Feliz Ano de 2017
Interior da Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso
Foto actual do autor
Nº 3 1 8 8
Série - 2017 - (nº 2 1 5)
2 de AGOSTO de 2017
SANTOS DE CADA DIA
10º A N O
LOUVADO SEJA PARA SEMPRE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
**********************************************************
Todos os Católicos com verdadeira Fé,
deverão Comemorar e Lembrar
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos
deverão Comemorar e Lembrar
os Santos e Beatos de cada dia, além de procurar seguir os seus exemplos
___________________________________________________________________________
*********************************
***************************
*********************
***************************
*********************
ZEFERINO GIMENEZ MALLA, Beato
Em Barbastro o Beato ZEFERINO JIMÉNEZ MALLA mártir que, sendo de etnia cigana , se dedicou a promover a paz e concórdia entre o seu povo e os vizinhos, até que, durante a mesma perseguição, por ter defendido um sacerdote maltratado pelos milicianos, foi metido no cárcere e depois levado ao cemitério e fuzilado com o Rosário nas mãos, terminando assim a sua peregrinação terrena. (1936)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A.- O,. de Braga:
Filho de pais ciganos espanhóis, nasceu provavelmente no dia 26 de Agosto de 1861, em Fraga, provincia de Huesca - Espanha. Professou a lei cigana tanto na sua formação como na sua maneira de viver, dedicando-se à venda ambulante dos cestos que fabricava com as próprias mãos. Ainda jovem, casou, segundo a tradição cigana, com Teresa Giménez de Castro e estabeleceu-se em Barbastro.
Em 1912 regularizou a sua união matrimonial, segundo o rito católico; não teve filhos, mas adoptou uma sobrinha de sua esposa.
No grupo cigano era conhecido como «El Pelé». Homem de grande caridade, dava aos outros o que tinha e o que não tinha. O seu dinheiro era posto ao serviço de todos: os pobres que chegavam a sua casa pedindo esmola por amor de Deus, a cigana que precisava de ajuda para alimentar os filhos...
Tinha outros gestos de grande caridade; como, por exemplo, ter carregado aos ombros um tuberculoso que morria de hemoptise no meio da rua.
Ia à missa todos os dias e comungava com frequência, porque era muito devoto do Santíssimo Sacramento. Trabalhou com generosidade nas Conferências de São Vicente de Paulo, na intenção de que a sua caridade fosse mais eficaz.
Dedicou-se também à catequese das crianças e, apesar de não saber ler nem escrever, conhecia muitas passagens da escritura, com as quais ilustrava as aulas de Catecismo.
Acusado injustamente de roubo, foi preso, tendo sido depois declarado inocente. O seu advogado chegou a dizer: «El Pelé» não é um ladrão, é um santo patrono dos ciganos».
No início da guerra civil espanhola, em Julho de 1936, foi detido por ter defendido um sacerdote, que era arrastado para a prisão, pelas ruas de Barbastro. Na madrugada de 8 de Agosto daquele mesmo ano, foi fuzilado. Morreu com o rosário nas mãos, enquanto proclamava a sua fé, gritando: «Viva Cristo Rei!» A Igreja reconheceu nele uma testemunha de Cristo, um autêntico evangelizador da sua gente.
Foi beatificado pelo papa JOÃO PAULO II no dia 4 de Maio de 1997.
GAUDÊNCIO DE ÉVORA, Santo
Texto do lirvo SANTOS DE CADA DIA; da Editorial A. O. de Braga:
O servo da caridade, Beato LUÍS GUANELLA (cf. 25 de Outubro) ao construir na Suiça uma igreja, em vez doutra profanada pelos protestantes, julgava honrar São GAUDÊNCIO de Novara, mas veio a saber mais tarde que, no antigo templo profanado, se honrava noutras eras um São GAUDÊNCIO, jovem nobre de Évora - Portugal, que viveu nos primeiros séculos do Cristianismo. E sendo perseguido por causa do zelo empregado em converter os seus e outras pessoas, exilou-se, estabelecendo-se no vale de Bergalha, onde se empregou na conversão de idólatras e arianos. Atacado com armas e flechas, foi depois ferido de morte, com um machado num punhal, perto de Vicosoprano. Um, papa URBANO aprovou o culto das relíquias dele, dispersas em 1551 pelos protestantes.
ESTÊVÃO I, Santo
Em Roma, no cemitério de Calisto, Santo ESTÊVÃO , papa que, para afirmar claramente que a união baptismal dos fieis com Cristo se realizava uma só vez, proibiu que os hereges que quisessem voltar à plena comunhão com a Igreja fossem de novo baptizados. (257)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
O curto pontificado de Santo ESTEVÃO I ressentiu-se do conflito quase permanente com o grande bispo de Cartago, São CIPRIANO. Foi o momento mais crítico das longas discussões.
ESTEVÃO era romano. Unicamente se sabe que recebeu o sacerdócio quando foi eleito para o pontificado, em maio de 254. A perseguição de Gallus não durara e a de Valeriano não iria começar antes da morte do novo Pontífice, que por conseguinte governou num período em que os pagãos deixaram a Igreja em paz. Infelizmente, os cristãos aproveitaram-no para altercar entre si, e a atitude do papa não contribuiu para apaziguar as discussões. reconhecendo embora que ESTEVÃO I é prejudicado, aos olhos da posteridade, por não encontrarmos informações sobre ele senão nos escritos de pessoas que não eram do seu parecer, cumpre reconhecer que era autoritário e não dava suficientemente conta que não se podia esperar resolver as dificuldades passando por cima das regras aceites. Para sua desgraça, iria ele encontrar diante de si um bispo que não era flexível e que, pelo prestigio que tinha, arrastava atrás de si numerosos cristãos; referimo-nos a CIPRIANO de Cartago.
Dois bispos espanhóis, BASILIDES, de Mérida, e MARCIAL, de Leão e Astorga, tinham solicitado, durante a perseguição, certificados de sacrifício aos ídolos, com grande escândalo dos seus fiéis, que pediram que eles fossem depostos, em conformidade com as decisões do concílio de África, aprovadas ao celebrar-se o acordo do papa CORNÉLIO com CIPRIANO. Os bispos espanhóis declararam os culpados decaídos e escolheram quem, os substituísse. BASILIDES apelou para o papa, que proclamou estarem os dois inocentes e deverem retomar as suas Sés. Mas os Espanhóis levaram a questão ao concílio de África em 254 e CIPRIANO deu-lhes razão. ESTEVÃO parece não ter insistido para sustentar esta causa pouco defensável.
No ano seguinte, CIPRIANO escreveu ao Papa, colocando-se ao lado do bispo de Lião e dos outros gauleses que reclamavam a deposição do bispo de Arles, MARCIANO, culpado de aplicar os princípios de NOVACIANO na reconciliação dos apóstatas.
CIPRIANO não se acanhava de traçar ao papa uma linha de comportamento muito clara, conforme à que fora adoptada pelos papas CORNÉLIO e LÚCIO, pedindo a deposição e substituição do bispo que se pusera ao lado dos cismáticos. ESTEVÃO deve ter achado o procedimento bastante desagradável: o que parece é que não actuou e que o assunto caiu por si mesmo. Ia ser seguido por outro bem mais grave.
Roma e África tinham costumes diferentes quanto à admissão dos hereges na Igreja. Enquanto em Roma lhes eram impostas as mãos, na África eram rebaptizados. Em 255 ou 256, os bispos africanos, sob a direcção de CIPRIANO, afirmaram solenemente o que era o seu parecer, que fora um pouco discutido neste momento, e enviaram uma carta ao Papa afirmando que a rebaptização era necessária. ESTEVÃO respondeu sem rodeios e mandou que fosse seguido o costume de Roma:
«Se vêm hereges ter connosco, de qualquer seita que sejam, não se inove, mas siga-se unicamente a tradição, impondo-lhes as mãos para os receber para a penitência, tanto mais que os próprios hereges, duma seita ou outra, não baptizam, segundo o rito particular de cada um, os que vêm ter com eles, mas simplesmente os admitem à comunhão». Apresentando esta regra como regra de ferro, ESTEVÃO I arriscava-se a separar Roma, não só da África, mas ainda da Ásia, onde se rebaptizava; o bispo de Cesareia da Capadócia, FIRMILIANO, escreveu a CIPRIANO comparando o papa ESTEVÃO a Judas, falando da audácia e da insolência de ESTEVÃO, e assacando-lhe sobretudo ter «quebrado a paz que os seus predecessores tinham sempre mantido».
O papa ESTEVÃO, na verdade, tinha actuado com uma firmeza que chegava aos limites da brutalidade. Chegara a ameaçar de excomunhão os que não se submetessem; e esta sentença poderia trazer catástrofe, apesar das garantias, dadas pelos Africanos, menos violentos que FIRMILIANO, os quais, embora recusando seguir os usos romanos, afirmam não querer de maneira nenhuma separar-se de Roma.
DINIS, bispo de Alexandria, interveio para tratar de conseguir uma acalmia e o seu propósito não ficou inútil: deu frutos quando a morte de ESTEVÃO, ocorrida a 2 de Agosto de 257, permitiu encarar mais serenamente o problema.
O parecer de ESTEVÃO acabou por triunfar quando o grande bispo africano Santo AGOSTINHO expôs claramente que a validade dos sacramentos não depende da santidade ou da dignidade do ministro. Uma frase de ESTEVÃO adquiriu celebridade e mantém-se como regra de ouro, apesar dos abusos que dela se têm originado:
NIHIL INNOVETUR, NISI QUOD TRADITUM EST (NENHUMA NOVIDADE, SÓ A TRADIÇÃO).
Como dissemos, no principio, o retrato do papa Santo ESTEVÃO I não deve ser esboçado até ficar todo negro; conhecemo-lo pouco a pouco e a única acusação que parece fundada é a de actuar sem ter na devida conta as susceptibilidades dos outros bispos.
Os mais antigos documentos litúrgicos apresentam Santo ESTEVÃO como confessor e não como mártir.
JOANA d'Aza, Beata
Em Caleruega, Castela, Espanha, a comemoração da Beata JOANA mãe de São DOMINGOS que, com grande espírito da fé, fez grandes obras de misericórdia em favor dos miseráveis e aflitos. (séc. XIII)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O,. de Braga:
São DOMINGOS, fundador dos Irmãos Pregadores, nasceu em Espanha. Seus pais foram Félix de Gusmão e JOANA DE AZA. O sublime Dante saudou este nobre consórcio no seu Paraíso. Os nomes de ambos estavam cheios de sentido: FÉLIX, «feliz», e JOANA «o Senhor é a sua graça». JOANA era filha do marechal-mor de Castela e tutor do rei Afonso VIII. Deve ela ter nascido por 1140. A missão de DOMINGOS foi anunciada à mãe por um sonho: o filho que dela nasceria parecia-se a um cão branco e preto, sustentando um facho na goela: o mastim ia iluminar o mundo ou incendiá-lo.
Tinham-no precedido dois irmãos: ANTÓNIO e MANÉS; ambos se encaminharam para o clero. Para conservar uma descendência e perpetuar a raça de GUSMÃO-AZA, JOANA foi em peregrinação a Silos, abadia beneditina em que se conserva o túmulo do fundador, São DOMINGOS. Ainda em nossos dias, as mulheres que preveem partos difíceis pedem aos monges de Silos alguma fita que tenha estado em contacto com as relíquias do santo abade DOMINGOS e conservam-na no momento de darem à luz: muitas vezes, essa confiança é plenamente recompensada.
O recém-nascido que nos ocupa foi baptizado em Calaruega - a que Dante chama «afortunada» - e por reconhecimento recebeu o nome de DOMINGOS, «homem do Senhor». A madrinha viu uma estrela sobre a cabeça do menino. JOANA foi com o marido a Silos, para dar graças ao santo que favorecera tal nascimento. Deus abençoou ainda mais tarde essa união; dois sobrinhos de DOMINGOS vieram também a ser Irmãos Pregadores.
JOANA criou o filho com o próprio leite, formou-o com o seu coração e com a sua inteligência. Levava-o muitas vezes a Ucclés, ao túmulo do seu tio-avô, o Beato PEDRO; a tradição popular conservou nessas paragens um eremitério da beata JOANA e uma fonte de São DOMINGOS.
Quando o menino chegou aos sete anos, a mãe levou-o para casa do irmão dela, arcipreste de Gumiel de Izan. Pensa-se que JOANA faleceu por 1190. Enterrada em Calaruega, e levada depois para Gumiel de Izan, repousa actualmente em Penafiel, provincia de Valladolid (não exactamente na Penafiel portuguesa).
Os lavradores invocam JOANA pedindo que lhes conceda a fertilidade das terras. O culto da Beata foi confirmado em 1828 pelo papa LEÃO XII.
PEDRO FABRO, Beato
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
O primeiro e muito querido companheiro de INÁCIO DE LOIOLA, amigo de FRANCISCO XAVIER, só viveu quarenta anos (1506-1546), em lugares e meios extremamente diversos.
A primeira metade da vida, os anos de Sabóia, decorreram na sua terra, num vale alcandorado dos Alpes, no seio duma família de aldeia, muito cristã; depois, na modesta escola que ficava muito próxima, regida por um mestre inteligente e fervoroso cristão, que o iniciou no gosto das letras; em resumo, num meio de hábitos regulares e de sólidas tradições religiosas.
Vieram depois os anos que passou em Paris, aonde o levou a sede de aprender, mais ou menos dez anos. Mergulhou num meio universitário ao qual afluíam estudantes de diversos países, onde se entrechocavam as correntes de ideias, numa época de tensões e mudanças, sob muitos aspectos parecida com a nossa. Ora é aqui que ele encontra, como companheiro de quarto, primeiro, XAVIER, de 19 anos como ele, depois IÑIGO (ou INÁCIO), de quem virá a ser repetidor. Seguiu-se, dentro em pouco, nos diz ele, «uma vida em comum onde tínhamos, os dois, o mesmo quarto, a mesma mesa, a mesma bolsa. Ele acabou por ser meu mestre em matéria espiritual». Foi assim que FABRO veio a ser, não só mestre em humanidades e filosofia, mas sacerdote também, o primeiro dos sete companheiros: foi assim que conheceu aquela vida dum grupo de amigos que, no seio duma multidão turbulenta, se encontram, estreitam seus laços, rezam juntos, juntos buscam o seu caminho, fazem os Exercicios Espirituais, descobrem pouco a pouco, através de sinais, o que Deus espera deles.
Os últimos dez anos foram de intenso serviço apostólico, os anos «itinerantes» numa cristandade urgentemente necessitada: na Itália do centro e do norte, na Alemanha, em províncias situadas nas fronteiras do catolicismo e do protestantismo nascente; depois em Espanha; de novo na Alemanha; na Bélgica, em Portugal, em Espanha ainda... Neste mundo agitado, em que ele estava cada vez mais metido, cada vez mais peregrino, FABRO exerceu, ao longo do seu caminho, uma acção em profundidade sobre muitos homens de todas as condições, alguns deles de grande influência.
Qual era o seu segredo?
Ao ler esse Memorial onde ele notava, durante os quatro últimos anos, as graças recebidas dia a dia, depressa se descobre que um dos traços mais característicos da sua vida interior, pelo qual podemos guiar a nossa, foi uma grande atenção às moções do Espírito de Deus.
Aos doze anos quando guardava o seu rebanho, fora como que investido por Ele.
«Ó Espírito Santo, Tu me convidavas, Tu me prevenias com tais bençãos!... Tu me tomaste e marcaste com o selo indelével do teu temor...»
Bem depressa, e durante toda a vida, deveria experimentar a distensão, algumas vezes muito dolorosa, duma alma ora atraída pelas moções divinas ora por aquelas que procuram arrastá-la a decair ou a fechar-se sobre si mesma. A paciente e pacificante acção do Espírito, que INÁCIO lhe ensinou a discernir, levava-o sempre à libertação, e muitas vezes o notou, à «abertura».
Antes de mais, à abertura interior. «O meu interior, e sobretudo o coração, se entreguem a Cristo que entra bem mim, deixando-Lhe eu ocupar o centro do coração!»(M 68). «A minha alma seja despertada pelo que há de mais íntimo nela, se acaso viesse a desviar-se da sua paz!» (M 188). «Nos dias em que se celebra a Conceição da amantíssima Virgem Maria, senti uma solidez e estabilidade novas no meu coração e no mais íntimo do meu ser» (M 181).
Mas, simultaneamente, o Espírito Santo «abria» FABRO para fora, para os outros. Um dia em que sentia que «o coração se fechava» para com pessoas cujos defeitos ele via e o inquietavam, ouviu como que uma resposta interior: «Teme antes que o Senhor te feche o coração à sua alegria... Se conservares um coração generoso para com Deus, Ele depressa te mostrará que todos se abrem a ti e que tu podes acolher a todos» (M 143). Se Cristo se dava todos os dias a ele na Eucaristia, não deveria ele também «dar-se a Cristo, e não só a Ele, mas por Ele a todos, bons e maus, conversando, trabalhando , abrindo-se todo a todos?» (M 255). O Espírito «abria-o para o trabalho», «e fazia também que o trabalho «se abrisse para ele», sendo a tarefa preparada pela sua graça (M 141). Como são contrárias ao bom espírito «essas friezas e essas pressões diabólicas que fechamos nossos corações aos outros» (M 199): como é nocivo esse espírito de desconfiança que se fixa sobretudo nos obstáculos e impede o caminho (M 254), esse «zelo amargo e gelado» que, querendo reformar, agrava o mal (M 427). Conhecedor das misérias dos homens do seu tempo. FABRO é levado pela graça a ver também «com olhar simples, e não com olhar maldoso», os bens com que Deus os dotou: «Partindo do que então se descobriu, para o desenvolver, colher-se-ão frutos mais abundantes» (M 330)
Não será esta acção do Espírito, utilizando os recursos do temperamento, o segredo do bem realizado por FABRO, sobretudo nas conversas em particular, nas confissões e nos Exercícios?
«Era, diz uma testemunha, extraordinariamente simpático, e na compostura do seu porte, humilde e muito grave; era eloquente e muito erudito». E SIMÃO RODRIGUES, um dos primeiros companheiros: «Tinha uma doçura alegre e uma cordialidade que nunca encontrei em ninguém. Entrava, não sei como, na intimidade dos outros, actuava pouco a pouco sobre os corações, e tão bem que pelo seu modo de proceder e o encanto da sua palavra, os levava ao amor de Deus». A estes dons do coração é preciso juntar uma ciência sólida, especialmente conhecimento da Sagrada Escritura, que ele lia e comentava em público com notável brilho.
Se soubermos quebrar a casca das palavras e fazer as transposições precisas, se tivermos em conta o que é contingente e resulta da sua primeira educação e da sua época nas práticas e formas de expressão da aus fé profunda veremos que FABRO teve uma intuição penetrante e sempre válida da complexidade do nosso ser, lugar de tão diversos movimentos, sujeito a tantas influências; da nossa inserção num universo de objectos e pessoas onde tudo está relacionado, da acção soberana do Espírito de Deus que, partindo do interior, renova tudo o que somos, toda a nossa sensibilidade, toda a nossa actividade corporal, penetra as coisas materiais para que elas nos seja m úteis, e estabelece a imensa Comunhão dos Santos. O seu coração abriu-se amplamente a este universo fraternal. «É uma graça - notai-o - ter a protecção d'Aquele (o Espírito Santo) que é para todos os seres, tão poderosa e intimamente, o principio, o meio e o fim (M 315), que os abre uns aos outros (M 35, 141), «que vem até nós através de todas as coisas» (M 307).
PEDRO FABRO nasceu em Villaret, Sabóia - França. Morreu em Roma a 1 de Agosto de 1546. Foi beatificado por PIO IX a 5 de Setembro de 1872.
EUSÉBIO DE VERCELLAS, Santo
Santo EUSÉBIO primeiro bispo de Vercellas que, consolidou a Igreja em toda a região do Piemonte, hoje na Itália, e, por ter confessado a verdadeira fé do Concílio de Niceia, foi exilado pelo imperador Constâncio, depois para a Capadócia e para a Tebaida; tendo regressado oito anos mais tarde à sua sede, trabalhou valorosamente para restaurar a fé contra os arianos. (371)
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Pertencia ao clero romano antes de ser colocado pelo Papa JÚLIO I à frente da Igreja de Vercelli, no Piemonte em 340. Os primeiros anos do seu episcopado foram pacíficos. Vivia em comunidade com os seus padres e outros colaboradores próximos. A ele se deve este costume, que seguiu também Santo AGOSTINHO em Hipona, costume que se espalhou por uma parte a outra, em seguida. Tinha como efeito edificar os fiéis, impedindo ao mesmo tempo os bispos de se tornarem grandes senhores e os cónegos pessoas despreocupadas.
No ano de 350 começou para EUSÉBIO uma estação de provas. Vieram-lhe de ele combater o arianismo, que tentava impor o imperador Constâncio, filho de Constantino. Já o tinha praticamente obtido no Oriente. Ia-o conseguir também no Ocidente? No concílio de Milão (355), desembainhando a espada como se fosse cortar cabeças, exclamara dirigindo-se aos recalcitrantes: «Ficai sabendo que a minha vontade vale mais que um cânone conciliar. os bispos orientais não fazem tantas dificuldades quando mando. Obedecei ou contai com o exílio». Todos obedeceram , menos o papa LIBÉRIO (366) , HILÁRIO DE POITIERS,. EUSÉBIO DE VERCELLI e mais dois, que foram todos expulsos das dioceses e exilados, como o fora o de Alexandria, ATANÁSIO. EUSÉBIO foi desterrado para a Palestina, depois para a Capadócia, e por último para os desertos da Tebaida - Egipto. Só de lá saiu em 361, quando morreu Constâncio, e com ele a ofensiva ariana. Voltou então para entre os seus fiéis, que o estimavam, e terminou pacificamente a vida no meio deles.
Nascera na Sardenha, e veio para morrer na sua cidade episcopal, a 1 de Agosto de 370.
PEDRO JULIÃO EYMARD, Santos
No ano de 350 começou para EUSÉBIO uma estação de provas. Vieram-lhe de ele combater o arianismo, que tentava impor o imperador Constâncio, filho de Constantino. Já o tinha praticamente obtido no Oriente. Ia-o conseguir também no Ocidente? No concílio de Milão (355), desembainhando a espada como se fosse cortar cabeças, exclamara dirigindo-se aos recalcitrantes: «Ficai sabendo que a minha vontade vale mais que um cânone conciliar. os bispos orientais não fazem tantas dificuldades quando mando. Obedecei ou contai com o exílio». Todos obedeceram , menos o papa LIBÉRIO (366) , HILÁRIO DE POITIERS,. EUSÉBIO DE VERCELLI e mais dois, que foram todos expulsos das dioceses e exilados, como o fora o de Alexandria, ATANÁSIO. EUSÉBIO foi desterrado para a Palestina, depois para a Capadócia, e por último para os desertos da Tebaida - Egipto. Só de lá saiu em 361, quando morreu Constâncio, e com ele a ofensiva ariana. Voltou então para entre os seus fiéis, que o estimavam, e terminou pacificamente a vida no meio deles.
Nascera na Sardenha, e veio para morrer na sua cidade episcopal, a 1 de Agosto de 370.
PEDRO JULIÃO EYMARD, Santos
São PEDRO JULIÃO EYMARD presbitero que, depois de ter sido sacerdote diocesano e mais tarde membro da Sociedade de Maria, foi exímio apóstolo do mistério eucarístico e fundou novas Congregações, uma de clérigos e outra de religiosas, para venerarem e difundirem o culto do Santíssimo Sacramento. Morreu na localidade de La Mure, perto de Grenoble, França, onde tinha também nascido no dia 1 de Agosto.
Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:
Nasceu no departamento de Esére , França, e lá faleceu, a 21 de Agosto de 1868. Filho dum lojista da aldeia, foi primeiro padre secular, e depois membro da Sociedade de Maria (1839-1856). Mas saiu dela em consequência de Nossa Senhora, segundo ele dizia, o ter encarregado de fundar um Instituto destinado à adoração perpétua das Sagradas Espécies e a propagar a devoção eucarística. Fundou o Instituto do Santíssimo Sacramento, que dirigiu até à morte. Os seus últimos anos foram cheios de sofrimentos, vindo-lhe estes em boa parte dos seus religiosos, «que já não tinham confiança nele».
«Eis-me aqui, Senhor, no Jardim das Oliveiras, humilhai-me, despojai-me; dai-me a cruz, contanto que me deis também o vosso amor e a vossa graça».
RUTÍLIO, Santo
Na África Setentrional, na actual Tunísia, a comemoração de São RUTÍLIO mártir, que, mudando várias vezes de residência para fugir à perseguição e pagando por vezes o resgate com dinheiro, por fim foi inesperadamente preso e entregue ao governador; depois de ter sofrido inumeráveis suplícios, foi lançado ao fogo e coroado gloriosamente com o martírio. (212)
CENTOLA de Burgos, Santa
No território de Burgos, Hispânia (hoje Espanha), Santa CENTOLA mártir, (data incerta)
MÁXIMO de Pádua, Santo
Em Pádua, na Venécia hoje na Itália, São MÁXIMO bispo que é considerado sucessor de São PROSDÓCIMO. (séc. III)
SERENO de Marselha, Santo
Em Marselha, na Provença, Gália, hoje França, São SERENO bispo, que deu hospitalidade a Santo Agostinho e seus companheiros enviados pelo papa São GREGÓRIO MAGNO para a evangelização da Inglaterra e, quando se dirigia a Roma, morreu em Vercelas, Itália. (601)
BETÁRIO DE CHARTRES, Santo
Em Em Chartres, na Nêustria, hoje França, São BETÁRIO bispo. (623)
PEDRO DE OSMA, Santo
Em Palência, Castela, Espanha, o passamento de São PEDRO bispo de Osma, que primeiramente foi monge, depois arcediago da igreja de Toledo e finalmente eleito para a sede de Osma, pouco antes libertada do domínio dos Mouros e que ele reconstituiu com grande zelo pastoral. (1109)
FILIPE DE JESUS MUNÁRRIZ AZCONA,
JOÃO DÍAZ NOSTI e LEÔNCIO PÉREZ RAMOS, Beatos
Em Barbastro, Espanha, os beatos FILIPE DE JESUS MUNÁRRIS AZCONA, JOÃO DÍAZ NOSTI e LEÔNCIO PÉREZ RAMOS presbiteros e mártires, que eram Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria e, durante a perseguição contra a Igreja, foram fuzilados às portas do cemitério, em ódio à vida religiosa. (1936)
FRANCISCO CALVO BURILLO, Beato
Em Hijar, Teruel, Espanha, o beato FRANCISCO CALVO BURILLO presbitero da Ordem dos Pregadores e mártir que, na mesma perseguição contra a fé sofre o martirio. (1936)
FRANCISCO TOMÁS SERER, Beato
Em Hijar, Teruel, Espanha, o beato FRANCISCO CALVO BURILLO presbitero da Ordem dos Pregadores e mártir que, na mesma perseguição contra a fé sofre o martirio. (1936)
FRANCISCO TOMÁS SERER, Beato
Em Madrid, Espanha, o beato FRANCISCO TOMÁS SERER presbitero da Congregalção dos Terciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores, que na mesma perseguição derramou o seu sangue por Cristo. (1936)
JUSTINO MARIA DA SANTÍSSIMA TRINDADE (Justino Russolílio), Beato
Em Pianura, na Campânia, Itália, o Beato JUSTINO MARIA DA SANTÍSSIMA TRINDADE (Justino Russolílio), presbitero da diocese de Nápoles, e fundador da Sociedade das Divinas Vocações. (1955)
... E AINDA ...
ALFREDA (Etelreda) de Crowland, Santa
Alfreda è uno dei sei-sette nomi con cui è conosciuta s. Eteldreda, reclusa a Crowland in Inghilterra; nacque nell’VIII secolo in Mercia, uno dei tre regni anglosassoni, fondati nel V-VI secolo dall’antica popolazione germanica degli Angli, dalla quale deriva l’attuale nome dell’Inghilterra (England = terra degli Angli).
Alfreda o Eteldreda era figlia di Offa re di Mercia († 796) e di Coenthryth, il suo nome si trova menzionato tra le figlie di re Offa in un ‘privilegio’ concesso dal sovrano nel 787. Notizie su di lei provengono dalla ‘Cronaca’ di Crowland del secolo XIV o XV che si ipotizzava fosse opera dell’abate Ingulf († 1109) nel quale si narra che s. Alfreda o Eteldreda sarebbe stata fidanzata di Etelberto, re dell’Anglia Orientale (altro regno fondato dagli Angli), il quale fu assassinato (794) sembra da Offa.
L’omicidio è documentato, ad ogni modo dopo la sua morte, la fidanzata Alfreda come volesse riparare al violento delitto, si ritirò nella badia di Crowland nello Yorkshire, nell’Inghilterra nord-orientale, dove occupò una cella da reclusa, nella parte meridionale della chiesa, presso l’altare maggiore.
Nella suddetta abbazia di Crowland, trovò rifugio per quattro mesi nell’827, suo cognato Wiglaf re di Mercia, che era stato sconfitto da Egbert re del Wessex, altra regione della futura Inghilterra.
Nell’830 Wiglaf riconquistò il regno e volle ricambiare l’ospitalità ricevuta, confermando alla badia tutti i possedimenti, nello stesso tempo esaltò la santità della cognata, lì reclusa.
Alfreda morì dopo l’833; le sue reliquie vennero distrutte quando nell’870, l’abbazia fu saccheggiata dai Danesi. La sua festa è celebrata al 2 agosto.
Alfreda o Eteldreda era figlia di Offa re di Mercia († 796) e di Coenthryth, il suo nome si trova menzionato tra le figlie di re Offa in un ‘privilegio’ concesso dal sovrano nel 787. Notizie su di lei provengono dalla ‘Cronaca’ di Crowland del secolo XIV o XV che si ipotizzava fosse opera dell’abate Ingulf († 1109) nel quale si narra che s. Alfreda o Eteldreda sarebbe stata fidanzata di Etelberto, re dell’Anglia Orientale (altro regno fondato dagli Angli), il quale fu assassinato (794) sembra da Offa.
L’omicidio è documentato, ad ogni modo dopo la sua morte, la fidanzata Alfreda come volesse riparare al violento delitto, si ritirò nella badia di Crowland nello Yorkshire, nell’Inghilterra nord-orientale, dove occupò una cella da reclusa, nella parte meridionale della chiesa, presso l’altare maggiore.
Nella suddetta abbazia di Crowland, trovò rifugio per quattro mesi nell’827, suo cognato Wiglaf re di Mercia, che era stato sconfitto da Egbert re del Wessex, altra regione della futura Inghilterra.
Nell’830 Wiglaf riconquistò il regno e volle ricambiare l’ospitalità ricevuta, confermando alla badia tutti i possedimenti, nello stesso tempo esaltò la santità della cognata, lì reclusa.
Alfreda morì dopo l’833; le sue reliquie vennero distrutte quando nell’870, l’abbazia fu saccheggiata dai Danesi. La sua festa è celebrata al 2 agosto.
BASÍLIO o Bento, Santo
Il culto per s. Basilio il Grande vescovo di Cesarea del IV secolo, Dottore della Chiesa, è sin dall’antichità molto diffuso nei Paesi Orientali compresa la Russia.
Ma il più grande tempio, famosissimo, eretto a Mosca nel 1555-60 sulla odierna Piazza Rossa, adiacente il Cremlino, dedicato a s. Basilio, non tutti sanno che si tratta di un altro santo omonimo, tipicamente russo, conosciuto come san Basilio il Benedetto.
Egli è anche chiamato il Beato o il Buono e appartiene a quella ristretta categoria di quasi eremiti venerati nella Chiesa russa, chiamati “folli per Cristo”, penitenti che spogli di tutto, avevano comportamenti stravaganti non facilmente comprensibili, senza casa, vivevano di elemosine, seminudi e scalzi in tutte le stagioni, avevano però un carisma che attirava il rispetto della gente, pregavano, quando occorreva rimproveravano i viziosi e gli ingiusti, avevano spesso il dono della profezia.
Basilio nacque nel dicembre 1468 da genitori contadini, in un sobborgo alla periferia di Mosca, fu avviato al mestiere di calzolaio, ma già da fanciullo dimostrò di apprezzare la preghiera solitaria e man mano che cresceva, preferiva la vita ascetica, desideroso di arricchirsi di doni spirituali.
Già a 16 anni mentre era nel negozio di calzolaio, si mise a ridere alla richiesta di un cliente facoltoso che ordinava scarpe che dovevano durare svariati anni, interrogato dal padrone del perché del suo ridere, rispose: ”Mi sembra strano che quel signore ordini delle scarpe per alcuni anni, dato che morirà domani”.
La sua predizione si avverò e a quel punto il giovane Basilio non volle rimanere più nella bottega del calzolaio, sentendosi chiamato alla vita di “folle per Cristo”.
Trascorreva le giornate nelle strade e piazze di Mosca in mezzo alla folla vociante e cercava la compagnia dei mendicanti e dei disgraziati. Qualche volta accettava l’ospitalità della vedova boiara Stefanida Jurlova, ma le notti le passava sulle soglie delle chiese, lacrimando per i peccati degli uomini.
In tutte le stagioni camminava seminudo e scalzo fingendo di essere muto; affermava di continuo: “Se l’inverno è atroce, il paradiso è dolce”. Condusse questo genere di vita fino alla morte, rimproverando i viziosi, esortando tutti a praticare la verità e il bene.
Si comportava a volte proprio come un pazzo, rovesciando le bancarelle del mercato del pane e le brocche del ‘kvas’ (bevanda fermentata russa), suscitando le ire dei venditori, i quali lo percuotevano e lui accettava tutto con gioia ringraziando Dio; più in seguito si comprese il motivo di ciò, i prodotti erano preparati con sostanze pericolose e il ‘kvas’ non era genuino.
Compì un giorno un gesto sacrilego, distrusse l’icona della Madonna venerata presso la Porta S. Barbara a Mosca, il motivo era che solo lui riusciva a vedere, dipinta sotto l’immagine di Maria, quella del demonio.
L’ammirazione popolare per Basilio cresceva di giorno in giorno come uomo di Dio e castigatore di costumi perversi, veniva considerato successore di Massimo altro “folle per Cristo” morto 50 anni prima e venerato in tutta la città.
La sua fama di santità raggiunse anche la corte, infatti lo zar Ivan il Terribile, volle provare se Basilio si facesse corrompere dall’oro; lo convocò a corte, lo rivestì di splendidi vestiti e gli regalò dei lingotti d’oro, poi lo fece seguire per osservare il suo comportamento. Questi lasciato il palazzo reale, si recò sulla Piazza Rossa per consegnare l’oro ad un commerciante straniero, meravigliato di ciò lo zar chiese spiegazioni del perché avesse dato l’oro ad un ricco invece che ai poveri e Basilio rispose: “Quel commerciante era molto ricco, ma la sua flotta affondò lasciandogli come sola ricchezza il lussuoso vestito che portava addosso, da tre giorni non mangiava e vestito così si vergognava di chiedere l’elemosina, mentre i poveri non arrossiscono e riescono a procurarsi il necessario”.
Nonostante che rimproverasse continuamente lo zar per i suoi comportamenti sanguinari, Ivan il Terribile portò per lui una profonda venerazione, lo andò perfino a visitare insieme alla famiglia quando Basilio fu affetto da grave malattia. Il prevedere l’avvenire fu uno dei doni carismatici di cui fu rivestito e questo lo portò ad essere fortemente venerato sia dal popolo, che dai potenti; nonostante la vita di stenti che condusse, Basilio “il folle di Cristo”, visse fino agli 88 anni, morendo il 2 agosto 1557; ai funerali partecipò una folla immensa con il patriarca di Mosca, Macario; lo stesso zar portò a spalla il feretro fino alla chiesa eretta nella Piazza Rossa in onore della Protezione della Madre di Dio. Il popolo cambiò il nome alla cattedrale chiamandola appunto di S. Basilio il Benedetto; dopo la morte cominciarono ad avvenire numerosi miracoli e fu subito venerato dai fedeli, la Chiesa russa lo annoverò fra i suoi santi nel 1588.
Fino allo scoppio della rivoluzione bolscevica, le reliquie si trovavano nella cattedrale di Mosca, di cui s. Basilio è patrono. La festa liturgica è celebrata il 2 agosto e una volta veniva fatta alla presenza dello zar.
Il culto per s. Basilio il Grande vescovo di Cesarea del IV secolo, Dottore della Chiesa, è sin dall’antichità molto diffuso nei Paesi Orientali compresa la Russia.
Ma il più grande tempio, famosissimo, eretto a Mosca nel 1555-60 sulla odierna Piazza Rossa, adiacente il Cremlino, dedicato a s. Basilio, non tutti sanno che si tratta di un altro santo omonimo, tipicamente russo, conosciuto come san Basilio il Benedetto.
Egli è anche chiamato il Beato o il Buono e appartiene a quella ristretta categoria di quasi eremiti venerati nella Chiesa russa, chiamati “folli per Cristo”, penitenti che spogli di tutto, avevano comportamenti stravaganti non facilmente comprensibili, senza casa, vivevano di elemosine, seminudi e scalzi in tutte le stagioni, avevano però un carisma che attirava il rispetto della gente, pregavano, quando occorreva rimproveravano i viziosi e gli ingiusti, avevano spesso il dono della profezia.
Basilio nacque nel dicembre 1468 da genitori contadini, in un sobborgo alla periferia di Mosca, fu avviato al mestiere di calzolaio, ma già da fanciullo dimostrò di apprezzare la preghiera solitaria e man mano che cresceva, preferiva la vita ascetica, desideroso di arricchirsi di doni spirituali.
Già a 16 anni mentre era nel negozio di calzolaio, si mise a ridere alla richiesta di un cliente facoltoso che ordinava scarpe che dovevano durare svariati anni, interrogato dal padrone del perché del suo ridere, rispose: ”Mi sembra strano che quel signore ordini delle scarpe per alcuni anni, dato che morirà domani”.
La sua predizione si avverò e a quel punto il giovane Basilio non volle rimanere più nella bottega del calzolaio, sentendosi chiamato alla vita di “folle per Cristo”.
Trascorreva le giornate nelle strade e piazze di Mosca in mezzo alla folla vociante e cercava la compagnia dei mendicanti e dei disgraziati. Qualche volta accettava l’ospitalità della vedova boiara Stefanida Jurlova, ma le notti le passava sulle soglie delle chiese, lacrimando per i peccati degli uomini.
In tutte le stagioni camminava seminudo e scalzo fingendo di essere muto; affermava di continuo: “Se l’inverno è atroce, il paradiso è dolce”. Condusse questo genere di vita fino alla morte, rimproverando i viziosi, esortando tutti a praticare la verità e il bene.
Si comportava a volte proprio come un pazzo, rovesciando le bancarelle del mercato del pane e le brocche del ‘kvas’ (bevanda fermentata russa), suscitando le ire dei venditori, i quali lo percuotevano e lui accettava tutto con gioia ringraziando Dio; più in seguito si comprese il motivo di ciò, i prodotti erano preparati con sostanze pericolose e il ‘kvas’ non era genuino.
Compì un giorno un gesto sacrilego, distrusse l’icona della Madonna venerata presso la Porta S. Barbara a Mosca, il motivo era che solo lui riusciva a vedere, dipinta sotto l’immagine di Maria, quella del demonio.
L’ammirazione popolare per Basilio cresceva di giorno in giorno come uomo di Dio e castigatore di costumi perversi, veniva considerato successore di Massimo altro “folle per Cristo” morto 50 anni prima e venerato in tutta la città.
La sua fama di santità raggiunse anche la corte, infatti lo zar Ivan il Terribile, volle provare se Basilio si facesse corrompere dall’oro; lo convocò a corte, lo rivestì di splendidi vestiti e gli regalò dei lingotti d’oro, poi lo fece seguire per osservare il suo comportamento. Questi lasciato il palazzo reale, si recò sulla Piazza Rossa per consegnare l’oro ad un commerciante straniero, meravigliato di ciò lo zar chiese spiegazioni del perché avesse dato l’oro ad un ricco invece che ai poveri e Basilio rispose: “Quel commerciante era molto ricco, ma la sua flotta affondò lasciandogli come sola ricchezza il lussuoso vestito che portava addosso, da tre giorni non mangiava e vestito così si vergognava di chiedere l’elemosina, mentre i poveri non arrossiscono e riescono a procurarsi il necessario”.
Nonostante che rimproverasse continuamente lo zar per i suoi comportamenti sanguinari, Ivan il Terribile portò per lui una profonda venerazione, lo andò perfino a visitare insieme alla famiglia quando Basilio fu affetto da grave malattia. Il prevedere l’avvenire fu uno dei doni carismatici di cui fu rivestito e questo lo portò ad essere fortemente venerato sia dal popolo, che dai potenti; nonostante la vita di stenti che condusse, Basilio “il folle di Cristo”, visse fino agli 88 anni, morendo il 2 agosto 1557; ai funerali partecipò una folla immensa con il patriarca di Mosca, Macario; lo stesso zar portò a spalla il feretro fino alla chiesa eretta nella Piazza Rossa in onore della Protezione della Madre di Dio. Il popolo cambiò il nome alla cattedrale chiamandola appunto di S. Basilio il Benedetto; dopo la morte cominciarono ad avvenire numerosi miracoli e fu subito venerato dai fedeli, la Chiesa russa lo annoverò fra i suoi santi nel 1588.
Fino allo scoppio della rivoluzione bolscevica, le reliquie si trovavano nella cattedrale di Mosca, di cui s. Basilio è patrono. La festa liturgica è celebrata il 2 agosto e una volta veniva fatta alla presenza dello zar.
FREDERICO CAMPISANI, Beato
Il Beato Federico nacque a Siracusa dalla nobile famiglia dei Campisano tra il 1250 e il 1260.
Sin da ragazzo fu attratto dall’ascolto della Parola di Dio e appena poté, vestì l’abito francescano come penitente.
Si ritirò eremita solitario nella Penisola della Maddalena, chiamata così da una chiesetta intitolata alla santa penitente che poi divenne il luogo ove visse il beato Federico, nella zona del Plemmirio in Contrada Isola. Con la visione dell’immenso mare e della mitica Ortigia, visse una vita piena di virtù e densa per i miracoli che avvenivano per sua intercessione; si racconta della liberazione dal demonio di vari ossessi, guarigioni da varie infermità e della risuscitazione di un morto, ebbe il dono della profezia.
Il 2 agosto 1335, il solitario della Maddalena si addormentò nel Signore, pieno di meriti e fra il compianto di quanti a lui ricorrevano per il soccorso del corpo e dello spirito.
Il primo processo canonico nel 1336 fu voluto dal vescovo di Siracusa Pietro De Montecateno; nel 1761 il vescovo Giuseppe Antonio De Requesens ne dispose la ricognizione canonica delle reliquie.
La devozione e il culto per il beato Federico ha avuto alti e bassi nel corso dei secoli, è riaffiorata nei nostri tempi, quasi a volerci indicare la strada della perfezione da ricercare nel silenzio, oggi talmente difficile con i ritmi e il frastuono della vita moderna. Ma se si riuscirà a creare il silenzio intorno a noi, ritornerà la contemplazione della natura e saremo ancora in grado di ascoltare la Parola di Dio.
HABIB, Santo
L’antico maestro di s. Paolo, che allora si chiamava Saulo, lo invitava ad adoperarsi, perché fossero dati i dovuti onori ai resti del protomartire s. Stefano, che si trovavano sepolti nel territorio dello stesso villaggio.
Infatti dopo il martirio, per ordine del sommo sacerdote, il corpo del martire fu gettato tra i rifiuti, ma Gamaliele lo fece raccogliere e portare nella sua proprietà di Kefar-Gamla in un sepolcro nuovo. Sempre nei sogni il vecchio Gamaliele rivelava a Luciano, che nel sepolcro stesso vi erano anche i resti del suo corpo, di suo figlio Habib e quelli di Nicodemo, membro del Sinedrio, che convertitosi al cristianesimo, dovette lasciare la carica e rifugiarsi nella sua casa di campagna, dove poi morì e venne sepolto vicino al santo protomartire.
Contemporaneamente, sempre in sogno, Gamaliele rivelava al monaco Megezio il luogo preciso del sepolcro, mentre il sacerdote Luciano avvertiva del sogno il vescovo Giovanni. Effettivamente, individuato il sepolcro e sollevata la pietra tombale con incisi in greco quattro nomi ebraici, si trovarono i corpi, presente anche il vescovo Giovanni.
Su invito di s. Avito di Braga, il sacerdote Luciano scrisse il racconto delle rivelazioni, che lo stesso Avito tradusse dal greco al latino e che ebbe poi una larga diffusione e senza nessuna contraddizione; la devozione per s. Stefano si diffuse in tutta la Chiesa e le sue reliquie vennero chieste dovunque, con numerosissimi miracoli dovuti alla sua intercessione.
Questo racconto portò dovunque, oltre i nomi già conosciuti di Gamaliele e Nicodemo, anche quello di Habib (Abibo, Abibas, Abibabel). Secondo il già citato racconto, Habib sarebbe stato il secondo figlio prediletto dell’esponente del Sinedrio Gamaliele e compagno di Saulo, quando questi era alla scuola di Gamaliele; convertitosi insieme al padre al cristianesimo, sarebbe stato battezzato dagli apostoli, mentre il fratello maggiore e la madre, rimasti fedeli al giudaismo, sarebbero andati a vivere da soli in una proprietà di quest’ultima.
Rimasto solo con il padre, Habib gli premorì appena ventenne; nel sogno Gamaliele indicava il sepolcro del figlio con la visione di un cestello argenteo, contenente fiori di zafferano esalanti un soave profumo, simbolo del candore e della verginità di Habib.
Al tempo delle crociate, come attestano alcune iscrizioni, le reliquie di Habib, Gamaliele e Nicodemo, furono portate a Pisa ed esposte alla venerazione dei fedeli nella cattedrale della città.
I tre santi, dopo il racconto di Luciano, vennero ricordati ovunque nei Martirologi, nella ricorrenza dell’invenzione delle reliquie di s. Stefano, che aveva comunque date diverse, secondo i vari Martirologi, maggiormente al 2 agosto. Dal 1961 tale ricorrenza fu abolita ed i tre santi hanno una menzione propria a volte da soli, a volte accomunati fra loro.
(Indulgências da Porciúncula)
La maestosa Basilica di Santa Maria degli Angeli in Porziuncola, costruita su interessamento di S. Pio V a partire dal 1569 e che sorge a circa 4 chilometri da Assisi, racchiude tra le sue mura l’antica cappella della Porziuncola, legata alla memoria di S. Francesco d’Assisi, essendo la stessa culla degli ordini francescani.
Oggi, essa sulla sua facciata ha un affresco raffigurante l’istituzione del Perdono di Assisi, opera di G. F. Overbek di Lubecca (1829-1830), il quale ha così voluto decorare quell’insigne luogo. Le volte annerite, le pareti sobrie con tracce di affreschi del XIV sec., all’interno, creano un ambiente suggestivo che invita alla preghiera. Dietro l’altare vi è uno splendido polittico, con fondo in oro del prete Ilario da Viterbo (1393), nel cui centro è raffigurata “L’Annunciazione” e nei riquadri circostanti episodi della vita di S. Francesco in relazione sempre alla concessione dell’indulgenza del Perdono.
Il santo pontefice Pio X ha elevato la Chiesa di S. Maria degli Angeli alla dignità di Basilica Patriarcale, con Cappella Papale e le ha confermato il titolo di “Capo e Madre di tutto l'Ordine dei Frati Minori”.
E non poteva essere diversamente, visto il grande affetto che Francesco nutriva per questo posto. Il Santo fissò “qui la sua dimora - dice S. Bonaventura nella “Legenda Major” - per la riverenza che aveva verso gli Angeli e per il grande amore alla Madre di Cristo”, cui la chiesina era dedicata (Leg Maj III, 1).
Lo stesso Poverello – racconta il suo biografo Tommaso da Celano – raccomandava ai suoi frati: “Guardatevi dal non abbandonare mai questo luogo. Se ne foste scacciati da una parte, rientratevi dall’altra, perché questo è luogo santo e abitazione di Dio. Qui, quando eravamo pochi, l’Altissimo ci ha moltiplicato; qui ha illuminato con la sua sapienza i cuori dei suoi poverelli; qui ha acceso il fuoco del suo amore nelle nostre volontà. Qui, chi pregherà con devozione, otterrà ciò che ha chiesto, e chi lo profanerà sarà maggiormente punito. Perciò, figli miei, stimate degno di ogni onore questo luogo, dimora di Dio, e con tutto il vostro cuore, con voce esultante, qui, inneggiate al Signore” (1 Cel. 106:503).
In questa umile chiesa, già appartenuta ai monaci benedettini di Subasio e restaurata dallo stesso Poverello, fu fondato l’Ordine dei Frati Minori (nel 1209). Qui, nella notte tra il 27 e 28 marzo 1211, Chiara di Favarone di Offreduccio ricevette dal Santo l'abito religioso, dando origine all’ordine della Clarisse. Nella Porziuncola, nell’anno 1221, si riunì il famoso “Capitolo delle stuoie”, al quale presero parte ben cinquemila frati, provenienti da ogni parte d'Europa, per pregare, ragionare della salute dell'anima e per discutere la nuova Regola francescana. Sempre qui Francesco piamente spirò, steso sulla nuda terra, al tramonto del 3 ottobre 1226.
Ancora in tale santo luogo, il Santo d’Assisi ebbe la divina ispirazione di chiedere al papa l’indulgenza che fu poi detta, appunto, della Porziuncola o Grande Perdono, la cui festa si celebra il 2 agosto.
È il Diploma di fr. Teobaldo, vescovo di Assisi, uno dei documenti più diffusi, a riferirlo.
S. Francesco, in una imprecisata notte del luglio 1216, mentre se ne stava in ginocchio innanzi al piccolo altare della Porziuncola, immerso in preghiera, vide all’improvviso uno sfolgorante chiarore rischiarare le pareti dell’umile chiesa.
Seduti in trono, circondati da uno stuolo di angeli, apparvero, in una luce sfavillante, Gesù e Maria. Il Redentore chiese al suo Servo quale grazia desiderasse per il bene degli uomini.
S. Francesco umilmente rispose: “Poiché è un misero peccatore che Ti parla, o Dio misericordioso, egli Ti domanda pietà per i suoi fratelli peccatori; e tutti coloro i quali, pentiti, varcheranno le soglie di questo luogo, abbiano da te o Signore, che vedi i loro tormenti, il perdono delle colpe commesse”.
“Quello che tu chiedi, o frate Francesco, è grande - gli disse il Signore -, ma di maggiori cose sei degno e di maggiori ne avrai. Accolgo quindi la tua preghiera, ma a patto che tu domandi al mio vicario in terra, da parte mia, questa indulgenza”.
Era l’Indulgenza del Perdono.
Alle prime luci dell’alba, quindi, il Santo d’Assisi, prendendo con sé solo frate Masseo di Marignano, si diresse verso Perugia, dove allora si trovava il Papa. Sedeva sul soglio di Pietro, dopo la morte del grande Innocenzo III, papa Onorio III, uomo anziano ma molto buono e pio, che aveva dato ciò che aveva ai poveri.
Il Pontefice, ascoltato il racconto della visione dalla bocca del Poverello di Assisi, chiese per quanti anni domandasse quest’indulgenza. Francesco rispose che egli chiedeva “non anni, ma anime” e che voleva “che chiunque verrà a questa chiesa confessato e contrito, sia assolto da tutti i suoi peccati, da colpa e da pena, in cielo e in terra, dal dì del battesimo infino al dì e all’ora ch’entrerà nella detta chiesa”.
Si trattava di una richiesta inusitata, visto che una tale indulgenza si era soliti concederla soltanto per coloro che prendevano la Croce per la liberazione del Santo Sepolcro, divenendo crociati.
Il papa, infatti, fece notare al Poverello che “Non è usanza della corte romana accordare un’indulgenza simile”. Francesco ribatté: “Quello che io domando, non è da parte mia, ma da parte di Colui che mi ha mandato, cioè il Signore nostro Gesù Cristo”.
Nonostante, quindi, l’opposizione della Curia, il pontefice gli accordò quanto richiedeva (“Piace a Noi che tu l’abbia”).
Sul punto di accomiatarsi, il pontefice chiese a Francesco – felice per la concessione ottenuta – dove andasse “senza un documento” che attestasse quanto ottenuto. “Santo Padre, - rispose il Santo - a me basta la vostra parola! Se questa indulgenza è opera di Dio, Egli penserà a manifestare l'opera sua; io non ho bisogno di alcun documento, questa carta deve essere la Santissima Vergine Maria, Cristo il notaio e gli Angeli i testimoni”.
L’indulgenza fu ottenuta, quindi, “vivae vocis oraculo”.
Il 2 agosto 1216, dinanzi una grande folla, S. Francesco, alla presenza dei vescovi dell’Umbria (Assisi, Perugina, Todi, Spoleto, Nocera, Gubbio e Foligno), con l’animo colmo di gioia, promulgò il Grande Perdono, per ogni anno, in quella data, per chi, pellegrino e pentito, avesse varcato le soglie del tempietto francescano.
Tale indulgenza è lucrabile, per sé o per le anime del Purgatorio, da tutti i fedeli quotidianamente, per una sola volta al giorno, per tutto l’anno in quel santo luogo e, per una volta sola, dal mezzogiorno del 1° agosto alla mezzanotte del giorno seguente, oppure, con il consenso dell’Ordinario del luogo, nella domenica precedente o successiva (a decorrere dal mezzogiorno del sabato sino alla mezzanotte della domenica), visitando una qualsiasi altra chiesa francescana o basilica minore o chiesa cattedrale o parrocchiale.
Nel 1279, il frate Pietro di Giovanni Olivi scriveva che “essa indulgenza è di grande utilità al popolo che è spinto così alla confessione, contrizione ed emendazione dei peccati, proprio nel luogo dove, attraverso san Francesco e Santa Chiara, fu rivelato lo stato di vita evangelica adatto a questi tempi”.
Nel 1303, Perugia, città che aveva avuto l’onore di ospitare in più occasioni la curia papale, ricevette dal pontefice Benedetto XI (1302-1304), ancora solo “vivae vocis oracolo”, un’indulgenza “ad instar Portiuncule”, cioè plenaria come quella della Porziuncola.
La diffusione del movimento francescano contribuì anche all'espansione dell’indulgenza legata al Perdono di Assisi, tanto che divenne una pratica consolidata in tutta la cristianità.
Paolo VI, nel riordinare le indulgenze, nella Costituzione Apostolica “Indulgentiarum doctrina” del 1° gennaio 1967, chiariva che “l’indulgenza è la remissione dinanzi a Dio della pena temporale per i peccati, già rimessi quanto alla colpa, che il fedele, debitamente disposto e a determinate condizioni, acquista per intervento della Chiesa, la quale, come ministra della redenzione, autoritativamente dispensa ed applica il tesoro delle soddisfazioni di Cristo e dei santi” (Norme n. 1). Prescriveva, ancora, che “l’indulgenza plenaria può essere acquistata una sola volta al giorno … Per acquistare l’indulgenza plenaria è necessario eseguire l’opera indulgenziata ed adempiere tre condizioni: confessione sacramentale, comunione eucaristica e preghiera secondo le intenzioni del sommo pontefice (almeno un Padre nostro, un Ave ed un Gloria al Padre, ndr). Si richiede inoltre che sia escluso qualsiasi affetto al peccato anche veniale” (Norme nn. 6 e 7).
Ed, infine, stabiliva che “nelle chiese parrocchiali si può lucrare inoltre l’indulgenza plenaria due volte all’anno, cioè nella festa del santo titolare e il 2 agosto, in cui ricorre l’indulgenza della Porziuncola, oppure in altro giorno opportunamente stabilito dall’ordinario. Le predette indulgenze si possono acquistare o nei giorni sopra stabiliti, oppure, col consenso dell’ordinario, la domenica antecedente o successiva” (Norme n. 15) e che “l’opera prescritta per lucrare l’indulgenza plenaria annessa a una chiesa o a un oratorio consiste nella devota visita di questi luoghi sacri, recitando in essi un Pater e un Credo” (Norme n. 16).
La Sacra Penitenzieria Apostolica il 29 giugno 1968 pubblicava l'“Enchiridion indulgentiarum” o “Manuale delle indulgenze” il cui par. 65, intitolato “Visitatio ecclesiae paroecialis”, statuiva che l'indulgenza plenaria al fedele che piamente visita la chiesa parrocchiale nella festa del Titolare od il giorno 2 agosto, in cui ricorre l'indulgenza della “Porziuncola”, può essere acquistata “o nel giorno sopra indicato, oppure in un altro giorno da stabilirsi dall'Ordinario secondo l'utilità dei fedeli. La chiesa cattedrale e, eventualmente, la chiesa concattedrale, anche se non sono parrocchiali, ed inoltre le chiese quasi-parrocchiali, godono delle medesime indulgenze. Nella pia visita, in conformità alla Norma 16 della Costituzione Apostolica (Indulgentiarum doctrina, ndr), il fedele deve recitare un Padre Nostro e un Credo”.
Tale disposizione è stata sostanzialmente mantenuta inalterata anche nell’attuale edizione (la quarta) dell’“Enchiridion indulgentiarum - Normae et concessiones” pubblicato il 16 luglio 1999 dalla Paenitentiaria Apostolica (conc. 33, par. 1, nn. 2°, 3°, 5°).
Nel santuario della Porziuncola, ad Assisi, invece, grazie anche ad uno speciale decreto della Penitenzeria Apostolica datato 15 luglio 1988 (Portiuncolae sacrae aedes) si può lucrare, alle medesime condizioni, durante tutto l‚anno, una sola volta al giorno.
PERDÃO DA PORCIÚNCULA
(PERDONNO DELLA PORZIUNCULA)
Da mezzogiorno del 1° agosto a mezzanotte del 2 è il tempo del cosiddetto Perdono della Porziuncola, durante il quale si può acquisire l’indulgenza plenaria, una sola volta all’anno, per sé o per un defunto. La tradizione narra che san Francesco d’Assisi la domandò direttamente a Gesù Cristo, quando ne ricevette l’apparizione in una nottata del 1216, insieme con la Madonna e con numerosi angeli, mentre egli si trovava in preghiera nella chiesetta della Porziuncola.
Francesco, nato intorno al 1182 ad Assisi (dove morirà nel 1226), aveva ormai abbracciato la vita religiosa da una decina d’anni ed era superiore dell’Ordine, riconosciuto da papa Innocenzo III nel 1210. Ciò nonostante, secondo le antiche fonti, il frate era stato colto dalla violenta tentazione di abbandonare la vocazione consacrata e di tornare nel mondo a godersi le ricchezze paterne. Per vincere la diabolica istigazione si era gettato nudo in mezzo a un roveto, che si trasformò in un cespuglio di rose prive di spine.
A quel punto due angeli gli erano apparsi dinanzi e lo avevano condotto in cappella, dove il Signore gli chiese che cosa desiderasse per la salvezza delle anime. La risposta di Francesco fu pronta: «Benché io sia misero e peccatore, ti prego che a quanti – pentiti e confessati – verranno a visitare questa chiesa, tu conceda ampio e generoso perdono, con una completa remissione di tutte le colpe». Anche la reazione di Gesù fu immediata: «Quello che tu chiedi, o frate Francesco, è grande, ma di maggiori cose sei degno e maggiori ne avrai. Accolgo quindi la tua preghiera, ma a patto che tu domandi al mio Vicario in terra, da parte mia, questa indulgenza».
Francesco si recò da papa Onorio III, il quale diede l’approvazione, chiedendogli per quanti anni volesse tale indulgenza. Il frate replicò: «Padre santo, non domando anni, ma anime!». Fra le condizioni – oltre alle consuete della confessione, comunione e preghiera secondo le intenzioni del Sommo Pontefice – c’è anche la visita a una chiesa parrocchiale o a una chiesa francescana, con la recita del Padre nostro e del Credo, la professione di fede che venne elaborata nei Concili di Nicea (325) e di Costantinopoli (381), per cui si definisce anche «Simbolo niceno-costantinopolitano».
»»»»»»»»»»»»»»»»
&&&&&&&&&&&
Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto
&&&&&&&&&&&
Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto
Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.
Textos recolhidos
Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.
Textos recolhidos
In
MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII
e através dos sites:
Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral,
e do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga, além de outros, eventualmente
"""""""""""""""
Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres.
Quanto às de minha autoria, não coloco quaisquer entraves para quem quiser copiá-las
Terminal de cruzeiros
Matosinhos.
ANTÓNIO FONSECA