, que aquelas tenras e delicadas donzelas passavam naquele retiro. Todos se admiravam de que - entre tanta formosura, prudência e outros dons de natureza - houvesse tanta virtude, tanto recolhimento, resguardo e cautela.
Abrasadas estas santas meninas no fogo do amor divino, cada qual de per si, e umas na presença das outras, fizeram todas voto de castidade, consagrando a sua virginal pureza àquele Soberano Senhor que as fizera nascer dum tão milagroso parto, e depois de nascidas as livrara da morte, que sua mãe lhes mandara dar, criando-as e sustentando-as até ali, com providência tão particular. Fechando pois os olhos ao mundo, e empregando-se só em seu Divino Esposo Lhe sacrificaram as suas almas e juntamente com elas os seus corpos, vivendo , naquela tenra idade, estas esposas de Jesus Cristo, santas nos costumes , puras nos corpos e abrasadas nas almas com as chamas da caridade e com o fogo do Amor Divino.
Esta foi a criação e a virtuosa vida destas nove Irmãs, nos arrabaldes de Braga, onde viveram nove ou dez anos, e com tanta perfeição, como se já estivessem no céu, imitando os anjos na pureza, os querubins no fervor e os serafins no amor, e finalmente todas cheias de fervorosos desejos e passaram a gozar da presença do seu Divino Esposo, por meio da ilustre palma do martirio , e para o conseguirem dirigiam ao céu fervorosas súplicas. estas foram atendidas e os seus desejos satisfeitos.
Foi por esta ocasião que se levantou uma cruel e terrível perseguição, renovando-se o cruel édito já principiado por Nero, cujo fim era extinguir totalmente do mundo o adorável Nome de Jesus Cristo. Em Braga e mais terras sujeitas ao Império Romano, publicou-se solenemente, mandando-se nele com pena de morte, que se adorassem os ídolos e extinguisse o Cristianismo. Logo que este decreto chegou às mãos do Régulo de Braga, mandou-o publicar em todas as cidades do seu dominio, enviando ministros para diferentes terras, com ordens terminantes para obrigarem os fiéis a adorarem os falsos ídolos, e quando eles não quisessem, fossem conduzidos à sua presença, para lhes serem aplicados os castigos.
Espalhando-se os infernais ministros da justiça pelos arrabaldes e becos de Braga, diriam-se à casa onde viviam as nove irmãs, e encontrando esta santa comunidade de virgens, certificados de que elas eram cristãs, levaram-nas presas à presença do Régulo Bracarense que então estava na antiga cidade de Tide, situada na margem esquerda do Rio Minho, a pequena distância de Valença.
Com muita alegria caminhavam as santas meninas ansiosas por serem apresentadas no tribunal, para serem julgadas e sentenciadas pelo Régulo, seu pai. Este, apesar de ainda não as reconhecer por suas filhas, ficou logo muito impressionado com a modéstia, humildade e rara formosura das nove donzelas, e tratando-as com brandura e afabilidade lhes fez diferentes perguntas relativas à sua pátria, pais e religião que professavam, e se estavam dispostas a dar cumprimento ao que mandavam os imperadores, adorando os deuses imortais, conservadores do seu império.
Santa GENEBRA tomou a palavra e respondeu em nome de todas:
"A nossa pátria, senhor, é a cidade de Braga; se desejais saber donde descendemos, podeis acreditar que em nossas veias circula o sangue da principal nobreza desta provincia; pois que todas somos tuas filhas e de Cálcia, tua consorte...
Enquanto à religião que professamos, sabe que todas adoramos Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, com quem nos desposámos pelo Baptismo; e que todas estamos resolvidas e prontas a dar o sangue das próprias veias pela confissão do seu santo Nome, ainda que à custa dos maiores tormentos».
Contou-lhe em seguida as circunstâncias do seu nascimento, e o modo como escaparam à morte, a que a mãe as condenbara. Fê-lo ciente da sua criação, dos seus propósitos e da resolução em que todas perseveraram firmes, e concluiu dizendo:;
«Aqui estamos na tua presença; dispõe de nós como melhor te parecer».
E tanto ela como as irmãs ficaram com uma aprazível e celeste serenidade.
Não há termos com que se possa explicar a impressão que esta notícia produziu no coração do Régulo Bracarense. Recorda-se de algumas coisas passadas, que o movem a acreditar no que ouvira... Atílio muda de cor por diferentes vezes... Não pode encobrir a inquietação que sente dentro do peito... Suspende logo o acto judicial e manda retirar os ministros, ficando só com as meninas e com Cita , que as acompanhara. Tira-lhes dos pulsos as algemas e conduzindo-as ao interior do palácio, chama Cálcia, sua mulher, e conta-lhe tudo o que ouvira a GENEBRA. Cálcia fica cheia de confusão e de medo, e ainda mais, quando ouve da boca de Cita, o modo como conservara a vida do corpo, e dera vida ás almas daquelas inocentes... Cálcia não se atreve a negar, antes confessa como tudo tinha sucedido.
Logo que foram reconhecidas como filhas, tanto o pai como a mãe soltaram as rédeas aos afectos naturais... Abraçam, uma por uma, as ternas meninas, cobrem-nas de beijos, empregam toda a autoridade e arte para as persuadir que, abjurando o Cristianismo, adorassem os ídolos... Ponderou-lhes a alta qualidade dos seus ascendentes, a abundância das riquezas, o amor e o desvelo com que procurariam, para cada uma, dignos esposos, com quem pudessem gozar, contentes, das prosperidades e bens do mundo. Porém as nove meninas, com uma firmeza e constância inabalável, desprezaram todas as promessas, e permaneceram firmes na sua resolução.
Vendo o Régulo frustrados todos os esforços que o amor de pai e a fé de idólatra lhe subministraram a fim de apartar as filhas da religião cristã, que tinham bebido com o leite, encheu-se de indignação, e parecendo-lhe que acabariam com ameaças, o que não podiam as caricias paternais, começou a prometer martirios, jurando pelos seus deuses que lhes tirariam a vida, à força dos tormentos mais esquisitos, se desprezassem as suas determinações e ss não se resolvessem de pronto a oferecer sacrificios aos deuses do império.
Serenou Cálcia estas furiosas iras de Atílio, e conseguiu dele, a poder de rogos, que se lhes desse algum tempo para considerarem aquilo que deviam escolher, esperando que, como meninas, tomariam outra resolução, depois de serem reconhecidas por suas filhas, e destinadas para esposas de alguns mancebos nobres, formosos e ricos, e de comum acordo as deixaram sós, encerradas em um dos salões do seu palácio.
Depois que seus pais se retiraram , as nove meninas, prostradas ante a presença do Altíssimo, Lhe suplicaram com toda a candura de suas almas angélicas, que lhes inspirassem o modo como haviam de dirigir os seus passos no caminho da vida , e lhes desse constância e fortaleza, para nunca anuirem a tão detestáveis proposições: nem temerem a morte, que por instantes as esperava. As suas preces foram prontamente ouvidas e as fervorosas súplicas favoravelmente despachadas. Lá por entre a escuridão da noite, uma brilhante claridade vem iluminar aquela prisão; desce um anjo do Senhor , que vem confortar as suas fiéis esposas naquela tribulação, e, depois de lhes fazer conhecer o perigo, em que estão, de apostatar da religião santa, lhes intima da parte de Deus a ordem de fugirem , quanto antes, daquela casa, e de seguir cada uma a direcção que o Senhor lhe inspirar.
O mesmo anjo, que lhes intimou a ordem do céu, lhes facilitou a saída do palácio, sem que alguém desse fé da ausência delas. Caminharam todas juntas por algum tempo, por entre as trevas e silêncio da noite, até que assentaram entre si -umas das outras, e antes de darem mutuamente o abraço de despedida, Santa LIBERATA (ou VILGEFORTE), levantando as mãos e os olhos ao céu, proferiu a seguinte súplica:
«Senhor meu, Jesus Cristo, que permitistes nascêssemos todas num dia, e livrando-nos do trânsito da morte, nos destes nova vida de graça , pedimo-Vos Senhor, pela vossa divina misericórdia, e pelo eterno e incomparavel amor com que nos amastes, sejais, meu Deus, servido levar-nos todas ao descanso eterno, e não consintais, meu bom Jesus, que se apartem do caminho da glória aquelas que tão unidas foram enquanto viveram na terra».
Todas com o mesmo espírito e com a mesma fé responderam: Amen.
Deram os últimos abraços umas às outras, em sinal de reciproco amor, e como quem se despedia para se não tornar a ver na vida mortal, se despediram as angélicas meninas, dirigindo-se cada uma para onde o Divino Esposo a encaminhou, e apesar dos esforços empregados pelo pai e pelos domésticos e vizinhos, que foram logo em procura delas, apenas puderam apanhar Santa QUITÉRIA, com algumas pessoas que a acompanhavam; todas as mais conseguiram evadir-se para diferentes terras.
Santa MARINHA
Foi encaminhada pelo Divino Espírito para a Galiza. Aí, depois de ter servido a uma lavradeira, perto da cidade de Orense, foi depois perseguida por ser cristã. Primeiramente açoutaram-na até lhe dilacerarem as carnes. Em seguida foi descarnada com pentes de ferro. Depois encarcerada numa escura masmorra, sendo aí visitada e curada por um anjo. Queimaram-lhe depois as costas e os peitos com ferros em brasa, e prendendo-a de pés e mãos lançaram-na num tanque de água, de onde saindo miraculosamente livre, foi metida numa fornalha embravecida com chamas, as quais, separando-se para os lados, nem sequer a tocarem levemente. Foi por isso degolada em Águas Santas, perto da cidade de Orense, na Galiza, onde El-rei Dom Afonso o Magno., mandou edificar uma igreja dedicada ao seu culto.
Santa VITÓRIA
Esta santa foi martirizada na cidade de Córdova, Espanha, com tormentos esquisitos.passou pelo fogo, pela roda de navalhas e, por fim morreu crivada de setas no ano de 138, tendo apenas 16 anos de idade.
Santa GENEBRA
Esta Santa padeceu pelo Divino Redentor e foi martirizada no ano 130. Diz-se que o seu martirio fora na antiquissima cidade de Tide e que esta extinta cidade existiu perto de Valença do Minho e fora capital de entre Lima e Minho. Nada se sabe do seu martirio.
Santa LIBERATA ou VILGEFORTE
Esta santa retirou-se para o deserto e padeceu o martirio da cruz, uns dizem que em Miragaia - Porto, outros que em castelo Branco, e o padre CARDOSO, no seu Dicionário Geográfico, diz que fora em Águas Santas - uma légua para o norte da cidade do Porto (... na Maia...) , no sitio onde rebentou uma fonte chamada Santa ,pelos efeitos milagrosos com que eram beneficiados os doentes que a ela concorriam.
Santa EUFÉMIA
Retirou-se para a serra do Gerês, onde viveu dois anos. Depois, sendo perseguida por causa de Cristo, foi presa. açoutada e em seguida encerrada num cárcere e aí milagrosamente curada por um anjo. Depois, pendurada pelos cabelos numa figueira. Em seguida, precipitada duma alta penedia na mesma serra, e por fim degolada. As suas preciosas reliquias conservam-se na Sé de Orense.
Santa MARCIANA ou MARJERANA
Diz-se que esta Santa padecera o martirio na cidade de Toledo - Espanha, no ano de 155.
Santa BASILICA
São três as opiniões dos autores sobre o lugar do martirio esta santa. Uns afirmam que padecera em Sirmo, antiga cidade da Betisa; outros, que fora martirizada na Síria; e Cerqueira Pinto é de opinião que esta Santa padecera o martirio com algumas das irmãs , em Águas Santas, junto ao Porto.
Santa GERMANA
Uns dizem que esta santa fora, martirizada em África e outros em Águas Santas - Maia. nada se sabe, de concreto, a tal respeito.
Santa QUITÉRIA
Foi martirizada no Monte Pombeiro, junto de Margaride - Felgueiras..
2) Santa QUITÉRIA, virgem e mártir
«Santa QUITÉRIA nasceu em Braga. Seu pai era pagão; por isso empregava todos os esforços para a afastar da religião cristã. Umas vezes eram caricias, outras ameaças. Tudo, porém, foi baldado.
A jovem QUITÉRIA não podendo suportar por mais tempo os maus tratos de seu crudelíssimo pai, fugiu de casa, em direcção a uma montanha próxima, onde por muito tempo levou uma vida toda angélica, entregando-se à contemplação.
Mereceu de Deus a graça de andar sempre visivelmente acompanhada do seu anjo custódio, com quem frequentemente falava. Além disso, tinha colóquios não menos frequentes com outros Anjos.
Nesta feliz vida lhe ia decorrendo a existência, até que finalmente , um anjo lhe anunciou a aproximação do tempo suspirado em que emigraria para o Esposo. Exultando com a mensagem QUITÉRIA abandonou a montanha , asilo abençoado onde escapou às tempestades do século e, voltando à casa paterna, encontrou dois nobilissimos jovens que pretendiam a sua mão.
A santa menina, que tinha já consagrado a sua virgindade ao esposo celeste, Jesus, recusou-se a tal. Por isso, mandada carregar de cadeias por seu cruel p+ai, foi empurrada para uma enxovia.
Mas eis que um anjo desce a confortá-la e, enquanto mutuamente se recreiam em suavissimos colóquios, uma luz celeste e penetrante banha o cárcere. Era a Virgem Mãe que , cortejada por níveos coros de virgens e radiante multidão de espíritos angélicos, trazia um vaso de aromáticos perfumes, derramando-os abundantemente sobre QUITÉRIA. Ofereceu-lhe, além disso, uma cruz e um anel, significando aquela a vit´~poria que dentro em breve ganharia sobre os inimigos, este os desposórios espirituais com Jesus. E Nossa Senhora desapareceu. Então o anjo manda-a sair do cárcere e oferece-se simultaneamente para a acompanhar ao monte Columbário (Pombeiro) lugar que o Senhor destinara para teatro do seu martirio.
Saiu QUITÉRIA e dirigiu-se para lá (monte Pombeiro onde já tinha estado antes). No cume do mesmo monte havia uma capelinha dedicada ao Principe dos Apóstolos (São PEDRO). Aí QUITÉRIA juntamente com outras virgens , entregou-se à oração e aos jejuns, dispondo-se desta forma para receber a coroa do martirio.
Mas Atílio, seu pai e Germano um dos jovens pretendentes à sua mão, vendo-se iludidos pela fuga da virgem, enviaram ser vos a procurá-la, com ordens para, caso a encontrassem, lhe aconselharem o regresso à casa paterna e o casamento. Após muitas pesquisas, QUITÉRIA foi encontrada . Seu pai, ardendo de ira, mandou-a decapitar por um tal Dumas, apóstada. O renegado trespassou com inúmeros golpes o corpo virginal de QUITÉRIA. O seu corpo foi sepultado pelos cristãos na capela de São Pedro, já atrás citada.
CARLOS SPÍNOLA e Companheiros, RODOLFO ACQUAVIVA, ISABEL FERNANDES e seu filho INÁCIO, SEBASTIÃO KIMURA, ANTÓNIO KYUNOI, GONÇALO FUSAI, TOMÁS AKABOSHI, PEDRO SAMPO, MIGUEL SAITÔ, LUÍS KAWARA, JOÃO YAMAGÚCHI e outros que figuram noutras datas, Santos
Do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Em Julho de 1867, beatificou PIO IX duzentas e cinco pessoas, glória das missões e cristandades das terras do Sol Nascente
Chegaram lá os primeiros portugueses em 1543, precisamente no ano seguinte ao da chegada de São FRANCISCO XAVIER à Índia. Seis anos depois, entravam por aquelas ilhas a radiosa e quase impetuosa Missão Xaveriana que, em expansão sucessiva, sofreu, ao fim de meio século, o primeiro embate da perseguição que nos legou os primeiros 26 mártires do Japão, a 5 de Fevereiro de 1597 (Ver 6 de Fevereiro)
Mais ou menos solapada e sempre instigada e soprada pelos bonzos, estarrecidos com os contínuos progressos do Cristianismo, a perseguição voltou a reacender-se e intensificar-se pelos primeiros anos de 600, ferindo com os seus golpes mais certeiros os missionários, geralmente não japoneses, e visando ao mais pronto extermínio de suas numerosas e florescentes cristandades. A grande tribulação prolongou-se por bom quarto de século.
No ano de 1622, no mesmo lugar e no mesmo dia, obtiveram a gloriosíssima coroa do martirio, em Nagasaki, no Japão, 22 religiosos de diversas ordens 30 cristãos seculares de todas as idades e condições. De tão luzido esquadrão era chefe o Beato CARLOS SPÍNOLA, sacerdote da Companhia de Jesus, italiano de nação, oriundo da família dos marqueses de Tassarolo, uma das mais ilustres da cidade de Génova.
CARLOS SPÍNOLA, nascido em 1564, passou os primeiros anos em companhia de seu tio, o Cardeal FILIPE SPÍNOLA bispo de Nola. Quando deliberava sobre o estado que devia abraçar, chegou à Europa a notícia do martírio do Beato RODOLFO ACQUAVIVA e seus ditosos companheiros, a quem os gentios deram a morte na ilha de Salsete, junto à cidade de Goa. Inflamado CARLOS SPÍNOLA no desejo de obter coroa igual à do glorioso filho dos duques de Átri, determinou entrar na Companhia de Jesus, cujo instituto com efeito abraçou aos 19 anos de idade.
Desde os primeiros dias de noviciado, levou vida de extraordinário fervor, para desse modo se preparar para o martirio, único objecto de suas santas ambições. Acabados os estudos em Milão, e ordenado sacerdote, alcançou, à força de instantes rogos, a graça de ser enviado às missões do Japão, para as quais se embarcou em Lisboa a 10 de Abril de 1596. A sua viagem foi uma das mais trabalhosas que referem as crónicas da Companhia de Jesus. Arrojado por uma violentíssima tempestade às costas do Brasil, de lá dirigiu novamente o rumo para a Índia. Cativo dos piratas ingleses, foi levado a Inglaterra onde, durante algum tempo, o detiveram preso num cárcere. Posto em liberdade, voltou a Lisboa e novamente embarcou para o Japão onde chegou depois de muitos trabalhos, no ano de 1602. Os sofrimentos da viagem em nada diminuíram, porém, as forças do seu espírito. 20 anos empregou na evangelização das cristandades japonesas, já como simples missionário, já como Vigário Geral do Bispo do Japão, até que, preso finalmente em 1618, foi lançado nos cárceres de Omura, onde durante 4 anos deu inúmeras provas de invicto sofrimento.
Em 1662 foi levado a Nagasaqui, para aí ser martirizado em companhia de outros religiosos e de vários cristãos.
O altar destinado ao holocausto dos mártires era uma colina junto à cidade, apelidada ainda hoje a Colina dos mártires, por terem dado nela a vida em testemunho da fé grande número de cristãos e de missionários.
Chegados ao lugar do suplicio, o P. SPÍNOLA inflamado em zelo à vista do grande número não só de cristãos mas também de gentios que na colina se haviam reunido, levantou a voz e, dirigindo-se ao governador Goroneu, procurou desvanecer o rumor, que na corte corria, de que os missionários se dirigiam ao Japão com o intuito de preparar o caminho para a conquista daquelas ilhas pelos europeus. Voltando-se depois para os cristãos que com ele iam ser seus companheiros no martírio, com palavras cheias de ardor exortou a todos na constância na fé. Entre os mártires encontrava-se ISABEL FERNANDES viuva de um português, senhora principal que muitas vezes hospedara o padre SPÍNOLA e, cujo filhinho de 4 anos, o mesmo padre baptizara. Ao avistar pois ISABEL FERNANDES entre os cristãos que iam ser decapitados, perguntou-lhe onde estava o menino INÁCIO ao qual não via por estar oculto pelos feixes de lenha que os rodeavam. Tomando então a mãe o pequenino ricamente vestido e levantando-o nos braços, disse para o Padre SPÍNOLA:
« Ei-lo aqui, meu Padre, gozoso de morrer comigo. Com grande alegria sacrifico a Deus as duas coisas que mais amo neste mundo: a minha vida e o meu filho».
Depois, dirigindo-se ao menino e apontado para o missionário, disse-lhe:
«Olha meu filho, olha aquele Padre que te fez cristão e que te deu uma vida muito mais preciosa que esta que vamos terminar. Encomenda-te a ele e pede-lhe que te abençoe».
Ajoelhou-se o menino e juntou as mãozinhas, obedecendo à mãe. Semelhante espectáculo enterneceu de tal modo a multidão dos espectadores, que prorromperam uníssonos em vivas e demonstrações de simpatia e afecto para com os mártires. Temendo Goroneu alguma sedição, deu ordem aos verdugos que começassem as execuções. Uma das primeiras vítimas foi ISABEL FERNANDES cuja cabeça veio cair junto do menino INÁCIO. Não se intimidou ele vendo a morte de sua mãe, antes compreendendo que se aproximava a sua vez, desapertou o vestido e intrépido ofereceu o pescoço ao algoz. Decapitados 30 soldados de Cristo, os demais, em número de 22, foram consumidos a fogo lento. O primeiro a sucumbir foi o P. CARLOS SPÍNOLA; seguiram-no seus 21 companheiros, sendo o último o beato SEBASTIÃO KIMURA jesuita japonês que durante 3 horas suportou a força do fogo. Assim terminou aquele glorioso certame, no qual a Companhia de Jesus obteve dez coroas de glória. na prisão morreu de doença o Irmão AMBRÓSIO FERNANDES de que falamos a seguir. oS sete para se perfazer o número dos dez jesuitas eram os japoneses recebidos à última hora pelo P. SPÍNOLA, já na prisão: ANTÓNIO KYUNI, GONÇALO FUSAI, TOMÁS AKABOSHI, PEDRO SAMPO, MIGUEL SAITÔ, LUÍS KAWARA e JOÃO YAMAGÚCHI. Todos eles foram beatificados em 1867 pelo Papa PIO IX.
Deste grupo, figuram nesta obra: a 22 de maio, o beato P. JOÃO BAPTISTA MACHADO DE TÁVORA, a 20 de Junho, o Beato FRANCISCO PACHECO, a 7 de Julho, o Beato P. DIOGO DE CARVALHO, a 25 de Agosto, o beato P. MIGUEL DE CARVALHO; a 7 e 28 de setembro, o Beato P. VICENTE DE SANTO ANTÓNIO, O. S. A. e a 18 de Novembro o beato DOMINGOS JORGE.
Em Julho de 1867, beatificou PIO IX duzentas e cinco pessoas, glória das missões e cristandades das terras do Sol Nascente
Chegaram lá os primeiros portugueses em 1543, precisamente no ano seguinte ao da chegada de São FRANCISCO XAVIER à Índia. Seis anos depois, entravam por aquelas ilhas a radiosa e quase impetuosa Missão Xaveriana que, em expansão sucessiva, sofreu, ao fim de meio século, o primeiro embate da perseguição que nos legou os primeiros 26 mártires do Japão, a 5 de Fevereiro de 1597 (Ver 6 de Fevereiro)
Mais ou menos solapada e sempre instigada e soprada pelos bonzos, estarrecidos com os contínuos progressos do Cristianismo, a perseguição voltou a reacender-se e intensificar-se pelos primeiros anos de 600, ferindo com os seus golpes mais certeiros os missionários, geralmente não japoneses, e visando ao mais pronto extermínio de suas numerosas e florescentes cristandades. A grande tribulação prolongou-se por bom quarto de século.
No ano de 1622, no mesmo lugar e no mesmo dia, obtiveram a gloriosíssima coroa do martirio, em Nagasaki, no Japão, 22 religiosos de diversas ordens 30 cristãos seculares de todas as idades e condições. De tão luzido esquadrão era chefe o Beato CARLOS SPÍNOLA, sacerdote da Companhia de Jesus, italiano de nação, oriundo da família dos marqueses de Tassarolo, uma das mais ilustres da cidade de Génova.
CARLOS SPÍNOLA, nascido em 1564, passou os primeiros anos em companhia de seu tio, o Cardeal FILIPE SPÍNOLA bispo de Nola. Quando deliberava sobre o estado que devia abraçar, chegou à Europa a notícia do martírio do Beato RODOLFO ACQUAVIVA e seus ditosos companheiros, a quem os gentios deram a morte na ilha de Salsete, junto à cidade de Goa. Inflamado CARLOS SPÍNOLA no desejo de obter coroa igual à do glorioso filho dos duques de Átri, determinou entrar na Companhia de Jesus, cujo instituto com efeito abraçou aos 19 anos de idade.
Desde os primeiros dias de noviciado, levou vida de extraordinário fervor, para desse modo se preparar para o martirio, único objecto de suas santas ambições. Acabados os estudos em Milão, e ordenado sacerdote, alcançou, à força de instantes rogos, a graça de ser enviado às missões do Japão, para as quais se embarcou em Lisboa a 10 de Abril de 1596. A sua viagem foi uma das mais trabalhosas que referem as crónicas da Companhia de Jesus. Arrojado por uma violentíssima tempestade às costas do Brasil, de lá dirigiu novamente o rumo para a Índia. Cativo dos piratas ingleses, foi levado a Inglaterra onde, durante algum tempo, o detiveram preso num cárcere. Posto em liberdade, voltou a Lisboa e novamente embarcou para o Japão onde chegou depois de muitos trabalhos, no ano de 1602. Os sofrimentos da viagem em nada diminuíram, porém, as forças do seu espírito. 20 anos empregou na evangelização das cristandades japonesas, já como simples missionário, já como Vigário Geral do Bispo do Japão, até que, preso finalmente em 1618, foi lançado nos cárceres de Omura, onde durante 4 anos deu inúmeras provas de invicto sofrimento.
Em 1662 foi levado a Nagasaqui, para aí ser martirizado em companhia de outros religiosos e de vários cristãos.
O altar destinado ao holocausto dos mártires era uma colina junto à cidade, apelidada ainda hoje a Colina dos mártires, por terem dado nela a vida em testemunho da fé grande número de cristãos e de missionários.
Chegados ao lugar do suplicio, o P. SPÍNOLA inflamado em zelo à vista do grande número não só de cristãos mas também de gentios que na colina se haviam reunido, levantou a voz e, dirigindo-se ao governador Goroneu, procurou desvanecer o rumor, que na corte corria, de que os missionários se dirigiam ao Japão com o intuito de preparar o caminho para a conquista daquelas ilhas pelos europeus. Voltando-se depois para os cristãos que com ele iam ser seus companheiros no martírio, com palavras cheias de ardor exortou a todos na constância na fé. Entre os mártires encontrava-se ISABEL FERNANDES viuva de um português, senhora principal que muitas vezes hospedara o padre SPÍNOLA e, cujo filhinho de 4 anos, o mesmo padre baptizara. Ao avistar pois ISABEL FERNANDES entre os cristãos que iam ser decapitados, perguntou-lhe onde estava o menino INÁCIO ao qual não via por estar oculto pelos feixes de lenha que os rodeavam. Tomando então a mãe o pequenino ricamente vestido e levantando-o nos braços, disse para o Padre SPÍNOLA:
« Ei-lo aqui, meu Padre, gozoso de morrer comigo. Com grande alegria sacrifico a Deus as duas coisas que mais amo neste mundo: a minha vida e o meu filho».
Depois, dirigindo-se ao menino e apontado para o missionário, disse-lhe:
«Olha meu filho, olha aquele Padre que te fez cristão e que te deu uma vida muito mais preciosa que esta que vamos terminar. Encomenda-te a ele e pede-lhe que te abençoe».
Ajoelhou-se o menino e juntou as mãozinhas, obedecendo à mãe. Semelhante espectáculo enterneceu de tal modo a multidão dos espectadores, que prorromperam uníssonos em vivas e demonstrações de simpatia e afecto para com os mártires. Temendo Goroneu alguma sedição, deu ordem aos verdugos que começassem as execuções. Uma das primeiras vítimas foi ISABEL FERNANDES cuja cabeça veio cair junto do menino INÁCIO. Não se intimidou ele vendo a morte de sua mãe, antes compreendendo que se aproximava a sua vez, desapertou o vestido e intrépido ofereceu o pescoço ao algoz. Decapitados 30 soldados de Cristo, os demais, em número de 22, foram consumidos a fogo lento. O primeiro a sucumbir foi o P. CARLOS SPÍNOLA; seguiram-no seus 21 companheiros, sendo o último o beato SEBASTIÃO KIMURA jesuita japonês que durante 3 horas suportou a força do fogo. Assim terminou aquele glorioso certame, no qual a Companhia de Jesus obteve dez coroas de glória. na prisão morreu de doença o Irmão AMBRÓSIO FERNANDES de que falamos a seguir. oS sete para se perfazer o número dos dez jesuitas eram os japoneses recebidos à última hora pelo P. SPÍNOLA, já na prisão: ANTÓNIO KYUNI, GONÇALO FUSAI, TOMÁS AKABOSHI, PEDRO SAMPO, MIGUEL SAITÔ, LUÍS KAWARA e JOÃO YAMAGÚCHI. Todos eles foram beatificados em 1867 pelo Papa PIO IX.
Deste grupo, figuram nesta obra: a 22 de maio, o beato P. JOÃO BAPTISTA MACHADO DE TÁVORA, a 20 de Junho, o Beato FRANCISCO PACHECO, a 7 de Julho, o Beato P. DIOGO DE CARVALHO, a 25 de Agosto, o beato P. MIGUEL DE CARVALHO; a 7 e 28 de setembro, o Beato P. VICENTE DE SANTO ANTÓNIO, O. S. A. e a 18 de Novembro o beato DOMINGOS JORGE.
AMBRÓSIO FERNANDES, Beato
Do livro SANTOS DE CADA DIA da editorial A. O. de Braga:
Nasceu em Xisto (uma localidade sita nos arredores do Porto) em 1551. Tendo sido soldado na Índia dirigiu-se como mercador para o Japão, onde entrou na Companhia de Jesus, após um naufrágio do qual escapou milagrosamente com toda a mercadoria. Como homem experiente do mundo, desempenhou na Ordem, alguns cargos de responsabilidade até que, sobrevindo a perseguição, foi preso juntamente com o beato CARLOS SPÍNOLA, S. J.
Passavam de 30 os confessores da fé concentrados na prisão de Omura, onde sofreram quatro anos de tormentos os que chegaram ao fim, antes que chegasse o martirio das covas, catanas, cruzes, lanças, fogo ou gelo. Em tão atrozes sofrimentos naquela prisao, o segundo a suciumbir foi o irmão FERNANDES com 69 anos de idade e 43 de vida religiosa e missionária.
Assim conta, em resumo, o beato P. CARLOS SPÍNOLA o trânsito do venerando anciºãoi.
«Com o vento desnevado daquele dia 7 de Janeiro de 1629, o irmão caiu meio paralitico e sem fala. tendo-se confessado e comungado naquele mesmo dia, perguntei-lhe se morria satisfeito por amor de Cristo. respondeu apenas que se fizesse, em tudo, a Santissima vontade de Deus.
Mais lhe disse, se queria armar-se, para o último combate, com a santa unção dos doentes. respondeu com o seu último SIM. Administrada esta já quase de noite , enquanto todos cantavam salmos e ladainhas, com semblante alegre e angélico voou o santo irmão para a companhia dos Anjos e dos Santos.
Por fim, como melhor conclusão, entoamos ainda o salmo «Laudate Dominum» admirando o termo e a coroa da vida tão santa e sacrificada dum irmão missionário, tão amável e amADO DE TODOS ».
Os mais que continuaram encarcerados, foram levados ao martirio em Nagasáqui a 10 de setembro de 1622, sendo uns queimados e outros decapitados.
TIAGO BERTHIEU, Beato
O Beato TIAGO BERTHIEU nasceu de familia de lavradores no departamento francês de Cantal, em 1838. Ordenado sacerdote em 1865, foi coadjutor duma paróquia durante nove anos. Admitido na Companhia de Jesus em 1873, chegou a Madagascar, como missionário em 1875. Dando-se uma rebelião da tribo dos malembas, destinada a restabelecer o culto dos ídolos, foi o missionário preso perto de Tananarive e fuzilado a 8 de Junho de 1896.
PAULO VI beatificou-o a 17 de Outubro de 1965.
LEÃO MANGIN e 55 companheiros, entre os quais Pd MODESTO ANDLAUER, REMÍGIO ISORÉ, ANA e seu filho ANDRÉ WANG, MARCOS KI e seu neto FRANCISCO, etc, Beatos
Em Ruão, Gália hoje França, São GILDARDO bispo. (511)
MEDARDO, Santo
Em Soissons, Gália, hoje França, São MEDARDO bispo de Saint-Quentin que, depois de ter sido arrasada a sua cidade, transferiu a sede episcopal para Noyon, onde trabalhou com todo o empenho para converter o povo das superstições pagãs à doutrina de Cristo. (561)
FORTUNATO,Santo
Em Fano, no Piceno, hoje nas Marcas, Itália, São FORTUNATO bispo que se dedicou diligentemente à redenção dos cativos. (séc. VI)
CLODOLFO, Santo
GUILHERME FITZHERBERT, Santo
Em York, Inglaterra, São GUILHERME FITZHERBERT, bispo, homem afável e pacifico que, injustamente deposto da sua sede episcopal, se recolheu entre os monges de Winchester e, restituído à sua sede, perdoou aos inimigos e restabeleceu a paz entre os cidadãos. (1154)
JOÃO DAVY, Beato
Em Londres, o Beato JOÃO DAVY diácono da Cartuxa desta cidade e mártir que, no reinado de Henrique VIII por causa da sua fidelidade à Igreja e ao Pontífice Romano, foi duramente torturado no cárcere e aí morreu de fome. (1537)
TIAGO BERTHIEU, Santo
Em Ambiatibes, na ilha de Madagascar, São TIAGO BERTHIEU presbitero da Companhia de Jesus e mártir que, tanto na paz como na guerra, trabalhou incansavelmente pelo Evangelho e, apesar de ter sido expulso três vezes das missões, preso por homens armados e repetidamente instado sem êxito à apostasia, foi finalmente assassinado em ódio à fé cristã. (1896)
MARIA DO DIVINO CORAÇÃO DE JESUS
(Maria Droste zu Vischering), Beata
No Porto, em Portugal, a Beata MARIA DO DIVINO CORAÇÃO DE JESUS (Maria Droste zu Vischering) virgem, da Congregação das Irmãs da Caridade do Bom Pastor, que promoveu admiravelmente a devoção ao Sagrado Coração de jesus. (1899)
ARMANDO DE ZIERIKZEE, Beato
Originario dell'isola di Schouwen nello Zeeland (Paesi Bassi), Armando nacque verso la metà del sec. XV. Entrato nelI'Ordine francescano, attese per lunghi decenni all'insegnamento della Sacra Scrittura, valendosi della sua buona conoscenza della lingua greca, ebraica e caldea. Frutto delle sue lezioni furono alcuni commenti a diversi libri della Bibbia, rirnasti inediti, mentre tre opere furono stampate ad Anversa nel 1534: Chronica compendiosissima ab exordio mundi ad annum 1534;.
GIORGIO PORTA, Beato
Famosissimo commendatore del convento mercedario di San Lazzaro in Saragozza (Spagna), il Beato Giorgio Porta, fu anche redentore di schiavi e con grande misericordia ne liberò molti nella città di Granada. Nel 1481, assieme al commendatore di El Puig, Venerabile Luigi Ruiz, realizzò una redenzione ad Algeri in Africa, riscattando 56 schiavi; imbarcati per far ritorno in patria, furono costretti ad approdare a Maiorca per non morire in mare a causa di una furiosa tempesta, finché ripreso il viaggio giunsero felicemente a Barcellona. Il Beato Giorgio morì santamente nel suo convento di Saragoza
MADALENA DA CONCEIÇÃO, Beata
Soprannominata la Minore, la Beata Maddalena della Concezione, era monaca nel monastero mercedario dell'Assunzione in Siviglia (Spagna). Per tutta la vita manifestò grande carità e devozione verso le anime del purgatorio con un'ammirevole costanza nella preghiera.
Nell'ora della sua morte fu rallegrata dalla Madonna e con tanti meriti raggiunse la felicità eterna.
L'Ordine la festeggia l'8 giugno
Nasceu em Xisto (uma localidade sita nos arredores do Porto) em 1551. Tendo sido soldado na Índia dirigiu-se como mercador para o Japão, onde entrou na Companhia de Jesus, após um naufrágio do qual escapou milagrosamente com toda a mercadoria. Como homem experiente do mundo, desempenhou na Ordem, alguns cargos de responsabilidade até que, sobrevindo a perseguição, foi preso juntamente com o beato CARLOS SPÍNOLA, S. J.
Passavam de 30 os confessores da fé concentrados na prisão de Omura, onde sofreram quatro anos de tormentos os que chegaram ao fim, antes que chegasse o martirio das covas, catanas, cruzes, lanças, fogo ou gelo. Em tão atrozes sofrimentos naquela prisao, o segundo a suciumbir foi o irmão FERNANDES com 69 anos de idade e 43 de vida religiosa e missionária.
Assim conta, em resumo, o beato P. CARLOS SPÍNOLA o trânsito do venerando anciºãoi.
«Com o vento desnevado daquele dia 7 de Janeiro de 1629, o irmão caiu meio paralitico e sem fala. tendo-se confessado e comungado naquele mesmo dia, perguntei-lhe se morria satisfeito por amor de Cristo. respondeu apenas que se fizesse, em tudo, a Santissima vontade de Deus.
Mais lhe disse, se queria armar-se, para o último combate, com a santa unção dos doentes. respondeu com o seu último SIM. Administrada esta já quase de noite , enquanto todos cantavam salmos e ladainhas, com semblante alegre e angélico voou o santo irmão para a companhia dos Anjos e dos Santos.
Por fim, como melhor conclusão, entoamos ainda o salmo «Laudate Dominum» admirando o termo e a coroa da vida tão santa e sacrificada dum irmão missionário, tão amável e amADO DE TODOS ».
Os mais que continuaram encarcerados, foram levados ao martirio em Nagasáqui a 10 de setembro de 1622, sendo uns queimados e outros decapitados.
TIAGO BERTHIEU, Beato
PAULO VI beatificou-o a 17 de Outubro de 1965.
Ver Livro dos SANTOs DE CADA DIA, da editorial A. O., de Braga
RODOLFO ACQUAVIVA, FRANCISCO ARANHA , PEDRO BERNO, AFONSO PACHECO, ANTÓNIO FRANCISCO, etc, Beatos
Ver Livro dos SANTOs DE CADA DIA, da editorial A. O., de Braga
MAXIMINO, Santo
Em Aix-la-Provence, na Provença, Gália, hoje França, São MAXIMINO a quem se atribuem os inícios da fé cristã nesta cidade. (data incerta)
GILDARDO, Santo
Em Aix-la-Provence, na Provença, Gália, hoje França, São MAXIMINO a quem se atribuem os inícios da fé cristã nesta cidade. (data incerta)
GILDARDO, Santo
Em Ruão, Gália hoje França, São GILDARDO bispo. (511)
MEDARDO, Santo
Em Soissons, Gália, hoje França, São MEDARDO bispo de Saint-Quentin que, depois de ter sido arrasada a sua cidade, transferiu a sede episcopal para Noyon, onde trabalhou com todo o empenho para converter o povo das superstições pagãs à doutrina de Cristo. (561)
FORTUNATO,Santo
Em Fano, no Piceno, hoje nas Marcas, Itália, São FORTUNATO bispo que se dedicou diligentemente à redenção dos cativos. (séc. VI)
CLODOLFO, Santo
Em Metz, na Austrásia, hoje França, São CLODOLFO bispo, filho de Santo ARNOLFO e conselheiro do rei. (660)
JOÃO DAVY, Beato
Em Londres, o Beato JOÃO DAVY diácono da Cartuxa desta cidade e mártir que, no reinado de Henrique VIII por causa da sua fidelidade à Igreja e ao Pontífice Romano, foi duramente torturado no cárcere e aí morreu de fome. (1537)
TIAGO BERTHIEU, Santo
Em Ambiatibes, na ilha de Madagascar, São TIAGO BERTHIEU presbitero da Companhia de Jesus e mártir que, tanto na paz como na guerra, trabalhou incansavelmente pelo Evangelho e, apesar de ter sido expulso três vezes das missões, preso por homens armados e repetidamente instado sem êxito à apostasia, foi finalmente assassinado em ódio à fé cristã. (1896)
MARIA DO DIVINO CORAÇÃO DE JESUS
(Maria Droste zu Vischering), Beata
No Porto, em Portugal, a Beata MARIA DO DIVINO CORAÇÃO DE JESUS (Maria Droste zu Vischering) virgem, da Congregação das Irmãs da Caridade do Bom Pastor, que promoveu admiravelmente a devoção ao Sagrado Coração de jesus. (1899)
MARIA TERESA CHIRAMEL MANKIDIYAN, Beata
Em Kuzhikkattussery, no Kérala, Índia, a Beata MARIA TERESA CHIRAMEL MANKIDIYAN virgem, eminente pela sua vida eremítica e austera penitência, que procurou a Cristo nos mais pobres e nos mais abandonados e fundou a Congregação das Irmãs da Sagrada Família. (1926)
NICOLAU DE GÉSTURI (João Medda), Beato
Em Cágliari na Sardenha, Itália, o beato NICOLAU DE GÉSTURI (João Medda) religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos que, sempre pronto para ajudar os indigentes, com o exemplo da sua virtude e da sua bondade estimulou muitos outros à prática da caridade para com os pobres. (1958)
... E AINDA ...
Originario dell'isola di Schouwen nello Zeeland (Paesi Bassi), Armando nacque verso la metà del sec. XV. Entrato nelI'Ordine francescano, attese per lunghi decenni all'insegnamento della Sacra Scrittura, valendosi della sua buona conoscenza della lingua greca, ebraica e caldea. Frutto delle sue lezioni furono alcuni commenti a diversi libri della Bibbia, rirnasti inediti, mentre tre opere furono stampate ad Anversa nel 1534: Chronica compendiosissima ab exordio mundi ad annum 1534;.
Famosissimo commendatore del convento mercedario di San Lazzaro in Saragozza (Spagna), il Beato Giorgio Porta, fu anche redentore di schiavi e con grande misericordia ne liberò molti nella città di Granada. Nel 1481, assieme al commendatore di El Puig, Venerabile Luigi Ruiz, realizzò una redenzione ad Algeri in Africa, riscattando 56 schiavi; imbarcati per far ritorno in patria, furono costretti ad approdare a Maiorca per non morire in mare a causa di una furiosa tempesta, finché ripreso il viaggio giunsero felicemente a Barcellona. Il Beato Giorgio morì santamente nel suo convento di Saragoza
MADALENA DA CONCEIÇÃO, Beata
Soprannominata la Minore, la Beata Maddalena della Concezione, era monaca nel monastero mercedario dell'Assunzione in Siviglia (Spagna). Per tutta la vita manifestò grande carità e devozione verso le anime del purgatorio con un'ammirevole costanza nella preghiera.
Nell'ora della sua morte fu rallegrata dalla Madonna e con tanti meriti raggiunse la felicità eterna.
L'Ordine la festeggia l'8 giugno
PEDRO DE AMER, Santo
Cavaliere laico, San Pietro de Amer, fu eletto Maestro Generale dell'Ordine Mercedario nel 1271, fu il primo legislatore e autore delle prime Costituzioni dell'Ordine e fu uno fra i più importanti Maestri Generali.
Fu anche redentore ed incrementò la fondazione di nuovi conventi in Spagna e Francia che in quel periodo fu notevole, si possono citare: Minorca (Santa Maria de Esteron), Ciudadella (Minorca), Burgos, Valladolid, Medina del Campo, Aurignac (Francia), Sanguesa (Navarra), Groin (Calahorra), Fuendedena, Beja (Portogallo), Soria, Toro, Elche, Oribuela, Almazan e Logrono. Egli governò con ammirevole prudenza e moderazione, quando in quel fine XIII° secolo, i chierici mercedari cominciavano a protestare per cambiare il regime dell'Ordine volendo come Maestro Generale un frate chierico e non più laico. Pieno di meriti morì nel convento di El Puig l'8 giugno 1301.
L'Ordine lo festeggia l'8 giugno
Fu anche redentore ed incrementò la fondazione di nuovi conventi in Spagna e Francia che in quel periodo fu notevole, si possono citare: Minorca (Santa Maria de Esteron), Ciudadella (Minorca), Burgos, Valladolid, Medina del Campo, Aurignac (Francia), Sanguesa (Navarra), Groin (Calahorra), Fuendedena, Beja (Portogallo), Soria, Toro, Elche, Oribuela, Almazan e Logrono. Egli governò con ammirevole prudenza e moderazione, quando in quel fine XIII° secolo, i chierici mercedari cominciavano a protestare per cambiare il regime dell'Ordine volendo come Maestro Generale un frate chierico e non più laico. Pieno di meriti morì nel convento di El Puig l'8 giugno 1301.
L'Ordine lo festeggia l'8 giugno
ESTEVÃO (Istvan) SANDOR, Beato
E’ nato nella terra gloriosa degli Ungari, magiaro egli stesso, con il medesimo nome del duca István cui papa Silvestro verso il 1000 conferì il titolo di re d’Ungheria, dopo che si fu convertito al cristianesimo. Figlio di un popolo fiero, che mai s’è piegato del tutto alle prepotenze degli invasori: né agli ottomani, né agli Asburgo, né ai nazisti e nemmeno ai comunisti di Josif Vissarionovich Dzugasvili, detto Stalin (che significa “uomo d’acciaio”). Ha sempre brigato o lottato apertamente per la propria indipendenza, contro tutto e contro tutti. Sandór aveva il sangue dei suoi avi: visse in anni difficili quando i rivolgimenti, gli attacchi improvvisi dei nemici, i voltafaccia dei governanti, le alleanze sbagliate, le guerre fredde e combattute, gli attentati, i capovolgimenti di fronte erano all’ordine del giorno
VITORINO, Santo
La vita di San Vittorino è strettamente legata a quella del fratello San Severino. Come lui, infatti, per essere perfetto seguì l'invito di Cristo e vendette tutto ciò che possedeva per distribuire il ricavato ai poveri.
Per darsi completamente a Dio ed isolarsi maggiormente dal mondo, lasciò dopo qualche anno il fratello e si rifugiò alle grotte di Sant'Eustachio, dove poi sorgerà un eremo benedettino, quindi sui monti di Pioraco (MC).
Vittima di forti tentazioni, si impose una dura e dolorosa penitenza: fece penzolare il suo corpo ad un albero con le mani strette fra due rami finché il fratello non andò a liberarlo.
Quando morì, nel 538, gli abitanti di Pioraco raccolsero con grande venerazione le sue spoglie, gli dedicarono la loro chiesa e lo elessero a patrono della loro città. La sua immagine che fregiava lo stemma di quel comune, nel 1878 venne sostituita da un gambero rampante.
La sua festa cade l'8 giugno
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Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto
Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.
Textos recolhidos
Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.
Textos recolhidos
In
MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e através dos sites:
Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral,
e do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga, além de outros, eventualmente
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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres.
Quanto às de minha autoria, não coloco quaisquer entraves para quem quiser copiá-las
MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e através dos sites:
Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral,
e do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga, além de outros, eventualmente
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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres.
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Estádio do Dragão, um dos mais bonitos estádios de futebol.
ANTÓNIO FONSECA