sábado, 17 de janeiro de 2009

CARTA AOS ROMANOS - CAPÍTULO XIV

CAP. XIV - RM - 1-23 e reflexão sobre os versículos 14 Não litigar por coisas secundárias
1Acolhei o fraco na fé sem lhe criticar os escrúpulos. 2Um acredita que pode comer de tudo; outro, sendo fraco, só come legumes. 3Quem come de tudo, não despreze quem não come. E quem não come, não julgue aquele que come, porque Deus acolhe-o assim mesmo. 4Quem és tu para julgar um servo alheio? Se ele fica de pé ou cai, isso é lá com o patrão dele; mas ele ficará de pé, pois o Senhor é poderoso para o sustentar. 5Há quem faça diferença entre um dia e outro, enquanto outro acha que todos os dias são iguais.
Cada qual siga a sua convicção.
6Quem distingue o dia, faz isso em honra do Senhor. Quem come de tudo, fá-lo em honra do Senhor, porque agradece a Deus. E quem não come, não come em honra do Senhor, e também agradece a Deus. 7Porque nenhum de vós vive para si mesmo, e ninguém morre para si mesmo. 8Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que morremos. Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. 9Cristo morreu e voltou à vida para ser o Senhor dos mortos e dos vivos.
Só Deus pode julgar 10Quanto a ti, porque julgas o teu irmão? E porque desprezas o teu irmão? Todos nós devemos comparecer diante do tribunal de Deus.11Porque a Escritura diz: «Por minha vida, diz o Senhor, diante de Mim se dobrará todo o joelho, e toda a língua dará glória a Deus». 12Portanto, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus. 13Deixemos, portanto, de nos julgar uns aos outros. Pelo contrário, preocupai-vos em não ser causa de tropeço ou escândalo para o irmão. 14Sei e estou convencido no Senhor Jesus: nada é impuro por si mesmo. Mas, se alguém acha que alguma coisa é impura, essa coisa torna-se impura para ele.
Não escandalizar o irmão
15Se, por questão de alimento, entristeces o teu irmão, não estás a agir com amor. Portanto, o alimento que comes não seja causa de perdição para aquele por quem Cristo morreu. 16Não deis motivo a que outros falem mal daquilo que para vós é bom. 17O Reino de Deus não é questão de comida ou bebida; é justiça, paz e alegria no Espírito Santo. 18Quem serve a Cristo nessas coisas agrada a Deus e é estimado pelos homens. 19Portanto, busquemos sempre as coisas que trazem paz e edificação mútua. 20Não destruas a obra de Deus por uma questão de comida! Todas as coisas são puras. Mas é mau que um homem coma provocando escândalo. 21É melhor não comer carne, nem beber vinho ou qualquer outra coisa, quando isso é ocasião de tropeço, escândalo e queda para o irmão. 22Guarda para ti, diante de Deus, a convicção que tens. Feliz aquele que não se condena a si mesmo na decisão que toma.. 23Mas quem duvida e assim mesmo toma o alimento é condenado, pois o seu comportamento não provém de uma convicção. E tudo o que não provém de uma convicção é pecado.
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14,1-9: A comunidade cristã, que verdadeiramente tem um objectivo e procura realizá-lo com convicção, não se perde em questões secundárias; estas podem provocar desunião e dispersar as forças necessárias para se atingir a meta proposta. E o principal na vida cristã é viver para Deus, dando testemunho de Jesus Cristo. Nas coisas secundárias, cada um deve agir segundo a sua própria convicção. 10-14: O julgamento humano é parcial e corre sempre o risco de ser injusto. Só Deus pode julgar objectivamente, porque só Ele conhece o íntimo do homem e os seus actos. Diante de Deus, cada um deverá responder por si mesmo. Cada um, portanto, deve aprofundar e esclarecer a própria consciência, vivendo segundo as convicções que tem. 15-23: Cada um deve viver a fé com autenticidade, seguindo a própria consciência e agindo conforme as próprias convicções. O cristão, porém, está inserido no contexto maior da convivência fraterna, onde o amor preside a todos os relacionamentos e impede que um irmão seja motivo de escândalo ou ofensa para o outro. Até as coisas mais lícitas devem ser deixadas de lado, quando entra em jogo o crescimento mútuo em vista do Reino de Deus, Reino que é «justiça, paz e alegria no Espírito Santo» (cf. nota em 1Cor 10,23-11,1)
segue-se o CAPÍTULO XV António Fonseca

CARTA AOS ROMANOS - CAPÍTULO XIII

CAP. XIII - RM - 1-14 e reflexão sobre os versículos 13 A comunidade e a autoridade política
1Submetei-vos todos às autoridades constituídas, pois não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram instituídas por Deus. 2Quem se opõe à autoridade, opõe-se à ordem estabelecida por Deus. Aqueles que se opõem, atraem sobre si a condenação. 3Na verdade, os que governam não devem ser temidos quando se faz o bem, mas quando se faz o mal. Se não queres ter medo da autoridade, faz o bem, e ela te elogiará. 4A autoridade é o instrumento de Deus para teu bem, mas, se praticas o mal, teme, pois não é à toa que a autoridade usa a espada: quando castiga, ela está ao serviço de Deus, para manifestar a sua ira contra o malfeitor. 5Por isso, é preciso submeterse, não só por medo do castigo, mas também por dever de consciência. 6É também por isso que pagais impostos, pois os que têm esse encargo são funcionários de Deus. 7Dai a cada um o que lhe é devido: o imposto e a taxa, a quem deveis imposto e taxa; o temor, a quem deveis temor; a honra, a quem deveis honra.
O amor é o pleno cumprimento da Lei
8Não fiqueis a dever nada a ninguém, a não ser o amor mútuo. Pois, quem ama o próximo cumpriu plenamente a Lei. 9De facto, os mandamentos: não cometerás adultério, não matarás, não roubarás, não cobiçarás, e todos os outros, resumem-se nesta sentença: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo». 10O amor não pratica o mal contra o próximo, pois o amor é o pleno cumprimento da Lei.
A madrugada de um tempo novo 11Comportai- vos desta maneira, principalmente porque conheceis o tempo, e já é hora de acordardes: a nossa salvação está agora mais próxima do que quando começámos a acreditar. 12A noite vai avançada e o dia está próximo. Deixemos, portanto, as obras das trevas e vistamos as armas da luz. 13Vivamos honestamente, como em pleno dia: não em orgias e bebedeiras, prostituição e libertinagem, brigas e ciúmes. 14Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não sigais os desejos dos instintos egoístas.
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13,1-7: Paulo escreve a uma comunidade perseguida pelo poder político, tentada por isso a negar radicalmente a função da autoridade política. O que Paulo diz não deve ser tomado como legitimação de qualquer autoridade política ou forma de sociedade; ele apenas mostra o fundamento, a função e, ao mesmo tempo, o limite de uma autoridade política. A autoridade, por direito, só pertence à natureza de Deus. Só Ele é Senhor e juiz absoluto sobre os homens. A autoridade política encontra o seu fundamento numa participação funcional na autoridade de Deus, em vista do bem comum. A sua função é servir o povo, promovendo a justiça, zelando pelo direito e impedindo os abusos. Os seus limites dependem do seu próprio fundamento e função: a autoridade não pode usurpar o lugar de Deus, pretendendo-se absoluta ou divina; nem pode servir-se a si mesma, oprimindo e explorando o povo. 8-10: Na vida cristã a única tarefa que não tem limites é o amor, espírito com que tudo deve ser feito. Como nos evangelhos, Paulo também vê o amor como a expressão perfeita de toda a Lei. 11-14: Liberto do egoísmo que corrompe a pessoa e a sociedade, o cristão já vive a madrugada de um tempo novo. A vinda de Jesus Cristo dissipa a longa noite da injustiça e do pecado. O cristão deve acordar, preparado para viver e testemunhar o dia da libertação inaugurado por Jesus
SEGUE-SE CAPÍTULO XIV
António Fonseca

CARTA AOS ROMANOS - CAPÍTULO XII

CAP. XII - RM - 1-21 e reflexão sobre os versículos A VIDA CRISTÃ 12 O culto autêntico
1Irmãos, pela misericórdia de Deus, peço que ofereçais os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o vosso culto autêntico. 2Não vos amoldeis às estruturas deste mundo, mas transformai-vos pela renovação da mente, a fim de distinguir qual é a vontade de Deus: o que é bom, o que Lhe é agradável, o que é perfeito.
A comunidade é um corpo vivo 3Em nome da graça que me foi concedida, eu digo a cada um de vós: não tenhais de vós mesmos conceito maior do que convém, mas um conceito justo, de acordo com a fé, na medida que Deus concedeu a cada um. 4Num só corpo há muitos membros, e esses membros não têm todos a mesma função. 5O mesmo acontece connosco: embora sendo muitos, formamos um só corpo em Cristo, e, cada um por sua vez, é membro dos outros. 6Mas temos dons diferentes, conforme a graça concedida a cada um de nós. Quem tem o dom da profecia, deve exercê-lo de acordo com a fé; 7se tem o dom do serviço, que o exerça servindo; se do ensino, que ensine; 8se é de aconselhar, aconselhe; se é de distribuir donativos, faça-o com simplicidade; se é de presidir à comunidade, faça-o com zelo; se é de exercer misericórdia, faça-o com alegria.
As relações dentro e fora da comunidade 9Que o vosso amor seja sem hipocrisia: detestai o mal e apegai-vos ao bem; 10no amor fraterno, sede carinhosos uns com os outros, rivalizando na mútua estima. 11Quanto ao zelo, não sejais preguiçosos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor. 12Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração. 13Sede solidários com os cristãos nas suas necessidades e aperfeiçoai-vos na prática da hospitalidade. 14Abençoai os que vos perseguem; abençoai e não amaldiçoeis. 15Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram. 16Vivei em harmonia uns com os outros. Não vos deixeis levar pela mania de grandeza, mas afeiçoai-vos às coisas modestas. Não vos considereis sábios. 17Não pagueis a ninguém o mal com o mal; a vossa preocupação seja fazer o bem a todos os homens. 18Se for possível, no que depende de vós, vivei em paz com todos. 19Amados, não façais justiça por própria conta, mas deixai a ira de Deus agir, pois o Senhor diz na Escritura: «A Mim pertence a vingança; Eu mesmo vou retribuir». 20Mas, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; desse modo, farás o outro corar de vergonha. 21Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.
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12,1-2: A vida cristã é resposta à misericórdia de Deus e abrange toda a existência concreta do homem, representada pelo corpo como centro de vida e acção e de relação com Deus, com os homens e com o mundo. Cada cristão oferece-se a si mesmo, sendo ele próprio o sacerdote e o sacrifício vivo. Tal sacerdócio é exercido de modo prático através do não-conformismo, que critica as estruturas corrompidas pela injustiça, e através de um discernimento novo que sabe distinguir a vontade de Deus que leva à justiça e à vida. 3-8: A vida na comunidade cristã tem como exigência básica o abandono da pretensão de ser o maior ou o mais importante, para se colocar com simplicidade ao serviço dos outros. Todos precisam de cada um, e cada um precisa de todos. A graça que Deus concede a cada um é o próprio modo de ser de cada pessoa. E esse modo de ser, que é iluminado pela fé, coloca-se à disposição das necessidades dos cada um (cf. nota em 1Cor 12,12-31).
9-21: Paulo expõe as linhas mestras do comportamento cristão, principalmente no que se refere à vida comunitária. A vida cristã deve ser inteiramente penetrada de sincero amor fraterno que, sem fraquezas ou simulações, enfrente todas as situações, sem excluir ninguém, nem os inimigos. Os vv. 9-13.15-16 referem-se ao amor entre os irmãos da comunidade; os vv. 14.17-21 falam do amor para com os que não pertencem à comunidade. 13,1-7: Paulo escreve a uma comunidade perseguida pelo poder político, tentada por isso a negar radicalmente a função da autoridade política. O que Paulo diz não deve ser tomado como legitimação de qualquer autoridade política ou forma de sociedade; ele apenas mostra o fundamento, a função e, ao mesmo tempo, o limite de uma autoridade política. A autoridade, por direito, só pertence à natureza de Deus. Só Ele é Senhor e juiz absoluto sobre os homens. A autoridade política encontra o seu fundamento numa participação funcional na autoridade de Deus, em vista do bem comum. A sua função é servir o povo, promovendo a justiça, zelando pelo direito e impedindo os abusos. Os seus limites dependem do seu próprio fundamento e função: a autoridade não pode usurpar o lugar de Deus, pretendendo-se absoluta ou divina; nem pode servir-se a si mesma, oprimindo e explorando o povo. 8-10: Na vida cristã a única tarefa que não tem limites é o amor, espírito com que tudo deve ser feito. Como nos evangelhos, Paulo também vê o amor como a expressão perfeita de toda a Lei.
------------------------------------------------------------------------------------------- ver em seguida CAPÍTULO XIII António Fonseca

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 277º  Número da ...