Caros amigos:
NOVO ANO - NOVA VIDA
Como já o afirmei, no passado dia 1, iniciei uma nova página (nº 3) na qual vou tentar transcrever através do livro O Papado - 2000 Anos de História, da autoria de Mendonça Ferreira e editado em Março de 2009 pelo Círculo de Leitores.
Esta recolha de textos será feita literalmente por mim próprio, pela ordem que se encontra no livro, desde PEDRO (São) até ao actual Papa FRANCISCO.
Diariamente pois, serão publicadas normalmente 10 destas biografias - dependendo se podem ser mais ou menos - mediante o tamanho dos textos. Desde já, chamo a atenção para o facto de, por exemplo, a biografia de JOÃO PAULO II é muito longa, pelo que na devida altura apenas essa será publicada, e, possivelmente haverá outros casos.
Espero que Deus me permita completar este trabalho a que decidi meter mãos...
Esta recolha de textos será feita literalmente por mim próprio, pela ordem que se encontra no livro, desde PEDRO (São) até ao actual Papa FRANCISCO.
Diariamente pois, serão publicadas normalmente 10 destas biografias - dependendo se podem ser mais ou menos - mediante o tamanho dos textos. Desde já, chamo a atenção para o facto de, por exemplo, a biografia de JOÃO PAULO II é muito longa, pelo que na devida altura apenas essa será publicada, e, possivelmente haverá outros casos.
Espero que Deus me permita completar este trabalho a que decidi meter mãos...
Foto actual do autor
Nº 3 3 4 2 - (3)
3 de JANEIRO de 2018
Texto do livro
O PAPADO - 2000 Anos de História,
do Círculo de Leitores - 2009
e compilado por Mendonça Ferreira
CORNÉLIO - Santo
Papa desde o ano 251 até ao ano 253
XXI Papa
SÍNTESE
Nasceu em Roma. Era presbitero romano. Morreu no desterro em Centumcelae, Civitavecchia, em 14 de Setembro de 253. Tem a sua festa a 16 de Setembro.
HISTÓRIA
As perseguições ordenadas por Décio foram de tal ordem que só 14 meses depois da morte de São FABIÃO se conseguiu eleger São CORNÉLIO, em 21 de Março de 251.
Foi um pontificado curto, de apenas 15 meses, e muito agitado, pois nele surgiria o segundo Anti-Papa declarado. NOVACIANO, que se opôs à eleição de São CORNÉLIO e se fez sagrar por 3 Bispos italianos dissidentes.
São CORNÉLIO era conhecido pela sua grande bondade para com os apóstatas. Durante a perseguição de Décio e Novaciano pretendia que a Igreja fosse constituída por um grupo de puros e não facilitasse o perdão aos pecadores, principalmente os caídos na idolatria ou apostasia.
São CORNÉLIO reagiu a essa ousadia do Anti-papa e num sínodo, realizado em Roma, que reuniu 60 Bispos, anatematiza Novaciano, tendo o apoio do Bispo de Cartago, São CIPRIANO.
Pouco depois o imperador Galo, com a acusação de que os cristãos eram os responsáveis pela peste que flagelava o povo intensificou as perseguições.
Ainda antes do desterro para Centumcelae, São CORNÉLIO comunicou que a comunidade romana, em 253, contava além dos bispos, com 46 sacerdotes, 7 diáconos, 7 subdiáconos, 42 acólitos, 52 leitores e socorria 1500 viúvas e indigentes, o que pressupõe uma comunidade de cerca de 30 000 fiéis o que era muito importante.
Morreu no desterro em 14 de Setembro de 253 e está sepultado em Santa Maria de Trastevere, Roma.
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NOVACIANO - Anti-Papa
Anti-Papa no ano 251
II Anti-Papa
SÍNTESE
Era Padre da Igreja romana. Escritor da Igreja e fundador da heresia dos Novacianos, doutrina que contradiz uma verdade revelada por Deus.
HISTÓRIA
Escritor de grande talento, a sua obra principal é De Trinitate (Sobre a Santíssima Trindade); escreveu também o primeiro tratado de teologia em língua latina.
Quando São CORNÉLIO foi eleito pelo clero romano. Novaciano fez-se consagrar por 3 Bispos italianos dissidentes. Constituindo-se como Anti-papa (251), o segundo da história da Igreja. Para esta acção, teve a ajuda de Novato, um padre africano que tinha ido a Roma para evitar a sua condenação em Cartago, tentando enganar São CORNÉLIO e o seu conselheiro São CIPRIANO. Ao ver que nada conseguia, juntou-se à aventura de Novaciano.
Novaciano censurava a benevolência com a que CORNÉLIO encarava os lapsi, isto é, os cristãos que haviam renegado a sua fé durante as perseguições, e pretendia que a Igreja fosse apenas constituída por um grupo selecto de puros.
Também São CIPRIANO, bispo de Cartago, condena o Novacianismo e apoia São CORNÉLIO, acabando com a aventura do Anti-papa.
Da sua vida posterior pouco se sabe, supondo-se que tena morrido mártir em 258.
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LÚCIO I - Santo
Papa desde o ano 253 até ao ano 254
XXII Papa
SÍNTESE
Nasceu em Roma. Morreu em 4 de Março de 254. Tem a sua festa a 4 de Março.
HISTÓRIA
Eleito em 25 de Junho de 253, teve um pontificado muito curto, cerca de 9 meses.
Desterrado para a Sardenha, como o seu antecessor São CORNÉLIO, voltou a Roma a seguir à morte do imperador Galo.
LÚCIO I morreu poucos meses depois, de morte natural, dado que o imperador Valeriano se mostrava condescendente com os cristãos.
Tomou duas decisões que se recordam: proibiu que homens e mulheres que não fossem do mesmo sangue coabitassem e declarou ilícito que os eclesiásticos convivessem com as diaconisas, embora estas os acolhessem por razões de caridade.
Ordenou também que o pontífice, nas suas viagens, fosse acompanhado por 3 diáconos e 2 sacerdotes, pelo menos.
Segundo São CIPRIANO deixou escrito, São LÚCIO condenou ops hereges Novacianos que se recusavam a dar a absolvição e a comunhão aos pecadores arrependidos. Ao morrer o seu corpo foi sepultado no Cemitério de São Calisto, onde se encontrou uma lápide sepulcral com o seu nome. Actualmente, os seus restos mortais estão na Igreja de Santa Cecília em Roma e algumas das suas relíquias em Bolonha.
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ESTÊVÃO I - Santo
Papa desde o ano 254 até ao ano 257
XXIII Papa
SÍNTESE
Nasceu em Roma filho de um cidadão romano da familia dos Júlios. Era arcediago do papa São LINO. Morreu em Roma, a 2 de Agosto de 257 e está sepultado na cripta papal do Cemitério de São CALISTO.Tem a sua festa a 2 de Agosto.
HISTÓRIA
Assumiu o Pontificado em 12 de maio de 254, pouco depois do imperador VALERIANO subir ao trono.
Travou grande polémica com São CIPRIANO, bispo de Cartago, por uma questão melindrosa no campo doutrinal. Tudo porque durante o pontificado de São FABIÃO, um édito do Imperador DÉCIO (249) ordenara que todas as famílias romanas oferecessem um sacrifício propiciatório aos deuses. Os que anuíssem receberiam um certificado de cidadania livre e pacifica. O édito pretendia atingir principalmente os cristãos e foram muitos os que obedeceram ao decreto imperial. Os crentes condenaram esta atitude considerando-os apóstatas separados da Igreja.
A maioria deles, porém, pretendiam continuar a ser cristãos e participar nos sacramentos. E por isso se gerou uma divergência fundamental: podiam ser admitidos, sem mais, depois da indispensável penitência, ou deveriam ser de novo baptizados?
O bispo de Cartago, São CIPRIANO opunha-se intransigentemente à readmissão sem baptismo, sendo Santo ESTÊVÃO de opinião contrária, afirmando que o Baptismo não se poderia, de modo algum, repetir, pois os pecados, mesmo a heresia ou apostasia, não o conseguiam anular.
São CIPRIANO, teimando na sua teoria, chega mesmo a reunir dois sínodos em Cartago, em 255 e 256, nos quais faz prevalecer os seus argumentos, o que anuncia a Santo ESTÊVÃO.
São CIPRIANO e o Papa continuaram em desacordo, mas é de destacar o bom senso de Santo ESTÊVÃO que, mesmo não transigindo, preferiu evitar qualquer atitude drástica, permitindo que no Bispo de Cartago continuasse a julgar-se dentro da ortodoxia. Um século depois, Santo AGOSTINHO, analisando esta questão, não hesita em afirmar que a tradição mais genuína estava a favor de Santo ESTÊVÃO.
No ano de 257, reacendeu-se a perseguição aos Cristãos, movida por MARCIANO um ministro de VALERIANO, que pretendia encher os cofres do estado à custa do espólio dos cristãos, sendo Santo ESTÊVÃO uma das vítimas da perseguição, pois, segundo o Liber Pontificalis terá sido degolado em 2 de Agosto de 257, quando celebrava a missa.
O seu corpo, junto á cadeira em que foi sacrificado sepultaram-no no Cemitério de São CALISTO, de onde trasladaram a cabeça para Colónia, onde ainda continua a ser venerada.
SISTO II - Santo
Papa desde o ano 257 até ao ano 258
XXIV Papa
SÍNTESE
Nasceu na Grécia. Chamava-se XISTUS. Estudou filosofia, que chegou a ensinar. Morreu decapitado em 7 de Agosto de 258. A sua festa é em 7 de Agosto.
HISTÓRIA
Assumiu o pontificado em 30 de Agosto de 257, no mesmo dia em que os guardas do imperador prendiam São CIPRIANO bispo de Cartago.
São SISTO não fez qualquer cedência doutrinal quanto à questão da divergência de São CIPRIANO com o seu antecessor, Santo ESTEVÃO mas aceitou o abraço com que São CIPRIANO se reconciliou com a Igreja de Roma, antes de ser martirizado.
As perseguições aumentam. O acólito São TARCÍSIO é desfeito em pedaços e São LOURENÇO, diácono de São SISTO, ao ser intimado pelo prefeito da cidade para lhe entregar os tesouros da Igreja, aponta-lhe uma multidão de pobres, enfermos, órfãos e viúvas, gritando: «Eis os tesouros da Igreja», sendo por isso condenado a morrer queimado e, segundo a tradição, assado numa grelha.
A ferocidade era tanta que alguns cristãos surpreendidos pelos soldados a celebrar a eucaristia numa cripta da Via Salária ali foram emparedados vivos. Em Útica, decapitaram 150 mártires, celebrados por Santo AGOSTINHO, num sermão em que ficaram conhecidos por «Massa Cândida».
O próprio São SISTO foi degolado na cadeira onde instruía os cristãos no cemitério de Pretextato, a 7 de Agosto de 258.
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DIONÍSIO - Santo
Papa desde o ano 259 até ao ano 268
XXV Papa
SÍNTESE
Nasceu na Grécia, onde foi padre. Morreu martirizado, em 26 de Dezembro de 268. Tem a sua festa a 30 de Dezembro.
HISTÓRIA
Sendo um simples padre, assumiu o pontificado em 22 de Julho de 260, depois de muitos meses de Sede Vacante, ainda na fúria das perseguições. No ano seguinte, o imperador Valeriano, derrotado pelos persas de Sapor I, foi feito prisioneiro e morreu no exílio, em Edessa, sucedendo-lhe seu filho Galieno, que, influenciado pela mãe, que simpatizava com os cristãos, põe termo às perseguições e publica um édito mandando devolver as Igrejas e os cemitérios confiscados.
São DIONÍSIO aproveitou os anos de paz para organizar o regime paroquial e diocesano, criando 25 títulos presbiterianos em Roma, correspondentes a outras tantas zonas da cidade.
Esta paz viria a ser perturbada por desvios teológicos provenientes da Cirenaica. Sabélio, heresiarca da Ptolemaida, na Líbia, faz renascer o Monaquianismo que negava a existência das três pessoas da Santíssima Trindade, reduzindo-as a uma simples questão de nomes, pelo que foi condenado por São DIONÍSIO.
Os bispos cirenaicos submetem o caso à autoridade do bispo DIONÍSIO, de Alexandria, o qual cai em imprecisões como discipulo de ORÍGENES.
São DIONÍSIO (papa) escreve-lhe fazendo-lhe ver as imprecisões doutrinais e pedindo-lhe que se explique. O bispo DIONÍSIO escreve então uma Apologia, repondo no devido lugar as afirmações possíveis de desvios na doutrina trinitária.
São DIONÍSIO distinguiu-se pela sua extrema caridade e teria conseguido uma avultada quantia para enviar à Igreja de Cesareia para o resgate dos cristãos retidos em cativeiro.
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FÉLIX I - Santo
Papa desde o ano 269 até ao ano 274
SÍNTESE
Nasceu em Roma, filho de Constâncio. Morreu na mesma cidade, em 30 de Novembro de 274. Foi sepultado no cemitério de São Calisto e trasladado, mais tarde, para a Igreja de Santa Praxedes. A sua festa é a 30 de Maio
HISTÓRIA
Oriundo do clero romano, foi eleito Bispo de Roma em 5 de Maio de 269.
Começou o seu pontificado lutando energicamente contra o ressurgimento das antigas heresias de Paulo de Samósata, que tinha conseguido ocupar a cadeira episcopal em Antioquia, por influência da rainha Zenóbia.
Alarmados com o ressurgimento, em novos moldes, da antiga heresia adopcionista, os Bispos do Oriente, reunidos em Concílio (268), depõem-no do múnus episcopal.
FÉLIX I toma conhecimento da vida pouco edificante de Paulo de Samósata, pela carta enviada pelo Sínodo de Antioquia e não hesita em concordar com a exoneração do indigno Bispo. Contudo, este, com o apoio de Zenóbia, recusa entregar a residência episcopal ao seu sucessor, provocando na história da Igreja o primeiro recurso à autoridade civil.
São FÉLIX ordenou que a missa só fosse celebrada por sacerdotes e dentro do templo, excepto por necessidade. Determinou que, caso houvesse dúvidas sobre a consagração de alguma Igreja, se voltasse a consagrá-la e decretou que se celebrassem missas em memória dos mártires.
Mandou erguer uma Basilica na Via Aurélia, a duas milhas de Roma, onde o seu corpo veio a ser sepultado.
O imperador Aureliano teve de intervir e, talvez por influência de influentes cristãos de Roma, determinou que a sede antioquena fosse pertença legitima de quem apresentasse como credencial a sua união com o Bispo de Roma, uma atitude extraordinária por parte de um imperador pagão, ajudando o pontificado de São FÉLIX I.
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Começou o seu pontificado lutando energicamente contra o ressurgimento das antigas heresias de Paulo de Samósata, que tinha conseguido ocupar a cadeira episcopal em Antioquia, por influência da rainha Zenóbia.
Alarmados com o ressurgimento, em novos moldes, da antiga heresia adopcionista, os Bispos do Oriente, reunidos em Concílio (268), depõem-no do múnus episcopal.
FÉLIX I toma conhecimento da vida pouco edificante de Paulo de Samósata, pela carta enviada pelo Sínodo de Antioquia e não hesita em concordar com a exoneração do indigno Bispo. Contudo, este, com o apoio de Zenóbia, recusa entregar a residência episcopal ao seu sucessor, provocando na história da Igreja o primeiro recurso à autoridade civil.
São FÉLIX ordenou que a missa só fosse celebrada por sacerdotes e dentro do templo, excepto por necessidade. Determinou que, caso houvesse dúvidas sobre a consagração de alguma Igreja, se voltasse a consagrá-la e decretou que se celebrassem missas em memória dos mártires.
Mandou erguer uma Basilica na Via Aurélia, a duas milhas de Roma, onde o seu corpo veio a ser sepultado.
O imperador Aureliano teve de intervir e, talvez por influência de influentes cristãos de Roma, determinou que a sede antioquena fosse pertença legitima de quem apresentasse como credencial a sua união com o Bispo de Roma, uma atitude extraordinária por parte de um imperador pagão, ajudando o pontificado de São FÉLIX I.
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EUTIQUIANO - Santo
Anti-Papa desde o ano 275 até ao ano 283
XXVII Papa
SÍNTESE
Naceu em Luni, perto de Carrara - Itália. Morreu em 7 de Dezembro de 283. Tem a sua festa a 8 de dezembro.
HISTÓRIA
Foi elevado a Bispo de Roma em 4 de Janeiro de 275 e o seu pontificado decorreu em tempo de paz, o que lhe permitiu expandir e consolidar a Igreja.
Ordenou que se benzessem os frutos da terra, em especial as uvas, no ofertório da missa, talvez como reacção à heresia Maniqueísta, de origem persa, que atribuía ao vinho o principio do mal, pelo que não deveria usar-se na consagração.
Condenou os Maniqueus.
Foi martirizado em 7 de Dezembro de 283 e sepultado no cemitério de São Calisto, em Roma, mas em 1659 as suas reli quias foram levadas para a catedral de Sarzana, onde foi colocada uma estátua sua.
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CAIO - Santo
Papa desde o ano 283 até ao ano 296
XXVIII Papa
SÍNTESE
Nasceu em Salona, na Dalmácia, irmão de São GABINO, tio de Santa SUSANA e sobrinho do imperador Diocleciano. Morreu em 22 de Abril de 296. A sua festa é em 22 de Abril.
HISTÓRIA
Eleito em 16 de Dezembro de 283, o Liber Pontificalis atribui-lhe a criação dos 7 graus da hierarquia do sacerdócio (ostiário, leitor, exorcista, acólito, subdiácono, diácono e presbitero) e também, a divisão de Roma em diaconatos.
Martirizado em 22 de Abril de 296, o seu epitáfio foi encontrado fragmentado no cemitério de São Calisto, junto à cripta do papa Santo EUSÉBIO (309).
O seu corpo foi trasladado, em 1631 para uma igreja com o seu nome em Novelara - Itália.
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MARCELINO - Santo
Papa desde o ano 296 até ao ano 304
XXIX Papa
SÍNTESE
Era romano de nascimento, oriundo da família Colonna e o seu pai chamava-se Projecto. Exerceu, como funcionário imperial e tribuno, o cargo de notário em Cartago. Morreu em Abril de 304. Tem a sua festa a 26 de Abril.
HISTÓRIA
Foram tranquilos os seus primeiros anos de pontificado, dada a tolerância de Diocleciano, depois de ter sido eleito Bispo de Roma, em 30 de Junho de 296.
De repente, tudo mudou. Galério, um dos tetrarcas que Diocleciano associara à chefia suprema do Império, movido por fanatismo pagão, conseguiu levar o imperador a considerar os cristãos como inimigos do Império e em 23 de janeiro foi incendiada uma Igreja da Nicomédia, cidade onde residia o imperador. Dias depois lavra um incêndio no palácio imperial e admite-se que Galério para conseguir os seus intentos, tenha convencido o imperador de que era uma vingança dos cristãos.
Diocleciano terá acreditado e publica um édito em que ordena a destruição de todas as casas de culto, dos livros sagrados e obrigas os cristãos a abjurar por meio de sacrifícios prestados aos deuses do império.
Tinha começado a última, mas a mais sangrenta, das perseguições, a «era dos mártires». Os cárceres enchem-se, os bens são confiscados e milhares de crentes pagam a sua fé com sangue e morte. Entre eles, morre São SEBASTIÃO, centurião do exército, Santa LUZIA e Santa INÊS, esta uma menina de 12 anos.
O papa São MARCELINO é acusado de apostasia pelos Donatistas, mas nada se prova e, segundo Santo AGOSTINHO, tratou-se de uma calúnia destes.
Na Península Ibérica, onde o Cristianismo já tinha grande penetração, também, a perseguição se fez sentir e são numerosos os mártires, entre eles os irmãos VERÍSSIMO, MÁXIMA e JÚLIA (Lisboa) e São VÍTOR (Braga), primeiros santos do território que mais tarde viria a chamar-se Portugal.
Só a Gália e Grã-Bretanha escaparam a esta ferocidade, graças à tolerância do tetrarca Constâncio Cloro. No resto do Império a perseguição foi tão violenta que chegaram a ser massacrados aglomerados populacionais inteiros.
Supõe-se que São MARCELINO foi martirizado em Abril de 304 e que depois de ter o corpo exposto ao ar livre, durante algum tempo, por ordem do imperador, foi sepultado no cemitério de Santa PRISCILA.
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Durante quatro anos, os cristãos não conseguiram eleger um Papa para suceder a São MARCELINO.
A ferocidade imperava. O imperador Diocleciano tinha sido convencido de que o progresso do Cristianismo estava ligado à decadência política e por isso o perseguiu sem piedade.Finalmente, em 1 de maio de 305, Diocleciano abdicou e a situação abrandou, mas só viria a normalizar-se em Maio ou Junho de 308, com a eleição do Papa São MARCELO I
MARCELO I - Santo
Papa desde o ano 308 até ao ano 309
XXX Papa
SÍNTESE
Nasceu em Roma na Vialata; o seu pai chamava-se Benedeto. Morreu em 16 de Janeiro de 309. Tem a sua festa a 16 de Janeiro.
HISTÓRIA
São MARCELO ordenou dois diáconos, 25 padres, 21 bispos e escreveu uma carta aos Bispos de Antioquia e ao tirano Maxêncio.
No seu pontificado reorganizou a diocese de Roma em 25 bairros ou paróquias, colocando à frente de cada uma um sacerdote que denominou Cardeal.
Dedicou-se à fundação de novas Igrejas, consagrou novos Bispos e sacerdotes e estabeleceu um cemitério na Via Salária.
Perante o problema dos lapsi os que haviam apostatado mas queriam ser readmitidos na comunhão cristã, São MARCELO manifestou-lhes a obrigação de expiarem o seu delito com lágrimas de penitência pelo que o consideraram inimigo. Denunciado, foi vítima da crueldade do imperador Maxêncio, que o reduziu à escravidão, sendo condenado a tratar das cavalariças imperiais. Morreu pouco depois, em 16 de janeiro de 309.
O seu corpo foi trasladado para Roma, ficando sepultado no cemitério de Santa PRISCILA na Via Salária.
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Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.
Textos recolhidos
Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.
Textos recolhidos
In
O Papado - 2000 Anos de História
Ed. Círculo de Leitores - 2009
e
sites: Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, e outros
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SÃO PAULO (e Vidas de Santos) http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com
ANTÓNIO FONSECA
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