Nº 71
A DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS
A DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS
10 DE MAIO DE 2019
Caros Amigos:
68º Bispo do Porto
DOM
MANUEL JOSÉ MACÁRIO DO NASCIMENTO CLEMENTE
Bispo do Porto 2007-2013
Na Lista de Bispos do Porto da WIKIPÉDIA há uma pequena Biografia - que, transcreverei integralmente, logo após a Biografia inserta no livro "Retratos dos Bispos do Porto na Colecção do Paço Episcopal"
Na CRONOLOGIA consta o nome, imagem (acima) e biografia (que abaixo transcrevo) do Bispo DOM MANUEL JOSÉ MACÁRIO DO NASCIMENTO CLEMENTE e também no EPISCOPOLÓGICO com a indicação de que terá exercido essas funções durante cerca de 6 Anos de 2007 até 2013.
CRONOLOGIA, dos Bispos da Diocese do Porto
A transcrição é como segue:
DOM MANUEL JOSÉ MACÁRIO DO NASCIMENTO CLEMENTE nasceu na freguesia de São Pedro e de São Tiago (concelho de Torres Vedras), a 16 de Julho de 1948. É filho de Francisco do Nascimento Clemente e de Dona Maria Sofia Correia Lopes Macário.
Terminados os estudos secundários, DOM MANUEL ingressou na faculdade de letras da Universidade de Lisboa onde obteve a licenciatura em História. Em 1973 ingressou no Seminário Maior de Cristo Rei dos Olivais. Posteriormente, matriculou-se no curso de Teologia, na Universidade Católica Portuguesa, licenciando-se em 1979. Doutorou-se em Teologia história, na mesma Universidade, em 1992, com a tese intitulada Nas origens do apostolado contemporâneo em Portugal. A "SOCIEDADE CATÓLICA" (1843-1853).
DOM MANUEL CLEMENTE foi ordenado presbítero a 29 de Junho de 1979, pelo então cardeal-patriarca, DOM ANTÓNIO RIBEIRO, na Sé de Lisboa. Após a ordenação sacerdotal, assumiu as funções de vigário paroquial coadjutor das paróquias de Torres Vedras e Runa, em 1980, e de membro da equipa formadora do Seminário Maior dos Olivais, entre 1980 e 1989. Nesse mesmo ano foi nomeado vice-reitor dessa Instituição, até 1997, data em que ascendeu a reitor. Em 1996 foi coordenador do Conselho Presbiteral do Patriarcado, exercendo o mesmo cargo na Comissão Preparatória da Assembleia Jubilar do Presbitério para o ano 2000, desde 1975 leccionou História da Igreja na Universidade Católica Portuguesa, tendo assumido as funções de Director do centro de Estudos de História Religiosa, sediado nessa Instituição de 2001 a 2007.
Em 1989 foi nomeado Cónego da Catedral de Lisboa. Dez anos depois, a 6 de Novembro de 1999, foi nomeado nessa diocese Bispo auxiliar com o título de Pinhel. A ordenação episcopal decorreu a 22 de Janeiro do ano seguinte, no mosteiro dos Jerónimos e teve como ordenante principal o cardeal-patriarca DOM JOSÉ POLICARPO. Nessa altura DOM MANUEL escolheu para lema episcopal: In Lumine tuo. No exercício desta nova função, o então Bispo auxiliar de Lisboa ficou responsável pela zona oeste do Patriarcado.
A 12 de Abril de 2001 foi designado Promotor da Pastoral da Cultura na Conferência Episcopal Portuguesa. Coordenou a representação portuguesa ao Congresso Internacional para a Nova Evangelização (ICNE) que se realizou nas dioceses de Viena (em 2003), Paria (em 2004), Lisboa (em 2005) Bruxelas (em 2006) e Budapeste (em 2007).
DOM MANUEL CLEMENTE foi nomeado Bispo do Porto a 22 de Fevereiro de 2007, pelo Papa BENTO XVI, após resignação de DOM ARMINDO LOPES COELHO. Tomou posse a 24 de Março e fez a sua entrada solene na diocese no dia seguinte.
DOM MANUEL tendo em conta a dimensão territorial e populacional da Diocese do Porto, estabeleceu um novo quadro de regiões pastorais e vigararias que vigorou a partir de 9 de Setembro de 2008. O objectivo era o de criar "órgãos intermédios de administração e coordenação pastoral que <possibilitem> o melhor ajustamento às suas particularidades locais e incrementem a co-responsabilidade de todo o povo de Deus, começando pela do seu clero": http://www.etc.pt/VP/ler_outras6c0d.html,
consultado em Junho de 2017.
Em 2008 foi o primeiro Bispo português a transmitir a mensagem de Natal através do Youtube, um site de partilha de vídeos. No âmbito da visita apostólica que o papa BENTO XVI fez a Portugal em 2010, DOM MANUEL CLEMENTE recebeu-o na cidade do Porto. Nesse mesmo ano lançou a Missão 2010 com o lema Co-responsabilidade para A Nova Evangelização. Este projecto, que marcou o sue episcopado, tinha como objectivo alcançar e envolver todas as comunidades cristãs diocesanas. Assim, através de uma palavra-chave e de uma actividade-referência mensais, cada Comunidade, Paróquia, Capelania, Instituto, Congregação, Associação, Movimento ou Obra Laical seria convidada a desenvolver e a concretizar determinadas actividades.
Em 2012 no seguimento da publicação de uma Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa, DOM MANUEL presidiu à sessão solene de abertura das celebrações do 150º aniversário do nascimento da beata IRMÃ MARIA DO DIVINO CORAÇÃO, a condessa DROSTE ZU VISCHERING e Madre Superiora do Convento das irmãs do Bom Pastor no Porto. De facto, o Prelado portuense manifestou publicamente a sua devoção pela Irmã MARIA DO DIVINO CORAÇÃO, principal responsável por ter influenciado o papa LEÃO XIII a consagrar ao mundo ao Sagrado Coração de Jesus.
Entre 2005 e 2011 presidiu à Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, sendo nomeado membro do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, em 2011. A estas nomeações não terá sido alheio o facto de DOM MANUEL CLEMENTE se mostrar atento à importância dos órgãos de comunicação social, e colaborar regularmente com alguns deles, nomeadamente através da participação nos programas O Dia do Senhor, da Rádio Renascença, e Ecclesia, da RTP 2. Em 2011, o Prelado portuense foi eleito vice-presidente e, em 2013, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, nesse momento já na qualidade de Arcebispo de Lisboa.
De facto, a 18 de maio de 2013 foi anunciada oficialmente a nomeação de DOM MANUEL CLEMENTE como Arcebispo de Lisboa. Tomou posse na catedral Olissiponense a 6 de Julho fazendo a sua entrada solene, no mosteiro dos Jerónimos, no dia seguinte. Pelo facto de Lisboa ser sede de um Patriarcado metropolitano, DOM MANUEL recebeu o Pálio das mãos do papa FRANCISCO durante a cerimónia de imposição que decorreu em Roma, na basílica de São Pedro, a 29 de Junho de 2013.
Após a morte do cardeal-patriarca Emérito, DOM JOSÉ POLICARPO, foi anunciado, pelo Vaticano, que DOM MANUEL CLEMENTE seria elevado a cardeal a 14 de Fevereiro de 2015, no decorrer do Consistório ordinário que se realizaria em Roma. Nesse dia, foi-lhe imposto o barrete cardinalício e entregue o anel e a bula de criação cardinalicia. O 44º Cardeal da Igreja portuguesa foi investido com o título de Santo António in Campo Marzio, vinculado à Igreja de Santo António dos Portugueses em Roma.
DOM MANUEL CLEMENTE tem uma extensa bibliografia publicada, entre livros e artigos, nas áreas da história, da teologia e da pastoral (veja-se, por exemplo, http://www.snpcultura.org/d_manuel_clemente_novo_patriarca_lisboa_biografia_pensamento.html, consultado em maio de 2017).
Ainda no exercício das suas funções como Bispo do Porto, DOM MANUEL CLEMENTE foi agraciado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, em Agosto de 2010, em reconhecimento do seu papel na visita do papa BENTO XVI a Portugal. A 25 de Abril de 2011 foi-lhe atribuída a Medalha de Honra da Cidade do Porto, e, em Dezembro de 2012, recebeu a Grã-Cruz Pro Piis Meritis, outorgada pela Ordem Soberana e Militar de Malta.
A 11 de Dezembro de 2009 foi o primeiro membro da Igreja portuguesa a ser distinguido com o Prémio Pessoa. No comunicado emitido pelo júri do prémio, a escolha de DOM MANUEL CLEMENTE deveu-se ao facto do então Prelado do Porto ser "uma referência ética para a sociedade portuguesa no seu todo", cuja "intervenção cívica se tem destacado por uma postura humanística de defesa do diálogo e da tolerância", desenvolvendo, simultaneamente, uma "intensa actividade cultural de estudo e debate público"
(disponível em: https://jpn.up.pt/2009/12/11/premio-pessoa-distingue-d-manuel-clemente/, consultado em maio de 2017).
Transcrição da Biografia da "WIKIPÉDIA"
Manuel Clemente
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Manuel Clemente | |
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Cardeal da Santa Igreja Romana | |
Cardeal-Patriarca de Lisboa | |
Retrato de Dom Manuel Clemente | |
Título |
Cardeal-Patriarca |
Hierarquia | |
Papa | Francisco |
Atividade Eclesiástica | |
Diocese | Patriarcado de Lisboa |
Nomeação | 18 de maio de 2013 |
Entrada solene | 7 de julho de 2013 |
Predecessor | José da Cruz Policarpo |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 29 de junho de 1979 Sé de Lisboa por Patriarca D. António II |
Nomeação episcopal | 6 de novembro de 1999 |
Ordenação episcopal | 22 de janeiro de 2000 Mosteiro dos Jerónimos por José da Cruz Policarpo |
Nomeado Patriarca | 18 de maio de 2013 |
Cardinalato | |
Criação | 14 de fevereiro de 2015 por Papa Francisco |
Ordem | cardeal-presbítero |
Título | S. Antonio in Campo Marzio |
Brasão | |
Lema | In Lumine Tuo Na Tua luz |
Dados pessoais | |
Nascimento | Torres Vedras 16 de julho de 1948 (70 anos) |
Nome nascimento | Manuel José Macário do Nascimento Clemente |
Nacionalidade | português |
Progenitores | Mãe: Maria Sofia Correia Lopes Macário Pai: Francisco de Nascimento Clemente |
Habilitação académica | - Licenciatura em História pela Universidade de Lisboa (1973) - Licenciatura em Teologia pela Universidade Católica Portuguesa (1979) - Doutoramento em Teologia Histórica pela Universidade Católica Portuguesa (1992) |
Funções exercidas | - Professor na Universidade Católica Portuguesa - Vice-Reitor e Reitor do Seminário Maior de Cristo-Rei dos Olivais (1989–1999) - Bispo-auxiliar de Lisboa (1999–2007) - Bispo do Porto (2007–2013) |
Títulos anteriores | Bispo-titular de Pinhel (1999–2007) |
dados em catholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo | |
Em 4 de janeiro de 2015 o Papa Francisco anunciou a nomeação cardinalícia de Manuel Clemente, tendo sido elevado a cardeal-presbítero com o título da Igreja de Santo António dos Portugueses, Santo António in Campo Marzio, em 14 de fevereiro de 2015 no Consistório Ordinário Público de 2015.[1][2]
Índice
Formação e percurso académico e científico
Vida eclesiástica
Após a sua ordenação presbiteral, desempenhou as funções de vigário paroquial coadjutor nas paróquias de Torres Vedras e Runa até 1980, quando foi nomeado para a equipa formadora do Seminário dos Olivais. Foi nomeado cónego da Sé Patriarcal em 1989. Entre 1989 e 1997 foi vice-reitor deste seminário e em 1997 foi promovido a reitor, sucedendo na altura ao recém nomeado arcebispo coadjutor de Lisboa, D. José da Cruz Policarpo. Foi coordenador do Conselho Presbiteral do Patriarcado 1996 e coordenador da Comissão Preparatória da Assembleia Jubilar do Presbitério para o ano 2000. É autor de uma vasta obra historiográfica, com destaque para títulos como: Portugal e os Portugueses e Um só propósito publicados em 2009 e Igreja e Sociedade Portuguesa, do Liberalismo à República.Bispo
Bispo auxiliar de Lisboa
Foi nomeado bispo auxiliar de Lisboa, com o título de bispo titular de Pinhel, a 6 de Novembro de 1999 por João Paulo II. A ordenação episcopal decorreu a 22 de janeiro de 2000 na Igreja do Mosteiro dos Jerónimos e teve como ordenante principal o bispo-patriarca D. José da Cruz Policarpo e como co-ordenantes os bispos D. Manuel Franco da Costa de Oliveira Falcão e D. Albino Mamede Cleto. Escolheu para lema episcopal: «In Lumine tuo».Enquanto bispo auxiliar de Lisboa ficou responsável pela zona oeste do Patriarcado. Foi nomeado Promotor da Pastoral da Cultura na Conferência Episcopal Portuguesa a 11 de abril de 2002 e foi o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais entre 2005 e 2011. É por isso uma figura reconhecida no meio cultural português com a sua contribuição na Pastoral Cultural em Portugal, é um excelente comunicador e é muito respeitado pelos meios intelectuais fora e dentro da Igreja. Há muitos anos que trabalha que colabora regularmente com vários órgãos de comunicação social, participando designadamente em O Dia do Senhor, da Rádio Renascença, há cerca de uma década, tendo ainda uma colaboração ativa na programação da Ecclesia na RTP2, que lhe dispõe um espaço de comentário semanal.
O seu espírito missionário fez com que fosse nomeado para coordenar a equipa portuguesa do Congresso Internacional para a Nova Evangelização (ICNE) que juntou as dioceses de Viena (2003), Paris (2004), Lisboa (2005), Bruxelas (2006) e Budapeste (2007). D. Manuel Clemente tem ligações ao movimento escutista: é escuteiro desde 1964, primeiro na Paróquia de São João de Deus e depois em Torres Vedras e tem participado em acampamentos com os escuteiros da zona oeste do patriarcado. O último foi no XXII Acampamento Nacional de Escuteiros (ACANAC) que decorreu em Idanha-a-Nova em 2012.[3] Tem assistido as Equipas de Nossa Senhora, um movimento que cultiva a espiritualidade dos casais, nomeadamente duas equipas de casais enquanto esteve em Lisboa.
Bispo do Porto
Foi nomeado bispo do Porto em 22 de fevereiro de 2007 pelo Papa Bento XVI, sucedendo a Dom Armindo Lopes Coelho. Entrou solenemente na diocese a 25 de Março. Em 2008 foi o primeiro bispo português a transmitir a mensagem de Natal através do Youtube. Recebeu o Papa Bento XVI na cidade do Porto, no âmbito da Visita Apostólica a Portugal em 2010, no mesmo ano da "Missão 2010", um projeto que fez questão de lançar, tentando alcançar as várias comunidades cristãs. Conseguiu dinamizar esta diocese a ponto de lhe serem dirigidos vários elogios ao seu trabalho pastoral.Em 2011 foi eleito vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, de que é presidente desde 2013 e foi nomeado membro do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais.[4]
Em 2012, no seguimento da publicação de uma Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa, presidiu à sessão solene de abertura das celebrações do 150º aniversário do nascimento da Beata Irmã Maria do Divino Coração, a Condessa Droste zu Vischering e Madre Superiora do Convento das Irmãs do Bom Pastor do Porto, que foi a pessoa responsável por ter influenciado o Papa Leão XIII a efetuar a consagração do Mundo ao Sagrado Coração de Jesus. Dom Manuel Clemente manifestou sempre publicamente a sua especial devoção para com esta personalidade religiosa.
Patriarca de Lisboa
O anúncio oficial foi feito através da Nunciatura Apostólica a 18 de maio de 2013[5] numa nota enviada à agência Ecclesia. Numa declaração de despedida à diocese do Porto, D. Manuel Clemente deixa a certeza de que “o coração não tem distância, só profundidade acrescida”.[6] A posse canónica decorreu a 6 de julho na Sé Patriarcal, perante o cabido da mesma, e a entrada solene no Patriarcado de Lisboa realizou-se no dia seguinte, a 7 de julho de 2013, na Igreja do Mosteiro dos Jerónimos.[7]A Nunciatura Apostólica relembra que a resignação “por limite de idade” do Cardeal-Patriarca Emérito, D. José Policarpo, apresentada em 2011 aos 75 anos, já tinha sido aceite pelo Papa Bento XVI, decisão confirmada pelo Papa Francisco. Considerado um dos profundos pensadores do País na atualidade, o Bispo do Porto há muito que era dado como o mais provável sucessor de D. José Policarpo. D. Manuel Clemente assumiu, assim, o mais destacado cargo da Igreja Católica em Portugal, ocupando o lugar de D. José Policarpo, que era Cardeal-Patriarca desde 1998. Pelo facto de Lisboa ser sede de um Patriarcado Metropolitano, ou seja, o Patriarca é também Metropolita da Província Eclesiástica de Lisboa, D. Manuel Clemente recebeu o pálio das mãos do Papa Francisco, durante a cerimónia de imposição que decorreu a 29 de junho de 2013, na Basílica de São Pedro.[8][9]
Brasão de armas
O Brasão de Armas de D. Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa, tem a seguinte leitura heráldica: escudo de prata, com cruz latina de vermelho carregada, no cruzamento dos braços, de uma estrela de oito raios de ouro. O escudo assente sobre a cruz arquiepiscopal (patriarcal) de ouro, com pedraria de vermelho, encimada pelo galero de 30 borlas, como é uso dos Patriarcas da Igreja Latina, de púrpura como é próprio do Patriarca de Lisboa. Sotoposto ao escudo, listel branco com o lema episcopal (latino) em maiúsculas “IN LUMINE TUO”.Mensagens de felicitações
Numa mensagem deixada no site da Presidência da República Portuguesa, Cavaco Silva felicita D. Manuel Clemente “por essa prova de distinção e apreço de Sua Santidade o Papa Francisco”. A escolha do bispo do Porto para o Patriarcado de Lisboa representa para o Presidente da República “o reconhecimento do percurso do servidor da Igreja e do académico ilustre, do homem de cultura e do cidadão exemplar”. “A sociedade portuguesa, que tão bem conhece, recorda as suas intervenções lúcidas, moderadas, bem como o profundo sentido social e humanista da sua ação, atributos tão relevantes no momento de grande exigência que o país atravessa”, acrescenta a mensagem de Cavaco Silva. Já o Ministério dos Negócios Estrangeiros, num comunicado, diz que recebe a nomeação com “o caloroso entusiasmo que merece a personalidade do atual Bispo do Porto”. “D. Manuel Clemente é reconhecidamente um homem de fé, cultura e sensibilidade social. Profundo conhecedor da história da Igreja portuguesa é, simultaneamente, um inspirado intérprete do tempo presente”, lê-se na nota do ministério de Paulo Portas, onde se agradece e reconhece também a “permanente disponibilidade” do cessante D. José Policarpo.Cardeal
O Papa Clemente XII, pela Bula “Inter Praecipuas Apostolici Ministerii” de 17 de fevereiro de 1737, estabeleceu perpetuamente que o prelado nomeado Patriarca de Lisboa fosse elevado à dignidade cardinalícia no Consistório imediatamente seguinte à sua eleição.[10] Já durante o século XX, a conjugação da obrigatoriedade de apresentação de renúncia aos 75 anos para os bispos da Igreja latina com a perda do direito de eleição do Papa para os cardeais com mais de 80 anos levou os Papas a evitar a nomeação como cardeal do bispo (ou arcebispo) de uma Sé cujo bispo emérito fosse ainda Cardeal Eleitor. Formou-se assim um novo costume pontifício que tem sido quase sempre observado.Com a morte de D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca Emérito de Lisboa, em 12 de Março de 2014, a Sé Patriarcal de Lisboa deixou de ter um Cardeal Eleitor. Por conseguinte e em cumprimento do privilégio perpétuo concedido ao Patriarcado de Lisboa foi anunciado pelo Papa Francisco, em 4 de Janeiro de 2015, que D. Manuel Clemente seria elevado a Cardeal a 14 de Fevereiro de 2015 no Consistório Ordinário Público de 2015.[11]
O rito de imposição do barrete e da entrega do anel e da bula de criação cardinalícos a D. Manuel Clemente decorreu a 14 de fevereiro de 2015, na Basílica de São Pedro, em Roma. O Patriarca de Lisboa, 44º cardeal da história da Igreja Portuguesa, foi investido com o título de Santo António in Campo Marzio, vinculado à Igreja de Santo António dos Portugueses, e que havia sido atribuído ao seu antecessor, D. José Policarpo.
Após a elevação a Cardeal D. Manuel Clemente assumiu o título de D. Manuel III, Cardeal-Patriarca de Lisboa.
Condecorações e distinções
Condecorações e medalhas
- Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo outorgada pelo Presidente da República Portuguesa Aníbal Cavaco Silva a 11 de Maio de 2010 e imposta a 30 de agosto de 2010,[12] atribuição enquadrada na Visita Apostólica de Bento XVI a Portugal.[13]
- Grã-Cruz Pro Piis Meritis outorgada pela Ordem Soberana e Militar de Malta em 12 de dezembro de 2012.[14]
- Medalha Municipal de Honra da Cidade do Porto e o título de “Cidadão do Porto” pela Câmara Municipal do Porto a 25 de abril de 2011.[15]
- Medalha de Honra do Município e o título de "Cidadão Honorário de Vila Nova de Gaia” atribuída pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia a 24 de abril de 2012.[16]
- Medalha de Honra do Município atribuída pela Câmara Municipal do Marco de Canavezes a 15 de outubro de 2010.[17]
- Medalha de Honra do Município, atribuída pela Câmara Municipal de Valongo[18] em 14 de janeiro de 2011.[19]
- Medalha de Honra da Cidade – Grau Ouro pela Câmara Municipal de Gondomar a 27 de janeiro de 2012.[20]
- Chave de Honra da Vila de Melres atribuída pela Junta de Freguesia de Melres a 24 de fevereiro de 2012.[21]
Distinções
- Prémio Pessoa, em 11 de dezembro de 2009, por ser “uma referência ética para a sociedade portuguesa no seu todo”,[22] o primeiro dignitário da Igreja a receber esta distinção.
- Doutoramento Honoris causa em Ciência Política, Cidadania e Relações Internacionais atribuído pela Universidade Lusófona do Porto em 18 de maio de 2012.[23]
Obras e artigos publicados
Segue-se uma lista de livros, estudos e artigos da autoria de D. Manuel Clemente sobre temas das áreas de História, Teologia e Pastoral, publicados em edições e revistas da especialidade:- Clemente, Manuel (2012). Igreja e Sociedade Portuguesa do Liberalismo à República. Porto: Assírio & Alvim. 566 páginas. ISBN 978-972-37-1610-8. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (2011). É este o tempo - A experiência da Missão. Lisboa: Pedra Angular. 280 páginas. ISBN 978-989-97-1194-5. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel; José Manuel Fernandes (2010). Diálogo em Tempo de Escombros - Uma Conversa sobre Portugal, o Mundo e a Igreja Católica. Lisboa: Pedra da Lua. 112 páginas. ISBN 978-989-81-4230-6. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (2009). 1810 - 1910 - 2010; Datas e Desafios. Lisboa: Assírio & Alvim. 176 páginas. ISBN 978-972-37-1407-4. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (2009). Um Só Propósito. Homilias e Escritos Pastorais. Lisboa: Pedra Angular. 416 páginas. ISBN 978-989-96145-0-5. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (2008). Portugal e os Portugueses. Lisboa: Assírio & Alvim. 160 páginas. ISBN 978-972-37-1322-0. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (2007). Os papas do séc. XX 2ª ed. Lisboa: Paulus. 152 páginas. ISBN 978-972-30-1061-9. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (2010). A Igreja no tempo. História breve da Igreja Católica 3ª ed. Lisboa: Grifo. 160 páginas. ISBN 978-972-81-7836-9. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (2007). «Cristo-Memória criativa». Lisboa: Universidade Católica Portuguesa. Communio. 24.Ética e Comunicação Social (4): 77-79. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (2001). «Os Fundamentalismo, integrismo, modernismo. À volta das palavras». Lisboa: Universidade Católica Portuguesa. Communio. 18.Os Fundamentalismos (6): 500-505. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (2000). «Um Papa na última fronteira. João Paulo II». Lisboa: Universidade Católica Portuguesa. Communio. 17.Jubileu-Tempo de Mudança (1): 12-16. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1998). As razões da nossa esperança. A caminho do terceiro milénio. Semana de Estudos Teológicos da Universidade Católica Portuguesa. Lisboa: Rei dos Livros. 248 páginas. ISBN 978-972-51-0767-6. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1996-1997). «Das prelaturas políticas às prelaturas pastorais: o caso de Pinhel». Lisboa: Centro de Estudos de História Religiosa. Lusitania Sacra. Segunda Série (8-9). Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1996). Creio na vida eterna. Lisboa: Rei dos Livros. p. 236. ISBN 978-972-51-0696-9. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1996). «Sínodos em Portugal: um esboço histórico». Coimbra. Estudos Teológicos. 1
- Clemente, Manuel (1995). «As paróquias de Lisboa em tempo de liberalismo». Lisboa: Universidade Católica Portuguesa. Didaskalia. 25. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1994). «Portugal: história ou profecia?». Lisboa: Universidade Católica Portuguesa. Communio. 11.Porquê a nação? (4): 352-355. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1994). «Os Seminários de Lisboa». Lisboa: Seminário Maior dos Olivais. Novellae Olivarum. Nova série (8). Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1994). «Universidade Católica Portuguesa: uma realização de longas expectativas». Lisboa: Centro de Estudos de História Religiosa. Lusitania Sacra. Segunda Série (6). Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1994). «A sociedade portuguesa à data da publicação da Rerum Novarum: o sentimento católico.». Lisboa: Centro de Estudos de História Religiosa. Lusitania Sacra. Segunda Série (6). Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1994). «Igreja e sociedade portuguesa do Liberalismo à República.». Lisboa: Universidade Católica Portuguesa. Didaskalia. 24. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1993). Nas origens do apostolado contemporâneo em Portugal, A "Sociedade Católica" (1843–1853). Braga: Universidade Católica Portuguesa
- Clemente, Manuel (1993). A salvação em Jesus Cristo. Lisboa: Rei dos Livros
- Clemente, Manuel (1993). «Fé, razão e conhecimento de Deus no Vaticano I e no Vaticano II». Lisboa: Universidade Católica Portuguesa. Communio. 10-Racionalidade e Cristianismo (6): 510-513. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1992). «A Igreja e o Liberalismo. Um desafio e uma primeira resposta». Lisboa: Universidade Católica Portuguesa. Communio. 9-Liberalismo e Responsabilidade Social (6): 548-553. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1991). «Laicização da sociedade e afirmação do laicado em Portugal (1820-1840)». Lisboa: Centro de Estudos de História Religiosa. Lusitania Sacra. Segunda Série (3). Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1989). «Os católicos portugueses e os princípios de 89». Lisboa: Universidade Católica Portuguesa. Communio. 6-A Revolução Francesa (3): 250-264. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1989). «Religião e ensino no debate oitocentista. Adolfo Coelho e D. António da Costa». Lisboa: Universidade Católica Portuguesa. Communio. 6-Ensino religioso e escolar (1): 61-67. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1989). «O Congresso católico do Porto (1871-1872) e a emergência do laicado em Portugal». Lisboa: Centro de Estudos de História Religiosa. Lusitania Sacra. Segunda Série (1). Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1989). «Cardeal Cerejeira: Pensamento, coração e relação com o poder». Lisboa: Seminário Maior dos Olivais. Novellae Olivarum. Nova série (15). Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1987). «Clericalismo e anticlericalismo na cultura portuguesa». Lisboa. Reflexão Cristã. 53. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1984). «Reflexões sobre os 50 anos da Acção Católica Portuguesa». Lisboa: Seminário Maior dos Olivais. Novellae Olivarum. Nova série (8). Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1985). «Oração e racionalismo no século XIX em Portugal». Lisboa: Universidade Católica Portuguesa. Communio. 2-Oração (4): 360-367. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1984). «Católicos, Estado e Sociedade no Portugal oitocentista (congressos católicos de 1891 e 1895)». Lisboa: Universidade Católica Portuguesa. Communio. 1-O Cristão e o poder (3): 245-255. Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1983). «Notas de cultura portuguesa. Do teatro sagrado ao teatro profano». Lisboa: Seminário Maior dos Olivais. Novellae Olivarum. Nova série (6-7). Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel (1983). «Notas de cultura portuguesa. Os papas e Portugal». Lisboa: Seminário Maior dos Olivais. Novellae Olivarum. Nova série (2-3). Consultado em 20 de maio de 2013
- Clemente, Manuel; (em colaboração) (1979). Monsenhor Pereira dos Reis. Lisboa: [s.n.]
- Clemente, Manuel (1978). A Igreja no tempo. História breve da Igreja Católica 1.ª ed. Lisboa: [s.n.]
Referências
- «Universidade Lusófona agracia D. Manuel Clemente com doutoramento "honoris causa"». Loc.grupolusofona.pt. Consultado em 18 de maio de 2013[ligação inativa]
Ligações externas
- Perfil na página do Patriarcado de Lisboa www.patriarcado-lisboa.pt
- Perfil no site Catholic Hierarchy (em inglês) www.catholic-hierarchy.org
- Textos de D. Manuel Clemente no site da Agência Ecclesia www.agencia.ecclesia.pt
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Na publicação de amanhã, prosseguirei com a história dos BISPOS DO PORTO
ANTÓNIO FONSECA