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sábado, 13 de junho de 2009

SANTO ANTÓNIO DE LISBOA E PÁDUA (2)

Orações a Santo Antônio

Posted: 12 Jun 2009 04:11 PM PDT

Orações a Santo Antônio Glorioso Santo Antônio que tivestes a sublime dita de abraçar e afagar o Menino Jesus, alcançai-me a graça que vos peço e vos imploro do fundo do meu coração (pede-se a graça). Vós que tendes sido tão bondoso para com os pecadores, não olheis para os poucos méritos de quem vos implora, mas antes fazei valer o vosso grande prestígio junto a Deus para atender o meu insistente pedido. Amém. Santo Antônio, rogai por nós. (Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai)
Santo Antônio, eu sei que o casamento é uma vocação abençoada por Deus. É o sacramento do amor, comparado ao amor que Cristo tem para com a Igreja. Eu me sinto chamada para o casamento: por isto, Santo Antônio, ajuda-me a encontrar um namorado bom, amável, sério e sincero, que tenha os mesmos sentimentos de afeto que eu sinto. Faze que nos completemos um ao outro e formemos uma união abençoada por Deus, para que nós dois, juntos, sejamos capazes de vencer possíveis problemas familiares e conservemos sempre vivo o nosso amor, para que nunca falte a compreensão e a harmonia familiar. Santo Antônio, abençoa-nos a mim e a meu namorado; acompanha-nos até o altar e conserva-nos unidos pelo resto da nossa vida. Santo Antônio, rogai por nós.
Veja Também! Dia de Santo Antônio Santo Antônio de Pádua Simpatias para Santo Antônio Outras Orações Outras Datas Comemorativas
Fonte: Sempre Alegria by Anna Rebello

Dia de Santo Antônio

Posted: 12 Jun 2009 04:53 PM PDT

13 de junho Dia de Santo Antônio
Os portugueses trouxeram as festas juninas para o Brasil, no século XVI. Desde então foram assimiladas e sofreram adaptações. Hoje estão dissociadas dos ritos católicos. Pertencem ao folclore brasileiro e fazem parte do calendário das datas comemorativas nacionais, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste. Nessas festas, são consumidas comidas típicas, há brincadeiras, músicas e danças tradicionais. Os santos do ciclo junino são: santo Antônio (dia 13), são João (dia 24), são Paulo e são Pedro (dia 29). Estes encerram as comemorações. Conforme orientações da Igreja católica, os "santos devem ser cultuados na igreja, de acordo com a tradição, pois as festas dos santos juninos pregam as maravilhas de Cristo operadas em seus servos e mostram os exemplos a serem seguidos". Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, o que protege o amor e arranja o marido ou a esposa ideal para as pessoas que desejam se casar.
No Dia de Santo Antônio as pessoas acendem uma fogueira ao entardecer. À noite, são realizados os pedidos de amor, de formas inusitadas, e as simpatias para castigar o querido santo, como virá-lo de costas ou colocá-lo de cabeça para baixo, afogá-lo no poço ou enterrá-lo num pote com arroz, retirar o menino Jesus dos seus braços etc., até que o pedido seja atendido. O arraial - espaço onde se reúnem as pessoas que participam dos festejos - é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro. Nele acontecem as brincadeiras, como forrós, leilões, bingos e os casamentos caipiras, durante a dança das quadrilhas típicas. Visto que, nessa época, as noites são frias, bebe-se quentão e vinho quente, comem-se doces de coco, de abóbora, e de batata-doce, pamonha, munguzá, canjica, paçoca, pipoca, pé-de-moleque, bolo de fubá, curau, tapioca, espiga de milho assada ou cozida etc. Hoje em dia, as pessoas preferem comemorar o Dia de Santo Antônio em restaurantes, shoppings, hipermercados, que preparam o ambiente para evocar a simplicidade do povo da roça.
Veja Também! Santo Antônio de Pádua Simpatias para Santo Antônio Orações a Santo Antônio Outras Orações Outras Datas Comemorativas
Fonte: Paulinas Referência: Datas comemorativas: cívicas e históricas

Simpatias para Santo Antônio

Posted: 12 Jun 2009 01:02 PM PDT

Conhecido, carinhosamente, como Antoninho, Santo Antônio tem fama de casamenteiro. Dizem que as simpatias evocadas em seu nome dão certo. Claro que tudo isso faz parte das supertições bem características do povo brasileiro. Talvez pela mistura de raças e crenças, não sabemos, mas a posição que temos diante dessas brincadeiras, vamos chamar assim, é a grande necessidade das pessoas conseguirem uma fórmula para tudo na vida.
  1. Quem deseja descobrir o nome do futuro companheiro deve comprar um facão e, à meia-noite do dia 12 de junho, cravá-lo numa bananeira. O líquido que escorrer da planta deve formar a letra do futuro amor.
  2. Uma das mais antigas tradições diz que, para descobrir o futuro companheiro, é preciso escrever os nomes dos candidatos em vários papéis. Um deles deve ser deixado em branco. À meia-noite do dia 12 de junho, eles devem ser colocados em cima de um prato com água, que passará a madrugada ao relento. No dia seguinte, o que estiver mais aberto indicará o escolhido.
  3. Aqueles que têm pressa em arranjar um namorado devem comprar uma pequena imagem do santo. E para agilizar a conquista do pedido, fazer dois procedimentos: tirar o Menino Jesus do colo do religioso, dizendo que só devolverá quando conseguir um namorado, ou ainda, virar o Santo Antônio de cabeça para baixo.
  4. O mais afoito tem ainda outro recurso. Deve ir a um casamento e dar de presente aos noivos uma imagem de Santo Antônio, sem o Menino Jesus. Depois, pedir no altar para se casar com alguém, especial ou não. Assim que a graça for alcançada, deve retornar à igreja e lá depositar a imagem do Menino Jesus.
  5. Os que já estão acompanhados, mas ainda não subiram no altar, também possuem práticas específicas. A pessoa deve amarrar um fio de cabelo seu ao do namorado. Eles devem ser colocados aos pés do santo, que, logo, logo, resolve a questão.
  6. À meia-noite do dia 12 de junho, quebre um ovo dentro de um copo com água e o coloque no sereno. No dia seguinte, interprete o desenho que se formou. Se aparecer algo semelhante a um vestido de noiva, véu ou grinalda, o casamento está próximo.
  7. Para a pessoa saber se o futuro companheiro será jovem ou mais velho, é preciso arranjar um ramo de pimenteira. De olhos fechados, ela deve pegar uma das pimenteiras. Se a escolhida for verde, ele será jovem. Caso contrário, o casamento acontecerá com alguém de idade avançada.
  8. A tradição popular acredita que há uma forma especial de fazer as pazes entre casais brigados. Para isso, é preciso um cravo e uma rosa. Os talos devem ser amarrados juntos com uma fita verde, na qual serão dados 13 nós. Durante o procedimento, o devoto deve pensar que Santo Antônio vai uni-los outra vez.
  9. Para descobrir se falta muitos anos para a grande data, na véspera do dia 13 de junho, à meia-noite, amarre uma aliança – que pode ser de qualquer parente – numa linha ou num fio. Coloque um copo sobre a mesa e segure o fio de modo que a aliança esteja dentro do copo. Pergunte, então, quantos anos faltam para o casório. O número de batidas informa quantos anos ainda restam para o Dia D.
Encontrei mais estas curiosidades acerca de Santo António, em - www.quiosqueazul.blogspot.com - que decidi integrar no meu blog, fazendo a sua transcrição com a devida vénia.
António Fonseca

SANTO ANTÓNIO DE LISBOA E PÁDUA

Antonio de Pádua, Santo
Presbítero e Doutor da Igreja, Junho 13
Antonio de Padua, Santo
Antonio de Padua, Santo

Presbítero e Doutor da Igreja

São Francisco de Assís, que encontrou o jovem frade António na ocasião do Capitulo geral inaugurado no Pentecostes de 1221, o chamava confidencialmente “meu bispo”. António, cujo nome anagráfico éFernando de Bulhões e Taveira de Azevedo, nasceu em Lisboa no ano1195. Aos quinze anos entrou no colégio dos canónicos regulares de Santo Agostinho, e em só nove meses aprofundou tanto o estudo da Sagrada Escritura que mais tarde foi chamado pelo Papa Gregório IXarca do Testamento”.À cultura teológica acrescentou a filosófica e a científica, muito viva pela influência da filosofía árabe.
Desta vasta formação cultural deu mostras nos últimos anos de vida pregando na Itália setentrional e em França. Aqui recebeu o titulo de “guardião do Limosino” pela abundante doutrina na luta contra a heresia. Em 1946, Pio XII o declarou doutor da Igreja com o apelativo de “Doutor Evangelicus”. Cinco franciscanos haviam sido martirizados em Marrocos, aonde haviam ido a evangelizar aos infieis. Fernando viu os corpos, que haviam sido levados a Portugal em 1220, e resolveu seguir suas pegadas: entrou no convento dos frades mendicantes de Coimbra, com o nome de António Olivares.
Durante a viagem de regresso de Marrocos, onde não pôde estar senão poucos dias por causa de sua hidropesía, uma tempestade empurrou a embarcação até às costas sicilianas. Esteve alguns meses em Messina, no convento franciscano, e o superior deste convento o levou a Assís para o Capitulo geral. Aqui António conheceu a SãoFrancisco de Assís.
Mandaram-no para a provincia franciscana de Romaña onde levou vida de eremita num convento perto de Forli.Foi nomeado para o humilde ofício de cozinheiro e assim viveu na sombra até quando seus superiores, dando-se conta de suas extraordinárias qualidades de pregador, o tiraram do ermo e o enviaram ao norte de Itália e a França a pregar onde mais se havía difundido a heresia dos albigenses.
Finalmente, António fixou sua residência no convento da Arcella, a um kilómetro de Pádua. Daquí ia aonde o chamavam a pregar. Em 1231, quando sua pregação ficou acima de intensidade e se caracterizou pelos conteúdos sociais, António se agravou e do convento de Camposampiero o levaram a Pádua sobre um furgão cheio de feno. Morreu em Arcella em 13 de Junho de 1231. “O Santo” por antonomásia, como o chamam emPádua, foi canonizado no Pentecostes de 1232, quer dizer, no ano seguinte de sua morte, pela grande popularidade que se havia ampliado com o correr dos tempos.
¿Queres saber mais? Consulta corazones.org

Antonio de Pádua

(ou Lisboa) Festa: 13 de junho Frade franciscano, Doutor da Igreja (1195-1231)

-Adaptado da Vida dos Santos de Butler

Etim: António: "Defensor da Verdade"

Ver también:

Não se confunda com Santo António abade


BIOGRAFIA

Santo António nasceu em Portugal, mas adquiriu o apelido porque o conhece o mundo, da cidade italiana de Pádua, onde morreu e onde todavía se veneram suas reliquias.
Leão XIII o chamou "o santo de todo o mundo", porque sua imagem e devoção se encontram por todas partes.
Chamado "Doutor Evangélico". Escreveu sermões para todas as festas do ano

"O grande perigo do cristão é pregar e não praticar, crer mas não viver de acordo com o que se crê" -Santo António

"Era poderoso em obras e em palavras. Seu corpo habitava esta terra mas sua alma vivía no céu" -um biógrafo desse tempo.

Patrono de mulheres estéreis, pobres, viajantes, pedreiros, padeiros e papeleiros. Se invoca por os objectos perdidos e para pedir um bom esposo/a. É verdadeiramente extraordinária sua intercessão.


Veio ao mundo no ano 1195 e se chamou Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo, nome que trocou pelo de António ao ingressar na ordem de Frades Menores, pela devoção ao grande patriarca dos monges e padroeiros titulares da capela em que recebeu o hábito franciscano. Seus pais, jóvens membros da nobreza de Portugal, deixaram que os clérigos da Catedral de Lisboa se encarregassem de repartir os primeiros conhecimentos à criança, mas quando este chegou à idade de quinze anos, foi posto ao cuidado dos canónicos regulares de Santo Agostínho, que tinham sua casa perto da cidade. Dois anos depois, obteve permissão para ser trasladado o priorado de Coimbra, por então capital de Portugal, a fim de evitar as distracções que lhe causavam as constantes visitas de suas amizades.

Não lhe faltaram as provas. Na juventude foi atacado duramente pelas paixões sensuais. Mas não se deixou vencer e com a ajuda de Deus as dominou. Ele se fortalecía visitando o Stmo. Sacramento. Além disso, desde criança se havia consagrado à Stma. Virgem e a Ela encomendava sua pureza.

Uma vez em Coimbra, se dedicou por inteiro à pregação e ao estudo; graças a sua extraordinária memória retentiva, chegou a adquirir, em pouco tempo, os mais amplos conhecimentos sobre a Biblia. No ano de 1220, o rei D. Pedro de Portugal regressou de uma expedição a Marrocos e trazia consigo as reliquias dos santos frades-franciscanos que, pouco tempo antes haviam obtido lá um glorioso martírio. Fernando que por então havia passado oito anos em Coimbra, se sentiu profundamente comovido à vista daquelas reliquias e nasceu no íntimo de seu coração o anseio de dar a vida por Cristo.

Pouco depois, alguns frades franciscanos chegaram a hospedar-se no convento de Santa Cruz, onde estava Fernando; este lhes abriu seu coração e foi tão empenhada sua insistência, que a principio de 1221, foi admitido na ordem. Quase imediatamente depois, foi autorizado a embarcar até Marrocos a fim de pregar o Evangelho aos mouros. Mas ainda não tinha chegado àquelas terras onde pensava conquistar a glória, quando foi atacado por uma grave doença (hidropisía),que o deixou prostrado e incapacitado durante vários meses e, no fim de contas, foi necessário devolvê-lo à Europa. O navio em que embarcou, empujrrado por fortes ventos, se desviou e foi parar em Messina, a capital de Sicilia.Com grandes penas, viajou desde a ilha para a cidade de Assís onde, segundo lhe haviam informado seus irmãos na Sicilia, ia levar-se a cabo um capítulo geral. Aquela foi a grande assembleia de 1221, o último dos capítulos que admitiu a participação de todos os membros da ordem; esteve presidido pelo irmão Elías como vigário geral e São Francisco, sentado a seus pés, estava presente. Indubitavelmente que aquela reunião impressionou profundamente o jovem frade português. Após a clausura, os irmãos regressaram aos postos que se lhes haviam indicado, e António foi tomar o encargo da solitária ermida de São Paulo, perto de Forli. Até agora se discute a ponto de se, por aquele então, António era ou não sacerdote; mas o certo é que ninguém pôs em teia de juízo os extraordinários dons intelectuais e espirituais do jovem e enfermiço frade que nunca falava de sí mesmo. Quando não se via entregue à oração na capela ou na cova onde vivía, estava ao serviço dos outros frades, ocupado sobretudo na limpeza dos pratos e colheres, depois do almoço comunal.

Mas não estavam destinadas a permanecer ocultas as claras luzes de seu intelecto. Sucedeu que ao celebrar-se uma ordenação em Forli, os candidatos franciscanos e dominicanos se reuniram no convento dos Frades Menores daquela cidade. Seguramente por causa de algum mal entendido, nenhum dos dominicanos havia acudido já preparado a pronunciar a costumada alocução durante a cerimónia e, como nenhum dos franciscanos se sentía capaz de preencher a falha, se ordenou a Santo António, aí presente, que fosse falar e que disesse o que o Espírito Santo lhe inspirasse. Ele jovem, obedeceu sem se perturbar e, desde que abriu a boca até que terminou seu improvisado discurso, todos os presentes o escutaram como embargados pela emoção e pelo assombro, por causa da eloquência, do fervor e da sabedoría de que fez gala o orador. Enquanto o ministro provincial teve noticias sobre os talentos de pregação pelo jovem frade português, o mandou chamar a sua solitária ermida e o enviou a pregar a várias partes da Romagna, uma região que, por então, abarcava toda a Lombardía. Num momento, António passou da obscuridade à luz da fama e obteve, sobretudo, ressonantes êxitos na conversão dos hereges, que abundavam no norte de Itália, e que, em muitos casos, eram homens de certa posição e educação, a que se podía chegar com argumentos razoáveis e exemplos tomados das Sagradas Escrituras.

Numa ocasião, quando os hereges de Rímini impedíam ao povo acudir a seus sermões, Santo António se foi à beira do mar e começou a gritar:

"Oiçam a palavra de Deus, vocês os peixinhos do mar, já que os pecadores da terra não a querem escutar".

À sua chamada acudiram milhares de peixes que sacudiam a cabeça em sinal de aprovação. Aquele milagre se conheceu e comoveu a cidade, pelo que os hereges tiveram que ceder.

Apesar de estar muto doente de hidropisía, Santo António pregava os 40 días de quaresma. A gente pressionava para tocá-lo e lhe arrancavam pedaços do hábito, até ao ponto que fazia falta designar um grupo de homens para protegê-lo depois dos sermões.

Além da missão de pregador, se lhe deu o cargo de leitor em teología entre seus irmãos. Aquela foi a primeira vez que um membro da Ordem Franciscana cumpria com aquela função. Numa carta que, pelo geral, se considera como pertencente a São Francisco, se confirma esta nomeação com as seguintes palavras:

"Ao muito amado irmão António, o irmão Francisco o sauda em Jesus Cristo. Me compraz em extremo que sejas tu o que leia a sagrada teología aos frades, sempre que esses estudos não afectem o santo espírito de pregação e devoção que está de acordo com nossa regra".

Sem embargo, se advertiu cada vez com maior claridade que, a verdadeira missão do irmão António estava no púlpito. Por certo que possuia todas as qualidades de pregador: ciência, eloquência, um grande poder de persuasão, um ardente zelo pelo bem das almas e uma voz sonora e bem timbrada que chegava muto longe. Por outro lado, se afirmava que estava dotado com o poder de obrar milagres e, apesar de ser de curta estatura e com certa inclinação à corpulência, possuia uma personalidade extraordinariamente atractiva, quase magnética. Às vezes, bastava sua presença para que os pecadores caissem de joelhos a seus pés; parecía que de sua pessoa irradiava a santidade.A onde quer que fosse, as gentes o seguiam em tropel para o escutar, e com isso fazia com que os criminosos empedernidos, os indiferentes e os hereges, pedissem confissão. As gentes fechavam suas lojas e oficinas para assistir a seus sermões; muitas vezes sucedeu que algumas mulheres saissem antes de amanhecer ou permanecessem toda a noite na igreja, para conseguir um lugar perto do púlpito. Com frequência, as igrejas eram insuficientes para conter os enormes auditórios e, para que ninguém deixasse de o ouvir, a miúdo pregava nas praças públicas e nos mercados. Pouco depois da morte de São Francisco, o irmão António foi chamado, provavelmente com a intenção de o nomear ministro provincial da Emilia ou la Romagna. Em relação com a atitude que assumiu o santo nas dissenssões que surgiram no seio da ordem, os historiadores modernos não dão crédito à lenda de que foi António quem encabeçou o movimento de oposição ao irmão Elías e a qualquer desvio da regra original; esses historiadores assinalam que o próprio posto de leitor em teología, criado para ele, era já uma inovação. Melhor parece que, naquela ocasião, o santo actuou como um enviado do capítulo geral de 1226 ante o Papa, Gregório IX, para expôr-lhe as questões que tinham surgido, a fim de que o Pontífice manifestasse sua decisão. Naquela oportunidade, António obteve do Papa a autorização para deixar seu posto de leitor e dedicar-se exclusivamente à pregação. O Pontífice tinha uma elevada opinião sobre o irmão António, a quem certa vez chamou "A Arca dos Testamentos", pelos extraordinários conhecimentos que tinha das Sagradas Escrituras.

Desde aquele momento, o lugar de residência de Santo António foi Pádua, uma cidade onde anteriormente havia trabalhado, onde todos o amavam e veneravam e onde, no maior grau que em qualquer outra parte, teve o privilégio de ver os abundantíssimos frutos de seu ministério. Porque não só escutavam seus sermões multidões enormes, mas também que estes obtinham uma muito ampla e geral reforma de conduta. As ancestrais disputas familiares se resolveram definitivamente, os prisioneiros ficaram em liberdade e muitos dos que haviam obtido gannhos ilícitos os restituiram, às vezes em público, deixando títulos e dinheiro aos pés de Santo António, para que este os devolvesse a seus legítimos donos. Para benefício dos pobres, denunciou e combateu ele o muito amplamente praticado vício da usura e lutou para que as autoridades aprovassem a lei que eximía da pena de prisão aos devedores que se manifestassem dispostos a desprenderem-se de suas posses para pagar a seus credores. Se disse que também se enfrentou abertamente com o violento duque Eccelino para exigir-lhe que deixasse em liberdade a certos cidadãos de Verona que o duque havia encarcerado. Apesar de não ter conseguido realizar seus propósitos em favor dos presos, sua atitude nos demonstra o respeito e a veneração de que gozava, já que se afirma que o duque o escutou com paciência e lhe permitiu partir, sem que ninguém o molestasse.

Depois de pregar uma série de sermões durante a primavera de 1231, a saúde de Santo António começou a ceder e ele retirou-se a descansar, com outros dois frades, para os bosques de Camposampiero. Bem cedo, se deu conta de que seus días estavam contados e então pediu que o levassem para Pádua. Não chegou vivo senão aos arredores da cidade. Em 13 de Junho de 1231, na habitação particular do capelão das Clarissas Pobres de Arcella recebeu os últimos sacramentos. Entoou um cantico à Stma. Virgem e sorrindo disse:

"Vejo chegar a Nosso Senhor" e morreu.

Era o 13 de Junho de 1231. A gente percorria as ruas dizendo:

"¡Morreu um santo! ¡Morreu um santo!"

Ao morerr tinha tão só trinta e cinco anos de idade. Durante seus funerais se produziram extraordinárias demostrações da profunda veneração que se lhe tinha. Os paduanos consideraram sempre suas reliquias como o tesouro mais apreciado.

Santo António foi canonizado antes de que houvesse transcorrido um ano de sua morte; nessa ocasião, o Papa Gregório IX pronunciou a antífona "O doutor optime" em sua honra e, desta maneira, se antecipou em sete séculos à data do ano 1946, quando o Papa Pío XII declarou a Santo António "Doutor da Igreja".

Se lhe chama o "Milagroso Santo António" por ser interminável a lista de favores e benefícios que obteve do céu para seus devotos, desde o momento de sua morte. Um dos milagres mais famosos de sua vida é o da mula: Quis um que Santo António provasse com um milagre que Jesus está na Santa Hóstia. O homem deixou sua mula três dias sem comer, e logo quando a trouxe à porta do templo lhe apresentou um monte de pasto fresco e no outro lado a Santo António com uma Santa Hóstia. A mula deixou o pasto e se foi ante a Santa Hóstia e se ajoelhou.

Iconografía:

Por regra geral, a partir do século XVII, se representa a Santo António com o Menino Jesus nos braços; ele se deve a um acontecimento que teve muita difusão e que ocorrieu quando Santo António estava de visita em casa de um amigo. Num dado momento, este se assomou à janela e viu o santo que contemplava, estasiado, a um menino formosíssimo e resplandecente que sustinha em seus braços. Nas representações anteriores ao século XVII aparece Santo António sem outro distintivo que não fosse um livro, símbolo de sua sabedoría a respeito das Sagradas Escrituras. Em outras ocasiões se o representou com um lírio nas mãos e também junto a uma mula que, segundo a lenda, se ajoelhou ante o Santíssimo Sacramento que mostrava o santo; a atitude da mula foi o motivo para que seu dono, um camponês céptico, crê-se na presença real de Jesus Cristo.

Santo António é o padroeiro dos pobres e, certas esmolas especiais que se dão para obter sua intercessão, se chama "pão de Santo António"; esta tradição começou a praticar-se em 1890.

Não há nenhuma explicação satisfatória sobre o motivo porque se o invoca para encontrar os objectos perdidos, mas é muito possível que essa devoção esteja relacionada com um sucesso que se relata entre os milagres, na "Chronica XXIV Generalium" (No. 21):um noviço fugiu do convento e levou um valioso saltério que utilizava Santo António; o santo orou para que fosse recuperado seu livro e, nesse instante, o noviço fugitivo se viu ante uma aparição terrivel e ameaçadora que o obrigou a regressar ao convento e devolver o livro.

Em Pádua há uma magnífica basílica onde se veneram seus restos mortais.

BIBLIOGRAFÍA

Butler, Vida de los Santos.
Salesman, P. Eliécer, Vidas de los Santos.
Sgarbossa, Mario y Luigi Giovannini - Un Santo Para Cada Día


ORAÇÕES

NOVENA A SANTO ANTÓNIO
É famoso por seus milagres

Santo António obtem-me da Misericórdia de Deus esta graça que desejo (mencione o favor que pede).

Como tu és tão bondoso com os pobres pecadores, não vejas a minha falta de virtude, mas sim considera a Glória de Deus que será uma vez mais exaltada por ti ao conceder-me o pedido que eu agora encarecidamente faço.

Glorioso Santo António dos milagres, pai dos pobres e consolo dos aflitos, te peço ajuda.
Vieste em meu auxílio com tão amável solicitude e me aliviaste tão generosamente que me sinto agradecido de coração.
Aceita esta oferta de minha devoção e amor.
Renovo a séria promessa de viver sempre amando a Deus e ao próximo.
Continua defendendo-me benignamente com tua protecção e obtem-me a graça de poder um día entrar no Reino dos Céus, onde cantarei eternamente as misericórdias do Senhor. Ámen.


ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO DE SANTO ANTONIO DE PÁDUA
Fazendo o sinal da cruz dirás com muito fervor:
Eis aquí a Cruz do Senhor,+
Fugi, potestades inimigas:+
O leão Judà, descendente de David,+
Há vencido. Aleluia.
Este exorcismo usado frequentemente por Santo António é muito eficaz contra as tentações do demónio, como o provam muitissimos exemplos. Constituem essas palavras o breve ou carta de Santo António que ele mesmo escreveu e entregou a uma devota sua para a livrar de uma forte e tenaz tentação.
Oração
A ti, António, cheio de amor a Deus e aos homens que tiveste a dita de estreitar entre teus braços ao Menino-Deus, a ti cheio de confiança, recorro na presente tribulação que me aflige………….
Te peço também por meus irmãos mais necessitados, pelos que sofrem, pelos oprimidos, pelos marginados, pelos que hoje mais necessitem de tua protecção.

Faz que nos amemos todos como irmãos, que no mundo haja amor e não ódios. Ajuda-nos a viver a mensagem cristã.

Tú, em presença já do Senhor, não cesses de interceder por Ele, com Ele, e N' Ele, a nosso favor ante O Pai. Amén.


TREZE TERÇAS-FEIRAS EM HONRA DO GLORIOSO
SANTO ANTÓNIO DE PÁDUA.
Vos rogo bendito Santo António, que me façáis partícipante das incontáveis misericórdias que concedéis a quantos os invocan com devoção e confiança.
Terça-feira 1.- Amoroso Santo António, que desprezasteis as vaidades do mundo, fazei que ame a Deus e me dedique às coisas de seu serviço. (Pai Nosso e Avé María).
Terça-feira 2.-Angélico Santo António, lirio de incontável pureza, consegue-me do Senhor que vença todas as tentações. (Pai Nosso e Avé María)
Terça-feira 3.- Bendito Santo António, amigo da penitência, alcança-me que com voluntários sacrifícios, satisfaça por minhas faltas. (Pai Nosso e Avé María).
Terça-feira 4.- Admirável Santo António, espelho de obediência, obtende-me que saiba conformar-me à vontade de Deus. (Pai Nosso e Avé María).
Terça-feira 5.- Sereníssimo Santo António, joia de pobreza, atendei por amor de Jesus e de Maria a mim e aos necessitados.(Pai Nosso e Avé María).
Terça-feira 6.- Compassivo Santo António, exemplo de humildade, alcançai-me a firme sujeição à igreja e a todo superior. (Pai Nosso e Avé María).
Terça-feira 7.- Amável Santo António, consolador dos aflitos, rogai por quantos sofrem para que se vejam livres de seus males ou se resignem na sua desgraça. (Pai Nosso e Avé María).
Terça-feira 8.- Zeloso Santo António, defensor da inocência e castigador do vício, alcançai-me que vos seja agradável. (Pai Nosso e Avé María).
Terça-feira 9.- Amantíssimo Santo António, forno de ardente caridade, alcançai-me vivas ânsias de trabalhar pela glória do Senhor. (Pai Nosso e Avé María).
Terça-feira 10.- Incomparável Santo António, luz que ilumina aos pecadores, obtei-me que jamais ofenda a Deus. (Pai Nosso e Avé María).
Terça-feira 11.- Inocente Santo António, zelador da justiça, livrai-me dos assédios do demónio, e de todo o mal. (Pai Nosso e Avé María).
Terça-feira 12.- Perfeitíssimo Santo António, que fazeis achar as coisas perdidas, obtei-me que leve minha cruz e ganhe o céu. (Pai Nosso e Avé María).
Terça-feira 13.- Santíssimo e muito generosíssimo Santo António. Semeador de milagres, protejei-me com vossa intercessão em todo o curso de minha vida. (Pai Nosso e Avé María).
Oração final para todos as Terças-feiras.
Caritativo protector dos que a vós acodem, já que havéis recebido o dom de fazer milagres, trabalhai no da minha conversão, afastai de mím e de todos os que me são queridos, as enfermedades, as adversidades, e as desgraças, e pela virtude de vossas orações, atraí sobre mím e todos os meus as bênçãos do céu. Amén.


LADAINHA DE SANTO ANTÓNIO
(como devoção privada)
Senhor tem piedade.
Cristo tem piedade.
Senhor tem piedade.

Cristo, ouvi-nos.
Cristo, escutai-nos.
Santa María, rogai por nós.
São Francisco, rogai por nós

Santo António de Pádua (ou de Lisboa)

glória da ordem de frades menores, mártir no desejo de morrer por Cristo,

Coluna da Igreja,

Digno sacerdote de Deus,

Pregador apostólico,

Mestre da verdade,

Vencedor de hereges,

Terror dos demónios,

Consolo dos aflitos,
Auxilio dos necessitados,
Guía dos extraviados,
Restaurador das coisas perdidas,
Intercessor escolhido,
Constante operador de milagres,

Sé propício, perdoai-nos, Senhor,
Sé propicio, escutai-nos, Senhor,
De todo mal, lívrai-nos, Senhor,
De todo pecado,
De todo perigo de alma e corpo,
Dos laços do demónio,
Da peste, fome e guerra,
Da morte eterna,

Pelos méritos de Santo António,
Por seu zelo na conversão dos pecadores,
Por seu desejo da coroa do martírio,
Por suas fadigas e trabalhos,
Por sua pregação e doutrina,
Por suas lágrimas de penitência,
Por sua paciência e humildade,
Por sua gloriosa morte,
Por seus numerosos prodígios,
No día do juízo, Nós pecadores, te rogamos, ouvi-nos,
Que nos guíes por caminhos de verdadeira penitência,
Que nos concedas paciência nos sofrimentos,
Que nos assistas nas necessidades,
Que oiças nossas orações e pedidos,
Que acendas em nós o fogo de teu amor,
Que nos concedas a protecção e a intercessão de Santo António,

Filho de Deus,

Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, escutai-nos, Senhor
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, tem piedade de nós

Cristo, ouvi-nos.

Cristo, escutai-nos.

V. Rogai por nós oh bem-aventurado Santo António,

R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos:

Deus Todo poderoso e eterno, Glorificaste a teu fiel confessor António con o dom constante de fazer milagres. Concedei-nos que quanto pedimos confiadamente por seus méritos estejamos certos de recebê-lo por sua intercessão. Te pedimos em nome de Jesus, o Senhor.

R. Amen.

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...