Caros Amigos:
Desejo a todos os meus leitores
8º A N O
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FESTA DA TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR
SISTO II e seus companheiros 4 diáconos e AGAPITO e FELICÍSSIMO (também diáconos) , Santos
Em Roma, junto à Via Ápia, no cemitério de Calisto, a paixão de São SISTO II, papa e seus companheiros, cuja memória se celebra amanhã, dia 7 de Agosto. (258)
JUSTO e PASTOR, Santos
,
Em Alcalá de Henares, na Hispânia Cartaginense, hoje Espanha, os santos irmãos JUSTO e PASTOR, mártires, que, ainda crianças, deixando na escola as tabelas da escritura, correram espontaneamente ao encontro do martírio, onde o governador ordenou que fossem presos e fustigados; e encorajando-se um ao outro com recíprocas exortações, foram degolados com a espada , dando a vida por Cristo. (304)
HORMISDAS, Santo
Em Roma, junto de São PEDRO, o sepultamento de Santo HORMISDAS papa que, como bom promotor da paz, conseguiu que no Oriente fosse resolvido o cisma de Acácio e no Ocidente fossem respeitados pelos novos povos os direitos da Igreja. (523)
OCTAVIANO de Savona, Beato
Em Savona, na Ligúria, Itália, o Beato OCTAVIANO bispo e irmão do papa Calisto II, que, tanto no claustro como na cátedra episcopal resplandeceu no serviço de Deus e dos irmãos. (1132)
GECELINO do Luxemburgo, Beato
No território do Luxemburgo, o Beato GECELINO eremita, que viveu num bosque sem tecto nem roupa, confiado em Deus que faz cair a neve como lã. (1138)
DOMINGOS DE GUSMÃO, Santo
Em Bolonha, na Emília-Romanha, Itália, o dia natal de São DOMINGOS DE GUSMÃO presbitero cuja memória se celebra no dia 8 de Agosto (depois de amanhã). (1221)
MARIA FRANCISCA DE JESUS
(Ana Maria Rubatto), Beata
Em Montevideu, Uruguai, a beata MARIA FRANCISCA DE JESUS (Ana Maria Rubatto), virgem que, em Loano, Savona, Itália, fundou o Instituto das Irmãs Terciárias Capuchinhas e, partindo para a América Latina se dedicou totalmente ao serviço dos pobres. (1904)
CARLOS LÓPEZ VIDAL, Beato
Em Gandia, Valência, Espanha, o Beato CARLOS LÓPEZ VIDAL mártir que, durante a perseguição contra a fé, alcançou a glória celeste. (1936)
ADOLFO JAIME (António Serra Hortal), Beato
Em Roda-Holot, Catalunha, Espanha, o Beato ADOLFO JAIME (António Serra Hortal) religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. (1936)
SATURNINO ORTEGA MONTEALEGRE, Beato
Em Talavera de La Reina, Toledo, Espanha, o Beato SATURNINO ORTEGA MONTEALEGRE presbitero da diocese de Toledo e mártir. (1936)
TADEU DULNY. Beato
Em Munique, Baviera, Alemanha, o Beato TADEU DULNY mártir, que, durante a ocupação militar da Polónia por causa da sua fé em Cristo foi deportado para o campo de concentração de Dachau e, depois de terríveis suplícios, partiu deste mundo para a glória celeste. (1942)
PAULO VI (Giovanni Baptista Montíni), Beato
CREMETE DE MESSINA, Santo
Purtroppo di questo santo eremita e poi abate, vissuto nel lontano XI secolo, non ci sono pervenute molte notizie. La ‘Vita’ scritta, si basa su tradizioni locali e su documenti del monastero di S. Salvatore di Placa a Francavilla in provincia di Messina.
Sulla Sicilia vi era la dominazione saracena e Cremete si era ritirato fra le rovine di un antico eremitaggio, posto fra le pendici dell’Etna e la foresta di Placa.
Quando Ruggero I, principe d’Altavilla († 1101) dopo aver combattuto i musulmani, riuscì ad impadronirsi di tutta l’isola, Cremete gli si presentò per chiedergli aiuto nella ricostruzione del diroccato cenobio, portandogli in dono della selvaggina viva.
Il re gli concesse quanto chiedeva; il diploma di fondazione del monastero e della chiesa annessa di Francavilla, porta la data del 1092; essi furono dedicati al S. Salvatore e Cremete ne divenne l’abate; morì intorno al 1099.
Altre notizie storiche non ci sono, la festa liturgica di s. Cremete ricorre insieme a quella del S. Salvatore a cui era dedicato il monastero cioè il 6 agosto; in questo giorno si espone il suo corpo, posto in un reliquiario con iscrizione in greco
Desejo a todos os meus leitores
UM BOM ANO DE 2016
Nº 2838 - (219 - 2016)
6 DE AGOSTO DE 2016
SANTOS DE CADA DIA
8º A N O
LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
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Comemorar e lembrar os
Santos de Cada Dia
é dever de todo o católico,
assim como procurar seguir os seus exemplos
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FESTA DA TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR
Festa da TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR na qual Jesus Cristo, Filho Unigénito, em quem o Eterno Pai pôs toda a sua complacência, diante dos apóstolos PEDRO, TIAGO e JOÃO com o testemunho da lei e dos profetas, manifestou a sua glória, para significar que a nossa humilde condição de servos por Ele assumida foi pela graça gloriosamente renovada, e proclamar até aos confins da terra que a imagem de Deus, plasmada no homem criado, embora corrompida em Adão, foi restaurada em Cristo.
SISTO II e seus companheiros 4 diáconos e AGAPITO e FELICÍSSIMO (também diáconos) , Santos
Em Roma, junto à Via Ápia, no cemitério de Calisto, a paixão de São SISTO II, papa e seus companheiros, cuja memória se celebra amanhã, dia 7 de Agosto. (258)
JUSTO e PASTOR, Santos
Em Alcalá de Henares, na Hispânia Cartaginense, hoje Espanha, os santos irmãos JUSTO e PASTOR, mártires, que, ainda crianças, deixando na escola as tabelas da escritura, correram espontaneamente ao encontro do martírio, onde o governador ordenou que fossem presos e fustigados; e encorajando-se um ao outro com recíprocas exortações, foram degolados com a espada , dando a vida por Cristo. (304)
HORMISDAS, Santo
Em Roma, junto de São PEDRO, o sepultamento de Santo HORMISDAS papa que, como bom promotor da paz, conseguiu que no Oriente fosse resolvido o cisma de Acácio e no Ocidente fossem respeitados pelos novos povos os direitos da Igreja. (523)
OCTAVIANO de Savona, Beato
Em Savona, na Ligúria, Itália, o Beato OCTAVIANO bispo e irmão do papa Calisto II, que, tanto no claustro como na cátedra episcopal resplandeceu no serviço de Deus e dos irmãos. (1132)
GECELINO do Luxemburgo, Beato
No território do Luxemburgo, o Beato GECELINO eremita, que viveu num bosque sem tecto nem roupa, confiado em Deus que faz cair a neve como lã. (1138)
DOMINGOS DE GUSMÃO, Santo
Em Bolonha, na Emília-Romanha, Itália, o dia natal de São DOMINGOS DE GUSMÃO presbitero cuja memória se celebra no dia 8 de Agosto (depois de amanhã). (1221)
MARIA FRANCISCA DE JESUS
(Ana Maria Rubatto), Beata
Em Montevideu, Uruguai, a beata MARIA FRANCISCA DE JESUS (Ana Maria Rubatto), virgem que, em Loano, Savona, Itália, fundou o Instituto das Irmãs Terciárias Capuchinhas e, partindo para a América Latina se dedicou totalmente ao serviço dos pobres. (1904)
CARLOS LÓPEZ VIDAL, Beato
Em Gandia, Valência, Espanha, o Beato CARLOS LÓPEZ VIDAL mártir que, durante a perseguição contra a fé, alcançou a glória celeste. (1936)
ADOLFO JAIME (António Serra Hortal), Beato
Em Roda-Holot, Catalunha, Espanha, o Beato ADOLFO JAIME (António Serra Hortal) religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. (1936)
SATURNINO ORTEGA MONTEALEGRE, Beato
Em Talavera de La Reina, Toledo, Espanha, o Beato SATURNINO ORTEGA MONTEALEGRE presbitero da diocese de Toledo e mártir. (1936)
TADEU DULNY. Beato
Em Munique, Baviera, Alemanha, o Beato TADEU DULNY mártir, que, durante a ocupação militar da Polónia por causa da sua fé em Cristo foi deportado para o campo de concentração de Dachau e, depois de terríveis suplícios, partiu deste mundo para a glória celeste. (1942)
... E AINDA ...
PAULO VI (Giovanni Baptista Montíni), Beato
Quando fu eletto papa, il cardinale Giovan Battista Montini, ebbe a
dire profeticamente: “Forse il Signore mi ha chiamato a questo servizio
non già perché io vi abbia qualche attitudine, ma perché io soffra
qualche cosa per la Chiesa”. La sua acuta intelligenza gli fece intuire
realisticamente, sin dal primo momento, il lato più pesante di una
missione densa di incognite e di tribolazioni, che cadeva
improvvisamente sulle sue spalle e che avrebbe messo a dura prova il suo
carattere ed anche il suo fisico.
La famiglia, la gracile salute, il carattere
Il futuro papa, Giovan Battista Montini nacque a Concesio (Brescia) il 26 settembre 1897 e alla nascita era talmente gracile e debole, che i medici che assistettero al parto, sentenziarono: “Durerà soltanto fino a domani”. I genitori Giorgio Montini e Giuditta Alghisi, possedevano la villa di campagna a Concesio, dove avvenne il parto e dove trascorrevano l’estate, secondo l’usanza delle famiglie borghesi e benestanti di Brescia e dell’epoca.
Il bambino si riprese, ma crescerà stentatamente e malaticcio; come carattere prese soprattutto dalla madre, nobildonna delicata e gentile, piena d’amore per la sua famiglia, ma non espansiva, di poche carezze che manifestassero esteriormente questo affetto.
Il padre Giorgio era impegnato attivamente a rompere l’isolamento, in cui vennero a trovarsi i cattolici, dopo la proclamazione di Roma a capitale d’Italia; giovane avvocato era fautore di idee e lotte stimolanti contro l’anticlericalismo imperante; nel 1881 fu chiamato a dirigere il quotidiano cattolico “Il Cittadino di Brescia”, che guidò fino al 1912.
La passione per la stampa, le polemiche roventi ma sempre civili del padre, si trasmetteranno presto al figlio Giovan Battista, che dimostrò sempre una predilezione per lo scrivere, che faceva intravedere una futura carriera di scrittore o critico letterario. Crebbe all’ombra e sotto la guida del padre, che in quegli anni fu un gran suscitatore di iniziative cattoliche, come le “Leghe bianche” nelle campagne bresciane, l’Unione del Lavoro; il pensionato scolastico; fondatore di una Casa Editrice “La Scuola”; impegnato in cariche pubbliche; dirigente, per incarico del papa Benedetto XV di una Sezione dell’Azione Cattolica; deputato per tre legislature.
La casa dei Montini per anni vedrà la presenza di don Luigi Sturzo e Romolo Murri che insieme a Giorgio Montini saranno i fondatori del Partito Popolare Italiano, di estrazione cattolica, dal quale nel 1943 nascerà la Democrazia Cristiana; il giovane Giovan Battista assisteva alle discussioni e assimilava i concetti che poi elaborava nel suo studio; fra i frequentanti della casa c’era anche Alcide De Gasperi.
Bisogna dire che il futuro papa, ebbe sempre un carattere severo e malinconico, in contrasto al clima gioioso e di concordia della sua famiglia, allietata da tre figli Ludovico, Giovan Battista e Francesco e da tanti parenti della patriarcale famiglia, agiata e senza ristrettezze economiche.
Eppure su quest’adolescenza privilegiata del giovane Battista c’era come un incubo, la sua gracilità fisica; aveva febbre improvvisa che lo abbattevano, fu dato ad allevare per 14 mesi ad una coppia di contadini, ma il suo ritorno a Brescia continuò ad impensierire i medici per il suo sviluppo; certamente è da rintracciare in quel periodo infantile, caratterizzato da debolezza, i motivi della leggera nevrosi che impregnerà il suo temperamento nell’età adulta, con timidezza, ipersensibilità, una certa insicurezza e molte altre angosce che non riuscì mai a nascondere.
Gioventù, studi, sacerdozio
Alternò brevi periodi di studio negli Istituti dei Gesuiti, sempre interrotti per motivi di salute e proseguiti privatamente, ciò gli impedì di avere quei contatti così necessari con altri compagni di scuola. Ciò nonostante tentò di arruolarsi nella Prima Guerra Mondiale, ma naturalmente fu scartato, probabilmente fu una fiammata d’amor di Patria e idealistica, comune ai giovani dell’epoca.
Amante della velocità, la cui paura aveva vinto a forza di volontà; in una discesa folle sulla bici, accusò un malore che verrà diagnosticato come uno scompenso cardiaco, che se pur scomparendo nel tempo, gli vieterà comunque quei giochi che richiedevano qualche sforzo; tutto ciò aumentò la sua timidezza e il suo distacco, che nelle foto dell’epoca lo fanno apparire come invecchiato precocemente, pallido, magro, solo gli occhi brillano per una continua attenzione.
La vocazione al sacerdozio non fu folgorante, ma graduale, frequentando sacerdoti e respirando il clima religioso della sua famiglia. Ebbe come padre spirituale l’oratoriano padre Giulio Bevilacqua, con il quale instaurò un’amicizia profonda; da papa vorrà dimostrargli la sua gratitudine, creando il vecchio parroco bresciano, cardinale, nonostante il suo meravigliato rifiuto.
Frequentando da esterno il Seminario bresciano, sempre per i noti motivi di salute, con l’aggiunta di un lungo esaurimento nervoso; giunse ad essere ordinato sacerdote il 29 maggio 1920, dal vescovo di Brescia Gaggia. Certamente in questo cammino agevolato verso il sacerdozio, che a rigor di logica per la sua salute non avrebbe potuto raggiungere, ebbe un particolare riguardo essendo il figlio dell’impegnatissimo in campo cattolico avvocato Montini; e il vescovo decise per lui una destinazione per Roma; prima si laureò in cinque mesi, a Milano in Diritto Canonico, poi nell’autunno del 1920, il giovane sacerdote arrivò a Roma, alloggiando al Collegio Lombardo e si mise subito all’opera iscrivendosi alla ‘Gregoriana’ per la Teologia e contemporaneamente all’Università Statale, alla Facoltà di Lettere.
Nella Curia Romana, carriera, Assistente FUCI romana e Nazionale, formatore di futuri politici
Venne segnalato da un’influente deputato bresciano, che lo conosceva da ragazzo, al cardinale Segretario di Stato Gasparri e così Montini dopo poche settimane entrò nell’Accademia dei nobili ecclesiastici, passaggio necessario per tutti i diplomatici della Chiesa, dove s’impara la difficile arte di trattare con i potenti e curando i rapporti internazionali.
Nella Curia romana si distinse per la sua attenzione, la rapidità nell’apprendere lingue straniere e tecniche di governo, studiosissimo, attirò l’attenzione di mons. Pizzardo, incaricato per gli Affari Straordinari della Segreteria di Stato e quindi dopo un anno, divenne ‘minutante’ nell’importante ufficio posto al vertice della politica vaticana.
E nel giugno 1921 con pochi effetti personali e tanti libri si trasferì in Vaticano, a 24 anni, da dove uscirà trent’anni dopo, si laureò in Teologia, conseguì il Diploma dell’Accademia per la diplomazia, ma dovette lasciare la Statale e il suo desiderio di laurearsi in Lettere.
Fu chiamato il “pretino che non prende mai le ferie”, lavoratore instancabile, la sua scrivania era sempre piena di pratiche da sbrigare; ebbe come compagni, futuri monsignori, vescovi, cardinali, come Ottaviani, Tardini, Spellmann, Maglione, Tedeschini, ecc. Morto papa Benedetto XV nel 1922, salì al trono pontificio l’arcivescovo di Milano Achille Ratti, che prese il nome di Pio XI; sotto il suo pontificato cominciò l’ascesa nella Curia di Montini, che si fermerà solo al vertice.
Il cardinale Gasparri, suo superiore e protettore lo inviò per tre mesi a Parigi per approfondire gli studi, poi per quattro mesi alla segreteria del Nunzio di Polonia a Varsavia, ma il freddo del Nord lo fece ammalare sempre di più, quindi ritornò a Roma. Per il suo desiderio di un’esperienza pastorale, così necessaria per un prete, gli fu affidato il compito di Assistente spirituale del Circolo Universitario Cattolico di Roma.
Trascorsero così due anni di apostolato gioioso, oltre il suo lavoro in Curia; gli studenti lo chiamarono “don Gibiemme” e gli davano del tu, si può dire che scoperse la sua gioventù, con scampagnate ai castelli romani, l’organizzazione di giochi e corsi didattici, provocando le uniche risate spontanee della sua vita; in seguito al massimo sorriderà con un dolce, consenziente, a volte mesto sorriso, ma mai allegro.
Nel settembre del 1925, nel pieno del clamore della ‘Marcia su Roma’ fascista, papa Pio XI gli diede l’incarico di Assistente Nazionale della FUCI (Giovani universitari cattolici), carica che tenne dal 1926 al 1933, periodo difficile per la propensione del fascismo ad avere il controllo della gioventù, specie quella universitaria, tramite il GUF (gioventù universitari fascisti); in questo periodo egli lavora per raccogliere le migliori intelligenze cattoliche che escono dalle Università, per indicare le future mete politiche e sociali, fra loro vi furono Aldo Moro, Amintore Fanfani, Giulio Andreotti, Paolo Emilio Taviani, Giuseppe Dossetti, Giorgio La Pira, Guido Carli.
Monsignore, collaboratore del Segretario di Stato, ‘Sostituto Affari Ordinari’
Intanto nella Curia continuava a salire di grado; nel 1934 era monsignore, quando morì il card. Gasparri, subentrandogli il romano cardinale Eugenio Pacelli e il nuovo Segretario di Stato nel riorganizzare i suoi collaboratori, chiamò Montini, che aveva già notato per le sue specifiche doti.
Li dividevano 20 anni di età, ma erano tanto affini, in pratica due aristocratici, la loro carriera nella Chiesa si era svolta tutta al di fuori della cura d’anime; entrambi dotati di suggestione mistica e dello stato di angoscia che prende le anime raffinate, quando devono decidere. Lasciata con rammarico la FUCI, Montini si dedicò con la dovuta passione ad essere collaboratore stretto del card. Pacelli e nel 1937 ad appena 40 anni, venne nominato “sostituto degli Affari Ordinari”, terzo gradino della gerarchia vaticana.
Nel contempo all’altro ufficio di “sostituto degli Affari Straordinari” venne chiamato il suo ex compagno ‘minutante’ Domenico Tardini; i due collaboratori di Pacelli si stimeranno sempre, ma non si ameranno mai; tanto erano diversi nel carattere; tradizionalista ed esuberante Tardini; aperto alle novità, ma prudente Montini.
La Curia per i 18 anni che vide il binomio Tardini – Montini, si divise in due fazioni che per molti divennero dei ‘conservatori’ e dei ‘progressisti’. Montini diventò l’ombra del cardinale Segretario di Stato, custode dei suoi segreti diplomatici ne curò la corrispondenza.
Braccio destro di papa Pio XII
Nel 1939 papa Pio XI morì quasi improvvisamente e Pacelli venne eletto papa con il nome di Pio XII, i due ‘sostituti’ rimasero al loro posto e il cardinale Luigi Maglione venne nominato Segretario di Stato, ma quando questi nel 1944 morì, papa Pacelli decise di non sostituirlo, lasciando la carica vacante; così i due ‘Sostituti’ divennero i numeri due della gerarchia vaticana.
Il pontificato di Pio XII, vide il grande sconvolgimento della Seconda Guerra Mondiale, che lo rese drammatico ed angosciante nel suo ministero pontificale; la Storia chiarirà in seguito la sua segreta opera di mediazione fra le parti, la salvezza di Roma, gli aiuti nascosti per ebrei e rifugiati politici, la Pontificia Opera di Assistenza, la rinascita politica, culturale, ed economica dell’Italia sconfitta e devastata.
E al suo fianco, discreto ma attivo, sempre nell’ombra, il suo Sostituto Montini che a suo nome agiva in tutti i campi, dall’organizzazione dei soccorsi nel neutrale Vaticano, all’opera diplomatica fra i contendenti, per colmo cattolici da ambo le parti.
Allo sfacelo della Seconda Guerra Mondiale, fece seguito la divisione del mondo in due blocchi: Occidente ed Oriente, democrazia e comunismo, Stati Uniti e Unione Sovietica, con in mezzo la vecchia e disastrata Europa; che si tramutò ben presto in una lotta fra il cristianesimo e l’ateismo; in Italia si visse con lo slogan “O Roma, o Mosca”.
Il Sostituto Montini, moderato per natura, fu in contrasto con il Presidente dell’Azione Cattolica Luigi Gedda, che ligio alle disposizioni di Pio XII di cui era diventato il pupillo, cercò di organizzare i giovani d’A.C. in forma estremistica e di lotta aperta al comunismo; ormai in Vaticano egli era “Montini il progressista”.
Con 16 ore di lavoro al giorno organizzò l’Anno Santo del 1950; fondò le ACLI e la Pontificia Opera di Assistenza. Fu il braccio destro del papa, ricevé ogni tipo di personalità; era primo ministro e insieme ministro degli esteri, eppure Pio XII non lo elevò dal semplice grado gerarchico di monsignore; rimase pur essendo il numero due del Vaticano, un uomo modesto, sobrio, viveva in un semplice appartamento.
Nel Concistoro del 1953, il primo dopo molti anni, i nomi di Montini e Tardini non comparvero, pur essendo i più qualificati alla promozione cardinalizia e rimasero monsignori. La lotta fra ‘conservatori’ e ‘progressisti’ aveva avuto i suoi effetti; ma Montini impose il suo appoggio a De Gasperi nelle elezioni amministrative del 1952, il quale era allora inviso al Vaticano; i conservatori della Curia e lo stesso Pio XII, non perdonarono la sua scelta e il 3 novembre 1953 Montini fu allontanato, perché di questo si trattò, promovendolo nel contempo arcivescovo di Milano.
Arcivescovo di Milano
La consacrazione a vescovo fu celebrata dal decano dei Cardinali Tisserant, il papa ammalato, fece sentire la sua voce con un collegamento radiofonico nella Basilica di S. Pietro, che benediceva il “diletto figlio”, che era stato suo diretto collaboratore per tanti anni.
Il nuovo arcivescovo partì da Roma il 6 gennaio 1954 dopo 30 anni, per intraprendere nella grande diocesi ambrosiana, la sua nuova esperienza pastorale, qualità che mancava alla sua formazione di alto uomo di Chiesa, quindi anche se fu considerato da molti un esilio, alla fine fu un disegno della Provvidenza Divina.
Nella diocesi di S. Ambrogio, Montini trovò una situazione socio-politica in piena evoluzione, si era nel periodo della ricostruzione civile e industriale post-bellica e ogni giorno arrivavano treni carichi di immigrati dal Sud. L’angoscia di vedere una società che convulsamente, era tutta impegnata alla costruzione di un mondo profano e materiale, lo sconvolse al punto di essere tentato di abbandonare tutto.
Ma nel discorso d’insediamento, presenti tutte le componenti della società milanese, egli si dichiarò il pastore alla ricerca delle pecore smarrite, deludendo chi si aspettava di sentire il politico raffinato qual’era. In poco tempo riformò tutta la diocesi con piglio e metodi manageriali, ristrutturò il palazzo arcivescovile in abbandono; il suo attivismo attirò l’attenzione di tutto il mondo cattolico, che vide Milano come contraltare della Santa Sede.
In breve lasciò le vecchie abitudini della Curia romana, per assumere il ritmo di lavoro ed efficienza dei milanesi; girò da una fabbrica all’altra incontro al mondo del lavoro; convinse l’alta finanza della città a sostenere la costruzione di nuove chiese. Restò a Milano per otto anni e fino alla morte di Pio XII avvenuta il 9 ottobre 1958 a Castelgandolfo, rimase arcivescovo senza ricevere la dignità cardinalizia, com’era privilegio della diocesi di Milano.
Cardinale con Giovanni XXIII, diventa papa Paolo VI, il suo tormentato pontificato
Nel Conclave che seguì si avvertì l’ombra del grande assente, venne eletto papa Giovanni XXIII, l’anziano Angelo Roncalli, patriarca di Venezia, il quale come suo primo scritto inviò una lettera all’arcivescovo di Milano per comunicargli la sua intenzione di nominarlo cardinale. In altre occasioni Giovanni XXIII disse: “Quel nostro caro figlio che sta a Milano, noi siamo qui a tenergli il posto” e lo mandò in giro per il mondo a rappresentarlo, gli fece conoscere ed approfondire non solo il mondo cristiano ma anche quello di altre religioni; proprio come un tirocinio per ogni futuro papa.
E così dopo il breve pontificato di papa Giovanni, il papa che aveva indetto il Concilio Ecumenico Vaticano II, alla sua morte avvenuta fra il compianto generale il 3 giugno 1963, nel successivo conclave il 21 giugno 1963, veniva eletto 265° successore di S. Pietro, Giovan Battista Montini, il gracile pretino di Brescia, con il nome di Paolo VI, aveva 66 anni.
Un compito pesantissimo per chiunque dopo il rivoluzionario pontificato di papa Giovanni, che aveva scosso dalle fondamenta la Chiesa, e che aveva cercato ciò che ci unisce, non ciò che ci divide. Toccò a lui di continuare il Concilio e portarlo a termine, ma il compito più immane fu quello di promulgare e attuare i decreti rivoluzionari per la Chiesa, che ne scaturirono, anche se per alcuni il suo pensiero capovolse alcuni dettati conciliari, come quello sul celibato dei preti.
Scrisse encicliche basilari per la dottrina della Chiesa, come l’”Ecclesiam suam”, la “Misterium fidei”, la “Populorum progressio”, l’”Humanae vitae”, quest’ultima sul controllo delle nascite e sulla ‘paternità responsabile’, che tante polemiche suscitò e che costrinse per la prima volta un papa a difendersi pubblicamente.
Dopo secoli fu il primo papa ad uscire dall’Italia e ad usare l’aereo; come prima tappa dei suoi futuri viaggi apostolici si recò in Palestina il 4 gennaio 1964, suscitando un delirio di entusiasmo nelle strette vie di Gerusalemme, rischiando di rimanere soffocato dalla folla. Incontrò il patriarca ortodosso Atenagora, dopo 14 secoli un papa e un patriarca si incontravano dopo lo scisma; nel 1967 andò ad Istanbul andando così incontro umilmente alla Chiesa d’Oriente.
Abolì stemmi, baldacchini, la tiara pontificia, i flabelli bizantini delle fastose cerimonie pontificie, la sedia gestatoria, le guardie nobili, i cortei di armigeri, il trono fu sostituito da una poltrona, la Guardia Palatina; con suo decreto stabilì che i cardinali dopo gli 80 anni non potevano entrare in conclave; fece costruire la grandiosa aula delle udienze, che oggi porta il suo nome.
Rimodernò uffici e strutture del Vaticano, il modo di vestire, l’uso della lingua inglese al posto della latina; vennero introdotti computers e telescriventi collegati con tutto il mondo. Riformò le cariche e i dicasteri della Curia, ridimensionò il Sant’Uffizio; invece dei soliti romani, chiamò da tutto il mondo uomini nuovi internazionalizzando il Vaticano; furono inserite le prime segretarie.
Dovette affrontare e contestare le novità del ‘Nuovo Catechismo olandese’, la disubbidienza dilagante di fedeli e sacerdoti, cosa che l’angustiava oltremodo; il dissenso di vescovi e conferenze episcopali, la contestazione anche violenta come a Cagliari.
Andò in India, all’ONU, a Fatima in Portogallo, in Colombia, a Ginevra, in Uganda, nelle Filippine, dove scampò ad un attentato, nelle Isole Samoa, l’Australia, l’Indonesia, Hong Kong e naturalmente in tante città italiane e parrocchie romane.
Combatté contro il divorzio che veniva introdotto in Italia, più lacerante fu la lotta contro l’aborto, ambedue perse con suo grande dolore. Gli ultimi anni oltre la decadenza fisica, con l’artrosi che l’affliggeva, una operazione chirurgica alla prostata, furono amareggiati dalla ribellione del vescovo tradizionalista francese Marcel Léfèbvre, che suscitò quasi uno scisma e poi il dolore della morte del suo antico amico Aldo Moro, ucciso in pieno periodo di terrorismo, dalle Brigate Rosse nel maggio 1978, nonostante il suo toccante appello a rilasciarlo vivo.
Pochi mesi prima della sua morte, avvenuta a Castelgandolfo il 6 agosto 1978, aveva scritto una intensa preghiera per il funerale dell’on. Moro, che aveva personalmente officiato in Laterano e che presagiva la fine del suo pontificato, durato 15 intensi e tormentati anni e della sua vita durata 81 anni, nonostante che sarebbe dovuto morire il giorno dopo la nascita: “Fa o Dio, Padre di misericordia, che non sia interrotta la comunione che, pur nelle tenebre della morte, ancora intercede tra i defunti da questa esistenza temporale e noi tuttora viventi in questa giornata di un sole che inesorabilmente tramonta…”.
E' stato beatificato a Roma con celebrazione in Piazza San Pietro presieduta da Papa Francesco il 19 ottobre 2014.
La famiglia, la gracile salute, il carattere
Il futuro papa, Giovan Battista Montini nacque a Concesio (Brescia) il 26 settembre 1897 e alla nascita era talmente gracile e debole, che i medici che assistettero al parto, sentenziarono: “Durerà soltanto fino a domani”. I genitori Giorgio Montini e Giuditta Alghisi, possedevano la villa di campagna a Concesio, dove avvenne il parto e dove trascorrevano l’estate, secondo l’usanza delle famiglie borghesi e benestanti di Brescia e dell’epoca.
Il bambino si riprese, ma crescerà stentatamente e malaticcio; come carattere prese soprattutto dalla madre, nobildonna delicata e gentile, piena d’amore per la sua famiglia, ma non espansiva, di poche carezze che manifestassero esteriormente questo affetto.
Il padre Giorgio era impegnato attivamente a rompere l’isolamento, in cui vennero a trovarsi i cattolici, dopo la proclamazione di Roma a capitale d’Italia; giovane avvocato era fautore di idee e lotte stimolanti contro l’anticlericalismo imperante; nel 1881 fu chiamato a dirigere il quotidiano cattolico “Il Cittadino di Brescia”, che guidò fino al 1912.
La passione per la stampa, le polemiche roventi ma sempre civili del padre, si trasmetteranno presto al figlio Giovan Battista, che dimostrò sempre una predilezione per lo scrivere, che faceva intravedere una futura carriera di scrittore o critico letterario. Crebbe all’ombra e sotto la guida del padre, che in quegli anni fu un gran suscitatore di iniziative cattoliche, come le “Leghe bianche” nelle campagne bresciane, l’Unione del Lavoro; il pensionato scolastico; fondatore di una Casa Editrice “La Scuola”; impegnato in cariche pubbliche; dirigente, per incarico del papa Benedetto XV di una Sezione dell’Azione Cattolica; deputato per tre legislature.
La casa dei Montini per anni vedrà la presenza di don Luigi Sturzo e Romolo Murri che insieme a Giorgio Montini saranno i fondatori del Partito Popolare Italiano, di estrazione cattolica, dal quale nel 1943 nascerà la Democrazia Cristiana; il giovane Giovan Battista assisteva alle discussioni e assimilava i concetti che poi elaborava nel suo studio; fra i frequentanti della casa c’era anche Alcide De Gasperi.
Bisogna dire che il futuro papa, ebbe sempre un carattere severo e malinconico, in contrasto al clima gioioso e di concordia della sua famiglia, allietata da tre figli Ludovico, Giovan Battista e Francesco e da tanti parenti della patriarcale famiglia, agiata e senza ristrettezze economiche.
Eppure su quest’adolescenza privilegiata del giovane Battista c’era come un incubo, la sua gracilità fisica; aveva febbre improvvisa che lo abbattevano, fu dato ad allevare per 14 mesi ad una coppia di contadini, ma il suo ritorno a Brescia continuò ad impensierire i medici per il suo sviluppo; certamente è da rintracciare in quel periodo infantile, caratterizzato da debolezza, i motivi della leggera nevrosi che impregnerà il suo temperamento nell’età adulta, con timidezza, ipersensibilità, una certa insicurezza e molte altre angosce che non riuscì mai a nascondere.
Gioventù, studi, sacerdozio
Alternò brevi periodi di studio negli Istituti dei Gesuiti, sempre interrotti per motivi di salute e proseguiti privatamente, ciò gli impedì di avere quei contatti così necessari con altri compagni di scuola. Ciò nonostante tentò di arruolarsi nella Prima Guerra Mondiale, ma naturalmente fu scartato, probabilmente fu una fiammata d’amor di Patria e idealistica, comune ai giovani dell’epoca.
Amante della velocità, la cui paura aveva vinto a forza di volontà; in una discesa folle sulla bici, accusò un malore che verrà diagnosticato come uno scompenso cardiaco, che se pur scomparendo nel tempo, gli vieterà comunque quei giochi che richiedevano qualche sforzo; tutto ciò aumentò la sua timidezza e il suo distacco, che nelle foto dell’epoca lo fanno apparire come invecchiato precocemente, pallido, magro, solo gli occhi brillano per una continua attenzione.
La vocazione al sacerdozio non fu folgorante, ma graduale, frequentando sacerdoti e respirando il clima religioso della sua famiglia. Ebbe come padre spirituale l’oratoriano padre Giulio Bevilacqua, con il quale instaurò un’amicizia profonda; da papa vorrà dimostrargli la sua gratitudine, creando il vecchio parroco bresciano, cardinale, nonostante il suo meravigliato rifiuto.
Frequentando da esterno il Seminario bresciano, sempre per i noti motivi di salute, con l’aggiunta di un lungo esaurimento nervoso; giunse ad essere ordinato sacerdote il 29 maggio 1920, dal vescovo di Brescia Gaggia. Certamente in questo cammino agevolato verso il sacerdozio, che a rigor di logica per la sua salute non avrebbe potuto raggiungere, ebbe un particolare riguardo essendo il figlio dell’impegnatissimo in campo cattolico avvocato Montini; e il vescovo decise per lui una destinazione per Roma; prima si laureò in cinque mesi, a Milano in Diritto Canonico, poi nell’autunno del 1920, il giovane sacerdote arrivò a Roma, alloggiando al Collegio Lombardo e si mise subito all’opera iscrivendosi alla ‘Gregoriana’ per la Teologia e contemporaneamente all’Università Statale, alla Facoltà di Lettere.
Nella Curia Romana, carriera, Assistente FUCI romana e Nazionale, formatore di futuri politici
Venne segnalato da un’influente deputato bresciano, che lo conosceva da ragazzo, al cardinale Segretario di Stato Gasparri e così Montini dopo poche settimane entrò nell’Accademia dei nobili ecclesiastici, passaggio necessario per tutti i diplomatici della Chiesa, dove s’impara la difficile arte di trattare con i potenti e curando i rapporti internazionali.
Nella Curia romana si distinse per la sua attenzione, la rapidità nell’apprendere lingue straniere e tecniche di governo, studiosissimo, attirò l’attenzione di mons. Pizzardo, incaricato per gli Affari Straordinari della Segreteria di Stato e quindi dopo un anno, divenne ‘minutante’ nell’importante ufficio posto al vertice della politica vaticana.
E nel giugno 1921 con pochi effetti personali e tanti libri si trasferì in Vaticano, a 24 anni, da dove uscirà trent’anni dopo, si laureò in Teologia, conseguì il Diploma dell’Accademia per la diplomazia, ma dovette lasciare la Statale e il suo desiderio di laurearsi in Lettere.
Fu chiamato il “pretino che non prende mai le ferie”, lavoratore instancabile, la sua scrivania era sempre piena di pratiche da sbrigare; ebbe come compagni, futuri monsignori, vescovi, cardinali, come Ottaviani, Tardini, Spellmann, Maglione, Tedeschini, ecc. Morto papa Benedetto XV nel 1922, salì al trono pontificio l’arcivescovo di Milano Achille Ratti, che prese il nome di Pio XI; sotto il suo pontificato cominciò l’ascesa nella Curia di Montini, che si fermerà solo al vertice.
Il cardinale Gasparri, suo superiore e protettore lo inviò per tre mesi a Parigi per approfondire gli studi, poi per quattro mesi alla segreteria del Nunzio di Polonia a Varsavia, ma il freddo del Nord lo fece ammalare sempre di più, quindi ritornò a Roma. Per il suo desiderio di un’esperienza pastorale, così necessaria per un prete, gli fu affidato il compito di Assistente spirituale del Circolo Universitario Cattolico di Roma.
Trascorsero così due anni di apostolato gioioso, oltre il suo lavoro in Curia; gli studenti lo chiamarono “don Gibiemme” e gli davano del tu, si può dire che scoperse la sua gioventù, con scampagnate ai castelli romani, l’organizzazione di giochi e corsi didattici, provocando le uniche risate spontanee della sua vita; in seguito al massimo sorriderà con un dolce, consenziente, a volte mesto sorriso, ma mai allegro.
Nel settembre del 1925, nel pieno del clamore della ‘Marcia su Roma’ fascista, papa Pio XI gli diede l’incarico di Assistente Nazionale della FUCI (Giovani universitari cattolici), carica che tenne dal 1926 al 1933, periodo difficile per la propensione del fascismo ad avere il controllo della gioventù, specie quella universitaria, tramite il GUF (gioventù universitari fascisti); in questo periodo egli lavora per raccogliere le migliori intelligenze cattoliche che escono dalle Università, per indicare le future mete politiche e sociali, fra loro vi furono Aldo Moro, Amintore Fanfani, Giulio Andreotti, Paolo Emilio Taviani, Giuseppe Dossetti, Giorgio La Pira, Guido Carli.
Monsignore, collaboratore del Segretario di Stato, ‘Sostituto Affari Ordinari’
Intanto nella Curia continuava a salire di grado; nel 1934 era monsignore, quando morì il card. Gasparri, subentrandogli il romano cardinale Eugenio Pacelli e il nuovo Segretario di Stato nel riorganizzare i suoi collaboratori, chiamò Montini, che aveva già notato per le sue specifiche doti.
Li dividevano 20 anni di età, ma erano tanto affini, in pratica due aristocratici, la loro carriera nella Chiesa si era svolta tutta al di fuori della cura d’anime; entrambi dotati di suggestione mistica e dello stato di angoscia che prende le anime raffinate, quando devono decidere. Lasciata con rammarico la FUCI, Montini si dedicò con la dovuta passione ad essere collaboratore stretto del card. Pacelli e nel 1937 ad appena 40 anni, venne nominato “sostituto degli Affari Ordinari”, terzo gradino della gerarchia vaticana.
Nel contempo all’altro ufficio di “sostituto degli Affari Straordinari” venne chiamato il suo ex compagno ‘minutante’ Domenico Tardini; i due collaboratori di Pacelli si stimeranno sempre, ma non si ameranno mai; tanto erano diversi nel carattere; tradizionalista ed esuberante Tardini; aperto alle novità, ma prudente Montini.
La Curia per i 18 anni che vide il binomio Tardini – Montini, si divise in due fazioni che per molti divennero dei ‘conservatori’ e dei ‘progressisti’. Montini diventò l’ombra del cardinale Segretario di Stato, custode dei suoi segreti diplomatici ne curò la corrispondenza.
Braccio destro di papa Pio XII
Nel 1939 papa Pio XI morì quasi improvvisamente e Pacelli venne eletto papa con il nome di Pio XII, i due ‘sostituti’ rimasero al loro posto e il cardinale Luigi Maglione venne nominato Segretario di Stato, ma quando questi nel 1944 morì, papa Pacelli decise di non sostituirlo, lasciando la carica vacante; così i due ‘Sostituti’ divennero i numeri due della gerarchia vaticana.
Il pontificato di Pio XII, vide il grande sconvolgimento della Seconda Guerra Mondiale, che lo rese drammatico ed angosciante nel suo ministero pontificale; la Storia chiarirà in seguito la sua segreta opera di mediazione fra le parti, la salvezza di Roma, gli aiuti nascosti per ebrei e rifugiati politici, la Pontificia Opera di Assistenza, la rinascita politica, culturale, ed economica dell’Italia sconfitta e devastata.
E al suo fianco, discreto ma attivo, sempre nell’ombra, il suo Sostituto Montini che a suo nome agiva in tutti i campi, dall’organizzazione dei soccorsi nel neutrale Vaticano, all’opera diplomatica fra i contendenti, per colmo cattolici da ambo le parti.
Allo sfacelo della Seconda Guerra Mondiale, fece seguito la divisione del mondo in due blocchi: Occidente ed Oriente, democrazia e comunismo, Stati Uniti e Unione Sovietica, con in mezzo la vecchia e disastrata Europa; che si tramutò ben presto in una lotta fra il cristianesimo e l’ateismo; in Italia si visse con lo slogan “O Roma, o Mosca”.
Il Sostituto Montini, moderato per natura, fu in contrasto con il Presidente dell’Azione Cattolica Luigi Gedda, che ligio alle disposizioni di Pio XII di cui era diventato il pupillo, cercò di organizzare i giovani d’A.C. in forma estremistica e di lotta aperta al comunismo; ormai in Vaticano egli era “Montini il progressista”.
Con 16 ore di lavoro al giorno organizzò l’Anno Santo del 1950; fondò le ACLI e la Pontificia Opera di Assistenza. Fu il braccio destro del papa, ricevé ogni tipo di personalità; era primo ministro e insieme ministro degli esteri, eppure Pio XII non lo elevò dal semplice grado gerarchico di monsignore; rimase pur essendo il numero due del Vaticano, un uomo modesto, sobrio, viveva in un semplice appartamento.
Nel Concistoro del 1953, il primo dopo molti anni, i nomi di Montini e Tardini non comparvero, pur essendo i più qualificati alla promozione cardinalizia e rimasero monsignori. La lotta fra ‘conservatori’ e ‘progressisti’ aveva avuto i suoi effetti; ma Montini impose il suo appoggio a De Gasperi nelle elezioni amministrative del 1952, il quale era allora inviso al Vaticano; i conservatori della Curia e lo stesso Pio XII, non perdonarono la sua scelta e il 3 novembre 1953 Montini fu allontanato, perché di questo si trattò, promovendolo nel contempo arcivescovo di Milano.
Arcivescovo di Milano
La consacrazione a vescovo fu celebrata dal decano dei Cardinali Tisserant, il papa ammalato, fece sentire la sua voce con un collegamento radiofonico nella Basilica di S. Pietro, che benediceva il “diletto figlio”, che era stato suo diretto collaboratore per tanti anni.
Il nuovo arcivescovo partì da Roma il 6 gennaio 1954 dopo 30 anni, per intraprendere nella grande diocesi ambrosiana, la sua nuova esperienza pastorale, qualità che mancava alla sua formazione di alto uomo di Chiesa, quindi anche se fu considerato da molti un esilio, alla fine fu un disegno della Provvidenza Divina.
Nella diocesi di S. Ambrogio, Montini trovò una situazione socio-politica in piena evoluzione, si era nel periodo della ricostruzione civile e industriale post-bellica e ogni giorno arrivavano treni carichi di immigrati dal Sud. L’angoscia di vedere una società che convulsamente, era tutta impegnata alla costruzione di un mondo profano e materiale, lo sconvolse al punto di essere tentato di abbandonare tutto.
Ma nel discorso d’insediamento, presenti tutte le componenti della società milanese, egli si dichiarò il pastore alla ricerca delle pecore smarrite, deludendo chi si aspettava di sentire il politico raffinato qual’era. In poco tempo riformò tutta la diocesi con piglio e metodi manageriali, ristrutturò il palazzo arcivescovile in abbandono; il suo attivismo attirò l’attenzione di tutto il mondo cattolico, che vide Milano come contraltare della Santa Sede.
In breve lasciò le vecchie abitudini della Curia romana, per assumere il ritmo di lavoro ed efficienza dei milanesi; girò da una fabbrica all’altra incontro al mondo del lavoro; convinse l’alta finanza della città a sostenere la costruzione di nuove chiese. Restò a Milano per otto anni e fino alla morte di Pio XII avvenuta il 9 ottobre 1958 a Castelgandolfo, rimase arcivescovo senza ricevere la dignità cardinalizia, com’era privilegio della diocesi di Milano.
Cardinale con Giovanni XXIII, diventa papa Paolo VI, il suo tormentato pontificato
Nel Conclave che seguì si avvertì l’ombra del grande assente, venne eletto papa Giovanni XXIII, l’anziano Angelo Roncalli, patriarca di Venezia, il quale come suo primo scritto inviò una lettera all’arcivescovo di Milano per comunicargli la sua intenzione di nominarlo cardinale. In altre occasioni Giovanni XXIII disse: “Quel nostro caro figlio che sta a Milano, noi siamo qui a tenergli il posto” e lo mandò in giro per il mondo a rappresentarlo, gli fece conoscere ed approfondire non solo il mondo cristiano ma anche quello di altre religioni; proprio come un tirocinio per ogni futuro papa.
E così dopo il breve pontificato di papa Giovanni, il papa che aveva indetto il Concilio Ecumenico Vaticano II, alla sua morte avvenuta fra il compianto generale il 3 giugno 1963, nel successivo conclave il 21 giugno 1963, veniva eletto 265° successore di S. Pietro, Giovan Battista Montini, il gracile pretino di Brescia, con il nome di Paolo VI, aveva 66 anni.
Un compito pesantissimo per chiunque dopo il rivoluzionario pontificato di papa Giovanni, che aveva scosso dalle fondamenta la Chiesa, e che aveva cercato ciò che ci unisce, non ciò che ci divide. Toccò a lui di continuare il Concilio e portarlo a termine, ma il compito più immane fu quello di promulgare e attuare i decreti rivoluzionari per la Chiesa, che ne scaturirono, anche se per alcuni il suo pensiero capovolse alcuni dettati conciliari, come quello sul celibato dei preti.
Scrisse encicliche basilari per la dottrina della Chiesa, come l’”Ecclesiam suam”, la “Misterium fidei”, la “Populorum progressio”, l’”Humanae vitae”, quest’ultima sul controllo delle nascite e sulla ‘paternità responsabile’, che tante polemiche suscitò e che costrinse per la prima volta un papa a difendersi pubblicamente.
Dopo secoli fu il primo papa ad uscire dall’Italia e ad usare l’aereo; come prima tappa dei suoi futuri viaggi apostolici si recò in Palestina il 4 gennaio 1964, suscitando un delirio di entusiasmo nelle strette vie di Gerusalemme, rischiando di rimanere soffocato dalla folla. Incontrò il patriarca ortodosso Atenagora, dopo 14 secoli un papa e un patriarca si incontravano dopo lo scisma; nel 1967 andò ad Istanbul andando così incontro umilmente alla Chiesa d’Oriente.
Abolì stemmi, baldacchini, la tiara pontificia, i flabelli bizantini delle fastose cerimonie pontificie, la sedia gestatoria, le guardie nobili, i cortei di armigeri, il trono fu sostituito da una poltrona, la Guardia Palatina; con suo decreto stabilì che i cardinali dopo gli 80 anni non potevano entrare in conclave; fece costruire la grandiosa aula delle udienze, che oggi porta il suo nome.
Rimodernò uffici e strutture del Vaticano, il modo di vestire, l’uso della lingua inglese al posto della latina; vennero introdotti computers e telescriventi collegati con tutto il mondo. Riformò le cariche e i dicasteri della Curia, ridimensionò il Sant’Uffizio; invece dei soliti romani, chiamò da tutto il mondo uomini nuovi internazionalizzando il Vaticano; furono inserite le prime segretarie.
Dovette affrontare e contestare le novità del ‘Nuovo Catechismo olandese’, la disubbidienza dilagante di fedeli e sacerdoti, cosa che l’angustiava oltremodo; il dissenso di vescovi e conferenze episcopali, la contestazione anche violenta come a Cagliari.
Andò in India, all’ONU, a Fatima in Portogallo, in Colombia, a Ginevra, in Uganda, nelle Filippine, dove scampò ad un attentato, nelle Isole Samoa, l’Australia, l’Indonesia, Hong Kong e naturalmente in tante città italiane e parrocchie romane.
Combatté contro il divorzio che veniva introdotto in Italia, più lacerante fu la lotta contro l’aborto, ambedue perse con suo grande dolore. Gli ultimi anni oltre la decadenza fisica, con l’artrosi che l’affliggeva, una operazione chirurgica alla prostata, furono amareggiati dalla ribellione del vescovo tradizionalista francese Marcel Léfèbvre, che suscitò quasi uno scisma e poi il dolore della morte del suo antico amico Aldo Moro, ucciso in pieno periodo di terrorismo, dalle Brigate Rosse nel maggio 1978, nonostante il suo toccante appello a rilasciarlo vivo.
Pochi mesi prima della sua morte, avvenuta a Castelgandolfo il 6 agosto 1978, aveva scritto una intensa preghiera per il funerale dell’on. Moro, che aveva personalmente officiato in Laterano e che presagiva la fine del suo pontificato, durato 15 intensi e tormentati anni e della sua vita durata 81 anni, nonostante che sarebbe dovuto morire il giorno dopo la nascita: “Fa o Dio, Padre di misericordia, che non sia interrotta la comunione che, pur nelle tenebre della morte, ancora intercede tra i defunti da questa esistenza temporale e noi tuttora viventi in questa giornata di un sole che inesorabilmente tramonta…”.
E' stato beatificato a Roma con celebrazione in Piazza San Pietro presieduta da Papa Francesco il 19 ottobre 2014.
ANNA PALEOLOGINA (Giovanna de Savoia), Santa
Giovanna di Savoia, nota come imperatrice bizantina col nome di Anna Paleologina, figlia del conte Amedeo V e di Maria di Brabante, inviata diciottenne alla corte di Costantinopoli, nel 1325 divenne moglie del basileus Andronico III Paleologo, rappresentando il pegno dell'alleanza tra Bisanzio e i potentati ghibellini dell'Italia settentrionale. Per l'occasione dovette convertirsi alla fede ortodossa mutando il suo nome da Giovanna in Anna. Visse accanto al marito circa sedici anni, rendendolo padre sei volte e dimostrandosi degna della sua fiducia. Quando Andronico morì, il 15 giugno 1341, ella assunse la reggenza per l'erede Giovanni V, impegnandosi sino al 1347 in un'estenuante lotta contro Giovanni Cantacuzeno per consentire la successione al figlio. In questo anno le due parti raggiunsero un accordo che prevedeva il governo congiunto di Giovanni VI Cantacuzeno e di Giovanni V Paleologo, estromettendo Anna dal potere. Tuttavia non per questo l'imperatrice sarebbe uscita dalla scena politica. Lasciata a capo della città di Tessalonica, nel 1352 probabilmente ancora di lì si adoperò per il successo del figlio fino alla resa del rivale nel 1354. Il suo impegno della capitale macedone, appena uscita dai gravi sconvolgimenti del periodò zelota (1342-1350), le guadagnò l'ammirazione dei dotti bizantini.
Nata latina, imperatrice dei Greci, adattando le proprie convinzioni alla ragione di Stato, l'augusta aveva imparato ad apprezzare la spiritualità bizantina favorendo la dottrina di San Gregorio Palamas. Conscia dei suoi doveri imperiali, abbracciò totalmente la fede dei suoi sudditi, morendo in abito monacale, presso Tessalonica, come si conveniva: «[...] la nostra déspoina, chiamata monaca Anastasia nell'abito divino e angelico, che con le opere e le parole con tutta l'anima per tutta la vita ha lottato per l'affermazione degli insegnamenti degli Apostoli e dei Padri della Chiesa e per l'eliminazione dell'eresia perversa ed empia di Barlaam, Akindynos e i loro adepti. A lei eterna memoria». Così recita il Synodikón dell'ortodossia accogliendo il nome di Anna tra le sante imperatrici, con la menzione dei suoi meriti speciali in difesa della retta fede. Sant'Anna Paleologina e Sant'Andronico III sono entrambi venerati come santi ancora oggi nel Monastero della Trasfigurazione da loro fondato. La loro festa comune ricorre al 6 agosto.
Giovanna di Savoia, nota come imperatrice bizantina col nome di Anna Paleologina, figlia del conte Amedeo V e di Maria di Brabante, inviata diciottenne alla corte di Costantinopoli, nel 1325 divenne moglie del basileus Andronico III Paleologo, rappresentando il pegno dell'alleanza tra Bisanzio e i potentati ghibellini dell'Italia settentrionale. Per l'occasione dovette convertirsi alla fede ortodossa mutando il suo nome da Giovanna in Anna. Visse accanto al marito circa sedici anni, rendendolo padre sei volte e dimostrandosi degna della sua fiducia. Quando Andronico morì, il 15 giugno 1341, ella assunse la reggenza per l'erede Giovanni V, impegnandosi sino al 1347 in un'estenuante lotta contro Giovanni Cantacuzeno per consentire la successione al figlio. In questo anno le due parti raggiunsero un accordo che prevedeva il governo congiunto di Giovanni VI Cantacuzeno e di Giovanni V Paleologo, estromettendo Anna dal potere. Tuttavia non per questo l'imperatrice sarebbe uscita dalla scena politica. Lasciata a capo della città di Tessalonica, nel 1352 probabilmente ancora di lì si adoperò per il successo del figlio fino alla resa del rivale nel 1354. Il suo impegno della capitale macedone, appena uscita dai gravi sconvolgimenti del periodò zelota (1342-1350), le guadagnò l'ammirazione dei dotti bizantini.
Nata latina, imperatrice dei Greci, adattando le proprie convinzioni alla ragione di Stato, l'augusta aveva imparato ad apprezzare la spiritualità bizantina favorendo la dottrina di San Gregorio Palamas. Conscia dei suoi doveri imperiali, abbracciò totalmente la fede dei suoi sudditi, morendo in abito monacale, presso Tessalonica, come si conveniva: «[...] la nostra déspoina, chiamata monaca Anastasia nell'abito divino e angelico, che con le opere e le parole con tutta l'anima per tutta la vita ha lottato per l'affermazione degli insegnamenti degli Apostoli e dei Padri della Chiesa e per l'eliminazione dell'eresia perversa ed empia di Barlaam, Akindynos e i loro adepti. A lei eterna memoria». Così recita il Synodikón dell'ortodossia accogliendo il nome di Anna tra le sante imperatrici, con la menzione dei suoi meriti speciali in difesa della retta fede. Sant'Anna Paleologina e Sant'Andronico III sono entrambi venerati come santi ancora oggi nel Monastero della Trasfigurazione da loro fondato. La loro festa comune ricorre al 6 agosto.
CREMETE DE MESSINA, Santo
Purtroppo di questo santo eremita e poi abate, vissuto nel lontano XI secolo, non ci sono pervenute molte notizie. La ‘Vita’ scritta, si basa su tradizioni locali e su documenti del monastero di S. Salvatore di Placa a Francavilla in provincia di Messina.
Sulla Sicilia vi era la dominazione saracena e Cremete si era ritirato fra le rovine di un antico eremitaggio, posto fra le pendici dell’Etna e la foresta di Placa.
Quando Ruggero I, principe d’Altavilla († 1101) dopo aver combattuto i musulmani, riuscì ad impadronirsi di tutta l’isola, Cremete gli si presentò per chiedergli aiuto nella ricostruzione del diroccato cenobio, portandogli in dono della selvaggina viva.
Il re gli concesse quanto chiedeva; il diploma di fondazione del monastero e della chiesa annessa di Francavilla, porta la data del 1092; essi furono dedicati al S. Salvatore e Cremete ne divenne l’abate; morì intorno al 1099.
Altre notizie storiche non ci sono, la festa liturgica di s. Cremete ricorre insieme a quella del S. Salvatore a cui era dedicato il monastero cioè il 6 agosto; in questo giorno si espone il suo corpo, posto in un reliquiario con iscrizione in greco
FELICÍSSIMO, AGAPITO, GENNARO, MAGNO, VINMCENZO e STEFANO, Santos
Il secondo editto di Valeriano del 258, che colpiva in modo
particolare i vescovi, i preti e i diaconi, ebbe sanguinosa applicazione
in Roma. Sisto II, che era stato eletto papa poco dopo promulgato il
primo editto, fu ucciso sopra il cimitero di Callisto insieme con
quattro diaconi. Questi erano, secondo il Liber Pontificalis, Gennaro,
Magno, Vincenzo e Stefano, che furono lì sepolti. I diaconi Felicissimo e
Agapito, sfuggiti alla strage, vennero sorpresi per via o nel cimitero
di Pretestato e massacrati poco dopo. Ad essi non si poté dar sepoltura
nel cimitero papale o perché vigilato, o perché non si volle, per motivi
che ci sfuggono. Con la morte di s. Lorenzo, avvenuta il 10 agosto,
l'intero collegio diaconale a Roma, certamente preso di sorpresa, era
stato distrutto.
Cipriano, comunicando l'avvenimento tragico e glorioso all'amico Successo, vescovo di Abbir (Africa proconsolare), scrive: «Sixtum autem cimiterio animadversum sciatis VIII id. aug. die et cum eo diacones quattuor». Papa Damaso, nell'iscrizione monumentale posta nella cripta dei papi nel cimitero di Callisto, in onore di numerosi martiri, menziona i compagni di papa Sisto («Hic comites Xisti portant qui ex hoste tropaea») ma a lui e ai compagni di martirio volle riservare un carme speciale che si conosce attraverso la Silloge Palatina. Egli descrive il pontefice seduto in cattedra che parla ai fedeli, i soldati del persecutore che fanno irruzione nella pacifica adunanza, i cristiani che offrono il collo alla spada e il papa che, offrendo se stesso, salva il gregge.
Delia deposizione di Sisto II nel cimitero di Callisto e dei due diaconi Agapito e Felicissimo nel cimitero di Pretestato, si ha la testimonianza della Depositio Martyrum che, al 6 agosto, ha: «VIII idus aug. Xysti, in Calisti; et, in Praetestati, Agapiti et Felicissimi». Nel sec. IV i pellegrini, che accorrevano a visitare il sepolcro dei due diaconi in Pretestato, erano così numerosi che fu necessario ingrandire la cappella. Damaso compose in loro onore un carme conservatoci dalla Silloge Turonense e che dice:
«Aspice, et hic tumulus retinet coelestia membra Sanctorum subito rapuit quos regia Caeli Hi crucis invictae comites pariterq. ministri Rectoris sancti meritumque ficlemq. secuti Aethereas petiere domos regnaq. Piorum Unica in his gaudet Romanae gloria plebis quod duce tunc Xysto XP. meruere triumphos Felicissimo et Agapito sanctis martyrib. Damasus episc. fecit. »
Questa epigrafe, asportata dalle catacombe probabilmente al tempo della traslazione delle reliquie dei ss. Agapito e Felicissimo, fu ritrovata in tre pezzi nel pavimento della piccola chiesa di S. Nicola de' Cesarini, al momento della sua demolizione nel 1927. Un graffito tracciato su un loculo della galleria di Pretestato, detta Spelunca magna invocava i. martiri Gennaro, Agapito e Felicissimo. L'Itinerario Salisburgense del sec. VII ricorda nello stesso cimitero: «et in altero loco Felicissimum et Agapitum, martires et diacones Syxti ». Alcuni studiosi, fra i quali De Rossi, Armellini e Styger hanno voluto individuare i sepolcri in due loculi della Spelunca, ma ciò non è sicuro.
Il Martirologio Geronimiano riprende i nomi di Sisto, Felicissimo e Agapito mentre quello di Cartagine ha solamente Sisto. I Sacramentari Leoniano e Galesiano contengono Messe in onore dei tre martiri. Beda, nel suo Martirologio, ricorda i quattro martiri, Gennaro, Magno, Vincenzo e Stefano., dati dal Liber Pontificalis, ma che egli presenta come suddiaconi, errore ripreso poi a sua volta da Adone, il quale aggiunge un altro nome, Quarto, derivante dalla lettura in un cod. scorretto della lettera di s. Cipriano dell'espressione: «Diaconus Quartus» in luogo di «diacones quattuor». Il Martirologio Romano ha ereditato tutti questi errori e ne aggiunge un altro, magg.
Cipriano, comunicando l'avvenimento tragico e glorioso all'amico Successo, vescovo di Abbir (Africa proconsolare), scrive: «Sixtum autem cimiterio animadversum sciatis VIII id. aug. die et cum eo diacones quattuor». Papa Damaso, nell'iscrizione monumentale posta nella cripta dei papi nel cimitero di Callisto, in onore di numerosi martiri, menziona i compagni di papa Sisto («Hic comites Xisti portant qui ex hoste tropaea») ma a lui e ai compagni di martirio volle riservare un carme speciale che si conosce attraverso la Silloge Palatina. Egli descrive il pontefice seduto in cattedra che parla ai fedeli, i soldati del persecutore che fanno irruzione nella pacifica adunanza, i cristiani che offrono il collo alla spada e il papa che, offrendo se stesso, salva il gregge.
Delia deposizione di Sisto II nel cimitero di Callisto e dei due diaconi Agapito e Felicissimo nel cimitero di Pretestato, si ha la testimonianza della Depositio Martyrum che, al 6 agosto, ha: «VIII idus aug. Xysti, in Calisti; et, in Praetestati, Agapiti et Felicissimi». Nel sec. IV i pellegrini, che accorrevano a visitare il sepolcro dei due diaconi in Pretestato, erano così numerosi che fu necessario ingrandire la cappella. Damaso compose in loro onore un carme conservatoci dalla Silloge Turonense e che dice:
«Aspice, et hic tumulus retinet coelestia membra Sanctorum subito rapuit quos regia Caeli Hi crucis invictae comites pariterq. ministri Rectoris sancti meritumque ficlemq. secuti Aethereas petiere domos regnaq. Piorum Unica in his gaudet Romanae gloria plebis quod duce tunc Xysto XP. meruere triumphos Felicissimo et Agapito sanctis martyrib. Damasus episc. fecit. »
Questa epigrafe, asportata dalle catacombe probabilmente al tempo della traslazione delle reliquie dei ss. Agapito e Felicissimo, fu ritrovata in tre pezzi nel pavimento della piccola chiesa di S. Nicola de' Cesarini, al momento della sua demolizione nel 1927. Un graffito tracciato su un loculo della galleria di Pretestato, detta Spelunca magna invocava i. martiri Gennaro, Agapito e Felicissimo. L'Itinerario Salisburgense del sec. VII ricorda nello stesso cimitero: «et in altero loco Felicissimum et Agapitum, martires et diacones Syxti ». Alcuni studiosi, fra i quali De Rossi, Armellini e Styger hanno voluto individuare i sepolcri in due loculi della Spelunca, ma ciò non è sicuro.
Il Martirologio Geronimiano riprende i nomi di Sisto, Felicissimo e Agapito mentre quello di Cartagine ha solamente Sisto. I Sacramentari Leoniano e Galesiano contengono Messe in onore dei tre martiri. Beda, nel suo Martirologio, ricorda i quattro martiri, Gennaro, Magno, Vincenzo e Stefano., dati dal Liber Pontificalis, ma che egli presenta come suddiaconi, errore ripreso poi a sua volta da Adone, il quale aggiunge un altro nome, Quarto, derivante dalla lettura in un cod. scorretto della lettera di s. Cipriano dell'espressione: «Diaconus Quartus» in luogo di «diacones quattuor». Il Martirologio Romano ha ereditato tutti questi errori e ne aggiunge un altro, magg.
GLISENTE, Santo
È molto popolare e venerato nella Val Camonica, ma purtroppo di lui non
si hanno sicure notizie storiche. Secondo le tradizioni locali,
raccolte da scrittori del sec. XVII, era un soldato dell'esercito di
Carlo Magno; dopo la battaglia di Mortirolo ottenne dall'imperatore di
ritirarsi dall'esercito per evangelizzare la valle; in seguito sali sul
monte di Berzo per fare vita eremitica in una spelonca, dove mori il 6
ag. 796.
Sebbene questa leggenda, nata forse nel sec. XIV-XV non abbia alcun fondamento storico, il culto di Glisente è però attestato almeno fin dal sec. XIII. Nel 1200, infatti, esisteva un altare a lui dedicato nella chiesa di Bovegno, un tempietto gli era consacrato a Nord-Ovest della stessa località, in una zona mineraria; in un atto di permuta redatto nel 1222 è ricordata una chiesa di S. Glisente; nel 1262 fu fondata nella stessa Bovegno una fraglia, o luogo pio, in suo onore con precisi statuti. Episodi della vita di Glisente sono raffigurati negli affreschi della pieve di S. Lorenzo (sec. XVI), in quella parrocchiale di S. Maria in Berzo, e in quella a lui dedicata sul monte che divide il territorio di Berzo da Bovegno e Collio in Valle Trompia (sec. XV). Nell'attuale chiesa parrocchiale di Berzo (sec. XVII) gli è dedicato un altro altare.
Nel sec. XVII G. fu incluso nel Calendario dei santi bresciani e la sua festa fu stabilita al 26 lugl., forse perché gli abitanti di Collio (o di Bagolino) restituirono in quel giorno le reliquie del santo che avevano precedentemente trafugato. Oggi però esse sono di nuovo scomparse e non si sa dove si trovino.
La sua festa è oggi celebrata soltanto dalla parrocchia di Berzo nella chiesa a lui dedicata sul monte omonimo
Sebbene questa leggenda, nata forse nel sec. XIV-XV non abbia alcun fondamento storico, il culto di Glisente è però attestato almeno fin dal sec. XIII. Nel 1200, infatti, esisteva un altare a lui dedicato nella chiesa di Bovegno, un tempietto gli era consacrato a Nord-Ovest della stessa località, in una zona mineraria; in un atto di permuta redatto nel 1222 è ricordata una chiesa di S. Glisente; nel 1262 fu fondata nella stessa Bovegno una fraglia, o luogo pio, in suo onore con precisi statuti. Episodi della vita di Glisente sono raffigurati negli affreschi della pieve di S. Lorenzo (sec. XVI), in quella parrocchiale di S. Maria in Berzo, e in quella a lui dedicata sul monte che divide il territorio di Berzo da Bovegno e Collio in Valle Trompia (sec. XV). Nell'attuale chiesa parrocchiale di Berzo (sec. XVII) gli è dedicato un altro altare.
Nel sec. XVII G. fu incluso nel Calendario dei santi bresciani e la sua festa fu stabilita al 26 lugl., forse perché gli abitanti di Collio (o di Bagolino) restituirono in quel giorno le reliquie del santo che avevano precedentemente trafugato. Oggi però esse sono di nuovo scomparse e non si sa dove si trovino.
La sua festa è oggi celebrata soltanto dalla parrocchia di Berzo nella chiesa a lui dedicata sul monte omonimo
GODERANNO DE CLUNY, Santo
Assai scarse sono le notizie sulla vita di questo
santo. Monaco di Cluny, nel 1060 divenne abate di Maillezais, per poi
essere insignito della dignità episcopale di Saintes. Morì il 6 agosto
1074.
L’Ordine Benedettino lo festeggia il 6 agosto
L’Ordine Benedettino lo festeggia il 6 agosto
GUILHERME DE ALTAVILLA, Beato
Originario di Francia, il nobilissimo cavaliere
laico Beato Guglielmo di Altavilla, abbandonò tutti i beni del mondo per
entrare nell'Ordine Mercedario donandosi completamente all'opera di
redenzione. I suoi meriti e le sue virtù esemplari si distinsero
talmente che fu inviato con l'approvazione del Re Beato Giacomo 1°, nel
regno di Granada nell'anno 1263 dove riscattò 208 schiavi. Pieno di
meriti si addormentò in pace sotto il generalato del Beato Guglielmo de
Bas.
L'Ordine lo festeggia il 6 agosto
L'Ordine lo festeggia il 6 agosto
GUILHERME SANZ, Santo
Commendatore dei mercedari di Valenza (Spagna),
San Guglielmo Sanz, fu fatto prigioniero dai mori, mentre confermava
nella fede gli schiavi cristiani di Granada. Afflitto da molte
vessazioni per Gesù che predicava, per farlo tacere gli fu strappta la
lingua e sucessivamente decapitato, infine venne tagliato a pezzi e
gettato in pasto ai cani dai quali per divina grazia fu risparmiato. Con
la fama del martirio volò in cielo nell'anno 1409.
L'Ordine lo festeggia il 6 agosto
L'Ordine lo festeggia il 6 agosto
MATTEO (Serafini) de BASCIO, Beato
Nacque all’incirca nel 1495 nel Montefeltro nei pressi del castello di
Bascio, oggi nel Comune di Pennabilli (Pesaro), da Paolo e da Francesca
Clavari della Castellaccia di Carpegna, che ebbero almeno altri due
figli, Persia e Giovanni Antonio.
Il nome del padre, senza l’indicazione del cognome, è già in un documento cinquecentesco, ma l’appartenenza alla famiglia Serafini è asserita solo nel Novecento senza però citare alcuna fonte. Secondo i cronisti cappuccini del XVI secolo, i genitori di Matteo erano umili contadini. Matteo aveva anche un nipote, figlio del fratello Giovanni Antonio, di nome Gian Battista, che faceva il romito e che fu coinvolto nel 1553 in un processo per furto a Bologna.
In un manoscritto che raccoglie antiche notizie del convento veneziano di S. Francesco della Vigna, si legge che Matteo era «di statura alta, di viso lungo e magro, di pochissimo riso, com’anco di poca allegrezza»; e un cronista cappuccino, il quale lo aveva conosciuto di persona nel 1543, affermò che «era più ruvido a maneggiarsi, anzi non punto sociabile e di proprio parere; e questo nasceva da un certo suo proprio e naturale che ’l piegava alla malinconia».
Intorno al 1515, Matteo entrò tra i francescani osservanti nel convento di Montefiorentino, presso Frontino, dove apprese i primi rudimenti della grammatica e della teologia e fu ordinato sacerdote.
Secondo i principali cronisti cappuccini, s’impegnò da subito nell’evangelizzazione dei borghi del Montefeltro con una predicazione dal tono apocalittico e penitenziale che lo rese noto nella zona. In particolare riproponeva il rispetto della regola francescana e frequentemente si lamentava per la sua mancata osservanza da parte dei confratelli del convento di Montefalcone Appennino, nei pressi di Fermo, dove si era trasferito.
Nel gennaio 1525, a causa della sua crescente insoddisfazione e irrequietezza, decise di abbandonare il convento di residenza per recarsi a Roma e chiedere a Clemente VII il permesso di seguire l’esempio di s. Francesco nella vita di povertà e nella predicazione itinerante.
Grazie all’intermediazione di un imprecisato gentiluomo introdotto negli ambienti curiali romani e probabilmente vicino alla nipote del papa, la duchessa di Camerino Caterina Cibo, ottenne da Clemente VII l’autorizzazione a condurre vita eremitica fuori dai conventi, seguendo la regola di S. Francesco alla lettera, e a predicare senza fissa dimora con una nuova foggia di abito con il cappuccio aguzzo cucito alla tunica senza lunetta né scapolare. L’unico obbligo sarebbe stato quello di presentarsi ogni anno in occasione del capitolo davanti al ministro provinciale degli osservanti in segno di obbedienza.
L’ultima settimana dell’aprile 1525 i francescani osservanti della provincia della Marca tennero il loro capitolo a Jesi e Matteo vi si recò per fare l’atto di sottomissione prescrittogli dal papa, ma fu arrestato come apostata per volontà del ministro provinciale Giovanni Pili da Fano e imprigionato nel convento di Forano. Liberato dal carcere per l’intervento di Caterina Cibo, riprese la sua predicazione itinerante e in estate si recò all’eremo di S. Giacomo, nei pressi di Matelica, dove incontrò l’osservante Francesco da Cartoceto e il giovane terziario Pacifico da Fano, che chiedevano entrambi, come Matteo, il ritorno degli osservanti al rispetto della primitiva regola.
Nell’autunno 1525 altri due frati osservanti, i fratelli Ludovico e Raffaele Tenaglia da Fossombrone, lasciarono l’Ordine e si unirono a Matteo, con il quale si rifugiarono a Cingoli, nell’eremo di S. Angelo di Monte Acuto, per dare vita a una casa di recollezione sotto la giurisdizione dei francescani conventuali. Nei mesi successivi altri confratelli li raggiunsero nell’eremo di proprietà comunale secondo quanto attesta una delibera del Consiglio di Cingoli del 24 febbraio 1526 con cui la Comunità si impegnò all’unanimità a proteggere il piccolo gruppo di eremiti dalle molestie degli osservanti. Tuttavia l’8 marzo Clemente VII emanò un breve con cui ordinava ai fratelli Tenaglia e a Matteo, dichiarati apostati e scomunicati, di rientrare nell’Osservanza, anche con l’aiuto del braccio secolare. I tre si salvarono dal carcere conventuale con la fuga.
Ludovico e Raffaele Tenaglia trovarono asilo e consiglio presso la Congregazione camaldolese degli eremiti di Monte Corona e furono ricevuti da Paolo Giustiniani che li protesse dalle pretese del braccio secolare e dallo stesso ministro provinciale Giovanni da Fano, che avrebbe voluto ricondurli all’obbedienza. Ludovico, sul quale gravava ancora la scomunica, si diresse a Roma e presentò una supplica alla Penitenzieria apostolica. Il 18 maggio 1526, con l’appoggio di Caterina Cibo, ottenne un’autorizzazione della Penitenzieria a condurre insieme con il fratello e Matteo vita eremitica nella piena osservanza della regola francescana, dopo averne chiesto il permesso ai propri superiori. Potevano, inoltre, ricevere elemosine e impiegarle per il loro sostentamento. Infine, furono sottoposti alla giurisdizione del vescovo della diocesi in cui avrebbero scelto di dimorare.
Nel frattempo M. si era separato dai due fratelli Tenaglia per rifugiarsi presso Cerreto d’Esi, dove, insieme con Paolo (Barbieri) da Chioggia, visse fino al 1528 nella chiesa di S. Martino. Da una lettera dell’11 agosto 1582 di Vincenzo Lori, il quale riferiva lontane testimonianze oculari dei contadini del luogo, si evince che Paolo da Chioggia «vi stesse più assiduo che fr. Matteo perché fr. Matteo era più vagabondo. E celebrarono la messa e predicorno in questo mio castello più volte». Secondo una tradizione riferita dai cronisti di San Severino sembra che, nello stesso periodo, Matteo dimorasse anche presso la chiesa di S. Maria delle Vergini di quella città, nella via della Pinturetta. Comunque, nel 1527 Matteo e Paolo da Chioggia si distinsero per la loro attività di assistenza in favore degli appestati nel territorio di Fabriano. Nel febbraio 1528 Matteo si trovava certamente in quel Comune per assistere i malati: una delibera comunale lo autorizzava a servire un pasto agli affamati e, mentre il Consiglio discuteva se consentire questa adunanza pubblica per evitare ulteriori contagi, Matteo, secondo quanto annotato dal cancelliere, «iam vocat eos [i poveri] ad nuptias».
La sua fama di predicatore e di uomo integerrimo si diffuse vieppiù nel Montefeltro, e in un altro atto ufficiale del 2 ottobre 1529 era definito «vir Dei devotissimus», in quanto aveva indotto le autorità di Fabriano a proibire il gioco delle carte e a promulgare una legge contro i fabbricanti delle medesime «ad placandam iram Dei».
Grazie alla rinnovata protezione della duchessa Cibo e ai suoi buoni uffici con il pontefice regnante, il 3 luglio 1528 i fratelli Tenaglia ottennero con la bolla Religionis zelus il riconoscimento della nuova Congregazione dei frati eremiti minori di S. Francesco, un nuovo ramo della famiglia francescana che fu sottoposto ai conventuali. Matteo non era nominato nella bolla perché non ebbe mai l’intenzione di fondare una nuova famiglia religiosa, al contrario dei Tenaglia, che avevano subito l’influenza eremitica dei camaldolesi, tra i quali vanamente tentarono di essere accolti. Nel primo capitolo della nuova Congregazione, svoltosi ad Albacina nell’aprile 1529, Matteo fu eletto fra i quattro definitori generali e subito dopo fu scelto per acclamazione primo superiore generale, nonostante la sua riluttanza. Tuttavia, ritenendosi inadeguato alla carica, si dimise ben presto per riprendere la vita peripatetica, rimanendo fra gli eremiti francescani fino al 1536. In quell’anno e fra alterne vicende si consumò la drammatica crisi di Ludovico da Fossombrone, caduto in disgrazia presso il nuovo papa Paolo III insieme con Caterina Cibo, che fu sostituita dalla nobildonna Vittoria Colonna nella funzione informale, ma determinante, di protettrice dell’Ordine. Della nobildonna, duramente ostile a Ludovico da Fossombrone, si è conservata una lettera al cardinale Gasparo Contarini dell’agosto 1536 in cui elogiava Matteo definendolo «sanctissimo huomo che cominciò questa riforma». Il 25 agosto 1536 il papa con la bolla Exponi nobis approvò l’elezione a vicario generale di Bernardino d’Asti e trasferì a lui e ai suoi successori i contenuti della bolla Religionis zelus.
La storia di questa profonda crisi istituzionale, conclusasi con l’allontanamento dall’Ordine degli eremitani francescani di Ludovico da Fossombrone e con un radicale cambiamento dell’ispirazione di fondo della Congregazione religiosa da lui fondata, è ancora oscura. Si trattò di un rivolgimento iniziato nel 1534, in coincidenza con l’ingresso nell’Ordine di alcuni frati dell’Osservanza, fra cui il celebre predicatore Bernardino Ochino e l’antico avversario Giovanni (Pili) da Fano, che ne mutarono progressivamente l’indirizzo spirituale e, rispetto all’impostazione eremitico-contemplativa voluta da Ludovico, promossero un maggiore impegno negli studi e nella predicazione.
Nel dicembre 1536 Ludovico da Fossombrone abbandonò l’Ordine e pochi giorni dopo lo seguì anche Matteo, che era sempre stato restio a inserirsi nella vita comunitaria. Tuttavia, una «lettera obbidenziale» del ministro generale degli osservanti, Vincenzo Lunel, del 15 maggio 1536 (di cui a tutt’oggi si discute l’autenticità) dimostrerebbe che M. uscì dagli eremitani prima di Ludovico e autonomamente da lui. È assai probabile che la ragione dell’all0ntanamento volontario di Matteo risiedesse nel tentativo compiuto da Bernardino d’Asti di limitarne la libertà di predicazione, tanto più se si considera che proprio in quel periodo egli aveva destato notevole scandalo inveendo contro i cardinali e i prelati che uscivano dalla basilica di S. Pietro: «et in piedi ad alta voce diceva: All’inferno i superbi et ambitiosi, all’inferno i vitiosi».
Dopo l’uscita dagli eremitani francescani iniziò un secondo periodo della vita di M. di cui si hanno scarse notizie. Non si ha la certezza che rientrasse nell’Osservanza, sebbene una serie di indizi induca a crederlo. Di certo, egli continuò la sua vita itinerante di predicatore penitenziale, recalcitrante a ogni modello di disciplina istituzionale.
L’unica fonte disponibile per ricostruire la biografia di Matteo viene dai cronisti cappuccini, impegnati dal 1543 con Mario da Mercato Saraceno (dopo la fuga a Ginevra di Ochino e la caduta in disgrazia di Ludovico da Fossombrone) a ridefinire le origini del proprio Ordine religioso, ormai privo di un padre fondatore che potesse essere proposto come modello di fede. Una raffinata operazione di carattere revisionistico tendente ad assorbire senza alcuna discontinuità la storia degli eremitani francescani in quella dei cappuccini e a riscoprire un nuovo fondatore nella figura di Matteo, presentato, con una forte coloritura agiografica, come antesignano della riforma. Il primo che attribuì a Matteo, in un testo a stampa, il titolo di fondatore fu Paolo Morigia nel 1569, seguito da Marco da Lisbona nel 1570 e da Pietro Ridolfi da Tossignano nel 1586. Al contrario, contestarono questo titolo Giuseppe Zarlino nel 1579 e, nei loro manoscritti pubblicati solo nel Novecento, Mario da Mercato Saraceno e Bernardino (Croli) da Colpetrazzo.
Dal 1536 Matteo iniziò un’incessante attività di predicazione parenetica con caratteri profetico-penitenziali in tutta la penisola, dal Montefeltro a Manfredonia, passando per Ferrara, Mantova, Roma e andando più volte a Venezia, dove certamente risiedette nel 1538 e nel 1542.
Egli usava semplici frasi ritmate così che potessero essere facilmente comprese anche dagli illetterati, faceva cantare canzonette devote, «predicava il crocefisso» e concludeva gridando «All’inferno i peccatori», rifiutando ogni retribuzione. Una volta, a Città di Castello, alcuni giovani lo gettarono nel Tevere perché non avevano gradito i suoi rimproveri. Una vivida testimonianza dei toni apocalittici usati da Matteo è contenuta in un rarissimo opuscoletto di Montegiano da Pesaro, dato alle stampe nel 1552 all’indomani della sua morte. L’opera è una requisitoria dei vizi dominanti tra le diverse categorie di persone e professioni, minacciate di essere condannate all’inferno: le donne vanitose, gli ipocriti, gli ubriachi, i fannulloni, gli invidiosi, i potenti che spadroneggiano, gli avvocati, i notai e i procuratori, i medici e i mercanti, i ricchi contadini e i padroni sfruttatori, i coloni ingannatori, gli artigiani, i mugnai e i fornai, i sarti, gli osti e infine gli indifferenti e gli spensierati.
Un testimone, nel corso di un’inchiesta sui presunti miracoli di Matteo, ricordò che egli si recò in Germania al seguito delle truppe imperiali, senza però indicare una data precisa. Ciò dovrebbe essere avvenuto nel biennio 1546-47, quando Matteo prestò assistenza spirituale alle truppe pontificie inviate in Germania da Paolo III sotto il comando di Ottavio Farnese contro i protestanti della Lega di Smalcalda.
Colpito, verso la fine del luglio 1552, da una grave infermità mentre si trovava a Venezia, Matteo morì il 6 agosto 1552, mentre riposava in un angolo del campanile della chiesa di S. Moisè, che gli era stato offerto dal parroco per trascorrervi la notte.
Fu tumulato in una sepoltura comune, ma il 3 ottobre il suo corpo fu riesumato e trasferito nella chiesa degli Osservanti di S. Francesco della Vigna dove cominciò a essere visitato da numerosi fedeli che lo veneravano come un santo. Il 9 ottobre 1552 i francescani del luogo cominciarono un’inchiesta sui presunti miracoli avvenuti intorno al sepolcro. Ma l’opposizione del nunzio pontificio Ludovico Beccadelli e degli ambienti inquisitoriali romani, segretamente tenuti al corrente dall’informatore laico Girolamo Muzio, pregiudicò il successo dell’operazione della canonizzazione, e la riforma cappuccina rimase senza un santo fondatore.
Il nome del padre, senza l’indicazione del cognome, è già in un documento cinquecentesco, ma l’appartenenza alla famiglia Serafini è asserita solo nel Novecento senza però citare alcuna fonte. Secondo i cronisti cappuccini del XVI secolo, i genitori di Matteo erano umili contadini. Matteo aveva anche un nipote, figlio del fratello Giovanni Antonio, di nome Gian Battista, che faceva il romito e che fu coinvolto nel 1553 in un processo per furto a Bologna.
In un manoscritto che raccoglie antiche notizie del convento veneziano di S. Francesco della Vigna, si legge che Matteo era «di statura alta, di viso lungo e magro, di pochissimo riso, com’anco di poca allegrezza»; e un cronista cappuccino, il quale lo aveva conosciuto di persona nel 1543, affermò che «era più ruvido a maneggiarsi, anzi non punto sociabile e di proprio parere; e questo nasceva da un certo suo proprio e naturale che ’l piegava alla malinconia».
Intorno al 1515, Matteo entrò tra i francescani osservanti nel convento di Montefiorentino, presso Frontino, dove apprese i primi rudimenti della grammatica e della teologia e fu ordinato sacerdote.
Secondo i principali cronisti cappuccini, s’impegnò da subito nell’evangelizzazione dei borghi del Montefeltro con una predicazione dal tono apocalittico e penitenziale che lo rese noto nella zona. In particolare riproponeva il rispetto della regola francescana e frequentemente si lamentava per la sua mancata osservanza da parte dei confratelli del convento di Montefalcone Appennino, nei pressi di Fermo, dove si era trasferito.
Nel gennaio 1525, a causa della sua crescente insoddisfazione e irrequietezza, decise di abbandonare il convento di residenza per recarsi a Roma e chiedere a Clemente VII il permesso di seguire l’esempio di s. Francesco nella vita di povertà e nella predicazione itinerante.
Grazie all’intermediazione di un imprecisato gentiluomo introdotto negli ambienti curiali romani e probabilmente vicino alla nipote del papa, la duchessa di Camerino Caterina Cibo, ottenne da Clemente VII l’autorizzazione a condurre vita eremitica fuori dai conventi, seguendo la regola di S. Francesco alla lettera, e a predicare senza fissa dimora con una nuova foggia di abito con il cappuccio aguzzo cucito alla tunica senza lunetta né scapolare. L’unico obbligo sarebbe stato quello di presentarsi ogni anno in occasione del capitolo davanti al ministro provinciale degli osservanti in segno di obbedienza.
L’ultima settimana dell’aprile 1525 i francescani osservanti della provincia della Marca tennero il loro capitolo a Jesi e Matteo vi si recò per fare l’atto di sottomissione prescrittogli dal papa, ma fu arrestato come apostata per volontà del ministro provinciale Giovanni Pili da Fano e imprigionato nel convento di Forano. Liberato dal carcere per l’intervento di Caterina Cibo, riprese la sua predicazione itinerante e in estate si recò all’eremo di S. Giacomo, nei pressi di Matelica, dove incontrò l’osservante Francesco da Cartoceto e il giovane terziario Pacifico da Fano, che chiedevano entrambi, come Matteo, il ritorno degli osservanti al rispetto della primitiva regola.
Nell’autunno 1525 altri due frati osservanti, i fratelli Ludovico e Raffaele Tenaglia da Fossombrone, lasciarono l’Ordine e si unirono a Matteo, con il quale si rifugiarono a Cingoli, nell’eremo di S. Angelo di Monte Acuto, per dare vita a una casa di recollezione sotto la giurisdizione dei francescani conventuali. Nei mesi successivi altri confratelli li raggiunsero nell’eremo di proprietà comunale secondo quanto attesta una delibera del Consiglio di Cingoli del 24 febbraio 1526 con cui la Comunità si impegnò all’unanimità a proteggere il piccolo gruppo di eremiti dalle molestie degli osservanti. Tuttavia l’8 marzo Clemente VII emanò un breve con cui ordinava ai fratelli Tenaglia e a Matteo, dichiarati apostati e scomunicati, di rientrare nell’Osservanza, anche con l’aiuto del braccio secolare. I tre si salvarono dal carcere conventuale con la fuga.
Ludovico e Raffaele Tenaglia trovarono asilo e consiglio presso la Congregazione camaldolese degli eremiti di Monte Corona e furono ricevuti da Paolo Giustiniani che li protesse dalle pretese del braccio secolare e dallo stesso ministro provinciale Giovanni da Fano, che avrebbe voluto ricondurli all’obbedienza. Ludovico, sul quale gravava ancora la scomunica, si diresse a Roma e presentò una supplica alla Penitenzieria apostolica. Il 18 maggio 1526, con l’appoggio di Caterina Cibo, ottenne un’autorizzazione della Penitenzieria a condurre insieme con il fratello e Matteo vita eremitica nella piena osservanza della regola francescana, dopo averne chiesto il permesso ai propri superiori. Potevano, inoltre, ricevere elemosine e impiegarle per il loro sostentamento. Infine, furono sottoposti alla giurisdizione del vescovo della diocesi in cui avrebbero scelto di dimorare.
Nel frattempo M. si era separato dai due fratelli Tenaglia per rifugiarsi presso Cerreto d’Esi, dove, insieme con Paolo (Barbieri) da Chioggia, visse fino al 1528 nella chiesa di S. Martino. Da una lettera dell’11 agosto 1582 di Vincenzo Lori, il quale riferiva lontane testimonianze oculari dei contadini del luogo, si evince che Paolo da Chioggia «vi stesse più assiduo che fr. Matteo perché fr. Matteo era più vagabondo. E celebrarono la messa e predicorno in questo mio castello più volte». Secondo una tradizione riferita dai cronisti di San Severino sembra che, nello stesso periodo, Matteo dimorasse anche presso la chiesa di S. Maria delle Vergini di quella città, nella via della Pinturetta. Comunque, nel 1527 Matteo e Paolo da Chioggia si distinsero per la loro attività di assistenza in favore degli appestati nel territorio di Fabriano. Nel febbraio 1528 Matteo si trovava certamente in quel Comune per assistere i malati: una delibera comunale lo autorizzava a servire un pasto agli affamati e, mentre il Consiglio discuteva se consentire questa adunanza pubblica per evitare ulteriori contagi, Matteo, secondo quanto annotato dal cancelliere, «iam vocat eos [i poveri] ad nuptias».
La sua fama di predicatore e di uomo integerrimo si diffuse vieppiù nel Montefeltro, e in un altro atto ufficiale del 2 ottobre 1529 era definito «vir Dei devotissimus», in quanto aveva indotto le autorità di Fabriano a proibire il gioco delle carte e a promulgare una legge contro i fabbricanti delle medesime «ad placandam iram Dei».
Grazie alla rinnovata protezione della duchessa Cibo e ai suoi buoni uffici con il pontefice regnante, il 3 luglio 1528 i fratelli Tenaglia ottennero con la bolla Religionis zelus il riconoscimento della nuova Congregazione dei frati eremiti minori di S. Francesco, un nuovo ramo della famiglia francescana che fu sottoposto ai conventuali. Matteo non era nominato nella bolla perché non ebbe mai l’intenzione di fondare una nuova famiglia religiosa, al contrario dei Tenaglia, che avevano subito l’influenza eremitica dei camaldolesi, tra i quali vanamente tentarono di essere accolti. Nel primo capitolo della nuova Congregazione, svoltosi ad Albacina nell’aprile 1529, Matteo fu eletto fra i quattro definitori generali e subito dopo fu scelto per acclamazione primo superiore generale, nonostante la sua riluttanza. Tuttavia, ritenendosi inadeguato alla carica, si dimise ben presto per riprendere la vita peripatetica, rimanendo fra gli eremiti francescani fino al 1536. In quell’anno e fra alterne vicende si consumò la drammatica crisi di Ludovico da Fossombrone, caduto in disgrazia presso il nuovo papa Paolo III insieme con Caterina Cibo, che fu sostituita dalla nobildonna Vittoria Colonna nella funzione informale, ma determinante, di protettrice dell’Ordine. Della nobildonna, duramente ostile a Ludovico da Fossombrone, si è conservata una lettera al cardinale Gasparo Contarini dell’agosto 1536 in cui elogiava Matteo definendolo «sanctissimo huomo che cominciò questa riforma». Il 25 agosto 1536 il papa con la bolla Exponi nobis approvò l’elezione a vicario generale di Bernardino d’Asti e trasferì a lui e ai suoi successori i contenuti della bolla Religionis zelus.
La storia di questa profonda crisi istituzionale, conclusasi con l’allontanamento dall’Ordine degli eremitani francescani di Ludovico da Fossombrone e con un radicale cambiamento dell’ispirazione di fondo della Congregazione religiosa da lui fondata, è ancora oscura. Si trattò di un rivolgimento iniziato nel 1534, in coincidenza con l’ingresso nell’Ordine di alcuni frati dell’Osservanza, fra cui il celebre predicatore Bernardino Ochino e l’antico avversario Giovanni (Pili) da Fano, che ne mutarono progressivamente l’indirizzo spirituale e, rispetto all’impostazione eremitico-contemplativa voluta da Ludovico, promossero un maggiore impegno negli studi e nella predicazione.
Nel dicembre 1536 Ludovico da Fossombrone abbandonò l’Ordine e pochi giorni dopo lo seguì anche Matteo, che era sempre stato restio a inserirsi nella vita comunitaria. Tuttavia, una «lettera obbidenziale» del ministro generale degli osservanti, Vincenzo Lunel, del 15 maggio 1536 (di cui a tutt’oggi si discute l’autenticità) dimostrerebbe che M. uscì dagli eremitani prima di Ludovico e autonomamente da lui. È assai probabile che la ragione dell’all0ntanamento volontario di Matteo risiedesse nel tentativo compiuto da Bernardino d’Asti di limitarne la libertà di predicazione, tanto più se si considera che proprio in quel periodo egli aveva destato notevole scandalo inveendo contro i cardinali e i prelati che uscivano dalla basilica di S. Pietro: «et in piedi ad alta voce diceva: All’inferno i superbi et ambitiosi, all’inferno i vitiosi».
Dopo l’uscita dagli eremitani francescani iniziò un secondo periodo della vita di M. di cui si hanno scarse notizie. Non si ha la certezza che rientrasse nell’Osservanza, sebbene una serie di indizi induca a crederlo. Di certo, egli continuò la sua vita itinerante di predicatore penitenziale, recalcitrante a ogni modello di disciplina istituzionale.
L’unica fonte disponibile per ricostruire la biografia di Matteo viene dai cronisti cappuccini, impegnati dal 1543 con Mario da Mercato Saraceno (dopo la fuga a Ginevra di Ochino e la caduta in disgrazia di Ludovico da Fossombrone) a ridefinire le origini del proprio Ordine religioso, ormai privo di un padre fondatore che potesse essere proposto come modello di fede. Una raffinata operazione di carattere revisionistico tendente ad assorbire senza alcuna discontinuità la storia degli eremitani francescani in quella dei cappuccini e a riscoprire un nuovo fondatore nella figura di Matteo, presentato, con una forte coloritura agiografica, come antesignano della riforma. Il primo che attribuì a Matteo, in un testo a stampa, il titolo di fondatore fu Paolo Morigia nel 1569, seguito da Marco da Lisbona nel 1570 e da Pietro Ridolfi da Tossignano nel 1586. Al contrario, contestarono questo titolo Giuseppe Zarlino nel 1579 e, nei loro manoscritti pubblicati solo nel Novecento, Mario da Mercato Saraceno e Bernardino (Croli) da Colpetrazzo.
Dal 1536 Matteo iniziò un’incessante attività di predicazione parenetica con caratteri profetico-penitenziali in tutta la penisola, dal Montefeltro a Manfredonia, passando per Ferrara, Mantova, Roma e andando più volte a Venezia, dove certamente risiedette nel 1538 e nel 1542.
Egli usava semplici frasi ritmate così che potessero essere facilmente comprese anche dagli illetterati, faceva cantare canzonette devote, «predicava il crocefisso» e concludeva gridando «All’inferno i peccatori», rifiutando ogni retribuzione. Una volta, a Città di Castello, alcuni giovani lo gettarono nel Tevere perché non avevano gradito i suoi rimproveri. Una vivida testimonianza dei toni apocalittici usati da Matteo è contenuta in un rarissimo opuscoletto di Montegiano da Pesaro, dato alle stampe nel 1552 all’indomani della sua morte. L’opera è una requisitoria dei vizi dominanti tra le diverse categorie di persone e professioni, minacciate di essere condannate all’inferno: le donne vanitose, gli ipocriti, gli ubriachi, i fannulloni, gli invidiosi, i potenti che spadroneggiano, gli avvocati, i notai e i procuratori, i medici e i mercanti, i ricchi contadini e i padroni sfruttatori, i coloni ingannatori, gli artigiani, i mugnai e i fornai, i sarti, gli osti e infine gli indifferenti e gli spensierati.
Un testimone, nel corso di un’inchiesta sui presunti miracoli di Matteo, ricordò che egli si recò in Germania al seguito delle truppe imperiali, senza però indicare una data precisa. Ciò dovrebbe essere avvenuto nel biennio 1546-47, quando Matteo prestò assistenza spirituale alle truppe pontificie inviate in Germania da Paolo III sotto il comando di Ottavio Farnese contro i protestanti della Lega di Smalcalda.
Colpito, verso la fine del luglio 1552, da una grave infermità mentre si trovava a Venezia, Matteo morì il 6 agosto 1552, mentre riposava in un angolo del campanile della chiesa di S. Moisè, che gli era stato offerto dal parroco per trascorrervi la notte.
Fu tumulato in una sepoltura comune, ma il 3 ottobre il suo corpo fu riesumato e trasferito nella chiesa degli Osservanti di S. Francesco della Vigna dove cominciò a essere visitato da numerosi fedeli che lo veneravano come un santo. Il 9 ottobre 1552 i francescani del luogo cominciarono un’inchiesta sui presunti miracoli avvenuti intorno al sepolcro. Ma l’opposizione del nunzio pontificio Ludovico Beccadelli e degli ambienti inquisitoriali romani, segretamente tenuti al corrente dall’informatore laico Girolamo Muzio, pregiudicò il successo dell’operazione della canonizzazione, e la riforma cappuccina rimase senza un santo fondatore.
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Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.
Textos recolhidos
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In
MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e
sites: Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, e outros
MARTIROLÓGIO ROMANO
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e
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Blogue: SÃO PAULO (e Vidas de Santos) - http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com