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10º A N O
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João Diogo Cuauhtlatoatzin, Santo
São JOÃO DIOGO CUAUHTLATOATZIN, de origem indígena, homem de fé puríssima, que, pela sua humildade e fervor, conseguiu que se edificasse um santuário em honra de Nossa Senhora de Guadalupe, na colina de Tepeyac, perto da cidade do México, onde ela lhe tinha aparecido e ele descansou no Senhor. (1548)
Leocádia de Toledo, Santa
Em Toledo, na Hispânia, santa LEOCÁDIA virgem e mártir, insigne pelo testemunho da fé em Cristo. (304)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Na oração da Missa desta Santa, assim pede a Igreja de Toledo: «Senhor, pedimos-vos ser ajudados pelos méritos e súplicas da Bem-aventurada LEOCÁDIA, vossa virgem e mártir, para nos vermos livres do cárcere eterno, pelo patrocínio daquela que, por confessar o vosso nome, sofreu o cárcere e morte». E com maior concisão dizia a antiga liturgia espanhola: «Foi interrogada, confessou; atormentaram-na e Deus concedeu-lhe a Coroa». Nisto se condensa tudo o que sabemos do martírio desta virgem toledana, tão honrada pela Igreja visigoda.
Tinha nascido em Toledo, de pais nobres e cristãos. Nos círculos pagãos da cidade era conhecida, pois, logo que chegou Daciano com ordens de acabar com os cristãos, indicaram-lhe imediatamente o nome de LEOCÁDIA. dela fizeram notar a nobreza, a formosura e a juventude, mas sobretudo o fervor religioso. O tirano mandou-a comparecer, certo de que renegaria a fé pelos afagos e promessas, ou pelas ameaças e tormentos.
Sendo a religião cristã de gente pobre, de escravos e plebeus, como podia uma jovem rica e nobre pertencer a ela? Assim Daciano verberou LEOCÁDIA, mas ela ripostou-lhe que toda a sua glória se resumia em adorar a Cristo e que por nada abandonaria a sua fé. Estava disposta a morrer como o seu Mestre. Desta resolução ninguém a apartaria no mundo.
O tormento era a resposta comum dos tiranos e a nossa Santa foi sujeita aos açoites. Pingava sangue em todo o seu corpo e o pudor virginal cobria-se duma túnica roxa, ao mesmo tempo que o rosto se iluminava com júbilo e paz celestial. Mais forte do que as varas e os lictores, continuou ela a proclamar a sua fé de cristã.
Retiraram-na e encerraram-na num calaboiço para que as suas feridas cicatrizassem e ela estivesse preparada para novas torturas. Choravam os cristãos ao ver aquele corpo inocente despedaçado pelos látegos, sulcado de contusões, aberto pelas feridas e deformado pelo furor e forças das varas. A mártir consolava-se, porque as suas feridas eram outras tantas portas abertas para que através delas saísse mais depressa a alma.
Na cadeia, soube da morte dolorosíssima de EULÁLIA DE MÉRIDA: com as unhas fez uma cruz na parede e diante dela, abrasada de aceso amor de Cristo, expirou a 9 de Dezembro do ano de 304, na perseguição de Diocleciano. as rosas de sangue, com os lírios brancos da virgindade, velaram-lhe o corpo sagrado.
Os cristãos toledanos muito depressa lhe dedicaram três templos: um na casa onde tinha nascido, outro onde esteve presa e o terceiro no local da sepultura. O último foi a célebre igreja de Santa Leocádia, sede dos grandes Concílios de Toledo.
Deus honrou-a depois de morta com múltiplos milagres, pregoeiros da sua glória e santidade. O mais célebre realizou-se no seu túmulo. Oravam diante dele as duas personagens mais influentes então em Toledo:; o seu arcebispo e o seu rei, Santo ILDEFONSO e Recesvinto, rei dos Visigodos (falecido em 672). de repente, levantou-se a lousa que estava sobre os sagrados despojos da virgem e apareceu Santa LEOCÁDIA vestida de extenso manto imortal. Vinha felicitar e alentar o grande devoto da Mãe de Deus e defensor infatigável da sua virgindade-. A tradição acrescente que o santo, com o punhal que o rei trazia, cortou uma ponta do manto da virgem, preciosa relíquia que ainda hoje mostram no tesouro da Sé de Toledo.
Siro de Pavia, Santo
Em Pavia, na Ligúria, hoje Lombardia, Itália São SIRO primeiro bispo desta cidade, (séc. IV)
Gorgónia de Nazianzo, Santa
Cipriano de Genouillac, Santo
No mosteiro de Genouillac, junto de Périgueux, na Gália, hoje França, São CIPRIANO abade ilustre pela dedicação aos enfermos. (séc. VI)
Em Yatshushiro, no Japão, os beatos SIMÃO TAKEDA GOHYOE, JOANA TAKEDA, INÊS TAKEDA, MADALENA MINAMI e LUÍS MINAMI mártires. (1603)
Libório Wagner, Beato
Junto ao Rio Meno, na Baviera, Alemanha, o beato LIBÓRIO WAGNER presbitero e mártir, homem de exímia caridade, que coroou com o derramamento do seu sangue a assistência pastoral, tanto de católicos como de irmãos separados. (1631)
Pedro Fourier, Santo
Em Gray, na Borgonha, França, onde se tinha acolhido ao ser exilado, o passamento de São PEDRO FOURIER presbitero que escolheu para seu ministério e cuidou admiravelmente a paróquia paupérrima de Mattaincourt, na Lorena, restaurou os Cónegos Regrantes do Nosso Salvador e fundou o Instituto de Canonisas Regrantes de Nossa Senhora, para sem dedicarem à educação gratuita das meninas. (1640)
Elfrida ou Frida, Edite e Sabina, Santas
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:
Viveram no tempo da Heptarquia anglo-saxónica, quando havia ainda sete (hepta) reinos na Inglaterra (do VI ao IX século). Todas as três eram filhas de reis e todas as três, resolvidas a abraçar o estado religioso, se tinham recusado a aceitar os matrimónios que lhes eram apresentados. Juntas partiram a caminho de Roma onde contavam poder entrar no convento. Foi em França, não longe da costa, entre Saint-Omer e Cassel, numa floresta em que tinham parado para rezar, que foram apanhadas pelos três principes que elas não tinham querido, os quais as assassinaram.
10 Padres Mercedários Arnaldo de Querol, Raimondo Binezes, Pietro Serra, Guglielmo Pagesi, Giovanni de Mora, Bernardo de Collotorto, Lorenzo da Lorca, Sancio de Vaillo, Berengario Pic e Domenico de Ripparia, Beatos
Questi 10 Beati padri mercedari: Arnaldo de Querol, Raimondo Binezes, Pietro Serra, Guglielmo Pagesi, Giovanni de Mora, Bernardo de Collotorto, Lorenzo da Lorca, Sancio de Vaillo, Berengario Pic e Domenico de Ripparia, fecero onore alla Chiesa e all’Ordine Mercedario con la santità e le virtù della vita. La loro memoria ed il loro nome vivono in eterno ed essi godono delle delizie del paradiso nella gloria di Cristo Signore. L’Ordine li festeggia il 9 dicembre
Dall'ebraico "Hannah", Anna significa "pietà". Più donne bibliche portano questo nome; quella di cui parleremo oggi è una delle due mogli di Elkana lo Zufita. Essendo sterile, andata pellegrina al Tempio di Silo, una vallata tra Sichem e Rama, la località dove abitava, implora il Signore di renderla madre, facendo voto di offrigli la sua creatura per per tutti i giorni della sua vita" (I Sam 1,12). Ottenuta la grazia, Anna impone al figlio agognato uno splendido nome che fa capire trattarsi di una vera e propria consacrazione: Samuele in ebraico vuoi dire infatti "il nome (di Dio) è EI" (Shem-EI) ma collegato anche al fatto che la madre lo ha lungamente e insistentemente richiesto, tale sarebbe il significato poiché in ebraico "shal'al" è come dire "domandare", logicamente in questo caso al Signore, (I Sam, 1-20).
La nascita di Samuele (Sam 2,1-10) ispira ad Anna un cantico di ringraziamento che taluni hanno considerato il prototipo del Magnifìcat. Nel libro I di Samuele (2,1) leggiamo:
"Esulta il mio cuore nel Signore; per grazio del Signore si innalza la mia fronte. Si apre liberamente la mio bocca contro i miei nemici; perché io godo della vittoria che mi hai concesso. Non vi è alcuno santo come il Signore; perché non vi è alcuno fuori di lui; e non cè rocca come il nostro Dio. Non moltiplicate i discorsi superbi; dalla vostra bocca non escano arroganze; poiché il Signore è il Dio del sapere; e le opere sue sono rette. L'arco dei forti si è spezzato, ma i deboli sono stati rivestiti di vigore. Quei che erano sazi, per il pane andarono a giornata, mentre gli affamati hanno cessato di faticare. Colei che era sterile partorì sette figli e la madre di numerosa prole è sfiorita (...) Il Signore fa morire e vivere; conduce alla morte e ne richiama. Il Signore fa impoverire e arricchire, abbassa e anche esalta (...) Il Signore giudica i confini della terra; darà forza al suo re; ed eleverà la potenza del suo Messia".
Come costatiamo, c'è una certa analogia con il Magnificat di Maria, ma non pare possa esser messo sullo stesso piano del cantico esploso dall'animo di Maria Vergine Madre al sentire il saluto della cugina Elisabetta, quando dopo l'Annuncio dell'arcangelo Gabriele, si reca ad Ain Karim per portarle benedizione e aiuto.
Dopo avere svezzato il figlio, Anna grata al Signore e fedele al voto fatto, ritorna a Silo e consegnando il figlioletto nelle mani del sacerdote Eli, dice: "Per questo bambino ho pregato e il Signore mi ha concesso la grazia che gli ho chiesto. Per questo in cambio lo offro in dono al Signore per tutti i giorni della sua vita" (1 Sam 1, 27-28).
Così Samuele cresce nel servizio del Signore, che avendo sul ragazzo particolari disegni, lo segue con "voci" e inequivocabili "messaggi": il figlio della fedele Anna è destinato a essere un grande profeta. E non vi è lettore della Bibbia che non ricordi la descrizione, molto bella, della triplice chiamata divina durante la notte; Samuele la ritiene come suggerimento di Eli, il quale gli ricorda di rispondere, qualora il "fenomeno" si ripetesse per la terza volta: "Parla, Signore, perché il tuo servo ti ascolta". Ciò che difatti avviene.
Il giovane Samuele, sentendo che il Signore era con lui e chiamava lui non tralasciò di ascoltare e comprendere nessuna parola, perciò "acquistò autorità, e tutto Israele seppe che Samuele, da Dan fino a Bersabea, era stato costituito profeta dal Signore. In seguito Iddio, dopo che si era rivelato a Samuele in Silo, fece sì che quanto questi diceva giungesse a tutto Israele come parola del Signore" (I Sam 3, 19-21).
E Samuele fu riconosciuto come personaggio credibile e autorevole; fu ritenuto personaggio interessante e complesso per le funzioni che dovette ricoprire: non fu soltanto "profeta" bensì "giudice" e "guida" sicura per il suo popolo.
La storia di Samuele è importante soprattutto perché nel suo tempo (circa 1050-1000) Israele, era costretto a soffrire una fase storica quanto mai complicata mancando di una autentica guida politica nel suo interno, e si dibatteva in grandi difficoltà soprattutto all'esterno, per la minaccia dei popoli vicini, in modo speciale per le continue aggressioni da parte dei Filistei. Nello stesso tempo agiva soprattutto come profeta, mai stanco di trasmettere al popolo eletto il volere di Dio. Sicché non smetteva di ricordare che se si voleva la vittoria contro i Filistei, Israele e quanti lo guidavano dovevano assolutamente assegnare a Dio il "primato", di essere fedeli al loro unico vero Dio e respingere ogni tentazione di idolatria.
"Se è proprio di tutto cuore che voi tornate al Signore, eliminate da voi tutti gli dèi stranieri ... fate in modo che il vostro cuore sia indirizzato al Signore e seguite lui, lui solo, ed egli vi libererà dalle mani dei Filistei", (I Sam 7,3-5).
E così avviene.
Anna, una santa madre, ha avuto l'intuizione di volere un figlio non per sé ma per il Signore; e al Signore lo offre per tutta la vita. Anna ha visto giusto: dopo Samuele, avrà altri tre figli e due figlie (Sam 1, 20-21) ma sul primo, il Signore aveva disegni particolari. Sarà un grande profeta, e la sua azione risalterà specialmente durante il passaggio dal periodo dei Giudici a quello della Monarchia: è Samuele che ungerà i primi due re (Sam I 10,1-8; 16,1-13) ma di ciò parleremo quando tratteremo delle donne che hanno avuto importanza nella vita di Davide ed è lui che guiderà coloro che avranno il compito sociale di guidare il popolo.
Compiuta la sua missione, Samuele scompare dalla scena, e solo qualche tempo dopo si dà notizia della sua scomparsa: "Samuele morì e tutto Israele si radunò e lo pianse. Lo seppellirono presso la sua casa in Rama. Davide si alzò e scese al deserto di Paran" (I Sam 25-1).
La memoria di Samuele rimase viva in Israele, gli israeliti ne ebbero grande stima e continuarono a benedirlo, come si può leggere nel (Salmo 26,99-6 e in Geremia 15,1). Lo elogia pure il Siracide (46,13-20) collocandolo tra i grandi profeti del suo popolo: "Samuele, amato dal suo Signore, di cui fu profeta.
Lo ricorda anche il Nuovo Testamento, onorandolo come uno dei profeti che hanno preannunciato l'avvento del Messia. "I profeti a cominciare da Samuele e da quanti parlano di lui, in seguito annunciarono questi giorni" (At 3,24)
Ha ben meritato una pagina nel gran Libro, Anna, questa santa madre...
Dolores Broseta Bonet, Beata
Dolores Broseta Bonet nacque nel 1892 e fu educata dalle Figlie della Carità di Bétera, il suo paese natale, a una ventina di chilometri da Valencia. Le sue condizioni di salute non le permisero mai di entrare nella congregazione, perciò si dedicò alla cura e all’insegnamento dei bambini. Ma quando sua madre morì, nel 1925, andò a vivere in convento aiutando le suore come laica. Nonostante la salute cagionevole, Dolores serviva la comunità in tutti i modi poteva. Secondo i racconti di chi la conosceva, era una donna generosissima e buona. Quando il 21 di luglio del 1936 le suore furono cacciate dal convento, Dolores si rifugiò a casa dei suoi fratelli. Le religiose, invece, trovarono ospitalità in un appartamento in paese, ma agli inizi di agosto il comitato comunista ingiunse loro di allontanarsi da Bétera. La piccola comunità di cinque suore si spostò allora a Valencia, in una locanda, e Dolores si prodigò affinché non mancassero loro i viveri. Era lei che andava per le strade in cerca di modi per sopperire alle necessità delle religiose. Spesso faceva la spola tra Valencia e Bétera per fare arrivare alle “sorelle” il cibo raccolto dai tanti abitanti del paese che ancora nutrivano stima nei loro confronti.
Le cinque suore furono arrestate a Valencia i primi giorni di dicembre. Con loro i miliziani del Fronte popolare catturarono anche Dolores. Le donne furono portate nel seminario diocesano e il 9 di dicembre, all’una di notte, furono condotte al “Picadero de Paterna”, dove di solito assassinavano i sacerdoti e le religiose. Lì furono fucilate insieme ad altri trenta-quaranta cattolici. Prima di morire, nei mesi in cui rimasero nascoste, le Figlie della Carità non smisero mai di partecipare clandestinamente alla Messa quotidiana, e quando si trasferirono nel secondo rifugio, in mancanza di un sacerdote, si alzavano alle 4 di mattina per leggere il messale. All’arrivo dei repubblicani le suore capirono subito cosa sarebbe accaduto, e una di loro, suor Josefa, si girò verso le altre dicendo: «Andiamo a soffrire per Dio. Ora siamo nell’Orto dei Getsemani». La donna chiese ai carnefici di essere uccisa per ultima, così da poter incoraggiare le altre sorelle a non abiurare.
Pietro, Sucesso, Bassiano, Primitivo e companheiros, santos
L'attuale lezione del Martirologio Romano al 9 dic. è opera del Baronio, il quale prese Pietro e Successo dal Geronimiano raggruppandoli con Bassiano, Primitivo e compagni che attinse da altra ignota fonte. Infatti nel Martirologio Geronimiano alla stessa data si leggono questi nomi: Pietro, Successo, Turno (o Tonno, Tonino, o anche Basino), Puplicano (o anche Pugliciano o Publenzia o Publio) ed altri venti martiri. Su questi personaggi manca purtroppo ogni notizia.
Valéria de Limoges, Santa
Oggi il Calendario ci presenta tre nomi di donne, tre Sante, ognuna delle quali ha una figura chiara e ben individuata, se non nella storia, almeno nella leggenda.
La prima è Leucadia, vergine spagnola, Martire nella persecuzione di Diocleziano. Cadde a Toledo, e Toledo ancora l'onora Patrona.
La seconda è Gorgonia, che ha una qualifica insolita, anche se bellissima: Santa madre di famiglia. Madre di famiglia, così come altre sono Martiri, Vedove o Fondatrici. Madre di famiglia appartenente ella stessa ad una famiglia di Santi, quella che nel IV secolo, a Nazianzo, in Cappadocia, fiorì attorno a Gregorio il Vecchio, Santo, e a sua moglie Nonna, anch'ella Santa. Essi ebbero tre figli, e tutti e tre Santi: Gregorio il Giovane, famoso Dottore della Chiesa; Cesario, medico; e la primogenita Gorgonia.
Gorgonia seguì l'esempio di Santa Nonna, si sposò, ed ebbe tre figlie. Pare che si battezzasse soltanto a tarda età, come il fratello Cesario. Nonostante ciò, la sua vita fu di una virtù specchiata, di una pietà profonda; ed esemplare fu anche l'educazione impartita alle tre figliole.
Desiderò per lunghi anni il Sacramento che finalmente la fece cristiana, con una trepidazione e un ardore che ancora commuovono, ed il cui eco fu raccolto dal grande fratello Gregorio, quando, con mesto affetto, ne scrisse l’elogio funebre.
Oggi infine è festeggiata Valeria, anch'ella Martire, accanto al cui nome appare quello di un Santo francese, che visse a Limoges, in Francia. Si tratta di San Marziale, uno dei primi evangelizzatori delle Gallie. La tradizione lo fa vivere nel 1 secolo, e lo dice addirittura uno dei 72 discepoli che seguivano Gesù in Galilea, mentre, in realtà, è dei III secolo.
Di San Marziale, Santa Valeria non fu la sposa, ma piuttosto la figlia spirituale. Egli la convertì e versò l'acqua del Battesimo sul suo giovane capo e su quello, già grigio, della madre, Susanna. Susanna morì poco tempo dopo, lasciando al Vescovo Marziale molte ricchezze, terre e vigneti. Anche Valeria, fattasi cristiana, fece dono ai poveri della sua parte d'eredità e più che altro fece dono a Dio della propria verginità.
Torna il fidanzato dalla guerra, e Valeria, dice la tradizione, lo prega di dimenticare il suo affetto, confessando com'ella sia ormai promessa ad un altro e più potente Signore. Ma il geloso innamorato non le lascia terminare la spiegazione: trae la spada, e recide d'un colpo la testa della fanciulla.
Ed ecco, mentre la sua anima vola al cielo, il corpo di Valeria si rialza, raccoglie il capo mozzo, s'incammina, e va a deporlo ai piedi di San Marziale. Il fidanzato che vede ciò, si getta piangendo ai piedi del Vescovo, chiede perdono, compie un'amara penitenza, e finalmente anch’egli riceve il Battesimo. Si riunisce così, in una sorta di mistico fidanzamento, alla fanciulla amata e perduta.
Tale è la leggenda di Santa Valeria; Santa, però, non soltanto leggendaria, se le sue reliquie erano venerate, a Limoges e altrove, già prima del Mille. Santa non fantastica, ma realmente e compiutamente donna, che seppe amare e anche soffrire per amore terreno, e ancor più amare e morire di quell'Amore divino che è sempre corrisposto e privo di delusioni.
Vittore de Piacenza, Santo
Seguendo le congetture degli studiosi ed in mancanza di notizie certe, tenendo conto che s. Vittore fu vescovo di Piacenza, subito prima di san Savino, il quale governò la diocesi dal 376, si può dedurre che egli nacque verso l’anno 300 e iniziò il suo ministero episcopale nel 322, quindi abbastanza giovane, ma non era una novità per quei tempi.
Il più antico documento, che lo ricorda come primo vescovo di Piacenza, è un codice membranaceo, che lo definisce “confessoris episcopi”, il quale si trova nell’archivio piacentino di S. Antonino.
Vittore fece costruire fuori le mura della città, la chiesa che fece intitolare al martire s. Vittore e che successivamente si chiamò di S. Antonino martire, in omaggio al patrono della città. Seguendo la notizia, che l’imperatore Costantino diede aiuti concreti al vescovo Vittore, per la costruzione della chiesa, l’edificazione della stessa si può farla risalire al 325-337, quando Costantino, scomparso Licinio, governò da solo.
Vittore sarebbe stato presente al Concilio di Nicea del 325, al Sinodo di Roma del 324 ed a quello di Milano del 355 e inoltre al Concilio di Roma del 372, in cui sottoscrisse la lettera sinodica inviata dai vescovi d’Occidente ai vescovi d’Oriente, per mano del diacono Savino, che diverrà poi vescovo di Piacenza e successore di Vittore.
Combatté contro gli ariani che dilagavano nella vicina Milano, protetti dal vescovo Assenzio; si recò a Milano nel 374, per la consacrazione episcopale di s. Ambrogio. Lo stesso s. Ambrogio lodò l’opera apostolica di s. Vittore, dopo la sua scomparsa, sottolineando la sconfitta del paganesimo e l’entusiasmo con cui molte fanciulle piacentine, sceglievano di andare a Milano per condurre una vita di verginità.
Secondo antichi testi liturgici, risalenti al secolo X, Vittore morì a Piacenza dopo un lungo episcopato, il 7 dicembre 375 ca., giorno in cui poi venne celebrato; desiderò di essere sepolto nella chiesa da lui innalzata e nella quale il suo successore depose le reliquie di s. Antonino; nella stessa urna furono deposte anche quelle di s. Vittore.
I due santi da quel periodo ebbero un culto comune, sebbene quello per s. Antonino, essendo martire, fosse più antico. La basilica fu ricostruita intorno all’anno 1000, dal vescovo Sigifredo dopo che fu semidistrutta dai barbari invasori.
Sono state effettuate in tutti i secoli successivi, fino ai nostri giorni, molte ricognizioni delle reliquie, in occasione delle visite pastorali dei vescovi piacentini e nel 1879 esse furono sottoposte ad un’accurata esplorazione scientifica.
Nella seconda metà del Novecento la sua festa è stata spostata al 9 dicembre, forse per la concomitanza della ricorrenza al 7 dicembre della festa di s. Ambrogio, patrono della vicina metropoli milanese.
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Desde o dia 1 de Janeiro que venho colocando aqui os meus Votos de um Bom Ano de 2016.
Como já estamos em Dezembro, pelo que o Ano se aproxima do seu fim velozmente, passo a desejar
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UM BOM resto do ANO DE 2016
e
Um BOM NATAL DE 2016
(... mas mesmo muito BOM...)
e
Um BOM NATAL DE 2016
(... mas mesmo muito BOM...)
Nº 2963 - (344-2016)
9 de DEZEMBRO de 2016
SANTOS DE CADA DIA
10º A N O
LOUVADO SEJA PARA SEMPRE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
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Comemorar e lembrar
os Santos de cada dia,
é dever de todo o Católico,
assim como procurar seguir os seus exemplos
os Santos de cada dia,
é dever de todo o Católico,
assim como procurar seguir os seus exemplos
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João Diogo Cuauhtlatoatzin, Santo
São JOÃO DIOGO CUAUHTLATOATZIN, de origem indígena, homem de fé puríssima, que, pela sua humildade e fervor, conseguiu que se edificasse um santuário em honra de Nossa Senhora de Guadalupe, na colina de Tepeyac, perto da cidade do México, onde ela lhe tinha aparecido e ele descansou no Senhor. (1548)
Leocádia de Toledo, Santa
Em Toledo, na Hispânia, santa LEOCÁDIA virgem e mártir, insigne pelo testemunho da fé em Cristo. (304)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Na oração da Missa desta Santa, assim pede a Igreja de Toledo: «Senhor, pedimos-vos ser ajudados pelos méritos e súplicas da Bem-aventurada LEOCÁDIA, vossa virgem e mártir, para nos vermos livres do cárcere eterno, pelo patrocínio daquela que, por confessar o vosso nome, sofreu o cárcere e morte». E com maior concisão dizia a antiga liturgia espanhola: «Foi interrogada, confessou; atormentaram-na e Deus concedeu-lhe a Coroa». Nisto se condensa tudo o que sabemos do martírio desta virgem toledana, tão honrada pela Igreja visigoda.
Tinha nascido em Toledo, de pais nobres e cristãos. Nos círculos pagãos da cidade era conhecida, pois, logo que chegou Daciano com ordens de acabar com os cristãos, indicaram-lhe imediatamente o nome de LEOCÁDIA. dela fizeram notar a nobreza, a formosura e a juventude, mas sobretudo o fervor religioso. O tirano mandou-a comparecer, certo de que renegaria a fé pelos afagos e promessas, ou pelas ameaças e tormentos.
Sendo a religião cristã de gente pobre, de escravos e plebeus, como podia uma jovem rica e nobre pertencer a ela? Assim Daciano verberou LEOCÁDIA, mas ela ripostou-lhe que toda a sua glória se resumia em adorar a Cristo e que por nada abandonaria a sua fé. Estava disposta a morrer como o seu Mestre. Desta resolução ninguém a apartaria no mundo.
O tormento era a resposta comum dos tiranos e a nossa Santa foi sujeita aos açoites. Pingava sangue em todo o seu corpo e o pudor virginal cobria-se duma túnica roxa, ao mesmo tempo que o rosto se iluminava com júbilo e paz celestial. Mais forte do que as varas e os lictores, continuou ela a proclamar a sua fé de cristã.
Retiraram-na e encerraram-na num calaboiço para que as suas feridas cicatrizassem e ela estivesse preparada para novas torturas. Choravam os cristãos ao ver aquele corpo inocente despedaçado pelos látegos, sulcado de contusões, aberto pelas feridas e deformado pelo furor e forças das varas. A mártir consolava-se, porque as suas feridas eram outras tantas portas abertas para que através delas saísse mais depressa a alma.
Na cadeia, soube da morte dolorosíssima de EULÁLIA DE MÉRIDA: com as unhas fez uma cruz na parede e diante dela, abrasada de aceso amor de Cristo, expirou a 9 de Dezembro do ano de 304, na perseguição de Diocleciano. as rosas de sangue, com os lírios brancos da virgindade, velaram-lhe o corpo sagrado.
Os cristãos toledanos muito depressa lhe dedicaram três templos: um na casa onde tinha nascido, outro onde esteve presa e o terceiro no local da sepultura. O último foi a célebre igreja de Santa Leocádia, sede dos grandes Concílios de Toledo.
Deus honrou-a depois de morta com múltiplos milagres, pregoeiros da sua glória e santidade. O mais célebre realizou-se no seu túmulo. Oravam diante dele as duas personagens mais influentes então em Toledo:; o seu arcebispo e o seu rei, Santo ILDEFONSO e Recesvinto, rei dos Visigodos (falecido em 672). de repente, levantou-se a lousa que estava sobre os sagrados despojos da virgem e apareceu Santa LEOCÁDIA vestida de extenso manto imortal. Vinha felicitar e alentar o grande devoto da Mãe de Deus e defensor infatigável da sua virgindade-. A tradição acrescente que o santo, com o punhal que o rei trazia, cortou uma ponta do manto da virgem, preciosa relíquia que ainda hoje mostram no tesouro da Sé de Toledo.
Siro de Pavia, Santo
Em Pavia, na Ligúria, hoje Lombardia, Itália São SIRO primeiro bispo desta cidade, (séc. IV)
Gorgónia de Nazianzo, Santa
Em Nazianzo, na Capadócia, hoje na Turquia, santa GORGÓNIA mãe de família que foi filha de Santa NONA e irmã de São GREGÓRIO o TEÓLOGO e de São CESÁRIO; o próprio São GREGÓRIO escreveu soba as sua virtudes. (370)
Cipriano de Genouillac, Santo
No mosteiro de Genouillac, junto de Périgueux, na Gália, hoje França, São CIPRIANO abade ilustre pela dedicação aos enfermos. (séc. VI)
Simão Takeda Gohyoe, Joana Takeda,
Inês Takeda, Madalena Minami e
Luís Minami, Beatos
Inês Takeda, Madalena Minami e
Luís Minami, Beatos
Em Yatshushiro, no Japão, os beatos SIMÃO TAKEDA GOHYOE, JOANA TAKEDA, INÊS TAKEDA, MADALENA MINAMI e LUÍS MINAMI mártires. (1603)
Libório Wagner, Beato
Junto ao Rio Meno, na Baviera, Alemanha, o beato LIBÓRIO WAGNER presbitero e mártir, homem de exímia caridade, que coroou com o derramamento do seu sangue a assistência pastoral, tanto de católicos como de irmãos separados. (1631)
Pedro Fourier, Santo
Em Gray, na Borgonha, França, onde se tinha acolhido ao ser exilado, o passamento de São PEDRO FOURIER presbitero que escolheu para seu ministério e cuidou admiravelmente a paróquia paupérrima de Mattaincourt, na Lorena, restaurou os Cónegos Regrantes do Nosso Salvador e fundou o Instituto de Canonisas Regrantes de Nossa Senhora, para sem dedicarem à educação gratuita das meninas. (1640)
Bernardo Maria de Jesus
(César Silvestrélli), Beato
(César Silvestrélli), Beato
Em Moricone, na Sabina, hoje no Lácio, Itália, o beato BERNARDO MARIA DE JESUS (César Silvestrélli) presbitero da Congregação da Paixão que, eleito para superior geral, se empenhou diligentemente no seu incremento e difusão. (1911)
José Ferrer Esteve, Beato
Em Llombay, Valência, Espanha, o beato JOSÉ FERRER ESTEVE presbitero da Ordem dos Cónegos Regrantes das Escolas Pias e mártir, que foi fuzilado em ódio ao sacerdócio. (1936)
Recaredo de Los Rios Fabregat,
Julião Rodriguez Sánchez e
José Giménez López, Beatos
Julião Rodriguez Sánchez e
José Giménez López, Beatos
Em Picadero de La Paterna, Valência, Espanha, os beatos RECAREDO DE LOS RIOS FABREGAT, JULIÃO RODRÍGUEZ SÁNCHEZ e JOSÉ GIMÉNEZ LÓPEZ presbiteros da Sociedade Salesiana e mártires que, durante a perseguição contra a fé, consumaram gloriosamente o combate por Cristo. (1936)
Agápio José (José Luís Carreras Comas, Beato
Em Barcelona, Espanha, o Beato AGÁPIO JOSÉ (José Luís Carreras Comas), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. (1936)
Elfrida ou Frida, Edite e Sabina, Santas
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:
Viveram no tempo da Heptarquia anglo-saxónica, quando havia ainda sete (hepta) reinos na Inglaterra (do VI ao IX século). Todas as três eram filhas de reis e todas as três, resolvidas a abraçar o estado religioso, se tinham recusado a aceitar os matrimónios que lhes eram apresentados. Juntas partiram a caminho de Roma onde contavam poder entrar no convento. Foi em França, não longe da costa, entre Saint-Omer e Cassel, numa floresta em que tinham parado para rezar, que foram apanhadas pelos três principes que elas não tinham querido, os quais as assassinaram.
... e, A i n d a ...
10 Padres Mercedários Arnaldo de Querol, Raimondo Binezes, Pietro Serra, Guglielmo Pagesi, Giovanni de Mora, Bernardo de Collotorto, Lorenzo da Lorca, Sancio de Vaillo, Berengario Pic e Domenico de Ripparia, Beatos
Questi 10 Beati padri mercedari: Arnaldo de Querol, Raimondo Binezes, Pietro Serra, Guglielmo Pagesi, Giovanni de Mora, Bernardo de Collotorto, Lorenzo da Lorca, Sancio de Vaillo, Berengario Pic e Domenico de Ripparia, fecero onore alla Chiesa e all’Ordine Mercedario con la santità e le virtù della vita. La loro memoria ed il loro nome vivono in eterno ed essi godono delle delizie del paradiso nella gloria di Cristo Signore. L’Ordine li festeggia il 9 dicembre
Agostinho de Revenga, Beato
Discendente da un'illustre famiglia, il Beato
Agostino de Revenga, fu molto più illustre nell'Ordine Mercedario per la
sua opera e le virtù della vita religiosa. Nel convento dell'Immacolata
Concezione di Alcalà in Spagna, fu famoso dottore in Sacra Teologia e
rettore dello stesso collegio dal 1545 fino alla morte. Grande
penitente, digiunò quasi tutti i giorni astenendosi dalla carne per
tutta la sua vita, dormiva in terra e passava quasi tutta la notte in
orazione e contemplazione portando sempre un cilicio. Morì santamente
nel 1569 ed il suo corpo fu sepolto nella chiesa dello stesso convento.
L'Ordine lo festeggia il 9 dicembre..
L'Ordine lo festeggia il 9 dicembre..
Ana, Santa
(mãe de Samuel)
(mãe de Samuel)
Dall'ebraico "Hannah", Anna significa "pietà". Più donne bibliche portano questo nome; quella di cui parleremo oggi è una delle due mogli di Elkana lo Zufita. Essendo sterile, andata pellegrina al Tempio di Silo, una vallata tra Sichem e Rama, la località dove abitava, implora il Signore di renderla madre, facendo voto di offrigli la sua creatura per per tutti i giorni della sua vita" (I Sam 1,12). Ottenuta la grazia, Anna impone al figlio agognato uno splendido nome che fa capire trattarsi di una vera e propria consacrazione: Samuele in ebraico vuoi dire infatti "il nome (di Dio) è EI" (Shem-EI) ma collegato anche al fatto che la madre lo ha lungamente e insistentemente richiesto, tale sarebbe il significato poiché in ebraico "shal'al" è come dire "domandare", logicamente in questo caso al Signore, (I Sam, 1-20).
La nascita di Samuele (Sam 2,1-10) ispira ad Anna un cantico di ringraziamento che taluni hanno considerato il prototipo del Magnifìcat. Nel libro I di Samuele (2,1) leggiamo:
"Esulta il mio cuore nel Signore; per grazio del Signore si innalza la mia fronte. Si apre liberamente la mio bocca contro i miei nemici; perché io godo della vittoria che mi hai concesso. Non vi è alcuno santo come il Signore; perché non vi è alcuno fuori di lui; e non cè rocca come il nostro Dio. Non moltiplicate i discorsi superbi; dalla vostra bocca non escano arroganze; poiché il Signore è il Dio del sapere; e le opere sue sono rette. L'arco dei forti si è spezzato, ma i deboli sono stati rivestiti di vigore. Quei che erano sazi, per il pane andarono a giornata, mentre gli affamati hanno cessato di faticare. Colei che era sterile partorì sette figli e la madre di numerosa prole è sfiorita (...) Il Signore fa morire e vivere; conduce alla morte e ne richiama. Il Signore fa impoverire e arricchire, abbassa e anche esalta (...) Il Signore giudica i confini della terra; darà forza al suo re; ed eleverà la potenza del suo Messia".
Come costatiamo, c'è una certa analogia con il Magnificat di Maria, ma non pare possa esser messo sullo stesso piano del cantico esploso dall'animo di Maria Vergine Madre al sentire il saluto della cugina Elisabetta, quando dopo l'Annuncio dell'arcangelo Gabriele, si reca ad Ain Karim per portarle benedizione e aiuto.
Dopo avere svezzato il figlio, Anna grata al Signore e fedele al voto fatto, ritorna a Silo e consegnando il figlioletto nelle mani del sacerdote Eli, dice: "Per questo bambino ho pregato e il Signore mi ha concesso la grazia che gli ho chiesto. Per questo in cambio lo offro in dono al Signore per tutti i giorni della sua vita" (1 Sam 1, 27-28).
Così Samuele cresce nel servizio del Signore, che avendo sul ragazzo particolari disegni, lo segue con "voci" e inequivocabili "messaggi": il figlio della fedele Anna è destinato a essere un grande profeta. E non vi è lettore della Bibbia che non ricordi la descrizione, molto bella, della triplice chiamata divina durante la notte; Samuele la ritiene come suggerimento di Eli, il quale gli ricorda di rispondere, qualora il "fenomeno" si ripetesse per la terza volta: "Parla, Signore, perché il tuo servo ti ascolta". Ciò che difatti avviene.
Il giovane Samuele, sentendo che il Signore era con lui e chiamava lui non tralasciò di ascoltare e comprendere nessuna parola, perciò "acquistò autorità, e tutto Israele seppe che Samuele, da Dan fino a Bersabea, era stato costituito profeta dal Signore. In seguito Iddio, dopo che si era rivelato a Samuele in Silo, fece sì che quanto questi diceva giungesse a tutto Israele come parola del Signore" (I Sam 3, 19-21).
E Samuele fu riconosciuto come personaggio credibile e autorevole; fu ritenuto personaggio interessante e complesso per le funzioni che dovette ricoprire: non fu soltanto "profeta" bensì "giudice" e "guida" sicura per il suo popolo.
La storia di Samuele è importante soprattutto perché nel suo tempo (circa 1050-1000) Israele, era costretto a soffrire una fase storica quanto mai complicata mancando di una autentica guida politica nel suo interno, e si dibatteva in grandi difficoltà soprattutto all'esterno, per la minaccia dei popoli vicini, in modo speciale per le continue aggressioni da parte dei Filistei. Nello stesso tempo agiva soprattutto come profeta, mai stanco di trasmettere al popolo eletto il volere di Dio. Sicché non smetteva di ricordare che se si voleva la vittoria contro i Filistei, Israele e quanti lo guidavano dovevano assolutamente assegnare a Dio il "primato", di essere fedeli al loro unico vero Dio e respingere ogni tentazione di idolatria.
"Se è proprio di tutto cuore che voi tornate al Signore, eliminate da voi tutti gli dèi stranieri ... fate in modo che il vostro cuore sia indirizzato al Signore e seguite lui, lui solo, ed egli vi libererà dalle mani dei Filistei", (I Sam 7,3-5).
E così avviene.
Anna, una santa madre, ha avuto l'intuizione di volere un figlio non per sé ma per il Signore; e al Signore lo offre per tutta la vita. Anna ha visto giusto: dopo Samuele, avrà altri tre figli e due figlie (Sam 1, 20-21) ma sul primo, il Signore aveva disegni particolari. Sarà un grande profeta, e la sua azione risalterà specialmente durante il passaggio dal periodo dei Giudici a quello della Monarchia: è Samuele che ungerà i primi due re (Sam I 10,1-8; 16,1-13) ma di ciò parleremo quando tratteremo delle donne che hanno avuto importanza nella vita di Davide ed è lui che guiderà coloro che avranno il compito sociale di guidare il popolo.
Compiuta la sua missione, Samuele scompare dalla scena, e solo qualche tempo dopo si dà notizia della sua scomparsa: "Samuele morì e tutto Israele si radunò e lo pianse. Lo seppellirono presso la sua casa in Rama. Davide si alzò e scese al deserto di Paran" (I Sam 25-1).
La memoria di Samuele rimase viva in Israele, gli israeliti ne ebbero grande stima e continuarono a benedirlo, come si può leggere nel (Salmo 26,99-6 e in Geremia 15,1). Lo elogia pure il Siracide (46,13-20) collocandolo tra i grandi profeti del suo popolo: "Samuele, amato dal suo Signore, di cui fu profeta.
Lo ricorda anche il Nuovo Testamento, onorandolo come uno dei profeti che hanno preannunciato l'avvento del Messia. "I profeti a cominciare da Samuele e da quanti parlano di lui, in seguito annunciarono questi giorni" (At 3,24)
Ha ben meritato una pagina nel gran Libro, Anna, questa santa madre...
Dolores Broseta Bonet, Beata
Dolores Broseta Bonet nacque nel 1892 e fu educata dalle Figlie della Carità di Bétera, il suo paese natale, a una ventina di chilometri da Valencia. Le sue condizioni di salute non le permisero mai di entrare nella congregazione, perciò si dedicò alla cura e all’insegnamento dei bambini. Ma quando sua madre morì, nel 1925, andò a vivere in convento aiutando le suore come laica. Nonostante la salute cagionevole, Dolores serviva la comunità in tutti i modi poteva. Secondo i racconti di chi la conosceva, era una donna generosissima e buona. Quando il 21 di luglio del 1936 le suore furono cacciate dal convento, Dolores si rifugiò a casa dei suoi fratelli. Le religiose, invece, trovarono ospitalità in un appartamento in paese, ma agli inizi di agosto il comitato comunista ingiunse loro di allontanarsi da Bétera. La piccola comunità di cinque suore si spostò allora a Valencia, in una locanda, e Dolores si prodigò affinché non mancassero loro i viveri. Era lei che andava per le strade in cerca di modi per sopperire alle necessità delle religiose. Spesso faceva la spola tra Valencia e Bétera per fare arrivare alle “sorelle” il cibo raccolto dai tanti abitanti del paese che ancora nutrivano stima nei loro confronti.
Le cinque suore furono arrestate a Valencia i primi giorni di dicembre. Con loro i miliziani del Fronte popolare catturarono anche Dolores. Le donne furono portate nel seminario diocesano e il 9 di dicembre, all’una di notte, furono condotte al “Picadero de Paterna”, dove di solito assassinavano i sacerdoti e le religiose. Lì furono fucilate insieme ad altri trenta-quaranta cattolici. Prima di morire, nei mesi in cui rimasero nascoste, le Figlie della Carità non smisero mai di partecipare clandestinamente alla Messa quotidiana, e quando si trasferirono nel secondo rifugio, in mancanza di un sacerdote, si alzavano alle 4 di mattina per leggere il messale. All’arrivo dei repubblicani le suore capirono subito cosa sarebbe accaduto, e una di loro, suor Josefa, si girò verso le altre dicendo: «Andiamo a soffrire per Dio. Ora siamo nell’Orto dei Getsemani». La donna chiese ai carnefici di essere uccisa per ultima, così da poter incoraggiare le altre sorelle a non abiurare.
Pietro, Sucesso, Bassiano, Primitivo e companheiros, santos
L'attuale lezione del Martirologio Romano al 9 dic. è opera del Baronio, il quale prese Pietro e Successo dal Geronimiano raggruppandoli con Bassiano, Primitivo e compagni che attinse da altra ignota fonte. Infatti nel Martirologio Geronimiano alla stessa data si leggono questi nomi: Pietro, Successo, Turno (o Tonno, Tonino, o anche Basino), Puplicano (o anche Pugliciano o Publenzia o Publio) ed altri venti martiri. Su questi personaggi manca purtroppo ogni notizia.
Valéria de Limoges, Santa
Oggi il Calendario ci presenta tre nomi di donne, tre Sante, ognuna delle quali ha una figura chiara e ben individuata, se non nella storia, almeno nella leggenda.
La prima è Leucadia, vergine spagnola, Martire nella persecuzione di Diocleziano. Cadde a Toledo, e Toledo ancora l'onora Patrona.
La seconda è Gorgonia, che ha una qualifica insolita, anche se bellissima: Santa madre di famiglia. Madre di famiglia, così come altre sono Martiri, Vedove o Fondatrici. Madre di famiglia appartenente ella stessa ad una famiglia di Santi, quella che nel IV secolo, a Nazianzo, in Cappadocia, fiorì attorno a Gregorio il Vecchio, Santo, e a sua moglie Nonna, anch'ella Santa. Essi ebbero tre figli, e tutti e tre Santi: Gregorio il Giovane, famoso Dottore della Chiesa; Cesario, medico; e la primogenita Gorgonia.
Gorgonia seguì l'esempio di Santa Nonna, si sposò, ed ebbe tre figlie. Pare che si battezzasse soltanto a tarda età, come il fratello Cesario. Nonostante ciò, la sua vita fu di una virtù specchiata, di una pietà profonda; ed esemplare fu anche l'educazione impartita alle tre figliole.
Desiderò per lunghi anni il Sacramento che finalmente la fece cristiana, con una trepidazione e un ardore che ancora commuovono, ed il cui eco fu raccolto dal grande fratello Gregorio, quando, con mesto affetto, ne scrisse l’elogio funebre.
Oggi infine è festeggiata Valeria, anch'ella Martire, accanto al cui nome appare quello di un Santo francese, che visse a Limoges, in Francia. Si tratta di San Marziale, uno dei primi evangelizzatori delle Gallie. La tradizione lo fa vivere nel 1 secolo, e lo dice addirittura uno dei 72 discepoli che seguivano Gesù in Galilea, mentre, in realtà, è dei III secolo.
Di San Marziale, Santa Valeria non fu la sposa, ma piuttosto la figlia spirituale. Egli la convertì e versò l'acqua del Battesimo sul suo giovane capo e su quello, già grigio, della madre, Susanna. Susanna morì poco tempo dopo, lasciando al Vescovo Marziale molte ricchezze, terre e vigneti. Anche Valeria, fattasi cristiana, fece dono ai poveri della sua parte d'eredità e più che altro fece dono a Dio della propria verginità.
Torna il fidanzato dalla guerra, e Valeria, dice la tradizione, lo prega di dimenticare il suo affetto, confessando com'ella sia ormai promessa ad un altro e più potente Signore. Ma il geloso innamorato non le lascia terminare la spiegazione: trae la spada, e recide d'un colpo la testa della fanciulla.
Ed ecco, mentre la sua anima vola al cielo, il corpo di Valeria si rialza, raccoglie il capo mozzo, s'incammina, e va a deporlo ai piedi di San Marziale. Il fidanzato che vede ciò, si getta piangendo ai piedi del Vescovo, chiede perdono, compie un'amara penitenza, e finalmente anch’egli riceve il Battesimo. Si riunisce così, in una sorta di mistico fidanzamento, alla fanciulla amata e perduta.
Tale è la leggenda di Santa Valeria; Santa, però, non soltanto leggendaria, se le sue reliquie erano venerate, a Limoges e altrove, già prima del Mille. Santa non fantastica, ma realmente e compiutamente donna, che seppe amare e anche soffrire per amore terreno, e ancor più amare e morire di quell'Amore divino che è sempre corrisposto e privo di delusioni.
Vittore de Piacenza, Santo
Seguendo le congetture degli studiosi ed in mancanza di notizie certe, tenendo conto che s. Vittore fu vescovo di Piacenza, subito prima di san Savino, il quale governò la diocesi dal 376, si può dedurre che egli nacque verso l’anno 300 e iniziò il suo ministero episcopale nel 322, quindi abbastanza giovane, ma non era una novità per quei tempi.
Il più antico documento, che lo ricorda come primo vescovo di Piacenza, è un codice membranaceo, che lo definisce “confessoris episcopi”, il quale si trova nell’archivio piacentino di S. Antonino.
Vittore fece costruire fuori le mura della città, la chiesa che fece intitolare al martire s. Vittore e che successivamente si chiamò di S. Antonino martire, in omaggio al patrono della città. Seguendo la notizia, che l’imperatore Costantino diede aiuti concreti al vescovo Vittore, per la costruzione della chiesa, l’edificazione della stessa si può farla risalire al 325-337, quando Costantino, scomparso Licinio, governò da solo.
Vittore sarebbe stato presente al Concilio di Nicea del 325, al Sinodo di Roma del 324 ed a quello di Milano del 355 e inoltre al Concilio di Roma del 372, in cui sottoscrisse la lettera sinodica inviata dai vescovi d’Occidente ai vescovi d’Oriente, per mano del diacono Savino, che diverrà poi vescovo di Piacenza e successore di Vittore.
Combatté contro gli ariani che dilagavano nella vicina Milano, protetti dal vescovo Assenzio; si recò a Milano nel 374, per la consacrazione episcopale di s. Ambrogio. Lo stesso s. Ambrogio lodò l’opera apostolica di s. Vittore, dopo la sua scomparsa, sottolineando la sconfitta del paganesimo e l’entusiasmo con cui molte fanciulle piacentine, sceglievano di andare a Milano per condurre una vita di verginità.
Secondo antichi testi liturgici, risalenti al secolo X, Vittore morì a Piacenza dopo un lungo episcopato, il 7 dicembre 375 ca., giorno in cui poi venne celebrato; desiderò di essere sepolto nella chiesa da lui innalzata e nella quale il suo successore depose le reliquie di s. Antonino; nella stessa urna furono deposte anche quelle di s. Vittore.
I due santi da quel periodo ebbero un culto comune, sebbene quello per s. Antonino, essendo martire, fosse più antico. La basilica fu ricostruita intorno all’anno 1000, dal vescovo Sigifredo dopo che fu semidistrutta dai barbari invasori.
Sono state effettuate in tutti i secoli successivi, fino ai nostri giorni, molte ricognizioni delle reliquie, in occasione delle visite pastorali dei vescovi piacentini e nel 1879 esse furono sottoposte ad un’accurata esplorazione scientifica.
Nella seconda metà del Novecento la sua festa è stata spostata al 9 dicembre, forse per la concomitanza della ricorrenza al 7 dicembre della festa di s. Ambrogio, patrono della vicina metropoli milanese.
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Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.
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MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e
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