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terça-feira, 2 de abril de 2019

Nº 3 7 9 6 - SÉRIE DE 2019 - (092) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE ABRIL DE 2019 - Nº 146 - DO 12º ANO

Caros Amigos



Desejo que este Ano de 2019 traga tudo de Bom para toda a Humanidade.
As minhas melhores Saudações de
Amizade e Gratidão
para todos os leitores e/ou simples Visitantes que queiram passar os olhos por este Blogue

~







Nº  3 7 9 6


Série - 2019 - (nº 0  9  2)


2 de ABRIL de 2019 


SANTOS DE CADA DIA

Nº  1 4 6

12º   A N O



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos


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FRANCISCO DE PAULA, Santo
     


São FRANCISCO DE PAULA eremita fundador da Ordem dos Mínimos na Calábria, Itália. Prescreveu aos seus discípulos que vivessem de esmolas, não tivessem nada próprio nem tocassem o dinheiro e tomassem sempre só os alimentos quaresmais. Chamado pelo rei de França Luís XI para visitar a corte régia, assistiu-lhe à morte e faleceu em Plessis, próximo de Tours, com a fama de grande austeridade de vida. (1507)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA  da Editorial A. O. de Braga:


O fundador da Ordem dos Mínimos nasceu em Paula, cidade da Calábria em 1416. Fruto de benção e de orações, deram-lhe os pais o nome de FRANCISCO, por devoção ao grande Patriarca de Assis, a cuja intercessão atribuíram a sua vinda ao mundo.
A valiosa protecção do seu santo Patrono fez.-se de novo sentir numa doença que ameaçava fazer-lhe perder um dos olhos. Os pais prometeram conservá-lo um ano no convento duma ordem, caso ele se curasse. Em obediência ao voto, o jovenzinho viveu dos 13 para os 14 anos no convento de São Marcos que havia em Paula.
Depois retirou-se para uma das propriedades do pai, que era simples lavrador, e viveu numa cova, como se fosse solitário de Tebaida, sem outro vestuário que não fosse uma túnica de cilício, com cinto. Não tardou que se lhe juntassem outros dois jovens imitadores da sua santa loucura. Em 1435 foi levantada, junto das celas dos três primeiros Mínimos, uma capela aonde vinha um sacerdote celebrar e dar-lhes a sagrada comunhão. 
São FRANCISCO por humildade e a exemplo do seu santo Patrono, não quis nunca ser padre.
O número dos discípulos foi aumentando e, em 1454, PIRRO arcebispo de Cosenza, permitiu que se levantasse um  mosteiro com Igreja. Nesta construção trabalharam, com as mãos e com dinheiro, mesmo os mais distintos senhores e nobres damas, não faltando a intervenção divina  com manifestos milagres. SISTO IV aprovou a erecção do mosteiro com bula de 23 de Maio de 1474 e nomeou FRANCISCO como superior.
O povo chamava-lhes eremitas de São FRANCISCO, mas eles preferiam o nome evangélico de Mínimos, quer dizer, ainda menos que os frades Menores do Pobrezinho de Assis.
As fundações foram-se estendendo pelo Sul de Itália até à ilha da Sicília. A fama de santidade e milagres do Santo ultrapassou as fronteiras italianas e chegou à corte de Luís XI de França, que estava doente no castelo de Plessis, perto de Tours. O Rei quis que FRANCISCO viesse curá-lo. O Santo resistiu até que o Papa lhe impôs preceito de obediência.
Ao atravessar Roma, em princípios do ano de 1483, recebeu toda a espécie de honras. Três vezes foi admitido à presença do papa, que se deteve com ele de maneira mais amistosa três ou quatro horas. SISTO IV gostou tanto do Santo que deu toda a espécie de favores à nova Ordem dos Mínimos. De Roma dirigiu-se à corte de França,onde assistiu à morte de Luís XI. «Senhor, disse ao rei, logo desde o primeiro momento pedirei a Deus pela vossa saúde, mas o que mais importa é a saúde da alma». «Não há remédio uma vez que amais a vida: o que importa é assegurar a posse da verdadeira vida».
O Santo ficou na França, donde dirigiu a propagação da Ordem naquele reino e em Espanha. Retocou as regras, que foram aprovadas por ALEXANDRE VI e confirmadas mais tarde por JÚLIO II. Morreu em Plessis, a 2 de Abril de 1508, e foi canonizado por LEÃO X em 1519. É um dos Santos de quem se contam milagres em maior número, devidos à sua fé e confiança em Deus.



Maria Egipcíaca, Santa


Na Palestina, Santa MARIA EGIPCÍACA que era uma famosa pecadora de Alexandria e, pela intercessão da Virgem Maria , se converteu a Deus na Cidade Santa e se consagrou a uma vida penitente e solitária além do Jordão. (séc. V)


Texto do livro SANTOS DE CADA DIA  da Editorial A. O. de Braga:


Nasceu pelo ano de 343 e faleceu no deserto da Jordânia em 421 ou 422. Ela contou a sua história ao monge ZÓSIMO que a escreveu. Reproduzimos os pontos essenciais da narração:

Eu sou uma pobre mulher natural do Egipto, que, tendo deixado a casa de meus pais aos doze anos, para viver em minha liberdade, fui a Alexandria, onde me entreguei a tido o género de dissoluções por espaço de dezassete anos. Creio que, até ao presente, mulher alguma perdeu no mundo tantas almas nem o inferno suscitou nele outra cortesã mais perniciosa do que eu. Um dia, vendo que se dirigia para o mar uma grande multidão de mancebos, para embarcar, perguntei aonde iam e, tendo-me informado que iam a Jerusalém para celebrar a festa da Exaltação da Santa Cruzdeu-me vontade de seguir a multidão. Embarquei , e estremeço de horror quando me lembro dos abomináveis escândalos de que enchi todo o navio. Vivi em Jerusalém como tinha vivido em Alexandria, com  a mesma desordem, com  a mesma dissolução, com a mesma desonestidade.
Chegado o dia da festa, dirigi-me com os mais para a porta do Santo Sepulcro a adorar a Santa Cruz; mas, ao querer entrar, uma poderosa mão invisível me deteve. No meio desta desolação levantei casualmente os olhos para cima, e vi em frente uma imagem da Santíssima Virgemrecordando-me então de ter ouvido dizer muitas vezes que Maria era Mãe de misericórdia e refúgio dos pecadoresexclamei: «Mãe de Misericórdia, usai-a com  esta infeliz e miserável criatura; porque sois refúgio dos pecadores, sendo eu a maior pecadora de quantas tem havido, parece que tenho algum direito particular à vossa especial protecção».
Então, animada de extraordinária confiança, levantei-me intrépida, parti apressadamente para a Igreja e entrei sem resistência, como todos os mais. Feita esta diligência, voltei com novo alento ao lugar em que estava a imagem da Santíssima Virgem, e ajoelhando, disse-lhe com a maior confiança: «Mãe de Misericórdia, depois de Deus é vossa a obra da minha conversão; não deixeis imperfeito o que começastes; sou indigna dos vossos favores, mas não da vossa compaixão; em vós ponho toda a minha esperança depois de Jesus Cristo; prometi-Vos deixar o mundo; aqui estou a cumprir a minha promessa; fazei que eu entenda o que deva fazer, e sede a minha guia no caminho do dever».

Apenas acabei de fazer esta oração, ouvi logo distintamente uma voz como que a longa distância, que me dizia: Passa o Jordão e acharás descanso. Não deliberei um só momento; saí no mesmo instante da cidade, provendo-me apenas com três pães. Cheguei quase ao anoitecer à margem do Jordão, onde encontrei uma Igreja dedicada a São JOÃO BAPTISTA. Logo que chegou a manhã, purifiquei a minha alma com o sacramento da penitência e recebi a Sagrada Eucaristia. Passei o Jordão num batel, e entrei neste ditoso deserto, tendo 29 anos de idadesem que, em 47 que estou nele, haja visto outra pessoa mais do que a ti.
Então de que te tens sustentado? - replicou-lhe ZÓSIMO.
o comi mais do que ervas e raízes.
E tem-te deixado em paz o tentador? - perguntou-lhe o santo velho.
O que me custou combater contra os violentos desejos da intemperança, vencer o tédio e o desgosto, sofrer o rigor das estações do ano, domar a carne, para apagar as ideias do mundo e dos divertimentos profanos! Se não pereci, foi efeito da misericórdia do Senhor. Para pelejar com tantos inimigos , não usava outras armas que não fossem a oração, a penitência e o ter cada dia maior confiança em Deus e na protecção da Santíssima Virgem , à qual devo a graça da minha conversão e da minha perseverança.
Vendo ZÓSIMO que ela citava algumas palavras e lugares da Sagrada Escritura, perguntou-lhe se a tinha lido.
Nunca soube ler - respondeu-lhe a santa. Porém tudo supre o Senhor, quando é da sua Santíssima vontade.
Dizendo isto, levantou-se e, encarregando-o de guardar segredo enquanto ela vivesse, rogou-lhe que no ano seguinte, voltasse a vê-la na quinta-feira santa e lhe levasse a Sagrada Eucaristia para poder comungar. Dito isto, pediu-lhe a benção e retirou-se.
Na quinta-feira santa do ano seguinte, saiu ele do convento e chegou já muito tarde à margem do Jordão, levando consigo a Sagrada Eucaristia. Apenas chegou, logo a luz da Lua lhe deixou ver na margem oposta a Santa. Esta. feito o sinal da cruz, caminhou sobre a água como fazia sobre a terra firme.
Prostrada depois em presença do Santíssimo Sacramento, e desfazendo-se em lágrimas, pediu ao padre quer rezasse o Credo e o Pai Nosso. Acabadas estas orações, recebeu a Sagrada Comunhão; e ela exclamou:
- Agora, Senhor, deixai ir em paz a vossa serva, segundo a vossa divina palavra, pois viram meus olhos a salvação que vem de Vós.
E, voltando-se depois para ZÓSIMO, disse-lhe:
- Padre, tenho outra graça a pedir-te, e é que na Quaresma que vem, voltes àquela parte do deserto onde me viste pela primeira vez, e aí me acharás como Deus for servido.
Chegado o ano seguinteZÓSIMO encaminhou-se para o lugar onde dois anos antes tinha encontrado a santa pela primeira vez. Mas já a encontrou morta, o cadáver estendido em terra, tão fresco como se acabasse de expirar.
Passado pouco tempo, começou a celebrar-se o culto da santa na Igreja grega, e quase desde logo, na Latina. Em algumas igrejas, celebrava-se a sua festa no dia 2 de Abril e em outras no dia 9.




ANFIANO ou APIANO, Santo

Em Cesareia da Palestina, Santo ANFIANO ou APIANO mártir que, no tempo do imperador Maximino, quando os habitantes daquela terra eram obrigados a sacrificar publicamente aos deuses, se aproximou corajosamente do governador Urbano e, segurando-lhe a não direita, obrigou-o a suspender o rito, Imediatamente os soldados se arremessaram sobre ele e, envolvendo-lhe os pés num lençol embebido em óleo , atearam-lhe fogo e lançaram-no vivo ao mar. (306)

TEODORA ou TEODÓSIA de Cesareia, Santa

Em Cesareia da Palestina, a paixão de Santa TEODORA virgem de Tiro que, na mesma perseguição, por saudar publicamente os confessores da fé que estavam perante o tribunal e rogar-lhes que se lembrassem dela quando chegassem à presença do Senhor, foi presa pelos soldados e conduzida ao prefeito , por ordem do qual sofreu cruéis suplícios e finalmente foi lançada ao mar. (307)

ABÚNDIO, Santo



Em Como, na Ligúria, Itália, santo ABÚNDIO bispo que, tendo sido enviado a Constantinopla pelo papa LEÃO MAGNO aí defendeu firmemente a verdadeira fé. (468)


VÍTOR, Santo

Em Cápua, na Campânia, Itália, São VÍTOR célebre pela sua erudição e santidade. (554)


NICÉCIO, Santo

Em Lião, na Gália, hoje França, São NICÉCIO bispo que foi sempre solícito para com os pobres e bondoso para com os humildes e ensinou esta Igreja a seguir uma norma na salmodia. (573)


EUSTÁSIO, Santo


No mosteiro de Luxeuil, na Borgonha, hoje França, Santo EUSTÁSIO abade, que foi discipulo de São COLUMBANO e prelado de quase seiscentos monges. ((629)


JOÃO PAINE, Santo


No Chelmsford, Inglaterra, São JOÃO PAINE presbitero e mártir que, no reinado de Isabel I, falsamente acusado de alta traição, sofreu o suplício da forca. (1582)


PEDRO CALUNGSOD, Santo


DIOGO LUÍS DE SAN VÍTORES, Beato



Em Tomhom, ilha de Guam, Oceania, São PEDRO CALUNGSOD catequista e o Beato DIOGO LUÍS DE SAN VÍTORES presbitero da Companhia de Jesus que por causa da sua fé cristã foram cruelmente assassinados e lançados ao mar por apóstatas e alguns indígenas sequazes de superstições pagãs. (1672)


LEOPOLDO DE GAICHE, Beato


Em Spoleto, na Úmbria, Itália, o Beato LEOPOLDO DE GAICHE presbitero da Ordem dos Frades Menores que organizou santos retiros em Monteluco. (1815)


DOMINGOS TUOC, Santo

Em Xuong Dien, n o Tonquim, hoje Vietname,. São DOMINGOS TUOC presbitero da Ordem dos Pregadores e mártir na perseguição do imperador Minh Mang (1839).

ISABEL VENDRAMINI, Beata


Em Pádua, no Véneto, Itália, a Beata ISABEL VENDRAMINI virgem que dedicou a sua vida aos pobres e, superando muitas adversidades, fundou o Instituto das Irmãs Isabelinas da Ordem Terceira de São Francisco. (1860)

FRANCISCO COLL Y GUITART, Santo


Em Vich, Catalunha, Espanha, São FRANCISCO COLL Y GUITART presbitero da Ordem dos Pregadores, que, injustamente expulso do claustro, perseverou firmemente na sua vocação e anunciou por toda esta região o nome de Nosso Senhor jesus Cristo. (1875)

GUILHERME APOR, Beato


Em Gyor, na Hungria, o beato GUILHERME APOR bispo e mártir que durante a segunda guerra mundial abriu as suas portas a cerca de trezentos refugiados e, espancado na tarde de Sexta-feira Santa (Paixão do Senhor) por defender das mãos dos soldados algumas jovens indefesas, morreu três dias depois. (1945)

NICOLAU CARNECKYI, Beato

Em L'viv , na Ucrânia, o Beato NICOLAU CARNECKYJ bispo que exercendo a função de exarca apostólico e, Volyn' e Pidljashja durante a perseguição contra a fé cristã, seguiu os passos de Cristo como pastor fiel e por sua graça alcançou o reino celeste. (1959)

MARIA DE SÃO JOSÉ ALVARADO 
(Laura Alvarado Cardozo), Beata


Em Maracay, na Venezuela, a beata MARIA DE SÃO JOSÉ ALVARADO (Laura Alvarado Cardozo) virgem, que fundou a Congregação das Agostinhas Recoletas do Sagrado Coração e assistiu sempre com suprema caridade as órfãs, os idosos e os pobres abandonados. (1967)

JOÃO PAULO II, Santo

CCLXIV  Papa (2005)




Karol Wojtyla nasce em 18 de Maio de 1920, em Wadowice, a uns poucos quilómetros de Cracóvia, uma importante cidade e centro industrial ao norte da Polónia.
Seu pai, um homem profundamente religioso, era militar de profissão. Enviuvou quando Karol contava apenas com nove anos. Dele - segundo seu próprio testemunho - recebeu a melhor formação: «Bastava o seu exemplo para inculcar disciplina e sentido do dever. Era uma pessoa excepcional».
De jovem o interesse de Karol dirigiu-se para o estudo dos clássicos, gregos e latinos. Com o tempo foi crescendo nele um singular amor à filologia: em princípios de 1938 muda-se com seu pai para Cracóvia, para matricular-se na universidade Jaghellonica e cursar ali estudos de filologia polaca.
Sem embargo, com a ocupação da Polónia por parte das tropas de Hitler, facto acontecido em 1 de Setembro de 1939, seus planos de estudar filología se veriam definitivamente truncados.Nesta difícil situação, e com o fim de evitar a deportação para a AlemanhaKarol busca um trabalho. É contratado como operário numa cantera de pedra, vinculada a uma fábrica química, de nome Solvay.
Também naquela difícil época Karol iniciava-se no "teatro da palavra viva", uma forma muito singela de facer teatro: a actuação consistia essencialmente na recitação de um texto poético. As representações se realizavam na clandestinidade, num círculo muito íntimo, pelo risco de ver-se submetidos a graves sanções por parte dos nazis.
Outra importante ocupação de Karol por aquela época era a ajuda eficaz que prestava às famílias judias para que pudessem escapar da perseguição decretada pelo regime nacional-socialista. Pondo em risco sua própria vida, salvaria a vida de muitos judeus.
A princípios de 1941 morre seu pai. Karol contava por então com 21 anos de idade. Este doloroso acontecimento marcará um hiato importante no caminho de sua própria vocação: «depois da morte de meu pai - dirá o Santo Padre em diálogo com André Frossard -, pouco a pouco fui tomando consciência de meu verdadeiro caminho. Eu trabalhava na fábrica e, na medida em que o permitia o terror da ocupação, cultivava o meu gosto às letras e à arte dramática. Minha vocação sacerdotal tomou corpo no meio de tudo isto, como um facto interior duma transparência indiscutivel e absolutaNo ano seguinte, no Outono, sabia já que havia sido chamadoVia claramente que era o que devia abandonar e o objectivo que devia alcançar "sem olhar para trás"Seria sacerdote».
Havendo escutado e identificado com claridade o chamado do SenhorKarol empreende o caminho de sua preparação para o sacerdócio, ingressando ao seminário clandestino de Cracóvia, em 1942. Dadas as sempre difíceis circunstâncias, o facto de seu ingresso no seminário - que se havia estabelecido clandestinamente na residência do Arcebispo Metropolitano, futuro Cardeal Adam Stepan Sapieha - devia ficar ena mais absoluta reserva, pelo que não deixou de trabalhar como operário em Solvay. Anos de intensa formação transcorreram na clandestinidade até 18 de Janeiro de 1945, quando os alemães abandonaram a cidade ante a chegada da "armada vermelha".
Em 1 de Novembro de 1946, festa de Todos os Santos, chegou o dia ansiado: pela imposição das mãos de seu BispoKarol participava desde então - e para sempre - do sacerdócio do Senhor. De imediato o padre Wojtyla foi enviado a Roma para continuar no Angelicum seus estudos teológicos.
Dois anos mais tarde, culminados excelentemente os estudos previstos, volve à sua terra natal: «Regressava de Roma a Cracóvia - disse o Santo Padre em Dom e Mistério - com o sentido da universalidade da missão sacerdotal, que seria magistralmente expresso pelo Concílio Vaticano IIsobretudo na Constituição dogmática sobre a IgrejaLumen gentium. Não só o Bispomas também cada sacerdote deve viver a solicitude por toda a Igreja e sentir-se, de algum modo, responsável dela».
Como Vigário foi destinado à paróquia de Niegowic, onde além de cumprir com as obrigações pastorais próprias da paróquia, assumiu o ensino do curso de religião en cinco escolas elementares.
Passado un ano foi transferido para a paróquia de S. Florián. Entre seus novos trabalhos pastorais lhe tocou fazer-se encarregado da pastoral universitária de Cracóvia. Semanalmente ia dissertando - para a juventude universitária - sobre temas básicos que tocavam os problemas fundamentais sobre a existência de Deus e a espiritualidade do ser humano, temas que eram necessários aprofundar junto com a juventude no contexto do ateísmo militante, imposto pelo regime comunista de turno no governo de Polónia.
Dois anos depois, em 1951, o novo Arcebispo de Cracóvia, mons. Eugeniusz Baziak, quis orientar o labor do padre Wojtyla mais além da investigação e da docência. Não sem um grande sacrifício de sua parte, o padre Karol teve de reduzir notavelmente o seu trabalho pastoral para dedicar-se ao ensino de Ética e Teologia Moral na Universidade Católica de Lublín. A ele se encomendou a cátedra de Ética. Seu labor docente o exerceu posteriormente também na Faculdade de Teologia da Universidade Estatal de Cracóvia.
Nomeado Bispo pelo Papa Pio XII, foi consagrado em 23 de Setembro de 1958. Foi então destinado como Bispo auxiliar na diocese de Cracóvia, ficando a cargo da mesma em 1964. Dois anos depois, a diocese de Cracóvia seria elevada ao grau de Arquidiocese pelo Papa Paulo VI.
Seu labor pastoral como Bispo esteve marcada por sua preocupação e cuidado para com as vocações sacerdotais. Neste sentido, seu infatigável labor apostólico e seu intenso testemunho sacerdotal deram lugar a uma abundante resposta de muitos jovens que descobriram o seu chamado ao sacerdócio e tiveram a coragem de segui-lo.
Assim mesmo, já desde então destacava entre suas grandes preocupações a integração dos laicos nas tarefas pastorais.
Mons. Wojtyla terá uma activa participação no Concilio Vaticano II. Além de suas intervenções, que foram numerosas, foi eleito para formar parte de três comissões: Sacramentos e Culto Divino, Clero e Educação Católica. Assim mesmo formou parte do comité de redacção que teve a seu cargo a elaboração da Constituição Pastoral Gaudium et spes.
É criado Cardeal pelo Papa Paulo VI em 1967, um ano chave para a Igreja peregrina em terras polacas. Foi então que a Sede Apostólica pôs em marcha sua conhecida Ostpolitik, dando início a um importante "degelo" a nível das frias relações entre a Igreja e o Estado comunista. O flamante Cardeal Wojtyla assumiria um importante papel neste diálogo, e  sem dúvida respondeu a esta difícil e delicada tarefa com muita coragem e habilidade. Sua postura - a postura em representação da Igreja - era a mesma que havia sido tomada também por seus exemplares predecessores: a defesa da dignidade e direitos de toda a pessoa humana, assim como a defesa do direito dos fieis a professar livremente a sua fé.
Sua sagacidade e tenacidade lhe permitiram obter também outras significativas vitórias: após largos anos de esforços, contra a persistente oposição das autoridades, teve o grande gozo de inaugurar uma igreja em Nowa Huta, uma "cidade piloto" comunista. Os muros desta igreja, qual símbolo silencioso e eloquente da vitória da Igreja sobre o regime comunista, haviam sido levantados com mais de dois milhões de pedras talhadas voluntariamente pelos cristãos de Cracóvia.
Enquanto a pastoral de sua arquidiocese, em contínuo crescimento de cuidado plantava ao Cardeal muitos direitos. Ele motivou a que com habitual frequência reunisse o seu presbitério para analizar as diversas situações, com o objecto de responder adequada e eficazmente aos desafios que se iam apresentando.
Em 1975 assiste ao III Simpósio de Bispos Europeus. Ali é nele que se confia a colocação introdutória: «O Bispo como servidor da fé». Esse mesmo ano dirige os exercícios espirituais para Sua Santidade Paulo VI e para a Cúria vaticana. As práticas que deu naquela ocasião foram publicadas num livro intitulado Sinal de contradição.
João Paulo II. Sucessor de Pedro
Eleito pontífice em 16 de Outubro de 1978, escolheu os mesmos nomes que havia tomado o seu predecessor: João Paulo. Numa formosa e profunda reflexão, deixa pública em sua primeira encíclica (Redemptor hominis), dirá o mesmo sobre o significado deste nome:
«era o dia 26 de Agosto de 1978, quando ele (o então eleito Cardeal Albino Lucianideclarou ao Sacro Colégio que queria chamar-se João Paulo um binómio deste género não tinha precedentes na história do Papadodivisei nele um auspício eloquente da graça para o novo pontificado. Dado que aquele pontificado durou apenas 33 diasme toca a mim não só continuá-lo mas também, em certo modo, assumi-lo desde o seu mesmo ponto de partida. Isto precisamente ficou corroborado pela minha eleição daqueles dois nomes. Com esta eleição, seguindo o exemplo de meu venerado Predecessordesejo igualmente expressar meu amor pela singular herança deixada à Igreja pelos Pontífices João XXIII e Paulo VI e ao mesmo tempo meu pessoal disponibilidade a desenvolvê-la com a ajuda de DeusAtravés destes dois nomes e dois pontificados ligados com toda a tradição desta Sede Apostólica, com todos os Predecessores do século XX e dos séculos anteriores, enlaçando sucessivamente, ao largo das distintas épocas até as mais remotas, com a linha da missão e do ministério que confere a Sede de Pedro um posto absolutamente singular na IgrejaJoão XXIII e Paulo VI constituem uma etapa, a que desejo referir-me directamente como a umbral, a partir do qual quero, em certo modo em união com João Paulo I, prosseguir até ao futuro, deixando-me guiar pela confiança ilimitada e pela obediência ao Espírito que Cristo há prometido e enviado a sua Igreja (...). Com plena confiança no Espírito de Verdade entro pois na rica herança dos recentes pontificados. Esta herança está vigorosamente enraízada na consciência da Igreja de um modo totalmente novo, jamais conhecido anteriormente, graças ao Concílio Vaticano II».

"Não tenhais medo"
Foram estas as primeiras palavras que S. S. João Paulo II lançou ao mundo inteiro desde a Praça de S. Pedro, naquela memorável homília celebrada com ocasião da inauguração oficial de seu pontificado, em 22 de Outubro de 1978. E são certamente estas mesmas palavras as que há feito ressoar uma e outra vez nos corações de inumeráveis homens e mulheres de nosso tempo, alentando-nos - sem cair em pessimismos nem ingenuidades - a não ter medo "a verdade de nós mesmos", medo "do homem nem do que ele há criado": «"não tenhais medo de vós mesmos"». Desde o início de seu pontificado há sido esta sua firme exortação a confiar no homem, desde a humilde aceitação de sua contingência e também de seu ser pecador, mas dirigindo desde ali o olhar ao único horizonte de esperança que é o Senhor Jesus, vencedor do mal e do pecado, autor de uma nova criação, de uma humanidade reconciliada por sua morte e ressurreição. Seu chamado é, por isso mesmo, um chamado a não ter medo a abrir de par em par as portas ao Redentor, tanto dos próprios corações como também das diversas culturas e sociedades humanas.
Este chamado que há dirigido a todos os homens deste tempo, é por sua vez uma enorme exigência que ele mesmo se impôs amorosamente. Com efeito, «o Papa - disse ele de si mesmo -, que começou Seu pontificado com as palavras "Não tenhais medo"procura ser plenamente fiel a tal exortação, e está sempre disposto a servir o homem, as nações, e a humanidade inteira no espírito desta verdade evangélica».
Desde "um país longínquo"
«Chamaram-me de uma terra distante, distante mas sempre próxima na comunhão da Fé e Tradição cristãs». Foram estas, no início de seu pontificado, as palavras do primeiro Papa não italiano desde Adriano VI (1522).
João Paulo II nasceu em Polónia, uma extraordinária nação que por sua fidelidade à fé, posta no crisol da prova muitas vezes, chegou a ser considerada como um "baluarte da cristandade", do "Semper fidelis" com que orgulhosamente qualificam os católicos polacos a sua pátria. A personalidade de S. S. João Paulo II está selada pela identidade e cultura próprias de sua Polónia natal: uma nação con raízes profundamente católicas, cuja unidade e identidade, mais que em seus limites territoriais, se encontra em sua história comum, em sua língua e na fé católica.
Sua origem, ao mesmo tempo, o une aos povos eslavos, evangelizados faz onze séculos pelos santos irmãos Cirilo e Metódio. Será casualmente «recordando a inestimável contribuição dada por eles à obra do anúncio do Evangelho naqueles povos e, ao mesmo tempo, a causa da reconciliação, da convivência amistosa, do desenvolvimento humano e do respeito à dignidade intrínseca de cada nação», que sua S. S. João Paulo II proclamou aos santos Cirilo Metódio co-patronos de Europa, junto a S. Bento. A eles, está dedicada sua formosa encíclica Slavorum apostoli, em que faz explícita esta gratidão: «se sente particularmente obrigado a ele o primeiro Papa chamado à sede de Pedro desde Polónia e, portanto, de entre as nações eslavas».

Uma nação provada na sua fé

"O novo Papa era um homem que havia podido conhecer «desde dentro, os dois sistemas totalitários que hão marcado tragicamente nosso século: o nazismo de uma parte, com os horrores da guerra e dos campos de concentração, e o comunismo, de outra, com seu regime de opressão e de terror». Ao largo daqueles anos de prova, a personalidade de Karol foi forjada no crisol da dor e do sofrimento, sem perder jamais a esperança, nutrida na fé. Esta experiência vivida em sua juventude nos permite compreender sua grande «sensibilidade pela dignidade de toda pessoa humana e pelo respeito de seus direitos, começando pelo direito à vida». Sua encíclica Evangelium vitae é a expressão magisterial mais firme e acabada desta profunda sensibilidade humana e pastoral.
Graças àquelas dramáticas experiências que viveu naqueles tempos terríveis «é fácil entender também minha preocupação pela família e pela juventude». Esta preocupação, por sua parte, teve a sua mais ampla expressão magisterial na encíclica Familiaris consortio.

Improntas do pontificado de João Paulo II

A vida cristã e a TrindadeDeus é Pai, Filho e Espírito Santo
Papa João Paulo II quis fazer evidente desde o início do seu pontificado a relação existente - ainda que talvez tantas vezes esquecida ou relegada - da vida da Igreja (e de cada um de seus filhos) com a Trindade, dedicando suas primeiras encíclicas a aprofundar em cada uma das três pessoas da Trindade: uma a Deus Pai, rico em misericórdia (1980); outra ao Filho, Redentor do mundo (1979); e outra ao Espírito SantoSenhor e dador de vida (1986). Este é o mistério central da fé cristã: Deus é um só, mas à vez três Pessoas. Recorda assim as bases da verdadeira fé, e com ela o fundamento da autêntica vida da Igreja e de cada um de seus filhos: em efeito, não se entende a vida do cristão se não é em relação com Deus, PaiFilho e Espírito SantoComunhão de Amor.

"Totus Tuus"... um Papa selado pelo amor à Mãe
Totus Tuus, o Todo teu (com evidente referência a Maria), foi o lema eleito por Sua Santidade João Paulo II ao assumir o leme da barca de Pedro. Deste modo se consagrava a Ela, se acolhia a seu terno cuidado e intercessão, convidando-a a selar com sua amorosa presença maternal a inteira trajectória de seu pontificado. Por ocasião da Eucaristia celebrada em 18 de Outubro de 1998, aos vinte anos de sua eleição e aos 40 anos de haver sido nomeado bispo, reiterará na Praça de S. Pedro esse "Totus Tuus" ante o mundo católico.
Em outra ocasião havia dito o mesmo com respeito a esta frase: «Totus TuusEsta fórmula não tem somente um carácter piedoso, não é uma simples expressão de devoção: é algo mais. A orientação até uma devoção tal se afirmou em mim no período em que, durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhava como operário em uma fábrica. Num primeiro momento me havia parecido que devia afastar-me um pouco da devoção mariana da infância, em benefício de um cristianismo cristocêntrico. Graças a S. Luís Grignon de Montfort compreendi que a verdadeira devoção à Mãe de Deus é, sem embargo, cristocéntrica, mais ainda, que está profundamente radicada no Mistério trinitário de Deuse nos mistérios da Encarnação e a RedençãoAssim pois, redescobri com conhecimento de causa a nova piedade mariana, e esta forma madura de devoção à Mãe de Deus me há seguido através dos anos: seus frutos são a Redemptoris Mater e a Mulieris dignitatem».
Outro sinal de seu amor filial a Santa Maria é seu escudo pontifício: sobre um fundo azul, uma cruz amarela, e sob o madeiro horizontal direito, uma "M", também amarela, representando a Mãe que estava "ao pé da cruz", onde - no dizer de S. Paulo - em Cristo estava Deus reconciliando o mundo consigo. En sua surpreendente simplicidade, seu escudo é, pois, uma clara expressão da importância que o Santo Padre lhe reconhece a Santa Maria como eminente cooperadora na obra da reconciliação realizada por seu Filho.
Seu escudo se alça ante todos como uma perene e silenciosa profissão de um amor terno e filial à Mãe do Senhor Jesus, e à vez, é um constante convite a todos os filhos da Igreja para que reconheçamos seu papel de cooperadora na obra da reconciliação, assim como sua dinâmica função maternal para com cada um de nós. Com efeito, «entregando-se filialmente a Maria", o cristão, como o apóstolo João, "acolhe entre suas coisas próprias" Mãe de Cristo e a introduz em todo o espaço de sua vida interior, é dizer, no seu "eu" humano e cristão: "A acolheu em sua casa". Assim o cristão, trata de entrar no raio de acção daquela "caridade materna", com que a Mãe do Redentor "cuida dos irmãos de seu Filho", "a cuja geração e educação coopera" segundo a medida do dom, própria de cada um pela virtude do Espírito de Cristo. Assim se manifesta também aquela maternidade segundo o espírito, que há chegado a ser a função de Maria aos pés da Cruz e no cenáculo».
O aprofundamento da teologia e da devoção mariana - em fiel continuidade com a ininterrupta tradição católica - é uma impronta muito especial da pessoa e pontificado do Santo Padre.

Homem do perdão; apóstolo da reconciliação

Talvez muitos jovens desconheçam o atentado que o Santo Padre sofreu aquele já longínquo 13 de Maio de 1981, às mãos de um jovem turco, de nome Alí Agca. Então, guardando-o milagrosamente da morte, se manifestou a Providência divina que concedia a seu eleito uma invalorável ocasião para experimentar en si mesmo a dor e sofrimento humano - físico, psicológico e também espiritual - para poder melhor associar-se à cruz do Senhor Jesus e solidarizar-se mais ainda com tantos irmãos doentes. Fruto desta experiência vivida com um profundo horizonte sobrenatural será sua formosa Carta Apostólica Salvifici doloris.

Aquele facto foi também uma magnífica oportunidade para mostrar ao mundo inteiro que ele, fiel discípulo ol Mestre, é um homem que não só chama a viver o perdão e a reconciliação, mas que ele mesmo o vive: uma vez recuperado, num gesto autenticamente cristão e de enorme grandeza de espírito, o Santo Padre se acercou a seu agressor - recluso na prisão - para oferecer-lhe o perdão e constituir-se ele mesmo num testemunho vivo de que o amor cristão é maior que o ódio, de que a reconciliação - ainda que exigente - pode ser vivida, e de que este é o único caminho capaz de converter os corações humanos e de trazer-lhes a paz tão ansiada.

Servidor da comunhão e da reconciliação

O desejo de convidar a todos os homens a viver um processo de reconciliação com Deus, com os irmãos humanos, consigo mesmos e com a inteira obra da criação deu pé a numerosas exortações neste sentido. Ocupa um singular lugar sua Exortação Apostólica Post-Sinodal Reconciliatio et paenitentiae - sobre a reconciliação e a penitência na missão da Igreja hoje (se nutre da reflexão conjunta que fizeram os bispos do mundo reunidos en Roma no ano 1982 para a VI Assembleia Geral do Sínodo de Bispos)-, e tem um peso singularmente importante a declaração que fizera no Congresso Eucarístico de Téramo, o 30 de Junho de 1985: «Pondo-me à escuta do grito do homem e vendo como manifesta nas circunstâncias da vida uma nostalgia de unidade com Deus, consigo mesmo e com o próximo, hei pensado, por graça e inspiração do Senhor, propor com força esse dom original da Igreja que é a reconciliação».

A preocupação social de S.S. João Paulo II

A encíclica Centesimus annus, que comemora o centésimo ano desde o início formal do Magistério Social Pontificio com a publicação de encíclica Rerum novarum de S.S. León XIII, se há constituído no último grande aporte de S.S. João Paulo II no que toca ao dito Magistério. Nela escrevia: «... desejo antes de tudo satisfazer a divida de gratidão que a Igreja inteira h contraído com o grande Papa (León XIII) e com seu "imortal Documento". É também meu desejo mostrar como a rica seiva, que sobe desde aquela raiz, não se esgotou com o passo dos anos, mas que, pelo contrário,se fez mais fecunda».

Indubitavelmente enriquecido por sua própria experiência como operário, e em sua particular cercania com seus companheiros de labuta, a grande preocupação social do actual Pontífice já havia encontrado outras duas ocasiões para manifestar-se ao mundo inteiro no que toca ao magistério: a encíclica Laborem exercens, sobre o trabalho humano, e a encíclica Sollicitudo rei socialis, sobre os problemas actuais do desenvolvimento dos homens e dos povos.

A nova evangelização: tarefa principal da Igreja

Desde o início de seu pontificado o Papa João Paulo II tem estado empenhado em chamar e comprometer a todos os filhos da Igreja na tarefa de uma nova evangelização: «nova em seu ardor, em seus métodos, em sua expressão».

Mas, como recorda o Santo Padre, «se a partir da Evangelii nuntiandi se repete a expressão nova evangelização, isso é somente no sentido dos novos reptos que o mundo contemporâneo apresenta à missão da Igreja» ... «Há que estudar a fundo - disse o Santo Padre - en que consiste esta Nova Evangelização, ver seu alcance, seu conteúdo doutrinal e implicações pastorais; determinar os "métodos" mais apropriados para os tempos en que vivemos; buscar uma "expressão" que a acerque mais à vida e às necessidades dos homens de hoje, sem que por ele perca nada de sua autenticidade e fidelidade à doutrina de Jesus e à tradição da Igreja».

Nesta tarefa o Papa João Paulo II tem uma profunda consciência da necessidade urgente do apostolado dos laicos na Igreja, preocupação que se reflete claramente na sua Encíclica Christifideles laici e no impulso que surgiu dando ao desenvolvimento dos diversos Movimentos eclesiais. Por isso mesmo, na tarefa da nova evangelização «a Igreja trata de tomar uma consciência mais viva da presença do Espírito que actua nela (...) Um dos dons do Espírito a nosso tempo é, certamente, o florescimento dos movimentos eclesiais, que desde o início de meu pontificado hei assinalado e sigo assinalando como motivo de esperança para a Igreja e para os homens».

Mas S.S. João Paulo II não entende a nova evangelização simplesmente como uma "missão hacia afuera": a missão hacia adentro (é dizer, a reconciliação vivida no âmbito interno da mesma Igreja) há sido também destacada pelo Santo Padre como uma urgente necessidade e tarefa, pois ela é um sinal de credibilidade para o mundo inteiro. Desde esta perspectiva há que compreender também o forte empenho ecuménico alentado pelo Santo Padre, muito na linha.

"Que todos sejam um"

O Santo Padre, como Cristo o Senhor faz dois mil anos, segue elevando também hoje ao Padre esta fervente súplica: «¡Que todos sejan um (Ut unum sint)… para que o mundo creia!». Como incansável artesão da reconciliação, o actual Sucessor de Pedro há vindo trabalhado desde o início de seu pontificado por lograr a unidade e reconciliação de todos os cristãos entre si, sem que ele signifique de nenhum modo claudicar a Verdade: «O diálogo - disse Sua Santidade aos bispos austríacos, em 1998 -, a diferença de uma conversação superficial, tem como objectivo o descobrimento e o reconhecimento comum da verdade. (…) A fé viva, transmitida pela Igreja universal, representa o fundamento do diálogo para todas as partes. Quem abandona esta base comum elimina de todo diálogo na Igreja a possibilidade de converter-se em diálogo de salvação. (…) ninguém pode desempenhar sinceramente um papel num processo de diálogo se não está disposto a expor-se à verdade e a crescer nela».

Renovado impulso à catequese
Como disse o Santo Padre, a Encíclica Redemptoris missio quer ser - depois de Evangelii nuntiandi - «uma nova síntese de ensino sobre a evangelização do mundo contemporâneo». Por outro lado, a Exortação Apostólica Catechesi tredendae é uma tentativa - já desde o início de seu pontificado - de dar um novo impulso ao labor pastoral da catequese. O Santo Padre, desde que assumiu seu pontificado, tem mantido as catequeses de quarta-feira iniciadas por seu predecessor Paulo VI. Nelas há desenvolvido principalmente o conteúdo do "Credo". Neste mesmo sentido o Catecismo da Igreja Católica -aprovado pelo Santo Padre em 1992 - quis ser «o melhor dom que a Igreja pode fazer a seus Bispos e a todo o Povo de Deus», tendo em conta que é um «valioso instrumento para a nova evangelização, onde se compendia toda a doutrina que a Igreja tem de ensinar».

Com S.S. João Paulo II até ao terceiro milénio

Papa João Paulo II, mediante sua Carta apostólica Tertio millenio adveniente, convidou a toda cristandade a preparar-se para o que será uma grande celebração e comemoração: três anos hão sido dedicados por desejo explícito do Sumo Pontífice à reflexão e aprofundamento em torno a cada uma das Pessoas divinas do Mistério da Santíssima Trindade: 1997 foi dedicado ao Filho, 1998 ao Espírito Santo e 1999 ao Pai. Deste modo a Igreja se prepara a celebrar com um grande Jubileu os dois mil anos do nascimento de Jesus Cristo, o Filho eterno do Pai que - de Maria Virgem e por  obra do Espírito Santo - «nasceu do Povo eleito, em cumprimento da promessa feita a Abraão e recordada constantemente pelos profetas».

Dele, e do cristianismo, nos recordamos na sua mesma Carta ao Papa: «Estes (os profetas de Israel) falavam em nome e em lugar de Deus. (…) Os livros da Antiga Aliança são assim testemunhas permanentes de uma atenta pedagogia divina. Em Cristo esta pedagogia alcança sua meta: Ele não se limita a falar "em nome de Deus" como os profetas, mas que é Deus mesmo quem fala no seu Verbo eterno feito carne. Encontramos aqui o ponto essencial pelo que o cristianismo se diferencia das outras religiões, nas que desde o princípio se expressou a busca de Deus por parte do homem. O cristianismo começa com a Encarnação do Verbo. Aqui não é só o homem quem busca a Deus, mas que é Deus quem vem em Pessoa a falar de sí ao homem e a mostrar-lhe o caminho pelo qual é possível alcançá-lo. (…) O Verbo Encarnado é, pois, o cumprimento do anseio presente em todas as religiões da humanidade: este cumprimento é obra de Deus e vai mais além de toda a expectativa humana».

Este acontecimento histórico central para a humanidade inteira, acontecimento porque Deus que se faz homem para dizer «a palavra definitiva sobre o homem e sobre a história», é o que a Igreja se prepara a celebrar com um grande Jubileu, e deste modo se prepara a transpor o umbral do novo milénio. Sua Santidade, o "doce Cristo sobre a terra", como ícone visivel do Bom Pastor vai à cabeça da Igreja que peregrina neste tempo de profundas transformações, constituindo-se para todos seus filhos e filhas que com valor querem escuta-lo e segui-lo, em rocha segura e guia firme … "¡Não tenhais medo!"… são as palavras que também hoje brotam com insistência dos lábios de Pedro, homem de frágil figura, mas eleito e fortalecido por Deus para suster o edifício da Igreja toda com uma fé firme e uma esperança invencível.

(O que se segue é um artigo intitulado «S. S. João Paulo II: "Profeta do sofrimento"», cujo autor é Mons. Cipriano Calderón Polo)

«S. S. João Paulo II, é nesta etapa final do segundo milénio, o Pastor universal do povo de Deus, guia segura para atravessar o "umbral da esperança" que nos introduzirá no terceiro milénio da evangelização...

«¿Como se apresenta ao mundo de hoje o Papa esta encruzilhada decisiva da história? «Sua imagem característica é agora a de profeta do sofrimento, um sacerdote, um evangelizador que realiza em sua amável pessoa a doutrina que ele mesmo explicou na carta apostólica Salvifici doloris (11 de Fevereiro de 1984) e em tantos discursos sobre o significado da dor humana.

«João Paulo II, nas celebrações litúrgicas, nas audiências, nas viagens apostólicas, em todas as suas actividades, aparece como um ícone de sofrimento, dando à Igreja um testemunho formidável da força evangelizadora da dor física e moral.

«Em sua pessoa de Vigário de Cristo se cruzam as debilidades físicas: essas "debilidades do Papa" as que ele mesmo se referiu no dia de Natal de 1995 desde a janela de seu despacho; as penas e dores cada vez mais crescentes dos homens e mulheres de nosso tempo, de todos os povos, especialmente daqueles mais pobres de América Latina, África e Ásia; os sofrimentos de toda a Igreja, que naturalmente se acumulam no vértice da mesma. E a tudo ele se une a fadiga pastoral produzida por uma entrega sem reservas ao ministério Petrino, ao que o Papa Wojtyla segue oferecendo generosamente todas as suas energias, sem deixar-se render pela idade ou pelos quebrantos de saúde.

«O Santo Padre caminha até ao ano 2000, à frente da humanidade, levando a cruz de Jesus. Assim se parece mais com o divino Redentor.
«Ele mesmo fez notar numa alocução dominical -Ángelus- pronunciada desde o seu quarto do hospital Gemelli"¿Como me apresentarei eu agora - comentava - aos poderosos do mundo e a todo o povo de Deus? Me a presentarei com o que tenho e posso oferecer: com o sofrimento. Compreendidizia - que devo conduzir a Igreja de Cristo até ao terceiro milénio, com a oração, com múltiplas iniciativas (como a que actualmente está vivendo toda a Igreja: um triénio de preparação proposto em sua carta (Tertium millenium adveniente); mas vi que isto não basta: necessito levá-la também com o sofrimento"».
Nasceu para o Reino de Deus, em 2 de Abril de 2005, Em 28 de Junho do mesmo ano se iniciou a sua causa para a beatificação.
Oração para implorar favores por intercessão do Servo de Deus João Paulo II Oh Trindade Santa, Te damos graças por ter concedido à Igreja o Papa João Paulo II e porque nele hás reflectido a ternura de Tua paternidade, a glória da cruz de Cristo e o esplendor do Espírito de amor. Ele, confiando totalmente em tua infinita misericórdia e na maternal intercessão de Maria, nos há mostrado uma imagem viva de Jesus Bom Pastor, indicando-nos a santidade, alto grau da vida cristã ordinária, como caminho para alcançar a comunhão eterna Contigo. Concede-nos, por sua intercessão, e se é Tua vontade, o favor que imploramos, com a esperança de que seja pronto incluído no número de teus santos. Ámen.
In: http://es-catholic.net/santoral - 2-04-2009



e... a i n d a  ...


ARNOLFO DE VILIERS, Beato


Il Beato Arnolfo I è un abate dell’antico monastero cistercense di Villers, nel comune di Villers-la-Ville nella provincia di Brabante Vallone in Belgio. L’abbazia era stata fondata nel 1146, grazie a dodici monaci cistercensi e a tre frati laici provenienti dall’abbazia di Chiaravalle.
Il beato Arnolfo I, che alcuni storici lo identificano in Arnolfo di Lovanio, governò l’abbazia dal 1240 al 1248, dando grande prova di umanità e saggezza che gli valsero la stima unanime dei monaci e di chiunque lo conoscesse.  Esercitò pure una grande influenza su Enrico II duca di Brabante dal 1235 al 1248.
Nel 1248 decise di rinunciare alla carica di abate, per dedicarsi alla contemplazione e agli studi. Egli compilò il primo volume degli annali dell’abbazia (1146-1240). 
Scrisse inoltre un adattamento poetico del “Summa Causum” del santo domenicano Ramon de Penyafort, inerente la disciplina della penitenza, dal titolo “Excerptum Seculi Caritatis”
Non sappiamo in che anno morì, ma nei diversi martirologi, il beato Arnolfo I è ricordato, e festeggiato nel giorno 2 aprile.


GIOVANNINO (Costa), Beato



Il beato Giovannino detto anche Giovannino Costa da quello che sembra sia un cognome, è venerato a Volpedo in provincia di Alessandria; egli secondo alcuni, era nativo di Tortona e fu un giovane pastore ucciso in odio alla fede il 2 aprile 1468; si ipotizza che a commettere l’omicidio fossero stati degli Ebrei, ma non vi sono prove.
Le sue reliquie furono divise, il capo rimase a Volpedo e il corpo invece fu venerato a Tortona, ma nel 1820 esse furono riunite e lasciate a Volpedo.
Il 19 agosto 1920 fu eseguita una ricognizione canonica delle reliquie; il suo culto è in vigore sin dal XV secolo, autorizzato più volte dai vescovi di Tortona nei secoli successivi.
A Volpedo la festa del beato Giovannino Costa viene celebrata nella data tradizionale della sua morte, il 2 aprile, ma anche nel lunedì di Pasqua e nella seconda domenica d’agosto.



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Localização do Bairro do Viso - Porto 




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Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do 

MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

e ainda eventualmente através dos sites:


 Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, 


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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres. 
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não 
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las



BOM ANO DE 2019





  






Quartel General

na Praça da República - PORTO


ANTÓNIO FONSECA

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...