CAROS AMIGOS:
As minhas melhores Saudações de Amizade e Gratidão e acima de tudo desejo
que os meus leitores e/ou simples visitantes, continuem a passar os seus olhares por este Blogue e façam os comentários favoráveis ou não, como entenderem
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Nº 4 1 6 0
SÉRIE DE 2020 - (Nº 0 9 0)
30 DE MARÇO DE 2020
SANTOS DE CADA DIA
SANTOS DE CADA DIA
(Nº 1 4 6)
1 3º A N O
1 3º A N O
LOUVADO SEJA PARA SEMPRE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E
SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E
SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA
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Todos os Católicos com verdadeira Fé,
deverão recordar, comemorar e até imitar a
Vida dos Santos e Beatos de cada dia
(ao longo dos tempos) e durante toda a vida
deverão recordar, comemorar e até imitar a
Vida dos Santos e Beatos de cada dia
(ao longo dos tempos) e durante toda a vida
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JOÃO CLÍMACO, Santo
No monte Sinai, no Egipto, São JOÃO abade, que escreveu para instrução dos monges o memorável tratado «Escada do Paraíso» no qual apresenta o caminho da perfeição espiritual na forma de uma escada de trinta degraus na subida da alma para Deus, o que lhe mereceu o sobrenome de "CLÍMACO". (649)
Do Livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:
O monte Sinai, com tantas recordações bíblicas, formam um maciço de cumes e vales pedregosos e muito secos, quase sem vegetação. Quando o visitou a religiosa ETÉRIA (de naturalidade galega, do século IV ou V), o Sinai estava povoado de monges. ETÉRIA viu diferentes mosteiros, capelas guardadas por monges, covas em que moravam anacoretas "e uma igreja no alto do vale; diante da igreja há um ameníssimo jardim com água abundante, no qual está a sarça; muito perto, indica-se o lugar onde estava São MOISÉS quando Deus lhe disse: «Desata a correia o teu calçado»".
O mosteiro de Santa CATARINA, único a manter a vida monacal naquelas paragens agrestes, está situado a mais de 2000 metros do sopé de Djebel-Musa ou monte de MOISÉS. Vive no mosteiro uma comunidade e monges ortodoxos gregos e conserva uma famosa biblioteca com 500 manuscritos antigos. No século XIX foi descoberto nela o Códice Sinaítico do século IV, com todo o Novo Testamento e a maior parte da versão grega do Antigo Testamento.
A recordação de MOISÉS e de ELIAS, aos quais falou Deus neste monte, atraiu desde os primeiros tempos, muitos anacoretas. Estes viveram em recintos fechados e só se permitia a vida solitária dentro da clausura. Cada mosteiro regia-se a seu modo, sem regra comum; mas todas estas se inspiravam nos preceitos que São BASÍLIO dera aos monges. Os divinos ofícios duravam seis horas. O resto do dia ocupavam-no em trabalhos manuais e no estudo. Teciam para si os vestuários; túnica áspera de pêlo de cabra ou de cordeiro, faixa, manta e sandálias. Preparavam pergaminhos, transcreviam e iluminavam códices. Comiam uma só vez ao dia e praticavam jejum rigorosíssimo na Quaresma e no Advento. A caridade em forma de hospitalidade era característica dos monges, Junto a cada mosteiro estava a hospedaria para peregrinos e viajantes.
Nesse ambiente correu a vida de São JOÃO CLÍMACO, o mais popular dos escritores ascéticos daqueles séculos, devido à sua única obra "Escada do Paraíso". Os poucos dados biográficos que chegaram até nós, conhecemo-los principalmente pelo monge DANIEL. Este redigiu-os pouco depois da morte do santo, como introdução ao livro dele.
JOÃO CLÍMACO vivera na segunda metade do século VI e primeira metade do VII. Era muito novo quando um dia se apresentou no mosteiro do Sinai, disposto a consagrar-se a Deus. Nem os bens da família, que eram muitos, nem a educação distinta que recebera, nem por um porvir risonho, foram obstáculo para iniciar uma vida humilde e austera. Tudo foi esquecendo heroicamente com as instruções dum excelente religioso chamado MARTÍRIO, e depois de três anos de noviciado - a duração que preceituava a regra - entrou na comunidade de monges. DANIEL afirma sem rodeios que ele era monge submisso e instruído em letras.
Uns anos depois, morreu o monge MARTÍRIO e o nosso Santo retirou-se para o extremo do monte, a uns cem metros duma ermida. Ali vivia mais perto de Deus, num antro apertado ou cela natural, que foi testemunha, durante muitos anos, das suas prolongadas orações, contemplações, penitências e lágrimas. Aprendeu aí o que, alguns anos mais tarde, aconselharia ao abade de Raytun numa carta ainda existente: "Entre todas as ofertas que podemos fazer a Deus, a mais agradável aos seus olhos é indiscutivelmente a santificação da alma por meio da penitência e da caridade". Aí venceu o demónio da gula, comendo pouco, ao mesmo tempo que dominava a vã glória, comendo de tudo o que lhe permitia a regra monástica, pois sabia que as abstinências extremas foram motivo de ostentação noutros monges. Passou 40 anos alheio à indolência, dado ao estudo e ao trabalho, sendo a oração prolongada e breve o sono, e mantendo-se parco no comer e benigno com os visitantes incómodos.
No principio viveu completamente isolado; correu porém a fama da sua erudição e santidade, e várias pessoas iam ter com ele em busca de conselho. JOÃO instruía-as com toda a caridade. Não faltaram invejosos que o censuraram de charlatão; por isso ele mesmo se impôs a penitência de não ensinar com palavras, mas com obras de penitência, de doçura e de modéstia. Isto durou até que os mesmos que o tinham difamado, foram pedir-lhe que reavivasse os seus divinos ensinamentos. passou horas de tristeza e desânimo, com vontade de tudo deixar correr. Mas logo se tranquilizava pensando agradar a jesus Cristo e terem muitos chegado à santidade por esse caminho.
Quando morreu o abade do Monte Sinai, os monges foram à procura de JOÃO e pediram-lhe que aceitasse o cargo de lhe suceder. O Santo, perante a insistência, sempre aceitou e foi para o mosteiro acompanhando-os. Não se tinha equivocado: JOÃO desempenhou o cargo com sabedoria, bondade de carácter e vida exemplar.
Sendo abade, redigiu, ou pelo menos terminou, a Escada do Paraíso, fruto da longa experiência ascética. Compõe-se de 30 degraus, que são outros tantos capítulos em que o Santo explica, em forma de aforismo e sentenças, as virtudes do monge e os vícios que terá de vencer. O estilo é muito simples e claro. Serve-se de exemplos vividos nos mosteiros. Assim diz-nos que, edificando-o a virtude do monge cozinheiro lhe perguntou uma vez como podia andar recolhido a cada momento, praticando um trabalho tão material. O cozinheiro respondeu-lhe: "Quando sirvo os monges, imagino comigo que sirvo ao próprio Deus na pessoa dos seus servidores, e o fogo da cozinha recorda-me as chamas que abrasarão os meus pecados eternamente". Os primeiros degraus da Escada do Paraíso são: a renúncia à vida do mundo, aos afectos terrenos, ao afecto pelos parentes, e a obediência, a penitência, o pensamento da morte e o dom das lágrimas ou, - como diz, - a tristeza que nos causa alegria.
"Caríssimos amigos, - escreve o santo - na hora da morte o juiz supremo não nos lançará em rosto não termos feito milagres, ou não termos sabido subutilizar em matérias elevadas de teologia, como também não termos chegado a um grau elevado de contemplação, mas sim de não termos chorado os nossos pecados de modo que merecêssemos o perdão».
Os graus seguintes são: a doçura que triunfa da cólera, esquecimento das injúrias, fugir da maledicência, pois esta seca a virtude da caridade; amor ao silêncio, porque muito falar leva à vanglória; fugir da mentira, que é acto de hipocrisia; combater o enfado e a preguiça, uma vez que esta última destrói por si só todas as virtudes; praticar a temperança, porque gulosar é hipocrisia do estômago, o qual diz nos vamos saciar com aquilo que realmente não sacia. Contentando a intemperança, vem a impureza; Daqui se segue que o grau seguinte seja amor á castidade. A castidade - diz - é dom de Deus, e para obtê-lo convém recorrer a Ele, pois a natureza não a podemos vencer só com as nossas forças. Seguem os graus que tratam da pobreza, virtude oposta à avareza; do endurecimento do coração, que é a morte da alma; do sono; do canto dos salmos; das vigílias; da timidez efeminada; da vanglória; do orgulho e da blasfémia. Depois, as virtudes tipicamente contemplativas: doçura da alma, humildade, vida interior, paz de alma, oração e recolhimento. O último grau do livro está dedicado ás virtudes teologais.
Levado pela caridade prática, mandou edificar uma hospedaria para peregrinos a pouca distância do mosteiro. Informado disto, o papa SÃO GREGÓRIO MAGNO quis ajudá-.lo, enviando-lhe uma quantia juntamente com uma carta, ainda conservada, em que se recomenda às orações de CLÍMACO.
Morreu com a mesma simplicidade com que vivera. A sua Escada do Paraíso depressa se tornou famosa. O livro copiou-se e leu-se em todos os mosteiros, foi traduzido para latim, e o autor imortalizou-se com o sobrenome de CLÍMACO, do grego Clymax, que significa "escada". Também lhe chamaram JOÃO O Escolástico, designação que apenas se dava a pessoas de muita doutrina.JOÃO CLÍMACO é um dos santos Padres da Igreja grega.
AMADEU IX (DE SABÓIA), Beato
Em Vercelli, no Piemonte - Itália, o beato AMADEU IX duque de Sabóia, que no seu governo promoveu por todos os meios a paz e favoreceu com Seus bens e ardente zelo a causa dos pobres, das viúvas e dos órfãos. (1472)
Do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A.O. de Braga:
Nascido em Thonon (Alta Sabóia) no dia 1 de Fevereiro de 1435, AMADEU IX duque de Sabóia, era neto de AMADEU VIII, que foi eleito Anti-Papa em 1438 e abdicou abnegadamente alguns anos depois. Aquele, prometido desde o nascimento a Iolanda irmã de Luís XI, rei de França, esposou-a em 1451 e teve dela sete filhos.
Em 1465 sucedeu a seu pai Luís I, no Piemonte e na Sabóia, mas durante os sete anos do seu ducado, sofreu de ataques epilépticos e teve por isso de partilhar o poder com a duquesa, sua mulher. Aliás a união entre os dois esposos foi perfeita, pois tanto um como outra apenas pensavam no bem temporal e espiritual dos súbditos.
Embora vivesse de acordo com a sua alta posição e estivesse preparado para enfrentar a morte a todo o momento, AMADEU nunca desejou oprimir os seus povos nem expô-los a derramar o sangue inutilmente. Só os libertinos, pois concussionários e os blasfemadores eram objecto da sua severidade.
Seguindo o seu exemplo, FRANCISCO SFORZA duque de Milão, impôs multas aos cortesãos que fossem apanhados a praguejar e com as somas assim arrecadadas, construiu uma capela que pôde ornar com magnificência.
Observando a extrema bondade e indulgência que AMADEU testemunhava aos pobres, o mesmo príncipe disse-lhe uma vez: "Percorrendo os vossos estados, fica-se com a impressão de viver nos antípodas. Por toda a parte, em geral, é melhor ser rico do que pobre, mas, nos vossos estados, os pobres é que são honrados e os ricos desprezados". O duque praticou sempre a oração e a penitência. Aos que pretendiam dissuadi-lo de jejuar tão rigorosamente, respondia que nada lhe era tão necessário á saúde.
Nos últimos anos de vida, agravaram-se-lhe os padecimentos. À esposa e aos familiares, que se entristeciam por o verem assim decaído, observava, ao terminarem as crises, "Porque vos afligis dessa maneira? As humilhações abrem o caminho para o reino de Deus".
Morreu em Vercelli - Piemonte na segunda-feira de Páscoa, 30 de Março de 1472, com 38 anos.
Em Ásti, na Transpadana, - Itália, São SEGUNDO mártir. (data incerta)
Senhorinho, Santo
Em Tessalónica, na Macedónia, hoje Grécia, São SENHORINHO mártir. (séc. IV)
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JOÃO CLÍMACO, Santo
No monte Sinai, no Egipto, São JOÃO abade, que escreveu para instrução dos monges o memorável tratado «Escada do Paraíso» no qual apresenta o caminho da perfeição espiritual na forma de uma escada de trinta degraus na subida da alma para Deus, o que lhe mereceu o sobrenome de "CLÍMACO". (649)
Do Livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A. O. de Braga:
O monte Sinai, com tantas recordações bíblicas, formam um maciço de cumes e vales pedregosos e muito secos, quase sem vegetação. Quando o visitou a religiosa ETÉRIA (de naturalidade galega, do século IV ou V), o Sinai estava povoado de monges. ETÉRIA viu diferentes mosteiros, capelas guardadas por monges, covas em que moravam anacoretas "e uma igreja no alto do vale; diante da igreja há um ameníssimo jardim com água abundante, no qual está a sarça; muito perto, indica-se o lugar onde estava São MOISÉS quando Deus lhe disse: «Desata a correia o teu calçado»".
O mosteiro de Santa CATARINA, único a manter a vida monacal naquelas paragens agrestes, está situado a mais de 2000 metros do sopé de Djebel-Musa ou monte de MOISÉS. Vive no mosteiro uma comunidade e monges ortodoxos gregos e conserva uma famosa biblioteca com 500 manuscritos antigos. No século XIX foi descoberto nela o Códice Sinaítico do século IV, com todo o Novo Testamento e a maior parte da versão grega do Antigo Testamento.
A recordação de MOISÉS e de ELIAS, aos quais falou Deus neste monte, atraiu desde os primeiros tempos, muitos anacoretas. Estes viveram em recintos fechados e só se permitia a vida solitária dentro da clausura. Cada mosteiro regia-se a seu modo, sem regra comum; mas todas estas se inspiravam nos preceitos que São BASÍLIO dera aos monges. Os divinos ofícios duravam seis horas. O resto do dia ocupavam-no em trabalhos manuais e no estudo. Teciam para si os vestuários; túnica áspera de pêlo de cabra ou de cordeiro, faixa, manta e sandálias. Preparavam pergaminhos, transcreviam e iluminavam códices. Comiam uma só vez ao dia e praticavam jejum rigorosíssimo na Quaresma e no Advento. A caridade em forma de hospitalidade era característica dos monges, Junto a cada mosteiro estava a hospedaria para peregrinos e viajantes.
Nesse ambiente correu a vida de São JOÃO CLÍMACO, o mais popular dos escritores ascéticos daqueles séculos, devido à sua única obra "Escada do Paraíso". Os poucos dados biográficos que chegaram até nós, conhecemo-los principalmente pelo monge DANIEL. Este redigiu-os pouco depois da morte do santo, como introdução ao livro dele.
JOÃO CLÍMACO vivera na segunda metade do século VI e primeira metade do VII. Era muito novo quando um dia se apresentou no mosteiro do Sinai, disposto a consagrar-se a Deus. Nem os bens da família, que eram muitos, nem a educação distinta que recebera, nem por um porvir risonho, foram obstáculo para iniciar uma vida humilde e austera. Tudo foi esquecendo heroicamente com as instruções dum excelente religioso chamado MARTÍRIO, e depois de três anos de noviciado - a duração que preceituava a regra - entrou na comunidade de monges. DANIEL afirma sem rodeios que ele era monge submisso e instruído em letras.
Uns anos depois, morreu o monge MARTÍRIO e o nosso Santo retirou-se para o extremo do monte, a uns cem metros duma ermida. Ali vivia mais perto de Deus, num antro apertado ou cela natural, que foi testemunha, durante muitos anos, das suas prolongadas orações, contemplações, penitências e lágrimas. Aprendeu aí o que, alguns anos mais tarde, aconselharia ao abade de Raytun numa carta ainda existente: "Entre todas as ofertas que podemos fazer a Deus, a mais agradável aos seus olhos é indiscutivelmente a santificação da alma por meio da penitência e da caridade". Aí venceu o demónio da gula, comendo pouco, ao mesmo tempo que dominava a vã glória, comendo de tudo o que lhe permitia a regra monástica, pois sabia que as abstinências extremas foram motivo de ostentação noutros monges. Passou 40 anos alheio à indolência, dado ao estudo e ao trabalho, sendo a oração prolongada e breve o sono, e mantendo-se parco no comer e benigno com os visitantes incómodos.
No principio viveu completamente isolado; correu porém a fama da sua erudição e santidade, e várias pessoas iam ter com ele em busca de conselho. JOÃO instruía-as com toda a caridade. Não faltaram invejosos que o censuraram de charlatão; por isso ele mesmo se impôs a penitência de não ensinar com palavras, mas com obras de penitência, de doçura e de modéstia. Isto durou até que os mesmos que o tinham difamado, foram pedir-lhe que reavivasse os seus divinos ensinamentos. passou horas de tristeza e desânimo, com vontade de tudo deixar correr. Mas logo se tranquilizava pensando agradar a jesus Cristo e terem muitos chegado à santidade por esse caminho.
Quando morreu o abade do Monte Sinai, os monges foram à procura de JOÃO e pediram-lhe que aceitasse o cargo de lhe suceder. O Santo, perante a insistência, sempre aceitou e foi para o mosteiro acompanhando-os. Não se tinha equivocado: JOÃO desempenhou o cargo com sabedoria, bondade de carácter e vida exemplar.
Sendo abade, redigiu, ou pelo menos terminou, a Escada do Paraíso, fruto da longa experiência ascética. Compõe-se de 30 degraus, que são outros tantos capítulos em que o Santo explica, em forma de aforismo e sentenças, as virtudes do monge e os vícios que terá de vencer. O estilo é muito simples e claro. Serve-se de exemplos vividos nos mosteiros. Assim diz-nos que, edificando-o a virtude do monge cozinheiro lhe perguntou uma vez como podia andar recolhido a cada momento, praticando um trabalho tão material. O cozinheiro respondeu-lhe: "Quando sirvo os monges, imagino comigo que sirvo ao próprio Deus na pessoa dos seus servidores, e o fogo da cozinha recorda-me as chamas que abrasarão os meus pecados eternamente". Os primeiros degraus da Escada do Paraíso são: a renúncia à vida do mundo, aos afectos terrenos, ao afecto pelos parentes, e a obediência, a penitência, o pensamento da morte e o dom das lágrimas ou, - como diz, - a tristeza que nos causa alegria.
"Caríssimos amigos, - escreve o santo - na hora da morte o juiz supremo não nos lançará em rosto não termos feito milagres, ou não termos sabido subutilizar em matérias elevadas de teologia, como também não termos chegado a um grau elevado de contemplação, mas sim de não termos chorado os nossos pecados de modo que merecêssemos o perdão».
Os graus seguintes são: a doçura que triunfa da cólera, esquecimento das injúrias, fugir da maledicência, pois esta seca a virtude da caridade; amor ao silêncio, porque muito falar leva à vanglória; fugir da mentira, que é acto de hipocrisia; combater o enfado e a preguiça, uma vez que esta última destrói por si só todas as virtudes; praticar a temperança, porque gulosar é hipocrisia do estômago, o qual diz nos vamos saciar com aquilo que realmente não sacia. Contentando a intemperança, vem a impureza; Daqui se segue que o grau seguinte seja amor á castidade. A castidade - diz - é dom de Deus, e para obtê-lo convém recorrer a Ele, pois a natureza não a podemos vencer só com as nossas forças. Seguem os graus que tratam da pobreza, virtude oposta à avareza; do endurecimento do coração, que é a morte da alma; do sono; do canto dos salmos; das vigílias; da timidez efeminada; da vanglória; do orgulho e da blasfémia. Depois, as virtudes tipicamente contemplativas: doçura da alma, humildade, vida interior, paz de alma, oração e recolhimento. O último grau do livro está dedicado ás virtudes teologais.
Levado pela caridade prática, mandou edificar uma hospedaria para peregrinos a pouca distância do mosteiro. Informado disto, o papa SÃO GREGÓRIO MAGNO quis ajudá-.lo, enviando-lhe uma quantia juntamente com uma carta, ainda conservada, em que se recomenda às orações de CLÍMACO.
Morreu com a mesma simplicidade com que vivera. A sua Escada do Paraíso depressa se tornou famosa. O livro copiou-se e leu-se em todos os mosteiros, foi traduzido para latim, e o autor imortalizou-se com o sobrenome de CLÍMACO, do grego Clymax, que significa "escada". Também lhe chamaram JOÃO O Escolástico, designação que apenas se dava a pessoas de muita doutrina.JOÃO CLÍMACO é um dos santos Padres da Igreja grega.
AMADEU IX (DE SABÓIA), Beato
Em Vercelli, no Piemonte - Itália, o beato AMADEU IX duque de Sabóia, que no seu governo promoveu por todos os meios a paz e favoreceu com Seus bens e ardente zelo a causa dos pobres, das viúvas e dos órfãos. (1472)
Do livro SANTOS DE CADA DIA da Editorial A.O. de Braga:
Nascido em Thonon (Alta Sabóia) no dia 1 de Fevereiro de 1435, AMADEU IX duque de Sabóia, era neto de AMADEU VIII, que foi eleito Anti-Papa em 1438 e abdicou abnegadamente alguns anos depois. Aquele, prometido desde o nascimento a Iolanda irmã de Luís XI, rei de França, esposou-a em 1451 e teve dela sete filhos.
Em 1465 sucedeu a seu pai Luís I, no Piemonte e na Sabóia, mas durante os sete anos do seu ducado, sofreu de ataques epilépticos e teve por isso de partilhar o poder com a duquesa, sua mulher. Aliás a união entre os dois esposos foi perfeita, pois tanto um como outra apenas pensavam no bem temporal e espiritual dos súbditos.
Embora vivesse de acordo com a sua alta posição e estivesse preparado para enfrentar a morte a todo o momento, AMADEU nunca desejou oprimir os seus povos nem expô-los a derramar o sangue inutilmente. Só os libertinos, pois concussionários e os blasfemadores eram objecto da sua severidade.
Seguindo o seu exemplo, FRANCISCO SFORZA duque de Milão, impôs multas aos cortesãos que fossem apanhados a praguejar e com as somas assim arrecadadas, construiu uma capela que pôde ornar com magnificência.
Observando a extrema bondade e indulgência que AMADEU testemunhava aos pobres, o mesmo príncipe disse-lhe uma vez: "Percorrendo os vossos estados, fica-se com a impressão de viver nos antípodas. Por toda a parte, em geral, é melhor ser rico do que pobre, mas, nos vossos estados, os pobres é que são honrados e os ricos desprezados". O duque praticou sempre a oração e a penitência. Aos que pretendiam dissuadi-lo de jejuar tão rigorosamente, respondia que nada lhe era tão necessário á saúde.
Nos últimos anos de vida, agravaram-se-lhe os padecimentos. À esposa e aos familiares, que se entristeciam por o verem assim decaído, observava, ao terminarem as crises, "Porque vos afligis dessa maneira? As humilhações abrem o caminho para o reino de Deus".
Morreu em Vercelli - Piemonte na segunda-feira de Páscoa, 30 de Março de 1472, com 38 anos.
SEGUNDO, Santo
Em Ásti, na Transpadana, - Itália, São SEGUNDO mártir. (data incerta)
Em Tessalónica, na Macedónia, hoje Grécia, São SENHORINHO mártir. (séc. IV)
Régulo, Santo
Em Senlis, na Gália Lugdunense, hoje França, São RÉGULO bispo. (séc. IV)
Mártires de Constantinopla, Santos
Zósimo, Santo
Em Senlis, na Gália Lugdunense, hoje França, São RÉGULO bispo. (séc. IV)
Mártires de Constantinopla, Santos
Comemoração de muitos santos MÁRTIRES que em CONSTANTINOPLA, hoje Istambul - Turquia, no tempo do imperador Constâncio, por ordem do bispo ariano Macedónio, foram mandados para o exílio e torturados com inauditos tormentos. (séc. IV)
Em Siracusa na Sicilia - Itália, São ZÓZIMO bispo que foi primeiramente o humilde guarda do túmulo de Santa Luzia e depois abade no mosteiro desta localidade. (600)
Osburga, Santa
Em Coventry, Inglaterra, santa OSBURGA primeira abadessa do mosteiro deste lugar. (1018)
Clínio, Santo