Caros Amigos:
Desejo que o resto deste Ano de 2019 traga tudo de Bom para toda a Humanidade.
As minhas melhores Saudações de
Amizade e Gratidão
para todos os leitores e/ou simples Visitantes que queiram passar os olhos por este Blogue
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Nº 3 9 9 3
Série - 2019 - (nº 2 8 9)
16 de OUTUBRO de 2019
SANTOS DE CADA DIA
Nº 3 4 2
12º A N O
12º A N O
LOUVADO SEJA PARA SEMPRE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
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Todos os Católicos com verdadeira Fé,
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos
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MARGARIDA MARIA ALACOQUE, Santa
Santa MARGARIDA MARIA ALACOQUE virgem, monja da Ordem da Visitação da Virgem Maria, que progrediu de modo admirável no caminho da perfeição; enriquecida com graças místicas e ardentemente devota do Sagrado Coração de Jesus, trabalhou muito para propagar o seu culto na Igreja. Morreu em Paray-le-Monial na região de Autun, França, no dia 17 de Outubro. (1690)
texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:
Toda a vida desta grande vidente do século XVII anda estreitamente unida à história da grande devoção moderna ao Sagrado Coração de Jesus. Foi o meio humilde e diminuto que Deus utilizou para dar a conhecer uma das melhores a mais eficazes de todas as devoções. Toda a glória e toda a história da Santa deriva da missão que o Céu lhe confiou.
Ela própria conta no seu diário espiritual que tendo quatro anos - nascera a 22 de Julho de 1647 - sem saber o que era voto nem castidade, consagrou o seu coração a Deus. Menina ainda, Deus introdu-la nos segredos da vida interior e comunicação com o Céu. O pai morreu-lhe antes ainda de ela completar 10 anos. Paralisada durante um quadriénio por uma espécie de forte reumatismo, promete à Virgem Maria ser «sua», se se curar. As religiosas salésias ou da Visitação chamavam-se então «filhas de Santa Maria».
Sua mãe, perseguida pelos parentes do marido defunto, vê-se em grande falta de meios e empurra a filha para que se case. MARGARIDA começou então a conhecer o mundo e o desejo de agradar. Mas Jesus disse-lhe:
«Não te basto Eu? De que tens medo? ».
Ela convence-se do amor de Jesus e sente-o, ao escrever:
«Não é Nosso Senhor o mais rico, o mais formoso, o mais poderoso e cumpridor de todos os que O amam?»
O amor de Jesus apodera-se-lhe da alma e transforma-a. Renuncia ao prazer, à vaidade e ao amor humano. Entusiasma-se com a mortificação.
«Eu atava este miserável corpo com cordas e nós; entravam-me profundamente na carne; dormia num colchão de varas ponteagudas».
Decidiu deixar o mundo e esconder-se dos seus olhares na escuridão do claustro. Pensou nas Ursulinas, mas Nosso Senhor disse-lhe:
«Não te quero aí, mas em Santa Maria».
Parece-lhe que um retrato de São FRANCISCO DE SALES lhe dirige o amável nome de «filha». Quando ouve falar de Paray, o seu coração dilata-se e respira. A 20 de Junho de 1671 vai para o Noviciado, pensa em ser
«uma escrava que recupera a liberdade e vai para casa de seu esposo».
A Mestra de Noviças diz-lhe:
«Ponha-se diante de Deus como uma tela diante do pintor».
O preceito cumpriu-se à letra durante a sua atormentada vida. Deus desenhou nela a imagem do seu Divino Coração.
No noviciado, o seu ar tímido, absorto e inflamado em amor divino, chamava a atenção, e mais numa comunidade que tinha por norma o conselho de São FRANCISCO DE SALES: «Não ser extraordinário senão à força de ser ordinário».
Completava o ano de noviciado a 25 de Agosto de 1672, mas atrasaram-lhe a profissão até 6 de Novembro. Nestes meses de purgatório espiritual, Cristo comunica-Se-Lhe e começa a levantar o véu que encobre a missão para que a destina.
«Diz à tua Superiora que Eu respondo por ti... Eu tornar-te-ei utilíssima à religião, mas de maneira que ainda ninguém conhece senão Eu... Eu arranjarei maneira de os meus planos sobre ti triunfarem».
«Busco uma vítima para o meu Coração, que desejo sacrificar como hóstia de imolação para nela se realizarem os meus desígnios».
A noviça fez a profissão a 6 de Novembro de 1672. Aproximava-se o momento crucial na vida de Santa MARGARIDA. Jesus diz-lhe:
«Aqui tens o meu Coração, a tua morada de agora e para sempre... Tu não deves viver para ti, a fim de Eu viver perfeitamente em ti».
A jovem professa responde por escrito com o seu próprio sangue:
«Eu, pobre e miserável nada, protesto diante do meu Deus, pois quero submeter-me e sacrificar-me por tudo o que Ele me queira pedir..,. Tudo para Deus e nada para mim; tudo por Deus e nada por mim; tudo de Deus e nada de mim».
Queixa-se de não ter nada para sofrer por Deus. Então mostra-se-lhe uma cruz coberta de flores e é-lhe dito:
«Estas flores cairão; ficarão apenas os espinhos que elas escondem por causa da tua debilidade. Terás necessidade de toda a força do teu amor para suportar a dor»:
Jesus mostra-lhe o seu Coração «mais radiante que o sol e duma grandeza infinita». Vê-O coberto de chagas, e é convidada a contemplar a chaga do lado «que era um abismo sem fundo, aberto por uma seta sem limites, a do amor».
Até agora as visões têm sido para a instrução e preparação particular de MARGARIDA. Vão começar as revelações de carácter universal, para bem da Igreja e de toda a humanidade. Quatro foram as principais.
A 27 de Dezembro de 1673 festa de JOÃO EVANGELISTA, acabava de sair da enfermaria e tinha-se ajoelhado diante da grade do coro. Sente-se repleta da presença divina e Jesus convida-a a ocupar o lugar que teve JOÃO na ceia:
«O meu Coração está tão apaixonado pelos homens, que não pode conter por mais tempo as chamas que o inflamam e necessita expandir-se. escolhi-te como abismo de indignidade e ignorância, a fim de tudo ser meu».
A missão é explicita. Jesus dá-lhe os meios e descobre-lhe «as maravilhas do Seu amor e os segredos inefáveis do Seu Coração».
Em princípios de 1674 realiza-se outra manifestação. O Coração de Jesus coroado de espinhos, com a cruz arvorada, descobre-lhe a íntima relação que existe entre esta devoção e a Sagrada Paixão. Daqui o seu espírito de reparação.
Numa sexta-feira do ano, estando diante do Santíssimo exposto, Jesus mostra-se radiante de glória, com as cinco chagas que brilham como sóis. De todo o seu Sagrado Corpo saem chamas, especialmente do peito, que parece um forno:
«Estava aberto e descobriu-me o seu amante Coração, que era a fonte das chamas». Queixou-Se da ingratidão dos homens e pediu-lhe que ela com o seu amor suprisse tanta frieza: Deverá comungar sempre que lhe permita a obediência, fazer a novena das nove primeiras sextas-feiras seguidas, prostrar-se com o rosto por terra das onze às doze da noite, da quinta-feira para a sexta.
No mês de Junho do seguinte ano de 1675, na oitava do Corpo de Deus, deu-se a revelação mais transcendental. O Sagrado Coração de Jesus volta a queixar-Se da ingratidão dos homens, especialmente das almas consagradas a Ele, e pede que, na sexta-feira seguinte à oitava do Corpo de Deus, se estabeleça a festa do Seu Coração. Como auxiliar do seu apostolado, recomenda-lhe o Padre CLÁUDIO La COLOMBIÈRE.
As provas por que teve de passar Santa MARGARIDA foram dolorosíssimas. A sua própria comunidade dividiu-se; umas tinham-na como alucinada, histérica ou visionária, outras entregaram-se à sua direcção como discípulas humildes. Foram-lhe impostas penitências públicas, foi-lhe proibido o acesso à Sagrada Eucaristia e fazer oração; o demónio tentou-a horrivelmente com desconfiança, gula e até luxúria. Deus quis purificá-la e mostrar a sua pequenez para que resplandecesse a obra da sua omnipotência ao estabelecer-se a grande devoção. As suas últimas palavras foram:
«Não necessito de nada senão Deus» e apagou-se a sua voz a 17 de Outubro de 1690. Foi canonizada em 1920 por BENTO XV e a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus triunfou através da pequenez da sua serva.
Assim aconselhava ela uma alma a que aproveitasse bem a Sagrada Comunhão.
«Serei a Sulamita, a esposa amada que honra a vida de amor de Jesus no Santíssimo Sacramento, insiste em vos tornar pura e inocente, para aguardar este divino Esposo... Fareis 33 comunhões espirituais e uma Sacramental para desagravar o Sagrado Coração de Jesus e suplicar-lhe perdão por todas as comunhões mal feitas, assim por nós como pelos maus cristãos. Não percais uma só comunhão. porque a maior alegria que podemos dar ao nosso inimigo é de nos retirarmos d'Aquele que lhe tira o poder que sobre nós tem».
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
São GERARDO MAJELA nasceu a 6 de Abril de 1726, em Muro, a vinte léguas ao sul de Nápoles. Seu pai era um pobre alfaiate, piedoso e honesto. Desde os mais tenros anos , o único atractivo de GERARDO era levantar altarzinhos e imitar as cerimónias do culto.
A pouca distância de Muro encontra-se a capela de Capotinhano,onde se venera uma estátua de Virgem Maria, tendo o Menino Jesus nos braços. Quando tinha cinco anos GERARDO foi brincar familiarmente com ele, dando-lhe depois um pãozinho branco. A criança toda satisfeita, levou este presente à mãe. «Quem te deu isto?» perguntou ela. «Foi, respondeu, o menino duma senhora, que brincou comigo». Todas as manhãs GERARDO corria à capela, e sempre o Menino Jesus ia brincar com ele e lhe fazia a oferta dum pão branco. Sua irmã seguiu-o um dia e, escondendo-se, viu o Menino Jesus descer dos braços da Senhora, acariciar GERARDO e dar-lhe o costumado pão branco.
Pelos sete anos, GERARDO possuído dum amor sobrenatural pelo Pão Eucaristico, desejava ardentemente comungar; um dia, à missa, aproximou-se com os fiéis da mesa Santa para receber a Hóstia. O celebrante, vendo-o tão pequeno, passou adiante, e GERARDO retirou-se a chorar. Mas, na noite seguinte, o Arcanjo São MIGUEL veio trazer-lhe o Pão dos Anjos. Por outra vez, em que estava de joelhos junto do altar, uma criancinha saiu do tabernáculo e deu-lhe a Santa Comunhão.
Aos dez anos, GERARDO foi admitido à Sagrada mesa, depois comungava sempre de dois em dois dias, além dos domingos e dias santos, Mas compreendeu que, para participar da glória de Jesus, devia antes participar da sua dolorosa Paixão. Por isso, como prémio da hóstia recebida, impôs-se uma cruel flagelação.
Depois da morte do pai, GERARDO foi como aprendiz para casa dum alfaiate. Entregou-se por completo ao trabalho, mas continuou a corresponder fielmente à graça, e a seguir a sua inclinação para a oração, apesar dos maus tratos do mestre, que lhe batia muitas vezes com furor. Um sorriso era sempre a resposta da doce vítima. «Quê? Tu riste, exclamou um dia o mestre; diz-me, porque te ris?» - «É porque a mão de Deus me feriu», respondeu o angélico jovem.
Sentindo-se chamado à vida religiosa, pediu para ser admitido nos Capuchinhos, o que lhe foi recusado por causa da fraqueza. Esperando a hora de Deus, foi como criado para casa do bispo titular da Lacedónia, e aí esteve três anos, sendo a admiração de todos. Um dia em que o bispo estava ausente, GERARDO tinha fechado à chave a porta do palácio. Quis beber águia, e enquanto estava inclinado, a chave caiu-lhe ao poço. A principio ficou aflito; depois, em seguida, a uma oração, foi buscar uma imagem do Menino Jesus e desceu-a ao poço dizendo:
«A vós pertence, Senhor, dar-me a chave a fim do senhor Bispo não ficar triste».
Ó maravilha! À vista duma multidão de espectadores, GERARDO sobe o Menino Jesus que trazia na mão a chave.
Depois da morte do seu mestre, GERARDO teve de viver do seu ofício de alfaiate. Com o consentimento da mãe, dividia o ordenado em três partes: uma para a família, outra para os pobres e a terceira para as almas do Purgatório. Seu amor pelo sofrimento era tão ardente que lhe inspirou fingir-se louco, o que lhe atraía injúrias e pancadas. Outras vezes, fazia-se flagelar duramente por um amigo.
Era grande a sua devoção à Rainha do Céu.
«A Senhora atraiu o meu coração, repetia muitas vezes, e eu fiz-lhe presente dele»:
Falando-se-lhe em casamento, respondia com entusiasmo:
«Pertenço à Senhora».
Deste modo conservou sem mancha o lírio da castidade e o vestido da inocência baptismal. Tal foi a sua vida até à idade de vinte anos.
No mês de Agosto de 1748, passaram em Muro dois Redentoristas. GERARDO falou-lhes da sua vocação. E sua mãe, temendo vê-lo afastar-se, fechou-o à chave, no dia da partida dos missionários. Mas o prisioneiro, com o auxilio de um lençol, fugiu pela janela, deixando um bilhete em que tinha escrito:
«Vou fazer-me santo, não penseis mais em mim».
Tendo alcançado os missionários, suplicou-lhes que o recebessem. O superior admirando a sua energia e firmeza, resolveu experimentá-lo em enviou-o à casa de Deliceto com uma carta de recomendação concebida nestes termos:
«Envio-vos um Irmão inútil».
No dia 1 de maio de 1749, GERARDO baria à porta do convento de Deliceto. Fundado pelo bem-aventurado FÉLIX DE CORSANO da Ordem dos Agostinhos, era dedicado a Nossa Senhora da Consolação: estava abandonado há muito tempo quando Santo AFONSO MARIA DE LIGÓRIO atraído pela santa imagem de Maria, aí foi estabelecer os seus religiosos. será nesta santa casa que GERARDO passará a maior parte da sua vida.
Desde o primeiro dia mostrou-se um modelo acabado de humildade, paciência, mortificação e dedicação. O trabalho não lhe era obstáculo à vida de oração, porque, se de dia trabalhava muito, de noite retirava-se para a Igreja para adorar Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento.
GERARDO tinha a nobre ambição de se tornar santo; daí o voto heroico que fez, de acordo com o seu director, de fazer tudo o que fosse mais perfeito. Por ordem do mesmo director escreveu as suas mortificações, resoluções e sentimentos. Citemos algumas personagens deste código de perfeição.
Mortificações:
Todos os dias tomo disciplina e trago um cilício de ferro em volta dos rins. Misturo ervas amargas no meu alimento ao jantar e à ceia. trago um coração com pontas de ferro sobre o peito. Aos sábados jejuo a pão e água. Quintas, Sextas e sábados, durante a noite, cinjo a fronte e os rins com uma cadeia.
Sentimentos:
Tudo o que se faz por Deus é oração; uns consagram-se a isto, outros àquilo; eu consagro-me unicamente a fazer a vontade de Deus. A ocasião de me tornar santo somente me foi oferecida uma vez; se não a aproveito, é para sempre. Se me perco, perco a Deus; e, perdido Deus, que me resta?
Resoluções:
Quero repetir em todas as tentações e tribulações: Fiat voluntas tua. Somente falarei em três casos: quando se tratar da glória de Deus, do bem do próximo ou duma verdadeira necessidade. Nunca me desculparei, embora tenha as melhores razões para o fazer, a não ser que o meu silêncio cause alguma ofensa a Deus, ou algum prejuízo ao próximo.
Tinha grande devoção ao Arcanjo São MIGUEL. Em 1753, os jovens estudantes redentoristas de Deliceto obtiveram licença de fazer uma peregrinação ao Monte Gargano, célebre pela aparição do Santo Arcanjo. GERARDO foi encarregado de os acompanhar. Os peregrinos receberam ao todo doze liras para a viagem. Eram doze e deviam demorar nove dias.
«Deus providenciará» dizia GERARDO aos que lhe objectavam a modicidade da quantia. Só tinham uma lira quando chegaram a Manfredónia. GERARDO foi ao mercado comprar um ramalhete e colocou-o na Igreja, diante do santo tabernáculo, dizendo a Jesus:
«Pertence-Vos cuidar da minha familiazinha».
O capelão da Igreja, tendo observado este acto de devoção, convidou o santo a hospedar-se em sua casa com todos os companheiros. GERARDO recompensou-o desta caridade, curando, com um sinal da cruz, sua mãe enferma. Estiveram dois dias no monte Gargano. No segundo dia, GERARDO, vendo a bolsa vazia, foi-se recomendar ao Santo Arcanjo e imediatamente um desconhecido apareceu a dar-lhe um rolo de moedas.
Um dia que entrava em Deliceto, um aventureiro, vendo o pobre vestuário de GERARDO tomou-o por feiticeiro e disse-lhe:
«Se procurais um tesouro, eis-me pronto a auxiliar-vos e acompanhar-vos».
«Mas, respondeu o Santo, sois homens de coragem?»
«Ah !, vou dizer-vos quem sou».
E o miserável contou a sua triste vida.
«Bem, disse GERARDO, vou procurar um tesouro para vós».
Penetrando ambos no bosque e tendo chegado ao lugar mais espesso, GERARDO coloca misteriosamente o seu manto no chão, manda que o pecador se ponha de joelhos com as mãos erguidas, e diz-lhe:
«Prometi-vos um tesouro, vou cumprir a minha palavra».
E mostrando o seu crucifixo, disse:
«Eis o tesouro que perdestes há muitos anos».
A seguir mostrou-lhe o triste estado em que tinha a alma: o pecador começou a chorar, indo dali confessar-se.
Em Caltelgrande, o assassínio dum jovem tinha produzido ódio mortal entre duas famílias, encontrando-se toda a cidade dividida em dois partidos rivais: estavam para começar uma luta fratricida. O santo apresenta-se em casa do pai da vítima, fala-lhe de Deus e obtém uma promessa de perdão. Mas a mãe, ofendida com isto, tomando o fato ensanguentado do filho, atira-o à cara do marido, exclamando com furor:
«Olha para estes vestidos ensaguentados, e depois vai reconciliar-te, se tens coração para isso!»
E deste modo despertou os sentimentos de ódio e vingança do marido. Ao saber disto, GERARDO exclamou:
«O inferno não há-de vender»
Voltou a casa do pai da vítima, pôs no chão o seu crucifixo e disse:
«Caminhai sobre esta cruz, calcai aos pés Aquele que perdoou aos seus algozes... Ou Jesus ou o demónio! Ou o perdão ou o inferno! É Deus que me envia: o vosso Filho está no Purgatório e estará lá tanto tempo quanto durarem os vossos ressentimentos... Se recusais perdoar, esperai pelos mais terríveis castigos».
A estas palavras de fogo, os pais renderam-se e a paz estabeleceu-se em toda a cidade.
Deus dá muitas vezes a seus santos uma parte do império que o primeiro homem no estado de inocência, tinha sobre a natureza. Bastava a GERARDO chamar pelas avezinhas para que viessem colocar-se-lhe sobre as mãos, parecendo prestar atenção às suas doces palavras.
Passando um dia junto do mar, notou grande multidão que olhava com horror para um barco cheio de gente; a tempestade ia submergi-lo nas ondas. GERARDO fez o sinal da cruz, e avançando pelo meio das ondas, gritou ao barco:
«Em nome da Santíssima Trindade, detém-te».
Em seguida, trouxe-o para a praia com a maior facilidade. Teve dificuldade em evitar o entusiasmo da multidão, Interrogado mais tarde por um padre sobre este prodígio, disse:
«Ó meu padre, quando Deus quer, tudo é possível. No estado em que eu então me encontrava, poderia até ter voado pelos ares».
Segundo os contemporâneos de GERARDO as curas milagrosas que operou durante a vida são em tão grande número que seriam precisos muitos volumes para as descrever.
Corria a data de 1755. O santo tinha anunciado que morreria nesse ano. Em Julho caiu doente, enfraquecendo de dia para dia. A 6 de Setembro chegou uma carta do superior, ordenando-lhe que pedisse a sua cura, em nome da obediência.
«Eu devia morrer a 8 deste mês, disse ele, mas o Senhor retardou um pouco a minha morte».
A 5 de Outubro recolheu à cama para não tornar a levantar-se.
«Eu sofro todas as dores da Paixão de Jesus Cristo» dizia ele.
A 15 anunciou que seria o seu último dia. Das 10 para as 11 da noite disse com alegria:
«Eis a Senhora», e entrou em êxtase.
Duas horas depois, voava a sua alma para Deus.
Foi canonizado por São PIO X em 1904.
Santa EDVIGES religiosa, natural da Baviera e duquesa da Silésia, que se dedicou generosamente ao auxílio dos pobres, para os quais fundou vários albergues e, depois da morte de seu esposo, o duque Henrique, se retirou num mosteiro de monjas cistercienses que ela própria tinha fundado e de que era abadessa sua filha GERTRUDES onde passou activamente o resto dos seus dias. Morreu em Trebnitz, na Polónia, no dia 15 de Outubro. (1243)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Modelo exemplaríssimo de todas as virtudes nos apresenta hoje a Igreja na pessoa da santa duquesa HEDVIGES
O pai foi BERTOLDO duque de Caríntia, Margrave de Meran e conde do Tirol. A mãe era igualmente de alta linhagem. HEDVIGES, ainda menina de tenros anos, dava a conhecer aos pais que era privilegiada de Deus, por uma inteligência não comum naquela idade. Além disso, notava-se-lhe uma inclinação bem acentuada para todas as virtudes, coisa raríssimas vezes observada em crianças.
Donzela, nenhum actrativo experimentava para os prazeres e divertimentos mundanos. Ler e rezar, era-lhe, por assim dizer, a única distracção.
Tendo atingido 12 anos, para obedecer aos pais contraiu núpcias com Henrique , Duque da Polónia e Silésia. Esposa exemplaríssima, não tinha em mira outra coisa senão a glória de Deus, a santificação da alma e a felicidade do próximo.
Com permissão do esposo, dedicava os dias de festas, bem como a santa quaresma, a exercícios de mortificação. Um dos seus lemas era:
«Quanto mais ilustre for pela origem, tanto mais a pessoa se deve distinguir pela virtude e quanto mais alta a posição social, tanto maior obrigação se tem de edificar o próximo pelo bom exemplo».
Deus abençoou o matrimónio do casal com seis filhos, que foram educados no temor de Deus.
HEDVIGES contava apenas 20 anos e o esposo 30, quando, impelida pelo desejo de servir a Deus em maior perfeição, de acordo com Henrique, tomou a resolução de viver em perpétua continência, e ambos fizeram um voto nesse sentido, que depositaram nas mãos do Bispo.
Desde aquele momento, rapidamente prosseguiu ela no caminho da perfeição. Todo o tempo não tomado pelas ocupações do dever, pertence desde então à oração e à beneficência. Consolo particular lhe dava ouvir a Santa Missa, tanto que assitia quotidianamente a tantas missas quanto lhe era possível, e com devoção que edificava a todos. Era grande protectora das viúvas e órfãos. Grande parte dos protegidos comiam na sua própria mesa, onde ela mesma os servia. Frequentes visitas fazia aos hospitais e a dedicação , como o amor ao sacrifício, faziam que em pessoa lavasse os pés aos leprosos e lhes beijasse as úlceras. Com o esposo insistiu para que, nas proximidades de Breslau, erigisse um convento para as religiosas da Ordem de Cister. Nesse convento, muitas meninas pobres, receberam educação e instrução religiosa. HEDVIGES mesma costumava passar dias entre as freiras, acompanhando todos os exercícios da comunidade. No vesto não se lhe notava nenhuma ostentação, nem liberdade alguma, de modo que o exemplo da duquesa obrigava a todos na corte ao maior recato.
Contrariedades e graves desgostos não lhe faltaram para pôr-lhe em prova as virtudes, Uma guerra imprevista arrebatou-lhe o esposo, caído nas mãos do inimigo. Ao receber esta última noticia, HEDVIGES cheia de fé, levantou os olhos para o céu e disse: «Espero vê-lo em breve são e salvo». Ela própria se dirigiu ao duque Conrado, que lhe guardava preso o marido, e rogou com tanta insistência que obteve a libertação de Henrique. Este, porém, adoeceu e pouco depois morria. Às pessoas que lhe apresentavam os pêsames HEDVIGES respondia:
«É necessário adorarmos os desígnios da divina Providência na vida e na morte. A nossa consolação deve consistir no cumprimento da sua Santíssima vontade».
Três anos depois, seu filho Henrique perdeu a vida numa batalha contra os Tártaros. Embora este golpe crudelíssimo lhe ferisse profundamente o coração de mãe, HEDVIGES demonstrou a mesma resignação que teve por alturas da morte do esposo.
O resto da vida passou-a no convento. Aí viveu como a última entre as freiras. As regras e constituições da Ordem viram na Santa Duquesa a observadora mais fiel. Se a sua vida antes da entrada no convento era de sacrifícios e penitências, no mosteiro redobrou os exercícios de austeridade. Só interrompia o jejum aos domingos e dias santos.O único alimento que tomava era pão, água e legumes, abstendo-se por completo do vinho e da carne. O cilício era-lhe companheiro inseparável, e o leito eram duas tábuas. No inverno mais rigoroso, andava descalça sobre neve e gelo. Apenas três horas antes das matinas dedicava ao sono, passando o resto da noite em oração, sujeitando o corpo não raras vezes à mais severa flagelação. Com esses exercícios tão duros HEDVIGES emagreceu e o corpo tomou-lhe feições esqueléticas. Tinha devoção terníssima à Sagrada Paixão e Morte de Nosso Senhor nos sofrimentos, derramava abundantes lágrimas. terno amor dedicava à Santíssima Virgem. O rosto tornava-se-lhe incandescente ao pronunciar o nome da doce Mãe celeste. A humildade de HEDVIGES foi recompensada com o dom dos milagres. Fazendo uma vez o sinal da cruz sobre uma cega, esta recuperou a vista imediatamente. Muitas curas maravilhosas se efectuaram por sua intercessão.
O fim de tão santa vida foi uma morte santíssima. Acometida de grave doença, pediu os Santos Sacramentos, os quais recebeu com tanto fervor que a todos que assistiram comoveu. Veio a falecer em 1243. Numerosos foram os milagres que se observaram no seu túmulo. CLEMENTE IV deu-lhe a honra dos altares.
Santa HEDVIGES é a Padroeira da Polónia.
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
São GUILHERME, chamado também São GUILHERME, O Grande ou de Malavalle, era natural de França.
Depois duma vida de pecados, converteu-se e entregou-se à vida eremítica, em vários lugares da Toscana. Morreu em Malavalle, perto de Castiglione dela Pescaia (Grosseto) no dia 10 de fevereiro de 1157. Amou intensamente a contemplação. Os seus dois últimos discípulos, seguindo-lhe o espírito, deram origem à Ordem de São GUILHERME. Integrada na Ordem Agostiniana na união de 1256, separou-se no ano seguinte, permanecendo alguns dos seus membros na Ordem de Santo Agostinho. Esta começou a dar culto a São GUILHERME já no século XIII
O Beato JOÃO BOM tivera também uma vida dissipada e fora jogral da corte.
Cumprindo um voto que fizera para pedir a cura duma enfermidade, retirou-se à soledade eremítica. A sua fama espalhou-se e alguns devotos uniram-se a ele. Assim nasceu a sua Ordem, em Botriolo - Cesena. Morreu em Mântua a 16 de Outubro de 1249, onde o seu corpo repousa na igreja ex-agostiniana de Santa INÊS. Distinguiu-se pelo espírito de penitência e confiança em Deus e amor à Igreja. A sua Ordem passou a formar parte da Agostiniana na união de 1256. O culto dele foi permitido por SISTO IV com a bula Licet Sedes Apostolica de 1483. Por este motivo, o nome do Beato JOÃO entrou no Martirológio Romano. O seu ofício foi concedido à Ordem em 1673.
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Honrava-se na abadia de Savigny, diocese de Avranches, França, um noviço falecido em odor de santidade no século XIII, antes dessa abadia passar à Ordem de Cister. As suas acções não deixaram nenhum vestígio: é o melhor elogio que se pode fazer dum noviço. Já não eran um jovenzinho se, conforme se ficou dizendo, tinha sido eremita antes de entrar em Savigny.
LONGINOS, Santo
Em Jerusalém, a comemoração de São LONGINOS venerado como o soldado que abriu comn a lança o lado do Senhor pregado na Cruz.
ELIÑO, Santo
Na região de Toul, na Gália hoje França, Santo ELÍÑO que é venerado co mo mártir. (séc. IV)
MARTINIANO e SATURIANO e mais 2 irmãos, Santos
Comemoração dos Santos MARTINIANO e SATURIANO, mártires na África Setentrional, com dois irmãos seus que, durante a perseguição dos Vândalos no tempo do rei ariano Genserico, eram escravos de um vândalo e tinham sido convertidos à fé de Cristo por Santa MÁXIMA, virgem, sua companheira de escravidão. Pela sua constância na fé católica, foram fustigados e feridos até aos ossos com varas nodosas e depois enviados para o desterro dos mouros exilados, onde foram condenados à morte por terem convertido alguns deles à fé de Cristo. Quanto a Santa MÁXIMA, liberta depois de superar muitas tribulações, morreu em paz num mosteiro, como mãe de muitas virgens. (séc. V)
AMANDO e JUNIANO, Santos
No território de Limoges, na Aquitânia, hoje França, os santos AMANDO e seu discípulo São JUNIANO, eremitas. (séc. VI)
GALO, Santo
Perto de Arbon, na Germânia, hoje na Suiça, são GALO presbitero e monge que, foi recebido ainda adolescente por São COLUMBANO no mosteiro de Bangor, na Irlanda, propagou diligentemente o Evangelho nesta região e ensinou aos seus irmãos a disciplina monástica. Descansou no Senhor quase centenário. (645)
MUMOLINO, Santo
Em Novon, na Nêustria hoje França São MUMOLINO bispo que sendo monge, ajudou Santo AUDOMARO na missão evangelizadora depois sucedeu a Santo ELÍGIO na sede episcopal. (680)
LULO, Santo
No mosteiro de helesfeld, na Francónia da Germânia, hoje Alemanha, São LULO, bispo de Mogúncia, que sendo companheiro e colaborador de São BONIFÁCIO na obra da evangelização, foi por ele ordenado bispo, para que fosse um mestre para os presbíteros, um doutor da Regra para os monges, um pregador fiel e pastor para o povo cristão. (786)
VITAL, Santo
No território de Retz, perto de Nantes, França, São VITAL eremita. (séc. VIII)
GAUDERICO, Santo
No território de Mirepoix, junto aos Pirenéus, na Gália, hoje França, São GAUDERICO agricultor, insigne pela sua devoção à Mãe de Deus. (900)
BONITA, Santa
Em Brioude na região dos Arvenos na Aquitânia, França, Santa BONITA virgem. (séc. IX)
ANASTÁSIO, Santo
Em Pamiers, junto aos Pirinéus, França, Santo ANASTÁSIO monge que natural de Veneza, abraçou a vida eremítica na ilha de Tombelaine, perto de Mont-Saint-Michel, depois a vida monástica em Cluny; finalmente a vida na solidão durante os últimos anos da sua vida. (1083)
BELTRÃO, Santo
Em Cominges, junto dos Pirinéus, França, São BELTRÃO, bispo que, por indicação do papa São GREGÓRIO VII trabalhou arduamente para a reforma da Igreja, reconstituiu a sua cidade abandonada e em ruínas, edificou junto à catedral um claustro e um cabido de Cónegos Regulares segundo a Regra de Santo AGOSTINHO. (1123)
GERARDO DE CLARAVAL, Beato
No mosteiro de Igny, região de Reims, França, o passamento do Beato GERARDO DE CLARAVAL abade wue foi assassinado por um iníquo monge durante uma visita a este cenóbio. (1177)
JESUS VILLAVERDE ANDRÉS, Beato
Em Madrid, Espanha, o Beato JESUS VILLAVERDE ANDRÉS presbitero da Ordem dos Pregadores e mártir. (1936)
ANICETO KOPLINSKI e JOSÉ JANKOWSKI, Beatos
Perto de Cracóvia, na Polónia, num campo de concentração de Auschwitz, ANICETO KOPLINSKI da Ordem dos frades Menores Capuchinhos e JOSÉ JANKOWSKI da Sociedade do Apostolado Católico, presbíteros e mártires que durante a ocupação militar da sua pátria por sequazes de uma nefanda doutrina hostil aos homens e à fé cristã, deram testemunho da sua fé em Cristo até à morte., um na câmara de gás e o outro assassinado pelos guardas do campo. (1941)
AGOSTINHO THEVARPARAMPIL "Kunjachau", Beato
Em Ramapuram, localidade de Pali, na Índia, o beato AGOSTINHO THEVARPARAMPIL "Kunjachau", presbitero. (1973)
BATTISTA DE BONAFEDE, Beato
Per la difesa della fede cattolica, il Beato Battista de Bonafede, mercedario di Palermo, rimase per lungo tempo nelle carceri africane sopportando oltraggi e tormenti per amore di Cristo. Liberato dalle catene dai suoi confratelli, ritornò nel convento di Sant'Anna in Palermo dove pieno di meriti restituì l'anima a Dio.
L'Ordine lo festeggia il 17 ottobre.
Mercedario del convento di Sant'Eulalia in Gerona Spagna, il Beato Domenico Navarro, fu inviato per redenzione a Tunisi in Africa.Arrivato in terra mussulmana venne catturato dai mori e spogliato dei beni della redenzione, rimase per 16 mesi in dura servitù come ostaggio per un tale cristiano la cui fede era in pericolo. Infine liberato tornò in patria dove morì santamente nel suo convento di Gerona.
L'Ordine lo festeggia il 17 ottobre.
ETELREDO e ETELBERTO, Santos
Erano figli di Ermenred, fratello di Erconbert, re del Kent (m. 644). Alla morte di quest'ultimo, gli succedette sul trono il figlio Egbert, ma sembra che Etelredo ed Etelberto potessero legittimamente avanzare pretese alla successione. A quanto afferma Matteo di Westminster (ma non è certo) Ermenred, loro padre, sarebbe stato soppiantato sul trono dal più giovane fratello Erconbert, per cui le pretese dei due giovani nei confronti del cugino avrebbero avuto un certo fondamento: ciò sembra confermato dal fatto che, nella Cronaca Sassone, Ermenred viene nominato prima di Ercombert.
Con la connivenza del re Egbert, un suo ministro, Thunre, fece uccidere Etelredo ed Etelberto che si trovavano ad Eastry. Un dettagliato e leggendario racconto di tale assassinio è contenuto nei Gesta Regum Anglorum di Simeone di Durham. Non è possibile determinare l'età dei due fratelli al tempo della loro morte, ossia verso il 670. Generalmente vengono chiamati infantuli o adolescentes, ma sembra, con ogni probabilità, che tale età vada aumentata, anche in considerazione del fatto che Ermenburga, loro sorella, andò sposa nel 660 a Merewald re degli West-Hecani. I due giovani vennero sepolti segretamente nel palazzo reale, ma, secondo Simeone di Durham, una misteriosa colonna di luce rivelò il luogo della loro tomba, per cui l'assassinio venne scoperto. Allora la sorella, Ermenburga, pretese dal re Egbert il guidrigildo, secondo i costumi sassoni, e la punizione dell'assassino. Il termine con cui si indicava il guidrigildo dei nobili (dear-born) è probabilmente all'origine dell'antica leggenda della corsa della cerva (in inglese deer): si narra infatti che Egbert avesse promesso ad Ermenburga di concederle come guidrigildo tanta terra quanta una cerva ne avrebbe percorso in un giorno in un giorno nell'isola di Thanet. Ermenburga, che era appoggiata nelle sue richieste anche da s. Teodoro, arcivescovo di Canterbury, e da Adriano, abate di S. Agostino, acconsentì a tale soddisfazione. Si portarono quindi nell'isola di Thanet e con tutta la corte seguirono la corsa della cerva. Sopraggiunse allora il ministro assassino, il quale, esortato il re a non farsi intimidire e a non cedere, inseguì la cerva per fermarla, ma avventuratosi col suo cavallo in una palude, fu sommerso prima che si potesse accorrere in suo aiuto. Guglielmo di Malmesbury (De Gestis Pontificum Anglorum, IV) giunge ad affermare che l'assassino "subito telluris hiatu absorptus, videns et vivens intravit infernum" (!).
Ermenburga destinò il territorio ricevuto nell'isola di Thanet alla costruzione del monastero conosciuto poi col nome di Minster in Thanet, le cui fondazioni vennero ben presto consacrate da s. Teodoro e nel quale essa stessa, rimasta vedova, prese il velo, divenedone badessa.
Etelredo ed Etelberto, vennero considerati come martiri, quantunque il loro assassinio non possa, in verità, essere qualificato come martirio. I corpi dei due giovani sarebbero stati sepolti nel monastero di Wakering, che Simeone di Durham dice famisissimum, ma l'unica località di tal nome che si conosca si trova nell'essex, nei pressi di Shoeburyness, e non vi si trovano tracce di alcun monastero. Qualcuno avanza l'ipotesi che la traslazione a Wakering, ossia fuori del regno, non sia avvenuta immediatamente, ma solo verso l'854, al tempo dell'invasione dei Danesi, allorché si combatté a Sandwich, nei pressi di Eastry. Altri, invece, rilevano come non sia impossibile pensare ad una divisione delle reliquie; Guglielmo di Malmesbury, infine, ignora completamente tale traslazione a Wakering.
I loro corpi furono quindi traslati "celebri pompa", alla fine del sec. X, nella abbazia di Ramsey. Forse l'uccisione di s. Edoardo, nel 978, dette occasione al rifiorire della leggenda dei due giovani, provocando la loro definitiva traslazione. Probabilmente in tale epoca fu composta l'anonima passio giunta a noi, attribuita da alcuni al monaco Goscelino, e ripresa poi nelle opere storiche di Simeone di Durham e di Guglielmo di Malmesbury. La loro memoria viene celebrata al 17 ottobre, anniversario della traslazione dei loro corpi a Ramsey.
GIOVANNI DE ZAMORA, Beato
Valoroso missionario del Cile, il Beato Giovanni de Zamora, battezzò 4000 indigeni e nell'anno 1566, ricostruì il convento mercedario di Assunción, distrutto da quei bellicosi popoli nel 1564. Per il nome di Cristo fu trafitto dalle frecce indigene ma miracolosamente risanato, morì come confessore glorioso per i meriti e i miracoli. Fu sepolto vicino al convento dell'Ordine dove sulla cui tomba fiorì un roseto bianco e rosso.
L'Ordine lo festeggia il 17 ottobre.b
L'episodio del massacro delle orsoline di questa città s'inquadra nella storia del Terrore scoppiato nella diocesi di Cambrai (nord Francia) durante la rivoluzione francese. Tutto cominciò il 30 sett. 1790. Quel giorno i commissari della municipalità di Valenciennes, in ottemperanza al decreto della Costituente, si presentarono al convento delle orsoline per fare l'inventario dei beni della comunità e chiedere alle suore se avevano l'intenzione di perseverare nella loro vocazione. Le suore erano allora trentadue e la loro superiora era m. Clotilde Paillot, che era stata eletta il 13 febb. precedente. La loro risposta fu unanime: intendevano restare orsoline votate all'educazione delle giovinette della città. Per un paio d'anni le cose andarono avanti confusamente, e nonostante intralci di ogni genere, la comunità riuscì a sopravvivere. Ma la posizione strategica della città, al centro della zona di frontiera, avrebbe finito, nel corso delle alterne vicende della guerra che allora si combatteva fra la Francia e il resto d'Europa, per aggravare enormemente la loro situazione. Il 13 sett. 1792 Valenciennes fu assediata dalle truppe nemiche e il 17 successivo le orsoline, essendo i loro locali requisiti dai difensori della città, furono costrette a riparare presso le consorelle di Mons in Belgio, da cui erano venute le fondatrici nel 1654. Quand'ecco che il 6 nov. le truppe francesi, vincitrici della battaglia di Jammapes, occuparono Mons, col risultato che le orsoline, qualche settimana dopo, dovettero nuovamente sloggiare.
Ma la loro occupazione di Mons non durò a lungo. Sconfìtte nella battaglia di Neerwinden, le truppe francesi la evacuarono il 21 mar 1793. Il 29 lug. era la volta di Valenciennes a essere da loro abbandonata. Le orsoline di Valenciennes potevano ora pensare a fare ritorno nella loro città. Gli austriaci, padroni della città, incoraggiavano infatti la ricostituzione delle comunità. Quando le orsoline di Valenciennes rimisero piede nella loro casa, iniziando subito a ricostituirla, essendo stata saccheggiata, era l'11 nov. L'attività delle suore non tardò a riprendere in tutta la sua intensità, tanto che il 29 apr. 1794 avevano luogo nel loro convento una professione e una vestizione. Senonché il 26 giu. le truppe francesi ottennero una grande vittoria a Fleurus e il 26 ago. gli austriaci si ritirarono da Valenciennes. Alcune suore restarono nel convento con la m. Clotilde e furono arrestate il 1° sett. e tenute prigioniere nelle loro stesse stanze. Le altre furono subito ricercate e infine arrestate insieme con numerosi altri sospetti. Il rappresentante della Convenzione era allora un certo Giovanni Battista Lacoste, uno dei personaggi più ripugnanti di quest'epoca. Diversamente dal suo collega Lebon ex oratoriano, era stato giudice di pace ed avrebbe concluso la sua carriera tranquillamente come prefetto dell'impero. La sua grande ansia era di poter disporre sul posto di una ghigliottina, che era divenuta per lui una vera ossessione. Suo malgrado non potè riceverne una se non il 13 ott. A questa data, il colpo di Stato del 9 termidoro (27 lug. 1794) era già avvenuto, ma lui, approfittando della vacanza del potere, non volle tenerne conto e il 14 ott. fece erigere la sinistra macchina e quello stesso giorno 5 condannati furono giustiziati. Il 15 ott. alle nove della sera, 116 prevenuti furono riuniti nel municipio e messi a disposizione del tribunale costituito illegalmente da Lacoste. Particolarmente numerosi erano i preti e le religiose: le ragioni per cui li si voleva condannare erano occultate sotto accuse di tradimento ed emigrazione. I prigionieri si trovavano ammucchiati in condizioni igieniche incredibili e per di più promiscuamente, per cui molte suore poterono approfittarne per confessarsi e comunicarsi. Le prime orsoline a comparire davanti al tribunale, il 17 ott. insieme con tre preti refrattari, furono: Maria Luisa Giuseppe Vanot, nata a Valenciennes il 12 giu. 1728, professa il 31 ago. 1749 col nome di sr. Maria Natalia Giuseppe di S. Luigi; Giovanna Regina Prin, nata a Valenciennes il 9 lug. 1747, professa il 28 apr. 1767 col nome di sr. Maria Lorenzina Giuseppe Regina di S. Stanislao; Agostina Gabriella Bourla, nata il 6 ott. 1746 e Maria Genoveffa Ducrez, nata il 27 sett. 1756: tutte e due di Condé (dipart. del Nord), professe insieme il 28 apr. 1779 con i nomi rispettivamente di sr. Maria Orsola Giuseppe di S. Bernardino e di sr. Maria Luisa Giuseppe di S. Francesco (il 31 ago. 1794 erano partite per Condé, dove erano state arrestate e rispedite a Valenciennes); l'ultima era sr. Maria Maddalena Giuseppe Déjardin, nata a Cambrai l'11 giu. 1760, professa il 22 ago. 1781 col nome di sr. Maria Agostina Giuseppe del S. Cuore di Gesù. Furono ghigliottinate quello stesso giorno. Il secondo gruppo di religiose subì il martirio il 23 ott. 1794: m. Clotilde fu ghigliottinata per prima: ricorreva il trentottesimo anniversario della sua professione. Era nata il 25 nov. 1739 a Bavay ed era stata battezzata in pari data col nome di Clotilde Giuseppe. In religione aveva assunto quello di sr. Maria Clotilde Giuseppe di S. Francesco Borgia. Nel 1789 era stata nominata consigliera; il 13 febb. 1790 era stata eletta superiora e il 26 nov. 1793 confermata in questa carica. Le altre furono: Laura Margherita Giuseppe Leroux, nata il 14 lug. 1749 a Cambrai, professa tra le orsoline il 9 ago. 1775 col nome di sr. Maria Scolastica Giuseppe di S. Giacomo: era stata arrestata la notte dal 31 ago. al 1° sett., allo stesso tempo di sua sorella Anna Giuseppa, spesso chiamata Giuseppina, nata il 23 genn. 1747 a Cambrai, professa il 10 magg. 1769 tra le Clarisse urbaniste di Valenciennes, e due brigidine, che erano state arrestate insieme nella notte dal 4 al 5 sett., nate tutte e due a Pont-sur-Sambre, Maria Livia Lacroix il 24 mar. 1753, Maria Agostina Erraux il 20 ott. 1762: erano passate dal convento delle brigidine di Valenciennes, dove portavano i nomi di Anna Maria Giuseppe e di Livia, al convento delle orsoline di Valenciennes, che le avevano accolte Livia col nome di m. Francesca. Ultima, una conversa, Giovanna Luisa Barré, nata il 23 apr. 1750, a Sailly-en-Ostrevent (diocesi di Arras), professa tra le orsoline il 20 genn. 1777 col nome di sr. Maria Cordola Giuseppe di S. Domenico. Bisogna sottolineare l'aspetto di testimonianza data dalle 11 religiose in occasione del processo che le mandò a morte. La priora Clotilde Paillot diede ai giudici risposte degne dei martiri della Chiesa primitiva e manifestamente ispirate dallo Spirito Santo. Condannate alla ghigliottina, le suore si tagliarono esse stesse i capelli e si sguarnirono gli abiti intorno al collo perché la mannaia potesse far meglio la sua opera. Ansiose di far conoscere il loro perdono ai persecutori, giunsero a baciare le mani dei carnefici. Tale era l'ardore che spingeva queste religiose al martirio, che sr. Déjardin cercò invano di precedere le altre sui gradini del patibolo. Le 11 religiose ghigliottinate a Valenciennes sono state beatificate da Benedetto XV il 13 giu. 1920 assieme a 4 Figlie della Carità di Arras. La causa era stata introdotta il 29 magg. 1907, la dichiarazione di martirio e la dispensa dai miracoli sono del 6 lug. 1919, il decreto de tuto reca la data del 29 febb. 1920. La loro festa è stata fissata il 17 ott. Esse attendono ora la canonizzazione.
Santa MARGARIDA MARIA ALACOQUE virgem, monja da Ordem da Visitação da Virgem Maria, que progrediu de modo admirável no caminho da perfeição; enriquecida com graças místicas e ardentemente devota do Sagrado Coração de Jesus, trabalhou muito para propagar o seu culto na Igreja. Morreu em Paray-le-Monial na região de Autun, França, no dia 17 de Outubro. (1690)
texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:
Toda a vida desta grande vidente do século XVII anda estreitamente unida à história da grande devoção moderna ao Sagrado Coração de Jesus. Foi o meio humilde e diminuto que Deus utilizou para dar a conhecer uma das melhores a mais eficazes de todas as devoções. Toda a glória e toda a história da Santa deriva da missão que o Céu lhe confiou.
Ela própria conta no seu diário espiritual que tendo quatro anos - nascera a 22 de Julho de 1647 - sem saber o que era voto nem castidade, consagrou o seu coração a Deus. Menina ainda, Deus introdu-la nos segredos da vida interior e comunicação com o Céu. O pai morreu-lhe antes ainda de ela completar 10 anos. Paralisada durante um quadriénio por uma espécie de forte reumatismo, promete à Virgem Maria ser «sua», se se curar. As religiosas salésias ou da Visitação chamavam-se então «filhas de Santa Maria».
Sua mãe, perseguida pelos parentes do marido defunto, vê-se em grande falta de meios e empurra a filha para que se case. MARGARIDA começou então a conhecer o mundo e o desejo de agradar. Mas Jesus disse-lhe:
«Não te basto Eu? De que tens medo? ».
Ela convence-se do amor de Jesus e sente-o, ao escrever:
«Não é Nosso Senhor o mais rico, o mais formoso, o mais poderoso e cumpridor de todos os que O amam?»
O amor de Jesus apodera-se-lhe da alma e transforma-a. Renuncia ao prazer, à vaidade e ao amor humano. Entusiasma-se com a mortificação.
«Eu atava este miserável corpo com cordas e nós; entravam-me profundamente na carne; dormia num colchão de varas ponteagudas».
Decidiu deixar o mundo e esconder-se dos seus olhares na escuridão do claustro. Pensou nas Ursulinas, mas Nosso Senhor disse-lhe:
«Não te quero aí, mas em Santa Maria».
Parece-lhe que um retrato de São FRANCISCO DE SALES lhe dirige o amável nome de «filha». Quando ouve falar de Paray, o seu coração dilata-se e respira. A 20 de Junho de 1671 vai para o Noviciado, pensa em ser
«uma escrava que recupera a liberdade e vai para casa de seu esposo».
A Mestra de Noviças diz-lhe:
«Ponha-se diante de Deus como uma tela diante do pintor».
O preceito cumpriu-se à letra durante a sua atormentada vida. Deus desenhou nela a imagem do seu Divino Coração.
No noviciado, o seu ar tímido, absorto e inflamado em amor divino, chamava a atenção, e mais numa comunidade que tinha por norma o conselho de São FRANCISCO DE SALES: «Não ser extraordinário senão à força de ser ordinário».
Completava o ano de noviciado a 25 de Agosto de 1672, mas atrasaram-lhe a profissão até 6 de Novembro. Nestes meses de purgatório espiritual, Cristo comunica-Se-Lhe e começa a levantar o véu que encobre a missão para que a destina.
«Diz à tua Superiora que Eu respondo por ti... Eu tornar-te-ei utilíssima à religião, mas de maneira que ainda ninguém conhece senão Eu... Eu arranjarei maneira de os meus planos sobre ti triunfarem».
«Busco uma vítima para o meu Coração, que desejo sacrificar como hóstia de imolação para nela se realizarem os meus desígnios».
A noviça fez a profissão a 6 de Novembro de 1672. Aproximava-se o momento crucial na vida de Santa MARGARIDA. Jesus diz-lhe:
«Aqui tens o meu Coração, a tua morada de agora e para sempre... Tu não deves viver para ti, a fim de Eu viver perfeitamente em ti».
A jovem professa responde por escrito com o seu próprio sangue:
«Eu, pobre e miserável nada, protesto diante do meu Deus, pois quero submeter-me e sacrificar-me por tudo o que Ele me queira pedir..,. Tudo para Deus e nada para mim; tudo por Deus e nada por mim; tudo de Deus e nada de mim».
Queixa-se de não ter nada para sofrer por Deus. Então mostra-se-lhe uma cruz coberta de flores e é-lhe dito:
«Estas flores cairão; ficarão apenas os espinhos que elas escondem por causa da tua debilidade. Terás necessidade de toda a força do teu amor para suportar a dor»:
Jesus mostra-lhe o seu Coração «mais radiante que o sol e duma grandeza infinita». Vê-O coberto de chagas, e é convidada a contemplar a chaga do lado «que era um abismo sem fundo, aberto por uma seta sem limites, a do amor».
Até agora as visões têm sido para a instrução e preparação particular de MARGARIDA. Vão começar as revelações de carácter universal, para bem da Igreja e de toda a humanidade. Quatro foram as principais.
A 27 de Dezembro de 1673 festa de JOÃO EVANGELISTA, acabava de sair da enfermaria e tinha-se ajoelhado diante da grade do coro. Sente-se repleta da presença divina e Jesus convida-a a ocupar o lugar que teve JOÃO na ceia:
«O meu Coração está tão apaixonado pelos homens, que não pode conter por mais tempo as chamas que o inflamam e necessita expandir-se. escolhi-te como abismo de indignidade e ignorância, a fim de tudo ser meu».
A missão é explicita. Jesus dá-lhe os meios e descobre-lhe «as maravilhas do Seu amor e os segredos inefáveis do Seu Coração».
Em princípios de 1674 realiza-se outra manifestação. O Coração de Jesus coroado de espinhos, com a cruz arvorada, descobre-lhe a íntima relação que existe entre esta devoção e a Sagrada Paixão. Daqui o seu espírito de reparação.
Numa sexta-feira do ano, estando diante do Santíssimo exposto, Jesus mostra-se radiante de glória, com as cinco chagas que brilham como sóis. De todo o seu Sagrado Corpo saem chamas, especialmente do peito, que parece um forno:
«Estava aberto e descobriu-me o seu amante Coração, que era a fonte das chamas». Queixou-Se da ingratidão dos homens e pediu-lhe que ela com o seu amor suprisse tanta frieza: Deverá comungar sempre que lhe permita a obediência, fazer a novena das nove primeiras sextas-feiras seguidas, prostrar-se com o rosto por terra das onze às doze da noite, da quinta-feira para a sexta.
No mês de Junho do seguinte ano de 1675, na oitava do Corpo de Deus, deu-se a revelação mais transcendental. O Sagrado Coração de Jesus volta a queixar-Se da ingratidão dos homens, especialmente das almas consagradas a Ele, e pede que, na sexta-feira seguinte à oitava do Corpo de Deus, se estabeleça a festa do Seu Coração. Como auxiliar do seu apostolado, recomenda-lhe o Padre CLÁUDIO La COLOMBIÈRE.
As provas por que teve de passar Santa MARGARIDA foram dolorosíssimas. A sua própria comunidade dividiu-se; umas tinham-na como alucinada, histérica ou visionária, outras entregaram-se à sua direcção como discípulas humildes. Foram-lhe impostas penitências públicas, foi-lhe proibido o acesso à Sagrada Eucaristia e fazer oração; o demónio tentou-a horrivelmente com desconfiança, gula e até luxúria. Deus quis purificá-la e mostrar a sua pequenez para que resplandecesse a obra da sua omnipotência ao estabelecer-se a grande devoção. As suas últimas palavras foram:
«Não necessito de nada senão Deus» e apagou-se a sua voz a 17 de Outubro de 1690. Foi canonizada em 1920 por BENTO XV e a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus triunfou através da pequenez da sua serva.
Assim aconselhava ela uma alma a que aproveitasse bem a Sagrada Comunhão.
«Serei a Sulamita, a esposa amada que honra a vida de amor de Jesus no Santíssimo Sacramento, insiste em vos tornar pura e inocente, para aguardar este divino Esposo... Fareis 33 comunhões espirituais e uma Sacramental para desagravar o Sagrado Coração de Jesus e suplicar-lhe perdão por todas as comunhões mal feitas, assim por nós como pelos maus cristãos. Não percais uma só comunhão. porque a maior alegria que podemos dar ao nosso inimigo é de nos retirarmos d'Aquele que lhe tira o poder que sobre nós tem».
LEOPOLDO DE CASTELNOVO
(Adeodato Mandic), Santo
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
ADEODATO MANDIC (na Ordem religiosa, LEOPOLDO DE CASTELNOVO) nasceu na costa dálmata do mar Adriático, em 1866. Admitido entre os Capuchinhos em 1884, morreu em Pádua, a 30 de Julho de 1942. PAULO VI beatificou-o a 2 de Maio de 1976 e JOÃO PAULO II canonizou-o a 16 de Outubro de 1983.
Na Missa de canonização, o santo Padre fez uma homilia, da qual extraímos as passagens que descrevem o novo Santo:
«... Foi, no seu tempo, servo heroico da reconciliação e penitência.
Nascido em Castelnovo, na baía de Cattaro, deixou aos 16 anos a família e a sua terra, para entrar no seminário dos Capuchinhos de Údine. A sua vida decorreu sem grandes acontecimentos: algumas transferências dum convento a outro, segundo o costume dos Capuchinhos, mas nada mais. Por último, a nomeação para o convento de Pádua, onde viveu até à morte.
Pois bem, foi precisamente sobre esta pobreza, duma vida exteriormente insignificante, que o Espírito desceu para despertar uma nova grandeza: a duma heroica fidelidade a Cristo, ao ideal franciscano, ao serviço sacerdotal para com os irmãos.
São LEOPOLDO não deixou obra teológica ou literária, não chamou as atenções pela sua cultura, não fundou obras sociais. À vista de todos quantos o conheceram, não foi senão um pobre religioso: pequeno, enfermiço.
A sua grandeza está noutra coisa: na imolação, na entrega de si mesmo, dia após dia, durante toda a sua vida sacerdotal, isto é, ao longo de 52 anos, no silêncio, na discrição, na humildade dum confessionário: "O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas". FREI LEOPOLDO estava sempre presente, disponível e sorridente, prudente e modesto, confidente discreto e pai fiel das almas, mestre respeitável e conselheiro espiritual compreensivo e paciente.
Se o quiséssemos definir com uma palavra só, como faziam durante a sua vida os penitentes e os seus irmãos, diríamos que era o "confessor". Todavia, foi precisamente nisto que esteve a sua verdadeira grandeza, nesta maneira de desaparecer para deixar o lugar ao verdadeiro Pastor das almas. Assim exprimia o seu compromisso: «Escondamos tudo, até o que possa parecer dom de Deus, a fim de não tirar dele proveito. Só para Deus a honra e glória! Se fosse possível haveríamos de passar pela terra como sombra que não deixa vestígios de si mesma». E a quem lhe perguntava muitas vezes como fazia para viver assim, respondia: "É a minha vida".
"O Bom Pastor oferece a vida pelas suas ovelhas". Segundo as vistas humanas, a vida do nosso Santo parece uma árvore a que mão invisível e cruel tivesse cortado todos os ramos. O Padre LEOPOLDO era sacerdote, a quem, um defeito de pronúncia vedava a pregação. Foi sacerdote com a ambição ardente de se consagrar as missões, e até ao fim esperou o dia de partir, mas nunca partiu por ter uma saúde excessivamente frágil. Foi sacerdote com espírito ecuménico tão pronunciado, que se ofereceu ao Senhor, em dádiva quotidiana, para que se reconstituísse a plena unidade entre a Igreja latina e as Igrejas orientais ainda separadas, e para que se reconstituísse "um só rebanho um só pastor" (cfr Jo 10, 16); mas que viveu a sua vocação ecuménica de maneira oculta. Entre lágrimas declarava: "Serei missionário aqui, na obediência e no exercício do meu ministério". E dizia ainda: "Qualquer pessoa, que requeira o meu ministério, será desde já o meu Oriente".
Mas, afinal, que resultou disso para São LEOPOLDO ?
Para quem e para quê serviu a sua vida?
Aproveitou aos irmãos e irmãs que tinham deixado Deus, o amor e a esperança. Aos pobres seres humanos que tinham perdido Deus e invocavam o fradinho, pedindo-lhe perdão, consolação, paz e serenidade. A estes "pobres" São LEOPOLDO deu a sua vida, por eles ofereceu as suas dores e a sua oração; mas, acima de tudo, celebrou com eles o sacramento da Reconciliação. Nisto esteve o seu carisma. Nisto se manifestaram as suas virtudes de maneira heroica. Celebrou o sacramento da Reconciliação, exercendo o seu ministério como a sombra de Cristo crucificado. O seu olhar firmava-se no crucifixo colocado sobre o genuflexório do penitente. O crucifixo era sempre o protagonista. É ele que perdoa, é ele que absolve! Ele, o pastor do rebanho...
O ministério de São LEOPOLDO alimentava-se na oração e na contemplação. Foi confessor a rezar sem pausa, confessor que vivia habitualmente absorvido em Deus, numa atmosfera sobrenatural.
A primeira leitura da liturgia lembra-nos a prece de intercessão de MOISÉS durante a batalha entre Israel e Amalec. Quando as mãos de MOISÉS se levantavam, a vitória inclinava-se para o lado do seu povo; quando o cansaço lhe fazia cair as mãos, Amalec levava a melhor.
A Igreja colocando hoje diante de nós a figura do seu humilde servo, São LEOPOLDO que foi guia de tantas almas, quer também mostrar-nos essas mãos que se levantam para o céu enquanto decorrem as diversas lutas do homem e do Povo de Deus. Elevam-se na oração. Levantam-se no acto da absolvição dos pecados que sempre encontra esse Amor que é Deus; esse amor que, uma vez por todas, se nos revelou em Cristo crucificado e ressuscitado.
«Suplicamo-vos em nome de Cristo, deixai-nos reconciliar com Deus»
(2 Cor 5, 20).
Que nos dizem então, caros irmãos, essas mãos de MOISÉS levantadas na oração?
Que nos dizem essas mãos de São LEOPOLDO humilde servo do confessionário?
Dizem-nos que a Igreja não se pode nunca cansar de dar testemunho de Deus, que é Amor! Não pode nunca deixar-se desanimar e abater pelas contrariedades da vida; na verdade, a ponta extrema desse testemunho ergue-se imutavelmente, na cruz de Jesus Cristo, acima de toda a história do homem e do mundo. Mesmo sobre a nossa dura época em que o homem parece ameaçado não só pela autodestruição e pela morte nuclear, mas também pela morte espiritual. De facto, como deve viver o espírito do homem "se não crê no amor" (cfr I Jo 10, 16)».
(Adeodato Mandic), Santo
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
ADEODATO MANDIC (na Ordem religiosa, LEOPOLDO DE CASTELNOVO) nasceu na costa dálmata do mar Adriático, em 1866. Admitido entre os Capuchinhos em 1884, morreu em Pádua, a 30 de Julho de 1942. PAULO VI beatificou-o a 2 de Maio de 1976 e JOÃO PAULO II canonizou-o a 16 de Outubro de 1983.
Na Missa de canonização, o santo Padre fez uma homilia, da qual extraímos as passagens que descrevem o novo Santo:
«... Foi, no seu tempo, servo heroico da reconciliação e penitência.
Nascido em Castelnovo, na baía de Cattaro, deixou aos 16 anos a família e a sua terra, para entrar no seminário dos Capuchinhos de Údine. A sua vida decorreu sem grandes acontecimentos: algumas transferências dum convento a outro, segundo o costume dos Capuchinhos, mas nada mais. Por último, a nomeação para o convento de Pádua, onde viveu até à morte.
Pois bem, foi precisamente sobre esta pobreza, duma vida exteriormente insignificante, que o Espírito desceu para despertar uma nova grandeza: a duma heroica fidelidade a Cristo, ao ideal franciscano, ao serviço sacerdotal para com os irmãos.
São LEOPOLDO não deixou obra teológica ou literária, não chamou as atenções pela sua cultura, não fundou obras sociais. À vista de todos quantos o conheceram, não foi senão um pobre religioso: pequeno, enfermiço.
A sua grandeza está noutra coisa: na imolação, na entrega de si mesmo, dia após dia, durante toda a sua vida sacerdotal, isto é, ao longo de 52 anos, no silêncio, na discrição, na humildade dum confessionário: "O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas". FREI LEOPOLDO estava sempre presente, disponível e sorridente, prudente e modesto, confidente discreto e pai fiel das almas, mestre respeitável e conselheiro espiritual compreensivo e paciente.
Se o quiséssemos definir com uma palavra só, como faziam durante a sua vida os penitentes e os seus irmãos, diríamos que era o "confessor". Todavia, foi precisamente nisto que esteve a sua verdadeira grandeza, nesta maneira de desaparecer para deixar o lugar ao verdadeiro Pastor das almas. Assim exprimia o seu compromisso: «Escondamos tudo, até o que possa parecer dom de Deus, a fim de não tirar dele proveito. Só para Deus a honra e glória! Se fosse possível haveríamos de passar pela terra como sombra que não deixa vestígios de si mesma». E a quem lhe perguntava muitas vezes como fazia para viver assim, respondia: "É a minha vida".
"O Bom Pastor oferece a vida pelas suas ovelhas". Segundo as vistas humanas, a vida do nosso Santo parece uma árvore a que mão invisível e cruel tivesse cortado todos os ramos. O Padre LEOPOLDO era sacerdote, a quem, um defeito de pronúncia vedava a pregação. Foi sacerdote com a ambição ardente de se consagrar as missões, e até ao fim esperou o dia de partir, mas nunca partiu por ter uma saúde excessivamente frágil. Foi sacerdote com espírito ecuménico tão pronunciado, que se ofereceu ao Senhor, em dádiva quotidiana, para que se reconstituísse a plena unidade entre a Igreja latina e as Igrejas orientais ainda separadas, e para que se reconstituísse "um só rebanho um só pastor" (cfr Jo 10, 16); mas que viveu a sua vocação ecuménica de maneira oculta. Entre lágrimas declarava: "Serei missionário aqui, na obediência e no exercício do meu ministério". E dizia ainda: "Qualquer pessoa, que requeira o meu ministério, será desde já o meu Oriente".
Mas, afinal, que resultou disso para São LEOPOLDO ?
Para quem e para quê serviu a sua vida?
Aproveitou aos irmãos e irmãs que tinham deixado Deus, o amor e a esperança. Aos pobres seres humanos que tinham perdido Deus e invocavam o fradinho, pedindo-lhe perdão, consolação, paz e serenidade. A estes "pobres" São LEOPOLDO deu a sua vida, por eles ofereceu as suas dores e a sua oração; mas, acima de tudo, celebrou com eles o sacramento da Reconciliação. Nisto esteve o seu carisma. Nisto se manifestaram as suas virtudes de maneira heroica. Celebrou o sacramento da Reconciliação, exercendo o seu ministério como a sombra de Cristo crucificado. O seu olhar firmava-se no crucifixo colocado sobre o genuflexório do penitente. O crucifixo era sempre o protagonista. É ele que perdoa, é ele que absolve! Ele, o pastor do rebanho...
O ministério de São LEOPOLDO alimentava-se na oração e na contemplação. Foi confessor a rezar sem pausa, confessor que vivia habitualmente absorvido em Deus, numa atmosfera sobrenatural.
A primeira leitura da liturgia lembra-nos a prece de intercessão de MOISÉS durante a batalha entre Israel e Amalec. Quando as mãos de MOISÉS se levantavam, a vitória inclinava-se para o lado do seu povo; quando o cansaço lhe fazia cair as mãos, Amalec levava a melhor.
A Igreja colocando hoje diante de nós a figura do seu humilde servo, São LEOPOLDO que foi guia de tantas almas, quer também mostrar-nos essas mãos que se levantam para o céu enquanto decorrem as diversas lutas do homem e do Povo de Deus. Elevam-se na oração. Levantam-se no acto da absolvição dos pecados que sempre encontra esse Amor que é Deus; esse amor que, uma vez por todas, se nos revelou em Cristo crucificado e ressuscitado.
«Suplicamo-vos em nome de Cristo, deixai-nos reconciliar com Deus»
(2 Cor 5, 20).
Que nos dizem então, caros irmãos, essas mãos de MOISÉS levantadas na oração?
Que nos dizem essas mãos de São LEOPOLDO humilde servo do confessionário?
Dizem-nos que a Igreja não se pode nunca cansar de dar testemunho de Deus, que é Amor! Não pode nunca deixar-se desanimar e abater pelas contrariedades da vida; na verdade, a ponta extrema desse testemunho ergue-se imutavelmente, na cruz de Jesus Cristo, acima de toda a história do homem e do mundo. Mesmo sobre a nossa dura época em que o homem parece ameaçado não só pela autodestruição e pela morte nuclear, mas também pela morte espiritual. De facto, como deve viver o espírito do homem "se não crê no amor" (cfr I Jo 10, 16)».
GERARDO MAJELA, Santo
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
São GERARDO MAJELA nasceu a 6 de Abril de 1726, em Muro, a vinte léguas ao sul de Nápoles. Seu pai era um pobre alfaiate, piedoso e honesto. Desde os mais tenros anos , o único atractivo de GERARDO era levantar altarzinhos e imitar as cerimónias do culto.
A pouca distância de Muro encontra-se a capela de Capotinhano,onde se venera uma estátua de Virgem Maria, tendo o Menino Jesus nos braços. Quando tinha cinco anos GERARDO foi brincar familiarmente com ele, dando-lhe depois um pãozinho branco. A criança toda satisfeita, levou este presente à mãe. «Quem te deu isto?» perguntou ela. «Foi, respondeu, o menino duma senhora, que brincou comigo». Todas as manhãs GERARDO corria à capela, e sempre o Menino Jesus ia brincar com ele e lhe fazia a oferta dum pão branco. Sua irmã seguiu-o um dia e, escondendo-se, viu o Menino Jesus descer dos braços da Senhora, acariciar GERARDO e dar-lhe o costumado pão branco.
Pelos sete anos, GERARDO possuído dum amor sobrenatural pelo Pão Eucaristico, desejava ardentemente comungar; um dia, à missa, aproximou-se com os fiéis da mesa Santa para receber a Hóstia. O celebrante, vendo-o tão pequeno, passou adiante, e GERARDO retirou-se a chorar. Mas, na noite seguinte, o Arcanjo São MIGUEL veio trazer-lhe o Pão dos Anjos. Por outra vez, em que estava de joelhos junto do altar, uma criancinha saiu do tabernáculo e deu-lhe a Santa Comunhão.
Aos dez anos, GERARDO foi admitido à Sagrada mesa, depois comungava sempre de dois em dois dias, além dos domingos e dias santos, Mas compreendeu que, para participar da glória de Jesus, devia antes participar da sua dolorosa Paixão. Por isso, como prémio da hóstia recebida, impôs-se uma cruel flagelação.
Depois da morte do pai, GERARDO foi como aprendiz para casa dum alfaiate. Entregou-se por completo ao trabalho, mas continuou a corresponder fielmente à graça, e a seguir a sua inclinação para a oração, apesar dos maus tratos do mestre, que lhe batia muitas vezes com furor. Um sorriso era sempre a resposta da doce vítima. «Quê? Tu riste, exclamou um dia o mestre; diz-me, porque te ris?» - «É porque a mão de Deus me feriu», respondeu o angélico jovem.
Sentindo-se chamado à vida religiosa, pediu para ser admitido nos Capuchinhos, o que lhe foi recusado por causa da fraqueza. Esperando a hora de Deus, foi como criado para casa do bispo titular da Lacedónia, e aí esteve três anos, sendo a admiração de todos. Um dia em que o bispo estava ausente, GERARDO tinha fechado à chave a porta do palácio. Quis beber águia, e enquanto estava inclinado, a chave caiu-lhe ao poço. A principio ficou aflito; depois, em seguida, a uma oração, foi buscar uma imagem do Menino Jesus e desceu-a ao poço dizendo:
«A vós pertence, Senhor, dar-me a chave a fim do senhor Bispo não ficar triste».
Ó maravilha! À vista duma multidão de espectadores, GERARDO sobe o Menino Jesus que trazia na mão a chave.
Depois da morte do seu mestre, GERARDO teve de viver do seu ofício de alfaiate. Com o consentimento da mãe, dividia o ordenado em três partes: uma para a família, outra para os pobres e a terceira para as almas do Purgatório. Seu amor pelo sofrimento era tão ardente que lhe inspirou fingir-se louco, o que lhe atraía injúrias e pancadas. Outras vezes, fazia-se flagelar duramente por um amigo.
Era grande a sua devoção à Rainha do Céu.
«A Senhora atraiu o meu coração, repetia muitas vezes, e eu fiz-lhe presente dele»:
Falando-se-lhe em casamento, respondia com entusiasmo:
«Pertenço à Senhora».
Deste modo conservou sem mancha o lírio da castidade e o vestido da inocência baptismal. Tal foi a sua vida até à idade de vinte anos.
No mês de Agosto de 1748, passaram em Muro dois Redentoristas. GERARDO falou-lhes da sua vocação. E sua mãe, temendo vê-lo afastar-se, fechou-o à chave, no dia da partida dos missionários. Mas o prisioneiro, com o auxilio de um lençol, fugiu pela janela, deixando um bilhete em que tinha escrito:
«Vou fazer-me santo, não penseis mais em mim».
Tendo alcançado os missionários, suplicou-lhes que o recebessem. O superior admirando a sua energia e firmeza, resolveu experimentá-lo em enviou-o à casa de Deliceto com uma carta de recomendação concebida nestes termos:
«Envio-vos um Irmão inútil».
No dia 1 de maio de 1749, GERARDO baria à porta do convento de Deliceto. Fundado pelo bem-aventurado FÉLIX DE CORSANO da Ordem dos Agostinhos, era dedicado a Nossa Senhora da Consolação: estava abandonado há muito tempo quando Santo AFONSO MARIA DE LIGÓRIO atraído pela santa imagem de Maria, aí foi estabelecer os seus religiosos. será nesta santa casa que GERARDO passará a maior parte da sua vida.
Desde o primeiro dia mostrou-se um modelo acabado de humildade, paciência, mortificação e dedicação. O trabalho não lhe era obstáculo à vida de oração, porque, se de dia trabalhava muito, de noite retirava-se para a Igreja para adorar Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento.
GERARDO tinha a nobre ambição de se tornar santo; daí o voto heroico que fez, de acordo com o seu director, de fazer tudo o que fosse mais perfeito. Por ordem do mesmo director escreveu as suas mortificações, resoluções e sentimentos. Citemos algumas personagens deste código de perfeição.
Mortificações:
Todos os dias tomo disciplina e trago um cilício de ferro em volta dos rins. Misturo ervas amargas no meu alimento ao jantar e à ceia. trago um coração com pontas de ferro sobre o peito. Aos sábados jejuo a pão e água. Quintas, Sextas e sábados, durante a noite, cinjo a fronte e os rins com uma cadeia.
Sentimentos:
Tudo o que se faz por Deus é oração; uns consagram-se a isto, outros àquilo; eu consagro-me unicamente a fazer a vontade de Deus. A ocasião de me tornar santo somente me foi oferecida uma vez; se não a aproveito, é para sempre. Se me perco, perco a Deus; e, perdido Deus, que me resta?
Resoluções:
Quero repetir em todas as tentações e tribulações: Fiat voluntas tua. Somente falarei em três casos: quando se tratar da glória de Deus, do bem do próximo ou duma verdadeira necessidade. Nunca me desculparei, embora tenha as melhores razões para o fazer, a não ser que o meu silêncio cause alguma ofensa a Deus, ou algum prejuízo ao próximo.
Tinha grande devoção ao Arcanjo São MIGUEL. Em 1753, os jovens estudantes redentoristas de Deliceto obtiveram licença de fazer uma peregrinação ao Monte Gargano, célebre pela aparição do Santo Arcanjo. GERARDO foi encarregado de os acompanhar. Os peregrinos receberam ao todo doze liras para a viagem. Eram doze e deviam demorar nove dias.
«Deus providenciará» dizia GERARDO aos que lhe objectavam a modicidade da quantia. Só tinham uma lira quando chegaram a Manfredónia. GERARDO foi ao mercado comprar um ramalhete e colocou-o na Igreja, diante do santo tabernáculo, dizendo a Jesus:
«Pertence-Vos cuidar da minha familiazinha».
O capelão da Igreja, tendo observado este acto de devoção, convidou o santo a hospedar-se em sua casa com todos os companheiros. GERARDO recompensou-o desta caridade, curando, com um sinal da cruz, sua mãe enferma. Estiveram dois dias no monte Gargano. No segundo dia, GERARDO, vendo a bolsa vazia, foi-se recomendar ao Santo Arcanjo e imediatamente um desconhecido apareceu a dar-lhe um rolo de moedas.
Um dia que entrava em Deliceto, um aventureiro, vendo o pobre vestuário de GERARDO tomou-o por feiticeiro e disse-lhe:
«Se procurais um tesouro, eis-me pronto a auxiliar-vos e acompanhar-vos».
«Mas, respondeu o Santo, sois homens de coragem?»
«Ah !, vou dizer-vos quem sou».
E o miserável contou a sua triste vida.
«Bem, disse GERARDO, vou procurar um tesouro para vós».
Penetrando ambos no bosque e tendo chegado ao lugar mais espesso, GERARDO coloca misteriosamente o seu manto no chão, manda que o pecador se ponha de joelhos com as mãos erguidas, e diz-lhe:
«Prometi-vos um tesouro, vou cumprir a minha palavra».
E mostrando o seu crucifixo, disse:
«Eis o tesouro que perdestes há muitos anos».
A seguir mostrou-lhe o triste estado em que tinha a alma: o pecador começou a chorar, indo dali confessar-se.
Em Caltelgrande, o assassínio dum jovem tinha produzido ódio mortal entre duas famílias, encontrando-se toda a cidade dividida em dois partidos rivais: estavam para começar uma luta fratricida. O santo apresenta-se em casa do pai da vítima, fala-lhe de Deus e obtém uma promessa de perdão. Mas a mãe, ofendida com isto, tomando o fato ensanguentado do filho, atira-o à cara do marido, exclamando com furor:
«Olha para estes vestidos ensaguentados, e depois vai reconciliar-te, se tens coração para isso!»
E deste modo despertou os sentimentos de ódio e vingança do marido. Ao saber disto, GERARDO exclamou:
«O inferno não há-de vender»
Voltou a casa do pai da vítima, pôs no chão o seu crucifixo e disse:
«Caminhai sobre esta cruz, calcai aos pés Aquele que perdoou aos seus algozes... Ou Jesus ou o demónio! Ou o perdão ou o inferno! É Deus que me envia: o vosso Filho está no Purgatório e estará lá tanto tempo quanto durarem os vossos ressentimentos... Se recusais perdoar, esperai pelos mais terríveis castigos».
A estas palavras de fogo, os pais renderam-se e a paz estabeleceu-se em toda a cidade.
Deus dá muitas vezes a seus santos uma parte do império que o primeiro homem no estado de inocência, tinha sobre a natureza. Bastava a GERARDO chamar pelas avezinhas para que viessem colocar-se-lhe sobre as mãos, parecendo prestar atenção às suas doces palavras.
Passando um dia junto do mar, notou grande multidão que olhava com horror para um barco cheio de gente; a tempestade ia submergi-lo nas ondas. GERARDO fez o sinal da cruz, e avançando pelo meio das ondas, gritou ao barco:
«Em nome da Santíssima Trindade, detém-te».
Em seguida, trouxe-o para a praia com a maior facilidade. Teve dificuldade em evitar o entusiasmo da multidão, Interrogado mais tarde por um padre sobre este prodígio, disse:
«Ó meu padre, quando Deus quer, tudo é possível. No estado em que eu então me encontrava, poderia até ter voado pelos ares».
Segundo os contemporâneos de GERARDO as curas milagrosas que operou durante a vida são em tão grande número que seriam precisos muitos volumes para as descrever.
Corria a data de 1755. O santo tinha anunciado que morreria nesse ano. Em Julho caiu doente, enfraquecendo de dia para dia. A 6 de Setembro chegou uma carta do superior, ordenando-lhe que pedisse a sua cura, em nome da obediência.
«Eu devia morrer a 8 deste mês, disse ele, mas o Senhor retardou um pouco a minha morte».
A 5 de Outubro recolheu à cama para não tornar a levantar-se.
«Eu sofro todas as dores da Paixão de Jesus Cristo» dizia ele.
A 15 anunciou que seria o seu último dia. Das 10 para as 11 da noite disse com alegria:
«Eis a Senhora», e entrou em êxtase.
Duas horas depois, voava a sua alma para Deus.
Foi canonizado por São PIO X em 1904.
EDVIGES DE TREBNITZ, Santa
Santa EDVIGES religiosa, natural da Baviera e duquesa da Silésia, que se dedicou generosamente ao auxílio dos pobres, para os quais fundou vários albergues e, depois da morte de seu esposo, o duque Henrique, se retirou num mosteiro de monjas cistercienses que ela própria tinha fundado e de que era abadessa sua filha GERTRUDES onde passou activamente o resto dos seus dias. Morreu em Trebnitz, na Polónia, no dia 15 de Outubro. (1243)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Modelo exemplaríssimo de todas as virtudes nos apresenta hoje a Igreja na pessoa da santa duquesa HEDVIGES
O pai foi BERTOLDO duque de Caríntia, Margrave de Meran e conde do Tirol. A mãe era igualmente de alta linhagem. HEDVIGES, ainda menina de tenros anos, dava a conhecer aos pais que era privilegiada de Deus, por uma inteligência não comum naquela idade. Além disso, notava-se-lhe uma inclinação bem acentuada para todas as virtudes, coisa raríssimas vezes observada em crianças.
Donzela, nenhum actrativo experimentava para os prazeres e divertimentos mundanos. Ler e rezar, era-lhe, por assim dizer, a única distracção.
Tendo atingido 12 anos, para obedecer aos pais contraiu núpcias com Henrique , Duque da Polónia e Silésia. Esposa exemplaríssima, não tinha em mira outra coisa senão a glória de Deus, a santificação da alma e a felicidade do próximo.
Com permissão do esposo, dedicava os dias de festas, bem como a santa quaresma, a exercícios de mortificação. Um dos seus lemas era:
«Quanto mais ilustre for pela origem, tanto mais a pessoa se deve distinguir pela virtude e quanto mais alta a posição social, tanto maior obrigação se tem de edificar o próximo pelo bom exemplo».
Deus abençoou o matrimónio do casal com seis filhos, que foram educados no temor de Deus.
HEDVIGES contava apenas 20 anos e o esposo 30, quando, impelida pelo desejo de servir a Deus em maior perfeição, de acordo com Henrique, tomou a resolução de viver em perpétua continência, e ambos fizeram um voto nesse sentido, que depositaram nas mãos do Bispo.
Desde aquele momento, rapidamente prosseguiu ela no caminho da perfeição. Todo o tempo não tomado pelas ocupações do dever, pertence desde então à oração e à beneficência. Consolo particular lhe dava ouvir a Santa Missa, tanto que assitia quotidianamente a tantas missas quanto lhe era possível, e com devoção que edificava a todos. Era grande protectora das viúvas e órfãos. Grande parte dos protegidos comiam na sua própria mesa, onde ela mesma os servia. Frequentes visitas fazia aos hospitais e a dedicação , como o amor ao sacrifício, faziam que em pessoa lavasse os pés aos leprosos e lhes beijasse as úlceras. Com o esposo insistiu para que, nas proximidades de Breslau, erigisse um convento para as religiosas da Ordem de Cister. Nesse convento, muitas meninas pobres, receberam educação e instrução religiosa. HEDVIGES mesma costumava passar dias entre as freiras, acompanhando todos os exercícios da comunidade. No vesto não se lhe notava nenhuma ostentação, nem liberdade alguma, de modo que o exemplo da duquesa obrigava a todos na corte ao maior recato.
Contrariedades e graves desgostos não lhe faltaram para pôr-lhe em prova as virtudes, Uma guerra imprevista arrebatou-lhe o esposo, caído nas mãos do inimigo. Ao receber esta última noticia, HEDVIGES cheia de fé, levantou os olhos para o céu e disse: «Espero vê-lo em breve são e salvo». Ela própria se dirigiu ao duque Conrado, que lhe guardava preso o marido, e rogou com tanta insistência que obteve a libertação de Henrique. Este, porém, adoeceu e pouco depois morria. Às pessoas que lhe apresentavam os pêsames HEDVIGES respondia:
«É necessário adorarmos os desígnios da divina Providência na vida e na morte. A nossa consolação deve consistir no cumprimento da sua Santíssima vontade».
Três anos depois, seu filho Henrique perdeu a vida numa batalha contra os Tártaros. Embora este golpe crudelíssimo lhe ferisse profundamente o coração de mãe, HEDVIGES demonstrou a mesma resignação que teve por alturas da morte do esposo.
O resto da vida passou-a no convento. Aí viveu como a última entre as freiras. As regras e constituições da Ordem viram na Santa Duquesa a observadora mais fiel. Se a sua vida antes da entrada no convento era de sacrifícios e penitências, no mosteiro redobrou os exercícios de austeridade. Só interrompia o jejum aos domingos e dias santos.O único alimento que tomava era pão, água e legumes, abstendo-se por completo do vinho e da carne. O cilício era-lhe companheiro inseparável, e o leito eram duas tábuas. No inverno mais rigoroso, andava descalça sobre neve e gelo. Apenas três horas antes das matinas dedicava ao sono, passando o resto da noite em oração, sujeitando o corpo não raras vezes à mais severa flagelação. Com esses exercícios tão duros HEDVIGES emagreceu e o corpo tomou-lhe feições esqueléticas. Tinha devoção terníssima à Sagrada Paixão e Morte de Nosso Senhor nos sofrimentos, derramava abundantes lágrimas. terno amor dedicava à Santíssima Virgem. O rosto tornava-se-lhe incandescente ao pronunciar o nome da doce Mãe celeste. A humildade de HEDVIGES foi recompensada com o dom dos milagres. Fazendo uma vez o sinal da cruz sobre uma cega, esta recuperou a vista imediatamente. Muitas curas maravilhosas se efectuaram por sua intercessão.
O fim de tão santa vida foi uma morte santíssima. Acometida de grave doença, pediu os Santos Sacramentos, os quais recebeu com tanto fervor que a todos que assistiram comoveu. Veio a falecer em 1243. Numerosos foram os milagres que se observaram no seu túmulo. CLEMENTE IV deu-lhe a honra dos altares.
Santa HEDVIGES é a Padroeira da Polónia.
GUILHERME DE MALAVALLE, Santo
JOÃO BOM, Beato
JOÃO BOM, Beato
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
São GUILHERME, chamado também São GUILHERME, O Grande ou de Malavalle, era natural de França.
Depois duma vida de pecados, converteu-se e entregou-se à vida eremítica, em vários lugares da Toscana. Morreu em Malavalle, perto de Castiglione dela Pescaia (Grosseto) no dia 10 de fevereiro de 1157. Amou intensamente a contemplação. Os seus dois últimos discípulos, seguindo-lhe o espírito, deram origem à Ordem de São GUILHERME. Integrada na Ordem Agostiniana na união de 1256, separou-se no ano seguinte, permanecendo alguns dos seus membros na Ordem de Santo Agostinho. Esta começou a dar culto a São GUILHERME já no século XIII
O Beato JOÃO BOM tivera também uma vida dissipada e fora jogral da corte.
Cumprindo um voto que fizera para pedir a cura duma enfermidade, retirou-se à soledade eremítica. A sua fama espalhou-se e alguns devotos uniram-se a ele. Assim nasceu a sua Ordem, em Botriolo - Cesena. Morreu em Mântua a 16 de Outubro de 1249, onde o seu corpo repousa na igreja ex-agostiniana de Santa INÊS. Distinguiu-se pelo espírito de penitência e confiança em Deus e amor à Igreja. A sua Ordem passou a formar parte da Agostiniana na união de 1256. O culto dele foi permitido por SISTO IV com a bula Licet Sedes Apostolica de 1483. Por este motivo, o nome do Beato JOÃO entrou no Martirológio Romano. O seu ofício foi concedido à Ordem em 1673.
GUILHERME, Beato
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Honrava-se na abadia de Savigny, diocese de Avranches, França, um noviço falecido em odor de santidade no século XIII, antes dessa abadia passar à Ordem de Cister. As suas acções não deixaram nenhum vestígio: é o melhor elogio que se pode fazer dum noviço. Já não eran um jovenzinho se, conforme se ficou dizendo, tinha sido eremita antes de entrar em Savigny.
LONGINOS, Santo
Em Jerusalém, a comemoração de São LONGINOS venerado como o soldado que abriu comn a lança o lado do Senhor pregado na Cruz.
ELIÑO, Santo
Na região de Toul, na Gália hoje França, Santo ELÍÑO que é venerado co mo mártir. (séc. IV)
MARTINIANO e SATURIANO e mais 2 irmãos, Santos
Comemoração dos Santos MARTINIANO e SATURIANO, mártires na África Setentrional, com dois irmãos seus que, durante a perseguição dos Vândalos no tempo do rei ariano Genserico, eram escravos de um vândalo e tinham sido convertidos à fé de Cristo por Santa MÁXIMA, virgem, sua companheira de escravidão. Pela sua constância na fé católica, foram fustigados e feridos até aos ossos com varas nodosas e depois enviados para o desterro dos mouros exilados, onde foram condenados à morte por terem convertido alguns deles à fé de Cristo. Quanto a Santa MÁXIMA, liberta depois de superar muitas tribulações, morreu em paz num mosteiro, como mãe de muitas virgens. (séc. V)
AMANDO e JUNIANO, Santos
No território de Limoges, na Aquitânia, hoje França, os santos AMANDO e seu discípulo São JUNIANO, eremitas. (séc. VI)
GALO, Santo
Perto de Arbon, na Germânia, hoje na Suiça, são GALO presbitero e monge que, foi recebido ainda adolescente por São COLUMBANO no mosteiro de Bangor, na Irlanda, propagou diligentemente o Evangelho nesta região e ensinou aos seus irmãos a disciplina monástica. Descansou no Senhor quase centenário. (645)
MUMOLINO, Santo
Em Novon, na Nêustria hoje França São MUMOLINO bispo que sendo monge, ajudou Santo AUDOMARO na missão evangelizadora depois sucedeu a Santo ELÍGIO na sede episcopal. (680)
LULO, Santo
No mosteiro de helesfeld, na Francónia da Germânia, hoje Alemanha, São LULO, bispo de Mogúncia, que sendo companheiro e colaborador de São BONIFÁCIO na obra da evangelização, foi por ele ordenado bispo, para que fosse um mestre para os presbíteros, um doutor da Regra para os monges, um pregador fiel e pastor para o povo cristão. (786)
VITAL, Santo
No território de Retz, perto de Nantes, França, São VITAL eremita. (séc. VIII)
GAUDERICO, Santo
No território de Mirepoix, junto aos Pirenéus, na Gália, hoje França, São GAUDERICO agricultor, insigne pela sua devoção à Mãe de Deus. (900)
BONITA, Santa
Em Brioude na região dos Arvenos na Aquitânia, França, Santa BONITA virgem. (séc. IX)
ANASTÁSIO, Santo
Em Pamiers, junto aos Pirinéus, França, Santo ANASTÁSIO monge que natural de Veneza, abraçou a vida eremítica na ilha de Tombelaine, perto de Mont-Saint-Michel, depois a vida monástica em Cluny; finalmente a vida na solidão durante os últimos anos da sua vida. (1083)
BELTRÃO, Santo
Em Cominges, junto dos Pirinéus, França, São BELTRÃO, bispo que, por indicação do papa São GREGÓRIO VII trabalhou arduamente para a reforma da Igreja, reconstituiu a sua cidade abandonada e em ruínas, edificou junto à catedral um claustro e um cabido de Cónegos Regulares segundo a Regra de Santo AGOSTINHO. (1123)
GERARDO DE CLARAVAL, Beato
No mosteiro de Igny, região de Reims, França, o passamento do Beato GERARDO DE CLARAVAL abade wue foi assassinado por um iníquo monge durante uma visita a este cenóbio. (1177)
JESUS VILLAVERDE ANDRÉS, Beato
Em Madrid, Espanha, o Beato JESUS VILLAVERDE ANDRÉS presbitero da Ordem dos Pregadores e mártir. (1936)
ANICETO KOPLINSKI e JOSÉ JANKOWSKI, Beatos
Perto de Cracóvia, na Polónia, num campo de concentração de Auschwitz, ANICETO KOPLINSKI da Ordem dos frades Menores Capuchinhos e JOSÉ JANKOWSKI da Sociedade do Apostolado Católico, presbíteros e mártires que durante a ocupação militar da sua pátria por sequazes de uma nefanda doutrina hostil aos homens e à fé cristã, deram testemunho da sua fé em Cristo até à morte., um na câmara de gás e o outro assassinado pelos guardas do campo. (1941)
AGOSTINHO THEVARPARAMPIL "Kunjachau", Beato
Em Ramapuram, localidade de Pali, na Índia, o beato AGOSTINHO THEVARPARAMPIL "Kunjachau", presbitero. (1973)
... E AINDA ...
BATTISTA DE BONAFEDE, Beato
Per la difesa della fede cattolica, il Beato Battista de Bonafede, mercedario di Palermo, rimase per lungo tempo nelle carceri africane sopportando oltraggi e tormenti per amore di Cristo. Liberato dalle catene dai suoi confratelli, ritornò nel convento di Sant'Anna in Palermo dove pieno di meriti restituì l'anima a Dio.
L'Ordine lo festeggia il 17 ottobre.
CATERVIO, SEVERINA e BASSO, Santos
La recente promulgazione da parte della Conferenza Episcopale Italiana del nuovo Rito del Matrimonio contenente, fra i vari formulari proposti, anche le nuove “Litanie dei santi sposi”, ha suscitato in diversi ambiti ecclesiali una riscoperta ed un notevole interesse per quelle coppie di sposi che si sono distinte per la loro particolare santità. Non presente in tale incompleto elenco titanico, ma comunque supportata da un antichissimo culto, è una famiglia romana composta dai coniugi Flavio Giulio Catervio e Settimia Severina e dal loro figlio Basso. Per riscoprire le poche certezze storiche su questi santi occorre fare un breve viaggio a Tolentino, città a cui è tradizionalmente legato il loro culto. Qui un’antica chiesa è dedicata proprio a San Catervo, il più celebre dei tre familiari, e la vita di tale edificio sacro presenta tre fasi salienti. La prima, iniziatasi in data anteriore all’anno 1000, arriva sino al 1256, quando i monaci benedettini chiesero all’allora papa Alessandro IV l’autorizzazione per restaurare la chiesa. La seconda fase iniziò dunque dopo tale anno, ma purtroppo non si sono conservati particolari reperti archeologici per poter fare un raffronto con il primitivo edifico. La nuova chiesa sorse con asse orientato in direzione est-ovest, con tre navate in stile romanico ogivale, pilastri cruciformi e presbiterio sito nell’area dell’attuale facciata. Tale costruzione, di cui sussiste una parte nella Cappella di San Catervo, allora cappella della Santissima Trinità, resto pressoché immutata fino al 1820, qualora si pensò di dare un nuovo assetto all’ormai fatiscente edificio. Furono incaricati di tale perazione prima il pittore tolentinate Giuseppe Lucatelli ed in un secondo momento l’architetto maceratese Conte Spada. Questi nel voler dare alla chiesa un nuovo assetto architettonico di tipo neoclassico, decise di cambiarne l’orientamento invertendolo, ponendo il nuovo ingresso ove prima era il presbiterio della chiesa monastica del 1256, di cui resta un grandioso portale sul lato sinistro della chiesa. Il nuovo edificio a tre navate, inglobante tutte le strutture della precedente costruzione, fu realizzato a croce latina. In fondo alla navata sinistra si realizzò così la Cappella di San Catervo, volta a custodire il grandioso sarcofago, uno tra i più importanti delle marche, ricavato da un unico blocco di marmoe comprendente i busti dei due coniugi. Dall’iscrizione inclusa nella tabula del sarcofago si apprende che Flavio Giulio Catervio appartenne ad una nobile famiglia senatoria, che fu prefetto del pretorio e morì all’età di soli 56 anni. In tale epigrafe si ricorda inoltre, con un formulario intessuto di forme poetiche, impregnate di una fede lucente nella resurrezione, il sacramento matrimoniale: “Il Signore Onnípotente, che con meriti uguali vi unì nel dolce vincolo del matrimonio, custodisce per sempre il vostro sepolcro. O Catervio, Severina è felice per essersi unita a te: possiate insieme risorgere, con la grazia di Cristo, o voi beati, che il sacerdote del Signore, Probiano lavò con l'acqua battesimale e unse con il sacro crisma”. Tale monumento fu fatto costruire dalla moglie per entrambi. Il sarcofago fu oggetto di ispezione nel 1455 ed in tale occasione ne fu estratto il capo di San Catervo, che venne posto in un reliquiario alla venerazione dei fedeli. Di una successiva apertura nel 1567 esiste una testimonianza documentata e particolareggiata. Furono così rinvenuti i corpi di San Catervo e di suo figlio Basso. La cappella del sarcofago è comunque uno dei pochi residui dell’antico complesso monastico benedettino. La tradizione vuole che Catervio sia stato il primo evangelizzatore della città di Tolentino e proprio ciò abbia comportato il martirio per lui e la sua famiglia., ma come per tutti i martiri loro contemporanei non è purtroppo possibile reperire ulteriori informazioni e dettagli circa il loro operato, quanto piuttosto sul culto loro tributato. La figura di San Catervo si è dunque strettamente legata alla città di Tolentino di cui è patrono, sebbene questa sia più conosciuta per il celebre San Nicola. Sebbene un tempo si sia addirittura dubitato sulla reale esistenza storica dei tre santi, la recente ricognizione dei resti sembra invece confermare l’antica tradizione tramandataci dalla Chiesa e dall’affetto popolare. Nonostante la maggior rilevanza dei festeggiamenti per San Nicola da Tolentino, come dice il detto “se fa tutto per Nicò e niente per Catè”, San Catervo e la sua famiglia conservano comunque un posto speciale nel cuore di tutti i tolentinati. Un’improbabile leggenda piemontese attribuisce a questa santa famiglia anche l’evangelizzazione della città di Tortona, di cui sarebbero stati i protomartiri, verso l’anno 68, quando appena giungevano sulle Alpi Cozie altri evangelizzatori quali Priscilla, Elia, Mileto, Marco e Quinto Metello, tutti sfuggiti alla persecuzione neroniana di quattro anni prima.Il Massa, celebre agiografo della santità pedemontana, ricorda Catervio come un uomo ormai centenario. L’intera famiglia si prodigò con nell’evangelizzazione di Tortona, divenendo preziosi collaboratori del primo vescovo San Marciano o Marziano. Precedendolo nel versare il loro sangue per Cristo, divennero così i primi martiri della città e dell’intero Piemonte geograficamente inteso. Questa versione è stata forse ideata per giustificare la presenza nella città piemontese di alcune reliquie dei santi in questione |
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DOMENICO NAVARRO, Beato
Mercedario del convento di Sant'Eulalia in Gerona Spagna, il Beato Domenico Navarro, fu inviato per redenzione a Tunisi in Africa.Arrivato in terra mussulmana venne catturato dai mori e spogliato dei beni della redenzione, rimase per 16 mesi in dura servitù come ostaggio per un tale cristiano la cui fede era in pericolo. Infine liberato tornò in patria dove morì santamente nel suo convento di Gerona.
L'Ordine lo festeggia il 17 ottobre.
ETELREDO e ETELBERTO, Santos
Erano figli di Ermenred, fratello di Erconbert, re del Kent (m. 644). Alla morte di quest'ultimo, gli succedette sul trono il figlio Egbert, ma sembra che Etelredo ed Etelberto potessero legittimamente avanzare pretese alla successione. A quanto afferma Matteo di Westminster (ma non è certo) Ermenred, loro padre, sarebbe stato soppiantato sul trono dal più giovane fratello Erconbert, per cui le pretese dei due giovani nei confronti del cugino avrebbero avuto un certo fondamento: ciò sembra confermato dal fatto che, nella Cronaca Sassone, Ermenred viene nominato prima di Ercombert.
Con la connivenza del re Egbert, un suo ministro, Thunre, fece uccidere Etelredo ed Etelberto che si trovavano ad Eastry. Un dettagliato e leggendario racconto di tale assassinio è contenuto nei Gesta Regum Anglorum di Simeone di Durham. Non è possibile determinare l'età dei due fratelli al tempo della loro morte, ossia verso il 670. Generalmente vengono chiamati infantuli o adolescentes, ma sembra, con ogni probabilità, che tale età vada aumentata, anche in considerazione del fatto che Ermenburga, loro sorella, andò sposa nel 660 a Merewald re degli West-Hecani. I due giovani vennero sepolti segretamente nel palazzo reale, ma, secondo Simeone di Durham, una misteriosa colonna di luce rivelò il luogo della loro tomba, per cui l'assassinio venne scoperto. Allora la sorella, Ermenburga, pretese dal re Egbert il guidrigildo, secondo i costumi sassoni, e la punizione dell'assassino. Il termine con cui si indicava il guidrigildo dei nobili (dear-born) è probabilmente all'origine dell'antica leggenda della corsa della cerva (in inglese deer): si narra infatti che Egbert avesse promesso ad Ermenburga di concederle come guidrigildo tanta terra quanta una cerva ne avrebbe percorso in un giorno in un giorno nell'isola di Thanet. Ermenburga, che era appoggiata nelle sue richieste anche da s. Teodoro, arcivescovo di Canterbury, e da Adriano, abate di S. Agostino, acconsentì a tale soddisfazione. Si portarono quindi nell'isola di Thanet e con tutta la corte seguirono la corsa della cerva. Sopraggiunse allora il ministro assassino, il quale, esortato il re a non farsi intimidire e a non cedere, inseguì la cerva per fermarla, ma avventuratosi col suo cavallo in una palude, fu sommerso prima che si potesse accorrere in suo aiuto. Guglielmo di Malmesbury (De Gestis Pontificum Anglorum, IV) giunge ad affermare che l'assassino "subito telluris hiatu absorptus, videns et vivens intravit infernum" (!).
Ermenburga destinò il territorio ricevuto nell'isola di Thanet alla costruzione del monastero conosciuto poi col nome di Minster in Thanet, le cui fondazioni vennero ben presto consacrate da s. Teodoro e nel quale essa stessa, rimasta vedova, prese il velo, divenedone badessa.
Etelredo ed Etelberto, vennero considerati come martiri, quantunque il loro assassinio non possa, in verità, essere qualificato come martirio. I corpi dei due giovani sarebbero stati sepolti nel monastero di Wakering, che Simeone di Durham dice famisissimum, ma l'unica località di tal nome che si conosca si trova nell'essex, nei pressi di Shoeburyness, e non vi si trovano tracce di alcun monastero. Qualcuno avanza l'ipotesi che la traslazione a Wakering, ossia fuori del regno, non sia avvenuta immediatamente, ma solo verso l'854, al tempo dell'invasione dei Danesi, allorché si combatté a Sandwich, nei pressi di Eastry. Altri, invece, rilevano come non sia impossibile pensare ad una divisione delle reliquie; Guglielmo di Malmesbury, infine, ignora completamente tale traslazione a Wakering.
I loro corpi furono quindi traslati "celebri pompa", alla fine del sec. X, nella abbazia di Ramsey. Forse l'uccisione di s. Edoardo, nel 978, dette occasione al rifiorire della leggenda dei due giovani, provocando la loro definitiva traslazione. Probabilmente in tale epoca fu composta l'anonima passio giunta a noi, attribuita da alcuni al monaco Goscelino, e ripresa poi nelle opere storiche di Simeone di Durham e di Guglielmo di Malmesbury. La loro memoria viene celebrata al 17 ottobre, anniversario della traslazione dei loro corpi a Ramsey.
GIOVANNI DE ZAMORA, Beato
Valoroso missionario del Cile, il Beato Giovanni de Zamora, battezzò 4000 indigeni e nell'anno 1566, ricostruì il convento mercedario di Assunción, distrutto da quei bellicosi popoli nel 1564. Per il nome di Cristo fu trafitto dalle frecce indigene ma miracolosamente risanato, morì come confessore glorioso per i meriti e i miracoli. Fu sepolto vicino al convento dell'Ordine dove sulla cui tomba fiorì un roseto bianco e rosso.
L'Ordine lo festeggia il 17 ottobre.b
MÁRTIRES URSULINAS DE VALLENCIENNES, Beatas
L'episodio del massacro delle orsoline di questa città s'inquadra nella storia del Terrore scoppiato nella diocesi di Cambrai (nord Francia) durante la rivoluzione francese. Tutto cominciò il 30 sett. 1790. Quel giorno i commissari della municipalità di Valenciennes, in ottemperanza al decreto della Costituente, si presentarono al convento delle orsoline per fare l'inventario dei beni della comunità e chiedere alle suore se avevano l'intenzione di perseverare nella loro vocazione. Le suore erano allora trentadue e la loro superiora era m. Clotilde Paillot, che era stata eletta il 13 febb. precedente. La loro risposta fu unanime: intendevano restare orsoline votate all'educazione delle giovinette della città. Per un paio d'anni le cose andarono avanti confusamente, e nonostante intralci di ogni genere, la comunità riuscì a sopravvivere. Ma la posizione strategica della città, al centro della zona di frontiera, avrebbe finito, nel corso delle alterne vicende della guerra che allora si combatteva fra la Francia e il resto d'Europa, per aggravare enormemente la loro situazione. Il 13 sett. 1792 Valenciennes fu assediata dalle truppe nemiche e il 17 successivo le orsoline, essendo i loro locali requisiti dai difensori della città, furono costrette a riparare presso le consorelle di Mons in Belgio, da cui erano venute le fondatrici nel 1654. Quand'ecco che il 6 nov. le truppe francesi, vincitrici della battaglia di Jammapes, occuparono Mons, col risultato che le orsoline, qualche settimana dopo, dovettero nuovamente sloggiare.
Ma la loro occupazione di Mons non durò a lungo. Sconfìtte nella battaglia di Neerwinden, le truppe francesi la evacuarono il 21 mar 1793. Il 29 lug. era la volta di Valenciennes a essere da loro abbandonata. Le orsoline di Valenciennes potevano ora pensare a fare ritorno nella loro città. Gli austriaci, padroni della città, incoraggiavano infatti la ricostituzione delle comunità. Quando le orsoline di Valenciennes rimisero piede nella loro casa, iniziando subito a ricostituirla, essendo stata saccheggiata, era l'11 nov. L'attività delle suore non tardò a riprendere in tutta la sua intensità, tanto che il 29 apr. 1794 avevano luogo nel loro convento una professione e una vestizione. Senonché il 26 giu. le truppe francesi ottennero una grande vittoria a Fleurus e il 26 ago. gli austriaci si ritirarono da Valenciennes. Alcune suore restarono nel convento con la m. Clotilde e furono arrestate il 1° sett. e tenute prigioniere nelle loro stesse stanze. Le altre furono subito ricercate e infine arrestate insieme con numerosi altri sospetti. Il rappresentante della Convenzione era allora un certo Giovanni Battista Lacoste, uno dei personaggi più ripugnanti di quest'epoca. Diversamente dal suo collega Lebon ex oratoriano, era stato giudice di pace ed avrebbe concluso la sua carriera tranquillamente come prefetto dell'impero. La sua grande ansia era di poter disporre sul posto di una ghigliottina, che era divenuta per lui una vera ossessione. Suo malgrado non potè riceverne una se non il 13 ott. A questa data, il colpo di Stato del 9 termidoro (27 lug. 1794) era già avvenuto, ma lui, approfittando della vacanza del potere, non volle tenerne conto e il 14 ott. fece erigere la sinistra macchina e quello stesso giorno 5 condannati furono giustiziati. Il 15 ott. alle nove della sera, 116 prevenuti furono riuniti nel municipio e messi a disposizione del tribunale costituito illegalmente da Lacoste. Particolarmente numerosi erano i preti e le religiose: le ragioni per cui li si voleva condannare erano occultate sotto accuse di tradimento ed emigrazione. I prigionieri si trovavano ammucchiati in condizioni igieniche incredibili e per di più promiscuamente, per cui molte suore poterono approfittarne per confessarsi e comunicarsi. Le prime orsoline a comparire davanti al tribunale, il 17 ott. insieme con tre preti refrattari, furono: Maria Luisa Giuseppe Vanot, nata a Valenciennes il 12 giu. 1728, professa il 31 ago. 1749 col nome di sr. Maria Natalia Giuseppe di S. Luigi; Giovanna Regina Prin, nata a Valenciennes il 9 lug. 1747, professa il 28 apr. 1767 col nome di sr. Maria Lorenzina Giuseppe Regina di S. Stanislao; Agostina Gabriella Bourla, nata il 6 ott. 1746 e Maria Genoveffa Ducrez, nata il 27 sett. 1756: tutte e due di Condé (dipart. del Nord), professe insieme il 28 apr. 1779 con i nomi rispettivamente di sr. Maria Orsola Giuseppe di S. Bernardino e di sr. Maria Luisa Giuseppe di S. Francesco (il 31 ago. 1794 erano partite per Condé, dove erano state arrestate e rispedite a Valenciennes); l'ultima era sr. Maria Maddalena Giuseppe Déjardin, nata a Cambrai l'11 giu. 1760, professa il 22 ago. 1781 col nome di sr. Maria Agostina Giuseppe del S. Cuore di Gesù. Furono ghigliottinate quello stesso giorno. Il secondo gruppo di religiose subì il martirio il 23 ott. 1794: m. Clotilde fu ghigliottinata per prima: ricorreva il trentottesimo anniversario della sua professione. Era nata il 25 nov. 1739 a Bavay ed era stata battezzata in pari data col nome di Clotilde Giuseppe. In religione aveva assunto quello di sr. Maria Clotilde Giuseppe di S. Francesco Borgia. Nel 1789 era stata nominata consigliera; il 13 febb. 1790 era stata eletta superiora e il 26 nov. 1793 confermata in questa carica. Le altre furono: Laura Margherita Giuseppe Leroux, nata il 14 lug. 1749 a Cambrai, professa tra le orsoline il 9 ago. 1775 col nome di sr. Maria Scolastica Giuseppe di S. Giacomo: era stata arrestata la notte dal 31 ago. al 1° sett., allo stesso tempo di sua sorella Anna Giuseppa, spesso chiamata Giuseppina, nata il 23 genn. 1747 a Cambrai, professa il 10 magg. 1769 tra le Clarisse urbaniste di Valenciennes, e due brigidine, che erano state arrestate insieme nella notte dal 4 al 5 sett., nate tutte e due a Pont-sur-Sambre, Maria Livia Lacroix il 24 mar. 1753, Maria Agostina Erraux il 20 ott. 1762: erano passate dal convento delle brigidine di Valenciennes, dove portavano i nomi di Anna Maria Giuseppe e di Livia, al convento delle orsoline di Valenciennes, che le avevano accolte Livia col nome di m. Francesca. Ultima, una conversa, Giovanna Luisa Barré, nata il 23 apr. 1750, a Sailly-en-Ostrevent (diocesi di Arras), professa tra le orsoline il 20 genn. 1777 col nome di sr. Maria Cordola Giuseppe di S. Domenico. Bisogna sottolineare l'aspetto di testimonianza data dalle 11 religiose in occasione del processo che le mandò a morte. La priora Clotilde Paillot diede ai giudici risposte degne dei martiri della Chiesa primitiva e manifestamente ispirate dallo Spirito Santo. Condannate alla ghigliottina, le suore si tagliarono esse stesse i capelli e si sguarnirono gli abiti intorno al collo perché la mannaia potesse far meglio la sua opera. Ansiose di far conoscere il loro perdono ai persecutori, giunsero a baciare le mani dei carnefici. Tale era l'ardore che spingeva queste religiose al martirio, che sr. Déjardin cercò invano di precedere le altre sui gradini del patibolo. Le 11 religiose ghigliottinate a Valenciennes sono state beatificate da Benedetto XV il 13 giu. 1920 assieme a 4 Figlie della Carità di Arras. La causa era stata introdotta il 29 magg. 1907, la dichiarazione di martirio e la dispensa dai miracoli sono del 6 lug. 1919, il decreto de tuto reca la data del 29 febb. 1920. La loro festa è stata fissata il 17 ott. Esse attendono ora la canonizzazione.
Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do
MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e ainda eventualmente através dos sites:
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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres.
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não
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