domingo, 28 de abril de 2019

Nº 3 8 2 2 - SÉRIE DE 2019 - (118) - SANTOS DE CADA DIA - 28 DE ABRIL DE 2019 - Nº 172 DO 12º ANO

Caros Amigos



Desejo que este Ano de 2019 traga tudo de Bom para toda a Humanidade.
As minhas melhores Saudações de
Amizade e Gratidão
para todos os leitores e/ou simples Visitantes que queiram passar os olhos por este Blogue

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Nº  3 8 2 2


Série - 2019 - (nº 1  1  8)


28 de ABRIL de 2019 


SANTOS DE CADA DIA

Nº  1 7 2

12º   A N O



 miscelania 008



LOUVADO SEJA PARA SEMPRE 
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO 
E SUA MÃE MARIA SANTÍSSIMA



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Todos os Católicos com verdadeira Fé, 
deverão Comemorar e Recordar
os Santos e Beatos de cada dia, além de Procurar seguir os seus exemplos


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  da Editorial A. O. de Braga:


Sendo a virgem TEODORA acusada no seu tribunal, Próculo prefeito de Alexandria, dirigiu-se-lhe nestes termos: 


"Porque é que, livre e nobre como és, não concordas em te casar?" 
- "Resolvi ficar virgem por amor a Cristo", respondeu. 
- "Não sabes que, por vontade do imperador, às virgens chamadas consagradas, que se recusam a sacrificar aos deuses, estão destinadas à desonra?" 
- "Bem o sei; mas não sacrificarei e, se me ultrajarem, será contra a minha vontade". 
- "Tenho compaixão da tua juventude e da tua beleza. Rogo-te, não constituas a vergonha da tua nobre família, e não me obrigues a tratar-te como escrava". 

Mantendo-se, porém, TEODORA inabalável, Próculo mandou-a embora, dando-lhe três dias para reflectir. Quando voltou, uma vez que se mantinha igualmente firme, condenou-a aos locais infames.

Mas o soldado DÍDIMO, que assistia às audiências, empregava bem o tempo de licença.

TEODORA não tinha ainda chegado ao lupanar e já ele lhe dizia: 
«Vem, eu sou o primeiro». 
Depois, estando os dois sós, propôs-lhe: 
«Dá-me o teu véu: aqui está o meu uniforme; sai à tua vontade e foge depressa». TEODORA saiu portanto como soldado, ao mesmo tempo que DÍDIMO se apresentava como virgem consagrada aos desbragados que esperavam vez. 
«Vedes, é ao cristão DÍDIMO que vos apresentais, disse-lhes com a sua voz grossa, tirando o véu. Bendito seja Deus por me ter inspirado a subtrair a virgem TEODORA ao vosso desenfreamento, e poder esperar agora a palma do martírio!». Levado ao tribunal, foi condenado por Próculo a ser decapitado.
As Actas de TEODORA não dizem o que lhe aconteceu, uma vez recuperada a liberdade. mas Santo AMBRÓSIO afirma que, ouvindo que DÍDIMO estava s ser julgado, ela veio apresentar-se de novo a Próculo, e que este mandou que ela partilhasse a sorte do seu benfeitor.





Pedro Maria Chanel, Santo



São PEDRO CHANEL presbitero da Sociedade de Maria e mártir, que se dedicou ao ministério das povoações rurais e à instrução das crianças; depois, enviado com alguns companheiros para a evangelização da Oceania ocidental, chegou à ilha Futuna, onde ainda nenhuma comunidade cristã tinha sido constituída: apesar das dificuldades de toda a espécie, com a sua singular mansidão conseguiu converter à fé alguns habitantes da ilha, entre eles o filho do próprio rei, que, enfurecido, o mandou matar, fazendo dele o primeiro mártir da Oceania. (1841)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA  da Editorial A. O. de Braga:


Nasceu em Corzet, França, em 1803 e morreu na ilha Futuna na Polinésia a 28 de Abril de 1841.
Deixara a paroquiazinha de Corzet para entrar na Sociedade de Maria com a intenção de ser enviado com o missionário de país remoto e morrer como mártir. Chegou à ilha de Futunas no fim de 1837. O "rei" Niuliki começou por acolhê-lo bem, mas depois os "antigos" do seu conselho deram-lhe voltas à cabeça contra o "sacerdote branco" e mandou-lhe que saísse da ilha. Como o Padre CHANEL não obedeceu, o chefe dos antigos e seus amigos vieram matá-lo à pancada na cabana, sem ele nada fazer para se ocultar e defender,.
Foi canonizado a 12 de Junho de 1954.



Luís Maria Grignion de Montfort, Santo




São LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT presbitero que percorreu as regiões ocidentais de França a anunciar o mistério da Sabedoria Eterna; fundou Congregações, pregou e escreveu obras sobre a cruz de Cristo e sobre a verdadeira devoção à Virgem Maria e reconduziu muita gente a uma vida de penitência; finalmente, em Saint-Laurent-sur-Sévre, localidade de França, descansou da sua peregrinação terrena. (1716)


Texto do livro SANTOS DE CADA DIA  da Editorial A. O. de Braga:

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Filho de um advogado, nasceu em Montfort-sur-Meu, França, em 1673 e morreu a 28 de Abril de 1716. Foi um desses pregadores populares que reacendem o sentimento religioso nas multidões e convertem muita gente. Evangelizou sem descanso a Bretanha, o Anjou, o Poiton, a Normandia e a Saintonge. O papa nomeou-o «missionário apostólico» a fim de ele conseguir falar, mesmo onde os bispos jansenistas o não queriam. Fundou duas congregações: uma de homens , a Companhia de Maria (Monfortinos); outra de mulheres, as filhas da Sabedoria.  O seu livro da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem muito influiu e continua a ser lido. Ainda que tenha sido perseguido sem descanso, GRIGNION manteve em si o entusiasmo e o calor. No leito da morte, endireitou-se e entoou um cântico da sua lavra que era cantado nas missões.

«Vamos, meus bons amigos,
Vamos para o paraíso.
Ganhe-se aqui o que se ganhar,
Mais vale o paraíso».



Luquésio ou Lúcio e BUONA DONNA, Beatos





Em Poggibónsi, na Etrúria hoje na Toscana, Itália, o Beato LUQUÉSIO ou LÚCIO que, depois de ter sido dominado pela avidez do lucro, se converteu e tomou o hábito da Ordem Terceira dos Penitentes de São Francisco, vendeu os seus bens e deu tudo aos pobres, dedicando-se ao serviço de Deus e do próximo em, pobreza e humildade, segundo o espírito evangélico. (1260)

Texto do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga

Pregando na região de Florença, São FRANCISCO DE ASSIS reencontra este antigo companheiro de divertimentos, estabelecido agora em Poggibonsi e fazendo bons negócios. Uma das suas especialidades era armazenar o trigo no tempo da abundância para depois o vender a bom preço quando escasseava. O "Pobrezinho" converteu este amigo dos tempos de juventude, que estava prestes a encetar maus caminhos. Tendo o Santo acabado de redigir, para a gente do mundo desejosa de seguir o Evangelho , a sua regra da Ordem Terceira, deu a LUQUÉSIO e a BUONA DONNA sua bela e inteligente mulher, o hábito de penitência; começou por eles a juntar os terceiros franciscanos.
Tendo distribuído os bens aos pobres, reservando apenas um terreno de cerca de um hectare e meio, a vida dos dois ficou pertencendo aos miseráveis. recebiam-nos em casa e re+partiam com eles as hortaliças do quintal. Se os doentes estavam muito fracos para se deslocar, LUQUÉSIO ia tratar deles a casa. E alguns trazia-os mesmo para a sua; os vizinhos viam-no passar de vez em quando com dois doentes, um empoleirado no burro e o outro às cavalitas dos seus ombros.´
Deus permitiu que estes dois esposos, tão unidos na vida, estivessem também unidos na morte. LUQUÉSIO estava de cama, quando BUONA DONNA caiu também logo doente. Ele ficou tão impressionado que a sua própria enfermidade agravou-se. Conseguiu levantar-se para ajudar a mulher a receber os últimos sacramentos; depois pegou-lhe na mão e disse: «Querida, como nos amamos tanto na terra, porque não havemos de partir juntos para a eterna pátria? Por favor espera por mim». Meteu-se na cama, chamou o Padre HILDEBRANDO seu amigo, que lhe deu os sacramentos dos enfermos; depois, vendo que BUONA DONNA expirara, fez o sinal da cruz, invocou mais uma vez a Virgem Maria e São FRANCISCO e entregou a alma a Deus. Nascera por 1185 e morreu em 1250.


Maria Luísa Trichet, Beata


Em Saint-Laurent-sur-Sévre, França, a Beata MARIA LUÍSA DE JESUS (Maria Luísa Trichet) virgem, a primeira religiosa a vestir o hábito da Congregação das Filhas da Sabedoria, que governou com grande prudência. (1759)

Texto do livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial A. O. de Braga:

A futura co-fundadora das Filhas da Sabedoria veio ao mundo em Poitiers - França em 1684. Formou-se na escola de São LUIS GRIGNION DE MONTFORT e seguiu-lhe os passos. A respeito da nova bem-aventurada , afirmou JOÃO PAULO II no dia da sua beatificação a 16 de maio de 1993:
"MARIA LUÍSA DE JESUS deixou-se empolgar por Cristo, ela que procurou de maneira apaixonada a aliança interior da sabedoria humana com a Sabedoria eterna. E o desenvolvimento natural deste laço de intimidade profunda, foi uma acção apaixonadamente devotada aos mais pobres dos seus contemporâneos. A adoração da sabedoria do Pai, encarnada no Filho, leva sempre a servir quotidianamente aqueles que nada têm para agradar aos olhos dos homens, mas que são muito queridos diante de Deus.
Esta manhã, Irmãos e Irmãs, damos graças ao Senhor pela fundação da grande família religiosa das Filhas da sabedoria, fruto da santidade pessoal de São LUÍS MARIA  e da Beata MARIA LUÍSA DE JESUS. A sua eminente caridade, o seu espírito de serviço, a sua aptidão a conservar, como a Virgem Maria, "todas as coisas no próprio coração" são-nos agora dados como exemplo e partilha".

(...) Faleceu santamente em Saint Laurent-Sur-Sèvre, a 28 de Abril de 1749.

L'OSS. ROM. 23.5.1993; DIP 4, 12-14






AFRODÍSIO, Santo


Em Biterra. na Gália Narbonense, hoje Béziers, França, Santo AFRODÍSIO venerado como primeiro bispo desta cidade. (data incerta)

EUSÉBIO, CARALAMPO e companheiros, Santos



Em Nicomédia, hoje Izmit, Turquia, os santos EUSÉBIO, CARALAMPO e companheiros, mártires. (data incerta)



VITAL, VALÉRIA, GERVÁSIO, PROTÁSIO e URSICINO, Santos

      

  

Em Ravena, Flamínia, hoje Emília-Romanha, Itália, a comemoração de São VITAL no dia em que , segundo a tradição, foi dedicada com  o seu nome a célebre basílica desta cidade. Juntamente com os santos mártires VALÉRIA, GERVÁSIO, PROTÁSIO  e URSICINO, é venerado desde tempos imemoriais por ter defendido tenazmente a sua intrépida fé cristã. (data incerta)


MÁXIMO, DADA e QUINTILIANO, Santos



Em Dorósforo, na Mésia, hoje Silistra, na Bulgária, os santos MÁXIMO, DADA e QUINTILIANO mártires durante a perseguição de Diocleciano. (séc. IV)


PRUDÊNCIO, Santo


Em Tarazona, na Hispânia Tarraconense, São PRUDÊNCIO bispo. (séc. V)

PÂNFILO, Santo


Em Sulmona, nos Abruzos, Itália, o sepultamento de São PÂNFILO bispo de Corfínio. (700)





PAULO PHAM KHAC KHOAN, 
JOÃO BAPTISTA DINH VAN THANH e 
PEDRO NGUYEN VAN HIEU, Santos



Em Ninh-Binh, Tonquim, hoje Vietname, os santos mártires PAULO PHAM KHAC KHOAN, presbitero JOÃO BAPTISTA DINH VAN THANH e PEDRO NGUYEN VAN HIEU catequistas que, depois de passarem três anos presos e torturados para que negassem a fé cristã, finalmente, no tempo do imperador Minh Mang, foram degolados e alcançaram a palma do martírio. (1840)


JOSÉ CEBULA, Beato


No campo de concentração de Mauthausen, Áustria, o Beato JOSÉ CEBULA presbitero da Congregação dos Missionários Oblatos da Virgem Imaculada e mártir, natural da Polónia que, deportado para o cárcere em ódio à fé, sofreu cruéis suplícios até à morte. (1941)


JOANA BERETTA MOLLA, Beata


Em Magenta, próximo de Milão, na Itália, Santa JOANA BERETTA MOLLA mãe de família, que, trazendo um filho gerado em seu ventre, morreu antepondo a liberdade e a vida do nascituro à sua própria vida. (1962)

... E AINDA  ...



CARINO PIETRO DE BALSAMO, Beato


Le scarse notizie storiche circa questo personaggio risalgono ai fatti relativi al martirio di san Pietro da Verona. Il 6 aprile Pietro da Balsamo, noto anche col nome di Carino, venne assoldato dall’eretico Giacomo Leclusa, per uccidere fra Pietro da Verona, nominato Inquisitore di Lombardia da papa Gregorio IX. Insieme ad un complice, Alberto Porro da Lentate, si fece ricevere dai domenicani del convento di Como, ma, una volta appreso che il frate sarebbe partito per Milano la mattina del 6 aprile, architettò il suo piano: l’avrebbe aggredito durante il viaggio

GUIDO SPADA, Beato

    
Guido Spada o Spatis nacque a San Germano Vercellese. Dotato di buon ingegno e di un carattere affabile entrò nell'Ordine francescano, in cui rifulse la sua umiltà, penitenza e saggezza nei consigli.Amava predicare specialmente la Passione di Gesù Cristo che lo arricchì di numerosi doni straordinari.Morì il 28 aprile del 1340 a Bologna. Le sue reliquie venerate nella cappella Lambertini furono traslate all'altare del Sacro Cordone.A San Germano è ricordato nel mosaico della facciata della parrocchiale, assieme a quella di due santi locali: san Germano e il beato Antonio della Chiesa


PIETRO DE BEARN, Santo


Inviato a Tunisi in Africa, nel 1364, il mercedario San Pietro da Béarn, consolava i poveri cristiani che trovava schiavi, con la sua particolare devozione che aveva verso la Madonna. Ardeva in lui il desiderio di donare la sua vita per Gesù Cristo e senza alcuna preoccupazione riprendeva severamente gli infedeli che erano contro la religione cattolica. Un giorno, incontrato un mussulmano che aveva commesso uno scandalo pubblico, lo rimproverò fortemente tanto che la folla si ammassò intorno a lui ed egli con grande zelo incominciò ad evangelizzarli; le sue parole furono così convincenti che molti si convertirono. L’avvenuto non tardò a divulgarsi per cui i mussulmani indignati lo presero e consegnarono a dei ragazzi che legatolo lo trascinarono per le vie della città ed infine, martoriato e bagnato di sangue, lo gettarono in un fuoco e, mentrre le fiamme lo divoravano, egli pronunciava parole di perdono

PRIMIANO, Santo



Le notizie su questo santo martire Primiano e dei suoi tre compagni di commemorazione, Alessandro, Firmiano e Tellurio, riguardano solo le loro reliquie e narrate in due libri di qualche secolo fa: “Acta SS. Aprilis” III, Venezia 1738 pag. 575 e “Acta SS. Mai” V, Venezia 1741 pag. 836-39. 
Tutto inizia nel periodo in cui i bizantini distrussero la città di Lucera, oggi in provincia di Foggia, sotto il comando dell’imperatore Costante II (641-668), il vescovo e gli abitanti si trasferirono in una località vicino al mare sul Gargano, e lì fondarono Lesina (Foggia) 


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Localização do Bairro do Viso - Porto 




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Os textos são recolhidos prioritariamente do Livro SANTOS DE CADA DIA, da Editorial de Braga (os mais descritivos, até com imagens) e os restantes do 

MARTIROLÓGIO ROMANO
Ed. Conferência Episcopal Portuguesa - MMXIII

e ainda eventualmente através dos sites:


 Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, 


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Também no que se refere às imagens que aparecem aqui no fim das mensagens diárias, são recolhidas aleatoriamente ou através de fotos próprias que vou obtendo, ou transferindo-as das redes sociais e que creio, serem livres. 
Quanto às de minha autoria, (que serão diferentes e versando diversos temas - diariamente) não 
são colocados quaisquer entraves para quem quiser copiá-las




BOM ANO DE 2019


  









Igreja de São Paulo do Viso

(Salão paroquial e Capela da Ressurreição)

P  O  R  T  O


ANTÓNIO FONSECA

sábado, 27 de abril de 2019

Nº 58 - A DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS - 27 DE ABRIL DE 2019,

Nº  58


DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS  

 27 DE ABRIL DE 2019









Caros Amigos:



55º Bispo do Porto




DOM 
ANTÓNIO DE SÃO JOSÉ DE CASTRO


Bispo do Porto
1799-1814




Na Lista de Bispos do Porto da WIKIPÉDIA consta além da indicação abaixo, uma biografia e um retrato (que não publico aqui, por ser um pouco extensa) e também porque é mais ou menos idêntica à da Cronologia da Diocese:


António de São José de Castro
1799-1814



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Por outro lado no livro "Retratos dos Bispos do Porto na Colecção do Paço Episcopalna CRONOLOGIA consta o nome, imagem (acima) e biografia (que abaixo transcrevo)  do Bispo Dom ANTÓNIO DE SÃO JOSÉ DE CASTRO e também no EPISCOPOLÓGICO com a indicação de que terá exercido essas funções durante cerca de 15 Anos de 1799 até 1814 




A transcrição é como segue:


Dom ANTÓNIO DE SÃO JOSÉ DE CASTRO nasceu em Lisboa, na freguesia de Santa Isabel, muito provavelmente no ano de 1741. Era filho ilegítimo de Dom António José de Castro, 1º Conde de Resende, almirante de Portugal, senhor da Casa de Resende, donatário do seu concelho e de várias vilas e terras no reino e no Brasil, casado com Dona Teresa Xavier da Cunha e Távora, filha dos 4ºs condes de São Vicente. Era meio-irmão de Dom FRANCISCO RAFAEL E CASTRO, principal da igreja patriarcal de Lisboa, reformador e reitor da Universidade de Coimbra.
Iniciou a sua formação no seminário episcopal de Coimbra tendo, posteriormente, ingressado na Cartuxa de Santa Maria Scala Coeli, em Évora, que pertencia à Ordem de São Bruno. Nesta Instituição leccionou teologia moral, apesar de não ter adquirido formação superior em tal matéria. Veio a ser ordenado presbítero a 3 de Dezembro de 1775, na igreja patriarcal de Lisboa. Foi durante a vivência no convento eborense que fez copiar um dos manuscritos que pertencia à respectiva livraria, a saber: a reputada obra Da Virtuosa Benfeitoria, escrita nos princípios do século XV pelo infante e regente Dom Pedro, filho de Dom João I e irmão de Dom Duarte. Por achar o texto de elevado interesse, remeteu um exemplar à Academia de Ciências de Lisboa que, mais tarde, o recebeu como sócio honorário. Neste período procedeu, também, à reimpressão  dos opúsculos de João de Barros, Grammatica da Língua Portuguesa, Cartinha para aprender a ler e Dialogo da viciosa vergonha, num volume intitulado Compilação de várias obras do insigne portuguez João de Barros editado em 1785.
Em 1789 foi nomeado prior do convento da Cartuxa de Nossa Senhora do Vale da Misericórdia, em Laveiras, na freguesia de Caxias concelho de Oeiras.
DOM FREI ANTÓNIO DE SÃO JOSÉ foi eleito Bispo do Porto pelo principe regente Dom João, futuro rei Dom João VI, a 13 de Junho de 1798. Tomou posse da Diocese por procuração, a 15 de fevereiro de 1799, continuando no lugar de provisor o Dr. Manuel Lopes Loureiro. Fez a sua entrada solene na cidade volvidos quatro anos, a 19 de setembro de 1802.
Apesar de fisicamente distante, DOM FREI ANTÓNIO não deixou de exercer os seus deveres pastorais, publica ndo cartas e editais, e de, no seu papel de colaborador do poder estatal, contribuir para a execução das medidas político-governamentais do principe regente.
Mas uma das primeiras medidas deste Prelado foi a criação de um  seminário diocesano. Recebida a autorização regia e a licença pontifícia, DOM FREI ANTÓNIO DE CASTRO instituiu o seminário episcopal de Santo António, na Quinta do Prado, por provisão datada de 20 de Junho de 1804. Apesar das obras não estarem ainda concluidas, o seminário iniciou a leccionação no ano escolar de 1811/1812 tendo-lhe o bispo outorgado os respectivos Estatutos a 4 de Janeiro de 1812.
Como patrocinador do papel das ordens Terceiras na cidade, lançou a 17 de Abril de 1803, a primeira pedra da igreja da Santíssima Trindade, e, a 19 de Maio de 1805, fez a sagração da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco. O quadro deste antístite portuense que se conserva na galeria de retratos dos benfeitores da venerável ordem da Lapa é também revelador do seu apoio a esta instituição.  DOM FREI ANTÓNIO DE SÃO JOSÉ foi, igualmente, membro da Irmandade dos Clérigos, presidiu a sessões da respectiva Mesa e à reforma dos seus estatutos, como se recorda num retrato do Prelado que ainda hoje é visível na secretaria da igreja desta Irmandade.
No exercício do seu múnus pastoral, publicou uma carta, a 23 de Novembro de 1804, Sobre os capitolos da Visita do Bispado e outras determinações, que se centra, em especial, na vigilância e na disciplina dos clérigos e na importância da organização de reuniões arciprestais do clero.
Mas a sua acção como Prelado e lider eclesiástico do povo portuense seria posto à prova aquando das invasões francesas. De facto, DOM FREI ANTÓNIO DE SÃO JOSÉ, à semelhança do Patriarca de Lisboa e dos restantes Bispos do reino, acabaria por optar, inicialmente, por uma posição de não resistência aos ocupantes. Por essa razão, a 5 de dezembro de 1807 publicou uma pastoral exortando os seus diocesanos a respeitar as tropas francesas e espanholas, que deviam ser vistas como aliadas, pedindo aos párocos que difundissem as ordens do Principe Regente que iam, precisamente, nesse sentido. Pouco tempo depois, a 18 de janeiro de 1809 numa nova pastoral, DOM FREI ANTÓNIO agradece aos portuenses o acolhimento prestado aos invasores, solicitando-lhes que continuassem a manter essa postura. E com este mesmo tom, o Prelado enviaria outra carta aos seus diocesanos, a 21 de maio desse mesmo ano, e, manifestando a sua preocupação com possiveis tumultos, ordena aos  párocos que cancelem todas as procissões quaresmais. Esta pastoral é reveladora das mudanças que se avizinhavam. De facto, a conjuntura política acabaria por se alterar e com ela também a posição do Prelado. A revolta anti francesa de Junho de 1808 catapultaria DOM ANTÓNIO para o lugar de presidente governador da Junta Provisória do Governo Supremo, a qual se constituiu  no dia 19 desse mês. Esta Junta estaria em funções até finais de setembro, uma vez que nessa altura já se havia restabelecido a regência nomeada por Dom João VI, sendo o Bispo do Porto nomeado membro do respectivo Conselho.
Tendo em conta a nova realidade DOM FREI ANTÓNIO escreve aos seus fiéis, a 14 de Julho de 1808, pedindo-lhes que fizessem preces, promovessem jejuns, procissões de penitência e grandes solenidades em acção de graças pelo bom êxito da restauração nacional e das autoridades regentes. Em nova carta pastoral, de 27 de Setembro seguinte, renova os pedidos de oração e louvor pelo êxito das armas portuguesas ao mesmo tempo que se centra na reforma da sociedade e dos costumes dos fiéis, nomeadamente, no cuidado com a forma de vestir.
Nos inícios de 1809, DOM FREI ANTÓNIO DE SÃO JOSÉ DE CASTRO foi nomeado Patriarca de Lisboa, mas em Março, aquando da segunda invasão francesa, o Prelado ainda permanecia no Porto. DOM FREI ANTÓNIO convocou, então, a Junta provisória extinta no ano anterior de modo a organizar e chefiar a defesa militar da cidade, que se proveu, inclusivamente, com um corpo de 600 eclesiásticos. Os seus esforços foram malogrados e o Bispo acabaria por abandonar o Porto que sucumbiu ao exército francês no dia 29 de março. Por ausência do Prelado, o cabido viu-se obrigado a declarar a Sé impedida sendo o governo da diocese entregue ao vigário/geral e ao provisor. Esta situação foi fruto do desencontro de informações, provocada esta pelo rebuliço das invasões, e terminaria pouco tempo depois das tropas anglo-lusas recuperaraem a cidade  a 12 de maio de 1809. Assim, a 23 de Junho já o cabido estava informado da presença de DOM FREI ANTÓNIO DE SÃO JOSÉ em Lisboa, congratulando-o pela eleição como vigãrio capitular do Patriarcado e a promoção a Patriarca dessa diocese Por se encontrar ausente, o Prelado nomeou provisor do Bispado do Porto o Dr. TEODORO PINTO COELHO DE MOURA vigário-geral de Penafiel. Ainda nesse ano, a 29 de Agosto, o bispo ordenou a execução de um inventádos bens do paço.
A situação político-eclesiástica da Europa haveria de impedir que DOM FREI ANTÓNIO DE SÃO JOSÉ fosse confirmado Patriarca de Lisboa. E foi com o título de eleito que faleceu a 12 de Abril de 1814, no palácio da Mitra, em Marvila. Por sua vontade foi sepultado na igreja da Cartuxa de Laveiras, dois dias depois, no seguimento de um  cortejo fúnebre a que acorreram inúmeras autoridades e que contou com honras militares que demonstravam a importância do Bispo Cartuxo. No Porto, o cabido, que assumiu as despesas do funeral por falta de meios deixados por DOM FREI ANTÓNIO, e outras instituições eclesiásticas, associaram-se e promoveram também manifestações de luto pela morte do seu Prelado.
Apelidado de "alma da resistência aos franceses em 1808" (FERREIRA, 1923, p.417), a figura de DOM FREI ANTÓNIO DE SÃO JOSÉ DE CASTRO ficaria para sempre associada ao conturbado período das invasões revelando, durante essa conjuntura, as suas qualidades  de "energia, coragem, prudência e tacto diplomático... (de) pastor solícito... (de) político consumado... (e de) generalíssimo incansável"  
(TAVARES, 2009, p. 61/62)







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Na publicação de amanhã, prosseguirei com a história dos BISPOS DO PORTO



ANTÓNIO FONSECA

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...