sábado, 17 de janeiro de 2009

CARTA AOS ROMANOS - CAPÍTULO VI

CAP. VI - RM - 1-23 e reflexão sobre os versículos 6 Morte e vida com Jesus Cristo
1Que diremos então? Devemos permanecer no pecado para que haja abundância da graça? 2De modo nenhum! Uma vez que já morremos para o pecado, como poderíamos ainda viver no pecado? 3Ou não sabeis que todos nós, que fomos baptizados em Jesus Cristo, fomos baptizados na sua morte? 4Pelo baptismo fomos sepultados com Ele na morte, para que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos por meio da glória do Pai, assim também nós possamos caminhar numa vida nova. 5Se permanecermos completamente unidos a Cristo com morte semelhante à sua, também permaneceremos com ressurreição semelhante à d’Ele. 6Sabemos muito bem que o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, para que o corpo de pecado fosse destruído e assim já não sejamos mais escravos do pecado. 7De facto, quem está morto está livre do pecado. 8Mas, se estamos mortos com Cristo, acreditamos que também viveremos com Ele, 9pois sabemos que Cristo, ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte já não tem poder sobre Ele. 10Porque, morrendo, Cristo morreu de uma vez por todas para o pecado; vivendo, Ele vive para Deus. 11Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo. Instrumentos da justiça e da vida 12Que o pecado não reine no vosso corpo mortal, submetendo-vos às suas paixões. 13Não ofereçais os membros como instrumento de injustiça para o pecado. Pelo contrário, oferecei-vos a Deus como pessoas vivas, que voltaram dos mortos; e oferecei os membros como instrumento da justiça para Deus. 14Pois o pecado não vos dominará nunca mais, porque já não estais debaixo da Lei, mas sob a graça. Escravos de Deus e da justiça 15E daí? Devemos cometer pecados, porque já não estamos debaixo da Lei, mas sob a graça? De modo nenhum!16Não sabeis que, oferecendo-vos a alguém como escravos para lhe obedecerdes, vos tornais escravos daquele a quem obedeceis, seja do pecado que leva à morte, seja da obediência que conduz à justiça? 17Damos graças a Deus, porque éreis escravos do pecado, mas obedecestes de coração ao ensinamento básico que vos foi transmitido. 18Assim, livres do pecado, tornastes-vos escravos da justiça. 19Falo com palavras simples por causa da vossa fraqueza. Assim como antes colocastes os vossos membros ao serviço da imoralidade e da desordem que conduzem à revolta contra Deus, agora ponde os vossos membros ao serviço da justiça para a vossa santificação. 20Quando éreis escravos do pecado, éreis livres em relação à justiça. 21Que frutos colhestes então? Frutos de que agora vos envergonhais, pois o seu fim é a morte. 22Mas agora, livres do pecado e tornados escravos de Deus, dais frutos que conduzem à santificação e o fim deles é a vida eterna. 23Pois a morte é o salário do pecado, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Jesus Cristo, nosso Senhor. ------------------------------------------------reflexão--------------------------------------- 6 ,1-11: Jesus foi morto por um sistema social injusto, pecaminoso e mortal. Mas Deus ressuscitou-O para sempre, condenando assim o sistema que matou Jesus. Pela fé e o baptismo, o cristão participa na morte e ressurreição de Jesus. Por outras palavras, cristão é aquele quepassa por uma transformação radical: rompe com o sistema pecaminoso, gerador de injustiça e morte, e ressuscita para viver uma vida nova, a fim de construir uma sociedade nova que promova a justiça e a vida. 12-14: Ressuscitando para viver sob o regime da graça concedida por Deus através de Jesus Cristo, os cristãos devem viver em clima de conversão, de contínua passagem da morte para a vida. Trata-se de não mais se prestarem como instrumentos de uma sociedade que produz injustiça e morte, mas de se entregarem ao serviço de Deus, oferecendo-se a si mesmos como instrumentos que realizem o projecto de Deus na História. Por outras palavras: entregar-se de corpo e alma à luta para implantar um sistema social, em que a justiça e a vida sejam o centro e o fundamento. Sobre os cristãos o pecado nunca mais terá voz nem poder. 15-23: Paulo radicaliza o que disse antes: o cristão não deve ser apenas instrumento, mas escravo de Deus e da justiça; deve ser alguém que se empenha total e exclusivamente na realização do projecto de Deus. E, nesse serviço, não existe relação comercial, como no pecado: a recompensa é dom gratuito de Deus, que é a própria vida.
segue-se capítulo 7
António Fonseca

CARTA AOS ROMANOS - CAPÍTULO V

CAP. V - RM - 1-21 e reflexão sobre os versículos 5 O motivo da nossa esperança
1Assim, justificados pela fé, estamos em paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. 2Por meio d’Ele e através da fé, temos acesso à graça, em que nos mantemos e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus. 3E não só isso. Nós gloriamo-nos também nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a perseverança, 4a perseverança produz a fidelidade comprovada, e a fidelidade comprovada produz a esperança. 5E a esperança não engana, pois o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. 6De facto, quando ainda éramos fracos, Cristo, no momento oportuno, morreu pelos ímpios. 7Dificilmente se encontra alguém disposto a morrer em favor de um justo; talvez haja alguém que tenha coragem de morrer por um homem de bem. 8Mas Deus demonstra o seu amor para connosco porque Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores. 9Assim, tornados justos pelo sangue de Cristo, com maior razão seremos salvos da ira por meio d’Ele. 10Se quando éramos inimigos fomos reconciliados com Deus por meio da morte do seu Filho, muito mais agora, já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. 11E não só isso. Também nos gloriamos em Deus obtivemos agora a reconciliação.A vida supera a morte 12Assim como o pecado entrou no mundo através de um só homem e com o pecado veio a morte, assim também a morte atingiu todos os homens, porque todos pecaram. 13De facto, já antes da Lei existia pecado no mundo, embora o pecado não possa ser levado em conta quando não existe Lei. 14Ora, a morte reinou de Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não haviam pecado, cometendo uma transgressão igual à de Adão, que é figura d’Aquele que devia vir. 15O dom da graça, porém, não é como a falta. Se todos morreram devido à falta de um só, muito mais abundantemente se derramou sobre todos a graça de Deus e o dom gratuito de um só homem, Jesus Cristo. 16Também não acontece com o dom da graça, como aconteceu com o pecado de um só que pecou: a partir do pecado de um só, o julgamento levou à condenação, enquanto que, a partir de numerosas faltas, o dom da graça levou à justificação. 17Porque se através de um só homem reinou a morte por causa da falta de um só, com muito mais razão reinarão na vida aqueles que recebem a abundância da graça e do dom da justiça, por meio de um só: Jesus Cristo. 18Portanto, assim como pela falta de um só resultou a condenação para todos os homens, do mesmo modo foi pela justiça de um só que resultou para todos os homens a justificação que dá a vida. 19Assim como, pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores, do mesmo modo, pela obediência de um só, todos se tornarão justos. 20A Lei sobreveio para dar plena consciência da falta; mas, onde foi grande o pecado, foi bem maior a graça, 21para que, assim como o pecado havia reinado através da morte, do mesmo modo a graça reine através da justiça para a vida eterna, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. --------------------reflexão------------------------------------------------------------------- 5 ,1-11: Justificados pela fé em Jesus Cristo, estamos em paz com Deus; por isso, começamos a viver a esperança da salvação. Essa esperança é vivida no meio de uma luta perseverante, ancorada na certeza, garantida pelo Espírito Santo que nos foi dado (vv. 1-5). Deus manifestou o seu amor em Jesus Cristo, que morreu por nós quando ainda éramos pecadores (vv. 6-8). Agora que já fomos reconciliados podemos crer com maior razão e esperar que seremos salvos pela vida-ressurreição de Jesus (vv. 9-11). O termo «tribulação», que aparece muitas vezes no Novo Testamento, refere-se às opressões e repressões de que é vítima o povo de Deus. Opressões e repressões por parte dos poderes humanos, que procuram reduzir o alcance do testemunho cristão para que não abale a estrutura vigente na sociedade. 12-21: Paulo contrapõe duas figuras, dois reinos e duas consequências: Adão-Cristo, pecado-graça; morte-vida. Adão é o início e a personificação da humanidade mergulhada no reino do pecado e que caminha para a morte; Cristo, o novo Adão, é início e personificação da Humanidade introduzida no reino da graça e que caminha para a vida. Paulo não está interessado nas semelhanças entre Cristo e Adão. Ele contrapõe-os, apenas para mostrar a supremacia de Cristo e do reino da graça sobre Adão e o reino do pecado; pois o dom de Deus supera de longe o pecado dos homens.

CARTA AOS ROMANOS - CAPÍTULO 4

CAP. IV - RM - 1-31 e reflexão sobre os versículos 4 Abraão, pai dos que têm fé
1E m vista disto, que vantagem podemos dizer que obteve Abraão, pai da nossa raça? 2Se Abraão se tornou justo pelas suas obras, tem algo de que se gloriar, mas não diante de Deus. 3De facto, o que diz a Escritura? «Abraão teve fé em Deus, e isso foi-lhe creditado como justiça». 4Para quem trabalha, o salário não é considerado como gratificação, mas como dívida; 5para quem não trabalha, mas acredita n’Aquele que torna justo o ímpio, a sua fé é-lhe creditada como justiça. 6É desse modo que David proclama feliz o homem a quem Deus credita a justiça, independentemente das obras: 7«Felizes aqueles cujas ofensas foram perdoadas e cujos pecados foram cobertos. 8Feliz o homem a quem o Senhor não leva em conta o pecado». 9Essa felicidade é só para os circuncidados ou é também para os não circuncidados? Nós dizemos que a fé foi creditada a Abraão como justiça. 10Mas, quando é que lhe foi creditada? Quando já era circuncidado, ou quando ainda não era? Certamente não depois da circuncisão, mas antes. 11De facto, ele recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça que vem da fé, que ele já tinha obtido quando ainda não era circuncidado. Assim é que ele se tornou pai de todos os não circuncidados que acreditam, para que a justiça fosse creditada também para estes; 12e tornou-se pai também dos circuncidados, daqueles que não só receberam a circuncisão, mas que também seguem o caminho da fé percorrido por Abraão, nosso pai, antes de ter sido circuncidado. Os herdeiros de Abraão 13Não foi por causa da Lei, mas por causa da justiça da fé que a promessa de receber o mundo em herança foi feita a Abraão ou à sua descendência. 14Se os herdeiros recebem a herança por causa da Lei, a fé não tem sentido e a promessa fica anulada. 15De facto, a Lei provoca a ira; mas, onde não há Lei, também não há transgressão. 16A herança, portanto, vem através da fé, para que seja gratuita e para que a promessa seja garantida a toda a descendência, não só à descendência segundo a Lei, mas também à descendência segundo a fé de Abraão, que é o pai de todos nós. 17De facto, a Escritura diz: «Constituí-te pai de muitas nações». Abraão é o nosso pai perante Aquele em quem acreditou, o Deus que dá vida aos mortos e que chama à existência aquilo que não existe. O que é ter fé 18Esperando contra toda a esperança, Abraão acreditou e tornou-se o pai de muitas nações, conforme lhe foi dito: «Assim será a tua descendência». 19Ele não fraquejou na fé, embora já visse o próprio corpo sem vigor — ele tinha quase cem anos — e o ventre de Sara já estivesse amortecido. 20Diante da promessa divina, não duvidou, mas foi fortalecido pela fé e deu glória a Deus. 21Ele estava plenamente convencido de que Deus podia realizar o que havia prometido. 22Eis o motivo pelo qual isso lhe foi creditado como justiça. 23Ora, não é para um só que está escrito: «Isso foi-lhe creditado»; 24mas também para nós. Será igualmente creditado para nós, pois acreditamos n’Aquele que ressuscitou dos mortos, Jesus nosso Senhor, 25o qual foi entregue à morte pelos nossos pecados e foi ressuscitado para nos tornar justos.
----------------------------------------------reflexão-----------------------------------------4 ,1-12: Abraão, antepassado dos judeus, é o exemplo da gratuidade da fé. Ele foi considerado justo, não por ter realizado obras, mas porque acreditou em Deus, como diz David no Salmo 32. Abraão foi justificado antes de ser circuncidado, e a circuncisão tornou-se um sinal externo da justiça que ele já tinha recebido através da fé. Portanto Abraão é pai de todos os que têm fé, tanto judeus como pagãos. 13-17: Em vista da justiça que vem da fé, Abraão recebeu gratuitamente de Deus a promessa de se tornar herdeiro do mundo. Ora, a promessa feita a Abraão permanece e é transmitida como herança aos seus descendentes. Todavia, os autênticos descendentes e herdeiros são aqueles que Deus justifica através da fé, como fez com Abraão, e não os que se limitam a observar a Lei. 18-25: Ter fé e entregar a própria vida a Deus é esperar contra toda a esperança. Abraão acreditou que ia ser pai quando a sua velhice e a esterilidade de Sara diziam o contrário. A justiça de Abraão é a fé confiante de que Deus pode realizar tudo o que promete. Nós também somos justificados por Deus quando acreditamos que Ele ressuscitou Jesus Cristo dentre os mortos, para nos livrar da morte do pecado e nos dar a vida nova. segue-se CAP 5
António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

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